A Comarca da Sertã nº274 18-12-1941

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FUNDADORES

—= Dr. José Carlos Ehrhardt —
“=”Dry Angelo Heririques Vidigar =
| —— António Barata e Silva” ——
Dr. José Barata Corrêa e Silva

‘ Eduardo Barata da Silva Corrêa

Notas

CÇOMO a palha de milho e de
trigo tem atingido preços
inverosímeis – 3, 4 e Sesc
dos cada molho!!! —o gado.
bovino, especialmente, não tem |
agora venda e se algum apa-.
rece nos mercados oferecem
importâncias tam irrisórias
que os donos vêem-se obriga
dos.a reconduzí-los ao curro
da procedência ! É
Os lavradores estão aflitos
para sustentar o gado, mas’os
jornaleiros que o adquiriram
para os serviçosdo’ campo e
na mira de ganhar uns cobres
com alguns -fretes que vão fa-
zendo durante a semana e de-
pois com a venda, dão mil vol-
tas ao miolo, sem saber como:
hão de descaiçar o par de bo
tas emque se: meteram! Pu-
dera! Se êles mal ganham pa-

mília como podem pagar 08) a.

molhos de palha por tanto di-

nheiror 2. –
“Quási que valia mais sas-

tentar os bois a pão de ló!

SVO

A-*Obra das Mâis»—organi-
zação do mais largo al-
cance social, moral e patrióti-
co — que celebrou a «Semana
da Mai de Sa I4-do’corren-
te, conferiu o prêmio nacional,
destinado às famílias:numero-
sus, ao casal José Gonçalves e
Francisca Gonçalves, de Vila
Nova de’ Gaiãs 5 COM

Não sabemos quantos filhos
tem o casal; mas deve ser uma:
prole muito razvável Os nos-
sos parubens e que todos se-
jam felizes: RS Bias

Vendo bem as coisas, os fi-
lhos são a riqueza das famí-
lias pobrês. . qe E

Quando tivermos oportani-
dade apuraremos quantas. fa-
mílias existem, na comarca da
Sertã; com mais; por exemplo;
de 7 filhos. Deve serum nú-
mero respeitável; é singular
gue esse número avulta nas fa-
mílias de menores recursos
materiais:

Bom auxílio e protecção se
concederia a essas famílias
numerosas se se lhes reduzis-
sem as contribuições e: facili-
tasse a instrução secandária
dos filhos com inegáveis apti-
dões para o estudo ou admi-
tindo, nas escolas de artes e
ofícios, gratuitamente, OS gue,
para amas ou outros, tivessem
acentuada vocação.

– Se
JMPRESSIONANTE tem si-
do o apóio moral das re
públicas sut-americanas press
tado aos Estados Unidos. Quá-
si tôdas declararam já a guer-
ra ao Japão ou deram, âquêle
país, a sua solidariedade.

Sob 9 ponto de vista milttar

os países da América do Sul

não têm grande poder, mas à | quão de algumas brigadas de agrónomos

fôrça moral vale muito e tanto
assim que ela trinnfa sempre.

Mal dos povos pequenos e.

6€ RODUZIR e poupar” proclamou uv
pD “ Govôrno, há cêrca dum mês,
como regra na’emergência gra-

ve. que estamos“ atravessando em couuse-
quência da guerra,
“Produzir e poupar” repetimos, nós,
hoje; como máxima- que- devemos cumprir

através de todos os sacrifícios de ordem:

pessoal-para; sômente, considerarmos o bem
geral e 08. interôsses supremos da Nação.

Porque não se trata apenas de seguir
um conselho; porque não devemos ver nêle
uma ordem.ou. imposição que vai prejudi-

car-uns-para beneficiar outros. O Govêrno

entende de seu dever chamar a atenção do
País para a; situação difícil e complicada
que já estamos -vivendo. E como: mais vale
prevenir que remediar, se nós queremos
furtar-nos“às perspectivas negras e aterra-
doras do futuro, se âmanhã não queremos
debater-nos com a fome e ver as nossas fa-

MbBIGÃOS:

“as, Impledosamenso,
ia, sucumbindo à e

cessidade, temos que’ser previdentes, pou-
pando o máximo e produzindo o máximo,

| pondo de parte, radicalmente, todos os
Igastos; supérfluos e tirando da térra, ex-

traindo do solo, da grande à pequena pro:
priedade, muito ou pouco úbere, tudo,
absolutamente tudo, que ela pródiza.

À Se formos cautelosos e sensatos, se
soubermos-agir com a prudência aconse-
lhada pelas circunstâncias, já não por de-

[ver cívico, que ‘à todos incumbe por igual,

mas por simples instinto de conservação ou
defesa pessoal, sentiremos, ao míbimo, os
efeitos duma crise econômica avassaladora,
que vai abalando, por forma espantosa, 08
alicerces das nações mais ricas’e mais prós-

| peras do globo, onde’o nível de vida’ tem
| sido, incomparàvelmente, muito mais alto

que o nosso. Temos, por fôrça, de dispensar

ja importação de muitos génerós essenciais

à nossa alimentação ? Que havemos de fazer
se não conformarmo-nos ?
Procuremos pelo ‘nosso trabalho, fa-
zendo das tripas-coração, que aé terras ará-
veis produzam-muito mais e melhor do que
até aqui’e que os terrenos baldios ‘se con-
vertam em vicejantes searas. Se há terras
insusceptiveis. de qualquer cultúra, outras
são aproveitáveis, permanecendo cheias de
matos por virtude da nossa tradicional in-
dolência e mandriice innata,
Portugal é um: país essencialmente
agricola; diz-se e é verdade. Se fôsse antes
industrial, a sua situação económica seria
hoje muito pior pela impossibilidade de ex-
portar produtos manufacturados. Mas, sen-

“| do-agricola, é preciso que-tiremos daí todo

o partido, de tal modo que as terras em ex-
ploração passem a dar todo:o rendimento
oxigível, atendondo-se não só à quantidade,
mas à, qualidade e que tôdas as outras,
adaptáveis a qualquer cultura, por pequeno
que seja o rendimento, venham a ser con-
venientemente aproveitadas. . a
Seria agora uma excelente. oportuni-

estudarem a composição, natureza ‘e clima
das terras incultas, indicando, depois, mas

ftacos se assim não fósse. “dentro dum curto prazo, aos proprietários,

atentas as dific

PRODUZIR E POUPAR

o melhor modo do aproveitamento. Isto se=
ria, à DOSso/ ver, uma” política” agrária do
mais valioso alcance prático.

Não faz sentido que encontremos na
Beira Baixá-=-para’só falar na nossa Pro-
vincia—longos tratos de terra por cultivar.
Nem todos poderão ser utilizados, de-certo;
mas outros o serão, Aproveitem-se; pois,

êstes, dentro de tôdas as possibilidades:

Faça-se uma extensa cultura de ce-
reais panificáveis, de batata e de légumi-
nosas (feijão e grão). Intensifique-se a se=
menteira do milho, especialmente nas mar-
gens dos cursos de água.

Temos de considerar que os deficits de
trigo não poderão agora ser supridos com
importações maciças do continente ameri-
cano, envolvido directamente na guerra e
que as falhas de produção de milho, com-
pensadas até hoje pela importação de mi-
lho colonial, dificilmente serão preenchidas
| des de transportes.

 

“ Amplie-s
mo o pão, é alimento essencial das classes
menos’abastadas.

Disse a nota oficiosa do Govêrno : «Se
não podemos contar com a contribuição

alneia’ para satisfazer as necessidades da |,

população, ou se prudentemente o não de-
vemos fazer, só restam estas soluções: re-
duzir as exigências da vida com todo o seu
cortejo de privações e sofrimentos ou lan»
garmo nosresolutamente no caminhoda produção.
E’assim mesmo. Esta é a verdade, nuaecrua.

Optemos por nos lançarmos resoluta-
mente’no caminho da produção.

Não temos outro caminho a seguir.

Não é só em guerra, em plena luta ar-
mada, com os exércitos inimigos na fron-
terra, que 08 povos mostram coragem ou
espírito resoluto de vencer. Eº também na
paz que se’ vence a guerra! Como? Tra-
balhándo’ com calma, com dignidade, com
amor próprio, tenazmente, dirigindo e orien-

tando“os melhores esforços no sentido do

bem-comum,-para que a todos, dos mais
ricos aos’mais pobres, não falte o mínimo,
o essencial para viver. Que todos tenham,
por igual, sem a:menor excepção, um pe-
daço de’pão para comer. Que o pobre pos-
sa seinpre granjear, com o suor do seu ros-
to, o pão de-cada dia. Sem isto não pode
haver felicidade comum, porque a fome é
má conselheira! De-que servirá o dinheiró
ao rico se êle, amanhã, não-tiver onde com-
prar o pão?

Encaremos os acontecimentos pelo
prisma da realidade, esforcemo-nos por
vencer as dificuldades presentes e prepare-
mo-nos para iazér face aos piores males que
porventura possam-surgir num futuro que
se antolha breve. Portugal mostrará, assim,
uma vez mais, que soube suportar com re-
signação, com valor e inexcedível dignida-
de, os efeitos do tremendo-cataclismo que
aflige o Mundo.

Dando boa conta de nós manteremos o
conceito, que merecemos às outras nações,
de povo ordeiro, trabalhador e sensato, cons-
tituindo um firme e indispensável pilar para
a reorganização do Mundo futuro,

EDUARDO BARATA

O |’| DiRecroR EDITOR E PROPRIETARIO ea

=. Lluando- Parata-da-Silva- Coreia TIP: PORTELLA FENÃO
o ===” RE DACÇÃO E | ADMA ni sT as ção — q À : a mi Rios
v| |RUA SERPAPINTO-SERTA ia

> Gi E ad o ho Ep pEdsdas 1 fest ts sé CEE TESS A: TELEFONE
< PUBLICA-SE ÁS QUINTAS FEIRAS 112
42NO WE | Hebdomadário regionalista, independente; defensor dos interêsses da comarea da Sextãrconcelhos de Sertã | BELEMS RO
Nº274 – | Oleiros, Proença-a=fNova e Vila de Rei; e freguesias de Amêndoa e Cardigos (do concelho de Mação) 194

“cc alápis O Japão lançou-se afoita-
mente contra a Inglaterra ‘
e Estados Unidos e logo nos’
Primeiros dias, se não nas prt-
meiras horàs, causou perdas:
avaliadíssimas e alguns mis
lhares de mortos. Mas, reco
brado o ânimo, os dois países’
aliados vão rétorquir com vio-
iência, não, talvez, desferindo’
golpes a esmo, mas bem calen-‘
lados, a frio, escolhendo os
pontos melhores e as oportu=
nidades propícias, como é pró
prio dos anglo-americanos.
Bons guerreiros, valentes,
com uma calma que por vezes
ennerva o nosso temperamento
um pouco fogoso de latinos;
os: ingleses e americanos não
fervem em pouca água.
ego fB pego

9 “HA dias, uma senhora da
ra do arroz, que, co-|

“alta roda, veio à Sertã e
levon o menino, que trazia pes
la mão, a fazer determinada
necessidade fisiológica mesmo,
à porta de uma casa de habi-
tação!

Sea idéia partisse de uma
mulher do campo, ignorante,
vá que não vál Agora de uma:
senhora que se presa, é de’ se:
ficar com a cara à banda!

E-se a obrigassem a arreca=:
dar o contrabando, como o Bo=’
cage fez ao ontro, não era
muito bem feito 2?!

Cid OR: virtude da entrada da
América do Norte na guer-
ra émuito provável que ve.
nhamos a sentir a valer os:
efeitos da falta-de gasolina;
assim, tudo leva a crer que os.
automóveis particulares terão
de desaparecer da circalação
durante algunm tempo, en
guanto que os preços de alum.
guer dos automóveis de praça
e das camionetas de passagei-
ros atingirão subidas incoma
portáveis a muitos.

Em consegiiência disto é-de
prever que voltem a usar-se
charrettes,: vitórias, caleches,
landaux e tôda a série de ti-
Dóias e carripanas que foram
a delícia dos nossos avós e
até dos nossos pais.

Cavalos bem ajaezados, pin
galim, cocheiro de casaca e
cartcla… quem honvera de
dizer ? E não deixará de apa-
recer qualguer Praredes que
ponha na cabeça das barras…»
chapeleta de palha bem orna-
mentada de flores !

“E depois, para completar o
quadro dêsses temvos felizes,
só faltarão as diligências ou
mala-postas e a respectiva sé-
rie ae cocheiros, outros Rapo:
sos, Vianas e Garrafinhas…

Este número foi visado pela
Comissão de Censura
de Castelo Branco

 

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“ A Comarca da Sertã

“CONTRA A
PRISÃO – DE VENTRE
PARA .

Preço — 6800

“ADULTOS E CREANÇAS

PURGA

mA

Companhia de Viação de Sermache, Limitado

Coacesslodâeia da carreira. de passageiros “entre :

FIGUEIRÓ DOS VINHOS – SERTÃ

Comunica ao Público que, a partir de 25 de Agosto corrente, en.
tram em vigôr os-seguintes horários: =:

A B Cc. ID;
Cheg. | Part. | Cheg. | Part. | Cheg. | Part. | Chog, | Part | Chop. | Part. À
Figueiró dos Vinhos (Largo A E || Sertã (L. Ferreira Ribeiro)) — | 6,50] — |13,00]:
do Municipio) . — |14,25] — | 1830] — | 19,50]| Sernache do Eenjacin’ | TO| 7,13 13,20/ 13,33]
Aldeia Cimeira «| 14,37] 14,37] 18,42] 18,42] 20,02] 20,02]] Aldeia Cimeira. «| 7,43| 7,43] 14,03] 14,035 ;
Sernache do Bonjardim «1 15,07] 15,10] 19,12] 19,15] 20,32) 20,35]| Figueiró. dos Vinhos (Lar-
Sertá-(L. Ferreira Ribeiro) .| 15,30) — [19,35] — |20,55| — || go do Município) . «| 7,55] — |14,15| —

“A = Efectuam-se às 2.2s, 4.28 e 6,25, Procede de Coimbra e segue : a Castelo Branco, É
de 1 de Outubro a 30 de Abril, às 3.2s feiras e dias 23 de cada mês. Se o dia 23 cair ao Domingo, .
a carreira efectua-se no dia anterior. Procede de Coimbra, donde parte às 15,50. 1
de 1 de Maio a 30 de Setembro, às 3.88 feiras e dias 23 de cada mês, Se o dia 23 caír ao Domine.
* go, a carreira efectua-se no dia anterior. Procede de Coimbra, donde parte às 17,20.
às 3,28 feiras e dias 23 de cada mês, Se o dia 23 cair ao Domingo, a carreira efectua-se no dia an-.
terior. Segue a Coimbra e regressa (horários Be C),
as 348 e 5as feiras Sábados. Procede de Castelo Branco é segue a Calc

Para bom entendimento do público esclarece-se que as carreiras t astelo Br neo — Coimbra, e vice-
versa, não sofrem alferação com’os presentes horários :

e. » EM SEARA ALHEIA
Elogio do Outono

“Para quasi tôda a gente o único
encanto do outono é anunciar o
inverno. Digam lá o que disserem,
a verdade é esta:
sempre uma estação pouco ama-

dá. Aparte meia dúzia de poetas;
que cantam lôas às fólhas amare-.

ladas que se desprendem das àr-
vores-sôbre as águas mortas dos
lagos, ninguém faz caso do ou-
tono, ninguém –pensa’no outono.
O outono: não é estação que.mar

que para coisa alguma. Tôda a)

gente diz: lá para o inverno farei
isto; na primavera, se Deus qui-
zer, aquilo; se tiver vida e saúde,
no verão aquel’outro,

– Mas ingusa conta com o ou-

tono..

Eu sou um velho amigo do ou-
tono. Quando trabalhava, era no
outono que eu trabalhava. por

quatro. Pelas suas tardes plácidas,;

sinto a necessidade de fugir da
cidade e calcurriar por êsses arra-

baldes, à cata de creaturas, ani-.

mais e coisas rústicas. E logo que
saio as portas de Lisboa e encon=
tro na primeira azinhaga o pri-
meiro boi substituindo o último
polícia encontrado na última rua;
logo que em pleno campo sinto a
chiada plangente d’um carro de
bois, consolando o meu ouvido
ifritado com o silvo da sereia do
automóvel citadino; assim que a
ingénua e rude canção duma sa-
lóia se segue à preciosa cantoria
de ópera d’uma menina da capi-
tal; assim que um: amável: porco
vem: afocinhar no meu . casaco,
pouco antes focinhado por outro
animal muito mais antipático, o
cauteleiro–eu sinto-me outro ho-
-mem, leve, jovial, despreocupado,
feliz.
“E sobe por mim um impeto de-
mocrático de fraternizar com tudo:
de cumprimentar o boi, de gotar
a -saloia, de abraçar o porco..
Efeitos mágicos da doçura ine-

gualável da estação, da morna,
atmosfera dos seus dias, do azul |

suave do céu da: veludinea carícia
da luz. Sente-se a gente bem, sen-
tese boa Pelo menos eu trans.
formo me. E a quantes não suce-
derá o mesmo? No entant>, nin-
guém confessa que o outono lhe
proporci na bem estar; ninguém
se mostra grato a esta estação
amável, que pacifica os espíritos,
que tranquiliza os nervos, que
nos faz bons… Camara Lima

o“ outono foi:

“humildes, conquistou a po-

Livros de sensação.

Correio do Brasil

Completou quinze anos
de existência, ôste nosso pre-

sado colega que se: aa no |
Rio de Janeiro.

Sempre. ao lado dis no:
bres causas, defendendo os!

pulardade e um lugar “de
destaque na imprensa-Bra
sileira. E’ o prémio devido.
a quem exercendo a sua fun-.
ção social, eleva a missão
que incumbe .do’jornalista.

O: seu director, notável
homem de letras, fulguran
te periodista, sr. dr. Henri
que da Veiga Cabral, é um
devotado amigo -de Portu
gal e a nossa Colónia deve
lhe assinalados serviços.

Chefia sua redacção, o lau-
rendo jornalista Luiz D.-
mingues.

Endereçamos ao seu De:
legado e cronista em Lisboa,
nosso velho camarada Ro.
pan Laranjeira, as nos-

18 seúdações eos votes
pu vida e prosperidades,.
na certeza de as transmit::
em nosso nome a Correio do
Brasil.

«Calcanhar do Mundo», por
Vergílio Gocinho; «Lagoa Es-
curá», por Hipólito Raposo; «Car-
tas à im céptico sôbre as formas
de Govêrno», por José Maria
Pemán; «Dois nacionalismos»,
por Hipólito Raposo; <A História
Sêrgista de Ro rtugalo; por .
Preto Pacheco. .

A venda 1 nesta Redacção. É

Norberto Pereira |

Cardim
SOLIC’TADOR ENCARTADO

BENIN

Ru: Sure 139.22!

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LISBOA A

Julgado unia de Oleiros | É

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12 horas no Tribunal Judicial |.

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TELEFONE Nº 118.

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“Serviço privativo de automóvel,

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“A preferida por tôda a gente que permanece na Sertã oua vi.
“sita, pelo seu ótimo. serviço de mesa € magníficos quartos.

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“Bo visitardes a Sertã, que t tem belos: passeios e lindos –
-s pontos de:vista, não deixeis de bao esta pensão.

1 Fr y
Balama do Bastôs — =— se R T 4

aospnancscoas sessao dussao eosacaceneanuoencosansos eesemntnsanos onconef

nuaacssaas sosicaoosoconsssascamnaaancanao,,

BRA NGo – PREÇOS, uónicos —

dêéste Julgado sito na Rua a ee

Ramalhal, testa vilo, e nos au
tos de execução: por custas e sê
ios. que o exequente, – Ministério

Público, move contra o executa-

do Manuel Antunes Francisco,

casado; proprietário, residente .

no lugar de .A de Moço, fregus

sia de Cambas’ dêste-concelho
de Oleiros, se hão de porem ,*

hasta pública e arrematar a
quem mais der sôbre os seus res
pectivos valores, os seguintes
bens pertencentes ao referido
executado, a saber :— Uma ter
ra de cultivo, com testada de
mato, sita no- Vale da Bruta,
inscrita na respectiva matriz

predial sob parte do artigo nu . –

mero 4654, com o valôr de
813450 Uma terra de cultivo,
sita no Chão do Amieiro. ins
crita sna respectiva matriz pro
dial:sob parte do artigo nume

ro 2.679, com o valôr de 1768, |.

Uma: terrra: de cultivo, sita no
Chão d’ Oliveira, inscrita na

mespectiva. matriz predial sob

parte do artigo número 2.490,
com o valôr de 187875; e uma
casa de habitação sita no lugar
de A de Moço inscrita na res
pectiva matriz predial sob o ar

tigo nº 203 com o valôr – «de
180500.

Oleiros, 24.de Novembro de 1941,
“ O Chefe de Secção, — Jão T-
zugo à“ Sou a,
Verifiquei a exactidão,

O Juiz Municipal, — António
detento Pinto, Postais com pistas da Sertã
(EDIÇÃO PRIMOROSA)
Vendem se nesta Redacção

Mniénio à da “£

Silva Dourengo

cm acaba de abrir uma

SECÇÃO DE OURIVESARIA

JOIAS, OURO E PRATA

Interessantes e magníficos artigos, de
finíssimo gôsto, próprios para brindes |

Compra e vende ouro e prata em segunda mão

ANUNCIO
(1.º Publicação)
Faz sesaber que por êste meio

é citado o executado Angelino
Ratael Baptista, solteiro, maior,
trabalhador, do logar de Aldeia
Nova de. São Domingus, fre –
guesia da Sertã, actualmente .
ausente em parte incerta, para
os termos da execução por falta ,
‘de pagamento de “mpósto de
justiça, multa e mais impor:
tancias legais, em que toi con:
denado por sentença de 27 de).
Outubro ultimo; nus autos de
policia correcional que lhe mo
veu o Digno Magistrado do Mi
nistério Público.

“Sertã, 10 de Dezembro de 1 sa
Verifiquei: |
O Juiz de Direito, “ Armando T rres Paulo
O Chete da 3º Secção int *
Colecção de 7 postais — 7800 en Anvonio da Sua, É

RUA CANDIDO DOS REIS— 3 E RT À.

raça à expedição dass suas

encomendas

por interinódio- da COM-
! PANHIA DE VIAÇÃO DE
“SERNACHE. Lº, que lhe
“garante a modicidade de
preços, segurança e rapidez
e a certeza de que elas che=
gam, ao seu destino, sem o
Pais leve dano,

Consulte o nosso escritó-
rio em Sernache do Bomjar-
dim e: qualquer dos nossos
“agentes do percurso de Lis-
boa à Sertã, em Proença-a-
Nova, Oleiros, Alvaro e Pe-
drógão Pequeno, E

“Telefones n.º, Sertã, 5

S rnache, 4; Tomar, 70; San-
tarém, 200 Lisbua, 45508.

 

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Ciasanesesnçomsane ace nocao

Velhinhas |-De tão velhas que são
Têm o grande jús da sua idade.
Lembro-me délas com saúdade
E-dos bons tempos que já lá vão.

Amigas queridas da mocidade
Que de segrêdos vós fosteis cofrel
– Não vog esquece nunca quem sofre
“ à perda d’amigos da nossa idade.

Velhinhas já?!… Quanto eu lhes quero
Quanto as estimo e amor lhes tenho.
Dar-lhes vida seria o meu empenho,
Poriserem velhas as venero.

Árvores da Ce rvalha

Fractnoso Pires

Fe ouvidos de mercador |

A camioneta que traz as malas
do córreio de Tomar chega um
pouco depois das 10-horas, como
tôda a gente sabe. Pois, não obs:

tante, a correspondência continua |

a:ser distribuída depois das 13
horas e, na semana finda, houve
um dia em que ela foi entregue
quando já passava das 14 horas.
Persiste-se em esperar pelo Cor-
reio de Castelo Branco, que vem
sempre fora de horas e que, além
disso, é de volume relativamente
reduzido. E* uma teimosia como
qualquer outra, mas quem man-
da, manda…
– Mas nós preguntamos:— Não é
legitimo que os Correios tenham
um mínimo de consideração pelo
público que lhes paga? Porven-
tura desconheçe-se que a demora
na distribuição causa prejuízos a
quem tenha necessidade de res-
ponder, na volta do correio, à
correspondência recebida e que
na-maior parte dos casos não se
dispõé de tempo necessário? Não

é ainda fregiente que alguns des- |
tinatários, por pedido de pessoas

ausentes, tenhem urgência, em
obter documentos ou tratar de
assuntos importantes nas reparti-

ções, convindo dar as respostas

nos próprios dias da recepção das
correspondências ?’

“Continuam os Correios a fazer
ouvidos de mercador e nós a in-
terpretar, com tôda a boa vonta-
de, as justas Feclamações que che-
gam até nós do público paciente |

Já falâmos neste assunto diver-

sas vezes e agora solicitamos a:

atenção do Ex”º Sr. Director
dos Correios da Província, sem»
pre pronto a atender todos os

pedidos razoáveis. :

Marco Postal .

“ Ex.”º Sr. José Luiz — Lis-
boa: Para pagamento da assina
tura até o n.º 272 recebemos um
vale do. correio- de Esc. 9800.
” Muito obrigados.

Ds hos nossos: prezados assi

nantes residentes fora do País

» À todos os nossos prezados
assinantes residentes fora do Pais,
que têm em atrazo-o pagamento

ás suas assinaturas, pedimos o
favor: a à
:- Aos de Angola — Patã paga-
tém os recibos enviados por in:
termédio do Banco de Angola;
aos de: Moçambique—Para pas
garem.os recibos que: deverão
ser expedidos da estação dos
correios: de Lourenço Marques;
aos. de Macan e Timor — Para
pagarem. os recibos enviados pe-
lo correio; aos de S. Tomé,
Congo Belga e Fernando Pó-—
Para nos fazerem, directamente,
a remessa de fundos, atendendo
à impossibilidade de fazer as co-
branças pelo correio ou por in-
terposta pessoa; aós do Brasil-—

Para pagarem, directamente, ao

Ex.mº Sr; Adelino Perreira, R.
João do Rêgo, 213, 229-—-Recile,
Pernambuco. |

“ Antecipadamente apresentamos,
8 todos, os melhores agradeci-

forçar as colunas de O Taboen-

-manecem, darante muitas ho»
ras, em certas ocasiões, mon:

O Major S. RÊGO.

Publicou o último número do
nosso Jornal em editorial, o arti-
go O cavalo na guerra subscri
to por major $. Rêgo.

Quem é o major S. Rêgo? .

Desconhecemos ! Sabemos que
do brioso e honrado exército
português, e domiciliado em Lis-
boa, não faz parte qualquer ofi.
cizl com aquêle nome, pelo que
constatamos que mais uma vez
caímos, na armadilha de um
qualquer aventureiro a soldo de
alguém que não vacila em usar
de’ todos os meios para atingir
Os fins que se propõe, embora
pagando, para ver reduzida a le.
tra redonda os seus escritos ba-
fientos.

A nôssa boa fé e o respeito
que temos pelos homens que
compõem o quadro dos oficiais
do exército português, — fique-o
sabendo o cavalheiro — e não a
mira na importância que nos ole-
rece para a publicação dos seus
escritos, apesar da nossa humil-
dade e pobreza, foi o que deu
origem à publicação do ais
referido, que deve ter enchido
de satislação o seu autor que, já
com outro nome nos enviou pela
publicação do mesmo 208001 .

Não sabemos de quem se trata
e temos pena, francamente, por-
que gostariamos de o ver larda-
do de major sintético, uma ino-
vação que ainda não tinha che
gado a Portugal,

– Mas será o mesmo Indivíduo.
que diversas vezes tem tentado

se O que conseguiu uma ou duas
vezes, sendo posto na rua logo
que reconhecido? Não sabemos,
Mas seja como fôr, fique o ca-
valheiro $sbendo que nesta casa
ninguém trabalha a sôldo seja
de quem fôr, limitando nos. a vi-
ver modestamente, ou pobremen-
te, mas de bem com a nossa
consciência, embora isto pese a
muita gente habituada a viver de
expedientes. |

-A. RODRIGUES ANDRADE
(De O Taboense).

pag sr. dr. Angelo Henriques Vidi-
Nó tas a 1 á is pelo Cinto médico do partido
TJ, | : municipal.
1 D Um grande abraço de felicitas
É ções.
(Continuação) et Baepego

ESMO nesta época, em que

as chuvas são freglentes, .

não deira de se notar que al-
gumas ruas e travessas per.
manecem sujíssimas, não por-
que deixem de as varrer, mas
porque há muita gente que
continua a deitar o lixo e águas
sujas para à via pública, ao
mesmo tempo que nelas pertões de estrume dos currais, à |
espera de transporte!
Uma beleza de hortaliça!

– Enquanto tôdas as casas
não dispuserem das instala-
ções sanitárias mínimas e os
donos dos carrais não resol
verem—é o resolves ! — lançar
directamente o estrame nos
carros, continuará êste ladário  sinal de desmasélo e porcaria! ..

| neiro que ali andava perto eque

: conservação da vossa vida e ha-

– Cloiciório dos mossos Correspondentes)

BEzeitona

MARMELEIRO, 8–Começou
nesta localidade a apanha da azei
tona que quási na sua totalidade
se encontra muito boa e prome-
tedora, o que não acontece nas
freguesias vizinhas.

Tempo

Os campos, devido à acção do
tempo que tem sido óptimo, en-
contram-se muito verdejantes e
bonitos o que faz com que os
nossos lavradores andem muito
satisfeitos.

Naseimento

No dia 26 do mês paro deu
à luz uma robustíssima menina,
a Sr.* D. Lúcia de Jesus Cardoso,
espôsa do sr. josé Martins, do
lugar das Cortes.

Mai e filha encontram-se bem.

Gaso raro:

Há dias quando a Sr.* Inácia
de Jesus da Azinheira andava a
a hortaliça num campo vi-
zinho daquela localidade, notou
que alguma coisa a puxava para
trás Ao voltar-se viu que uma
enorme cobra se lhe tinha agar-
rado à saia e a puxava com gran-
des esticções Então a sr.’ Inácia,
transida de mêdo, gritou por so-
côrro, vindo em auxílio um resi=

a livrou do perigo de tão repu-

gnante répti E
LHES a

Cobrança de assin:iuras na

Província

Dada a impossibilidade de fa-
zer a cobrança das assinaturas
pelo “correio, como era costume,
vimos rogar a todos os nossos
prezados assinantes da Provin-
cia o obséquio de nos enviar a
importância necessária para re-
gularizar o pagamento das suas
assinaturas, utilizando a emissão
de vales do correio, Os que re-
sidem em localidades onde não
existem estações emissoras de
vales e não tenham possibilida-
de. de aproveitar a estação mais
próxima, podem enviar-nos es-
tampilhas postais de 50 centavos,
“Na secção «Pagamento de as»
sinaturas» daremos conta dos
recebimentos e indicando até
que número fica liquidada a as-
sinatura,

Pela atenção que se dignarem
prestar a êste pedido, antecipa-
damente apresenta agradecimen-
tos

A Administração

Cro

Delegado je Saúde do
concelho

Acaba de ser nomeado, defi-
nitivamente, Delegado de Saúde
do concelho o nosso bom amigo

AMIGOS!

A Corporação dos Bombeiros
Voluntários, que ainda deve al
guns milhares de escudos pela
aquisição do pronto socôrro de
que carecia em absoluto e preci-
sa de comprar algumas dezenas
de metros de mangueira, pede a
todos os Sertanenses e amigos
da Sertã para a auxiliarem den-
tro do máximo das suas possibi-
lidades.

Tratasse de uma corporação
humanitária, cuja existência é im-
prescindível porque garante a

veres em caso de sinistro.
Prestai-lhe, pois, sem reservas,

o vosso apoio incondicional,
«Vida por vida» é o seu lema!

Ele soa aos nossos ouvidos como

toque estridente de clarim!

– Associações locais.

Procedeússe, no passado do-
mingo, às eleições ‘ dos: Corpos
Gerentes e Mesa da Assembléia
Geral para o ano de 1942, das
seguintes associações, que de-
ram o seguinte resultado :

Assoolação dos Bombei-
ros Voluntários da Sertã

Mesa da Assembléia Geral

7 Presidente— António da Costa.
: Vice-Presidente — António da
Silya Lourenço. ..
Secretários— António Lopes e
Armando António da Silva.
-Vice-Secretários— Angelo Lo-
pes e Adelino Nunes Serra.

– Direeção

: Presidente–António Barata e

Silva. E

* Tesoureiro—José António Fa-

rinha.: nu
Secretário— Eduardo Barata.
Substitutos — Joaquim Pires

Mendes, João Nunes e Silva e

João Lopes.

* Gonselho Fiscal
Presidente— Dr. António Cal-
deira Firmino..

Secretário» José Ferreira Júnior.
Vogal — Isidro da Conceição

Lopes.

“Olub Sortaginonso

Direcção

Etectivos—Dr. Angelo Henri.
ques Vidigal, Dr. Rogério Mari-
nha Lucas, Dr. Francisco Nunes
Correia, Dr. Flávio dos Reis e
Moura e José Fernandes Lopes.

Substitutos – Anibal Nunes Cor-
reia, Joaquim da Silva Lourenço,
Celestino Pires Mendes, Alcino
Martins Barata e Armando An-
tónio da Silva.

Gonselho Fiscal

Electivos — António Barata e
Silva, Francisco Pires de Moura
e António Alberto Craveiro.

: Substitutos— Acácio |]. Soares
Ribeiro, Manuel António e José
Ferreira Júnior.

Mesa da Assembléia Geral

Electivos — Dr. José Carlos
Ehrhardt, Abílio Ribeiro Lopes e
Eduardo Barata da S. Correia.

Substitutos— Eugénio de Car-
valho Leitão, Olímpio Alberto
a e Joaquim Ferreira Mon-
teiro.

ro

Engenheiro agrónomo Reinal-
do Lima da Silva

Foi contratado para prestar
serviço na Colónia de Moçambi-
que, para onde deve seguir no
dia 30 do corrente, o nosso pre-
sado patrício e amigo distinto
Engenheiro-agrónomo Reinaldo
Lima da Silva, a quem apresen-
tamos felicitações com os melho-
res desejos de prosperidades.

Pro

AVIAÇÃO ,

A Sertã foi sobrevoada na 2.º
feira, cêrca das 12 horas, por
um avião conduzido pelo sr. Ca-
pitão Joaquim Baltazar, da Base
Aérea n.º 2 de Ota, que largou
um pequeno saco de areia, ao
qual estavam prêsos um postal,
endereçado âquele aviador, onde
se deviam designar o nome des-
ta Iucalidade e a hora do vôo, e
fitas vermelhas e brancas. Esses
objectos caíram próximo da igre-
ja da Misericórdia e foram apa-
nhados pelo funileiro Alberto
Caldeira, que prontamente se de-
sempenhou da incumbência. |

O saco e as fitas vão ser ofe-
cidos, pór nosso pedido, ao mis-
seu do Club Sertaginense, que
ali ficarão a figurar como uma
das mais interessantes recorda-
ções.

A população da Sertã acompa-
nhou, muito interessada, as evo-
luções, do elegante aparelho,
muitas delas executadas a baixa
altura,

a na a a Na

“Acompanhado de sua espôe
sa encontra-se na Sertã o sr.
Joaguim dos Santos de Lisboa,

‘Aniversários natalícios:

12, Joaguim Nunes Rodri-
gues, Pedrógão Pequeno; 15,
tsidro Freire, Lisboa; 16, Mes

Joagaim Calado, Lisboa; 17,
Amadeu Marinha David, Lis-
boa; 19, Fernando Lopes da
Silva, Mopêa (Africa Orien-
tal); 20, D. Noémia Leitão Ri*
beiro de Matos Neves, espósa

ves; 21, P! António Bernardo,
Sernache; 23, dr, Rogério Mas
rinha Lucas. da
Parabens *.
e

interêsses regionais

Pelo Fundo do Desemprêgo
foram concedidas as. seguintes
comparticipações: à Junta de Fre-
guesia de Sobreira Formosa, pas
ra construção de arruamentos-de
ligação da Vila de Sobreira For-
mosa com a E. N. 14 1.º, Esc.
41.771800; e à Direcção da Casa

“do Povo do Pêso, o relôrço de

864800 para construção da sede
da mesma Casa. E

AINDA BEM!

Alguns assinantes da Africa
Oriental, directamente ou por ine
termédio de pessoas de suas fã=
mílias, comunicaram, nestas últi-
mas semanas, que vêm receben-
do, com a desejada regularidade,
o nosso semanário.

Ainda bem que assim é. Não
é por culpa nossa que o jornal
deixa de chegar ao seu destino
em devido tempo, como todos sa-
bem; êste facto, porém, não ates
nua o aborrecimento que nos cati«
sam constantes reclamações pela
falta de transportes ou por retege
ção de quem procede à censura
em determinados portos de trân=

sito.
a

ATENÇÃO –

A Administração dêste semãs

são, encarrega-se, na Vila e cons
celho da Sertã, de tratar da
aquisição de documentos nas re-
partições públicas e cobrança de
quaisquer importâncias, mesmo
daquelas que digam respeito a
assinaturas de jornais, tevistas ou
outras publicações. :

A VÍBORA
na medicina

O Marquês de. Pombal
morreu em Maio de 1782,
vítima duma dermátose úmi-
da com grande prúrido, que
o atacara em Outúbro de
1779. Durante dois anos e
meio o grande estadista 80-
freu os maiores tormentos,
não conseguindo destançar,
cheio de febre e com grande
fastio. Tinha: dois criados

cavam, pois o prurido era
horroroso, e lhe enxugavam
o líquido que’exalava da
pele. a
Os médicos aconselha-
;am-lhe para o seu tormento
caldos de viboras. Estes
;eptis eram-lhe enviados de
;ôdas as partes do pais, em
grandes caixas perfuradas

 

e gheias de farelos,

nino João Miguel, filho do sp.

do sr. àr. Pedro de Matos Nes

nário, mediante pequena comis» –

que permanentemente o cos |

 

@@@ 1 @@@

 

Desde: que co reçoú a: Grande
Guerra N.º 2, mas esp-cialmente:
desde a. ocupação da Bélgicave»
da Holanda pela Alemanha e do
aniquilamento’ (mais moral: do:
que militar) da França, que o
nosso: País vem acolhendo cari-
nhosamente. os – refugiados das
nações em guerra; que. aqui têm
sido recebidos, sem distinção de

raça ou de religião, com aquela:
afabilidade que é tradicional no:

povo. português.
-Osr:fugiados são na sua maior,
parta,: pessoas: de recursos, pois
de outra forma não teriasido pos-
sivel meterem-se ao caminho,
sujeitando-se a-todas as: contin-.
gêagias.de-uma des peação- para
tam longes terras À grande mas

sa das populações, cumo é fácil

de calcular, teve porém e resi-
gnar-se, por absolúta carência
de meios, a permanecer nos seus
países, sobro ‘dominio do inva!
sor, sabido como é que o vil me-
táliáinida: contina a’ser’o verda
deiro’sentor:do mundo… –

Não é nósso ihtuiio delteves
a-vida dos’refugiados da guerras.

qiási–todos-vislumbrtando, com
terror, ‘a’horaem que o dinheiro,
as jóias ou-o crédito se lhes ca-
bée-hajam de recorrer à solida:
riedade-dos amigos ou à ‘pretec:

ção “dos-orgânismos de: bbnefic)

cência para conseguirem os’meios
indispensáveis para a sua manu
tenção em terra alheia.

A História a seu tempo se
fará,

À narração que vamos fazer é
verdadeira, mas desde já preve-

nmos as gentis leitoras de que”

ela, nada em de trágica, Que

ansiar por litératura grand’gui-
gnol, daquela de pôr os nervos
em vibração e os cabelos em pé,
suspenda aquí a leitura, que na-
da perderá com isso. Prosa más.
cula — e da melhor — não falta
pôr aí, nos comunicados de guer=
rá, pór exemplo, mas é necessá-
rio engenho e arte pira os en-

teader. .. ;

“À cena passou-se numa cerve-
jariá da capital, destas que pa-
tenteiam aos transeuntes monta
nhas de lagostas e santolas la
gostins e camarões, búzios e per-
cêbes.

Ao longo do balcão, meia dú-
zia de rapazinhos bebiam cerve-
jz e comiam -tremoços, fazendo
equilíbrios caprichosos em cima:
de: ‘bancos de desmesurada altura.

.Os.criados, envergando casa-
cos brancos de duvidosa alvúra;
deslisavam suâvemente por sôbre’

1 é :5 23,4 Ã 5 ê

e Mona Fos au: Sertã

CA Rd SESI BEE NEN E RADEON ORAS RS a

2: sda

tnonhisa de earoços de anti

e-cascas de amendoim-espalhadas;
ipelo chão…

À um canto, discretamente, um
casal-de refugiados: franceses: fa-
ziá as-honras-a-uma sapateira de:
monstruosas dimen-Ges. À breve
trecho: não’ restava: do crustáceo:
“mais do que o montão informe
das castas, pois ‘tôdas as partes
tenras ‘do’ inocente animalejo ha-
viamsido voluptuosamente absor-
vidas, envoltas’em vinho-branco
gasoso; gelado.

De vez em quando a dama pú-
xava por im minúsculo dicioná-
rio de algibeira: chamava o cria-
do, ;ndicava lhe o que queria-e
lá se iam
maravilha, Assim avançaram, até |
a queijo, à fruta e aos pudins.:
Nesta aitura pediram café, a das
ma puxou de um: cigarrinho bout

res. Mas aqui é que começou, a

das estrangeiras, mias“nem a ca- |
saias’tinha:;para-as fornecer-nem
o criado entendia o que a: tai res-
peito lhe pediam!
Kummel, – Domeco,
can…
contanto que o reépasto não ter-
minasse sem bebida de guerra.
Aflitô, acabou o criádo por se
socorrer de um. dos. fregueses
presentes, que dava mostras de
entender a: algaraviada dos
francéses; , ;
—0Oque-êles querem, disse-o:
freguês, é cognac’ ou coisapare-

iCorá-

estrangeiras…

recido do eriado, e se: Gu
a responder:

—Espera aí que eu já” os“ar
tanjo… Ia

E sem mais tir-te-nem- -2UAF-
te pediu ao barman uma. garra-

nalíssima de quatro “costádos, en-
cheu” um cálice com ela e deu-a

exigente casal.
1 EB dgora não lhesidizemos mais
nada, pois nem música-é-precisa

taram, «beberam: e repetiram, e
ainda: tornaram) a) beber, e não

para copiar o nome do precioso
néctar que, pelo visto, deixava

Domeco, o Curapan e. óútros
E ud quetais…

1 Bu V. Reimão

“Pagamento de-Assinaturas

feito por circular enviada a’todos
os prezados* assinantes “da Pro-,
víncia,: dignaram se.pagar as
suas assinaturas, até os” números
que vão indicados, os srs.:

“Abílio Nunes, Teixoso, 279,

1037 Dr Atfi redo- Pequito; Guari!

dai: ‘278; 108: Padre António Nu:

nes: Farinha Aiterraredes 283,
188. Elias; Ioaguim Tavarss..-
Pôrto, 280, 10%; Dr. Francisco

José Romão, Paredes do Cotira,
274, 108; João da Silva-Dias,
Coruche, 2708; Manoel’Cardoso,

Figueira da Foz, 280, 108; Mário:

José Ribeiro Funchal, 278, 10$;
D. Isabel Maria Alves, Lisboa,
271, 108,

Os nossos sinceros agradeci=*

mentos.

A todos a quem enviámos .cir-

culares: pedindo a liquidação das
assinaturas, e ainda o não fize-
ram até à data, rogamos à fine-
za de não demorarem a remessa
das importâncias indicadas, evi-
tando, – -assim, cau’ar-nos: trans-
tôrnos, pois que a: publicação ,
dêste semanário traz elevados |

encargos,

Acedendo ao nosso pedido, ‘.

2 Voaquim. Costa,

| “No Outeiro dá Lagoa (Sertã)
faleceu; em 5 do corrente, o sr.
Joaquim Costa; de 78 anos, viú-
VO, proprietário, que era muito
considerado pelas suas qualida-
des de carácter, pai do nosso es=
timado’ assinante -r:’ José Núnes’
-dacCosta, do Dafundo edos srs.
António Nunes da- “Costa, de Lis”:
boa e Joaquim Nuneés- da Costa,
do Outeiro da- Lagoa.

imediato, para o: cemitério da
Sertã, com grande acompanha-
mento. |

A? família enlutada apresénta:
mos as nossas ERoRo nt,

mASCImEnNtO.

Teve o’seu-bom sucesso em ‘4
do’ corrente, dando à luz uma ro-

busta menina, asr’* D. Maria

Luíza Carvalho ( ardoso Farinha,
dedicada espôsa-do nosso:amigo
sr. Alfredo Farinha: de:S: João
do Couto (Sertã). u

Mai’e’ filha encontram- A te
lizmente, bem,

ntendendo os três à»

doré e:o cavalheiro ; «pediu licos,

tragédia. O casal exigia aa

emtim, tudo lhes servia,..

cida,: contanto que seja bebida

finhá de aguarden’é veltia, nacio-

a provar aos componentes do

para-rematar a hiscória: mada:
me et monsiear provaram-e gos-

sabemos-se-a repetir, e acabaram.
por pedir ao criado a garrafa:

“Necrologia)

O fÍúnera! efectou-se, no dia:

pos epay pires Ceras em qe a É da de Sa na E ADISS

‘A Esquadrilha Americana da A’guia compreende um n grande número dê jovens nilatas ame-
= -Ficanos que foram juntar-se à Re AF ese têm” distinguido. na cavalaria dos ares.

‘ Homenagem ao Presidente O J A P A O

“Junta de Provincia

| “Na’cidade de Castelo Branco;
sede da nossa Provincia, foi press
tada, no dia 2 do corrente, quan
do de uma sessão dos procura-
dores da: Junta, significativa e
calorosa homenagem ao sr. dr. |
José Ribeiro Cardoso, ilustre Pres ‘
| Sidente da Junta de Província; ‘
descerrando-se o seti retrato na’

| respectiva secretaria, acto subli=:;
re por uma salva de palmas.
A proverbial modéstia do sr.

pess al da secretaria a-preparar a
homenagem com tôda’ a discre-|
ção; mas ném por-isso ela ’teve
menos: brilho; nem- traduziu :me-

inteligência – esfôrço e: patriotis-

da nossa Província, desprezando,
quantas vezes, -a sua satíide-e co-
modidades pessoais.

Alguma coisa sabemos de quan»

teitando,-com: efiergia; há anos;

da: Província, sobretudo: ido tras
balhador da terra.

“São, por isso, sinceras as’ mos
sas palavras. Nem o sr. dr. Ri-

mos tecer louvaminhas a torto € e
a “direito.

obras e estas têm tanto mais im-

““I portância quanto maiores e me-
| lhores forem os frutos produzi-

dos em benefício da grei.
A’nossa’ Província: deve: à sua
Junta, superiormente dirigida pe-

tlo sr. dr. José Ribeiro Cardoso :

a-criação’ da escola-de- bordados
to-da indústria caseira-das afama:
plantação de amoreiras indispen=

dassêda; a defesa: calorosa: dos

 

| res de resina; e auxílo à pobreza
ie carinho dispensado às crianças
pobres-que a Junta tem man “ado
em diversos turnos .e desde há

anos -para a praia da Nazaré, a

inteligente e. patriótica coopeta-

centenárias.e nomeadamente na
brilhante e inolvidáve! exposição
industria!
então realizada. na-capital da Pro-

em:. publicação, dos subsídios
para a História Regional da.Bei-
ra Baixa. Tudo isto atesta uma
obiã de extraordinária enverga-

 

– dura e dé inegável alcance social,

moral e. patriótico. .
“Eis os factos. es
Associando-nos à fbiniga de

prestada ao sr.’dr. José-Ribeiro

Cardoso, que se reflete, necessa-‘
“riamente, nos elementos da’Junta
– que” tam: lialmente-vêm cooperan:

: dr. José Rib Card levou o
Fez-se a’luzino cérebro mtisogo! so oa eiro/Cartoso levou

nos-ap-êço-por-quem; com: tanta –

to vale ‘o sr. dr. Ribeiro “Cardo-‘
só como homem público e não:
podemos deixar de-pôr, aqui, em’
relêvo, a“luta que’êle vem sus-

na” defesa “das classes” humildes”

beiro Card:so precisa de elogios:
a perder de-vista o: Kummel, :0] nossos, nem tam pouco costuma:

“Os homens valem pelas “suas”

como consegiente: ressurgimen-:
das-côlchas ide Castelo-Branco; a:
sáveis para a criação dos:bichos:

proprietárias de pinhais produtos:

ção da: Junta nàás comemorações:

agricola e pecuária:

vínçia;-a obra-monumental, ainda:

“O império do Japão, denomi-

nado Nippon pelos seus naturais:

edoSol Nascente pelos chineses,
é constituído por uma grande
parte da orla insular da Asia
Oriental, – banhada: a E. pelo
1 Oceano: Pacífico e a W. pelos:
: mares ide -Okhotsk, do Japão Ori:
ental; A-sua população compreen-
de dois’grupos diversos: os ja-

: poneses; que constituem a massa:

geral, pertencentes à raçar amas
rela, “amáveis, : alegres; activos,
de imaginação vivare prolessan-
do o budismo e: o sinto, antiga-.

religião nacional: baseada no cul-..

to dos antepassados, e os-2inos;-
antigos aborigenes’repelidos para».
o N–por uma-remota-invasão; dos;
japoneses». notâvelmente cabelu-.

mo: tem lutado pelos. interêsses | dose que hoje vivem.em pequeno

número nºs Kurilas:e-em Yeso.:
num-estado quási selvagem. Os:
habitantes-da- ilha Formosa -são:;
chineses, .

Há’ino Japão um granden úmes
ro’de cidades muito:populosas’ e
florescentes;:em grande” parte’si-‘
tuadas’ na ilha do Nippon. As

principais são Hakodate, Tóquio, |.

capital: desde 1808; porto mes:
díocre e grande centro comercial;
Yokoama: principal: ao de co
mércio do’império, N:goi», com
importantes fábricas: de porcelana,
Osaka, a segunda cidade em po-

pulação epôrto de comércio, prin- | os 5

cipal’centro: de inaústriasde al”
godão, Kobe,: pôrto: magnífico,
Kioto, – cidade com intensa: vida:
intelectual, Nagasaki e Taku.
‘O império do Japão, que du-
rante longos séculos permaneceu,
como’a China, isolado do’resto”
do “myndo,’
revolução política” efectada em

Natal dos Pobres

Cá estamos outra vez a apelar
para as almas caridosas, sendo:
desnecessário lembrar-lhes que o
Natal não está longe’e é dever
impérioso de todos nós, cristãos,
proporcionar aos pobrezinhos um
pequeno contôrto e alguma ale-
gria nº dia-de Natal.

Dinheiro, géneros, roupas, tii-
do aceitamos. Tudo qu. nto vier
ajudará. a minorar indizíveis so-
frimentos e angústias. O pouco.
será tam bem acolhido como o.

muito, pois certo é. que muitos
* poucos fazem muitos.

Há por aí muito lar sem, pão,
muitos velhos e crianças sem
agasalho, a tiritar de frio, sem
| um; farrapo para se, cobrirem,
sem-um gravato para a fogueira,
sem fio de azeite ou migalho’ de.
toucinho para temperar um. cal-
do! No casebre desolador impe-
ra a miséria, o frio e a fome ne-
gra!
: Lembreme-nos. todos: dos po-
brezinhos, sem: outra compensa-
ção: que não seja praticar-um ele-
entar: dever, de- Humanidade…

Abrimos, pois, uma subscrição”
: para,; com o seu. produto distri

| buir géneros na véspera do Natal
aos pobres mais necessitados: |

“Transporte” =. TOS0O
, EA
Em prol dos pliibeiros Uo-
luntários/ da Sertã

-Em benefício da prestimosa

operou; desde’ uma, Corporação dos Bombeiros Vo-

Túntários da Sertã foi nos entre

1868, uma completa e vertiginosa” gue“ pelo sr. António Dias. do
Outeiro da Lagoa, da parte do sr.
“Alfredo Ferreira, do Pará, a im-
– portânicia de pad Ea uai
| agradecenitos. . a

transformação na sua vida social,
podendo dizer-se que: está hoje ‘
completamente transformado à
europeia. E” um país em plefa.
evolução e com admiráveis facul- |
dades de expansão; em poucos

anos: tornou-se um «estado não só.

de notável civilização, mas muito
poderoso e com uma acção pre-.
ponderante:no’ regime político e |
económico dos países do Estre- :
mo: Oriente. “As brilhantes vitó-
rias alcançadas em 1895 contra a
China e no princípio do século

actual contra a Rússia deram-lhe

uma proeminência. extraordinária
na política do Extremo Oriente e:
sobretudo ‘na da China,

Sóno fim doséculo XII foi”
que o ilústte viijante veneziano
M:rco Polo revelou à Europa a |
existência dêste país, que’ desi-‘
grou pelo nome de Cipangu;, e
onde. dois séculos mais arde:
os missionários portugueses fo-
ram’ prégar a doutrima cristã.

Pouco depois o Japão fechou

ii quási’ totalmente os Seus “portos

i 3 FA Ã gr 5 ; É ZE:

aos: estrangeiros; e só-no. meio
| do século findo é que-começou.a
fazer com algumas nações trata-
“dos-de comércio seno a trans-
formação -que dêste facto lá resul-

tou-muito mais importante do que
na China, em: virtude do japonês
ter um espirito menos conserva-
dor. Até 1868 o mikado quási que
só exercia o poder espiritual; sen-
do-lhe-de facto usurpada tôda a
| autoridade temposal pelo traicon,
– chefe duma espécie de aristocra-

| ciadosdaimos ou grandes vas-

| salos;-naquele ano, porém, ope-
‘rou-se uma notável revolução na:
políticarinterna e o mikado, aba-
tendo: o poder daaristocracia feu-
dal, como nos séculos: XV e XVI
fizeram-osreis-dos estados euro-

| Peus, tealizou a centralização mo-
E nárqrica- adoptando: desde então

Ê os sistemas de govêrno e de admi-.
lhe: nvidia as nossas: elicita: nistração do: Ocidente e fazendo

ções: comb testemunho do mais; entrar o país vertiginosamente no
* [do com ‘o”homenageado,- daquit alto: aprêça e da maiorisimpátia; – caminho da civilização europeia;ia;