A Comarca da Sertã nº269 13-11-1941

@@@ 1 @@@

 

AVENÇADO:

rca

FUNDADORES
— Dr. José Carlos Ehrhardt -—
= E,
—— António Barata e Silva —
Dr. José Barata Corrêa e Silva

Eduardo Barata da Silva Corrêa

Angelo Henriques Vidigal —

 

Notas …

1941

 

a , Composto 6 Impresso
DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO NA

Cotuando Barata da Tilva Conecta TIP. PORTELLA FENÃO

—— REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO eme RR

em = TELEFONE
PUBLICA-SE ÁS QUINTAS FEIRAS 112

&No VI | Hebiomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarea da Sestã: concelhos de Sertã | N VER 5

Nº 269 | Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei; e frequesias de Amêndoa e Cardigos (do conselho de Mação)

Problemas agrícolas da região

COM a autoridade que se lhe
reconhece pela sua idade,
mas, mais ainda, pela expe-
riência adquirida em muitos
anos de trabalho votado à cul-
tura da terra e seu melhor
aproveitamento. o nosso pre-
zado colaborador Olivier de-
senvolve, no artigo que hoje
publicámos em fundo, um te-
ma de muito interêsse para a
região como é o do plantio da
vinha em terrenos até hoje
inaproveitados e sem possibi-
lidade de se adaptar a qual-
quer outra cultura. Explana-
se 9 assunto com verdadeiro
conhecimento de causa, . com
inegável clarividência, não com
rodeios inúteis, mas aprofun-
dando-o até ao âmago, de for=
ma a habilitar os próprios
leigos a compreender o pro-
blema em toda a sua extensão.
“E apraz nos dar-lhe reaice

versas vezes o temos aborda-

q 7, ao máximo,

o aproveitamento de todos os
terrenos baldios da região, de
modo que o lavrador possa ti-
rar do soto tcdo o possível
rendimento e. criando novos
estímulos, vote à leira o mes-
mo consuetudinário amor de
seus antepassados.

“Tóda a gente sabe que os
terrenos da nossa região são
pobres, que é pequena a área
cultivável; mesmo esta oferece,
na generalidade, traca com-
pensação ao esfôrço e despe-
sas dispendidos. Aparte a oli-
veirra eo milho semeado nas
várzeas, o resto da produção
mal chega para os gastos de
casa, quanto mais para ex-
portar! E neste resto está in.
clnída a vinha, cuja produção,
quando muito, chega para um
terço do ano O agricultor,
entre nós, talvez plante a vi-
nha mais como diversão e pa-
ra aproveitar a terra insus-
ceptível a outra cultura do que
para obter algum lucro. Esta
nossa asserção baseia-se no
facto de virmos notando que
só os proprietários de certa
mediania se dedicam ao plan-
* tio, correndo os riscos de um

fracasso a que os muito mo

destos não se aventaram.
Estamos numa época em que
se exige o márimo aproveita-
mento de todos os terrenos
aráveis, em que devemos con-
centrar todo o esfôrço para
que a terra nos baste. Exige
| ointerêsse nacional que à agri-
cultura dediguemos o melhor
carinho porque o nosso Pais
éessencialmente agrícola e por-=
que, nesta conjuntnra partica-
larmente grave não podemos
contar com a importação de
produtos agrícolas para o nos

So consumo, os quais, na me-

lhor das hipóteses, só obteria-

mos a pêso de ouro por virta-

fe da sua carência, Se cada:

nestas colunas, já porque di-|

“Uma anomalia que não se justifica
o MED e

dução do mosto muito escassa nes-

ta região, não sendo exagêro calcu-
lar que apenas poderá chegar para o con-
sumo ‘da quarta parte do ano. — Para as
outras trê1 quartas partes terá que impor-
tar O vinho de outras regiões riquissimas
e previlegiadas, onde superabunda, e é ex-
portado por preços elovadíssimos.

A importação co vinho, que é por as-
sim dizer, um elemento de primeira neces-
sidade, representa um grande desfalque à
economia destes povos, que são na quási
totalidade pobres, que lutam constante-
mente com a falta de capital, de meios de
subsistência je de trabalhos. E para cúmu-
15 de tanta infelicidade, tôm que assistir de
braços cruzados à decadência de suas vi-
s que se estão definhando de dia para

[De ano as vindimas, sendo a pro-

8 que as atacam — mildium, ol=

dium, podridão e outras. Os adubos, sulfa-

tos de cobre e enxofres, além de caros, tor-
nam-se dificeis de obter, do que resulta.

tratamentos nul s, ou improficuos e insufi-

cientes. Por outro lado o proprietário vê
de ano para ano a diminuição de reduzido
rendimento, que de todo desaparecerá se
o Govêrno, em que depõe ainda fundadas
esperanças, não lhe acudir com medidas
de auxílio, com decretos que remodelem as
leis de proibição da plantação de videiras
nesta região, onde os terrenos incultos
abundam, e que se não prestam a outras
culturas

E triste é dizê-lo—o pequeno proprie-
tário, que é — por ussim dizer — O prinei-
pal elemento das populações da região, tem
que olhar os pedaços de terra que herdou
de seus antepassados, com a tristeza de 08
ver despresados, cobertos de utzes e este-
vas, por lhe ser prcíbida a cultura a que
melhor se adaptariam, pois que surribados
e trabalhados pelos seus braços fortes, e
plantados de videiras, se conveiteriam em
oásis verdejantes, onde as cepas ostenta-
riam os seus pampanos e frutos abençoa-
dos, que seriam a alegria de seus filhos e
das suas famílias,

Compreende se que nas regiões férteis

5 O depauperamento dos terrenos | sé

riquissimas, onde os cereais e outras cul-
turas compensam os trabalhos de sevs poe-
suidores, seja vedada a cultura da vinha,
sem se chegar ao extremo de se ordenar o
arranque das existentes, como decretou o
Marquês de Pombal, mas que nestas terras
ingratas, onde o pobre proprietário passa
privações, sendo-lhe proibido o surribar
um pedaço de terreno inculto e agreste
para plantar algumas cepas de videiras,
que lhe daria trabalho, e traria o bem
estar e confôrto a seus lares, ffrancamen-
te — parece-nos descaroável e injusto! Tal
proivição, atentas as consequências que re-
sultam e se evidenceiam, parece-nos um
contrasenso.

E no entretanto o mísero proprietário
que paga sem reagir ao Estado as pesadas
contribuições que se lhe exigem pela pos-

DR

se de Lerrenos de que não pude dispôr, para
lhe dar a aplicação que a natureza dôsses
terrenos requere, as necessidades de sua
família exigem, e os interôsses da região e
do Paiz aconselham, tem que assistir a es-
ta situação com a consciência de a ver
agravada de ano para ano, como as consi-
derações expostas fazem prever, se previ-
vigências de auxílio não forem decretadas
pronta e eficazmente.

Se a nossa voz pudesse ser ouvida nas
altas regiões do Estado, eu gritaria ao Qhe-
fe, a Salazar — que decerto ignora esta ei-
tnação anómala, e que está sempre pronto
a escutar a voz dos oprimidos, — que man-
dasse estudar o que ha de verdade nesta
exposição, e que depois do convencimento
da realidade, decretasse em harmonia com
os seus sentimentos de imparcialidade, hu.
manidade e protecção.

E os povos da Comarca da Sertã e de
tôda a região atingida pelo mesmo mal.
abençoariam a memória do homem provi-
dencial que está à testa dos destinos da
Nação.

– Excelência !… Senhor Presidente do
Conselho !…

Justiça, simplesmente Justiça!

Gardigos, outubro OLIVIER

região, num esfórço bem orien-
tado, produzir tudo ou quási

tudo que precisa. exportando,

sômente, o que lhe sobre, fica
assegurado o «abastecimento
no capítulo de alimentação e
a vida corre sem sobressaltos
de maior E desde que os mi-
seráveis gananciosos e açam-
barcadores procurem pertar-
bar .o abastecimento regular
dos mercados, provocando a
falta e consegiiente encareci-
mento de qualquer produto,
que o lavrador inconsciente
não hesita em vender ante uma
oferta de preço mais que remas

neradora, lá está a Antoridas
de Administrativa para pôr
têrmo a desmandos, que, como
se está vendo todos os dias,
serão castigados inflexível e
duramente, com aplauso unâ-
nime de quem não está dis
posto a ser esfolado sem pro-
têsto.

Na nossa região há terrenos
incaltos que podem ser apro-
veitados para vinha? Permi-
ta-se o seu plantio em larga
escala, estimule-se a produção,
conferindo prémios aos lavra-
dores-que apresentarem maior

quantidade e melhor gualida-
de de vinho. Mande-se uma
brigada de agrónomos ver e
estudar das condições de tô-
das as terras improdativas,

ensinando ao lavrador a mes

lhor forma de as utilizar,
orientando-o na sua conve-
niente-preparação e dando lhe
a indispensável assistência tê-
cnica desde o período que vai
da sementeira ou plantação
até à colheita.

Assim se executará uma po-
títica agrícola de alto valor
com que a Nação e todos nós
só teremos a lucrar,

“e. d lápis

A sSopa dos Pobres» da

Sertã, criada, sob os mes
lhores auspícios, por um gru-
po de senhoras caritativas, in-
teiramente votadas ao bem do
próximo, está passando uma
existência difícil, Se não fôsse
o auxílio de meia dúzia de ami-
£os dus pobres e o socôrro de
entidades oficiais já teria de.
saparecido. Mesmo assim ela
não se poderá manter; basta
ver os mapas do seu movimen=
to: embastantes meses a des
pesa excede a receita !

Uma vergonha para a Sertã,
que é incapaz de enganar a
fome a 40 desgraçados, prefe-
rindo vê-los por aí a bater de
porta em poria até estoura-
rem…

Supaunham, ao princípio,
muitos sócios da «Sopa», que,
contribuindo com & escudos
por mês, ficavam isentos da
maçada da pedincha! Como
tal não;suceuen, desarriscaram-
se! Tadinhos! Então os pobres,
por serem pobres, haviam de.
viver com uma magra sopa
vor dia? Não têm direito a.
comer mais aleuma coisa, q
comprar ans trapos para co:
brir a pele, um bocado de sas
bão para se lavar? E aos ve.
thotes pode furtar-se a alex
gria de fumar uma cigarrada
e beber uma pinga ?.

Que egoísmo o desta gente,
capaz de gastar em coisas
supérfluas, que a ridicalari-
zam, mais que o suficiente pas
ra sustentar dois ou três mis
seráveis! Para os que apres
sentem argumentos em contrá-
rio nós só temos a dizer que
cada qual é obrigado a con
tríbnir para a assistência cone
forme as suas posses. Como
disse alguém, é preciso queos
muito ricos sejam menos ricos
para que os pobres sejam me»
nos pobres.

Esta é a realidade e mal
avisado anda quem dela se
queira arredar.

«EO IO

NA Fonte da Mata estavam
dois individuos faltando
sóbre bons negócios, até que
por fim um déles aludia à es-
perteza de certo ferro-velho
que conseguiu vender por 60
contos umas coisas que lhe
haviam custado 9! E o Hens
rique, que tem a mania de fa-
lur difícil, apresson-se a me-
ter a colherada :
— Oh! Mas isso é uma bigã-
mia !

«Srt 1

QUE seria do homem sem a .

mulher? Um ente rade,
grosseiro, solitário, À mulher
é quem -põe em tôrno dêle as
flores da vida, como certas
trepadeiras floridas que nos
dosques rodeiam os troncos
das grandes árvores com as.
suas grinaldas olorosas.

Chateaubriandorosas.

 

 

@@@ 1 @@@

 

2

A Comarca da Sertã

CASTELO BRARCO-COIMBAN

/

A Companhia de Viação de Sernache, Ld.º estabeleceu a liga-
ção entre Castelo Branco e Coimbra, com horários apropriados de
grande vantagem e comodidaae para o público.

AS 28, 4.8 E 6.º FEIRAS

Cheg. Part.

11-50Coimbra . .

Figueiró dos Vinhos 14 14 25
Sernache do Bomjar-

dim +. + 15.03 15.10
Sertã, + . 15 30 15 30
Proença-a-Nova , 16-25 16 35
Sobreira Formosa . 16-55 17-05
Castelo Branco . 18-50

Castelo Branco — Coimbra

» »

Não deixem de enviar as suas

Aceitam-se encomendas par

A’S 3.º, 5.28 E SABADOS

Oheg. Part.
Castelo Branco : 9.15
Sobreira Formosa , 11-00 11 10
Proença-a Nova . 11-30 11 40

Settão cs . 12 30 13-00
Sernache do Bomjar
Qin o + 1320 1350

Figueiró dos Vinhos 14-15 14.25
Coimbra . . . 16-35

o cm Esc 40850
ida e volta +. » 72850

encomendas por esta carreira
ao PORTO, RÉGUA, S. JOAO

DA MADEIRA, VILA REAL. VISEU e tôdas as localidades servi
das pelas carreiras de Joaquim Francisco de Oliveira, Ld.,

VIDA MILITAR

Regimento de Infantaria n.º 45
CONVOCAÇÃO

São convocadas para serviço’ordiná-
rio, completo do quadro as praças li-
cenciadas desta unidade, abaixo desig-
nadas, para se apresentarem na séde
dêste Regimento até às 2t horas do dia
15 do mês de Novembro de 1941.

As praças convocadas devem ser
portadoras das suas cadernetas milita-
res e as que faltarem à presente con-
vocação serão consideradas desertoras
nos termos do Código de Justiça Mili-

ar:

Freguesia do Castelo: Soldado n.º
453/39, Alberto António Marçal, filho
de Manuel António, falecido e de Joa-
quina Rosa, do Seixo; soldado n.º
454/39, António Pires, tilho de José Pi-
res e de Silvéria de Jesus. do Cabeço
das Preces.

Freguesia de Palhais: Soldado n.º
568/39, Virgilio Coelho, filho de José
Coelho, falecido e de Margarida de
jesus, da Rolã.

Freguesia de Sernache do Bomjar-
dim: Soidado n.º 455/39, Alberto Mar-
ques Pestana, filho de Daniel Marques,
falecido e de Emilia de Jesus, do Pam-
pilhal; 1.º cabo n.º 595/39, Libânio
Antunes, filho de Manuel Antunes, fa-
lecido e de Leopoidina de Jesus, do
Alqueidão; 1. cabo n.º 598/39, Antó-
nio Nunes da Silva, filho de José Nu-
nes da Silva e de Utilina das Neves,
da Calvaria; soldado n.º 605/39, Car-
los Antunes da Silva, filho de. Joaquim
Co e de Maria Joaquina, do Pam-
pilhal.

Freguesia de Sertã: Soldado n.º
576/39, Manuel Nunes, filho de Antó-
nio Nunes e de Maria de Jesus, do
Mosteiro da Sr.2 dos Remédios.

Freguesia de Várzea dos Cavaleiros:
Soldado n.º 336/39, António Luiz Lou-
renço, filho de Luiz Lourenço e de Ma-
ria de Jesus, do Mosteiro de S, Tiago;
soldado n.º 438/39, António Farinha
Alves, filho de Manuel Alves e de Mar-
garida Farinha, da Póvoa.

+
Centro de Mobilização de Trem n.º 2
— Figueira da Foz

Determina que sejam notificados aos
soldados abaixo mencionados de que
devem fazer entrega até ao dia 20 do
corrente, dum sélo da Liga dos Comba-
tentes da Grande Guerra para lhes ser
fornecido o documento militar e evitar
“que sejam incorporados na 1,2 escola
de recrutas de 1942:

N.º 1374/41, António da Silva, fiiho
de Manuel da Silva e de Maria de Je-
sus, residente em Ribeiro de Cima, fre-
guesia de Cabeçudo; n.º 1375/41, Ma-
nuel Pedro, filho de José Pedro e de
Carolina da Costa, residente em Rebai-
xia dos Faustinos, freguesia da Cumea-
da; n.º 1376/41, Eugénio Farinha, filho
de José Farinha e de Nazaré de Jesus,
residente em Sambal, freguesia de Mar-
meleiro; n.º 1377/41, José Dias, filho
de Joaquim Dias, falecido e de Maria
de Jesus, residente em Sarnadas, fre-
guesia de Marmeleiro; n.º 1379/41, An-
tónio Martins Marques, filho de Manuel
Martins e Guilhermina Marques, resi-
dente em Pampilhal, freguesia de Ser-
nache do Bomjardim.

Pneus 32x 6

Vendem-se 2 nºvos Fires-
ton, Hig Seepd 10 lonas.

EDITAL

Garlos Martins, Consersador
do Registo Predial e Gomer-
cial e Presidente da Gâma-
ra Municipal do Goneelho
de Sertã :

Faço saber que, nos termos do
art? 6.º do Decreto n.º 29.179,
de 24 ue Novembro de 1938, no
próximo dia 22 do corrente mês
de Novembro, por treze h.ras e
à porta do edifício dos Paços do
Concelho, se há-de proceder à

i venda em hasta pública de cito

centos e sessenta e dois quilo-
gramas e trezentas gramas de
minério titânio que vai à praça
pelo valor de dois mil cento e

coenta centavos, base de licitação.

Durante o prazo de afixação
do presente edital poderá o mi-
nério ser examinado por quem
nisso tiver interesse, de harmo-
nia com o dispôsto no $ 2.º do
citado artº 6.º do Decreto n,º
29.179.

E para constar se passaram
(três editais de igual teor que vão
ser afixados nos lugares públicos
do costume.

Sertã e Secção Policial da Pre-
sidência da Câmara, 6 de No-
vembiro de 1941.

E eu, António Caldeira Fera
reira, Chefe da Secretaria, o
subscrevi.

O Presidente da Câmara,
Carios Martins

ANUNCIO

(1.º Publicação)

Pelo Juizo de Direito da co-
marca da Sertãe Primeira Sec
ção mo processo de execução
que o Ministério Público move
contra José Nunes Miranda e
esposa Dona Maria do Carmo
Nunes Mugalhãis Miranda, pro-
prietários, moradores na vila é
freguesia da Sertã, correm édi-
tos de vinte dias, contados da
segunda e última públicação
dêste anúncio, citando os cre-
dores desconhecidos daquêles

“executados, para no prazo de
“déz dias, pusteriores aos édatos

virem á data execução dedusi
rem os seus durestos.

Sertã, 6 de Novembro de 1941
Verifiquei s
O Juiz de Direito,

Quem pretender dirigir se
a Acúrcio Marques Cunha,
Praça Camões 11—CAS-
TELO BRANÇO, 1

Armando Torres Paulo

O Chete de Secção,
José Nunes

cincoenta e cinco escudos e cin-

(1.º Publicação).

Pelo Juizo de Direito da co
marca da Sertãe Primeira Sec
ção da Secretaria Judicial, no
processo de execução, que o Mi
nistério Público move contra
José Pirese mulher Beatriz do
Carmo proprietários. morado
res no logar do Vale da Maciei
ra, treg .esia de Carvalhal cor
rem éditos de vinte dias conta
dos da segunda e ú tima públi-
cação dêste anúncio, citando os
credores desconhecidos daquêles
executadus para no prizo ne
dez dias, findo que sejam us
éditos, virem á dita execução

dedusirem os seus direitos ‘
Sertã 29 de Outubro de 1941,
Verifiquei o

O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O Chefe da 1º Secção,

Jo:é Nunes

ANUNCIO!

No dia quinze do corrente
mês de Novembro pelas doze
horas, á porta do Tribunal Ju.
dicial desta comarca se há de
proceder á venda em hasta pú
blica dos móveis adeante indi
cados, pertencentes ao executa-
do Altrêdo Marques Serra, ne
gociante, de Sarnadas — Mação

1º— Duas mezas de ma ‘ei

 

praça no vaiôr de 50800
2º— Duas arcas de madeira,
que vão pela segunda vez á pra
ça no valôr de 50800.
Sertã, 8 de Novembro de 1941
Verifiquei—O Juiz de Di-
reito, Armando Torres Paulo
) Chefe da 3º Secção, intº,
Armando António da Silva.

ANUNCIO
7 (14 Publicação)

Faz se saber que se acha aber
ta a correiçã:, pelo espaço de
trinta dias, a começar em doze
de Dezembro próximo ea ter
minar em onze de Janeiro de
mil novecntos e quarenta e dois,
a todos os Oficiais de Justiça
deste Tribunal, Julgado Muni
cipal de Oleiros e Juizos de
Paz, a qual abrangerá todos os
livros, papeis e processos come
gados ou findos desde um de
Janeiro do corrente ano emdian
te. devendo as entidades com
petentes apresentar as respecti:
vas relações com os livros, pa
peis e processos reteridos, nos
termos legais, e podendo quais
quer pessoas, durante aquele
prazo detrinta dias, apresentar
ao Juiz da comarca quaisquer
queixas que tenham a fazer dos
funcionários sugeitos á mesma
correição.

Sertã, 5 de Novembro de 1941
Verifiquei :
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O Chete da 3* Secção int.º

Armando Ansonio da Silva

Postais com vistas da Sertã
(EDIÇÃO PRIMOROSA)
Vendem se nesta Redacção

NUNCIO E

ra, que vão pela segunda vez á |

Colecção de 7 postais — 7400 |

Depósito Central em Tomar

JOÃO FERREIRA PINHO
TELEFONE N.º 113

COLÉGIO DE NUN’ALUARES

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&

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Os mais brilhantes resultados nos Exames oficiais com uma
média de 92 º/, de aprovações nos seus nove anos de existencia

Instalações exemplares, obedecendo a todos
os requisitos da higiene e da pedagogia

Laboratórios completos de Física, Química, Bio-
lógicas e Geológicas, Gimnásio e Campo de Jogos

Instrução Primária, Admissão ao Liceu — Curso completo do Liceu
(1.º e 2º ciclos) Admissão à Universidade

E SEM QUAISQUER EXTRAORDINARIOS S |

DESSSaDHES 28
%es É

INTERNATO E EXTERNATO
PEÇA O NOSSO REGULAMENTO ILUSTRADO

ANUNCIO
(2º PUBLICAÇÃO)

No dia 22 do próximo mêz de
Novembro, pelas 12 horng no Tri
bunul Judicial desta comarca da
Sertã, em v rtude da execução por
custas que o Mimstéro Públio
móve contra José Domingos, sulter
ro, maior, jornaleiro e propr:etário,
morador na vila de Pedrógam Pe:
queno e cuja execução corre seus
termos pelu 2 à secção desta comnar
ca hão de ser postos pela primei
ra vez em praça, para serem arre
matados pelos maiores lanços ofe=
recidos, superiores aos valores que
adiante se indicam os seguintes
prédios pertencentes ao refemdo
executado, a saber:

Prédios a arrematar

1.º- Um quintal, com algumas
oliveiras, no lugar do Penedo, fre-
guesia de Pedrógum Pequeno, ins-
crito na respectiva matriz 800 08
artigos 1:959 e 1,965 e descrito
na Conservatória do Registo Dre
dial desta com rca sobo n.º 28.885
Vai á praça no valor de 211820,

2º Uma pequena horta ao Fun»
do do Ribeéro Tinto, freguesia de
Pedrógam Pequeno, inscrita na
Mutriz respectiva sob o art.º 551
e descrito na Conservatória do Res |
gtsto Predial desta comarca 80b o
nº 28.886, Vai á praça no valor
de 176500

Sertã, 29 de Ontubro de 1941,

Verifiquei,
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O Chefe às 2.º S-cção,
Angelo Soares Bastos

CURSO LICEAL

Professor dipl mado lec-
ciona o 1.º ciclo dos liceus |
(1º, 2º e 3º clara»), apie

sentando a exame |
Nesta Redacção se infor. ‘

ma, (2º PUBLICAÇÃO)

Faço saber que correm éditos de .

30 dias contados da 2.º e última –

públ-cação dêste anúncio, citundo

os legais representuntes dos fales.
cidos Jusé Dias Bernardo e An,
tónio Nunes de Figuerdo, que f .

zeram purte das gerencias da ( Qu

mara Municip! do concelho da.
Sertã, para, nos autos de anula- .
ção dos ucórdãos proferidos no |

julgamento das contus de gerência
relativas aos ans económicos de

19384, 1985 1936 e 1987 alega. |.

rem perante o Tribunal de Contas

e apresentarem as provas que pos=..

suam dentro do prazo de noventa.

dias. posteriores aos dos éditos, nos

termos do $ 3.º do art.º 6.º do De
creto-lei n.º 29.174 de 24 de Nos
vembro de 1938.

Sertã, 6 de Setembro de 1941.

Verifiquei.

O Juiz 2º Substituto,

Albano Lourenço da Silva
& O Chefe de Secção, :
José Botelho da Silva Mourão

Camioneta CHEVROLET

Vende-se em muito bom

estado demecânica e aspecto |

de nova, com 65000 km,

carga 3.600 kg, com 14.
pneus e câmaras 32x 6 em –

bom estado, ao serviço par: .
ticular. Consumo 24 litros.

aces 100, Não gasta óleo.

Quem pretender dirija-se .
a Manfredo Roque—CAS..

TELO BRANCO.

Quere fazer melhor venda dos
artigos do seu comércio

e produtos da sua indústria? ,
Gastando uma insignificância,

pode anunciáclos na «Comarça
Ida Sertão, – €

 

@@@ 1 @@@

 

“especial carinho |

* Erancisco Rebêlo de Albuquerque

A Qomarca da Sertã

3”

 

Escolas de Gambas e da sede do
concelho de Oleiros

– Oleiros, 25 de Outubro de 1941

«e. Senhor Director do jornal
– <A Comarca da Sertã»

SERTÃ

No n.º 266 do conceituado
jornal que V. . dirige, vem
um comentário na secção «Moe-
da corrente…» que não permite
o silêncio deste Corpo Adminis-
trativo.

Não pretende a Câmara Muni-
cipal de Oleiros encobrir a for
ma deficiente como algumas es-
colas do Concelho estão instala-
das, mas sin elucidar dos moti-
vos dessas deficiências.

Quanto à Escola de Cambas,
que o referido comentário atin-

e, deve esclarecer-se que o

x.”º Senhor Delegado de Saú-
de ao ter conhecimento da forma
como a mesma se encontrava
funcionando, procurou imediata-
mente verificar da veracidade de
tal facto, para que fossem toma-
das as providências que o mes-
mo requere.

No que respeita à escola da
sede do Concelho instalada no
mesmo paviment» da cadeia, de-
vo esclarecer V … que dêsde
já há bastantes anos isso se vem
verificando, sem que até hoje se
pudesse dar-lhe outra solução.

À falta de edifícios na sede do
Concelho é notória, e tanto as-
sim que ainda recentemente se
reconheceu a impossibilidade de
se conseguir uma casa para a
residência de um funcionário da
Fiscalização do Desemprêgo.

V. … sabe bem que uma es-

cola necessita de amplitude com-
pativel com a freqiiência de alu-
nos.
Daí o continuar o funciona-
mento de uma escola do sexo
masculino num pavimento do
edifício da Câmara Municipal,
mas completamente independen
te das instalações da cadeia.

Tem-se aguardado a constru-
ção de novos eifícios escolares,
e esta Câmara não tem descura
dó tão importante problema.

Eº que a instrução merece-lhe

 

Mas o que a Câmara não pode,
é, só por si, resolver o problema.

Ainda que algumas escolas es-
tejam deficientemente instaladas,
não descuramos o combate ao
analfabetismo.

E V. .. sabe também que o
ensino não pode ser ministrado
na rua, e como não existem me-
lhores edifícios, teremos que nos
ir remediando com os existentes
até que o Govêrno Nacional do-
te o Concelho de Oleiros com
edifícios próprios, de que tão
necessitado está.

A Bem da Nação
O Presidente da Câmara,

 

N. da R. — Ficámos satisfeitos
por saber que foram tomadas
rápidas medidas para remediar a
lamentável situação em que se
encontrava funcionando a escola

e Cambas e por termos propor.

jonado à Câmara Municipal de
Oleiros o ensejo de, públicamen-
te, por nosso intermédio, infor-
mar das péssimas condições, a-
tentatórias da pedagogia, em que
se ministra o ensino numa escola
do sexo masculino da sede do
concelho. Bem sabemos que a
escola aludida está completamen-
te independente das instalações
da cadeia. O contrário seria ina-
dmissível, brigando com os mais
elementares princípios da Moral.

A verdade porém, é que essa
escola está pessimamente insta-
lada. Sob êste ponto não há opi-
niões em contrário.

nio Lopes.

Estamos esperançados de que

a actual Câmara Municipal de.

Oleiros, que, em tam pouco tem-
po, já deu as suas provas de bem
servir o concelho, animada, como
se encontra, de trabalhar a valer
pelo seu progresso, procurará.

solucionar O problema da conse!

Cámara Municipal da Sertã

Principais deliberações
tomadas em sessão de
5 de Novembro :

Tomar conhecimento de diver-
sa correspondência recebida.

-—Dar de arrematação o ex-
clusivo do fornecimento de car-
nes verdes para o ano de 1942.

—Oficiar à Junta de Freguesia
de Carvalhal pira que organize
uma comissão que se encarregue
da construção da 1 ;nte do Sesmo.

—-Oliciar idênticamente à Jun-
ta de Freguesia de Cumiada em
referência à obra de construção
da fonte de Casal do Calvo.

— Autorizar o arrematante do
exclusivo do fornecimento de;
carnes verdes a elevar em 850 o.
preço da carne de vaca de 1.º
classe, vaca de 3.º classe e car-
neiro. –

— Atender o pedido da Junta’
de Freguesia de Pedrógão Pes |
queno no sentido de ser prorro-.
gado o prazo para se proceder à
caiação dos edifícios daquela
vila.

— Atender diversos pedidos de
mobiliário e material didático,

-—Aprovar a estiva camarária
referente ao corrente ano.

— Chamar a atenção da Eléctri-
ca Sertaginense para a má qua-
lidade da lâmpadas fornecidas
para a rêde pública.

—Mandar proceder à repara.
ção do caminho de Calvaria de
colaboração com a Junta de Fre-
guesia de Sernache do Bonjar-
dim.

—Aprovar o orçamento ordi-
nário para o ano de 1942, de
harmonia com as bases aprova-
das pelo Conselho Municipal.
—Deferir diversos requerimen-
tos.

— Autorizar diversos pagamen-
tos entre os quais um de 1.000$00
à Junta de Preguesia de Palhais
para melhoramentos naquela fre-
guesia.

“—Conceder uma licença gra-
ciosa de 30 dias ao facultativo
municipal Dr. Domingos Antó-

—Conceder uma licença gra-
ciosa de 30 dias ao contínuo
António Luís.

LrOO—

Cobrança de assinaturas na
Província

Dada a impossibilidade de fa-
zer a cobrança das assinaturas
pelo correio, como era costume,
vimos rogar a todos os nossos
prezados assinantes da Provín
cia o obséquio de nos enviar a
importância necessária para re-
gularizar o pagamento das suas
assinaturas, utilizando a emissão
de vales do correio. Os que re-
sidem em localidades onde não
existem estações emissoras de
vales e não tenham possibilida-
de de aproveitar a estação mais
próxima, podem enviar-nos es-
tampilhas postais de 50 centavos.

Na secção «Pagamento de as-
sinaturas» daremos conta dos
recebimentos e indicando atié
que número fica liquidada a as-
sinatura,

Pela atenção que se dignarem
prestar a êste pedido, antecipa-
damente apresenta agradecimen-
tos

A Administração

Este número foi visado pela
Comissão de Censura
de Castelo Branco

enredo pi ho trução dos edifícios escolares,
primeiro, na sede do concelho e,
depois, nas povoações que dêles
carecem. Neste seu esfôrço po-
derá contar. disso estamos abso-
lutamente certos, com o apoio
do ilustre Governador Civil do

distritos

Aravés da Gomare

(Noticiário dos nossos arestas) 4

ALVARO, 1 -—- Após prolongado e
doloroso sofrimento, faleceu ontem a
sr.º Patrocinia Mendes, que tôda a
gente estimava mercê das suas belas
qualidades de carácter. Deixa viúvo o
sr. José Mendes, residente no logar da
Gaspalha, desta freguesia, a quem, bem
como a tôda a família enlutada, apre-
sentamos os nossos sentidos pêsames.

VILA DE REI, 8 — Foram eleitos pa-
ra a Junta de Freguesia de Vila de Rei,
os srs. António Henriques Neves, Fe-
lisbelo Cardoso Costa e Joaquim Dias,
êste proprietário, aquêles comercian-
tes.

Caracteres probos, tomando como
exemplo a acção das suas congéneres
de Sobreira Formosa, Cardigos, Amên-
doa, Pêso e Fundada e pelos atributos
que a lei lhes confere, esperamos que
a sua acção não só se limite a passar
atestados ou certificados, mas sim seja
uma obra condigna, desinteressada, to-
da em prol do comum, uma obra ver-
dadeiramente só nacionalista.

Sua Ex,º o Ministro do Interior dis-
se: — «As ideias dominantes dêste mo-
mento não podem deixar de ser — pro-
gresso moral e material, renovação
activa da vida local.

Sem dúvida que foi o espírito da re-
volução — ânsia de progresso, com vai-
dade, bem estar — que determinou as
condições que permitem realizar mais
proveitosamente em prol do comum.

Mas até neste ponto a revolução te-
ve a grande vantagem de acabar com
o espírito de rivalidade, lutas de com-
petência locais, orientados com sentido
particularista, para só terem em conta
as realizações que interessam ao co-
mum.> :

A doutrina contida nestas palavras
deve, tem que ser aproveitada, eu não
sei se as individualidades acima têm
conhecimento das palavras de Sua Ex.2,
se as leram e compreenderam, o que
importa e é preciso é que elas sirvam
de norma à acção nacionalista a em-
preender, porque ser-se nacionalista,
não é só estar-se num organismo do
Estado, é ser-se amigo desinteressado
da sua terra, acudindo com tôda a isen-
ção às suas maiores necessidades, con-
correndo para o seu engrandecimento e
renovação progressiva, proveitos que
interessam ao País, ter-se moralidade,
tudo fazer em favor da colectividade e
nada que no presente ou futuro sirva o
interêsse particularista, acatar tôdas
as leis e e não só as adaptadas às con-
veniências, não andar com subterfugios
e manigâncias a-fim de se não pagar
ao Estado o que lhe é devido, ser-se
desinteressado sem facciosismo para
maior inteireza de carácter, sem que se
lhe possa apontar aquêle dito do povo:
— «Estão ali porque lhes convém».

Não pretendemos nem queremos dar
lições nacionalistas, queremos apenas
que se saiba que cônscios do nosso de-
ver contrariaremos tudo que não esteja
a dentro dos pontos doutrinários apon-
tados, com todos os predicados que a
lógica nos favorecer, ainda que para
tanto tenhamos que: arcar com tôdas
as insinuações, epitetos ou más vonta-

des, daquêles que só têm em mira as

suas egoistas conveniências.

Nesta ordem de ideias a nossa hu-
milde pena, estará sempre pronta para
defesa da nossa terra, defendendo-a,
defendo a minha família e a minha Pá-
tria, porque são uma parcela integrante
dêste nosso lindo e generoso Portugal.

— Por ter sido colocado em Beija,
retirou daqui o sr. João Carlos da Cruz
Santana, dig.mo Tesoureiro da Fazenda
Pública, tomando posse do mesmo car-
go o sr. António Augusto de Magalhães
Feijão.

— Também tomou posse o novo Che-
fe da Secretaria da Câmara sr. José
Mateus do Amaral.

— Uma onda de geada assolou esta
região, causando avultados prejuízos
em feijoais e batatais, visitando-nos
um frio glacial que nos põe à prova de
agasalhos.

C.

CHrOO

AMIGOS!

À Corporação dos Bombeiros
Voluntários, que ainda deve al-
guns milhares de escudos pela
aquisição do pronto socôrro de
que carecia em absoluto e preci-
sa de comprar algumas dezenas
de metros de mangueira, pede a
todos os Sertanenses e amigos
da Sertã para a auxiliasem den-
tro do máximo das suas possibi-
lidades.

Trata-se de uma corporação
humanitária, cuja existência é im-
prescindível porque garante a
conservação da vossa vida e ha-
veres em caso de sinistro.

Prestai-lhe, pois, sem reservas,
o vosso apoio incondicional.

«Vida por vida» é o seu lema!
Ele soa aos nossos ouvidos como
toque estridente de clarim]

 

É aa ea ad es Neat os

à AGENDA *,

“ 4 % EA ar ea + a A “es “

Estiveram em Lisboa os srs.
dr. Angelo Vidigal e Angelo
Bastos, espósa e filha.

—Estiveram em Alvaro, de
visita ao sr. dr. António de
Mendonça David, a srº D.
Maria José CL. e Silva, da Ser-
tã, o sr. Alberto Neves, do
Sarzedo e seu filho sr. Alfre-
do de Mendonça David, de
Lisboa.

—De Vila de Rei regressou
a Fafe, com sua família, o sr.
Joaguim Nunes Campino.

—Encontra-se no Pórto a
sr.º D. Céu Branco Vaz.

—Com sua espôsa retirou
de Santa Rita (Arnoia) para
Lisboa o sr. João dos Santos.

—De S. Torcato (Guimarães)
regressou a Lisboa o sr. Ma-
noel Ramos.

Aniversários natalícios:

6, D. Maria Luiza de Car-
valho Tavares Farinha, espó-
sa do sr. António Farinha,
Rio de Janeiro (Brasil); 10, D.
Maria [José Corrêa e [Jeróni.
mo António, Lisboa; II, Josê
da Costa Rodrigues, Pernam-
baco (Brasil) e o menino Fer-
nando Rodrigues, filho do sr.
Pedro de Oliveira; 14, António
Barata e Silva.

 

Parabens
Sengafetage

NASCIMENTO

No passado domingo teve O
seu feliz sucesso, dando à luz
uma menina, a sr.º* D. Maria do
Céu Almeida Lopes, dedicada
espôsa do nosso amigo sr. An-
tónio Lopes, sócio da conceitua-
da firma desta praça, Assis Lo-
pes & Irmão.

Tanto a parturiente como a
recém-nascida encontram-se bem.

0 tg

Marco Postal

Ex.mº Sr. João Fernandes
Baptista — Lobito (Angola):
Ficamos-lhe muito gratos pela
remessa de Esc. 100800 para pa-
gamento da assinatura até o n.º
319 e gostámos de saber que o
serviço de correios, para aí, já
está normalizado. Continuamos a
expedir os jornais para a Africa
com toda a regularidade, lamen-
tando, principalmente pelos pre-
juízos que isso nos causa, que
nem todos os nossos estimaaos
assinantes os recebem em tempo
devido. E’ preciso ter paciência
e esperar por melhores dias.

Ex.”mº Sr. Manoel Farinha
Portela— Lisboa: Foi entregue
o livro à pessoa que nos indicou.
Aqui ficamos sempre ao seu dis-
por.

Sr mnRecrologia

Com a idade de 65 anos, fale-
ceu na Sertã, na passada 6.º fei-
ra, a sr? D. Ana do Carmo Mi-
randa, irmã da sr.? D. Luíza do
Carmo Miranda e do sr, José
Maria Miranda,

O funeral efectuou-se, no dia
imediato, com grande acompa-
nhamento. ;

A” família enlutada apresenta-
mos os nossos sentidos pêsames.

«Sp
ATENÇÃO

À Administração dêste sema-
nário, mediante pequena comis=-
são, encarrega-se, na Vila e con-
celho da Sertã, de tratar da
aquisição de documentos nas re-
partições públicas e cobrança de
quaisquer importâncias, mesmo
daquelas que digam respeito a
assinaturas de jornais, revistas ou
outras publicações.

Carta à uma dertagingnge *

(CONTINUAÇÃO)

Dobrada a curva que, de uma para :

outra vertente, faz madar, lançado
um último olhar a Sernache que, de
poente, se mostra, avivando o desejo
de por lá passar, a Sertã impõe-se
como a glória de um sorriso aberto e
franco. E, depois, pelos torcícolos da
estrada que vai galgando numerosas
corgas, ora se mostra, ora se esconde
quási por completo, até que, dobrado
o vale Ginjão, numa travessura gaiax
ta, desaparece totalmente. De repenm
te, chegado ao-Amial, a bela esconm
dida, entrega=se completamente aos
olhares ansiosos do viandante.

E”, então, aqui que bem sobressai 0
magnifico efeito do arvoredo da Cars
valha, em contraste com a mancha
escura do azinhal que se esteia desde
o Montinho ao Pinhal e a marcha cin=
zenta da oliveira que insingandonse
na própria vila lhe imprime ama nota
de paz acolhedora, de riquesa e abasm
tança.

. E, agora, reconhecerás, também, a
necessidade de apresentar bem engam
lanada esta entrada da vila, no dia
em que o viajante de bom gôsto não
dispensa no sea roteiro ama paragem
na Sertã, ao fazer a sua viagem pelo
centro do país.

Se não é possível retirar as mais
velhas e sabstitaíxlas por outras ?1
Sim, bôa amiga, mediante cuidados
que sairiam caros. Mas o arvoredo
da Carvalha tem defeitos agora incorm
rigiveis, os quais não abonam a sãa
manutenção dentro das linhas actuais:
O predominio absolato de folhosas que
no outuno se despem, cobrindo o solo

de espêsso manto de tristes ruinas, |
sem quedar ao menos a nota doce de :
um periil verde; a regularidade de um.

mau compasso que dificilmente deixa
copiar a indisciplinada ordem da Nam
tareza (passe o paradoxo); a abunn

dância de árvores que em breve tom;

mam o aspecto cadaco; e outros mais
que é escusado citar. Eliminadas não
só as mais velhas mas, sim, todas as
que se encontram em situação precám

ria, restariam aí umas 15 0/0 a 20 0/0.

da totalidade. E o que será isto, afim
nal, senão acabar com a Carvalha

actuál ?! Destas 20 0/0 representadas

por exemplares de ireixos, bordos,

lódãos, plátanos e amoreiras, alegras

te, bôa amiga, algumas ficarão. O
artista encarregado da organização

do projecto do embelezamento, quer .

no propósito de criar uma mata (talm

vez pomposo o termo, mas deixemo-lo.

ficar), quer um jardim, sem que tal se
recomende, respeitou o porte hierar=
quico de algumas e dêle tirará partido
bem como do contraste entre a forma
e colorido da folhagem de oairos, tom
mando até em consideração a raris
dade de algumas, na região. Talhando

com arte, puderá manter do que exiss |

te, um ou dois grapos, senão mesmo
agrapamentos de valor e congratum
lar-se-á por ter à mão material onde

trabalhar, coisa que na sua vida técm..

nica raramente se lhe proporcionará ;
“Pois se de trapos se iazem, modes»
tas, sim, contudo lindas mantas e tam

peçarias, onde houver mãos hábeis às:

ordens dam sentido artístico como o
teu, dilecta amiga !

A Carvalha desaparecerá na sua –
feição actual e bem haja a iniciativa
do Exm.º Presidente da Câmara, no .
sentido da sua renovação. Junto dam |;

quelas árvores que pelo seu mérito e

nanja por favor, restarem, nesse adm

mirável recanto da Carvalha, irás,

como sempre, deixar correr na pes :

numbra ciciante, casadas com Os
marmários e sassuros da iolhagem,
as orações da tua alma contemplativa.

Preguntas : Que jardins mais lindos

quere a Sertã do que a Serrada da-,

Alcadaria e a Várzea da Ribeira
Grande, onde, tirando Agôsto e Sen
tembro, e embora as flores singelas
das caves expontâneas só na prima»
vera abram as suas graças, se admim

ra, à roda do ano, uma esquisita e |

caprichosa variação na côr e nos rem

talhos caltivados ? Sim, mais interes=..
sante e pitoresco, é difícil conceber. .

Qual será mais adequado nos terre
nos da Carvalha, pregantas ainda, a
mata ou o jardim ? A mata, sem dúx
vida! E, tanto mais que ela não ex

clue a possibilidade de ajardinamento, .

muito especialmente quando êsse fim
é preconizado para algans tratos.
Uma mata que bordasse a margem da
ribeira desde a ponte nova até à conm
flaência das daas ribeiras constituiria
pomposo ornamento que à vila daria
aquele ar de fidalguia e exuberância
que tão grato é admirar nas vilas nor
tenhas.

O azinhal da Abegoaria e Pinhal e

o sobral da Torrinha propriedades
particulares mantidas e melhoradas,
debaixo da alçada oficial, emprestam
riam, no fataro am pouco da vastidão
que falta ao arvoredo que sargisse. E
se a par do objectivo ornamental hou»
pesse em conta o interêsse botânico,
seria admirável ver reiinidos ao lado
de exemplares da flora indígena oum
tros exóticos cuja presença levasse O
carioso a transportar o pensamento
ao seu solar, nas mais remotas zonas
da Europa, Africa…

Se a vetusta ponte da Carvalha per=
mitisse o trânsito ligeiro, iazendo por
ela uma entrada, seria belo e magnim
fico o pestibulo onde a Sertã daria as

boas-vindas aos seus estimados hós= .

pedes.
E lá também, como agora faço, Dei»

jaria as tuas divinas mãos o dedicam
ALVIL

diíssimoimo

 

 

@@@ 1 @@@

 

“A Comarca da Sertã

CRUEL DESTINO

 

Lembrando o tempó que não volta agora,
Sinto minh’alma em louco desatino;

E resisto heróico ao meu Destino,
Cruel que me persegue a tôda a hora.

Meu coração, bem triste, a morte implora,
E a Deus que está no Ceu, qual peregrino,
Elevo do meu peito um novo hino

Pedindo protecçã

o na vida fora.

Mas, dentre o cáos profundo onde eu habito,
Não escuta Dsus êste ansiado grito

Da mente a esfacelar-s

e enlouquecida…

E, tétrica figura, quási etérea,

Vou caminhando a

“strada da miséria

Levando p’ra o Calvário a cruz da vida |

MÁRIO HESPANHA

“O espírito de aventura

Os homens foram sempre da-
dos à aventura e, neste ponto,
talvez nenhum outro povo exce-
da o português. Conhecer novos
países, outras raças, os mais
exóticos costumes,. correr peri-
gos, trocando a paz e serenida

de do lar pcla intranquilidade |

da terra estranha, sujeitando-se
aos baldões da sorte e confiando,
apenas, na es:rêla mágica da For-
tuna, que se vislumbrou-em so-
nho fugaz, foi sempre fascinação
dos moços lusitanos.

Assin se explica que não há
paragem do mundo, por mais
recôndita, que seja desconhecida
de portugueses, desde os inóspi-
tos esertos de A’frica e da Asia
às florestas americ-nas mais den-
sas, onde habitam feras temíveis.

“Também não é raro ver por-
tugueses acompanhar as vicissi-
tudes dus países onde vivem,
identificando-se com os seus des-
tinos, a ponto de correrem os
perigos dos próprios nacionais.
Eis o que sucede agora a um
simpático rap:z do Montinho,
freguesia de Figueiredo, dêste
concelho da Sertã, que há mais

“de três anos se encontra em Es-

panha como empregado do me-
tropolitano. João Antão Sérgio
Gaspar, assim se chama o nosso
patrício, tem 36 anos e é filho
de João Antão Sérgio, já faleci-
do, e de Margarida de Jesus,
uma boa vêlhinha, que está preo-
cupada com a sorte do rapaz e
com imenso desejo de o abraçar.
Quando ? Sabe se lá!

Certo é que o João trocou o
emprego e a doce e amorável
companhia da sua terna Cármen,
uma guapa e encantadora rapari-
ga que muito lhe quere —segun-
do êle diz a sua mãi— pela peri-
gosa missão de guerreiro, pois,
alistado no Regimento de Infan-
taria Pimentel — 3.º Batalhão da
3.º Companhia, — como estafeta,
ingressou na Divisão de Volun
tários Espanhóis, que já se en
contra na Alemanha recebendo
treino adequado para combater
na frente oriental.

Numa das cartas para a mãi o
garboso rapaz fala dos encantos
da viagem desde o país vizinho
à Alemanha e da recepção gran-.
diosa que a sua Divisão teve

neste país. Se a sorte não lhe
“Jor adversa — diz — voltará, logo

que satisfaça os ardores bélicos
e .Os compromissos que tomou
livremente, para casar com a sua
Cármen e vir também a Portu-
gal abraçar sua velha mãi, não
escondendo as salidades que tem
de uma e outra, ssiidades que o
devoram atrozmente

res

Beneficência

Recebemos de um anónimo,

com destino aos pobres nossos
protegi os, a ir portância de Esc.

Natal dos Pobres

Cá estamos outra vez a apelar
para as almas caridosas, sendo
desnecessário lembrar lhes que o
Natal não está longe e é dever
imperioso de todos nós, cristãos,
proporcionar aos pobrezinhos um
pequeno confôrto e alguma ale
gria no dia de Natal.

Dinheiro, géneros, roupas, tu
do aceitamos Tudo quanto vier
ajudará a minorar indizíveis so
frimentos e angústias. O pouco
será tam bem acolhido como o
muito, pois certo é que muitos
poucos fazem muitos.

Há por aí muit» lar sem pão,
muitos velhos e crianças sem
aga alho, a tiritar de frio, sem
um farrapo psra se cobrirem,
sem um gravato para a fogueira,
sem fio de azeite ou migalho de
toucinho para tempe ar um cal-
do! No casebre desolador impe
ra a miséria, o frio e a fome ne-
gra!

Lembremo nos todos dos po-
brezinhos, sem outra compensas
ção que não seja praticar um ele-
mentar dever de Humanidade.

Desde já iniciamos a subscri-
ção:

«A Comarca da Sertã» .

+
W

À Juventude e Liga da Acção
Católica à semelhança do que se
fez no ano transacto, dirigiram
às senhoras da Sertã o seguinte
apêlo:

5$00

Ex.Ӽ Senhora

Aproxima-se o Natal, e os nos-
sos pobrezinhos e em especial
as crianças estão à espera duma
pêçazinha de roupa que os pro-
teja um pouco dos rigores da
estação.

Da melhor vontade vamos cos
meçar a trabalhar para os nossos
protegidos e se V. Ex* quiser
associar-se a esta obra de cari-
dade queira ter a boniade de
lançar no saquinho o que melhor
lhe áprouver: flanela ou riscado.
roupa usada ou retalhinhos. Tu-
do será benvindo e devidamente
apreciado pelos pobrezinhos, em
nome dos quais enviamos desde
já mil agradecimentos, pedindo
ao Céu recompense V. Ex.º da
proporção da sua generosidade.

Sertã, Novembro dê 1941,

Juventude e Liga da Acção Católica
DO

Antônio Francisco da Silva

Deu-nos o prazer da sua visi-
ta o nosso pr sado amigo e pa-
irício sr. António Francisco da

dro Postal da colónia d: Mo
cambique em Lourenço Marques,
que se encontra em gõzo de li-
cença na Metrópole desde Março
findo, acompanhado de sua es-
pôsa e filhos,

| Agradecemos a atenção e faze-
“mos sinceros votos pela sua saú-

 

50900, que muito agradecemos. | de e prosperidades,

Silva, distinto aspiraate do Qua- |

Tribunal. Judicial

Movimento de Outubro

Distribuição: 2) Carta precatória
para penhora, extraída dos autos de
execução que o M.º P. move contra
Domingos Cargaleiro, Rabacinas, Mon-
tes da Senhora, vinda da 1.2 Vara de
Lisboa; Dita para venda de imóveis
por meio de negociação particular, ex-
traída da execução que o M.º P.o move
contra Guiomar da Conceição Mendes,
Vila Franca de Xira; Dita para venda
judicial de bens por negociação parti-
cular, extraída da execução que o
M.º P.o move contra José Mata, Com
marca do Fundão; Dita para arremata-
ção, extraída da execução que o M.º
P.o move contra Alfredo Marques Ser-
ra, Sarnada, Mação; Execução fiscal.
em que é exeqiiente a F. N. e executa-
do António da Silva, Cardal Grande,
Palhais; Dita em que é exeqgiiente a F.
N. e executado Joaquim Martins, Fa-
leiros, Cabeçudo; 6) Acção sumária em
que é autora Maria da Piedade Ferrei-
ra, Estreito, 2 réus [Joaquim António e
mulher Margarida Farinha, o filho Fran-
cisco António, António José e mulher
Maria Emília e José Luiz Gonçalves e
mulher Angélica Farinha, Retaxo; Ac-
ção sumarissima em que é autor Eduar-
do Lopes André, Arrifana, e réus Ra-
fael Pires e mulher Maria Lídia, Falei-
ros, Cabeçudo; Inventários orfanológi-
cos por óbitos de: José Domingues,
Moledo, Vilar Barroco; Maria Antunes,
Urraca, Amieira; 9) Manoel Alves Pi=
res, Fórneas, Sobreira . Formosa; Joa-
quim Dias, Atalaia do Ruivo, Sobreira
Formosa; Maria Lopes Manso, Sobrei-
ra Formosa; João Dias Epifânio, So-
breira. Formosa; Joaquim Dias Bernar-
do, Murteira, Proença-a-Nova; Luiz da
Silva, Salaviza, Vila de Rei; José Antó-
nio Lopes, Rafael Fundeiro, Proença-a-
Nova; loaquim Dias, Pedra do Altar,
Peral; José Henriques Janeca, Cunquei-
ros, Sobreira Formosa; António Lopes,
Padrão, S. Pedro do Esteval; José Al-
ves Pereira, Esfrega, Sobreira Formo-
sa; Miguel Ribeiro, Monte do Barbo,
Montes da Senhora; Joaquim Francisco
Cardoso, Espinho Grande, Proença-a-
Nova; Matia da Nazaré da Mata, Ver-
gão Cimeiro, Proença-a-Nova; Alberto
Domingos, Alvito da Beira; José Joa-
quim Alves, Outeiro das Colheres, Ser-
tã; António Rodrigues, Castelo; Joa-
quim Ramos, Vale Macieira, Carvalhal;
Sofia de Jesus Mendes, Seada, Vila de
Rei; Maria do Rosário Portela, Vila de
Rei; Francisco Ribeiro Farinha, Cunx
queiros, Sobreira Formosa; Carta pre-
catória para inquirição de testemunhas
extraida dos embargos de terceiros em
que é embargante Maria de Jesus Afon-‘
so, Pampilhal, e embargada Paula &
Gomes, Ld2, Evora; 13) Inventários
orianológicos por óbitos de: Manoel
Inácio, Cabeçudo; José da Costa, Vale
da Galega, Pedrógão Pequeno; Rufino
Pires Praxedes, Pampilhal, Sernache;
16) Luiz Marcelino, Ribeiros, Vila de
Rei; 20) Carta precatória para penhora
extraída dos autos de execução por
custas que o M.º P.º, Lisboa, move
contra Alberto Antunes da Silva, Pe
prógão Pequeno; 27) Carta precatória
para penhora extraída da execução que
o Mo P,o, Covilhã, move contra a fir-
ma «Gráfica da Sertã», Sertã; 30) In-
ventário orfanológico por óbito de José
Alves Júnior e mulher Maria da Con-
ceição, Rouco de Baixo, Cambas; Dito
por óbito de Palmira Farinha, Serna-
che; Execução fiscal em que é exegiien-=
te a F, N. e executado José Fernandes,
Vale das Silveiras, Cardigos. |

Eae
AGRADECIMENTO

– Maria José Neves Corrêa e Sil-
va, na impossibilidade de agra-
decer pessoalmente a tôdas as
pessoas que a visitaram durante
a sua doença e que de algum
modo se interessaram pelo seu
estado de saúde, nomeadamente
seu médico assistente, Ex.”º Sr.
Dr. Angelo Vidigal, vem por ês-
te meio apresentor a todos a
mais sincera expressão do seu
reconhecimento.

Sertã, 1 de Novembro de 1941.
Goto Beta

« Gula Maternal»

Do sr. dr. João de Deus Ra-
mos, de Lisboa, filho do consa-
grado poeta e pedagogo João de

| Deus autor da «Cartilha Mater=

nal», recebemos um cativante
cartão de agradecimento pela no-
ta que publicámos no n.º 267
àcêrca do en-ino pelo Método de
“João de Deus.
S. Ex.?, patenteando-nos a sua
‘ gratidão, teve a gentileza de nos
ofervcer dois belos opúsculos de
que é autor: «A criança em Por-
tugal antes da Escola Primária»
e o «Analfabetismo nas Beiras»,
valiosos estudos de que no» ocu-
paremos oportunamente

Muito reconhecidos, agradeçes

mos a atenção, da guerra

Ea

Cobrança de assinaturas em
Lisboa

À Administração dêste sema-
nário contratou um cobrador pa-
ra proceder ao recebimento das
assinaturas em Lisboa. Roga, por
isso, a todos os prezados assi
nantes, o ob équio de fazerem a
liquidação após a apresentação
dos recibos; de contrário advêm
grandes prejuízos para êste se-
manário e perda apreciável de
tempo para o cobrador.

E” de tôda a conveniência que,
aquêles dos nossos estimados
assinantes, habitualmente fora de
casa, deixem nas suas residências

mento.

Em vez de 9850, como suce-
dia nos últimos meses em que a
cobrança era pelo correio, os re-
cibos são de 10800, compreen-
dendo, por isso, mais um núme-

custo da assinatura, como à pri-
meira vista se podia supor.
Perante o aumento axtraordi-
nário do custo do pap:l de im-
pressão e enormes despesas que
sobrecarregam a publicação da
«Comarca», a sua Administração
vê-se forçada a insistir, com to-
dos os seus amigos, para que
não criem dificuldades, tanto
mais que só as assinaturas podem
garantir a existência dêste hebdo-
madário, gue, sendo da região, é
de todos e para todos que nela
vivem ou dela são naturais.

Por todos os favores e atenções
se confessa antecipadamente re-
conhecida
A Administração

LEGO
| Tata memorável

Fez, na passada 5.º feira. 6
! :

anos que o sr. Doutor Oliveira
! Salazar sobraçou a pasta dos Ne-

– gócios Estrangeiros.

Verdadeiramente admiráveltem
sido a obra do eminente estadis-
ta neste curto período; tam gran-
de e valiosa que Portugal, pe-
rante a inquietação da vida in-
ternacional, no entrechocar de
interêsses e de egoísmos em que
gravita o Mundo, tem matido,
inflexível, a dignidade própria
de um país cioso da sua inde-
penrência e das suas tradições
históricas.

E se a sua altivez, dentro da
Justiça e do Direito, lhe tem va-
“lido o respeito de todos os po-

| vos, a protecção e acolhimento

aos refugiados da guerra tornou |

ia Nação crêdora da simpatia do
Mundo civilizado.

A figura de Salazar ergue-se,
cada vez mais engrandecida, aci
ma das paixões mesquinhas do
noss» ter po para só cuidar do
bem da Patria. Por isso mesmo
êle merece a gratidão de todos

| 05 portugueses.

Á margem

ordem para se efectuar o paga-.

ro dêste semanário. Isto quere:
dizer que não houve aumento do.

| a AGA em os E
Winant, Embaixador Americano, visita um corpo de exército

canadiano estacionado na Inglaterra.

O TEMPO E A RAVOURA

Chove bastante à hora a que
estamos . escrevendo estas linhas
e Deus permita que a chuva pes.
gue:a valer, pois a sua falta es-
tá preocupando sêriamente os la |
vradores: não se fizeram ou fa-

lharam as sementeiras dos nabos

e do trevo não há pastos para

os animais, de que resulta sen.

tirse já a absoluta falta de leite
de cabra.

O frio, nestas duas últimas .
semanas, tem sido intenso. A
geada queimou a hortaliça, . já
atrofiada pela falta de água, e as
figueiras, inutilizando muito fru-
to que poderia ser aproveitado
para os suínos. As cliveiras, tam |
viçosas e pron:etedoras, apresen-
tam agora desolador aspecto e a
azeitona. aparece nos. cheia .de
gelhas. . , cs

O prolongamento da estiagem
vem impedindo o funcionamento .
dos moínhos de pão ribeirinhos,
a ponto de os moleiros se verem ,
coagidos a recorrer aos moinhos
de vento, caso único nesta época
do ano.

Nos mercados rara hortaliça ,
aparece e algnma que se topa É
arrebatada da mão das vendedei-

ras como manjar raro e de alto

preço. à
Se a chuva não vier em quan-
tidade apreciável, abeberando os
campos até fartur, perdem-se as
poucas culturas que há, tornam. .
do-se maís difícil o abastecimen-

to de géneros alimentícios.

«OO
Produtos pecuários

A Junta Nacional dos Produtos
Pecuários criou uma Sub-Dele-
gação no concelho da Seriã, que
fica sendo dirigida pelo Veteri-
nário Municipal sr. dr. Pedro
de Matos Neves.

Destina-se a Sub-Delegação a
estabelecer o contacto íntimo
entre a Junta Nacionil dos Pro-.
dutos Pecuários e as actividades
económicas por ela coordenadas
e tem por fim, designadamente,
o seguinte:

Prestar à lavoura todos os es=
clarecimentos necessários para.
que os meios de acção da Junta
sejam suficientemente conhecidos;
Receber sempre as inscrições de
gado da lavoura e, em caso de
necessidade, dos negociantes,
quando para isso houver indica-
ção superior ; Estudar os preços
que deverão ser fixados pela ].
N.P. P. para venda ao público;
Efectuar o registo dos elementos
estatísticos de consumo de car
nes; Vigi r se os negociantes e
talhantes pagam os gados pelos
precos tabelados pela Junta; In-
formar peridbdicamente a Junta
àcêrca do estado efectivo pecuá-
rio : abundância, escassês, estado
de carnes, possibilidades de ce-
va, etc ; Proceder à cobrança das
taxas que constituem rece ta da
Junta; e proceder ao racionamens
to do consumo de carnes, é