A Comarca da Sertã nº282 12-02-1942

@@@ 1 @@@

 

FUNDADORES
— Dr. José Carios Ehrhardt =.
EAR:
—— António Barata-e Silva ——.
Pr José: Barata Corrêa e Silva
Eduardo Barata da Silva. Corrêa

Angelo Henriques Vidigal — |.

Es ds

O DIRECTOR, EDITOR E Emo RRIETARIO a copdit
o Cotuaroto Barata da Silva Concia E amo Tr. pie FEgÃO
+ | —— REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO —— CASTELO
E | BRANCO
L|| RUA SERPA PINTO-SERTAÃ Nani
s == TELEFONE
4 PUBLICA-SE ÁS QUINTAS FEIRAS 112
No VI | Hebdomadário regionalista, independenté, defensor dos interêsses da comarca da Sertã: concelhos de Sentã | FEV infor IRO
N.º 28: | Oleiros, Proença» “de «Nova e Vila de Rei; e RAR a Amêndoa-e Gardigos (do concelho de Mação) |

1942

Notas …

IA interêssese direitos, todo

um conjunto de aspiras

ções legítimas, justas e huma»
nas — em que, por vezes,
amor próprio exrcede.a neces:
sidade material — que não. se
compadecem com dilações, nem
promessas, nem mesmo com
um determinado número de
constderuções, que se coma
preenderam, adimitiram e acei-
taram, sim, até o tempo em
que a ulnua dos indivíduos ou
dos povos se manteve impenes
trável à descrença.

Os povos — êste é o caso sã.
jeito precisam de viver, amol=
dur se às posições impostas

“pela murcha ucelerada e inin=
terrupta do Progresso, ques).
brar as ulgemas que os pren=l q
a verga preconceitos,

Fapurar :

os feixes vivos €
luz da Civilizaçã

A freguesia da
pira, há muitos “ano

construção de uma estrada
que a ligue ao Alto da Cava,

pondo a em contacto com O
exterior.

Meia dúzia de quitlheiros
de boa via, pouco mais ou mes
nos, é quanto busta para que
o povo du Mudeirã comuni-
gue, rápida e livremente, cor
Oleiros, sede do concelho, com
a Sertã, sede da comarca, com
todo o Mundo!

Pois bem: a obra. vai ser
efectuada; os trabalhos já cos
meçaram À iniciativa particãs
lar, fortulecida pelo amor do
torrão natal, pcr aquêle baira=
rismo cupaz de remover mon=

tanhas quando bem dirigido

— eque os Madeiranenses pos
suem no mais alto gran — vai
transformar em realidade a
guilo que até hoje não passou
de am sonhos.

rj

O sr. Presidente da Câmara
ficou justamente indigna
do com o vandalismo pratica-

do no formoso jardim do Adro,

na noite de domingo, 1.º do
corrente, por qualquer. selva-
gem que arrancon, de placas
diferentes, mais de uma dúzia
de plantas floríferas, espa-
– lhando-as pelo solo e pelas
escadas,

Também nós estamos revol-

tados, como, de resto, tôdas.

as pessoas de educação e sena
sibilidade da Sertã, que não
podem tolerar as malfeitorias
de uma certa fauna que se pa-
rece com gente pela configara-
ção e porque, alguns meses
depois do desmame, lhe puse
ram as mãos. . no art

Essa espécie, rebotalho da
sociedade, sem educação, sem

sentimentos e sem dignidade, .

de cujo convívio se envergo-
nhariam os próprios pretos
do sertão, ou não foi à escola
€ à cuteguese, ou, se foi, os

resultados apresentam-se na:

o

tação pelo movimento já empreendido, e

Uma velha. aspiração.

A: estrada Madeirá À

(Do

terior, está ncvamente, em marcha

um grande movimento de acção ver-
dadeiramente regionalista, em volta desta
velhissma aspiração; dôste velhissimo te-
ma; e dêste velhíssimo sonho, que consti-
e a-final, o maior desejo, em todos os
tempos, dos madeiranenses -a construção da.
sua-estrada, uma-meia dúzia de kilómetros
que gue a sua porta à estrada Radio

( inforaliljfah, no nosso número an»:

ques se tem abit! de ha vin-

so de um povo, cujos esfurços não lograram,
iufelizmente, ser coroados do merecido êx1-
to, não pode deixar de sentir dupla satis-

que, agora, vai de-certo ema o fim des
sejado.

Do que foi essa acção de tantos anos
é improficuo fazer aqui ainda que ligeiro
esbôço, puis não chegariam para isso uma
meia dúzia de números dêste jornal.

Porém, a grande maioria dos madei-
ranenses, que muito presam a sua terra, é
concomitantemente o seu progresso, lom-

te anos.a esta parte em volta dêste proble- | q
ma de capital importância, para o progres- |

lto da Cava

nosso correspondente-em Lisboa)

[só dos. que ali vivem, como também de al-
guns residentes em Lisboa.

– Poisbem: não é agora oportuno: reme-
xer velhos papéis, velhíssimos jornais, e
não menos velhos «dossiers» que temos à
mão, onde revemos nítida e pormenoriza-
damente o muito que se fez até agora à
volta de tão reclamada-quão desejada. es-
trada. O momento é de acção, prezados
| ae é decisivo para a nossa causa.

E”, pos, fpisoço quao a el dragon.

É Sed jd a sum do asfalecimone
E próprio, contribnire

“| tudo que esteja nas nosshs cponátitidiidos |

não ha dúvida que sairemos vencedores,
riunfaremos,

Conforme é do domínio dos nossos lei-
tores, «A Comarca da Sertã» encontra-se,
como não podia deixar de ser, dado o seu
carácter acentuadamente regionalista e
91 propulsor dos. interôsses da, Comarca, in-
condicionalmente ao lado dos:madeiranen-
ses.
procurando, desta forma, realçar tôdas as
“acções de sentido regionalista e, assim, pu-
blicaremos no próximo número uma notá-
vel entrevista com uma individualidade em
destaque e que está directamente ne ado a
êste nosso ERR

bram-se muito bem do que tor à acção não

“João do antunes Gaspar

los, porque éteita de muédria

tam rija, bruta e informe, que ,

o cinzel e o escopro não con-
seguiram desbastar… E a

mesma fauna que dilacera e

árvores, que suja as guardas
da Garvalha, que estilhuça, à

pedrada o esmalte das placas.

à beira das estradas, que par
te ou arranca os murcos de
pedra das bermas, que consis

dera campo livre para largar
presentes e ontras coisas que | .

tais as esquinas de qualquer |.
casa e a própria ponte nova
da Carvalha, que corre à pe.
drada câãis e gatos inofensi-
vos, gue aproveita as paredes
caiadas para ensaiar-se em de-

senhos de fimo gôsto artístico,

etc., etc..
Tai canalha, que é a vergo

nha desta terra tem de ser.

metida na ordem custe o que
custar, fazendo lhe pagar cara

“qualquer patifaria.

E oxalá que seja descober-

to o bruto que praticou os de

sacatos no Adro para lhe ser
aplicado o castigo merecido e

que tenha o condão de servir :

de exemplo,

HÁ tempo esteve na Sertã um
engenheiro agrónomo,
cuia missão, ao que consta
era indagar da existência de
baldios. E a propósito oficiom
a um regedor de determinada
freguesia, que, em resposta,
Jhe deu a seguinte informação,
que não podia ser melhor :

nesta freguesia e esse rajene-
rouse!

UM pobre. homem dirigiu-se

“ao Registo Civil para re-
gistar uma criança. Entrando,
informa. com a maior natara-
lidade :

ao resisto!
po a

Eleição do Senhor Presi-
dente da República

Tanto na Sertã como nas
restantes sédes de freguesia
ido concelho decorreram com

— Vádios havia só um.

— Venho tirar uma criança.

inexcedível entusiasmo patrió-
tico as eleições de 3. Ex.2,0
| Senhor General António Oscar
de Fragoso Carmona, para o
alto cargo de Chefe de Estado.
Votaram 97,5 º/o dos eleitores
inscritos. Em tôdas as assem-
bléias se praduziram grandes

Imanifestações de aplauso à

obra do Govêrno da Nação,
sendo muito vitoriado o Se-
nhor Presidente da República,

‘O resultado das eleições foi
o seguintes

Cabeçaudo, inscritos, 497, vo-
tantes, 196; Carvalhal, “190,
176; Castelo, 198, 194; Cumia-
da. “180, 180; Ermida, “15, 103;
Figueiredo, “97, 97; Marmelei-
ro, 136, 133; Nesperal, 109,
109; Palhais, “419. 119; Pedró-
gão Pegueno, 327, 326; Ser-
nache, 487, 487; Sertã, 828,
O Troviscal, 2406, 342; Vár:
Zeu, 480, 460, “Soma, inscritos,
3.689; votantes, 3.994.

Este niimero foi visado pela
Comissão de Censura
de Castelo Branco

eco a lápis

OS -cultivadores de batata,
que precisavam de adu-
bos, tinham um prazo marca-

Ido pelà Câmara para ali os

reguisitarem. Num dos dias
próprios para o efeito, um
agricultor aproximou se dum.
egnichets da secretaria para
fazer o seu pedido e, quando
lhe preguntaram a área do
terreno destinado à cultura,
respondeu ;

— Nós, lá chamamos a Pas.
saria |
apra
O marechal Pétain recuson-
se a comutar a pena de
morte a uma mulher de Paris,
que, de cumplicidade com o
marido, assassinou barbaras
ma filha de cinco anos,

Bpiigada á a neah muiner.
“A pena de morte, seja qua
for. o sistema-usado, repugna
aos nossos sentimentos e sã»
pomos que Portugal é am dos .
poucos países civilizados a
a não admite.

No caso de que vimos frár ;
tando, porém, o assassínio de
uma criança pelos próprios
progenitores é am crime tam
hediondo e revoltante que a
pena de morte parece insufi-
ciente para castigar tamanha.
monstrnosidade. :

Se o marechal Petain pro=
clamou, como elementos funda–
mentais da Nação e do Esta-.
do, a família, o trabalho e a:
Pátria, não podia, dentro da.
lógica agraciar a infanticida,

DOI

PODOS os dias os jornais

trazem longas listas de
indivíduos remetidos aos tri.
banais: pelos mais variados e.
diversos delitos contra a saú-
de pública ou contra as nor.
mas que estabelecem as transas
cções e fornecimentos de géne-
ros alimentícios.

E” am catálogo completo: es=
peculação, venda de leite com
adição de água, falsificação.
de massas, venda de pão aduls
terado e sem pêso legal, ven
da de artigos impróprios para
consumo, etc, €tC., etc.

Tem o desgraçado, esfolado:
e encravado consumidor de
andar munido de um labora:
tório completo para fazer auds«
lises e de uma boa balança e,.
mais ainda, para o que aer €
vier, de uma pistola-metralha-
dora, que essa corja de trafi-
cantes rouba nos o dinheiro,
arranca-nos a pele e, se a gen:
te se descuida, é capaz de nos
engolir vivos!

Nem a poder das mais for
tes repressões das antorida:.
des se evitam as patifarias!
Se houvesse am descuido onde
é que nós iriamos parar ? |

Arre, que é de mais…

 

@@@ 1 @@@

 

ERR ST 2 per seno

ta | E A Comarca da’Sortã

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Comunica ao público que, a “partir de 25 de Agosto corrente, en-

tram cm vigôr os seguintes horários: E

CET EP RO Pre eroreane
V ch.
i ç

a aa É J. Fernandes Pestana
a ea HI IRS Farmaceutico

ei

A B c

Cheg. | Part. Cheg. | Part. | Cheg. | Part.

| Aldeia Cimei-a

Sertã (L Ferreira Ribeiro) .| 15,30) — 19,35] —:|20,55| —:

Sertã (L. Ferreira Ribeiro)|. — [650 =
do Municipio) . É — 14,25] — |18,930] — | 19,50] Sernache do Bonjardim.| 7,10

14,37] 14,37] 18,42] 18,42] 20,02] 20,02]] Aldeia Cimeira. 5 À 7,43
-| 15,07| 15.10] 19,12) 19,15] 20,32] 20,35 peido dos Vinhos (Lari
“go do Município). * .| 755.

7,13) 13,20] 13,33
7,43| 14,03] 14,02

— tap) —:

A = Efectuam-se às 2.as, 4,as e 6.1, Procede de Ceimbra:e segue a Castelo Branco, À
= > de 1 de Ouiubro a 30 de Abril, às 3.2s feiras e dias 23 de cada mês. Se o. dia 23 cair ao » Domingo,

E Figueiró dos Vinhos (Largo

| Sernache ao Bonjardim

a carreira efectua-se no dia anterior. Procede de Coimbra, donde parte às 15,50.

=== » de 1 de Maio a 30 de Setembro, às 3.as feiras e dias 23 de cada mês, Se o dia 23 cair ao Domin- |

go, a carreira efectua-se no dia anterior. Procede de Coimbra, donde parte às 17,20.
== > às 3.28 feiras e dias 23 de cada mês, Se o dia 23 cair ao Domingo, a carreira efectua-se no dia an-

E ; terior. Segue a Coimbra e regressa (horários Be C), :
às 3.28 e 5.as feiras Sábados. Procede de Castelo Branco e segue a e

Dj E|

Para bom entendimento do público esclarece-se que as carreiras < astelo Br- neo — Coimbra, « e vice-
: versa, não sofrem alteração com os presentes horários

RR — MARCENARIA CONTINENTAL
Das Receitas e Despesas Ma- nó me e Si lo
nieipeis e sua Contabilidade É

O de
– Legislação e aisposições | Rua Cândido dos Reis. SERTÃ
e regulament
vin ntdsa anotadas é orde-.

“nadas por suas caracteristicas
de generalidade e observância

BNVENDAVVAnSSBHENaES

Paga
EnBe a

a Nesta aticina executa-se com.
* periêigao é soiides nos ads de
eso e outros Reator da arte .

Acottaaee encomendas e caixões,

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ANÚNCIO

o, E Publicação)

Faz se saber que pela tercei
ra secção da Secretaria Judi-

cial desta comarca corres» édi
tos de vinte dias, a contar dá

segunda publicação do respecti-
vo anúncio, citand. os credores
desconhecidos para no pras de

dez dias, findos que sejum os

éditos, deduziram o seu pedilo
nos autos de execução por cus
tas, em que é exegilente o Mi

Inistério Público e executado

Antônio Coelho, solteiro, agri

cultor, do logar da Zuboeira,

treguesia de Vila de Rr, desta
comarca.

E “Sertã 28 de Jansiro de 1942
Verifiquei : e
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O Chete da 8. Secção, int.

“Armando Antonio da Silva

nano

“ANUNCIO

Por este Juizo e Primeira

‘ Secção da Secretaria Judicial
nos autos de execução, que o
| Ministério Público move contra

Rafael Pires e mulher Maria
Lidia, moradores no logar dos
Faleiros, freguesia do Cabegu-
do, correm éditos de vinte dias,
a contar da. segunda e ultima
publicação deste anúncio, citan

“do os gredôres desconhecidos da
“ queles executados, para no pra

zo de déz dias, posteriores aos

“dos éditos; vem à dita exccu

ção deduzirem osseus direitos

Sertã, 28 de Janeiro de 1 942.

Verifiquei: ê
O Juiz de eds
à: radiais ea – Paul ,
o Chete de oa
José Nunes.

mm Nojg [niversidade de Lisboa

JUNTA NACIONAL DO AZEITE

ACT Cr rr mememr m

Tabela dos preços de venda de azeite no produtor, por litro

0 E Ca go -0
0.5 6340 20 6g10 35 59840
0,6″ 6438 21 648 36 58824
0,7 6436 22 686 37 58808
08 – 6834 23 64 38 58792
09 No 24 Go 39 5877,6
10 – 6830 25 6%) 40 58760
1,1 6428 26 54084 41 5g44
De po 27 nos to nos
3 6 da são 45. semi
14 6422 29 58936 44 54696
15 6820 30 589220: 45 – 5$68,0
1,6 618 31 58904 46 53664
1 lb 9) Mes ur gos
48 6h <33 5872 48 53632
1,9 62 34 53856 49 58616
“50 54600

Preço de venda do pro- Preço de venda do ar- Preço de venda do reta-

Tipo de axeito dutor ao armazenista mazenista ao retalhista Ihista ao consumidor

Extra (1.º de acidez) 6330 seo 6489 7840
Fino (25> » — 6400 – 6845 7800
par >» 5860 . 680) 6450:

ÇA Voz ne Londres

un e o mundo acredita

“890

no

1215 Noticiário | GRZ 13,86. (21,64 me/S)

od | GSO 19.7%6m (1518mc/)

12,30. | Actualidades | GRV 24,92 m. (12,04 mes)

21,00 (*) Noticiário | OSC o 932 m (9)
eo des des cai al os mo (051 mes)

21,15 Actualisades Fe S Rr 4, 96 m. (7,15 mc) |

também em GR V, em 2492 me-

e.

(8) Este noticiário. ouve-se
tros (12, 04 mcy/*). E

Assinai e lêde «LONDON CALLING», semanário ilustrado
e órgão oficial da B. B. C., revista indispensável a quantos se
interessam pela cultura e e pelas actualidades da gu.rra. Depósito
na Livraria Bertrand, Rua Garrett — Lisboa. — Preço, 1820. |

Séintónio da Silva
acaba de abrir uma |

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riv em Sernache do Bomijs
dim e qualquer dos nºs «-

«Calcanhar do Mundo», por
Vergílio Govinho; «Lagoa Es-

agentes do Par reurso de Lis cura», por Hipólito Raposo; «Car-
‘boa à Sertã, e jSnCa tas a um céptico »ôbre as formas
– de Govêrno», por José Maria

Nosa Oleiros, Alvsro e Po – : : E
drósão Pequen Pemán; «Dois nacionalismos»,
“ms En — por Hipólito Raposo; <A História

Telefones fre Det à o – Sêrgista de Portugal», por li
S rnache,4; Ton: 70:58: Preto Pacheco.

Itarém, 200 Lisboa, 45503. | A? venda nesta Redacção,Redacção,

 

@@@ 1 @@@

 

cerrreamatamenr pre

ro ceerologia

Prof. Dr. David Lopes

Dia a dia vemos desaparecer
na paz do túmulo homens notas
bilíssimos, que pela sua enver-
gadura moral, pelo seu espírito
cintilante e pelo seu extraordiná-
rio saber se | põem aos outros
homens, ao País que teve a gló-
ria de rec: ber os seus primeiros
vagidos e à própria Humanidade
porque êles são a célula vivifica-
dora da Ciência, que precisa di-
latar-se e elevar-se a mais altas
culminâncias, conquistando novos
e dilatados horizontes; e é assim
porque o esplendor da Ciência
traduz-se em benefícios para tô-
da a Humanidade e em todos os
tempos. E os sábios não perteú=
cem só à própria Nação, mas a
todo o mundo. Não morrem, por-
que a sua obra é imorredoura, é
monumento indestrutível, vivo e
palpavel, que perdura através dos
séculos, fonte preciosíssima e
inesgotável onde os estudiosos
vão beber altos ensinamentos.

Com o “esaparecim-nto do sr.
prof. dr. David Lopes perde o
escol do ensino universitário e
da ciência portuguesa um ele.
mento de excencional valia. Aos
22 “nos, em 1899, entra em Pa-
ris e matricula se nas Escolas
das Linguas Orientais e Estudos
Sup-rivres (h stóricos e filosófi
vos) adquirindo uma sólida cul-
tura humanista e aprendendo o
árabe, em que se notabilizou
bastando dizer que daí pôde con:
Seguir reavivar entre nós os es
tudos daquela língua, em inteiro
d.clinio desde o século XVII
Das fontes arabes colheu precio-
sos element s, que lhe permiti.
tam revivificar a História de
Portugal de Alexandre Hercu-
luno esclarecendo pontos que à
crítica sc apresentavam duvido
“sos € qu ça vb curos. Estudou a

funio a batalha de Ourique e a |

— toponíria arabe, o qu o levou
« Escrever um livro do maior ho-
rizont. cultur-l «Os árabes nas
vbra de Herculano». A melhor
história do Msrrocos purtuguês é
da sua auturia Igualmente a his-
tória du nosso domínio no Orien-
te foi grandemente esclarecida
pr muitos dus seus livros, de
que merecem referência especial
os «Ext actus da história da con:
quista do laman pelos otomanos»
(1892), os «Textos em Aljamia
portuguesa» (1897) e a «História
dos portugueses no Malabar por
Zinaúim» (1898)

O sr. prof. dr. David Lopes
fez os seus estudos no liceu de
Lisboa, que terminou em: 1888;
no ano imediato partiu para Pa-

“tis, one, como. dissemos, fre-
quentou as Escolas das Linguas
Orientais e de Estudos Superio-
res, estudando numa e noutra o
árabe. Em 1892 voltou para Por-
tugal e matriculou-se no Curso
Superior de Letras, depois trans-
formado na actual Faculdade de
Letras de Lisbua, cuja freqiiên-
cia concitiu com coistinção em
1895. Neste ano fez concurso pa-
ra a cadeira de francês do liceu
de Lisboa, sendo provido nela
em 1896 Em 1901 foi nomeado
professor da cadeira da lingua ‘e
literatura francesa do Curso Su-
perior de Letras, marcando, pela
lucidez da exposição e pelo sen-=
tido pedagógico, logar inconfun-
dível na cátedra.

O sábio historiador nasceu em
Abril de 1868, cntando, portan-
to, 73 anos, no logar da Mouta
Fundeira, freguesia do Nespera!,
dêste concelho, e era filho de Jo-
-sé Amaro Lopes « de Inez das
Dores.

Pelos seus dotes de coração,
pela afabilidade de carácter e pe-
la modéstia, que o levava a des-
prezar honrari:s, o extinto soube
conquistar a s.mpatia de quantos,
grandes e pequenos, tiveram a
honra do seu convívio.

Ocorreu o passamento em 4
do corrente e o funeral teve uma
counecr ência invulgar.

O sr. prof. dr. David Lopes
era pai da sr.* D Marcela Lopes
Gagean, casada com q sr, Qscar

A Qomarosa da Biertã.

DIFavEs” da COPA

VILA DE REI, 30 — Na Pen-
são Rico faleceu inesperadamen-
te no via 10 do corrente O sr.
José dos Santos, empregado via-
jante da casa Manoel Simões
Barreiros Irmãos, Ld.º, de Fi
gueiró dos Vinhos.

Era geralmente considerado
aqui no meio comercial e por
uantas pessoas com quem man-
tinha relações.

Foi trasladado para Figueiró
dos Vinhos, encerrando o comér
cio local à saída do féretro.

o Gi.
Sacerdote que fractura uma
perna

PÊSO, 27 — O Rev.” Pároco
desta freguesia, Ex.”º Sr. P,º Se
bastião de Oliveira Cardoso, fôra

ontem à povoação de Vale da
Urra no exercício das suas obri-
gações eclesiásticas, onde minis-
trou os sacramentos a um pobre
doente. Já de volta a esta locali-
de, a pé, e ainda a pequena dis-
tância daquêle lugar, escorregou,
devido talvez ao declive do ca-
minho, e com tanta infelicidade

que partiu uma perna. Momentos
depois, alguém que lhe passava
próximo, ouvindo os seus gemi-
dos de dôr, acorreu ao seu en-
contro e logo deligenciou os
meios necessários para o condu
zir à sua residencia nesta aldeia.
Uma vez aqui, não tardou que
lhe fôssem prestados os deviios
socorros pelo distinto médico

Municipal Ex,” Sr. Dr Ponces.

de Carvalho.
Todo o povo desta freguesia

tem na maior estima o seu zeloso

e exemplarissimo Pároco, muito
lamentando o infausto incidente.
Ao bondosissino sacerdote e

nosso querido amigo desejamos ‘ Natividade da Costa Henriques, ‘

(Noticiário dos nossos correspondentes)

lhoras,
C.

«A Comarca da Sertã», associa-se,

do seu estimado Correspondente, .

— Em serviço de prêgação este-
ve nesta freguesia de 19 a 29 de
Janeiro, o Rev.º José Vicente
Morgado, do Seminário da Cos-
ts em Guimarais.

Nos primeiros 8 dias tiveram
as prêgações lugar na Igreja Ma-
triz e nos restantes na Capela de
S. Rafael, do lugar do Bravo.

Tôdas as cerimónias dêstes
dias de pregação foram extraor
dináriamente concorridas e, a-pe-
sar da grande multidão que se
comprimia no templo notou-se
sempre o máximo silêncio e ati-
tude respeitosa da fparte da as-
sistência. o

Este facto não passou desper-
cebido ao ilustre conferente que
| tendo úliimamente prêgado em
grande parte das Ireguesias do
nosso concelho, publicamente de-
clarou ter sido Pedrógão Peque
no, a freguesia que se salientou

ela sua assistência e respeito na
greja.

A Missão terminou com festa
solene do S. C de Jesus tendo-
se aproximado nêsse dia algu-
mas centenas de pessoas da Sa-
grada Mesa da Comunhão,

Tomaram parte nesta festa os
Revd.* Serafim Serra, pároco da

silva Martins, Capelão da Mise-
ricórdia desta vila.

– Foi inaugurada nesta regue
sia a Cruzada Eucarística das

R melhor impressão.
* —Na igreja paroquial desta
“localidade efectuou se, hoje, o

“casamento da sr.º D. Maria da

| do coração as suas rápidas mes:

sinceramente, aos votos: de melhoras:

4
PEDRÓGÃO PEQUENO, 2

freguesia e António Fernandes,

crianças. Esta deixou em todos

filha do sr. – Manoel Henriques,
propretário do Vale-da Galega,
desta freguesia, como sr. Júlio
Fernandes comerciante em Lis-
boa, com estabelecimento na Rua
Borges Carneiro, n.º 15. Apadri

“À nharam’ o acto o pai da noiva e

o ste Bérnardino da Costa Mo
reira, capitalista, de Sernache do

-Bomjardim.

Finda a cerimónia, os nuben=
tes e comitiva dirig ram-se ao
Vale da Galega, onde, em casa
dos pais da noiva, houve um
lauto banquete, em que se troca-
ram alectuosos brindes Os noi-
vos partiram, em seguida para
a sua residência na cap tal.

Ao novo casal destjamos tô.

das as felicidades que mere.e.
C.

CARDIGOS, 3 — Realizou se
na igreja paroquial destaBfregue
sia o baptisado de duas interes
santes filhinhas do nosso assi
nante sr. Ramiro Cardoso, pro
prietário, e de sua Espõsa sr.º
D Josefina Cardoso Delgado
residentes em Cardigos.

Da neófita Maria Cecilia foi
madrinha a sr.? D. Perpétua Sal
gueiro Dias, de Mação e padrinho
o sr. Mário Cardoso, comercian-
te em Africa-Beira.

E da neófita Maria Celeste,
foi madrinra a sr.º D. Maria Ce-
leste Dias; residente em Castelo
Branco, e padrinho o sr. David
Cardoso, funcionário da Compa-
nhia de Moçambique com sede
naquela cidade da Beira. |

Ambos os padrinhos se fize-

“ram frepresentar por procuração

passada a seu tio sr. David da

Silva Dias, residente em Mação.
Ao festivo acto, a que assisti-.
“ram muitos convidados, seguiu-

se abundante e delicioso copo
de água. – E

RR CEDER O CT DD) REMETE me ?

Gagean, comerciante em Lisboa
e avô dos srs. David, Floriano

e Ruúl Lopes Gagean, a quem |

<A Comarca da sertã> apresenta
sentidas condolências.

e.

O grande e saiidoso professor
muitas e muitas vezes manifestou
peP<eA Comarca da Sertã» a sua
simpatia, que, simultaneamente,
nos cativava e honrava Tam.
bém, quando nas nussas colunas
se abriram discussões de nature-
za toponímica, êle vinha, com a
sua autoridade de mestre, em
desvanecedora modéstia — por
certo uma das mais belas facetas
do seu carácter — esclarecer as
dúvidas, A

Ainda nos lembramos do in-
terêsse que S. Ex.º* manifestou
pela organização da Casa da
Comarca da Sertã em Lisboa:
oferecia os seus préstimos, mas
lamentava que a idade e falta de
saúde o inibissem de tomar um
lugar de direcção e comando na
fundação.

Quando da tomada de Paris
pelos alemãis queixou-se-nos da

‘perda possível de preciosos ma-

nuscritos que para ali mandara e
constituíam uma obra histórica
que tencionava editar, produto
de trabalho infatigável de longos

meses.
&

O sr. prof. dr. David Lopes
foi um grande sábio e, como tal,

honrou a Pátria e o concelho da |

Sertã, que tem o orgulho de o
contar entre os seus filhos mais
insignes. Parece nos, pois, justie
ficado que a Câmara Municipal
do concelhv tome a seu cargo
prestar devida e mereci a home
nagem à memória do ilustre his-
toriador e arabista, mandando
colocar, na casa onde nasceu,
uma lápida, reservando, para das

ta oportuna, a celebração de ce-

aposição.

Talvez, permitimo-nos lembrar,
o dia melhor indicado para a ho-
menagem seja o do próximo ani-
versário natalício.

Enaltecer um cidadão que foi
alguém, que pelis seus mereci-
mentos se impõe às gerações pre-
sente e vindouras. é um simples
acto de simpatia e gratidão. que,
incontestavelmente, todos lhe de-

concelho da Sertã se associaria
fervorosamente a tam justa ho-
menagem,

D. Margarida Farinha Alves

Na Póvoa, freguesia da Várzea
dos Cavaleiros, faleceu, com a
idade de 63 anos, a sr.* D. Mar-
garida Farinha Alves, viúva do
sre Manoel Alves, tendo missas
de corpo presente com muita as-
sistência de fiéis, que a acompa-
nharam à última morada, encor-
porando-se a numerosa irmanda-
de do S. Sacramento daquela fre-
guesia, de que era associada, |

À extinta era irmã dos nossos
amigos srs. P,º Isidro Farinha,
digno pároco, aposentado, da
freguesia da Cumiada, Casimiro
Farinha, comerciante, da Várzea
dos. Cavaleiros e Alberto Fari-
nha, notário em Fall—River Mass

Norte), a quem apresentamos
sentidos pêsames.

Boa mãi e espõ:a, foi sempre
dutada das melhores qualisades
e virtudes. e
– “Paz à sua alma,

Eugénio Alberto de Garvalho
Leitão

Depois de cruciante sofrimen-
to, suportado com a maior resi

vemos. Temos, por certo, que o |.
S tintíssima da Sertã, donde era |

(Estados Unidos da América do: cessidade, porém, de procurar

-gnação, faleceu em Lisboa, no
rimónias adequadas ao acto da.

pretérito domingo, na residência
de sua sobrinha sr.º D. Guilher-
mina Leitão de Portugal Durão
— pátio do Lencastre, (a Santa
Catarina), — para onde tinha
seguido em estado gravíssimo
no domingo anterior, o nosso
querido amigo sr. Eugénio Al-
berto de Carvalho Leitão, viúvo,
de 84 anos de idade, que foi du
rante muitos anos guarda-livros
da Cruz Vermelha Portuguesa.
Pertencente a uma família dis-

natural, o sr. Eugénio Leitão re-
cebera. como seus irmãos Alber-
to e António, ambos também já
falecidos, uma educação esmera
da, encantando pelas maneiras
fidalgas e pelo trato todos que
foram da sua privança ou tive-
ram a honra de o conhecer.

Pessoa de rara sensibilidade,
tinha sempre um carinho e um
sorriso para as crianças, por mais
humildes que fôssem, e possuía
o culto idolatrado pela árvore.
Alma aberta ao Bem, extrema-
mente modesto e coriês, de uma
firmeza de carácter e convicções
pouco vulgar, O extinto gozava
no nosso meio da mais profunda
estima.

Quando há pouco mais de
dois anos veio para a Sertã a
que dedicava grande afeição, era
seu veemento desejo terminar
aqui seus derradeiros dias; a ne.

alívios psra o seu mal em Líis-

“boa, impediu que fôsse satisfei.
“to O seu desejo.

O sr. Eugénio Leitão era avô
da sr* D. Noémia Leitão C. Rio
beiro de Matos Neves, espôsa
do sr. dr. Pedro de Matos Ne-
ves, médico veterinário dêste
concelho, cunhado da sr.* D.
Agueda Leitão, da Sertã, tio da
sr* D. Guilhermina Leitão de
Portugal Durão e dos srs, Er.

– “ENTRUDO
O Entrudo foi proibido nas
ruas e, em quaisquer recintos fes
chados, mesmo em casas particue
lares, só se poderão efectuar bais
les ou outros divertimentos mes
diante autorização superior.

Até à hora a que escrevemos

não nos consta que se projecte
organizar algum baile nos salões
do Club Sertaginense. A rapazias
da não tem dinheiro e não pode
contar muito com a generosidade
dos sócios. De resto, para fazer
um baile pítio, é preferível fe.
char se em copas,

DDD
Iluminação Eléctrica

Desde domingo que a ilumirias
ção pública ficou limitada às O
horas pof razões de ordem ecge
nómica ; anteriormente prolonga-
va-se até à 1 hora A Câmara
Municipal concordou com esta
redução em virtude de a Eléctrica
alegar a falta e dificuldade de
aquisição de combustíveis líquidos,

Bo nged
Cultura da Batata

Da Câmara recebemos a ses
guinte nota :

Pelo Ex.Ӽ Engenheiro da Bri-

gada Técnica de Agricultura da

8.º Região, com sede em Castelo
Branco, foi comunicado à Câma-

ra que a Comissão Reguladora

dos Produtos Químicos distribuiu
ao concelho de Sertã 1,500 Kgs.
de sulfato de amónio e 200 Kgs,
de sulfato de cobre.

E’ de prever que não falte nic
trato de sódio.

puingpça
CASAMENTO

Na cidade de Angra do Herois.
mos (Açõres) efectuou-se, em 2
do córrente, o casamento do nos«
so patrício e amigo, sr. Rui do
Vale, digno Furriel do G. A. C.

A. n.º |, aquartelado naquela ci.

dade, com a sr.º D. Ilda da Ene
carnação Silva, gentil e prendada
filha do nosso amigo sr. Daniel

| da Silva, conceituado comerciane
te há muitos anos estabelecido.

na dita cidade, natural dos Ver«
delhos (Sertã), e de sua espôsa,

Aos noivos desejamos, muito
sinceramente, tôdas as venturas
que merecem.

ee
BAPTIZADO

Na igreja paroquial da Sertã
baptizou-se, na pretérita 5.º feira,
a filhinha do nosso amigo sr.
José Fernandes Lopes, propries
tário, e de sua espôsa, sr. D.
Zulmira dos Santos Fernandes,
da Fonte Branca (Sertã), de nome
Maria Rosette.

Foram padrinhos o sr. Augus-
to Rossi e sua filha sr.” D. Maria
Justina Belchior Rossi, da Sertã,

rp
INTERÊSSES REGIONAIS

Foram concedidas as seguin-
tes comparticipações: à Comis-
são Fabriqueira da freguesia do
Orvalho, para construção duma
igreja, refôrço, 44.500800; à jun-
ta de Freguesia de Sobreira For-
mosa, para abastecimento de
água à povoação de Sesmos,
12.164800; e para abastecimento
à povoação de Pereiro, 12.1598.

nesto E. de Carvalho Leitão, co=
merciante, General António G.
Couceiro de Albuquerque, Ca-
pitão-tenente Carlos P. Tasso de
Figueiredo, de Lisboa e Coronel
Alberto P. Tasso de Figueire-
do de Tomar.

A bandeira do Club Sertagi-
nense, de que o extinto era só-
cio, conservou-se a meia adriça
durante parte da tarde de do-

‘mingo e 2.º feira.

O funeral efectuou se Ino dia
imediato para o cemitério do
Alto de S. João.

Aº ilustre família enlutada a-
presenta «A Comarca da Sertã»

sinceras condolências,

 

@@@ 1 @@@

 

A faltaDe combustíbeis 11-
quidos—hA, Companhia: de
“Viação deSernache;bd. :

“ perante o facto

“À fôlha oficial publicou em .3/

do corrente, um decreto-lei, de-

rios de crrreiras regulares. de
serviço público para o transporte
de passsgiros, de mercadorias e
misto, que possuem quatro ou
mais veículos.às mesmas adstri-
tos, são obrigados a equipar com
gasogénio, do tipo devidamente
aprovado nos termos do mesmo

diploma, um número de veículos

pelo menas igual a um quarto
do número total, arredondado
para a unidade imediatamente
superior ficando êstes em condi-
ções de entrar em -erviço antes
de À de Outubro de 1942. Ou-
tro-sim di-põe o mesmo decre

to-lei, além de outras determina-
ções importantes, que poderão:
ser modificados os limites supra
citados e tornar extensiva a sua:
doutrina aos restantes proprietá-
rios de veículos automóveis fi-
xando; os; prazos e limites que se
julgar convenientes.

“Não nos permite a falta de es-
paço dar um resumo, sequer, das
mais disposições — e muitas elas
são —:dêse diploma. que deverá

“A Oomiaros daSortã

Pôrto

Ai, sonha, sonha… E quando pelo chão
Tu vir’s.deofeita em pó tua ventura,
Oculta-tens a dor que ‘te tortura
E:-sonha, sonha, estulto coração!…

Oculta, sim, 49 mundo deprimente:
‘A dor que te acicata, a dor pungente,
Porque do teu sofrer êle se compraz…

Veste a máscara atroz da hipocrisia
Que o mundo é todo pura fantasia
E a vida é um oonho;, é uma ilusão falezl

ADRIANO GASPAR ISIDORO

Ai, sonha, sonha, estulto coração,

Que a vida-é sempre avida – noite escura!
Com falsos alicerces de amargura

fer | Constrói o ‘teu-castelo da ilusão.
terminando que os concessioná- | «MN Di

Tribunal

Moximento de Janeiro.

cal em que é exequente a F.
e executado José Aparício, de Vi-

set: lido com atenção por todos:
os: pro; rictários:de veículos au
tomóveis sobretudo pel -‘ que
mantêm carreiras de serviço pú-
bilico, ”

> 4

A Companhia de Viação de
Sernache, La, com sede em
Sernache do Bomjardim, conces-
“sionária das carreiras de passa-
geiros da nossa região, tôd-sel.s
de incontestável importância para
a.população, e que conduz. além
disso, as malas de correio entre
Lisboa e Castelo Branco e entre.
Oleiros e Tomar, solicitou da:
Câmara Municipal da Sertã os:
seus bons ofícios no sentido d:
obter do Instituto P. rtuguês de
Combustíveis o aumento de 50 */,
na quantidade de gasolina que
lhe coube em rateio e, também,
o gas-oil em quantidade suficien=
te para as 12 camionctas que a
tal combustível são movidas. Se
o Instituto não puder satisfazer o:
pedido, ao qual a gerência da.
emprêsa já expôs. fundamenta-
damente, a sua sittação no que
diz respeito à falta de combusti-
veis, as carreiras terão de ser
supensas dentro em breve, ou,
pelo menos, uma parte conside-
rável delas, pois não possue re-
servas de: carborantes..

Do facto resultará, forçosa-

mente, a inactividade de muitos |

operários que se empregam nas
carreiras e nas oficirias de repa-
ração, O que equivale a lançá los,
e a suas famílias, na miséria,
acrescendo, ainda,
prejuízos para os povos da região
pelo desaparecimento das car-
reiras. Considere-se, também,
que a Companhia dá ao Estado
um rendimento apreciável com o
pagamento de impostos e licen-
ças e, no que ioça a ela própria,
OS prejuízos são enormes. pela

paralização das carreiras, por-.
quanto o material e instalações

custaram muitas dezenas de mi-
lhares de contos, que passam a.
constituir — sabe-se lá por quan-
tô tempo — um capital absoluta-
mente inútil, por intransaccio-
nável, ne
Representa a Companhia de
Viação de Sernache, Ld., um
altíssimo valor na economia do

coneclho da Sertã, que ninguém |

pode contestar. Por isso mesmo,
temos per certo que a (Câmara
não hcsitará em anuir as pedido
justíssim que lhe foi formulado:

6 suo
CICLONE
Faz no p óximo domingo um
an» que um terrível ciclone de
Va tou tod. o Pol:, causan so pre-
juízos incalculáveis e centenas de
mortos em muitas regiões.

inevitáveis |

quente a F. N e executado An-
‘tónio Bravo Lima, Sernache do
Bomjardim ; 8) A acção sumária

filho Luiz Fernandes, Pucariço,
Sobreira Formosa, contra Luiz
Lisboa Bidueira de Baixo (Mi-

Produtos Resinosos, com sede
em Lisboa; Inventários orfanoló.
gicos por óbitos de: José Mateus.
Fonte das Eirzs; Emília Farinha,
Vergão Fundeiro Proença-a-
Nova; Manoel Ribeiro Louro,
Pucariço, Sobreira Formosa; 15)
Acção especial de expropriação
por utilidade pública, em que é
expropriante. a Junta Autónoma
das Estradas e expropri dos José
Farinha Tavares e outros respei

tante ao lanço da E. N n.º 54-22,
da Sertã ao Mermcleiro; Inven

tários orfanológicos por óbitos
‘de : José Mateus Caetano, Raba-
ças, Oleiros; José Francisco, Ro

lá, Palhais; Felicidade da.Con

‘viscal; Liberata Maria, Fojo, Tro-

noel, Silveirinha, Troviscal; José
Nunes; Eira do Sesmo; Carva-

co Martins Manso e mulher Joa-
quina Lourenço, Lameirancha,
Cardigos.
Livretes de consumo de ga-
solina a entregar

Na Secretaria da Câmara Mu-
nicipal da Sertã devem ser soli-
citados, impreterivelmente, até o
lim do corrente mês de Peverei-
ro, os livretes de consumo res-
peitantes às seguintes viaturas:
AD-15-62. LH:11-01, LH 11:25;

‘AD.6401; DB-(0 96; LE-10 19;
-CH-10-32; FL 10-45; S-33 300;
AC-61-27; OC-10-12
AC-02-27.

Após aquela. data, os que não:

houverem sido entregues aos res-

-pectivos proprietários, devolver:
ise-ão ao Instituto Português: de:

Combustíveis.

ELÉCTRICA SERTAGINENSE

Assembléia Geral Orcinária

Convida os seus accionistas a
| reiinirem-se no escritório da sua
‘emprêsa, pelas quinze horas do

dia 22 do corrente, para aprova-
ção das contas de 1941 Se não

houver número, fica convocada:

para ó dia 8 de Mirço, á mes va
hora,

Sertã, 5 de Fe-ereiro de 1942;
| O Presidente, — José Nanes,

como legal representante de seu:

lagres-Leiria) e Companhia dos

ceição, Vale da. Macieira, Tro-

viscal; Maria de Jesus, Cabeço:
das Preces, Castelo; António Ma-

lhal; 26) João Valente, Fonte -da
Amêndoa, Amêndoa; 29) Francis-:

; CL-10-525,

Distribuição: 5) Execução fis- ‘ madas em sessão de 4 de Fe-

la de Rei; Dita, em que é exe-‘

: Fequerida por Manoel Fernandes, ;

4

“FL-J1 19; PC-11.24; LA-1126, 4

| assuntos estão convenientemente

| zem-nos prever o melhor acolhi-

diente.

“carne de capado e carneiro pa:

e obrigações, têm de tratar o

eme

Principais deliberações to-

vereiro de 1942: .

Tomar conhecimento de di-
versa correspunaência recebi.
da.

GA ntorizar a Eléctrica Ser-

“| dos pobresinhos a todos os benfeitores.

Judicial Câmara Municipal da Sertã

“Sopa-dos Pobres:

rsrs ongç

Setembro de 1941

DESPESA

Movimento durante êste mês. Sopa
diária 332830.
RECEITA

Cota mensal de anónimo, 100800; Co-
tas diversas, 179800; Cota de D. Gui-
lhermina Durão, 30400; Do sr. José Vaz
de Lisboa por intermédio da «Comar-+
Ca»; 10800. Soma, 319400. :

Géneros :—De anónimo, batata-e: fei-
jão para a sopa de um dia; De anóni-
mo: 1 alqueire-de batatas.

Outubro de 1941
DESPESA
Movimento durante êste mês. Sopa
diária na média de 35 indigentes,
473300,
RECEITA
Cota mensal de anónimo, 100$00; Co-
tas diversas, 159400; Cota de D. Gui-
lhermina Durão, 30$00. Soma, 289800.
Géneros: — De anónimo um almude
de água pé e um alqueire de batatas,

A comissão muito agradece em nome

Informações diversas

Nas emendas recentemente in-
troduzidas no regulamento do
serviço de encomendas postais,
determina-se que estas não po-
dem conter determinados obje-
ctos, entre os quais cartas aber-
tas ou fechadas ou postais com
menos de três meses, platina,
ouro ou prata, estampilhas fis-
cais e de franquias, letras sela-
das, etc. etc, sob pena de pro
cedimento.

Os proprietários de livretes de
constiimo, no seu próprio inte-
rêsse e para maior facilidade de
fiscalização, devem escrever a
palavra «anulada» nias senhas
cuja utiliz:ção foi proibida con-
forme despacho publicado em
diversos jornais.

O Ministro da Economia vai
mandar proceder à distribuição

SHOP

Milhões que tinghem reclama

Existem nas Caixas Económicas da
India-muitos milhares de depósitos fei-
tos por pessoas que faleceram sem in-
dicarem herdeiros, outras que se des-
locaram e esqueceram os depósitos fei-
tos, e algumas que, por não necessita-
rem, os abandonaram, sem que se saiba
dos seus paradeiros. Assim se acumu-
laram cêrca de um milhão e quatrocen-
tas mil rupias, cuja utilização tem preo-

taginense, por motivo de eco:
nomia devido à escassez de
combustíveis, a interromper a
laminação às 24 horas. :

—Proceder à venda de 25

árvores do cemitério munici
pal no próximo dia 15. pelas.
13 horas.

— Submeter à apreciação do
Conselho Municipal na sua
próxima sessão ordinária uma
sugestão da Junta de Fregue-

sia de Sernavhe do Bomjar-

dim sôbre uma alteração a in-

troduzir na tarifa do Imposto.
de Prestação de Trabalho.

— Distribuir a importância
de 200800 por cada uma das ,
Jantas de Freguesia do Con- |
celho, para despesas de expe-

—Autorizar o arrematante
do exclusivo do fornecimento
de carnes verdes a elevar os
preços da carne de vaca limpa,
de 1.º classe para: 11800, da

ra 6800 e da carne de cabra.
cabrito e ovelha para 5800 o
quilograma. E

— Autorizar diversos pagas
mentos:

-—Deferir diversos requeri-
mentos.

Das Receitas e Despesas Muni-|

-cipais e-sua Contabilidade:

cupado o Parlamento indiano.

Hensou-se numa convocação dos pa-
rentes. dos depositantes indiferentes,
como prováveis herdeiros, mas a ideia
foi repelida, por se julgar mais acerta- |
do empregar êsse dinheiro em beneti-
cência;, :

Também muitos muçulmanos deposi- |
tam as suas economias. A sua religião, –
porém, não lhes permite o recebimento
dos jur:s. E êsses juros elevam-se a
dois milhões e meio de rupias. A sua
aplicação é também motivo de. sérias
preocupações.

“ Os leitores lembram-se talvez de que,

há uns vinte anos ou mais, várias fami-
Alias portugueses que provaram ser des- |
-cendentes de antigos depositários por- |
*tugueses de bancos inglêses da India:
“receberam de lá verdadeiras fortunas.
E ainda lá ficou muito dinheiro que-nin-
guém reclamou e que a honestidade in-
glêsa respeita.

2.235.130$00

é a base de licitação
para o último lanço

da estrada que há-de ligar
os Beiras Alta e Litoral
ccm a Beira Baixa

No-dia 18 do corrente; na
Janta Autónoma de Estradas,
em Lisboa, terá lugar, pelas
15 380horas, a arrematação da
iempreitada de concinsão da
estrada nacional nº 42-98
(lanço entre Alvôço da Serra e
“Vasco. Esteves de Baixo).

Está fixada a base de licita-
ção para 2:285 180800, sen»
do o depósito provisório de

35 879800.
Logo que esteja concinído

 

|| Desta obra que-hoje anuncia-.
mos vai sair por êstes dias.0 1.º!
fasciculo. fa
E? seu autor José de Lencastre:
que pôs: nacoordenação de-tão
interessante-trabalho: o seu: ele=:
vado critério e inteligência,

Todos os que, pot dever dos)
seus cargos ou dos seus direitos

Y
&

estudar os assuntos das finanças

e contabilidade das Câmaras Mu |

nicipais, encontram nesta obra as
maiores: facilidades, pois esses

coordenados e epigrafados. A
utilidade dêste novo livro e o seu:

indiscutível valor, tudo associado |’

a uma cuidadosa preparação, fa

mento por parte daquêles a quem
especialmente é de :icado.

– E” um trabalho que tôdas as
Cânara deveriam, distribuir por *
todos os Ex.”* Presidentes, Vi-
ce Presidentes, Vereanores: e,
Vogais, Aos seus-gestores devem

ias autarquias facilitar os meios

do exer-ício da fun
está contiada, –

€s :

ção que-lh

éste lanço de estrada e feita,

em seguida, uma ponze en Als:

comme

gratuita de sementes de cebola
valenciana, devendo os interes-
sad s fazer os -eus pedidos de
inscrição aos urganismus regio
nais.

PIS
ww

Com declaração de utilidade
pública foi autorizada a Compa-
nhia Eléctrica das Beiras a am
pliar a distribuição de energia
eléctrica em alta tensão aos con
celhos de Po. bal e Leiria,

Marco Postal

Er”? Snr. Manoel Dias —
Brigada de Puntes do Cami:
nho de Ferro Moçambique
(Africa Oriental): sua Ex
Mai aiz ter recebido a imporiân-
cia de 2.000800 (dois mil escu-
dos), que o Amigo lhe enviou,
sentindo, contudo, que há três
ano: não lhe escreva, facto que
lhe tem causado grandes prevçu-
pações,

Reparação da Estrada Catraia
– Outeiro da Lagoa – Galvos

Cêrca de 220 habitantes das
povoações do Ou eiro da Lagoa
e Caivos, acompanhados do pro
fessor oficial daquela lócalidade,
-sr. Eduardo António de Caires,
dirigiram se à <«âmara Municipal
no dia 4’do corrente, a hora em
que se efectuava a sessão ordi-
nária, a fim-de solicitar a con:
cessão da verba necessária para
pruceder à reparação urgente da .
estrada que liga, entre sí, a Ca-
traia, Outeiro da Lagoa e Cal-
“vos, cujo estado de ruína preju-
dica sériamentc as comunicações
daquêles povos, especialmente
durante a época invernosa,

“A Câmara informou que, êste
“ano, compete à Junta de Fregue-:
sia proceder à distribuição de
verbas, destinadas a melhora-

I’mentos públicos, consoante as

necessidades de cada logar e os
recursos de que dispuser.
Em vista disto, a comissão de

vôco da Serra. ficarão ligados,
através:da Serra de Estrêla. os
distritos de Coimbra e Guar:
da—o:lanço-que vai à praça é |
no concelho de Seia-—como de
Castelo Branco e a cidade da
Covilhã, on seja as províncias
da Beira Litoral eda Beira
Alta, coma da Beira Baira.

“ Câmara Municipal da Sertã

Convocação

Nos termos’do artº 29.º do
Código Administrativo convoco
o Conselho Municipal do conce-‘
lho da Sertã para a próxima ses
são ordinaria, a realizar no dia
12 do corrente mês de Fevereiro
p:las 13horas no edifício dos
Paços do Concelho.

Sertã e Paços do Concelho,
de Fevereiro de: 1942.

O Presidente da Câmara, —
Carlos Martins,

habitantes das citadas povoações
vai oficiar à Junta pedindo um:
verba para iniciar os trabalhos
que pretende, tratando, também,
de mandar proceder à elaboração
do projecto, para, em seguida, o
entregar à Câmara, pois que,
sendo talvez necessária uma im-
portância superior a 40 contos
para a reparação getal, haverá
que solicitar uma comparticipa-
ção do Estado.

te ED dr
Pedido de casamento

Pelo nosso amigo sr. Carlos

dos Santos, funcionário público,
desta vila, foi pedida em casa-
ment., para seu filho sr. Antero
do Vole Santos, a sr.? D. Maria
da Conceição Silva, ajudante da
estação telégrafo-postal de Pam-
pilhusa da Serra, simpática so-
brinha da sr.? D. Matilde de Je-
sus Ferreira, de Sant Estêvão
(.abeçudo).

O: enlace deve realizar-se no
decorrente ano