A Comarca da Sertã nº270 20-11-1941

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FUNDADORES
m— Dr. José Carlos Ehrhardt es,
1; Dr, Angelo Henriques Vidigal —
Ê » — António Barata e Silva —
0o1m a ça Dr. José Barata Corrêa e Silva

CEREAIS SEP SOR SETE E RP E PS Re TD

Eduardo Barata da Silva Corrêa

“ Composto & Impressa

Õ La EDITOR E E an ra E E NA
a) x » .
E Eduardo Bonato ola Tita Coreia, em ET para Feto
a — REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO —— A ia
v| |RUA SERPA PINTO-SERTA a
>|- TELEFONE
«< PUBLICA-SE ÁS QUINTAS FEIRAS 112
ERES ES E
2NO VI | Hebiomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarea da Sestã: concelhos de Sertã ds E
Nº 270 | Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei; e freguesias de Amêndoa e Gardigos (do conselho de: Mação ) 1944

Notas …

A excelente e oportuníssima

representação entregue a
S. Exº o Senhor Ministro da
Economia pela Junta de Pro-
víncia e Câmaras Municipais
da Beira Baira, que hoje pu-
blicamos em fando, apresenta,
de forma bem clara e iniludí
vel, a solução anegurada dos
problemas florestal e da resi-
nagem, que, pela sua impor-
tância económica, tanto inte-
ressam à Província da Beira
Baixa e especialmente à nossa
região. Um e ontro estão afe-
ctos à vida dos concelhos de
Sertã Oleiros, Proença-a-No
va e Vila de Rei, cuja prospe-
ridade se subordina, inteira-
mente, Às medidas que vierem
a ser tomadas depois de um
estudo criterioso.

Não deixará o Senhor Mi-
nistro da Economia de dedicar
tôua a sua competência e aten-
ção devida a um assunto de
tam transcendente valor eco
nómico para a Beira Baixa,
como é o da protecção ao sen
arvoredo e explorução das re-
sínas, riqueza inexgotável de
que, deste há anos, só têm
obtido largo proveito e ex-
cepcionuis: benefícios algans
poucos felizaruos!

Letam os lavradores da nos-
sa Beira com cordado, a ala-
diga representação ; ela é tam
clara é objectiva que não se
presta u fulsus interpretações.
Após a sua leitura surge,
ao nosso espírito, uma conciu
são evidente. que o lavrador
tenha a parte que, por direito
e legitimamente, lhe compete
na exploração das resinas, que
o renaimento on lncro, na sua
quási totalidade, não reverta
só em benejício uos resineiros
porque — segundo se diz na
representução — «Pretendemos
tam sômente ir sustar, no sen
declínio, o nosso proprietário
que, vivendo quási exclusiva-
mente daárvore, após os de-
sastres ocasionados pelo ci-
clone de Fevereiro, ficou mess
mo à beira da sua raína».

Seriu Altamente louvável que
os proprietarios e lavradores,
a quem a representação inte-
FESSA, NOS dessem u seu pare:
cer sôbre cla, que publicaria
mos com muito empenho, As-
sim usariam de ama preroga-
tiva que ninguém lhes pode
contestar, visto que o assunto,
pela sua mugnitnde, se pren-
ue com a prosperidade da la-
vonra qu Provincia, que tanto
é dizer com o bem-estar futuro

“dos lavradores que nela em-

pregam à sua actividade,
Independentemente disso, em
MUIMCIUS oULESSLVUS, IFEMOS
Jucendo ulguinus upreciações
sÓDic U uuculnento em rejesên-
Cu, eluDuruuo pur quem co-
uhele, elh IOUU U sua exten-
são, Os mules que afligem q
Rossu luvuura, preconizando
SENSUÍUS MEdIMAS Pura OS de-
belar. ER q

PROBLEMAS ECONÓMICOS

AGR EMO

A Provincia da Beira Baixa, designadamente a região abrangida pelos concelhos de Sertã,

Proença-a-Nova, Oleiros e Vila: de- Rei, tem imperiosa necessidade de ver solucionados,

quanto antes, 08 problemas florestal e da reginagem, êste intimamente ligado áquêle,
Passamos à publicar, na integra, a notável representação que, em tal sentido, acaba de ser entregu
48. Bx.”o Senhor Ministro da Rconomia pela Junta de Província e tâmaras Municipais da Beira Baixa,

Senhor Ministro da Economia
Excelência :

A Junta de Província e as Cà-
maras Municipais aa Beira Bai-
xa, pedem licença a V. Ex º para
de novo insistir pela solução do
seu problema florestal

Em fins ue Setembro passado,
o jornal «O Século», publicou
sob a rubrica «Quatro dias de
pavor em várias aldeias da
Sertã pelas quuis alastrou am
formidável incêndio», a circuos
tanciada notícia do que foi o
desastre que em 13 de Setembro
sepultou na miséria quatro agre-
gados populacionais da Sertã,
reduzindo a cinzas a sua riqueza
florestal numa extenção de qui-
lómetros.

A” luz vermelha daquele incên-
dio com tintas fortes ue catástro-
fe regional, enxergam-se as li-
nhas basilares da solução que se
impõe como mevida urgente de
urlidade pública.

E” do conhecimento jpúblico
que ao Sul da Província da Bei-
ra Baixa começa a desenhar-se
o regimen da pequena proprie-
dade, tendo a ânsia ancestral dos
seus íncolas pela posse da terra,
incorporado no património par-
ticular encustas É cumeadas uas
suas serranias, sem deixarem em
baluio palmo de terreno, como
faz certo o mapa publicauo pela
Direcção Geral dos Serviços Flo-
restais que só nota pequena maa-

cha no concelho de Oleiros, co-

mo terra de todos e de nin-
guem.

se iôsse regra inalterável o
critério adoptado na obra gran-
diosa do repov. amento Horestal
ordenado pela lei n.º 1917, pus
blicado no «Diário do Govêrnu>
de 1938, os concelhos qo sul da
Beira baixa ficariam à margem
do benetício do regimen llorco-
tal, por não terem baldios a re-
povoar, sendo no entanto certo
que têm uma mancha de pinhal
que é de interêsse público preser-
var da ruina € destruição, por
necessaria à regularização das
águas torrenciais da bacia do
Zêzere e ainda e sobretudo por
ser suplemento da economia da
sua população rural em regimen
de pobrcza permanente.

A logueira qu dia 13 de de-
«Em Dro Crigiuuu 4 um descuido
de carvocio negligente, que

 

to de limpeza, e o carvoeiro im-
pedido de fazer lume sem as
cautelas necessárias para a segu-
rança contra incêndios, é prová-
vel, mesmo quási certo que, a
dar-se, o fôgo não tomaria as
proporções da catástrofe.

A Junta de Província e as Cà-
maras Municipais da Beira Bai
xa requerem pois a V. Ex.“ que
o seu património florestal seja
declarado de utilidade públi
ca, para efeito sómente de ser
confiado à guarda e orienta-
ção técnica dos Serviços Flo-
restais, pois as despesas de re-
povoamento e limpeza ticarão de
conta dos proprictarios.

Para o delerimento do nosso
pedido, nem sequer se pode ale
gar maior despesa. a sobrecarre
gar o Orçamento Geral do Esta-
do, pois estando, segundo nos
informam, em estudo a remode
lação do Regulamento para os
Serviços Hidraulicos de 1897,

podem é devem coordenar-se os

serviços de polícia de cursos de
água com a guarda do nosso pa-
trimónio florestal, o que aliás já
em parte está previsto no artigo
300.” do relerido Regulamento,

o

Intimamente unido ao nosso
problema florestal está O da re
sinagem, que na nossa Provin-
cia se apresenta ligado à econo
mia de milhares de pequenos
proprietários,

Segundo os dados estatísticos
fornecidos pela Junta Nacional
dos Resinosos, a Beira Baixa
deu à sangria em 1940, 5.627.586
pinheiros. )

Naquele mesmo ano publicou
a Junta Nacional dos Resinosos
um Julhêto em que se diz: — 4
extração da gema é quási sem-
pre entregue pelos proprietá-
rios dos pinhais aos indus-
triais, proprietarios das fá-
bricas de destilação, sendo q
venda feita a um tanto por fe-
rida, importância que varia
de ano para ano e de local
para local,

Excelência :

Queremos abster-nos de dizer
a V. Ex.* a razão da anomalia
económica de o pequeno proprie-
tário, que necessita trabalhar para
comer, dar a Outrm a resinar O
stu pinhal, quando êl: podia fa-
zer-se em trabalho familiar, por

deixou lugir 0 lume para espés | termos a antecipada certeza que

so malagal, tendu U calor pró-
prio da est.ção e uma leva ara
gem Íeito O res:u.

a Junta Naciuual dos Resinosos
o terá feto ja com aquele espí-

“rito de vergade próprio de um

Ora se o nosso património | organismo de coordenação eco-
florestal estivesse em ordenauen- | nômica em íntima colaboração

com o Departamento da Pública
* Administração que V. Ex.º com
tanto brilho dir ge.

No entanto, por imperativo da
consciência, não queremos nem
podemos deixar de dizer a V.
Ex.º que a orgânica actual dos
resinosos originou a tribu dos
resineiros com a tendência à for-
Imação de um monopólio fecha-
dv, em que a produção conti-
nuará a ser cada vez mais sa-
crijicada no altar da cupidez de
poucos novos ricos, que che-
gam a ser um insulto para o
cumbalido organismo da pro-
dução da gema do pinheiro,

O vocábulo monopólio fere a
sensibilidade dos corporativis-
tas convictos, mas a verdade é
que à face do decreto 29,733, de
S de Julho de 1939, a indústria
dos resinosos está fechada ao
exercício de novas actividades.

E” porém de justiça confessar
que a doutrina dêste decreto não
prevê a modalidade interessante
de a produção nacional de gema
de pinheiro vir a organizar se
corporativamente com a finali-
dade de industrializar os sens
produtos,

E” doloroso confessar que por
enquanto é lêtra morta aquela
disposição do Regulamento da
Extracção da gema do pinheiro
em que se afirma ser missão da
Uniao dos Grémios da indústria
e exportadores de produtos resi-
nosos, garantir aos proprietá-
rios o jasto lucro da explora-
ção dos seus pinhais,

Para dar viga a êste conceito
que eue encerra um fundo de
justiça até hoje puramente ideal,
os Corpos Administrativos da
Beira Baixa vêm perante V. Ex.“
mui respeilosamente aifrmar a
necessidade de alguma coisa se
fazer, desde já, para salvanuar-
dar os interêsses da produção.

Excelência :

Nós compreendemos o alto pen-
samento do Estado Novo ao di-
tar o Estatuto da Junta Nacional
dos Resinosos em ordem a as-
segurar no mercado externo o
lugar que de direito pertence aos
nossos produtos resinosos.

Conhecemos o estôrço inteli
gente que V. Ex.” vem fazendo
para que a lavoira abrace de-
Iberadamente a orgânica corpo-
rativa para melhor defesa dos
seus interêsses,

Sabemos de ciência certa que
à lêtra da doutrina curporativa €
ao espírito dos altos dirigentes

(Continua na 4º página)

«c. à lápis

VA! por aí uma penúria ex-

traordinária de azeite,
vendo-se em palpos de aranha
para arranjar ans magros de-
cilitros por semana aguêles
que, não possuindo olivais ox
tendo tido fraca produção na
última colheita, se vêem na
contingência de recorrer aos
estabelecimentos comerciais ox
ao lavrador,

Num do últimos dias hoave
quem o comprasse a retalho,
nas lojas, a 9 escudos o litro,
de inferior qualidade por si-
nal; os lavradores guardam
avaramente o que têm, ponco
ou muito, não só por desco-
nhecerem o resultado da prós
rima colheita, mas também,
provávelmente, porque estão a
contar com a subida de preço
para, depcis, realizarem a sua
venda com um lucro apreciá-
vel.

O artigo é absolutamente in=
dispensável e desde que foi
proibida a venda do óleo de
mendobi, que o substituía em
parte, a autoridade tem, quan=
10 antes, de estudar o modo
mais viável de resolver o sex
abastecimento,

++

DIZIA há dias o dr. João de
Barros, no «Diário de
Lisboa», que talvez valesse q
pena fazer ressurgir a «Festa
da Arvore», comovente soleni-
dade de vasto e indiscutível
alcance moral e patriótico e
porque, na hora em que tan-
tos homens se degladiam e em
que os ódios e a ferocidade
andam à solta,jconsagra-se pe-
rante as crianças a solidaries
dade entre o homem e a Nata-
reza; razão por que nunca se
deve perder o ensejo de dar à
infância das escolas uma alta,
simples e sã lição moral.

Eº bem verdade o que expõe
o sr. dr. João de Barros, hos
mem de rara sensibilidade mos
ral e um dos primeiros poetas
portnagueses contemporâneos.

Que bela igéia seria voltar
a reulizar a «Festa da Arvo-
re», ama das mais interessan-
tese eduvativas criadas pela
República! incutir nos espíris
tos infantis todo o amor e pros
tecção devidos à árvore, a nos=
sa maior amigal

Despertar, no coração da
criança, o culto e admiração
pela árvore, com que o Cria-
dor nos prodigalizon,) levan-
do-a a plantá la e a cnidar de-
la com desvêlo e carinho, seria
uma obra com que se atingi-
riam dois fins de largo alcan-
ce educativo; moral e patrids
tico.

Só para falarmos na Serta,
quantas e quantas árvores
plantaram as crianças das
suas escolas em passeios plú-
blicos e à beira das estradas
em tempos que já lá vão e re«
cordamos com infinita sais.

dagel êcordamos com infinita sais.

 

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A comarca da Sertã.

SETE mens er

CONTRA A

| PRISÃO DE VENTRE
PARA

ADULTOS E CREANÇAS

Preço — 6800

PURA

mo

J. Fernandes Pestana
Farmaceutico pela Universidade de Lishoa

Farmácia Gortcz
R. S. Nicolau, 93 — LISBOA

» e» DE SEARA ALHEIA

O amor à terra tem raízes ances-
trais que se perdem na noite dos tem=
pos, possivelmente remontando ao im=
perador romano Aagasto, que pura
regalarizar a cobrança do imposto de
cotidade organizou o census onde
mandoa inscrever todos os ocupantes
da terra, e que, pela simples inscrição
nu registo fiscal, adgairiram título lex
gal de proprietários.

O campónio da nossa região, e de
resto o de todo o País, tem entranham
do amor à sua leira, sentindo sempre
ganas de uma defesa brata, quando
percebe que alguém o quere prejudi=
car em ama polegada que seja do seu
património.

Esse amor vai hoje resiriando.

terra perdeu alguma coisa de
sabtil que a ligava, estreitamente, ao
homem, fazendo-a am prolongamento
da saa personalidade.

A terra tende a deixar de ser o mea»
lheiro preferido pela família raral, on=
de os pais capitalizavam, para o fata-
ro, o sastento dos seas filhos

A terra começa a deixar de ser um
suplemento do salário do jornaleiro
do campo, e êste era um dos seus as
pectos simpáticos, onde o pobre reia-
giava a sua miséria cultivando, na lei
ra, a couve galega que lhe dava o cal=
do e o mais que podia para enganar

ne, oq à faina agrícola volte a atilizar
a energia do seu braço.

* Rterra era para os ricos e pobres
o desaiôgo para o dia que passa, sex
gurança para o dia que há de vir.

Oje. 1.
‘Os ricos ainda têm talvez a ilusão
da sua prosperidade, mas os pobres
sentem que a terra de pouco lhes vale
para resguardo da sua miséria.

(De «Em prol da terra e do homem»
—]. Ribeiro Cardoso —Presidente da
Junta Provincial da Beira Baixa).

; eres
E DESPEDIDA

Ernesto Castanheira Leitão, partin=
do inesperadamente, na próxima 3.º
Teira, 18, para Luanda (Angola), a
bordo do vapor «João Belo» e não
tendo, por isso, possibilidade de, pesm
Soalmente, se despedir de todos os
* seus amigos e de tôdas as pessoas que
Ê sempre o distingairam com manilestas
ni pague de consideração e amizade,

– ú-lo por êste meio, ojerecendo, nam
quela cidade, os seus limitados prés=

timos.
Sertã, 15 de Novembro de 1941.
era

Agradecimento

Por vezes a Humanidade desespera
com o sofrimento dum ente que nos é
Std poisjassim sucedeu com o meu

lho — Eduardo Paiva Bengla — que,
encontrando-se em luta com um atroz
sofrimento que, fatalmente, o vitimaria,
veio encontrar no Senhor Doutor Fer-
nando Simões da Cruz Ferreira, ilustre
médico interno dos Hospitais Civis de
Lisboa e com consultório no Largo do
Calhariz, n,º 17, 8/1, direito, o seu sal-
vador.

Tratado por S. Ex,º, na sua residên-
cia, encontra-se hoje, felizmente, quási
restabelecido,

“Neste meu tributo de reconhecimento
para com o Exm.º médico, manifesto e
que a minha alma me impõe-a gratidão-
ejapenas uma leve impressão do que lhe
sou devedor, pelo seu saber de grande
mestre, Perdôe-me S, Ex. ao ferí-lo na
sua modéstia, mas a minha alma não
esquecerá jamais o quanto lhe devo,
salvando-me um ente querido que esta-
va condenado.

Não esqueço, também, o fcarinho e

“atenções prestadas pelo Exm,º médico

: aco da Sertã, Senhor Doutor An-
enriques Vidigal.

tôdas as pessoas da Vila da Sertã

“endereço os meus agradecimentos.
pela forma como sempre se interessa-

decorrer da doença e muito

e ao sr. Eduardo Barata,

te jornal.

de Novembro de 1941.
“Antônio Bengla
2.º Sargento da G. N, R.

“ME dministração dêste s:ma-
– mário, mediante pequena comis-
f na Vila e con-

* Sertã, de tratar da
9 de documentos nas re-

públicas e cobrança

a fome, à espera que a invernia amai- |

Livros de sensação

«Calcanhar do Mundo», por
Vergílio Godinho; «Lagoa Es-
cura», por Hipólito Raposo; «Car=
tas a um céptico sôbre as formas
de Govêrno>, por José Maria
‘ Pemán; «Dois nacionalismos»,
– por Hipólito Raposo; «A História
‘ Sêrgista de Portugal», por J.
‘ Preto Pacheco.

companhia de Viação de Sermache, Li

mito

Concessionária da carreira de passageiros centre

FIGUEIRÓ DOS VINHOS-SERTÃ

Comunica ao público quo, a partir de 25 de Agosto corrente, en=
tram em vigôr os seguintes horários:

A” venda nesta Redacção, E NE E E
Reta A B e D E
Cheg. | Part. | Cheg. | Part, | Cheg. | Part. Cheg. | Part. | Cheg. | Part.
Convocação Figueiró dos Vinhos (Largo Sertã (L. Ferreira Ribeiro)| — | 650) — [13,0]
E do Municipio) E — |14,25] — [1830] — | 19,50) Sernache do Ecnjcicn .) 7,10) 7,13] 13,20/ 13,33]
Nos termos do artigo 30“ |U aldeia Cimeira . | 14,37] 14,37] 18,42 18,42] 20,02/20,02] Aldeia Cimeira. . | 7,43] 7,43] 14,03] 14,02
do Código Administrativo || Sernache do Bonjardim «| 15,07| 15,10] 19,12/ 19,15] 20,32) 20,35] Figueiró dos Vinhos (Lar-
econvoco o Conselho Munici Sertã (L, Ferreira Ribeiro) .| 15,30) — 119,35] — |20,55] — go do Município) . «| 7,55) — [14,15] —

pal para uma sessão extraor
dinária a realizar no próxi
“mo dia 24 do corrente mô
| de N: vembro, por treze ho-
‘ras, na Sala de Sessões da
Câmara Municipal a fim de
deliberar sôbre os segnintes
[assuntos :

Aprovação das taxas e
impostos a cobrar no ano de
19492;

— Concessão do exclusivo
do fornecimento de carnes
verdes.

Sertã e Secretaria da CA.
mara Municipal, 14 de No-
vembro de 1941.

O Presidente da Câmara,
Carlos Martins

a
Convocação

| Para os fins indicados no
“artº 28º do Código Admi-
uistrativo, convoco o novo
Conselho Municipal para
uma reiúnião a realizar na
Sala das Sessões da Câma-
ra, no próximodia 25 do cor:
rente, por treze horas.

Sertã o Secretaria da Cà
mara Municipal, 14 de No-
vembro de 1941

O Presidente da Câmara,

Carlos Martins

ANUNCIO

(2.º Publicação)

Pelo Juizo de Direito da co-
marca da Sertã e Primeira Sec
ção, no processo de execução
que o Ministério Público move
contra José Nunes Miranda e
esposa Dona Maria do Carmo
Nunes Magalhãis Miranda, pro-
prietários, moradores na vila e
freguesia da Sertã, correm édi
tos de vinte dras, contados da
segunda e última públicação
dêste anúncio, citando os cre
dores desconhecidos daquêles
executodos, para no prazo de
déz dias, posteriores aos éditos
virem á dita execução dedusi
rem os seus direitos.

Sertã, 6 de Novembro de 1941
— Vemfiqueis
O Juiz de Dweito,
| Armando T rres Paulo
O Chefe de Secção,
O José Nunes
terior. Segue a

A = Efectuam-se às 2,8, 4,8 e 6,38, Procede de Coimbra e segue a Castelo Branco,

de 1 de Outubro a 30 de Abril, às 3,5 feiras e dias 23 de cada mês. Se o dia 23 caír ao Domingo,
a carreira efectua-se no dia anterior. Procede de Coimbra, donde parte às 15,50.

> de 1 de Maio a 30 de Setembro, às 3.5 feiras e dias 23 de cada mês, Se o dia 23 caír ao Domin.
go, a carreira efectua-se no dia anterior. Procede de Coimbra, donde parte às 17,20.

às 3,25 feiras e dias 23 de cada mês. Se o dia 23 caír ao Domingo, a carreira efectua-se no dia an-

Coimbra e regressa (horários Be C),

às 3,8 e 5.25 feiras e Sábados. Procede de Castelo Branco e segue a Coimbra.

Para bom entendimento do público esclarece-se que as carreiras Castelo Branco — Coimbra, e vice-
versa, não sofrem alteração com os presentes horários

ANUNCIO

(1º Publicação)

“Pelo Juizo de Direito da co
marca da Sertã e Primeira
Secção du Secretaria Judicial,
nos autos de execução que o Mi
nistério Público move contra
Sebastião Farinha, solteiro,
maior, actualmente residente
na cidade de: Lisboa, correm
éditos de vinte dias a contar da
segunda e última publicação
dêste anuncio, citando os crêdo
res desconhecidos daquêle exe
cutado, para no prazo de dez
dias, posteriores aos éditos vi
rem à dita ão deduzir os
seus direitos,

Sertã, 18 de Novembro de 1941
Verifiquei—O Juiz de Di
reito, Armando Torres Paulo.

O) Chefe de Secção, José
Nunes,

ANUNCIO
— (2 Publicação)

Pelo Juizo de Direito da co
marca da Sertãe Primeira Sec-
ção da Secretaria Judicial, no
processo de execução, que o Mi-
mistério Público move contra
José Pirese mulher Beatriz do
Carmo, proprietários, morado
res no logar do Vale da Maciei
ra, treguesia de Carvalhal, cor
rem éditos de vinte dias conta
dos da segunda e última públi=
cação dêste anúncio, citando os
credores desconhecidos daquêles
executadus, para no prazo Ale
dez dias, findo que sejam os
éditos, virem á dita execução
dedusirem os seus direitos

Sertã, 29 de Outubro de 1941,

Verifiquei
O Juiz de Direito,
Armand: Torres Paulo

FO) Uhefa da 1.º Secção,

José Nunes

se, Masssasanaass
aaa

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Os mais brilhantes resultados nos Exames oficiais com uma
média de 92 “/; de aprovações nos seus nove anos de existencia

Instalações exemplares, obedecendo a todos
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Na Sertã, vende-se por
190 contos,

Tem moradias de Senho
no e de caseiro, 30hoctaros
olival, pinhal, terra de se
pmeadura e de horta, muita
agua e gado.

Companhia Carruagens, R.
D. Pedro V, 115 Tel. 23147
—LISBUA.,

ANUNCIC

(2.º Publicação)

Faz-se saber que seachaaber
ta a correição», pelo espaço de
trinta dias, a começar em doze
de Dezembro próximo e a ter-
minar em onze de Janeiro de
mil novec-ntos e quarenta e dois,
a todos os Oficiais de Justiça
deste Tribunal, Julgado Muni
cipal de Oleiros, e Juizos de
Paz, a qual abrangerá todos os

livros, papeis e processos come
gados ou findos desde um de
Janeiro do corrente ano emdiam –
te, devendo as entidades com
petentes apresentar as respecti-
vas relações com os livros pa-
peis e processos reteridos, nos
termos legais, e podendo quais
quer pessoas, durante aquele
prazo de trinta dias, apresentar
ao Juiz da comarca quaisquer
queixas que tenham a fazer dos
funcionários sugeitos á mesma,
correição.
Sertã, & de Novembro de 1941

Verifiquei :
O Juiz de Direito,
Armando T rres Paulo

O Chefe da 3* Secção int.

Armando Anton’o da Silva

CURSO LICEAL

Profess:r diplomado 1.e-
ciona o 1.º ciclo dos liceus
(1º, 2.º e 3.º classes), apre-
sentando a exame.

Nesta Redacção se informação

 

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iVotasa lápis

lrarés la bomarea

 

A propósito do tam deb
assunto do arvoredo da Carvalha,
“diz-nos o nosso amigo e estima-
do colaborador, sr. José de Oli-
veira Tavares, de Cardigos, em
carta que nos escreveu em fins
de Outubro :

«Gostei da carta, que publiccu
a «Comarca», do Fernando da
Silva Dias, filho de patrício e
amigo meu, sôbre as árvores da
Carvalha.

Há pouco, quando o jornal in-
seriu a gravura da Alameda ào
ver a reprodução daquelas plan-
tas que dão ao local tanta poesia
e pitoresco, como o lago, onde
outrora vi balouçarem-se alguns
botes de recreio, e onde estaria n
bem dois cisnes a divagar pelas
águas, creia meu amigo, que
senti saiidades do tempo em que
frequentava a Sertã . Na minha
provecta idade ainda sonho. .
Não pretendo nem quero emitir

– voto sôbre a matéria, desejo sim-
plesmente manifestar-lhe, num de-
sabafo do coração, a dor que
sentiria se um dia, ao voltar à
Sertã, eu visse esse oásis encan
cantador desguarnecido das ve
lhas árvores que tanto o embe
lezavam ..

Eu sou do tempo do antigo ero
mântico Passeio Público de Lis-
boa. Era eu rápaz quando a Câ-
mara Municipal, com o Rosa
Araújo como presidente, resol
veu deitar abaixo as árvores, as
flores os recantos misteriosos, os
portados, os muros, e riscar e
delinear a formosa Avenida que
lá se admira. Freqientava então
muito Lisboa e lembro me bem
da guerra que promoveram con-
trao pobre Rosa Araújo, e que
me parece, por causa das obras,
se expatriou por algum tempo da

“capital Mas tudo pa:sou. E hoje
todos reconhecem o lustre, a be-
leza, que ele trouxe a Lisboa. E”
possível que na Sertã suceda o
mesmo, e que, o que hoje nos
parece um êrro, seja um gran-
de benefício, um grande melho
rament: para a Sertã do futuro!
Mas nós os velhos, só olhamos

– para o vresente. .

meu parente Dr. Carlos
Martins € uma criatura inteligen
tíssima e a Sertã só tem a lucrar
com a -ua estada na presidência
da Câmara».

dd

Eleições no concelho da Sertã

A propósito das eleições, é in-
teressante indicar a impor ância
das freguesias do Concelho to-
mando por base o número de
chefes de família inscritos no
Recenseamento Eleitoral para a
eleição das Juntas de Freguesia :

Sertã, 1.325; Sernache do Bom-

rato 1.094; Várzea dos Cava-
eiros, 468; Castelo, 400; Pedró-

gão Pequeno, 343; Cabeçudo,
285; Troviscal, 259; Cumiada,
191; Palhais 185; Carvalhal, 169;

— Nesperal, 161; Marmeleiro, 157;
Figueiredo, 134 e Ermida, 119,

Or

É Cobrança de assinaluras na
Província

Dada a impossibilidade de fa-
zer a cobrança das assinaturas
pelo correio, como era costume,
vimos rogar a todos os nossos
prezados assinantes da Provín

“cia o obséquio de nos enviar a
importânzia necessária para re-
gularizar o pagamento das suas

assinaturas, utilizando a emissão
de vales do correio, Os que re«
sidem em localidades onde não

“existem estações emissoras de

vales e não tenham possibilida-
– de de aproveitar.a estação mais

“podem enviar-nos es-

lhas postais de 50 centavos.

“secção «Pagamento de as-

sinaturas» daremos conta dos
recebimentos e indicando até

E que número fica liquidada a as-

sinatura, y

– Pela atenção que se dignarem
prestar a êste pedido, antecipas

RN: apresenta agradecimen-

Gi Ei” à Ê

óxi
e ami

E a A Administração K

(Continuação)

” EM sua sessão de 5 do cor-

rente resolveu a Câmara
chamar a atenção da Eléctrica
para a má qualidade das lân-
padas fornecidas para a rêde
pública.

Naturalmente a Eléctrica im=
pinge gato por lebre porque é a
Câmara que paga as lâmpa-
das! Alterando o contrato, de
forma que seja a Eléctrica a
fornecer as lâmpadas à sua
casta, a qualidade passará a
ser melhor e não se veria, com
tanta fregiiência, parte das
runas em completa escaridão,
como vem sucedendo, A Câma-
ra que experimente e verá que
o assunto fica resolvido.

Ágora, perante a reclama-
ção, a Eléctrica alega que não
pode fornecer lâmpadas me-
lhores pelas dificuldades de
aquisição, tudo consegiiências
da guerra, etc, etc…

A guerra tem as costas lar
gas… O estafado bordão…

Ho

FA? dias, próximo de Boti-
cas, dois burros, que ti-
nham fagido ao dono, acaba-
ram por ser comidos pelos lo-
bos!
Sabíamos que os burros
eram teímosos e desobedien-
tes, mas ingratos…

erro

SE a iluminação eléctrica fal-
ta ou demora muito a apa-
recer, há quem pregante:
— Mas, então, quando é que
o Costa dá à luz]

so

Natal dos Pobres

Cá estamos outra vez a apelar
para as almas caridosas, sendo
desnecessário lembrar-lhes que o
Natal não está longe e é dever
imperioso de todos nós, cristãos,
proporcionar aos pobrezinhos um
pequeno confôrto e alguma ale-
gria no dia de Natal,

Dinheiro, géneros, roupas, tu-
do aceitamos, Tudo quanto vier
ajudará a minorar indizíveis so-
frimentos e angústias, O pouco
será tam bem acolhido como o
muito, pois certo é que muitos
poucos fazem muitos.

Há por aí muito lar sem pão,
muitos velhos e crianças sem
agasalho, a tiritar de frio, sem
um farrapo para se cobrirem,
sem um gravato para a fogueira,
sem fio de azeite ou migalho de
toucinho para temperar um cal-
do! No casebre desolador impe-
ra a miséria, o frio e a fome ne-
gral

Lembremo-nos todos dos po-
brezinhos, sem outra compensa-
ção que não seja praticar um eles
mentar dever de Humanidade,

E “

Abrimos, pois, uma subscrição
para, com o seu produto, distri
buir géneros na véspera do Natal
aos pobres mais necessitados:

Transporte . . 50800
rt et

AMIGOS!

A Corporação dos Bombeiros
Voluntários, que ainda deve al-
guns milhares de escudos pela
aquisição do pronto socôrro de
que carecia em absoluto e preci-
sa de comprar algumas dezenas
de metros de mangueira, pede a
todos os Sertanenses e amigos
da Sertã para a auxiliarem den-
tro do máximo das suas possibi-
lidades.

Trata-se de uma corporação
humanitária, cuja existência é im-
prescindível porque garante a
conservação da vossa vida e ha-
veres em caso de sinistro,

Prestai-lhe, pois, sem reservas,
o vosso apoio incondicional,

* «Vida por viua» é o seu lema!
Ele soa aos nossos ouvidos como
toque estridente de clarim

(Noticiário dos nossos Correspondentes)
Deolinda Hmbrósio Dias

PEDRÓGÃO PEQUENO, 9 — Depois
de alguns dias de doença foi operada
no hospital da Sertã, a menina Deolin-
da Ambrósio Dias, filha dilecta dos srs.
Angelo Ambrósio David, comerciante
desta vila, e Carolina Dias, que veio a
falecer no dia 9, a casa de seus pais,
Contava 9 anos de idade e fregiientava
a 2º classe, sendo muito querida
pelos alunos das escolas que se incor-
poraram no funeral que foi realizado no
dia 10, bem como muitas pessoas da
vila e arredores,

Escola de Bravo

Desde o princípio do ano lectivo que
a escola mixta de Bravo, está sendo
regida pela professora Sr.º D. Maria
Antónia Ferro Gomes das Neves que
vem precedida das melhores informa-
ções onde exerceu o magistério no dis-,
trito de Santarém. –

Incêndio

Temos hoje a lamentar mais um in«
cêndio que se manifestou na cozinha de
Beatriz dos Santos Antunes, viuva do
lugar do Painho e que vive com uma
filha de nome Ludovida que deve rea-
nas O seu casamento no próximo dia

Deram pelo incêndio à 1 hora da ma-
drugada, acudindo os vizinhos pronta-
mente, Não puderam, contudo, evitar
que o incêndio devorasse a cozinha e
parte da casa onde tinham a maior por-
ção de géneros alimentícios sendo gran-
des os prejuizos que não estão cober-
tos por seguro, como a maior parte
dos prédios desta freguesia.

— Os professores desta vila, para
angariarem donativos para as «Caixas
Escolares», enviaram a circular que
abaixo transcrevemos aos pedroguen-
ses residentes em Lisboa, fazendo igual
distribuição nesta freguesia,

Não é seu propósito excluir seja
quem for, fazendo êste apêlo por inter-
médio de «A Comarca», para conheci-
mento de todos, pedem desculpa de
qualquer omissão involuntária e agra-
decem qualquer donativo que enviem.

Exm,º Senhor

Na impossibilidade de criarmos uma
cantina escolar como era nosso desejo
de há muitos anos, já pelas dificuldades
da hora presente, já por não querer-
mos abusar da benevolência de V.
Ex,!, mas atendendo a que a criança
actual carece de ser cada vez mais
amparada e vigiada, tanto na sua edu-
cação moral, como no seu desenvolvi-
mento físico, propuzemo-nos — depois
de consultarmos a autoridade médica—
dar todos os dias uma colher de óleo
de figado de bacalhau a todos os alu-
nos e alunas das escolas desta vila que
careçam dêle durante os meses frios
que vão decorrer.

Nêsse intuito benemérito vimos ro-
gar a V. Ex. o seu valioso auxílio, às
«Caixas Escolares» das referidas esco-
las, que pode ser em dinheiro ou óleo
de figado de bacalhau, segundo o dese-
jo de V. Ex.?, certos de que concorre-
rão para a saúde de crianças pobres,
auxiliando assim a louvável acção de
bem fazer,

Na esperança de que V, Ex, tenha
sempre presente a terra que lhe ser-
viu de berço e a escola em que passou
alguns dias de sua infância, contam com
a carinhosa ERR desta, circular, 08
que apresentam a V, Ex,º osjseus agra-
decimentos e os protestos ds muita
consideração,

Pedrógão Pequeno, 1 de Novembro
de 1941,
Os Professores

Maria do Céu Lopes de Sousa
Joaquim Nunes Rodrigues

FALTA DE LUZ ELEGTRIGA

Desde sábado passado que a Sertã
está privada de iluminação eléctrica
por virtude de qualquer avaria no mo-
tor, que não se encontra reparada nem
em via de reparação à hora a que es-
crevemos. E* pois, de prever que não
tenhamos luz eléctrica nestes dias mais
próximos.

Podem avaliar=se os prejuízos que o
facto acarreta a tôda a população, so=
bretudo a quem é obrigado a trabalhar
parte da noite, de mais a mais nesta
época em que os dias são demasiada-
mente pequenos.

A Sertã suporta tudo com uma resi-
gnação evangélica, sem um queixume,
com uma indiferença bem digna de cen=
sura, parecendo ter sido talhada para
bode expiatório de todos aquéles que
fizeram disto uma roça |

Por nossa parte cumpre-nos protes-

‘tar enêrgicamente contra esta vergo-

nha, que coloca mal a Sertã e os seus
habitantes; «firmando, alto e bom som,
us é forçoso acabar cam êste estado

le colsas, demonstrado, como está, que
a Eléctrica não satisfaz as necessida-
des desta terra e hoje muito menos do
que nunca.

Mostremos todos que alguma coisa
valemos e que não estamos, por mais
tempo, dispostos a aturar esta palha=
qada |

Desde sábado, dia 8, salvo al-
gumas horas de interrupção, tem
chovido a bom chover, com na-
tural aprazimento de tôda a gen-
te e, sobretudo, do lavrador, que
ansiosamente esperava pela mu-
dança do barómetro. .

Os campos encontram-se bem
regados, salvando-se parte das
hortaliças e pondo-se termo ao
castigo que a geada, desapieda-
damente, vinha infligindo às oli-
veiras e pomares. Nos curtos in-
tervalos da estiagem vão-se la-
vrando os terrenos para as cultt-
ras da época, ao mesmo tempo
que, pela terceira ou quarta vez,
se faz nova sementeira de nabos
e trevo, que antes não vingou
pela falta de chuvas; e faz se
maior plantio de couve para que,
nos próximos meses, haja quan-
tidade que baste,

O lavrador não perde pitada /
O tempo é que, caprichoso, nem
sempre lhe corre de feição.

rose
E caminho de África

Inesperadamente, e por virtude
da falta de vapores que dia a
dia se vem verificando para as
nossas colónias, o que determina
o aproveitamento de qualquer
passagem ue se depare, embar-
cou antes de ontem para Luanda,
a bordo do «João Belo», o nos-
so amigo sr. Américo Vaz Re-
bordão Corrêa, distinto adminis-
trador do concelho do Dande,
Fazia-se acompanhar de sua es-
pôsa.

No mesmo vapor partiu tam-
bém para Luanda o nosso amigo
Ernesto Castanheira Leitão, na
tural da Sertã, filho do sr. João
Januário Leitão, que conta in-
gressar no Quadro Administra-
tivo de Angola. Rapaz trabalha-
dor e inteligente, temos por cer-
to que em Africa encontrará o
futuro que merece. Teve aqui um
bota – fura carinhoso, assistindo
muita gente à sua partida. .

No sábado embarcou para Ca-
bo Verde um outro moço da Ser
tã, o Orlando Carvalho, filho do:
nosso amigo sr. Demétrio Car-
valho.

Que todos façam óptima via-
gem e tenham, em terras africa-
cas, muita saúde e uma vida
próspera, são os nossos mais ar-
dentes votos.

tida
Quartel para os Bombeiros

A Direcção da nossa Associa-
ção de Bombeiros entregou ao
sr. Presidente da Câmara Muni-
cipal, na pretérita 6.º feira, uma
representação em que se solicita
todo o auxílio do Município
para a cedência do terreno ade
ado à construção dum quartel
estinado a recolha do material
de incêndios e uma verba para
a mesma edificação, que é de
inadiável necessidade,
Essa representação, porque ho-
je nos escasseia espaço, será pu»
blicada no próximo número,

ro

Malhoramontos da Fra»
questa do Cardigos

A” Junta de Freguesia de Car-
digos, para abastecimento de
a à povoação de Mesão Frio,

ã cão

O) Fr
de Esc. 11.672800.
raro

ATINGIDO POR UM GOICE

No sábado passado foi atingi-
do pelo coice de um cavalo na
região frontal, ficando em estado
grave, Vergílio da Silva, de 13
anos, filho do nosso amigo sr
António da Silva Alexandie, ne-
gociante de gados, desta vila,

Conduzido imediatamente a
Tomar, foi ali operado pelos srs,
drs. Augusto Corrêa Júnior, da-

uela cidade e Francisco Nunes
orrêa, da Sertã. O pequeno já
se encontra em casa dos pais.

Muito desejamos o seu resta-
belecimento,

ã Foi
É
av ,
A Qomarca da Sertã E r 3
BREMEDA DA GARVALHA O TEMPO

Fpúecero logia

Yoão Marçai Farinha

Em 4 do corrente faleceu, no Monte
Fandeiro, ireguesia da Ermida, o sr.
João Marçal Farinha, de 68 anos, pro=
prietário, que deixa viúva a sr.º D.
Maria Lopes da Silva. Era pai dos
srs. Alíredo Farinha, da Sertã, Antóx
nio Farinha, de Lisboa, Manoel Mar=
çal Farinha e João Farinha, do Cea«
rá (Brasil) e José Marçal Farinha, do
Monte Fandeiro e sogro dos srs. Joam
quim Martins Valdeira, do Vilar (Ser=
tã), António Pereira da Silva, do Pex
reiro (Várzea dos Cavaleiros), José
Lopes, de Entre-a-Serra (Várzea dos
Cavaleiros), António Lopes, do Bra=
çal (Proença-a-Nova) e Laiz Martins,
de Vila Velha de Ródão.

O extinto era maito considerado pe=
las suas qualidades de carácter, tendo
o seu funeral sido muito concorrido,
Ro 7.º dia celebrou-se ofício solene
na igreja paroquial da Ermida, encon=
trando-se o tempo repleto de fiéis.

Edolfo Farinha

Após prolongado soirimento falem
ceu, no Hospital Militar da Estrêla,
em Lisboa, O nosso prezado amigo sr.
Adolio Farinha, digno 1.º sargento de
Infantaria 15, de Tomar, de 48 anos
de idade, natural do Chão da Forca
(Sertã).

O extinto era maito considerado,
na anidade a que pertencia, pelo brio
militar de que sempre dea provas e
verdadeiramente estimado por todos
que o conheciam pelas qualidades de
carácter e coração que o exornavam.

Deixa viáva a sr.º D. Adélia de Oli=
veira Farinha e três filhos: Jesaína,
de 18 anos, Guilherme, de 16 e Fiel,
de 14; era irmão dos srs. Manoel An=«
tónio e Casimiro Farinha, da Sertã,
cunhado dos srs. Pedro de Oliveira,
da Sertã e António Pedro Quaresma,
da Figueira da Foz.

D. jMaria José Dias

No’ Casal Catelo, iregaesia do Cam
beçado, finou-se, antes de ontem, a
sr, D. Maria José Dias, que deixa
viúvo o sr José Dias e era irmã da
sr D Matilde de Jesus Ferreira, de
Santo Estêvão.

A’s famílias enlatadas apresenta «A
Comarca da Sertã» a expressão maito
sincera do seu pesar.

ro +

Marco Postal

Exm.º Sr. josé António Martins —
Lisboa: Recebemos a sua estimada
carta de 12 do corrente e um vale de
26850 para liquidação da conta que lhe
tinhamos enviado. Maito obrigados.
Sôbre o assunto de que fala, ninguém
voltou a dizer coisa alguma.

HS O
Pode isto continuar ?

Um amigo nosso, que ainda não há
muito tinha o pai em perigo de vida,
no Monte Fundeiro, desejou levar ali
um médico da Sertã, Precisando de um
automóvel para se conduzir e ao médi-
co dirigiu-se a um motorista de praça,
que lhe pediu 100 escudos. Ficou ajus-
tado o serviço, não obstante o preço
ser de escaldar ! Horas depois, ao apro-
ximar-se o momento da partida, a pes-
soa em questão dirige-se para junto
do carro e, nessa altura, o chaulfeur,
dando o dito por não dito, exige-lhe
150300 !

Não era nada | Só mais 50 por cen=
to fl! Sendo a distância da Sertã ao
Monte Fundeiro pouco mais ou menos
20 quilómetros, é obra |

O sujeito, aflito e aborrecido, não
disparatou, nem êle sabe porquê, tal=
vez por ter ficado enxuto de todo ou
completamente abananado | Sem uma
palavra, voltou costas e dirigiu-se a
Proença-a-Nova, onde convidou um
clínico para o acompanhar depois de
ter contratado um carro por 80500. E
é de notar que a distância da Sertã ou
de Proença ao Monte Fundeiro é sensi=
velmente, a mesma |

Fica a gente banzada com O proce-

dimento de alguns motoristas de praça
da Sertã e sem saber se o devemos
atribulr a de, ânsia insofrida de
exploração ignóbil ou falta de inteli=
gência,
Só temos que lamentar a repetição
constante déstes factos pelo péssimo
efeito que isto causa a tôda à gente,
sobretudo a qualquer visitante que aqui
procure um carro, factos que, indubitá=
velmente, desprestigiam a Sertã,

Achamos, pois, de tôda a conveniên-
cia que as autoridades competentes po=
nham ponto final a estes abusos que
nos envergonham,

Igreja Matriz de Oleiros

Pelo Pundo do Desemprêgo,
foi concedida, à Corporação Fa=
briqueira da freguesia de Olei-
ros, para conservação da igreja
matriz, a comparticipação. de

 

@@@ 1 @@@

 

 

A Comarca da sertã

Problemas económicos no fmstrado de Wolftinio

(CONTINUAÇÃO DA 1.º PAGINA) |

do Estado Novo repugna a exis-
tência de monopólios, mesmo
mascarados em organização cor-
porativa, e êste da resinagem,
por tal modo se enraizou que a
própria Junta Nacional dos Re
sinosos não pôde colher elemen
tos para elucidar o público, na
sua a muitos títulos preciosa mo-
nografia, comemorativa do ano
dos centenários, limitando-se a
informar que no ano de 1940 a
tribu dos resineiros pagou a ge-
ma. nacional por 32.753 364880,
mas não pôde esclarecer o pú-
blico interessado de quanto ren-
deu no mercado interno e exter-
no, a água raz e o pez louro
dela extraídos, para assim se co»
nhecer se à produção coube a
parte que de direito lhe pertence
Silêncio em tôda a linha, por-
que lá diz o ditado: — «O se-
grêdo é a alma do negócio».

Excelência :

A Junta de Província e as Cà-
maras Municipais da Beira Bai-
xa estão no firme e irredutivel
propósito de organizarem corpo-
rativamte a sua região, com a
finalidade dos seus grémios se-
rem organismos vivos para a de
fesa dos interêsses da Lavoura
Nacional.

Queremos que a Orgânica Cor
porativa vá até às nossas mais
sertanejas aldeias, agremiando a
sua pop:laçã» em volta das be-
meméritas Casas do P vo, que
são bem Cusas da Lavoura, por
na nossa região de pequena pro
priedade, o jornaleiro e o pro-
prietário estarem fundidos, for-
mando uma só categoria.

Não nos falta energia decisão,
e aquele «quantum satis» de
conhecimento de doutrina corpo-
rativa para apostolizar a sua di-
fusão no nosso meio.

Sabemos qu: teremos o apoio
decidido de V. Ex.º, e isso nos
basta,

Mas, Excelência, nós precisa-
mos concretizar bem o pensa-
mento que vai dirigir a nos a
actuação para V. Ex,* melhor
ajuizar do propósito que nos
anima.

‘Nos concelhos do sul da Pro-
víncia, onde a aptidão cultural
da terra é sobretudo propícia a
desenvolvimento do pinhal, que
ali nasce, sem necessidade de
sementeira, e em 30 anos se faz
árvore frondosa os Grémios da
Lavoura serão organismos vivos
a cuidar das nossas matas, e nu-
ma larga propaganda de amor
pelo pinheiro levarão os proprie-
tários a cuidar da sua riquesa
Horestal,

Para gue o proprietário possa
bem ajuizar do valor da gema
que o pinheiro dá, procurarão
enraizar o costume de cada pe-
queno proprietário resinar em
trabalho familiar as suas árvores,
à semelhança do que faz nos ou=
tros ramos da lavoura, fazendo-
lhe ver a conveniência em serem
feitas sob a sua direcção cuida-
dosa as feridas ou incisões que
não exigem conhecimentos téc=
nicos que êle não possa adquirir.

Os Grémios aglu inarão a pro-
dução de gema dos proprietários
do pinhal de cada concelho que
voluntâriamente lha queiram con-
fiar, para em comum ser comer
cializada ou industrializada con=
snante as circunstâncias aconse-
Jharem, no melhor interêsse da
Lavoura, |

Não queremos perturbar a
união dos resineiros, mas sômen-
te ocupar o lugar que nos per-
tence na orgânica corporativa.

Claro que não pedimos a V.
Ex.” uma situação de favor, mas
apenas o reconhecimento de um
direito que assiste á produção,

nda mais concretamente;

os a V. Ex.” que aos pro-
ata da gema, organizados
rporativamente, seja reconhe-

cido o direito do fada

os seus produtos em oficinas clas-
sificadas no Grupo C, a que se
refere o decreto 29 733, com o |
escalão para o Grupo A quando
a evolução dos Grémios aconse-
lhar a sua federação.

Aos nossos ouvidos chega a
tôda a hora o clamor da produ-|
ção contra a tirania dos preços
impostos pelos monopolizadores
da resinagem, e se é certo, como
afirma a Junta Nacional dos Re-
sinosos, já se ter feito sentir a
sua acção numa dimianição nas
diferenças de preços das feri-
das em várias regiões do País,
ainda os produtores não foram
elucidados do justo preço dessas
incisões nem sequer se esboçou
tentativa inteligente para levar o
pequeno proprietário à resinagem
em trabalho familiar, e que é de
alto interêsse sob o ponto de
vista social.

Eº voz corrente que se prepa-
ra para breve uma remodelação
do Estatuto da Indústria dos Re-

A firma J. Costa & Martins, Ld,2, de
Lisboa, de que é sócio-gerente o sr.
David Martins Pinheiro, concessionária
das minas de wolfrâmio do Cavalo, no
concelho de Oleiros, apresentou queixa
em iJuízo contra Francisco Fernandes,
Carlos dos Santos, João dos Santos,
José Mendes e António Ramos, todos
do mesmo concelho, por tentativa de
roubo de cinco sacos com 250 quilogra-
mas de wolfrâmio, no valor de 50 con-
tos, que pretenderam levar a efeito nas
noites de 26 para 27 de Setembro e de
1 para 2 de Outubro findos, asssaltos
que resultaram infrutíferos por, casual-
mente, terem sido malogrados pelo
pessoal que trabalha nas minas,

Os meliantes chegaram a introduzir-
se num armazém onde se arrecada o
minério e, para o conseguir, levantaram
uma das fólhas de zinco da cobertura.
Descobertos por alguns operários e
imediatamente perseguidos, abandona-
ram os sacos a 300 metros de distância
do armazém. O Francisco Fernandes
foi capturado ao pôr-se em fuga, de-
pois de ter sido notada a sua presença
junto do armazém, quando andava em
pesquisas !

A MINHA BENGALA

Esta bengala a que me apoio agora

ja foi vergôntea de árvore gigante,

que estendeu os seus braços para a aurora
e se embalou na brisa sussurrante.

Floriu, frutificou, como se fôra

amiga fiel, pródi

ga, constante,

e nela a gorgeiar ave canora
foi esconder o ninho palpitante…

Mas o tufão prostrou-al… Era tão bela
que um bengaleiro enamorado dela,
desgasta-a, brune-a, e faz um bom bastão!

Essa bengala é hoje a companheira
forte, leal, amiga verdadeira
que, bondosa, me guia pela mão!,..

Cardigos-1941-Outubro

Oliveira Tavares Junior

Os referidos indivíduos
prêsos nas cadeias desta comarca.

HO
As lebres é os coelhos, na freguesia do
Marmeleiro, fazem tremenda
razia nas hortas

sinosos.

E? provável, mesmo quási cer-
to que assim seja, porque a tríbu
dos resineiros agita-se na ânsia
de concentrar nas mãos de pou-
cos o direito de explorar a pro-
dução nacional, não tendo outra
explicação a compra de alvarás
de pequenas indústrias por pre-
ços astronómicos como é do do-
mínio público, com grande es-
cândalo dos proprietários que for-
necem a matéria prima a preços
irrisórios em relação aos lucros.

Mas nós não nos prop mos
perturbar n: sua vertigem de en
riquecimento os poucos que ti
ve am a dita de encontrar na re-
sinagem o seu velo de oiro.

Pretendemos tão somente ir
sustar, no seu declínio o nosso
proprie’ário rural que. vivendo
quási exclusivamente da árvore,
após os desastres ocasionados
pelo ciclone de Fevereiro, ficou
mesmo à beira da sua ruína,

Um ponto queremos ainda fri
zar, À orgânica corporativa na
pureza dos sus princípios, im-
põe justo equilíbrio no seu me-
canismo, de maneira que de um
melhor ordenamento económico
se venha a poder tirar quinhão
para uma mais equitativa distri-
buição da riqueza,

Orientados por êste princípio
selutar, que aliás está na essên-
cia do corporativismo, Os nossos
«Grémios», por disposição esta-
tuária, cobrarão uma percentas
gem sôbre a produção da gema,
que irá integralmente robustecer
o organismo das nossas «Casas
do Povo» habilitando-as a uma
maior e mais intensa acção de
bem-fazer, e será talvez a pri-
meira pedra sôlidamente assente
nos alicerces do edifício da pre-
vidência das classes rurais, que
o Estado Novo por imperativo
de justiça, terá de levantar.

Mas não é justo nem humano
que os proprietários dos nossos
concelhos organizados corporati-
vamente, venham a solrer êste
encargo, aliás exigido pelo in-
terêsse social, e à margem fique
todo o enorme volume de gema
adquirido pela indústria em regi=
men de arrendamento do pinhal,

Alvitramos a V. Ex.” que os
concelhos produtores de resina
sejam autorizados à cobrança de
uma taxa, embora diminu’a, sô-
bre o volume de resina nêles co-
lhida, revertendo a importância
para as obras de assistência mu-
nicipal. Finalmente pedimos que
na Junta Nacional dos Resino:os
se dê lugor a um representante
da produção, com voto na comis-
são que tem que dar parecer sô-
bre o preço do aluguer das Teri:
das do pinhal arrendado,

Excelência :
O que pedimos é tão justo,

tão razoável, que temos a ante=
cipada certeza de que V, Ex.
sentirá alegria no deferimento,

Os lavradores, na freguesia do Mar-
meleiro, vêem-se aílitos com as lebres
| £ coelhos, que como tremenda praga,
| fazem enorme devastação nas hortas,

a ponto de, com enorme dificuldade, vi-
+ rem salvando algumas hortaliças, gran-
de parte destruída, anteriormente, por
violentas camadas de geada,

Nem as constantes caçadas ou bati-
das, que dizimam os roedores em larga
escala, nem os espantalhos, que à far-
ta rodeiam as terras de cultivo, conse-
guem evitar a ofensiva da bicharada
desaustinada e diabólica, que se alam
parda nas tocas e sob a ramaria sêca
e basta dos milhares de pinheiros der-
rubados pelo ciclone de Fevereiro.

— Nada resiste à voracidade dos
malditos e sagazes bichos — diz-nos o
nosso informador — pois até os terre-
nos murados sofrem os seus intempes-
tivos ataques! O único remédio, até
ver, acrescenta, é permitir a caça livre,
na nossa freguesia, durante todo o ano!

Este número foi visado pela
Comissão de Censura
de Castelo Branco

por se harmonizar com os prin-
cípios da organização corporati-
va que V. Ex.º vem apostolizan-
do, a nossa iniciativa em prol
dos produtores da resina.

E se alguem vier dizer que
aos Grémios que vamos organi-
zar falta competência técnica ou
financeira, queremos antecipada-
mente já afirmar a V, Ex? que
possuimos uma e outra, pois
comnosco estão de alma e cora-
ção os valores morais da nossa
Província, decididos a colaborar
nesta cruzada de bem-fazer, que
ouiro fim não tem senão melho-
rar as condições de vida das nos-
sas tão pobres populações rurais.

A Bem da Nação

Cobrança de assinaturas gm | sas”

Lisboa

A Administração dêste sema-
nário contratou um cobrador pa-
ra proceder ao recebimento das
assinaturas em Lisboa. Roga, por
isso, a todos os prezados assi
nantes, o obséquio de fazerem a
liquidação após a apresentação
dos recibos; de contrário advêm
grandes prejuízos para êste se-
manário e perda apreciável de
tempo para o cobrador.

E de tôda a conveniência que,
aquêles dos nossos estimados
assinantes, habitualmente fora de
casa, deixem nas suas residências
ordem para se efectuar o paga-
mento.

Em vez de 9850, como suce-
dia nos últimos meses em que a
cobrança era pela correio, os re-
cibos são de 10800, compreen-
dendo, por isso, mais um núme-
ro dêste semanário. Isto quere
dizer que não houve aumento do
custo da assinatura, como à pri-
meira vista se podia supor.

Perante o aumento axtraordi-
nário do custo do papel de im-
pressão e enormes despesas que
sobrecarregam a publicação da
«Comarca», a sua Administração
vê-se forçada a insistir, com to-
dos os seus amigos, para que
não criem dificuldades, tanto
mais que só as assinaturas podem
garantir a existência dêste hebdo-
madário, que, sendo da região, é
oe todos e para todos que nela
vivem ou dela são naturais.

Por todos os favores e atenções
se confessa antecipadamente re-
conhecida

A Administração

roma
ESCOLAS VAGAS

Encontram-se vagas as escolas
masculinas de Alvaro (Oleiros)

E te ra o s a ss e
o &
* AGENDA *.
as ea a a Ne a

Encontra-se na Sertã, com
sua espôsa, o sr. Adolfo Cer-
veira da Costa, do Porto.

— Estiveram em Lisboa os
srs. Demétrio da Silva Carva-
lho e Joaquim Ferreira Mon-
teiro e espôsa.

— Acompanhado de sua es-
pôsa esteve na Sertã o sr. foa
quim dos Santos, de Lisboa.

Aniversários natalícios:

Amanhã, D. Júlia de Moura
e Costa, espôsa do sr. Antó
nio da Costa; 22, Amílcar
Francisco de Oliveira, Lisboa;
23, Mademoiselle Aida Vidigal
Marinha, Pedrógão Pequeno;

&, Dr. Jaime Lopes Dias, Lis
boa e Mademoiselle Judite Ma-
galhãis,

Parabens

Os
Conselho Municipal

Estão eleitos os seguintes
vogais que hão-de constitair
o Conselho Manicipal no qua-
driénio de 1942-1945 ;

Pelas Misericórdias do con-
celho, Manuel Antunes; pelas
Juntas de Freguesia, Cónego
Manuel Mendes Patrício, Pa-
dre José Baptista, António
Barata e Silva e Joaguim Lo
pes Cardoso; pelas Ordens de
Advogados e Médicos, Dr. Al-
bano Lourenço da Silva,

Falta a indicação do repre
sentante da Casa do Povo de
Sernache do Bomjardim e de
2 contribuintes, am da contri-
baição indastrial — Grapo €,
e ontro da Contribuição Pre-

e Troviscal (Sertã).

dial Rústica, A MARGEM DA GUERRA

Uma esquadrilha de bombardeiros médios rapidíssimos — Handley Page — que tem fregilen-
temente feito incursões aéreas na Alemanha e tomaram parte nos ataques aos couraçados
alemais Sharnhorst d Gneisenam, abrigados no pôrto de Brest, na França ocupada,