A Comarca da Sertã nº260 11-09-1941

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FUNDADORES —

— Dr. José Carlos Ehrhardt ==
«+ — Dr. Angelo-Henrigques Vidigal =
Amtónio: Barata e Silva
DF José Barata Corrêa e Silva
Eduardo Barata! da: Silva Corrêa

O| | prrecrTOR, EDITOR E PROPRIETARIO ei a So
a Loltuandlo Banata cla Filoa Cyneia > a E e TP. PORTELIA FEIO
= 8 REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO — Do à 4 CASTELO| |
mw| | RUA SERPA PINTO-SERTAÃ id Ra o
> ) | TELEFONE]
<L PUBLICA-SE ÀS QUINTAS FEIRAS Ê Ê [ ao / 11 2 E
NO WI | Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarca da Sertã: concelhos de Sertã a a
Nº 260 | Oleiros, Proença-a=lova e Vila-de Rei; e freguesias de Amêndoa e; Gardigos (do concelho de Mação) | 194 a

Notas …|

Um assunto de interésse local! – a lápis

sr. Governador Civil do dis-
trito e todos os srs. Go-
vernadores Civis dos distritos
confinantes com a: Espanha
têm estado em lisboa a estu-
dar com o Govêno a melhor
maneira deregular as transac-
ções com aquéle país e de pôr
termo aos abusos que se vêm
praticando com o maior des-
caramento,

Oralá se encontre uma so-
lução satisfatória para o caso,
acabando com a ganância des
senfreada dos especuladores e
contrabandistas. que tado le-
vam de Portugal, reduzindo à
fome e mais cruciante miséria
a nossa população, sobretado
us da raia, que nem por ele:
vado preço consegue, muitas
vezes obter o essencial à. sua
alimentação.

Condoe-nos a crise que avas-
sala cruelmente o país vízinho,
facilite-se a exportação, para
êle, dos géneros alimentícios
que nos sobram, mas sem. de
qualquer forma, comprometer
a-nossa economia.

Os indivídaos que se entre-
gam ao comércio ilegítimo de
géneros na fronteira. preoca-
pam-se, sômente, em enrigue-
cer e; para atingir êste fim,
todos os meios lhes servem.

Que a alçada da lei caia ine-
xorável sóbre esses vampiros,
que procuram transformar a
nossa vita num tormento! To-
do o castigo, por rigoroso que
seja, será sempre demasiada-
mente pequeno para essa corjal

Veja-se o tratamento que ‘al-
guns países aplicam aos cri-
minosos dêsse jaez, aos que
se entregam à actividade ignó-
bil de explorar o povo, bode
expiatório das mais estranhas
mercâncias |

ro +o—

UM alto exemplo de abnega-
ção e amor pátrio deu, re-
centemente, um soldado de In-
fantaria 12 e o facto é de sa-
lientar porque se trata de um
hamilde pastor, analfabetos.
A sua conduta foi premiada
com a medalha de cobre da
classe de bons serviços. Fran»
cisco Afonso de Coito, assim
se chama o militar brioso, es=
tando nomeado para fazer par-
te do batalhão ea pedicionágio
da sua unidade e tendo sido”
obrigado, por motivo de doen-
ça, a baixar ao hospital, an-
tes do embarque, dali se eva-
din, ainda entêrmo, ao ouvir,
no dia da marcha, os toques
de deitar correias e formar,
executados pelo terno de cor-
neteiros, preferindo prejudicar
a saúde e sofrer mesmo uma

punição severa a deixar de em-
barcar com o seu batalhão, no
cumprimento de um serviço de
honra, que todo o militar deve
à sua Patria,

São desta têmpera os ha-
mildes soldados nados e cria-
dos nas nossas serranias, |

A transformação da–Alameda. da Carvalha e substituição do gem arvoredo.

O nosso voto, simples, despretencioso e sem lirismo…

rente ano resolveu a Câmara-Muni-

cipal substituir, no próximo-Outono,
as velhas árvores existentes na área da
Carvalha, determinando, porém, que essa
deliberação ficaria sujeita a futura revisão,
pois era seu desejo ouvir a opinião dos
munícipes naturais da freguesia da Sertã
vu as pessoas que, não o sendo, nela resi-
dam, pelo menos, há três anos. Esclareceu-
se que, nesta consulta, tomar-se-ia em con
ta a situação social dos votantes, pondo-se
de parte os argumentos; isto é, a Câmara
só pretendia conhecer o nome do votante
e o sentido do voto, limitando-se, a Lb do
corrente, o prazo da votação,

Incluída no orçamento ordinário de
1940 uma verba para obras na Alameda
Salazar, julgou a Câmara conveniente subs-
tituir tôdas as árvores entre a estrada cen-
tral e a ribeira, pois que, na sua maior
parte, elas são velhas e inestéticas, estão
carcomidas e caducas.

O pensamento da Câmara é ditado
pelo simpático e inteligente desejo detrans-
formar a Carvalha num parque moderno,
que venha a consLituir motivo de atracção
para os habitantes da Vila e quantos a vi-
aitom, A Câmara não quere pôr em execu-
ção o siu projecto sem ter a sew favor a:
maioria de votos das pessoas convidadas a
apresentá-lo; procedeu. assim porque não
ignorava que parte da população deseja
manter a Garvalha tal como se encontra;
e esta circunstância, aliada ao facto de o
seu ilustre Presidente não ser natural do
concelho, determinou a iéia do plebiscito.
O esorúpulo de 8 Ex” 6 muito delouvar,
representa uma prova de consideração pe-
la população da Vila e da freguesia, mas
podia ter sido posto de parte—permita que
lho digamos com tôda a lealdade—=porque
a sua acção, como Presidente do Munici-
pio, em beneficio do concelho, tem eido das
mais fecundas nas últimas décadas e porque
a seu interôsge pelos progressos e melhora-
mentos da nossa terra sobreleva tudo: que
ae realizou anteriormente, num período de
tempo que dificilmente podemos calcular

Citemos, sô nente, o ajardinamento do
Adro, a reparação de parte das calçadas,
a caiação quási completa das edificações
urbanas e a modificação já operada na Car-
valha; e ninguém desconhece que, possível-
mente em 1942, devem fisar concluídas as
duas casas de residôncia dos Magistrados:
e a obra de abastecimento de água à Vila
e sua distribuição domiciliária, que deter-
mina a reparação completa das calçadas e
passeios e um melhor funcionamento da
rêdo de esgõtos,

Isto bastava para que 8, Ex. não pe-
disse licença à ninguém quando, numa hora
feliz, delineou fazer da Carvalha um, pas-

E” sua sessão de 18 de Junho do cor-,

seio moderno. De resto, S. Ex.” tem de ser
considerado filho do concelho da Sertã, se
não pelo nascimento, ao menos porque há
muitos auos’ nôle exerce a sua actividade,
primeiro, como professor do Instituto de
Missões Coloniais de Sernache, depois, pelo
desempenho de funções públicas e; final
mente, porque na Sertã constituiu família
e a esta terra o ao seu concelho, como Pre-
aidente da Camara, tem dedicado o seu es-
fôrço de bem-servir, de lhe ser útil, contri-
buido, com a sua-actividade, energia e in
teligôncia para o seu constante engrande
cimento.

Não, são suspeitas as nossas palavras.
Nem de ‘S. Ex, nem da Câmara recebemos
o mais insignificante favor, nem até hoje,
a um e outra, mendigámos a mais pequena
benesse. As nossas relações com S. Ex.,
tanto particular como oficialmente, gravi-
tam em tôrno de uma simples cortezia
Sempre nos repugnaram as adulações e
servilismos, que: não se coadunam com q
carácter daquêles que, como nós, desejam
conduzir-se pelo caminho da honra e do
dever e avaliam os homens pelo sev proce-
dimento, sem cuidar de saber qual a pro-
fissão que exercem ou a escala sucial que
ocupam. Temos sempre presente aquela
máxima que aficma «não ser a profissão
que dignifica o homem, mas sim o homem
que digonifica a profissão »

 

é Pretendo a Câmara embelezar a Car-
valha ? q Arrancar ss velhas árvores, suba-
tituindo as por outras? gPazer dali um
parque moderno e atraente ?

Mãos à obra, que o tempo é dinheiro.
Vivemos numa época de grandes renc va-
ções materiais; em que o Progresso — vi-
sando a comodidade dos povos e das na-
ções — marcha triunfante, nada havendo
que o possa deter: nem considerações de
ordem: pessoal, nem interôvses particula
res, nom sentimentalisinos piegas,

Os melhoramentos: urbanos estão na
ordem do dia em todo o Pais. Portugal,
dirigido por bomens de inexcedível enver
gadura; tnoral, transforma-se a olhos vig-
tos. As autarquias locais, tocadas pela va-
rinha mágica do Regionalismo, desenvol-
vem uma energia formidável para dar de
populações — mesmo nos aglomerados rús-
ticos mais humildes — aquela parcela. de
bem: estar 6 de comodidades que os furtem
ao rotineirismo e atrazo social em que ve-
getaram, vergonhosamente, durante mu –
tos séculos em que seria inadmissível con
tinuar nesta época de Civilização Estra-
das, puntes, portos, edifícios públicos, igre=

(Continua na 4, página)

CHEGARAM ao Tejo dois
lugres carregados de ba. .
calhau pescado na Terra Nova.

As tripulações mostram se,
ao que parece, radiantes com os
resultados da campanha.

Também nós voltariamos a
estar radíantes se por cá apa-
recesse, o bom bacalhau, que
há semanas desaparecen do
mercado local, não tornando a
dar sinal de vida.

Há quem se atreva a apre-
sentar aus fregueses uma. bo-
dega qualquer que, de baca-
lhau, só tem o nome!

Vai sendo tempo de entrar
no bom caminho, deixando de
brincar com coisas sérias!

Quem me avisa ..

 

BSTEVE bastante concorrido
o mercado de gados de
sábado passado.

«SOBRE as obras na Carvas

lha»— é este o título —
recebemos uma interessante ex-
posição do nosso estimado ço=
laborador sr. Tenente A, Pes
reira, da Ermida, que neste
número é completamente ma,
possível inserir. Trata-se de,
artigo muito extenso e, por
outro lado, não pode ter qual-
quer influência no resaltado
da votação aberta pela Câmas
ra.

Em todo o caso é de agra-
decer o carinho que o antor
mantém pela Sertã e por tudo,
quanto se prende com o sem
desenvolvimento,

Será, pois, publicado em bre=
ve, proporcionando-se a leitu-
ra de um pedaço de magnífica
prosa, como é toda a que sai
do punho daquéle distinto e
apreciado colaborador, que sex
gue, inalterável, o caminho das
mais claras e objectivas afir=
mações.

tu

PERMINA, no próximo dia

17,0 prazo para a entres
ga das propostas, na Secretas
rua da-Câmara Municipal, res-
peitantes à arrematação e exe-
cução da obra de «(onstrução
de duas casas para residência
dos Magistrados judiciais na
Vila da Sertã», sendo a base
de licitução 229 000800 e nas
condições constantes do cader-
no de encargos, de que foi pa-
blicado edital no nº 258 dês.
te semanário.

rose

PAL qual como há dois anos,

o mês de Setembro parece
apresentar-se mais quente que
Agosto, havendo calor safi-
ciente para assar rôlas,.. ao
sol!

O milho amarelece de dia
para dia a olhos vistos, e den-
tro em pouco o lavrador encon-
tra as arcàs fartas de bom pão,
após a debulha nas eiras.

Os seus cuidados, louvado
Deus, têm, êste ano, uma lar«

ga compensação,lar«

 

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“> Concessionária da carreira de passageiros entre
FIGUEIRÓ DOS VINHOS -SERTÃ

Comunica ao

público que, a partir de 25 de Agosto corrente,
tram em vigôr os seguintes horários:

E A B € D E
Cteg. | Part | Par. | Cheg. | Par Chegs | Par. | Theo. | Part
Figueiró dos Vinhos (Largo! | Sertã (L, Ferreira Ribeiro)) — 850 — [1300
= + do Municipio) , a “| — [14,25] — |1830) — |19,50]] Sernache do Bonjardim .| 7,10 | 7,13/ 13,20] 13,33]
Aldeia Cimeíra . . «| 14,37] 14,37] 18,42] 18,42] 20,02] 20,02] Aldeia Cimeira. , «| 7,43| 7,43| 14,03) 14,02
Sernache do Bonjardim «| 15,07] 15,10] 19,12] 19,15] 20,32] 20,35] Figueiró dos Vinhos (Lar-| ‘ E
Sertã (L, Ferreira Ribeiro) .| 15,30] — 119,35] — [20,55] — go do Município) . 27,55 | — tita) =

A = Efectuam-se às 2.35, 42º e 6,35, Procede de Coimbra e segue a Castelo Branco,

de 1 de Outubro a 30 de Abril, às 3.5 feiras e dias 23 de cada mês, Se o dia 23 caír ao Domingo,
a carreira efectua-se no dia anterior. Procede de Coimbra, donde parte às 15,50.

de 1 de Maio a 30 de Setembro, às 3.45 feiras e dias 23 de cada mês. Se o dia 23 caír ao Domin-
go, a carreira efectua-se no dia anterior. Procede de Coimbra, donde parte às 17,20.

às 3,as feiras e dias 23 de cada mês, Se q dia 23 cafr ao Domingo, a carreira efectua-se no dia an-
terior. Segue a Coimbra e regressa (horários Be C).

às 3,5 e 5.5 feiras e Sábados. Procede de Castelo Branco e segue a Coimbra,

Companhia te Vincão de Sernache, Limitud fem de sociedade comerçia

| entro Té Angusto Sinos, de

– olmbra 6 Benjamim dos Santos Pires, da Será

No -ano de-mii-novecentos e

querefta aos vinte e três dias do

eres | mês de Outubro, nesta vila dz

Sertã, rus Serpa Pinto e no.meu
cartório, perante mim, Licenciado
em Direito pel Uuiversidade dz]
Li bos, Flávio António Franoie-
co dos Reis e Moura, notário
desta comaros, com sede nesta
! vila, e as duas testemunhas idó-]
nias adiante noméndas e a sini-
dar, minhas conhecidas, compa-
Fecerem como outorgantes :
1º — José Augusto Simõe»,
!’morsdor na cidade de Coimkra so
| Biirro Silva Rosas, número um;

2.º — Baujamim dos Santos Pi-
| res, morador nesta vila, ambos ou
torgantes casados, comeroiantes,
pessoas cuja identidade reconheç
* por serem pessoalmente meus co-
|johecidos; do que dou fé,

E por eles foi dito ;

Que, pela presente escritura.

Para bom entendimento do público esclarece-se que as carreiras Castelo Branco — Coimbra, e vice-
E versa, não sofrem alteração com os presentes horários

«Plano de trabalhos em arrua-
– mentos para 1942»

“ No «Plano de trabalhos e arraa-
mentos para 1942», aprovado pelu sr.
Minisiro das Obras Fáblicas e Coma-
nicações e a executar pelas Câmaras
Manicipais e outras entidades, em
comparticipação com o Estado pelo
Fando de Desemprêgo, estão inclaidos:
» Concelho de Oleiros: constração da
estrada de ligação da iregaesia da Is=
na coma E N. n.º 14-14, processo,
n.º 2 201; construção dam cemitério
na fregaesia do Urvalho, n.º 6 U38;
construção dam caminho vicinal-de
Sarnadas de 5. Simão à povoação de
Lardusa, nº 6.247; abastecimento de
água a Felgueiras, n.º 7.740; constra-
çao da E. [1 da E. N. 53-2.º, Casal
Novo ao Alto da Amieira, nº 7.964;
abastecimento de água à povuação de
Quartos de Aquém, n.º 8 U33; constram
ção duma ponie sóbre a ribeira da
Isna, n.º 9.053; abastecimento de água
à povoação de Eira do Miguel, nº“
10.124; abastecimentu de água à po-
voação de sendinho de Sant Amaro,
n.º 10.128; e abastecimento de ágaa à
pontação, de Vale de Avelhas, n.º

“Loncelho de Proença-a-Nova: cons-
trução dam caminho vicinal de liga=
ção da E. N 14-1.º com a povoação
de Atalaias, n.º 5,622; constração da,
E. M. 12, S. Pedro do Esteval à E.
No 12-1.2 n, 5.094; constração dam
caminho vicinal de 5ubreira Formusa
a Cunqueiros, nº 6 365; constraçao
dam caminho vicinal de Maxiaís ao
Sobral Fernando, n.º 7 482; abasteci-
mento de ágaa a Canqueiro, n.º 7,748,
abastecimento de ágdaa a Sesmo, n“
7.755; abastecimento de água a Gies=
teiras Fandeiras, n 7 755; abastecis
mento de água a Perciro, nº 7 756;
arraamentos na freguesia de Sobrel=
ra Formusa, n.º 41.029.

Concelho da Sertã : calcetamento de
raas e esgôtus na Vila da Serta, n.º
7.806; construção da Igreja de Nº sr
do Amparo, no Carvalhal, nº 09;
constração da Casa do Povo de Sera
nache do Bumjardim, n.º 122; abaste=

] de ágaa às p ções de Cals
vos e Carnapete, n.º 4.741; constração
da estrada de ligação de Figaciredo
com Várzea dos Cavaleiros, n.º 5.104;
constração da É. M, de Várzea dus
Caxolelros, n,º 5.415; e abastecimento
de água à povoação de Ramalhos,

O 6.009.

Concelho de Vila de Reis abasteci- |
mento de água a Pêso, n.º 2.595; ‘
abastecimento de ágaa à povoaçau da
Ribeira, mn.“ 6,001; abastecimento de
água: à povoação de Palhotas, n.º
7.555; constraçao da E M, de Boas
Jorinha a Fêso, nº 8.510; abasteci=
mento de ágaa às povvações de Por-
tela de Colos, e Estalagem, n“ 8.757;
abastecimento de água à povoaçao de
Ribeiros, n.º 8,739; e abastecimento
de água a Sesmarias, n.º 8.742,

Freguesia de Cardigos: construção
de calçadas na Ireguesia de Cardigos,
nº41 085;e reparação da igreja de
MAI de Cordigos, n.º 209,

‘Carroiras ontro Sortã o
“ Figueiró dos Vinhos

“Chamamos a atenção do pú-
blico para a alteração, verificada
desde 25 de Agosiv, do ho ário
da carreira entre Sertá e Figuei-
ró dos Vinhos, de que noutro lo=
gar publicamos aviso,

Parece impossível !

Parece impossível que estando
a Sertã interessada com a festa
dos seus Bombeiros, no último
número nada tivéssemos dito sô-
bre ela, como de costume, quan-
do estava inticado que, ao me-
mos, a título de informação, dés-
semos conta do programa de do»
mingo passado,

Não houve descuido ou esque-
cimento da nossa parte; enviá-
mos o programa, tal e quel por
aí foi espalhado em propectos,
na 3.º feira anterior, mas quis o
azar que a carta, que o encerra-
va, lôsse entregue muito tarde,
no dia seguinte, quando o sema-
nário estava já a imprimir-se,
Vamos “indagar da hora a que a
correspondência. foi entregue na
Tipogralia, para, seguidamente,
subermos se nos assiste o direit
de reclamar perante o sr. Director
vos Correios, t

Mais que as cinco lecas perdi-
das, é de considerar o prejuízo
pela entrega tardia da carta.

Como desejamos trazer sempre
bem informados os nossos leito-
res acêrca dos casos correntes da
nossa terra, aqui está o motivo
da explicação,

oo

COMÉRCIO E INDÚSTRIA

Manifesto e abastecimento
de centeio

Encerra-se no dia 15 0 prazo para o
manifesto da produção de centeio, Os
f , cuja f Jade ou inexactil-
dão será punida com pesadas muitas
devem ser feitos perante os grémios da
lavoura dos concelhos em que estive-
rem situadas as propriedades, ou nas
delegações da E, N, P, T, Este último |
organismo é, como se sabe, a unica en-
tidade autorizada a comprar e distri= –
buir o centeio, Us produtores podem,
porém, de harmonia com a ley, forne=
cer u referido cereal aos seus traba-
lhadores rurais, para consumo dêstes
e de suas famílias, 4
AF.N.P, TT, foi autorizada a impor-
tar O centeio reputado necessário ao
abastecimento das populações, enquan-
to o mercado se não mostrar abasteci- |
do com centeio da produção nacional,
O cereal Importado poderá ficar a pre-
go Inferior ao fixado na tabela,

Oro.

Imposto sôbre sucessão, doa-
ção e sisa

Por decreto publicado na 6.º
feira determina-se que nas ven-
das, renúncias ou cedências do
direito e acção à herança líquida
e indivisa em que a quota parte
do vendedor, renunciante ou ce-
dente est.ja determin da por lei
ou seja conhecida a sisa relativa
aos imobiliários, será liquidada

“Este número foi visado pela
P Comissão de Censura
de Castelo: Branco

sôbre o valor correspondente a
esa quota de harmonia com o
artigo 18.º do regulamento de 23 j
de Dezembro de 1899, |

EM SEARA ALHEIA So.

Dois sistomas

A assistência «filantrópica» tem o
defeito de ser: a) meramente indivi-
dualista e curativa = vis.va O indivi=
dao e não a família; caltivava a es=
mola. a- esmo, cega, desprezando as
causas profandas da miséria ou da
doença, na ordem fisica, económica,
social e moral. b, — superficial e de
fachada: a assistência filantrópica
precisa de fazer vista e ser admirada;
por isso tem como modalidades pre=
feridas a Jesta de caridade, bôdo aos
pobres, o asilo com fardas laz ntes a
casa com fachada de boa aparência
e mais modernamente, um certo laxo
de acomudações e de maquinaria te=
rapéatica maito embora ás vezes não
possua quem saiba usar dela, ou quem
tenha competência para o seua judi=
cioso emprêgo cj — burocratizada e
absorvente.

«– À assistência social, em vez de
se diciatr ao indivídao, deve dirigir-se
à familia e cooperar com ela. A as=
sistencia social deve ser, de preierên=
cia, preventiva e, quando curativa,
atender mais ao rendimento social
do socorro do que ao efeito imediato.
A assistência social deve ser corpo-.
rativa (artigo 17.º da Constituição) e,
como tal, orientada e coordenada sam
periormente, e não inorgânica e dis-.
persiva.

mM. Pais de Sousa

CONVOCAÇÃO

Regimento de Infantaria N.º 10
TOMAR

São convocadas para serviço
Extraordinário as praças licencia-
das abaixo designadas para se
apresentarem na sede do Regi-
mento de Infantaria N.º 15 até ás
21 horas do dia 13 do mês de
Setembro de 1941,

Às. praças convocadas devem
ser portadoras das suas caderne-
tas militares e as que faltarem á
presente convocação serão con-
sideradas desertoras nos termos
do Código de Justiça Militar ;

Freguesia da Cumiada — Sol
dado 627/40, Manuel Aparício,
filho de Manuel Aparício e Ana
Maria, do Chão da Telha.

Freguesia de Vá zea dos Cavas
leiros — Soldado 108/40, José Fa-
rinha Nunes, filho de José Nunes
e de Margarida Ferinha,

Freguesia de Sernache de Ban
jardim — Soldado 44/40, Libânio
Antunes da Silva, filho de Ma
nuel da Silva e Maria de Jesus,
dos Matos;

Soldado 69/40, José Antunes,
filho de Manuel Antunes e de Ro
sa de Jesus, da Vá zea de Pedro
Mou;

S Idado 217/40, Joaquim Luiz
Fereia, filh; de Antonio Luz e
de Fl rinda de Jesus. ;

Eceguesir da Serã — Soldado
307,49, Henrique Antunes, filho
de Joaquim Antunes e de Silvina
de jesus, do Outeiro da Lagõa.

entre si uma sociede-
de comercial por cotas de respon-
sabilidade limitado, que há-de re-
gular-se pelas cláusulas conatan-

Ltes-dos-seguintes artigos :

1,º — A presente sociedade
adopta psra todos os seus ectoy
a orntractos a firma «SIMÕES
:& PIRES, LIMITADA», é tem
pur ubjuoto o exarcício de qual-
quer ramo de comércio ou de in-
dústria e espeolslmente o ramo
te salsicharis, que denominam
«SALSICHARIA DA BEIRA».

todos os seus derivádos;

2º — À sua sede é nesta vila,

a Praça d R públion, a sua
-xistência, que durará por tempo
indeterminódo, data de um de Fe-
vere’ro do ano corrente;

8º — O ospital acoi | é de
VINTE MIL ESCUDOS, está
sotslmente reslisado a ainheiro já
ntrado na oxixa social e gorres.
onde à soma das cotas dos só»
atos, que são de dez mil escudos
oads um:

$ único — Não serão exigíveis
prestações anplementares de cs-
pital; se a socl-dade, porém, che
reger de fundos qualquer dos só-
cios os poderá fornecer sob « for=
ma de suprimentos, que vencerão
» juro em que acordarem,

40 — A gerência e a adminis-
tração dos negóvios da sociedade
ficam a csrgo dos dois sócios, qua
exercerão &s anas fanções gratui
t:mente e com dispensa de cau=
ção, podendo ambos nsar a firma
e qualquer deles repressatar a so-
viedaie em juízo e fora dôle,
otiva e passivamente.

S único — Floa expressamente
proibido v uso da firma em istras

-de-favor, abonações,-fianças-e OU-
tros semelhantes,

be? — Nenhum dos sócios po= –
– derá ceder a sua cota ru quelquer-
perte dela s estranhos sem o con-
| sentiménto espeoiul do outro só-
oio, nas; E

6.º — Em Dezembro de cada
ano será dado o balanço geral
“todos os negõotos das o edade,
Os lucros Mquidos apurados, de-
Dois de retirados cinco por cento
para o fundo dereserva lagal, se-
rão divididos pelos rócios «em pare”
tes Igusis e em igual proporção
serão suportados Os prejnízoss

7.º — Osrrendo o felecimento
ou séndo decratada a interdição
de qualquer dos sócios, s sogie-
dade, se assim convier ao sóvi»
vivo on bábil, continrará oom os
berdeiros on represententes do
sócio falecido ou intérdito, que
de entre si nomesrão um que nu
sociedade os represente, S», po
rém, ao sócio vivo ou habil nã»
convier que os ditos herdeiros cu
representantes laç.m parte da 8c=
ci=dade, então serão os mesmos
herdeiros ou representente em-
bolsados de tndo o qus.se provar
pertencer lhes por um balanço es-
peot+l que nessa oonsião se derá.
Este pagamento, não sendo efee-
tuado de pronto, será feito no
prazo máximo de dcis- «nos, em
olto prestações trimestrais e
ignais, d=vjiamente garantidas,

.º — Em tudo o omisso rega-
larão aa disposições legais spli=
cáveis e nomeadamente es da Lei
de onze de Abril de mil novecen-
tos e um,

Assim o disseram e outorgaram
oa presença das testemunhas,
ouja Idóneidade verifiquel, Manoel
António, casado, comerciante e
Autónio Lopes, ossado, comers
olante e ambos muradores nesta
vila da Sertã, oa “quais vão assi=
nar com ambos os ontorgantes e
comigo notário, depois desta es:
oritura ser por mim explicada nos
termos da Lai e ltda em voz alta
perspte mim e na presença sie
mulrãn:a de todos pelo meu sjue
dente José Ferrelra Júnior, apon-
do ambos, pela ordem indicada,
a impressão digital do indicador
direito,

José Avngasto Simões, Benjas
mim dos Santos Pires,
Logar de dass impres:03s digi=

al,
Manoel António, António Lo-
ves,

O Notário, Flávio Antônio Binan=
cisco dos Reis é Moura,

ANUNCIO

(1º Pubiloação)

Pelo Tribunal Judicial do
Julgado Municipal de Oleiros
única secção da Secretaria, e
autos de execução por custas e
sélos que o exequente, Ministé-
rio Público mov contra o exe
cutado, Munuel Antunes Fran
cisco, casado, proprietário, re-
sidente no lugar de A de Moço,
freguesia de Cambas, dêste con-
celho de Oleiros, correm éiitos
de vinte dias, a contar da se
gunda e última publicação do
presente anúncio, citando os
ocrédores desconhecidos do refe
rido executado, para no prazo
de dez dias, depois de findo o
dos éditos virem á «xecução de
duzir os seus direitos, indicando
a natureza, montante e origem
dos seus créditos e oferecendo
lugo as provas,

Oleiros, 24 de Julho de 1941,

O Chefe de secção,
João Taxugo de Sousa
Verifiquei,

O Juiz Municipal,
Autónio Ferreira Pinto

QUINTA

Na Sertã, vende se por
190 contos,

Tem moradias de Senho-
rio e de caseiro, BO hectares,
olival, pinhal, terra de se-
meadura e de horta, muita
agua e gado,

Companhia O «rruagem. R
D. Pedro V. 115 Tel, 23147
— LISBOA

VENDEM-SE

Em grandes quantidades,
ervideiros, azinheiras «e ces
pas para fabrico de carvão,

Tratar com Lourenço An:
tunes da Silva, — 8 .bral ==
Madeira (Beira Baxa)

Bíblia sagrada

Vende-se um volume —
edição perfeita—nitidamen
te nova,

Quem precisar dirija-se à
esta Redacção, ,

 

@@@ 1 @@@

 

A comarca da Sertã

 

A Salazar = ÁRVORES DO =x JVotasa lápis! Necrotogia:

PARQUE DA CARVALHA

ARiberto Farinha de Oliveira

; Na cidade d é il
«»«Sr. Director de <A Comar- | HLEVAM SE a am número (Congo Belga) rapá

ca da Sertã» — Sertã. — Os abai- fantástico os incêndios o- | berto Farinha de Oliveira antigo
xo assinados, entendendo que | corridos no País durante as | residente naquela colónia, pro-
lhes compete pronunciar-se sôbre | últimas semanas. Pinhais, sea- | prietário do Hot | Suisse, viúvo
as modificações que a Ex.”º Câ- |ras e casas de habitação têm | natural da Sertã, de 65 anos de q
mara Municipal pretende realizar | sido devorados pelo fogo; em ; idade, pai das sr.” D. Gsbriela
na Alameda Salazar, vêm dar o | muitos casos, nem a perícia e Oliveira Costa, funcionária do
seu voto, declarando concordar | abnegação dos bombeiros nem | Consulado Poriuguês na referida |
que as árvores existentes sejam | a presteza das populações con- | cidade, D. Clotilde -e D.. Alice Eu
arrancadas e substituídas por no- | segue dominar a sua fúria lou- Farinha de Oliveira e dos srs.

Er No, Continuação)
Portugueses d’aquém e d’além mar! ( ão)

Almas em conjunção e harmonia,
: Exaltai — acordante -sinfonia —
A grandeza moral de Salazar.

Nosso Chefe, na Fé a realizar,

A Pátria protege e vigia.

Por todo o mundo influi sua magia.
Filósofo sereno, singular…

A qualquer laudativo, insensível
Opõe sua modéstia inextinguível
Concepções d’Ideal superior.

Refloresce a nobreza d’uma História

vas, entre a estrada central e a
ribeira. Rogam a V…. se digne
publicar integralmente esta de
claração com tôdas as assinatu-
ras que a subscrevem, Sertã, 5 de
Setembro de 1941. —At.’*, ven.’s

ca e apavorante. Ficam redn-

Antósio Farinha de Oliveira, de

zidas a cinzas riquezas enor- | Léopoliville e do sr. Fernando

mes, perde-se, em poucas ho-
ras, o que custon dezenas de
anos de trabalho e sacrifício.

Farinha de Oliveira, de Vila Nova
de Tazem e irmão dasrº D. Pie-
dade Farinha de Oliveira, da
Sertã.

Esplendorosa em épocas de glória… e mt.” obrigd.”, y aa] A? família enlutada apresen-=
Revive, em Salazar, o seu valor! x (ass.) pars reuçlara a pias Repressão dos especuladores 6 anoatas nossas sinceras condo-
rispim Casimiro, António D. ; ênc
an MOTAS A! DaaSemana Ni RE nses A. Fernandes, Bonaparte A. Cosme, assambarcadores oe
E a panos Misa Os Serviços de Fiscalização contra TRANSCRIC Ã 0

 

AS FESTAS DOS BOMBEIROS

Decorreram brilhantíssimas as
festas, no pa sado domingo em

*Juiz de Direito da Comarca, dr.
Albano Lourenço da Silva, Rev.
: Pároco da Freguesia, autorida-
de civis e religivsas, func ona-
lismo público, p esidentes das di-

Luiz, Manoel Ferreira, José dos
Santos Pires, José N, Pires, An-
tónio Luiz Juaquim 5. Lourenço,
Abel C. Ramalhosa, Joaquim F.
da Silva, Alcino M. Barata, Ma
noel F. da Silva, José Augusto
Sertório Rourigues, Ernesto C.

Assambarcamento e Especulação en-
viou à Imprensa a seguinte nota ;

«Está a acentuar-se um aumento dos
abusos especulativos e dos de assam-
barcamento, agora acompanhados da
nefasta actuação de alguns indivíduos
que pretendem realizar a exportação
ilícita de vários produtos para auferi-

Sob a epígrafe «Boas colhei=
tas—ainda bem ..> transcreveu
o nosso prezado confrade «O
Comércio», de Lisboa, do n.º
256, dêste semanário, parte de
uma correspondência procedente
da Ermida,

 

benefício da Corporação de Bom- | Versas associações da sede do | [.isag. Luiz Filipe F. da Silva, | rem largos lucros. Agradecemos. E
beiros local, e se prolong m, | concelho, comerciantes e indus | César Lopes, Joaquim S, Louren- |. À Polícia vai intensificar a sua acção A
como sé anunciou, nos sábados e | triais, membros da comissão das ç fiscalizadora e repressiva, não queren- ros ;

domingos próximos, 13 14, 20
e 21. Foram anunciadas por uma
salva de 21 tiros, deitada na
noite da véspera.

A?s 9 horas, chegou ao Largo
Ferreira uma camioneta com 33
excurstonistas de Lisboa, quási
todos naturais da Sertã e proxi-
midades e muitos dêles acompa-
nhados de suas famílias; lançou-
se uma girândola de foguetes, so
mesmo tempo que a Filarmónica
executava uma marcha e os re-
cem-vin ios. davam vibrantes vi-
vas à Sertã, correspondidos com
o maior entusiasmo. Estavam
presentes alguns membros da
Direcção e da Comissão das fes-
tas, piquete de bombeiros de
Castelo Branco e o c.rpo activo
da Sertã, que com a Filarmóni-
ca, acompanharam os excursio-
nistas à Pensão Branco, onde
lhes foi oferecido um «Pôrto de
Honra»; deu-lhes as boas-vin-
d:s, em nome da Comissão das
festas, o sr. José Ferreira Júnior,
agrasecendo o promotor da ex-
cursão, noss» patrício sr. Amí!-
car Ferreira de Oliveira. No fim
fez-se uma largada de pombos
do largo fronteiro à Pensão.

– A’s 11 horas rezou-se, na Igre
ja Matriz, uma missa por alma
dos Bo briros falecidos que
pertenceram à Corporação da
Sertã, seguindo se a romsgem
ao cemitério; as senhoras da Co:
missão depuseram ramos de [lo-
res na base do altar do Senhor
da Agonia. À e tas homenagens
as istiram todos os elementos da

festas e muitas ontras pessoas,
fechando o cortejo com a Filar
mónica; o cortejo di igiu-se ao
Largo do Chafariz, cnde tive-
ram logar as cerimónias da bên
ção e baptismo do pronto-socôr-
ro, sendo, pelo sr. Presidente da
Câmara, substituto, descerrada a
pluquette com o nome da ma-
drinha. Discursaram durante as
cerimónias, enaltecendo a missão
do Bombeiro, o Rev.” Pároco
da Freguesia e os srs. dr. Pedro
de Matos Neves, Presidente da
Direcção da A. B.V. S. que
entregou ao Comando a nova
viatura, António Barata da Silva,
dr. Angelo Vidigal e Comanuan-
te Celestino Lopcs; o 1.º Coman
dante, sr. Joaquim F. Monteiro,
agradeceu a entrega da viatura e
prometeu cumprir, através de to-
dos os sacrifícios, seus e dos
seus subordinados, os deveres
inerentes à missão que lhes in:
cumbe. Depois houve diversas de-
monstrações do corpo activo na
casa do sr. À. da Silva Louren-
ço, na Rua Cândido dos Reis,
que deveriam finalizar no Largo
do Chafariz se não tivessem si-
do interrompidas por virtude do
alarme de incêndio declarado no
Mosteiro da Senhora dos Remé-
dios A’s cerimónias e demons-
trações assistiram muitas e mul-
tas centenas de pessuas, que, en=
tusiâsticamente, aplaudiram os
oradores e vitoriaram os bom-
beiros nos exercícios,

A” noite, no Adro de S, João,
realizou-se um interessante lese

 

ço, Eugénio S. Lourenço, João A.
Martins da Silva, Luiz A. Inácio
P, Cardim, Joaquim F. da Silva
Antero V. Santos, Adelino N.
Serra, Romão Vcz, António Lo
pes, Benjamim S. Pies, Júlio L.
Nunes, António M. dos santos,
António N. da Ponie, Pedro de
Oliveira, Raúl C. Caldeira, Casi-
miro Farinha, José F. Ladeiras,
Isaías S. Campino, António 1. Pes
reira Cardim, Rufino Nunes,
Amilcar Rodrigues, Aníbal N.
Corrêa, Manoel António, João
Botelho, Manoel A, santos, Joa-
quim F. Monteiro, Ventura Fer-
nandes, jorge G. Marques, Acácio
S. Ribeiro, José Ramalhosa, An-
gélico O. Barata, Carlos S. Fir-
mino, Henrique ]. P. Alves, Egas
V. Santos, Demétrio S. Carvalho,
Joaquim PR. Taleça, Adrião Fari
nha, Adelino Vaz, José A. Fari
nha, Joaquim Rodrigues, Arman-
do A. da Silva, Manoel H S, e
Serra, António Teixeira, António
F. da Silva, Manoel N. Pedro,
Amaro Barata, Joaquim A. Coe-
lho, Alberto C. Costa, Aníbal N.
Corrêa Júnior, Juvenal S. Pires,
Angelo Lopes, Mário M. da Sil-
va, António S. Campino, João
Dionízio, Acácio Farinha, João
Lopes, António N. Ruivo, Al-
berto Caldeira, Eugénio Nunes,
Abílio A. Corrêa, João Casimiro,
Joaquim Nuncs, Manoel Lopes,
vsé Cardoso, José 1 P. Cardim,
Joaquim Coelho, Maximiano L,
Baptista, José Mendes, José Lou-
renço, Jusé Ferreira, (Total, 92
assinaiuras),

 

do, porém, deixar de avisar Os interes-
sados do seguinte :

1.º — As firmas ou comerciantes que
fizerem aquisições de géneros ou outros
produtos alimentícios acima dos preços
que forem correntes nos mercados ci-
tadinos ou rurais, provocando a alta
injustificada dos mesmos, são culpados
de incitamento à especulação e como
tal serão processados,

2.º — À organização de depósitos on-
de se armazenem apreciáveis quanti-
dades de produtos sem que, prêviamen-
te, se dê conhecimento completo e de-
talhado às autoridades locais, é consi-
derada assambarcamento até prova em
contrário.

3.º — Nos processos instaurados pe-
las brigadas de repressão da exporta-
ção ilícita, os executores ou instigado-
res que se reconheça serem arguidos de
culpas mais graves serão presos e en-
viados, nos termos da lei, ao Tribunal
Militar Especial de Lisboa ou Pôrto,
com O respectivo processo,

4.º — Não é lícito a nenhum condutor
de camioneta de carga recusar-se a
mostrar esta, bem como prestar as in-
dicações que lhe forem exigidas por
brigadas ou patrulhas, devidamente
identificadas, que em qualquer estrada
e a qualquer hora pretendam exercer a
fiscalização, As falsas declarações ou
recusa em as prestar darão motivo a
prisão,

5.º — As brigadas que percorram a
provincia farão apresentar, detidos, às
autoridades locais os comerciantes, por
grÔôsso e a retalho, culpados de graves
abusos especulativos ou de assambar-
camento, a-fim-de serem remetidos a
juízo, nos termos do decreto 29,964,
com o processo respectivo».

Nravés da Comarca

(Noticiário dos nossos Correspondentes)

Joaquim dos Sontos

Alguém nos diz para fazermos
referência a êste nosso amigo,
agora, por motivo do seu aniver-
sário natalício, que passa em 17
do corrente. Com prazer nos de-
sempenhamos do encargo. E que
Joaquim dos Santos, nascido na
Sertã de família humilde, soube
guindar-se a uma posição de des-
taque no comércio da capital pes
las suas apreciáveis qualidades
de trabalho, honradez e modéstia,

Bons serviços tem prestado à
sua terra: nunca deixa de contri-
buir com seu valioso óbulo para
qualquer obra de utilidade, com
a condição, po:ém, de ser manti-
do o anonimato. Os pobres bas-
tante lhe devem.

Que conte muitos e muitos
anos, sempre com saúde e alegria,
são Os nossos sinceros votos.

erro

DONATIVOS RECEBIDOS

Do nosso estimado assinante
sr. José Vaz, de Lisboa, recebe-
mos a importância de 2080 pa-
ra, em partes iguais, ser distri-

‘ buída pela Sopa dos Pobres e

Comissão dos Amigos do Hos-
pital da Sertã.

Teve também a gentileza de
nos remeter 10800 para auxílio
ao nosso semanário, Com êste
mesmo fim recebemos do nosso
patrício e amigo sr Ernesto E,
de Carvalho Leitão, conceituado

uy ciante em Lisboa, a quan- ;
Comissão promotora das festas, | fival, que foi extraordinariamen= dd dd comere D ç

E i – SOBREIRA FORMOSA, 31 — Na úl- | tia de 100800 )
piquete de bombeiros de Caste- a estoria Re GRALHA tima segunda-feira, dia 25 de Agosto, | Os nossos sinceros agradeci=

io Branco e tosos os bombeiros
locais muitas outras pessoas e
algumas senhoras; o Comandan-
te-Ínstrutor dos B, V. de Caste
lo Bran-o, sr. Celestino Garcia
Lopes, fez no cemitério, uma
impressionante alocução, evocan-
do o heroísmo dos bombeiros e

e a kermesse, sobretudo, tive
ram grande animação. Queim: u-

“-se um explêndido fogo de arti-
lício, prêso e do ar,

A plaquette f 1 gentilmente ofe-

No sub-título do editorial do
último número, do nosso prezado
colaborador |. A. P,, salu «Cabe-
çudo da Raínha» em vez de Ca-
beço da Raínha»,

Que nos geaculoe o autor, mas

quando trabalhava numa surriba de ter=
reno o jornaleiro Joaquim Ribeiro Laila,
de 16 anos, de Penafalcao, foi colhido
por uma barreira ficando completamen=
te soterrado. Valeu-lhe a pronta inter=
venção dos seus companheiros que ime-
diatamente o retiraram da crítica situa=
ção em que se encontrava. Recebeu al-
guns ferimentos tendo sido devidamen=

mentos,
Oda

Assinaturas em débito
Área da comarca

são ossos do ofício | Sr, Na impos ibilidade de proce- y

o espírito de sacrifício daquêles PP ni Ro in e to R 4 E E aos ni io ra dermos, E interposta rt à ni
que ve E ERR ad dedicida even ao a AA 4 C. [cobrança das assinaturas dos
seu dever, lembrando, por lim ; amig s que passamos a indicar, 4
às senhor da Sen que será Mira Dava, Mute Fnúmiarl AMIGO SI Festas ma cava | peafino Mes o favor de, quant h
uma idéia piedosa solicitar à CA: a i E R
p ros. A Corporação dos Bombeiros antes, regularizarem os paga py

mara a cedência, no cemitério
local, de um talhão para reco-
lha das ossadas dos bombeiros
da sua terra,

A’s 16 horas formou se no
Adro da Igreja Matriz um corte-
jo, em que se encorporaram os
bombeiros de Castelo Branco e
Sertã o sr dr Rogério Marinha
Lucas representando o Fundador
da Associação dos Bombeiros
da Sertã gr. Adrião Morais Da-
vid, a menina Itigénia de Olivel-
ra Barata, representando a me-
nina Maria de la Salette Moura
Martins, madrinha da viatura, o
psquenino bombeiro Jo é Gil,
de fardamento de ganga e ma-
chado, os srs Presidente da Cá.
mara, substituto, dr. Francisco
Nunca Corrêa, 2.º substituto do

O sr. Adrião Morais David
enviou, no domingo, à Di’ecção
de Bombeiros, o seguinte amá
vel telegrama :

«Não podendo, como tanto de
sejava, assistir pessoalmente vos-
sas festas acompanho vos em es:
pírito agradeço convite e saúio
Corporação Adrião David».

é

Nas noites de sábado e domin-
go p óxim’s continua o festival
na esplanada de S. Juão, deven
do, na tarde de domingo efe
ctuir-se um desafio de futebol
entre as équipes da «Acacé nica»
e dos Bombeiros da Ser à e al
gumas corridas, ainda não fixas
das à hora a que escrevemos,

Voluntários, que ainda deve al-
guns milhares de escudos pela
aquisição do pronto socôrro de
que carecia em absoluto e preci-
sa de comprar algumas dezenas
de metros de mangueira, pede a
todos os Sertanenses e amigos
da Sertã para a auxiliarem den-
tro do máximo das suas possibi
lidades,

Trata-se de uma corporação
humanitária, cuja existência é im-
prescindível porque garante a
conservação da vossa vida e ha
veres em caso de sinistro,

Prestai-lhe, pois, sem reservas,
o vosso apoio incondicional,

«Vida por vila» é o seu lema!
Ele soa aos nossos ouvidos como

toque estridente de clarim

CAVA, 6 — Nos dias 21 e 22 do cor-
rente realizam-se, nesta localidade, im-
portantes festas, esperando-se a vinda
de muita gente dos arredores e de bas-
tantes excursionistas de Lisboa, que
aproveitam a época anual das festas
para virem aqui repousar, visitando, ao
mesmo fempo, as famílias e amigos.
Será uma festa de verdadeira confra-
ternização entre os filhos da Cava e
e daquêl ue j na
capital e noutros pontos do País,

Haverá arraial, fogo do ar, dando o
seu concurso a Filarmónica Oleirense,

E” festeiro o sr, Alberto Barata e
mordomos as sr as D, Maria Emília Al=
ves Pereira da Silva, D. Maria da Lon-
ceição Rodrigues, D. Ermelinda Garcia,
D, Ermelinda Alves, D. Ilda Sequeira e
os srs, Vergilio Deniz da Silva, José
Armando, Januário Alves David e José
Alves.

E’ de esperar que a festa venha a ser
muito animada, ç

mentos, passando nós a mencio-
nar, a título de esclarecimento, q,
último número liquidado,

Antecipadamente agradecemos
a atenção que prestarem ao nos»
so pedido,

Srs. António Ribeiro, Maxial
da Estrada, 241; Artur Vicente,
Catraia Cimeira, 206; D. Caroli-
na do Ro ário Alves, Isna de S,

“Carlos, 250: Custódio Deniz,
Troviscal, 235; João da Silva Tos.

mé, Moinho Branc’, 219; Joaquim
Lopes Cardoso, Vale do Pereiro,

| 239; Joaquim Lopes Júnior, Cruz

do Fundão, 230; José Alexandre,
Peral, 243; José Lopes Morgado,
Isna de S, Carlos, 219; M noel
Figueiredo Morgado, Macieira,
248; Manoel Lourenço, Moinho
Branço, 225. :

 

@@@ 1 @@@

 

Um assunto de interésse local: Diz-se…

: É ER e

 

[Continuação

jus € monumentos, escolas, ton-
tes, caminhos, etc, surgem por
tôde a parte como pontos lumi-
nosos em noites de trevas, de
desolado negrume, restauram-se
ou melhoram se, erguem-se das
ruítas em que O tempo, o egois-
mo, a indiferença e a maidade
dos homens os haviam transtor-
mado.

Nas cidades e vilas traçam-se
e execulam-se obras do mais
largo alcance material e social,
procurando conceder aos habi-
tantes, ricos e pobres, tôdas as
comodidades, tornando-lhes a
vida maís alegre e saiidável,
mais digna de ser vivida; aqui
está porque se rasgam grandes
avenidas e constroem amplos
parques e formosos jardins, apro-
veitando-se os p ntos altos para
graciosos miradouros, onde, a
vista se dilate, onde se gozem
tôdas as delícias da Natureza,
respirando-se, a longos austos, O
ar puro e balsâmico dos pinhei-
ros e eucaliptos, que dá vitalida-
de e reconstitue energias perdi-
das,

— Quanto à transformação da
Carvalha — assunto que tem me
recido o interêsse de muitos lei
tores dêste semanário julgamo-
nos no direito de sôbre êle nos
pronunciarmos também, não por-
que tenhamos competência na
matéria ou descjemos con rariar
a opinião, assás respeitável a
todos os títulos, de algumas pes-
soas que deram o seu parecer,
explanando-o desassombrâda-
mente e com inteira indepen-ên-
cia, mas porque não somos indi-
ferentes ao progresso da nossa
terra e entendemos um dever
apoiar todos aquêles—sejam êles
quais forem — que podem, de
qualquer forma, melhorar as con-
aigues da Sertã, aproveitando ao
máximo as belezas naturais, tan-
tas e tam variadas, que o Cria-
dor prôdigamene nos concedeu,
é que nós, por indolência, co
modismo e falta de iniciativa,
não temos sabido aproveitar.

Muitas pessoas que vivem na
Sertã e outras daqui naturais, re-
sidentes em. p ntos disp-rsus do
País, algumas de reconhecida
competência, podiam e devim
ter dado já o seu veredictum
nesta questão; mas julgaram-se
dispensad:ss de se pronuaciar,
não querem saber, reservando se
para a crítica contundente e fá-
cil, que tanto pode:ser favorável
como desfavorável à idéia da C à-

mara, quer esta eXccute quer não,

O projecto que tem em mente,
Prêso por ter cão…
De’ tôdas, é esta, como se sa
be, a atitude mais cómoda,..
ando início ao seu projecto
de embelezamento da Carvalha:
— mas sem de qualquer modo
comprometer o resultado desta
vorável da votação quanto ao
arranque das árvores — construiu-
se go longe do muro marginal
uma formosíssima cortina, alter-
nando com guardas de ferro, e
sôbre aquela foram postos con-
feiros rectangulares, onde já vi
cejam lindas e varianas espécies
de flores, assentando nela, tam-
bém, cómodos bancos, revesti-
“dos de ladrilhos polícromos, que
ôptimamente se casam com O
verde do local. !
” Essa transformação é impor-
nte, mas, todavia, ficará incom-
pista se não desaparecerem as
carcomidas árvores, que muitas
são, e se o solo não for regula
rizado.

“Deitar por terra as árvores ve-
lhas e defeituosas, deixando de
Pé as aproveitáveis, ainda pu-
jantes, não é de aconselhar por-

anto as árvores novas, que
substituíssem as arrancadas nun-
ca mais Se desenvolveriam, lene-
cendo, por míngua de ar e luz
que as grandes lhes roubariam
ou teriam uma vida atrofiada e
quási parasitária; e ainda mes-

mo que viessem a desenvolver= | que” as

“A Comarca da Sertã

da tº página) Cn TAXA

se com a naitirai regularidade,
daqui a alguns anos ao atingi-
rem plena robustez, já então es-
tariam em completa decadência
as árvores agora prúpadas, apre
sentando a Carvalha um conjur-
to heterogéneo e irregular no seu
arvoredo. 23

é As árvores da Carvalha tê
sido descuidadas e completamens”
te entregues à sua sorte ? Sim,
estamos de acôrdo, mas O mal
agora não tem remédio. à Exis-
tem ainda ali árvores magnific-s,
gigantes, de porte senhoril, que
contemplamos embevecidose nus
recordam os. al gres tempos da
meninice ? Sem dúvida que exis-
tem e só a idéia de as sacrificar,
de as submeter ao machado im-
piedoso e assassino, caus:-nos
calafrios, contende com a nossa
sensibilidade.

Adiante. O tempo tudo cura.
Daqui a alguns anos, quando a
Carvalha apresentar uma magní=
fica arborização, mal nos recor-
daremos das bonitas árv: res que
ainda ali contemplamos hoje com
simpatia, E ;

Não pode, contudo, haver meio
termo: ou se deitam abaixo tô-
das as árvores sem excepção, ou
se mantém o arvoredo tal qual
está, esperando-se pela morte su-
cessiva de tôdas elas: umas hoje,
outras Amanhã vão apodrecendo
aos poucos, numa ag nia lenta e
cruel, ante a indiferença de todos,
até daquêles que-hoje se mos
tram condoídos pelo seu destino.

Será isto plausível? Cremos
que não. Que o digam as pes-
soas entendidas, os agrónomos,
os que se dedicam ao estudo; da
silvicultura:

Entendemos, pois, preferível,
que sejam substituídas tôdas as
árvores, não só entre a estrada
central e a-ribeira, mas ainda-as
que existem no resto da Carva-
lha. Porque? Pregunterão de-
terminados leitires, talvez ató
nitos do nosso desplante, vitu-
perando nas, o criminoso arbo-
ricismo !

– Por uma razão muit» simples;
E” que nós entendemos que tôda
a Carvalha deveria ser sem in-
terrurção, um formoso e alegre
parque, devidamente tratado. As-
sim a cortina seria prolongada
pa a além da ponte romana e até
um pouco adiante do matadonro;
êste seria simplesmente demoli-
do, construindo se outro, nas
devidas condições higiênicas, em
local apropriado, O: campo de
futebol passava para Jum: exce
lente terreno próximo da Abe-
goaria, onde há o espaço neces
sário pars as instalsções consi
deradas hoje imprescin.íveis aos
desportistas: E para:as feiras de
gado e de comércio geral, que-se,
electuam à roda do ano, expro-
priar-se-ia terreno suficinte e
bem: horizontal em qualquer: dos
tados da Recta do Pinhal, onde
se arrumassem convenintemente
todos os negociantes com os seus
variadíssimos produtos,

Arborizando-se cuidadosa e
convenientemente tôda a Carva
lha e prolongando se, se possí-
vel fôsse,.como muito bem lem
brou o nosso prezado patrício
sr. João Albino, residente em
Moura, à cortina até à ponte-no
va, para O que teria de se apro-
veitar o quintal anexo à escola,
aquêle- passeio ficaria em condi-
ções admiráveis, nada tendo que
invejar a quantas alamedas te-
mos. visto noutras ferias bem
mais importantes que a Sertã,

A Carvalha fransformava-se,
assim, num lindí simo passeio, a
que a ribeira, depois de elevado
o nível da água por meio de
uma reprêsa, emprestaria raro
encanto, t 2

Seria, como diz Garrett ao
descrever-um dos;mais belos si-
tios do nosso País, «um dêstes
togares privilegiados pela natu-
reza, sítiq ameno e deleitoso em

plantas, oar,a situação,
”,

— Que as romarias, êste ano,
cá pelos: nossos sítios. têm

atingido;hma animação nanca |.

VISIG. e

—Que os nossos caçadores |.

estão com a pulga, ansiosos
pelachegada do dia Iô fazen
do mile um projectos à volta
de uma grande desforral

— Que a época venatória, que
se aproxima, vai ser falada;
tudo girando à roda daqueles
enormes e famosos carapetões
que toda a gente conhece…

de tr adição !

– Que em todo o caso é me-
lhor os cóelhitos fiarem-se
mais na ligeireza das suas
pernas do que na má pontaria
aos caçadores!

– Que o nosso.dr. Xico Gor-
rêa já nos prometeu uma boa
lebre bicho com que êle em»
birra solenemente!

— Que outros caçadores tam-
bêm-não se esquecerão de nós…
seas sortidas derem bom re-
sultado!

—Que os 92 votos, de uma
assentada, a favor do pro-
jecto de transformação da Car-
valha, significa que a opinião.
pública-locul soube dizer mui-
tos.. em poucas palavras |

— Que algans e algumas ba-
nhistas que passarum o mês
de Agosto na: Figueira vieram
de lá tam torrudinhos que
mais parece terem feito larga
digressão. +. pelos trópicos!

Oro

Reiluido. do Conselho. Municipal

Reiiniu em 3 do corrente o
Conselho Municipel do concelho
da Sertã. Presidiu o sr. dr. Fran-
cisco Nunes Corrêa, nomeado,
pelo’sr. Governador Civil, Pre
sidente da Câmara substituto, nos
termos do $ 2.º do art.” 36.º do
Código Administrativo, pur im-
pedimento do sr.Presidente else ii-
vo, achando se presentes Os vo-
gais srs. José Farinha Tavares,
Isidro da Conceição Lopes, Ma-
noel Antunes, Anónio da Silva
Lourenço, Daniel Bernardo de
Brito e Padre Manoel Martins.

Foi lido e aprovado, por una-
nimidade, o plano da actividade
municipal para 1942. Aprovada a
propusia, do sr. rresidente da
Câmara, para contrar um em-
préstimo até à imporiância de Esc.
200 0U0$00, na caixa G ral de
Depósitos, vrédito é Previdência,
para a ubra de abastecimento de
agua à Vila da Serta e sua dis
tribuíção domiciliária; êste em-
préstimo será contraído nas con-

dições em que a mesma Curxal

taz empréstimos às Câmaras Mu-
nicipais para melho amentus de
águas e sancamentos €0 seu pro-
duto será levantauo em p esta-
ções à medida que se turnar ne-
cessário fazer pagamentos. As di-
ligências para o levar a efeito
serao iniciadas ou depois de cun-
cedida a comparticipação do Es
tado para aquele melhoramento
ou quando 5. Ex,“ o) Ministro
das Obras Públicas e Comuni-
cações o indicar à Câuara por
mutivo do mesmo, Por fim, foi
aprovado o máximo das percen-
tagens às contribuições direcias:
rústica,.37/,; urb.na, 19); po-
fissional, 16%; industrial, 16º;
minas, 25º/,; capitais, 10%/,€ trân-
sito,-30″, ;

‘Tôdas as propostas foram apro-
vadas por unaniuridade.

tudo está numa: harmonia sua-
víssima e perfeita».
Eis o nosso voto, tam simples
e claro como o pensamento que
o. ditou, apresentado, precisas
mente, quando não pode influir,
de qualquer modo, na opinião
dos conterrâneos que, vicram a
terreiro, dos que acudirâm à cha-
mada da (Câmara, pronunciando
se sôbre um problema importan-
te para a nossa terra, a que ê es
dedicam entranhada e inalterável
afeição, .
“EDUARDO BARATA

– , Á margem da guerra |

Em pleno oceano a bordo de um contra-torpedeiro inglês, um artilheiro, com a
cabeça protegida contra estilhaços dé bombas, recebe ordens dimanadas da ponte
de comando, A” retaguarda metralhadoras múltiplas prestes a vomitar
milhares de balas explosivas contra bombardeiros que se aproximam

Efectuou-se, no Adro de S.
João, na 4.º feira, 3, uma sessão
cinematográfica, exibindo-se o
interessantefilme português «João
Ratão», queagradou plenamente.

O espectáculo ao ar livre cons-
tituiu uma novidade; esse facto,
junto à amenidade da noite e ain=
da à circunstância de nao haver
cinema na Sertã desde o princí-
pio uo ano, Icyou âquêle recinto
imensa gente,

No locel montou-se um serviço
de bar, cujo produio bem como
parte da receita da bilheteira,
reverteu a favor da Corporação
dos Bombeiros.

O: filme foi apresentado pela
Agência Radio-Cinema, de Lis-
bua, antecedendo-o v documen-
tário sonoro «1.º Travessia aérea
do Atlântico Sul», que imortali-
zou os nomes de Gago Coutinho
e Sacadura Cabral.

A Comissão das festas em be-
nelício dos Bombeiros entrou em
negociações com a emprêsa «Ci-
ne-Sonoro da Beira», de Castelo
Branco, para ap esentação, muito
em breve, da película «A vida de
Santa Teresinha», que nos afir-
mam ser, no género, uma verda
deira obra de arte.

HD
Estradas municipais

Encontram-se em mísero esta-
do de conservação, quási intran=
sitáveis, «Ss estradas municipais
dos Carvalhos, do Cabeçudo e à
que liga Sernache do Bomjardim
ao Nesperal. Com a primeira gas-
taram se, há poucos anos, alguns
milhares de escudos, tendo as
obras sido executadas em regime
de comparticipação

Pelo prejuízo que dai resulta
para as populações interessadas,
permitimo nos chamar a atenção,
para o assunto, da Câmara Mu
nícipal, não devendo esquecer-se
que, quanto mais tempo demora-
rem as reparações, maiores serão
as despesas.

Os
Bembeiros Voluntários da Sertã

A Corporação dos B, V. da
Sertã recebeu, do nosso patrício
e amigo sr. Américo Vaz Rebor-
dão Corrêa, digno Administrador
| do concelho de Dande (Angola),
‘em gõzo de licerç: na serã o
“elevado donativo de 500800.

– Por nosso intermédio recebeu,
também, 10800 do sr. José Vaz,

[de Lisboa, o que muito agrade-
cemos. .

alers= ara

Das povoações raianas
para a Espanha

Por informações que nos che-
gam de fonte segura, s bemos que
a saída de géneros e produtos das
terras visinhas da fronteira para a
Espanhatem ultimamenteatingido
proporções fantásticas.

Até há pouco, saía para lá por
contrabando trigo, farinha, pão e
pouco mais. Saía isso e fazia-se
tudo com um certo recato.

Agora sai isso tudo o mais que
dá na gana aos que só pensam na
realização de «negócios da China»
e quási às claras.

Da povoação da Zebreira, por
exemplo, todos os dias se fazem
passar para a Espanha mercado-
rias de todo o género: arroz,
açucar, sabão, várias espécies de
tecidos. em suma tudo e muito
especialmente aquilo que mais
falt: faz à gente da terra.

E” um nunca acab r de saídas
do que faz falta e sem sombra de
recat», quási às claras, como se
se tratasse d ‘ coisa mais natural
e mais inocente dêste mundo,
chegando a parecer que todo o
mundo fecha os olhos para que
os industriais do contrabando se
sintam à vontade no exercício da
sua lucrativa indústria.

E o que se passa na Zebreira
passa-se nas restantes povoações
raianas.

Ora de muito do que hoje sai
já é vulgar ir procurá-lo gente da
terra às casas onde se tem ven-
dido e ouvir em resposta que já
o não há ou que só o há em tão
reduzido volume que se não ven
de metade do que se deseja e se
precisa. Se assim é hoje, que será
âmanhã ?

E? pr-ciso que quem pode fa-
zê lo obrigue os que têm encar-
gos de vigilância a abrir bem os
olhos e não deixar passar à von-
tade carros e carrêtas.

Acudir aos visinhos é um de=
ver de humanidade e devemos fa-
zê-lo todos dentro dos limites do
possível; mas acudir-lhes deixan-
do os de casa em sério risco de
não encontrarem nada do que é
de absoluta necessidade é deshu
manidade, tanto mais que os que
vão levar a estranhos o que cá
nos faz falta o fazem, não por
dedicação ou por bondade de al-
ma, mas unicamente movidos por
interêsse sórdid», para venderem
por cem o que cá compram por
dez, quan io O não compram por
m:nos ainda,

E” preciso acabar com isto é
esperamos que asim se faça sem
demora.

(De «A Beira Baixa):+ Baixa):