A Comarca da Sertã nº271 27-11-1941

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DERECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO

Louando Parato da Tira Coreia

—— REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO ——
RUA SERPA PINTO-SERTÃ

a VENÇADO

PUBLICA-SE ÀS. QUINTAS FEIRAS

271» WI | Hebiomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarea da Sestã: concelhos de Sertã |
| | Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei; e freguesias de Amêndoa e Cardigos (do conselho de Mação) |

No 271

“Notas +…

NOS nossos mercados sema-
nais vem se notando cada
vez maior escassês ae gêneros

e aumento, sempre crescente, |

de preço dos que aparecem.
Dá-se ainda um caso cario-

so: algumas coisas, durante!

o tempo do mercado, sobem de
preço de hora a hora; assim,
por exemplo, sacedea com os

ovos, no sábado passado, pela |

dúzia dos quais se pedia pri-
meir’ 5800, depois 9850 e por
fim 6800! ae

Um vagode! E não há ma-
neira de meter esta canalha
na ordem!

Jma parte da estrada mani-
cipal da Sertã a S. João

do .outo está obstruída por
grandes montes de pedra, que
cobrem a valetae a faixa de
rolagem o

Já de si, a estrada não está

bem conservada, Agora, por
virtude das chuv. s torrenciais,
us águas, que não se podem
escoar pela valeta, invadem o
leito, deteriorando o. Depois
fica obra asseada!

E” pecha antiga os particu-

lares considerarem, como sek
logradouro, a via pública!

Ste Did

NOS mercados não aparece
, um bago de milho à ven-
dal

Quem o quiser há de com-
prá-lo cá por fora, particalar-
mente. vor preço muito supe-
rior à tabela!

Azeite também se não vende
nos estabelecimentos e mesmo,
recorrendo ao lavrador, é di-
ficil obtê lo. Algum pouco que
se apanha é por preço eleva-
díssimo, que ninguém regateia,
porque dêle temos tanta ne-
cessidade como do próprio
pão.

OS lagares de azeite começa-

ram a laborar para moer
a azeitona apanhada do chão,
tôda encozida em consegiiên-
cia das grandes geadas que
precederam as chuvas.

Pouco mais que o pericarpo
eo caroço tem essa azeitona.
Está a ver-se qual o resultado
da funda! Coisa de somenos,
para mal de muitos. À azeito-
na dos olivais em volta da
Sertâ foi a que mais sofreu é
já não se conta que amadure-
ga a queainda resta prêsa nos
ramos; de modo que não há
outro remédio senão colhêé-la
verde.

Felizmente não sucede o
mesmo com os olivais do Cou-
to, onde o fruto tem aspecto
bem diferente.

Tôda a gente esperava por
um bom ano de azeite, que vir
ria salvar a situação difícil de
muitos lavradores, mal refei
tos dos graves prejuízos cau-
sados pelo ciclone de Feve-
reiro.

E” o que seestá vendo! Uma
encravação permanente!

ecran

– FUNDADORES –

— Dr. José Carlos Ehrhardt —.
“— Dr, Angelo Henriques Vidigal —

—— António Barata e Silva a

Dr. José Barata Corrêa e Silva

Eduardo Barata da Silva Corrêa

Composto e Impresso
NA

CASTELO
BRANCO

TELE FONE

TIP. PORTELLA FEÃO] + 112

|O eitcio para quartel dos Bombeiros da Sertã

A representação entregue à Câmara Municipal é a deliberação tomada em sessão de 19 do corrente
| Und ed A gt É

Ex. * Senhor Presidente da Câmara
Municipal da

Sertã

‘ Direcção da Associação dos Bom
À beiros Voluntários da Sertã, côus:
cia da sua responsabilidade na órbi-
ta do mandato em que se encontra investida,
julga do seu dever prestar atenção imedia-
ta a um mal que pende grâvemente sôbre
êste sector da vida colectiva concelhia, e
a que urge dar pronto remédio.
– Não se alongará em desenvolvido
preâmbulo para entrar no assunto. De res-
to, os múltiplus trabalhos da administra-
ção municipal que sobrecarregam V. Ex.
não são também de molde a permitir de-
longas desnecessárias. so
Procurou esta Direcção, porfiádamen-
te, alugar uma casa para estação do pron-
to-socôrro recentemente inaugurado, mas

seu caminho que não conseguiu realizar o
intento, chegando a desanimar perante a
perspectiva da vinda da viatura, sem que
houvesse uma porta que se abrisse para
recolhê-la,

Providencialmente, quando tudo pa-
recia conspirar contra a sua idéia, veio em
seu socôrro um homem generoso que con-
sentiu na recolha da viatura sob telhas
“suas. :

Ê O problema, porém, não ficou arruma-

do. Pelo contrário, mais se agravou e tor-
nou imperativa a sua solução. Além do
carácter provisório da cedência, o local

nada se recomenda para o fim a que oca-

sionalmente se encontra destinado; e a per-
manência, ali, do pronto socôrro, só estra-
gos poderá causar. fo
Esta circunstância, só por si, coloca
na tela das grandes oportunidades a cons-

trução dum quartel, onde o material de in-

cendios e de salvação possam ser conve-
nientemente instalados.

Mas, sem desviar a vista da flagrante
necessidado, esta Direcção, em face da pe-
núria financeira que lhe tolhe a acção, tem
por certo que não pode abalançar-se a es-
sa obra sem o apoio do Município. E’. que,
além da falta dos meios pecuniários para
a efectivar, outra dificuldade se sobrepõe:
a da falta de terreno indispensável em sítio
adequado, para cuja aquisição não carece
sômente de dinheiro, mas das facilidades
coercivas da sua venda que, eventualmen-
te, venham a ser reclamadas.

Não desconhece nem esquece o valio-
síssimo auxílio directo e indirecto que tem
recebido da Câmara presidida superior-
meute por V. Ex.*, auxílio ainda há pouco
tempo documentado por importante subai-
dio que recorda com reconhecimento.

Não é, por isso, sem um certo emba-

traço que, a tam curta distância de tal bg-

foram tais os obstáculos que encontrou no.

neficio, se abeira da Ex.”” Câmara com a
solicitação de cutro.
Oa factos puderam mais do que a von-

tade desta Direcção, que se viu coagida a
entrar mais cedo do que desejava num ca-
minho que reservara para mais tardio per-

curso. A intuição patriótica que vem dis-
tinguindo V. Ex.* na administração dos
negócios camarários, já interpretou, sem
dúvida, em tôda a sua latitude, e sentido
das considerações aqui feitas àcêrca do
problema em questão. Tudo quanto se
acrescentasse seria supérfluo e importuno.

Esta Direcção aguarda confiadamente
que V. Ex.’, em face das dificuldades da
Associação dos Bombeiros para a compra
do aludido terreno, e da natureza duma

instituição oficialmente considerada de uti-

lidade pública administrativa, que é hoje,
por assim dizer, um dos departamentos
mais ou menos afectos à vida municipal,
dará a esse problema a solução justa, cer-
to como é que a existência da benemeren-
te colectividade constitue um bem geral
do concelho, cujos destinos V. Ex*. está
sábiamente orientando.

Além do valor material que teria para
a Associação dos Bombeiros a posse de
tal terreno, êste constituiria ainda mais
uma sólida base moral para estimulante
ponto de partida duma caminhada em que
o recurso ao Estado e à generosidade par-
ticular entrarão também em grande escala
e como larga e avigorada esperança.

Sertã, 14 de Novembro de 1941.
À bem da Humanidade.

O Presidente da Direcção,
Pedro de Matos Neves

“o vv 9%

Em sua sessão ordinária de 19 do cor-
rente, a Câmara resolveu atender a repre-

sentação exposta, mandando proceder à,

elaboração do respectivo projecto uma vez
escolhido o local de acôrdo com a Direc-
ção da Associação e ficou assente solicitar
uma comparticipação do Estado para a
realização da obra.

> 9

Sabendo o interêsse que o ilustre Pre-
sidente do Município tem pela nossa Asso-
ciação de Bombeiros, aguardávamos, con-
fiâdamente, a deliberação que veio a ser to-
mada é que honra, simultaneamente, a di-
gna Câmara Municipal, a Corporação de
Bombeiros e a nossa terra.

Todos temos, pois, que nos felicitar,
esperando que o futuro se apresente pro-
pício à efectivação de tam belo empreen-
dimento,

az
NOVEMBRO
1941Ra, «c. alápis

CONSTOU-NOS que ali pa-
ra os lados do Cabeçudo

há um estabelecimento que

vem vendendo o açúcar a sete
escudos o quilograma |
Parece que os consumidores
da locanda acham bem, pois
não nos consta que se tivessem

dado ao incómodo de comuni

car o caso à Autoridade Admi-

nistrativa! Por estas e outras .

é que os felizes traficantes
continuam impávidos e seres
nos a explorar os anjinhos que
lhes caíem nas garras! E com

o tempo acabarão por ficar.

sem a pele! Olé! E é bem
feito!
Quem sens inimigos poupa…

LPOLIP

PRESIDIDA pelo venerando

Chefe do Estado realizon-
se, há dias, à cerimónia do
lançamento à água de um bars

loca 4.500 toneladas,

O acontecimento despertou
interêsse e foi festejado com
alegria pela sua alta signifis
cação patriótica. :

Ao mesmo tempo que, entre
nós, se reata a tradição marta
tima, construindo unidades nas
vais e se procara manter a afi-
nidade entre Portagale o mar,
colaborador de tôda a nossa
epopeia, os países em guerra
porfiam ná destruição da mas
rinha mercante inimiga, pros
curando, pela falta de aprovisa
sionamentos, consegair uma
vitória que se antolha difícil,

“” Dadaa nossa pobreza de re. .

cursos e as dificuldades cau-
sadas pela guerra, o aumento
da frota mercante portuguesa
representa am acto arrojado e
uma manifestação de vitalida-
de e progresso, que se deve
salientar. Por ontro lado, as
construções navais proporcio=
nam trabalho a maitos milhas
res de operários, o que só por
si tem transcendental impor
tância,
Grs

DO decreto, que vai ser pn.
blicado sôbre o aumento
de propinas nas escolas sape-
riores, há diversas disposições
que nós consideramos muito
simpáticas porque têm uma ft=
nalidade digna de todo o elo=
gio: as que facilitam o estudo
âquéles que, não tendo recursos
materiais, dão grandes pros
vas de inteligência e acentuada
vocação para a Ciência,
Muito bem. Deixe-se instruir
e estudar tôóda a gente que o
deseje, mas não se coarctem os
passos aos que, por serem po=
bres, têm uma grande sêde de
saber. Eº que os individuos
nestas condições, além de ses
rem úteis a si próprios, podes
rão vir a sê-lo à sociedade e à
Pátria, que, para seu prestia
gio e grandeza, necessita de
renovar energia; e só os hos
mens de talento podem oriens
tar essa renovação constante,

coda Companhia União Fabril,
o «Alexandre Silva», que desca criaram

 

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Farmácia Gortez
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LISBOA
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A Comarca da Sertã e (COLÉGIO DE NUN’ALUARES |

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«BBEDBSGRSSESaABESESaSAS
8

É PREÇOS SEM CONCORRENCIA POSSIVEL E SEM QUAISQUER EXTRAORDINARIOS “s

Monografia Viti- Vinícola a região

Relatório sôbre a campanha de assis-

fencia técnica nos concelhos de Sertã,

Bleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei,

pelo fécnico Joaquim de Moura Portugal
IV

(Continuação do n.º 265)

Colheita o escolha das uvas

À colheita das uvas é feita nesta re-
gião por meio de canivetes. Não obser-=
vei nenhum caso em que se procedesse
a esta prática por meio de tesoura.
Tal prática torna-se muito morosa,
sendo por essa razão pouco económicas

As uvas são colhidas para dentro de
cestos vindimos, denominados vulgar-
mente por cabanejos, existindo outros
um pouco maiores que aqueles, deno-
minados fangas. Alguns vinicultores

menos abastados colhem as uvas para |
«dentro de cestas, que depois vão des- |

pejar em dornas que se encontram sô-
bre os carros, a-fim-de serem transpor-
tadas para as respectivas adegas.

Não é hábito efectuar-se a escolha
das uvas nesta região, pois à maioria
dos vinicultores interessa-lhes sômente
a quantidade e não a qualidade.

Processo de transporte das uvas

Da vinha para a adega as uvas são ;

transportadas em cestos vindimos às
costas dos homens ou em dornas sôbre

carros para o lagar, Atribuo a tais re- |
cipientes de transporte grandes incon- |

venientes pelo estado em que as uvas

chegam ao lagar. Os bagos sofrem |

traumatismos violentos, chegando à
adega em péssimo estado, podendo
originar fermentações prévias que tam
prejudicias são. As uvas, assim trans-

portadas, sofrem ainda mais o esmaga- É

mento na altura do seu descarregamen-
to para o lagar onde vão ser pisadas.

Para efeito do descarregamento, o
carro é colocado junto de uma porta

ou janela da adega e depois, com o au- É

xílio de forquilhas de ferro, deitam as
uvas para dentro de baldes de lata e só
depois são despejadas nos lagares onde

vão ser pisadas. Depois de terem sofri- ‘
do todos êstes traumatismos, pode mes- |
mo dizer-se que vão ser repisadas. Con- ‘

tactando ainda com as forquilhas de
ferro e com os baldes de lata pode ha-
ver O perigo da doença «a Casse fér-
rica». Este processo de transporte das
uvas, felizmente, não se faz de igual
modo em todo o País. Assim, por exem-
plo, no Alto Alentejo, o transporte das
uvas é feito em caixas de madeira, rec-
tangulares, de maiores ou menores dix

mensões, conforme se trata, respectiva- |
mente, de grandes ou pequenos vinicul- |

tores. As caixas mais pequenas são

transportadas em número de quatro sô-

bre um carro traccionado por muares
para o local onde se encontra aiadega,
Estas caixas muito facilitam a descarga

das uvas, pois, além do seu pequeno |

tamanho, possuem de ambos os lados
duas pegas, o que torna mais acessível
o transporte. As uvas assim transpor-
tadas não sofrem quási traumatismos,
o serviço é mais rápido e as uvas não
contactam com o ferro.

Concordo com êste processo de trans-

porte das uvas porque lhe noto gran-

des vantagens sôbre outros usados em |

algumas regiões do nosso País.

(Continua)

ANUNCIO

No dia 6 do próximo mez de De-
| zembro, pelas 12 horas no Tribu.
nal Judicial desta comarca da Ser

tã, em virtude da execução por
custas que o M.º Público move con-
tra o executado José Domingos,
-soltero, maior, jornaleiro e proprie

itário, morador na vila de Pedro

gam Pepueno e cuja execução core
| TO seus tormos pela 2.º secção des

“ta comarca há-de ser posto pela
segunda vez em praça, para ser
arrematado pelo maior lanço ofe-
recido superior ao valor que adian-
te se indica O seguinte prédio, a sa»
der:PRÉDIO

Um quintal com algumas oliveis
ras, no logar do Penedo, freguesia
de Pedrogam Pequeno, inscrito na
| mespectiva mutriz sob os artigos
1.959: 1 965 e descrito na Con
servatória do Registo Predial dese
ita comarca sob o nº 28 885. Vai
à praça no valor de cento e cinco
“escudos e sessenta centavos. 105560

Sertã, 24 de Novembro de 1941,
Verifiquei,
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O Chefe da 2.º Secção,
“Angelo Soares Bastos

ANUNCIO

(2º Publicação)

Pelo Juizo de Direito da co
marca da Sertã e Primeira
Secção da Secretaria Judicial,
| nos autos de execução que o Mi-
Inistério Público move contra
Sebastião Farinha, solteiro,
maior, actualmente residente
na cidade de Lisboa, correm
éditos de vinte dias a contar da
segunda e última publicação
dêste anuncio, citando os credo-
res desconhecidos daquêle exe
cutado, para no prazo de dez
dias. posteriores aos éditus virem à dita execução deduzir os
| seus direitos.

| Sertã, 13 de Novembro de 1941
Verifiguei—O Juiz de Di
reito, Armando Torres Paulo.

O Chfo ve Secção, José
| Nunes,

CURA

RADICAL
DAS. OST CRER ER

FRIEIRAS *

e Doja Universidade de Lisboa

companhia de Viação de Sernache, Limitada

Fernandes Pestana

Farmaceutico

Concessionária da carreira de passageiros entre

FIGUEIRO DOS VINHOS- SERTÃ

Comunica ao público que, a partir de 25 de Agosto corrente, cn=
tram em vigôr os scguintes horários:

Cheg. | Part. | Cheg. | Part. | Cheg. | Part.

Cheg. | Part. | Cheg. | Part.

Figueiró dos Vinhos (Largo

Aldeia Cimeira .
Sernache do Bonjardim
Sertã (L. Ferreira Ribeiro) .| 15,30

do Municipio) . : | — |14,25] — |18,30] — | 19,50] Sernache do Fcnjmcn.
1 14,37/ 14,37] 18,42] 18,42] 20,02] 20,02]| Aldeia Cimeira.
«| 15,07) 15,10] 19,12] 19,15] 20,32] 20,35 Figueiró dos Vinhos (Lar-
— 119,35] — 120,55] —

Sertã (L. Ferreira Ribeiro)) — | 6,50] — | 13,00

go do Município) . 7,55) — [14,15] —

To! 7,13] 13,20] 13,33
«| 7,43 | 7,43] 14,03] 14,02

 

A. = Efectuam-se às 2.as, 4,s e 6.28, Procede de Coimbra e segue a Castelo Branco,

de 1 de Outubro a 30 de Abril, às 3.as feiras e dias 23 de cada mês. Se o dia 23 cair ao Domingo,
a carreira efectua-se no dia anterior. Procede de Coimbra, dunde parte às 15,50.

de 1 de Maio a 30 de Setembro, às 3.as feiras e dias 23 de cada mês. Se o dia 23 cair ao Domin.
go, a carreira efectua-se no dia anterior. Procede de Coimbra, donde parte às 17,20.

às 3,28 feiras e dias 23 de cada mês, Se o dia 23 cair ao Domingo, a carreira efectua-se no dia an-
terior. Segue a Coimbra e regressa (horários Be C)

às 3.s e 5.as feiras e Sábados. Procede de Castelo Branco e segue a Coimbra.

Para bom entendimento do público esclarece-se que as carreiras Castelo Brinco — Coimbra, e vice-
versa, não sofrem alteração com os presentes horários

Ss. E.
Ministério da Guerra

Recenseamento Militar

Todos os indivíduos que comples
tem vinte (20) anos de idade no
ano de 1942 são obrigados a fazer
a respectiva declunração. durante o
próximo mês de Janeiro, na secre

concelho ou na administração do
bairro em que residirem; igual obri
gação emiste quanto a seus filhos,
tutelados ou indivíduos sôbre quem
tenham acção directa, para os pais
tutores ou pessoas de que depen-
dam 08 indivíduos que se encon
trem naquelas condições. A falta
da declaração importa a aplica-
ção da multa prevista no Regula
mento dos Serviços de Recrutamen
to, independentemente das ccn
segiiências que, pela mesma fal-
ta, possam advir para a situação
militar dos indivíduos a recensear.

No acto da declaração deverão
os indivíduos a recensear fazer a
entrega de duas fotografias actuas
lizadas. com as dimensões das uti-
lizadas para os bilhetes de identis
dade. :

Os indivíduos em idade de re-
censeamento militar, que residam
há mais de um ano em concelho ou
bairro que não seja o da natural:

para serem inscritos no mapa do
recenseamento respeitante ao con
celho ou bairro da residencia, O
requerimento, a que deverdo juntar
o atestado de residência (passado
pela junta de freguesia, nos termos
do Codigo Administrativo) e a cere

substituída pela apresentação do
bilhete de identidade) será dirigi
do ao presidente da câmara muni=
cipal ou ao administrador do dbaira
ro da residência e entregue duran
te o mês de Janeiro.

Estado Maior do Exército
Lisboa, 8 de Novembro de 1941

O Chefe da 3.º Repartição,

Cor“ Tirº do C, E. M

Postais com vistas da Sertã
(EDIÇÃO PRIMOROSA)

‘ Vendem-se nesta Redacção
Colecção de 7 postais — 7800

tara da Câmara Municipal do

dade, podem, querendo, requerer |

tidão de nascimento (que pode ser.

a) A’lvaro Teles Ferreira de Passos

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«Calcanhar do Mundo», por
Vergílio Godinho; «Lagoa Es-

cura», por Hipólito Raposo; «Car-.

tas a um céptico :ôbre as formas

“de Govêrno>, por José Maria

Pemán; «Dois nacionalismos»,
por Hipólito Raposo; «A Hilstória
-Sêrgista de Portugal», por ].
, Preto Pacheco,
– A? venda nesta Redacção,

Interessantes e magníficos artigos, de
finíssimo gôsko, próprios para brindes.

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Notas  lápis

 

J 4º se encontra completamen-

“te demolída a casa de Eu
sébio do Rosário, procedendo-
se com tôda a actividade às
excavações dos terrenos onde
serão edificadas as residências
dos Magistrados, na Rua Gon-
calo Rodrigues Caldeira.

Brg

HSTEVE suspensa a venda

do famoso romance «Cal-
canhar do Mundo», do sr. dr.
Vergílio Godinho, que nôva-
mente apareceu nas montras
das livrarias para satisfação e

prazer espiritual dos bibliófi-.

tos e de todos aquêles que con-

sideram o romance o melhor:

género de literatura.

Segunto opiniões autoriza-.

das, Calcanhar do Mundo e Ana
Paula, êste de Joaguim Paço

de Arcos. são os melhores -ro—

mances que saíram do prelo
nos últimos anos.

Que Calcanhar do Mundo é
obra de estilo primoroso e de
magnífica urdidura, basta di-
zer que a sua vendatem alcan-
cado êxito extraordinário sur-
preza num País onde tam pou-
co se lê A falta de gôsto pela
boa leitura deve ter a seguinte
explicação: a maioria do pú-
blico é unaltabetaou semi-anal-
fabeta e nove décimos da par-
te restante é composta de letra
dos e sabichões que se julgam
dispensados de aprender mais
alguma coisa, contentando-se
com a leitura dos palões dos
grandes diários!

Osero fraco tem ama pre-
ferência especial pelos folhe-
tins dos jornais e a êstes quá-
si que reduz os seus entrete-
nimentos literários, afora, bem
entendido, o receituário das
cozinhas !

ese

O Sr Ministro das Obras
Públicas e Comunicações
visitou a capital do
distrito

“O ilustre Ministro das Obras
Públicas e Comunicações esteve,
há dias, de passagem, na cidade
de Castelo Branco, tendo feito
demorada visita às obras da
construção do liceu, à avenida
que conduz ao caminho de ferro,
ao Jardim do Paço, um dos mais
belos qu: conhecemos e a diver-
sos pórtos da cidade, sendo
acompanhado pelos srs. Director
das estradas do distrito, Presi-
denie da Câmara e outras enti-

dades. /
Bjo eta

Bibliografia

O nosso bom amigo sr. dr.
Jaime Lopes Dias, ilustre Director
dos Serviços Centrais da Câma-
ra Municipal de Lisboa, jurispe-
rito em direito administrativo, a
quem se devem trabalhos de ines-
timável valor, que hoje merecem
a primazia dos que se dedicam
ao estudo da complexa matéria
e são preferidos pelos corpos
administrativos, entre os quais se
destaca o CóJigo Administrativo
em vigcr, teve a gentileza de
nos remeter um exemplar do 7.º
Apêndice de actualização do
Código Administrativo e Esta:
tuto dos Distritos Autónomos
das Ilhas Adjacentes (Decreto-
lei n.º 31.836, de 14 de Julho de
1941, e rectificações publicadas
no «Diário do Govêrno», 1 º sé-
tie, de 21 de Julho, seguidos de
o doutrina e jurisprudên-
cia).

O prêço do Apêndice é de
785 , sendo inteiramente grátis
para os novos a quirentes do Có-
digo. E’ depositária a Livraria

| A Qomarca da Sertã

JULGAM ENTOS |

-Aeusados pelo Ministério Público,
responderam, no Tribunal Jadicial
desta comarca: >

Em 13 do corrente, Casimiro Ram
mos, de 24 anos, solteiro, jornaleiro,
do Sesmo, ireguesia do Carvalhal, por
haver ofendido, voluntária e corporal»
mente António Antunes, de Pedrógão
Pequeno, causando-lhe lesdesque prom
duziram 5 dias de doença sem impos»
sibilidade para o trabalho. Condena=
do na pena de 10 dias de prisão, con»
tida em igual tempo de multa a 10800
diários, 3 dias de malta a 3900, ou se»
ja na maita total de 100800, 200800 de
imposto de Jastiça, aquela e êste com
os acréscimos legais, emolumentos
devidos aos peritos, 30800, ao sea
advogado oficioso e na indemnização
de 100800 a favor do queixoso.

Em 18, José Jerónimo, de 48 anos,

! casado, trabalhador, da Tôrre, Írem

guesia do Estreito, da prática de oien=
sas corporais na pessoa de sea irmão
João Baptista, após troca de palavras
em que ambos disputavam o direito de
propriedade sôbre um prédio sito na
Lomba da Tôrre ou Lomba dos Car»
ris, produzindo 15 dias de doença com
impossibilidade para o trabalho dum
rante o mesmo tempo. Condenado na
pena de 60 dias de prisão, convertida
em igual tempo de malta a 10800 diáx
rios, IO dias de malta a 1800, ou seja
na malta total de 610800, 500800 de
imposto de Jastiça, êste é aquela com
os acréscimos legais, emolamentos
devidos aos peritos, 100800 ao defen=
sor ofieioso e 500500 de indemnização
ao queixoso.

Em 20, David Francisco, solteiro,
de 24 anos, trabalhador, da Póvoa do
Frade, freguesia do Troviscal e João
Simão Carvalhal, de 25 anos, solteiro,
jornaleiro, do Troviscal,) o primeiro
por haver oiendido, voluntária e corm
poralmente, Manoel Alves, a sôco e a
pontapé, causando-lhe lesões que prom
daziram 8 dias de doença com impos=
sibilidade para o trabalho nos primei»
ros 6 e o segando de haver oiendido,
voluntária e corporalmente, também
a sôeo e a pontapé José Alves, a
quem causou lerimentos que prodazim
ram 5 dias de doença, com impossibim
lidade para o trabalho nos primeiros
35. Condenado cada um dos réus na
pena de 10 dias de prisão, convertida
em igual tempo de malta a 108 diários,
3 dias de multa a 1$00, ou seja na
malta total de 103800, 200800 de im»
posto de Justiça, êste e aquela com os
acréscimos legais, emolamentos devim
dos aos peritos, 50$00 para o delensor
oficioso e 50$00, de indemnização a ca»
da queixoso.. E

Em 21, Ana de Jesas, de 50 anos,
casada, doméstica, do Castanheiro
Pequeno, ireguesia da Cumiada, por
«diversos crimes de furto e de ofensas
corporais na pessoa da menor de 8
anos, Gailhermina Rosa, a quem caum
sou lesões que determinaram 6 dias
de doença com impossibilidade para o
trabalho. Condenada na pena de seis
meses de prisão lepando em conta a
detenção soirida, am mês de malta a
1800 diário, 500800 de impusto de Jas-
tiça, êste e aquela com os legais acrés=
cimos, emolumentos devidos aos pe-
ritos e em 100800 para o seu deiensor
oficioso e nas indemnizações de 20300
ao queixoso José Marcelino, na de
2.500$00 ao queixoso José Nanes, na
de 30800 ao queixoso José Pedro e na
de 100800 à menor Gailhermina Rosa.

rg rg
AMIGOS!

À Corporação dos Bombeiros
Voluntários, que ainda deve al-
guns milhares de escudos pela
aquisição de pronto socôrro de
que carecia em absoluto e preci-
sa de comprar algumas dezenas
de metros de mangueira, pede a
todos os Sertanenses e amigos
da Sertã para a auxiliarem den-
tro do máximo das suas possibi-
lidades.

Trata-se de’ uma corporação
humanitária, cuja existência é im=
prescindível porque garante a
conservação da vossa vida e ha
veres em caso de sinistro.

Prestai-lhe, pois, sem reservas,
o vosso apoio incondicional.

«Vida por vila» é o seu lema!
Ele soa aos nossos ouvidos como
toque estridente de clarim |

tr) de
Arrematação de minério

No sábado passado procedeu
se à venda, em hásta pública, na
Câmara Municipal, de 862,300
quilogramas de minério titânico,
que foi arrematado por 4.000$00
por Acácio Francisco Teixeira,
de Amoreira, freguesia do Fojo,
concelho de Pampilhosa de Ser-

Ferin, R. Nova do Almada, 70 a | ra, a quem tinha sido apreendi-

72-Lisboa.

do por uma patrulha da Guarda

Ao sr. dr. Jaime Lopes Dias, Republicana, próximo da Mari-

apresentamos os. nossos agrade-
cimentos por mais esta prova de
delerência,

; nha, subúrbios da Sertã, em vir-
– tude de não ser acompanhado
| das respectivas guias de trânsito,

avós da Comar

(Noticiário dos nossos Correspondentes)

VALE DA GALEGA (PEDROGAO
PEQUENO), 13 — Comemorando o seu
aniversário natalício, foi oferecido pelo
sr. Francisco Alves dos Santos, de Pe-
drógão Pequeno, no dia 9 do corrente
mês, um magusto aos alunos dêste Pos-
to Escolar, que constou de pão, carne
assada, presunto, castanhas e água-pé.

As crianças logo pela manhã princi-
piaram a reiinir-se junto da escola, no-
tando-se alegria nos seus pequeninos
rostos e às-14 horas, tôdas as crianças
se encontravam presentes, reinando o
maior entusiasmo entre elas.

Suas famílias sentem-se reconhecidas
para êste grande bemfeitor da escola,
bem como a respectiva regente, sr.º
D. Ilda de Jesus Marques, e vêm por
êste meio, agradecer-lhe tôdas as aten-
ções que se tem dignado dispensar a
favor dos alunos.

A êle se deve a criação dêste Posto,
que foi um grande benefício para esta
localidade, pois as crianças tinham de
ir à escola de Pedrógão Pequeno, que
fica distante e que em dias chuvosos
não podiam frequentar. .

Já por vezes tem oferecido cadernos,
lápis e vários artigos escolares, para
serem distribuídos pelos alunos pobres,
mostrando assim o prazer que tem em
que tôdas as crianças recebam a Luz

da Instrução.
E.

os LOBOS

MADEIRA, 19 — Os lobos têm ulti-
mamente assaltado os rebanhos de ga-
dos caprino e lanígero.

Na povoação da Cava e Vilarejo, já
são consideráveis os prejuízos.

Aosr. José de Almeida e Silva, do
Vilarejo, só de um assalto, levaram e
mataram 7 reses de gado lanígero.

Untem, ao pôr do sol, quási junto ao
Vilarejo, uma das feras assaltou O re-
banho do sr. António Figueira, levando-
lhe um corpulento chibato.

Hã dias, pelo sr. Libanio Ribeiro, foi
vista à noite quási junto à sua morada,
no centro desta povoação, uma corpu-
lenta fera, a qual se retirou sem ser
contemplada como merecia.

Por aqui são confiados rebanhos de
gado lanígero a crianças de tenra ida-
de, sendo de esperar que as feras vol-
tem ao assalto. É

Eleição da Câmara Municipal

da Sertã

Procedeu-se antes de ontem,
25, à eleição da Câmara Munici-
pal da Sertã.

Compareceram 8 vogais do
Conselho Municipal, faltando,
apenas, 1. Foram eleitos os ses
guintes cidadãos:

Efectivos: Dr. Francisco Nu-
nes Corrêa, da Sertã; António
Lopes, da Sertã, Lúcio Edmun-
do ,G aça, ajudante de farmácia,
de Sernache do Bomjardim e
Adelino Lourenço Farinha, agri-
cultor, de Sernache do Bomjar-
dim.

Substitutos: António Bravo
Serra, agricultor, de Sernache do
Bomjardim; José Fernandes Ri-
beiro da Costa, agricultor, da
Ermida; José Maria Patrício, co-
merciante, do Castelo; João An-
tódio Martins, agricultor, do Ou-
teiro, Sertã.

Epp
Interêsses Regionais

Pelo Fundo de Desemprêgo
foi concedida, à Junta de Fre
guesia de Sobreira Formosa, a
compaiticipação de 41 . 771800
para construção de arruamentos
de ligação daquela Vila com a
estrada nacional n.º 14-1,2.

LEO
Mrnecro logia
D. Maria Rosa da Mata

Com a idade de 93 anos, fale-
ceu, no logar da Portela do
Outeiro, desta freguesia, no dia
17 do corrente, a sr.* D. Maria
Rosa da Mata, viúva do sr. Joa-
quim da Maia, mãi dos srs. José
Lopes da Mata, do Ou eiro da
Lsgoa, Rafael Lopes da Mata,
da Sertã e João Lopes da Mata,
de Lisboa e sogra dos srs. José
David, do Outeiio da Lagoa e
José Lopes, da Portela do Ou-
teiro.

A” família enlutada apresenta
mos os nossos sentidos pêsames,

“Pagamento de assinaturas

Acedendo ao nosso pedido,

feito por circular já enviada a,

todos os prezados assinantes da
Província, dignaram-se pagar as
suas assinaturas, até os números
que vão indicados, OS srs. :

– Alberto Pires Dias, Coruche,
280, 10%; Alfredo Luiz Ferreira,
Arcos de. Anadia, 273, 10$; Joa-
quim Nunes Campino, Fafe, 276,
10$; José Mendes Cardoso, Saca-
vém, 273, 158; Luiz Dias Alves,
Venda Sêca (Belas), 287, 108;
Mário Corrêa, Pôrto, 269, 108;
Nuno Conceição Silva, Carcave-
los, 303, 208.

Para pagamento da sua assi-
natura até o n.º 288 remeteu-nos
10$00 o sr. Manoel José, do
Caramulo.

A todos, apresentamos since-
ros agradecimentos.

António de Oliveira Vie-
gas Tavares

Foi colocado no 2.º lugar da
cidade de Santarém o distinto
professor de Cardigos e nosso
prezado amigo sr. António de
Oliveira Viegas Tavares, a quem
apresentamos cumprimentos.

ro

RNectificações

Umas poucas de gralhas se
pousaram na «Carta a uma Ser-
taginense», inserta nos n.ºº 268 e
269. Basta citar as principais; as
outras facilmente as corrigiu o
teitor. No n.º 268 deve ler-se «en-
trada» por «estrada», repetida (em
linhas seguidas); «Atamôlha» por
«Alamôlha>; «Desde o cabeço do
Boueiro, lomba sangiiínea, pare:
ce que pelo esfôrço. ..» por «Des-
de o cabeço do Boneiro, lomba
sangiiínea pelo esfôrço…» e «o
hospital símbolo de muito boa
vontade.. >» por «o hospital sim-
bolo de muita bondade…>. No
n.º 269 deve ler-se «Cinjão» por
«Ginjão»;… «mancha escura do
azinhal que se estende…» por
«mancha escura do azinhal que
se esteia…»; «dispensar» por
«dispensa»; «respeitará» por «res-
peitou»; «bonda haver» por «on-
de houver»; e «…embora as
flores singelas das ervas expon-
tâneas> por «…embora as flo-
res singelas das caves expontã-
neas>.

Que nos desculpe o nosso es-
timado colaborador Alvilas.

LOL

Cobrança de assinaturas na
Província

Dada a impossibilidade de fa-
zer a cobrança das assinaturas
pelo correio, como era costume,
vimos rogar a todos os nossos
prezados assinantes da Provín-
cia o obséquio de nos enviar a
importância necessária para re-
gularizar o pagamento das suas
assinaturas, utilizando a emissão
de vales do correio, Os que re-
sidem em localidades onde não
existem estações emissoras de
vales e não tenham possibilida-
de de aproveitar a estação mais
próxima, podem enviar-nos es-
tampilhas postais de 50 centavos.

Na secção «Pagamento de as-
sinaturas» daremos conta dos
recebimentos e indicando atjé
que número fica liquidada a as-
sinatura,

Pela atenção que se dignarem
prestar a êste pedido, antecipa-
damente apresenta agradecimen-
tos

À Administração

Cro
NASCIMENTO

Teve o seu feliz sucesso, no
sábado passado, dando à luz uma
menina, a sr.? D. Zulmira dos
Santos Lopes, dedicada espôsa
do nosso amigo sr. José Fernan-
des Lopes, da Fonte Branca
(Sertã),

Mai e filha encontram-se, fe-
lizmente, bem,

SEGÇÃO hITERÁRIA

– -Querida Violante

Obrigada pela tua carta amiga,
que foi um pouco de bálsamo
para o meu coração contristado,

Efectivamente, sofri imenso
com a partida do joão, como de-
ves supor. Estavamos prestes a
realizar o nosso sonho de há
anos, a nossa maior ventura,
quando a Pátria o chamou.

Como filho obediente, o João
partiu, para longes terras, para
se, necessário fôr, dar a vida por
Ela, pela nossa Pátria!

Quási tive ciúmes, mas apenas
por uns breves instantes, porque
também a amo muito, à nossa
grande Pátria!

E’ que nós, querida amiga, te
mos um legado imortal, consti-
tuído pelos feitos dos nossos an-
tepassados, os nossos «Heróis
do Mar»!

Temos o dever de conservar
intacto o nome dos nossos maios .
res, dêsse povo intrépido, que
levou a civilização aos confins

1 do mundo.

E” por êsse facto que o João
partiu entusiasmado, e é por es-
sa mesma razão que me esqueço .
de nós. da nossa felicidade, para
me lembrar do dever.

O dever, com efeito vale mais
do que a vida e o cumprimento
dêle, é que constitui a nossa
maior felicidade.

E depois… tu sabes querida,
eu espero que o João voltará
breve, e que a Pátria mo entre-
gue, de tam boa vontade, como –
eu lhe cedi os meus direitos de
felicidade. ;

Mas… se porventura, a Pãe
tria não mo puder restituir, jáo
mais, eu não poderei deixar de
murmurar, mui baixinho, com os
olhos cheios de lágrimas: Pás
tria!… êle era teu filho, tu ti=
nhas mais direitos do que eu! |

Mas, agora, peço te um gran- .
de favor: dispõe de mim tam-
bém, para que possa ser tua fi-
lha digna, como êle o foi! ae

Querida amiga, beija-te a tua |
sincera fica

Lisbôa, 18/X/ 1941.
Es «O e

Maria –

Pode isto continuar ?.

«« «Senhor Director de
<A Comarca da Sertã»

Li agora no seu conceituado
jornal, sob o titulo Pode isto
continuar? Acho muito justo .
tudo quanto V… diz sôbre o

procedimento pouco correcto do

motorista em questão, que não .
sei quem seja, mas achava con-.
veniente que V… publicasse o
nome do cavalheiro para que se |
ficasse conhecendo e não ficasse
no anonimato.
Agradecendo a publicação des-=
tas linhas
É De V… etc.

Romão Vaz

N. da R. — Podemos garantir que o
motorista visado na nossa local de 20
do corrente, sob o titulo Pode isto con-
tinuar ?, não é o sr. Romão Vaz. Acha-
mos que esta declaração o deve satis- |
fazer plenamente. O nome do motoris-
ta não podia ser indicado sem autoriza-
ção expressa do nosso informador.

LHrO O

CASA DO POVO DO PÊSO

Foi reforçada com 864800 a |
comparticipação de 22.510840
concedida, pelo Fundo de De-
semprêgo, à direcção da Casa do –
Povo da freguesia do Pêso, por
portaria de 10 de Fevereiro de
1939, para execução da obra de.
construção do edifício da Casa
do Povo da freguesia do Pêso,

 

Este número foi visado pela
Comissão de Censura,
de Castelo Branco

 

@@@ 1 @@@

 

Se a guerra simbolisa o monstro atroz,
Falar da Paz, é grato a tôda a gente.
Lo mais humilde ao fervoroso crente,
Têm horror á guerra, vil, feroz.

Há preces pela Paz. A nossa voz,
Dum símbolo sagrado, e consciente,
ântevê o Destino docemente,
Acarinhando a Paz bem junto a nós.

E tudo se prepara p’ra que um dia,
Sossêgo possa haver no mundo inteiro,
Que só maldade e vício agora encerra…

P’ra haver em cada Lar mais alegria,
Nós queremos a Paz, têma altaneiro,
Que mata o monstro atróz…

Caxias, Setembro de 1941.

A Oômarca da Sertã

A essa vil Guerra!

MARTI…

Reino dos Médicos do Concelho

A convite do ilustre Delegado
de Saúde, sr. dr. Angelo Henri-
ques Vidigal, efectuou-se, na pas-
sada 5.º feira, na Delegação de
Saúde, uma reiinião dos médicos
do concelho, iendo comparecido,
além do sr. dr. Vidigal, os srs.
drs. José Carlos Ehrhardt, Fran
cisco Nunes Corrêa e Rogério
Marinha: Lucas, da Sertã, Gual-
dim António de Queiroz e Melo,
João António dos Santos Farraia
e Francisco Marques Canas, de

Sernache do Bomjardim; não.

compareceu, tendo justificado a
falta, o sr. dr. Domingos Antó-
nio Lopes, de Pedrógão Pequeno.

A reiinião teve por fim resol-
ver a atitude a tomar perante a
realização do Congresso Médico
Português, que deve ter logar

em Lisboa durante a primeira

“quinzena de Dezembro por ini

ciativa da Ordem dos Médicos,
propondo-se o Congresso tratar
da situação dos médicos, do
problema da Assitência e da
criação da Pasta da Saúde. Foi
resolvido prestar à Ordem dos
Médicos todo o apoio e aplauso
e pedir a inscrição, como con
gressistas, de todos os médicos
do concelho da Sertã. Estas de-
liberações foram comunicadas,
por ofício, à Comissão Executi-
va do Congresso.

Resolveu-se, ainda, efectuar
reúniões periódicas dos médicos
do concelho, em que serão de-
batidos assuntos de interêsse pa-
ra-aclasse e para a saúde públi-
ca. À essas sessões presidirá o sr.
dr. José C, Ehrhardt, como mé-
dico mais antigo do concelho,

tendo como vice-presidente o sr. |

dr. Gualdim de Queiroz e como
secretário osr dr. Rogério Lucas.

O eg
Extracção de azeites

A Junta Nacional do Azeite
iniciou uma apertada fiscalização
junto dos lagares por forma a
evitar que se obtenha azeite de
elevada acidez e bagaços anor-
malmente ricos em óleo, o que é
absolutamente contrário à econo-
mia do País e aos legítimos in-
terêsses da nossa olivicultura,

As fábricas extractoras não po-
dem laborar bagaços ricos de
óleo, não lhes sendo permitida a
venda de óleo em quantidade su-
perior à equivalente a 7º, do
Pheaço trabalhado, tudo isto in-

ependentemente da limitação
das quantidades a exportar.

E* proibida a exportação de
azeite graduado e borras de azei-
tc, tendo sido tomadas as pros
vidências necessárias para eviiar

que êÊstes produtos possam ser |

misturados com outros óleos,
tais como o de bagaço, o de mas»
sas e o de peixe.

O que convém é, pois, obter a
maior quantidade de azeites de
baixa acidez, visto que os azei-
tes graduados só poderão ser

transaccionados no mercado in.
terno, e por p.eços correspon-.

dentes à sua acidez e qualidades
prganoléticas.

“dendo, por isso, mais um núme-

não criem dificuldades,

vivem ou dela são naturais.

“conhecida

“desnecessário lembrar-lhes que o

Cobrança de assinaturas em
Lisboa

A Administração dêste sema-
nário contratou um cobrador pa-
ra proceder ao recebimento das
assinaturas em Lisboa. Roga, por.
isso, a todos os prezados assi
nantes, o obséquio de fazerem a
liquidação após a’ apresentação
dos recibos.; de contrário advêm
grandes prejuízos para êste se-
manário e perda apreciável de
tempo para o cobrador.

E” de tôda a conveniência que,
aquêles dos nossos estimados
assinantes, habitualmente fora de
casa, deixem nas suas residências
ordem para se efectuar o paga-
mento.

“Em vez de 9850, como suce-
dia nos últimos meses em que a
cobrança era pelo correio, os re-
cibos são de 10800, compreen-

ro dêste semanário. Isto quere
dizer que não houve aumento do
custo da assinatura, como à pri-
meira vista se podia supor.
Perante o aumento axtraordi-
nário do custo do papel de im-
pressão e enormes despesas que
sobrecarregam a publicação da
«Comarca», a sua Administração
vê-se forçada a insistir, com to-
dos os seus amigos, para que
tanto
mais que só as assinaturas podem:
garantir a existência dêste hebdo-
madário, que, sendo da região, é
ae todos e para todos que nela

Por todos os favores e atenções
se confessa antecipadamente re-

4 Administração
a

Natal dos Pobres

Cá estamos outra vez a apelar
para as almas caridosas, sendo

Natal não está longe e é dever
imperioso de todos nós, cristãos,
proporcionar aos pobrezinhos um
pequeno confôrto e alguma ale-
gria no dia de Natal,

Dinheiro, géneros, roupas, tu-
do aceitamos. Tudo quanto vier
ajudará a minorar indizíveis so=
frimentos e angústias. O pouco
será tam bem acolhido como o
muito, pois certo é que muitos
poucos fazem muitos.

Há por aí muito lar sem pão,
muitos velhos e crianças sem
agosalho, a tiritar de frio, sem
um farrapo para se cobrirem,
sem um gravato para a fogueira,
sem fio de azeite ou migalho de
toucinho para temperar um cal.
do! No casebre desolador impe-
ra a miséria, 0 frio e a fume nes
gra! à

Lembremo-nos todos dos po-:

brezinhos, sem outra cor pensa-
ção que não seja praticar um ele-
mentar dever de Humanidade.

Abrimos, pois, uma subscrição
para, com o seu produto, distri-
buir géneros na véspera do Natal
aos pobres mais necessitad.s:

Transporte . .» S0800-

Luz El

ETEECro

A: Eléctrica. contratou um té-

cnico de Lisboa para proceder à.
reparação do motor, o qual che-
gou aqui na 3.º feira, 18; na nois
te de 4.º feira imediata já houve
iluminação.
– E” para admirar que, tendo
faltado a luz no sabado, 15, não
se tivesse procurado conseguir
que o técnico viesse no domin-.
go, ainda que para isso fôsse
necessário arranjar um meio de
condução especial. Ter-se-ia evi-
tado, por: certo, que a Sertã fi-
casse privada de luz umas pou-
cas de noites.

O facto de voltarmos a ter luz
na: noite de 4.º feira, mais cedo,
do que supúnhamos, não implica
que retiremos qualquer das afir-
mações da local «Falta ide luz
eléctrica». inserta no número úl.
timo. Subsistem os mesmos in-
convenientes: o motor não gas
rante o fornecimento interrupto
de energia, a iluminação pública
é deficientíssima eos particula-
res- continuam privados de luz
durante muitas horas em que
dela necessitam, tanto ao anoite-
cer como depois da 1 hora, o
que causa prejuízos sérios, além
de que o preço de 3800 por kw
é demasiadamente caro. Por ou-
tro lado, ainda, o motor não dis-
põe de potência para fornecer
energia a qualquer indústria que
a ela tiver de recorrer; ainda que
dispusesse de potência, resta sa-
ber se, sendo a.laboração diur-
na, como é exigível, a receita
compensaria a despesa.

A solução está, pois, em o
Município firmar um contrato
com qualquer empresa explora-
dora de energia eléctrica, que
dispõem de elevados capitais e
do apetrechamento técnico para
garantir um fornecimento capaz,
permanente e- económico, tanto

à Sertã como a todo o concelho

Repetimos, mais uma vez, que
não temos. qualquer má vontade.
contra fa Direcção da Eléctrica e
merece-nos todo o respeito quem
nela trabalha, reconhecendo-lhe
o direito de ganhar a vida pelo

modo que julgar mais convenien-

Te:

Às pessoas, porém, neste caso,
não nos interessam, mas sômen-
te os factos. A Eléctrica Serta-
ginente não pode fazer milagres;
ninguém, por conseguinte, espe-
ra que ela, com tam minguada
capacidade de recursos financei-
ros e insuficiência técnica, possa
satisfazer as necessidades do
meio onde age e para o qual foi
criada,

Em 1923, ano da sua funda
ção, a Eléctrica representou um
notável melhoramento para a Ser=
tã, que até então era iluminada
a petróleo; foi até um aconteci-
mento de certa importância, a
confirmar as qualidades bairris-
tas dos sertanenses. Desde essa
data, evidentemente, tem reme-
diado, mas mal.

Tôda a gente, porém, com-
preende e sabe que a Eléctrica
não está”em condições de satis-
fazer as actuais exigências do
público, constituindo, por isso,
necessidade premente firmar con-
trato com qualquer empresa para
o fornecimento de energia.

Ferreira do Zêzere, por exem-
plo, se tarde despertou, mandan-
do para o diabo os candeeiros
de petróleo, dispõe hoje de ener-
gia eléctrica permanente e a pres
ço reduzido, sendo o fornecimen-
to feito pela Companhia Eléctri:
ca das Beiras, da Lousã.

SRD
Cobrança de Assinaluras na
Comarca

Os recibos dos nossos estima-

 

dos assinantes das áreas de Olei- |
ros, Proença-a-Nova, Sobreira |
Formosa e Vila de Rei, foram
entregues, respectivamente, aos:
nossos amigos srs. Ruy dos San- |
tos Madeira, Carlos Sequeira, |
José Ribeiro da Cruz e João
Baptista dos Santos, a quem de-
vem ser liquidados com a máxi=

ma urgência,

éctrica À margem da guerra

Tropas abexins colaboram com os inglêses na obra
da independência nacional

GAARA MUNICIPAL

Deliberações tomadas em ses
são de 19 de Novembro de
1941:

Aprovar a emenda do projecto
da construção da Casa dos Ma-
gistrados de harmonia com o de-
senho remetido pela Zona de
Melhoramentos Urbanos, para
que sejam construídas duas gara-
gens no rés-do-chão do edificio;

—Mandar fazer 20 carteiras pa
ra distribuir por diversas escolas
e postos de ensino;

—Conceder a Augusto Casi-
miro, proprietário de um prédio
urbano em ruína, sito na Traves-
sa do Canto, um prazo de 15
dias para proceder à demolição
do referido predio, devendo pro-
ced:r à sua reconstrução no pra-
zo de 90 dias a contar desta data;

—Suscitar à Guarda Nacional
Republicana, para evitar o esta-
cionamento de carros nas ime-
diações dos mercados, o cumpri«
mento do disposto no art.º 3.º da
Postura de 14 de Abril de 1939,
o qual permite o estacionamento
de veículos não automóveis ex-
clusivamente no Largo das Acá-
cias, Canto da Praça, Rua da
Várzea Pequena, Estrada das Re-
gorices e ao fundo da Rua do
Castelo;

— Atender a representação da
Associação dos Bombeiros Vo-
luntários da Sertã, de 14 do cor-
rente, respeitante à construção
de edifício próprio para instala-
ção do respectivo Quartel, man-
dando-se proceder à elaboração
do respectivo projecto uma vez
escolhido o local de acôrdo com
a Direcção da Associação, fican-
do assen’e solicitar uma compar-
ticipação do Estado para a reali»
zação da obra;

-—Submeter à apreciação do
Conselho Municipal a votação
das taxas para o ano de 1942;

— Assinar a revista de turismo
«PANORAMA», publicação pá
trocinada pelo Secretariado da
Propaganda Nacional, fazendo-se
por meio dela a propaganda das
belezas naturais do concelho em
vez de subsídios a jornais da ca-
pital para o mesmo fim;

—Conceder várias licenças;

— Proceder à distribuição, pe-
las Juntas de Freguesia, do saldo
da verba destinada a melhora
mentos nas diferentes freguesias,
levando se em conta as despezss
já feitos pela Câmara com melho.
ramentos nas várias circunsçii-
ções, e ainda as necessidades
mais urgentes de cada uma; por
esta distribuição a freguesia da
Ermida recebe 100300, as de Vár-
zea e Carvalhal, 200800 cada
uma, as de Sertã e Sernache,

300800, a de Figueiredo, 500800, |
as de Marmeleiro, Cabeçudo,.
Cumiada e Troviscal, 600400, a |

de Castelo, 700800 e a de Pedró
gão Pequeno, 900800. Atendeu

se a que, em melhoramentos, ês. ‘

te ano, na freguesia do Carva-

lhal já a Câmara gastou 779850, |

na de Castelo 500800, na de Er-
mida, 969800, na de Nesperal,
1.1008$00, na de Palhais, 1 208,
na de sSernache, 9.885850, e na
do Troviscal, 389300, além de
outras verbas e entregas de di-
nheiro para expediente das jun-
tas, não entrando neste cômputo
algumas dezenas de contos gas-
tos nas freguesias e meios rurais
como cuntribuição da Câmara,
em melhoramentos em compa ti-
cipação com uv Estado. À venda
da sacaria do milho colonial p:r
mitiu um lucro que, somado à
verba destinada no orçamento
aos pobres pcio Nutal, da nar-
gem a que estes possa êste ano
receber maior quinhão; com êste
fim foram distribuídas às Juntas
as seguintes quantias: à de ser
tã, 400500, à de 3:rnache, 350309,
e a cada uma das restantes, 2508.

—Foi presente nesta sessão
um ofício da junta de Freguesia
de sernache do Bonjarúim, em
que esta Corporação declara que
aguardava a oportunidade de re-
clamar contra a resolução tomada
há tempos pela Câmara para a-
plicar a jardim determinado ter-
reno da Avenida Dr, Abílio Mare
çal, acrescentando que o dito
terreno está na pusse de um
particular e que é, de facto, aes-
tinado a jardim, mas para ser
feito por intermédio da Junta de
Freguesia, Sôbre o oficio re-
caiu a seguinte deliberação ca-
marária: «tm face do ofício do
senhor Presidenice da junta a
Câmara exara na acta a declara-
ção de que, tendo pago êste ano
pela quantia de 1.2U4800 o pro-
jecto para o melhoramento de

águas em Sernache, estava orga- .
nizando, como complemento da-
quela obra, o projecto de um jar-
dim para aformoseamento da
Avenida Dr. Abílio Marçal, na
sede daquela freguesia, na supo-
sição de que era público todo o
largo de que se compõe a dita
Avenida. Um técnico estudara já
o local, e nesta sessão foram a=
presentados dois desenhos do
respectivo jardim. Como a Junta
de Freguesia de Sernache recla-
ma contra a resolução da Câmara .
e declara que, por estar na pos-
se de um particular o terreno
destinado a jardim, o melhora-
mento deve ser feito por intermé-
dio da mesma Junta, a Câmara
deliberou por unanimidade sus-
pender o prosseguimento do pro-
jecto referido, e que nêste senti-
do se uliciasse ao técnico ençar-
regado da sua elaboração.

gia
ATENÇÃO

A Administração dêste sma-

nário, mediante pequena comis=

são, encarrega-se, na Vila e con-
celho da Sertã, de tratar da
aquisição de documentos nas re-
partições públicas e cobrança de

quaisquer importâncias, mesmo
daquelas que digam respeito a
assinaturas de jornais, revistas Qu

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