A Comarca da Sertã nº262 25-09-1941

@@@ 1 @@@

 

— FUNDADORES -—
— Dr. José Carlos Ehrhardt —

— Dr

rca

Edua

 

– Angelo Henriques Vidigal —

Dr. José Barata Corrêa e Silva

António Barata e Silva —

rdo Barata da Silva Corrêa

 

(6) DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO Mapia io

3 ColuandoPanata da Silva Coreia geo | EA ro

a — REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO — CASTELO

| |RUA SERPA PINTO-SERTA ; BRANCO

> ; TELE FONE

«< PUBLICA-SE ÀS QUINTAS FEIRAS 112
NO WI | Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarea da Sertã: concelhos de Sertã | piece Ca

Nº 262 Oleiros, Proença-a=Nova e Vila de Rei; e freguesias de Amêndoa e Gardigos (do conselho: de Mação) | 1944

Notas …

Árvores do Parque da Carvalha):– a lápis

EM Penafiel e Estarreja com
a assistência dos srs. Pre-
sidente da República e Minis-
tro das Obras Públicas e Co-
municações, foram inangara-
dos na pretérita semana, com
tôda a solenidade, os novos e
belos edifícios dos Correios,
Telégrafos e Telefones.

Até ver, os Correios da Ser-
tã continuam instalados núma
casa sem condições, onde os
empregados se fartam de rapar
frio no Inverno e saam as es-
topinhas no Verão…

Até ver… está claro, por-
que a Sertã, no capítalo de
progresso, não é bem como o
caranguejo, mas marcha sem-
pre na vanguarda das terras
da mesma categoria !

ros

ALVO qualquer resolução
em contrário da Câmara
Municipal, damos por termi-
naao, no número de hoje, o
inquérito âcêrca das «Arvores
do Parque da Carvalho», as-
santo que despertou grande
interêsse entre a população da
Sertã.

ro

ESTÃO as férias quási no

fim e, dentro de dias, vol-
tam os estudantes ao seu atu:
rado labor intelectual, em que
nem sempre o resnitado final
corresponde ao trabalho e can=

seiras dispendidus durante o,

ano inteiro.

Luta-se e sofre-se para con-
seguir uma posição de desta-
que na vida, consomem-se as
melhores energias para satis-
fazer legítimas e bem com»
preensíveisambições,que quan-
tas vezes se destazem, inglo-
riamente, ante o sôpro da Fa
talidade, numa rebeldia sar:
cástica do Destino!

Mas é preciso estudar, pro-
curando cada um ser alguém
pelo esfôrço próprio.

A existência dinâmica e, ao
mesmo tempo, bem complicada
e difícil dos nossos dias exige
uma elevada cultura do espt-
rito, a que é indispensável jun
tar sólida formação moral.
Sem esta, aquela de ponco va-
le, ou até talvez seja maléfica,
sabido que há homens que nti-
lizam todos os seas instintos
na prática de acções que os tor-
nam indignos aos olhos da
própria gente rude…

» PORQUE é que a Eléctrica
6 a

se permite lançar os re-
síduos de carvão no caminho
público que passa junto da
central e que incomodam, pelo
pó levantado que se respira e
suja o fato e o calçado, às
pessoas que nêle têm de pas-
sar?

Não sabemos explicar, mas
talvez a resposta seja mais fá-
cil do que parece; a Eléctrica
habituou-se a fazer o que que-
re, sem receio de que lhe vão
à mão!

O que áccrca do palpitante assunto diz o Engenhci-
ro-Agrónomo, nosso patrício sr. Reinaldo Lima da Silva

E’vora, 8 de Setombro de 1941.
Sr Director de «A Comeros da Sertã»
SERTA

OMO sertanense e amigo dedicado da
( minha terra é, neste momento, meu
desejo roubar-lhe algumas linhas do
seu conceituado semanário, ocupando: me
de’um assunto que, pela simples mas ele-
vada razão de dizer respeito à vida da nos-
sa terra, deveria por todas ser-examinado
com aquêle interêsse e carinho próprios de
bons continuaderes daquêles que, para o
bem comum dos habitantes da Sertã, dedi-
caram tôda a sua energia e boa vontade.

Se isso não basta, creio bem que o fa
cto de termos como Presidente da Câmara
Municipal um homem que, não sendo na
tural, dessa Vila, está absolutamente inte-
grado na-nóva ordem de progresso dentio
da paz, tem dedicado, no âmbito das suas
funções, tôda a actividade ao desenvolvi
mento e prosperidade do concelho, será ra-
zão mais que suficiente para justificar o
nosso bem acolhimento a tôdas as iniciati
vas de S Ex.

Entrando pi Opriamente no assunto sô-
breo qual me proponho dar a minha opi-
nião, começarei por dizer que sendo esta a
primeira vez que me inclvo no número da-
quêles que colaboram neste jornal fui pou-
co feliz na minha iniciação, pois que, falar
num assunto sôbre o qual já se pronuncia-

ram individualidades que não só pela sua

competência, mas também com a prática
adquirida pelo hábito de ‘exporem a sua
opinião em casos desta natureza, será para
mim difícil e, se me é permitido declará-lo,
um pouco de atrevimento; porém, expor-
-vos-ei o que penso e julgo razoável como
apreciação daquilo que se pretende fazer
na Carvalha, é

Posto isto, pensou —e muito bem, a
meu ver—o Ex.”º Presidente da Câmara
transformar um dos lugares mais aprazi-
veis da Sertã num passeio ainda mais agra-
dável do que tem sido até hoje, S. Ex * re-
solveu fazer da Carvalha qualquer coisa
que merecesse o nome Altamente piguifica-
tivo de Alameda Dr. Oliveira Salazar e
nessa ordem de idéias idealizou a criação
de um parque abrangendo o lado oriental
do referido local, isto é, a parte compreen
dida entre a estrada de acesso à ponte ve-
lbae a ribeira grande, ficando limitada a
N. e S. respectivamente, pela escola pri-
mária Conde de Ferreira e pela ponte ve-
lha. Não quis S Ex, porém, proceder à
sua tranetormação sem auscultar a opinião
pública da Sertã e assim pôs bem clara a
sua idéia nas colunas deste semanário.

A questão apareceu posta do seguinte
modo: o sr, dr, Carlos Martins é de opinião
que a alterar o aspecto presente da Carva-

i as árvor ç
técnicas exigidas, penso ser medida acertada por parte de quem de direito».

es exi e nessa ão seguir tôdas as condições

lha se criaria um parque, na parte já refe-
rida, ‘atendendo a todos os requisitos da
técnica moderna ou, então, a não se pro-
ceder dêsse modo, nada se fará e esse lin-
do recanto natural continuará no seu esta
do e aspecto antiquados, o que nada justi-
ficaria atendendo às condições excepcio-
nalmente favoráveis a tal transformação,
que nêle se encontram bem patentes.

Quanto a mim, nada mais claro e evi-
dente do que o modo de ver de S. Ex.*e
senão vejamos: não esquecendo que a Car-
valha é ainda hoje recordação grata para
muitos que nela passaram horas alegres da
sua meninice, lembrando-lhes o prazer sen-
tido ao abrigarewm-se nas sombras carinho-
sas das suas árvores.e possivelmente al
guna passeios de barco nas águas tranqiif
las-da ribeira, não compreendo que esses
factos constituam razão suficiente para
que as árvores ali existentes não bajam de
ser sacrificadas à indiscutível necessidad:
de melhorar estética e têcnicamente o pas
seio que a todos nós agrada e encanta,

Dirão alguns: a Carvalha apresenta
como está e sempre foi, um aspecto inte-
ressante que não se justifica seja modifica-
do! Porém, se olharmos para 0 que de no
vo existe já La Carvalha, uma pérgola ar-
tlsticamente idealizada e bem situada e
ainda um murete de coroamento do antiga
muro de suporte, com as lindas floreiras e
bancos de azulejos de côres alegres e bem
escolhidas, veremos que é grande o con-
traste existente entre esse aspectu e aquê-
le que nos dão as árvores, velhas na sua
generalidade, caducas, sem alinhamentos
justificados e de idades as mais variadas.
Tomando como base tal comparação pode-
remos chegar à conclusão de que há neces-
sidade absoluta de tudo mpdificar, para
que o conjunto se torne harmonioso e .al-
guma coisa, mais de novo apareça nesse
lindo passeio.

Ontros argumentarão : que a Carvalha
fica afastada da parte central da Vila; que
hão passeio do Adro com o sen lindo jar-
dim, o Miradouro, ete.! Se esses passeios
têm a-sua razão -de existir, diremos que ôs-
te, por muito-mais razão, tem igualmente,
como beleza natural, o direito de ser olha-
do com o carinho e cuidado que merece,

Assim, é que entrada possue a Sertã
que apresente melhores condições naturais
para ser embelezada do que a da estrada
Castelo Branco, tendojuntodelaa Carvalha?

“Qual dos passeios será mais aprazi-
vel nas tardese noites de verão para se go-
zar um pouco de sombra e frescura ? q Será,
porventura, demasiado longo, para as pes-
soas que vão ao Adro e Miradouro, o tra
jecto de ida e volta à Carvalba? Creio
bem que não.

(continua na 4.º página)

| muito abundante a colheita

de milho na nossa região,
como óptima é a sua quali:
dade.

No mercado de sábado pass
sado oscilava entre 12 e 13 es-
dos o preço, por alqgueire
(15,544 litros), dêste cereal.

Os

OS habitantes da Quintã des-

de há anos vêm insistindo
pela construção de nm edifício
escolar na sua povoação, visto
que a casa ali existente para
tal efeito não passa de um ca-
sarão em ruínas, absolata-
mente desconfortável, onde as
crianças, na época de invernia,
tiritam de frio.

Entim, é um pardieiro vera
gonhoso, fóra, por conseguin-
te, das mais elementares con-
dições pedagógicas.

Deve ser, com certeza, a mes-
ma casa que, em tempos, nos
informaram ameaçar desaba-
mento, correndo as crianças e
a professora o sério risco de
ficarer: esmagadas sob ela.

Sendo assim, e desde que

rendar sala para servir de es-
cola enquanto não se construir
novo edifício, é preferível man-
dar os alunos a Sernache. E”
de facto, um ponco incómodo
para os miúdos, estraga-se
mais calçado, mas, em com-
pensação, não se está snjeito
a um desastre.

Entre dois males, é preferi-
vel o menor.

A população da Quintã e
logares próximos atinge hoje
cifra bastante apreciável, tor=
nando-se forçoso, quanto: an-
tes, proceder à construção de
um edifício escolar capaz.

ro

FSTÃ concluída a pérgola

da Carvalha, que oferece,
realmente, um conjunto inte-
ressante. Também já se en-
contram pintadas as guardas
de ferro postas naquêle pas-
seio, apresentando, pelo colo-
rido, um aspecto explêndido,
em que predomina um bom
gósto artístico,

er

FOI! tornado público que se
perdeu a mala portuguesa
para a Africa Oriental, que
sain da Inglaterra aprozima-
damente em 31 de Julho, em
virtude de ter sido afundado o
navio inglês que a transpor-
Vãs a
PEDEM-NOS que chamemos
a atenção da Eléctrica pa-
ra a necessidade de tapar o
poço entre a centrale a ribeira.

Há quem se admire de ain-
da não ter caído naguela ar.
madilha qualquer pobre mor-
tal!

Mesmo que tal tivesse sace-
dido é de calcular que o poço
ainda permanecesse de bôca
escancarado! Era como cavas
cast ll

não haja possibilidade de ar=:

E

Er

cdncienao iai a
ex andei o nro

 

@@@ 1 @@@

Companhia de Viação de Sernache, Limitado

Concessionária da carreira de passageiros centre
FIGUEIRÓ DOS VINHOS -SERTÃ

Comunica ao público quz, a partir de 25 de Agosto corrente, en=
tram em vigôr os seguintes horários:

A

B G

D E

Cheg. | Par. | Chem. | Part. | Che | Pat.

Cheg. | Part. | Cheg. | Part.

Figueiró dos Vinhos (Largo]
do Municipio) . 7 | —
Aldeia Cimeira . .

20,55, —

Sertã (L. Ferreira Ribeiro)) — | 650] —
14,25] — | 18,30] — |19,50]] Sernache do Bonjardim .
«| 14,37/ 14,37] 18,42] 18,42] 20,02] 20,02]] Aldeia Cim:
Sernache do Bonjardim +| 15,07] 15,10] 19,12| 19,15) 20,32] 20,35)
Sertã (L. Ferreira Ribeiro) .| 15,30) — 119,35] —.

Figueiró dos Vinhos (Lar- |
go do Município) . | 7,55 | —

13,00
To! 7,13/ 13,20] 13,3
eira. . | 743] 7,43/14,03] 14,02

14415] =

 

B= >
E=. >
D= >
E= >

 

A. = Efectuam-se às 2.º, 4,15 e Gs, Procede de Coimbra e segue a Castelo Branco,

de 1 de Outubro a 30 de Abril, às 3,95 feiras e dias 23 de cada mês, Se o dia 23 caír ao Domingo,
a carreira efectua-se no dia anterior. Procede de Coimbra, donde parte às 15,50.

de 1 de Maio a 30 de Setembro, às 3.15 feiras e dias 23 de cada mês, Se o dia 23 caír ao Domin.
go, a carreira efectua-se no dia anterior. Procede de Coimbra, donde parte às 17,20.

às 8,88 feiras e dias 23 de cada mês; Se o dia 23 caír ao Domingo, a carreira efectua-se no dia an-
terior. Segue a Coimbra e regressa (horários Be C).

às 3,5 e 5,as feiras e Sábados, Procede de Castelo Branco e segue a Coimbra.

Para bom entendimento do público esclarece-se que as carreiras Castelo Branco — Coimbra, e vice-
versa, não sofrem alleração com os presentes horários

Viti-Vinicultura da Região

Relatório sôbre a campanha de assis-
tencia técnica nos de Sertã,
Oleiros, Proença-a-Nova e Víla de Rei,
pelo técnico Joaquim de Moura Portugal

II
Princinais castas da região

E’ grande a promiscuidade de cas=
tas existentes nesta região, encontran=
do-se tôdas elas mais ou menos espa=
lhadas por todos os concelhos.

Entre elas ipgam como principais
as segaintes : Brancas: Fernãu Pires,
Tamarez, Malvasia, Dourada, Pérola,
Formosa, Diagalves, Joana do Moinho,
Moscatel, Baga de Loaro e Alvaraço;
Tintas: Tinta fina, Moscatel de Ham»
burgo, Tinta Cambournac, Trincadei-
ra, Aragonês, Grand-Noir, Tinta Mid
da, Castelão, Tinta Francesa, A «Ara-
gonês» é caracterizada por ser muito
abundante em matéria côrante. A

– «Fernão Pires», Grand-Noir, Tinta

Miúda, ete,, são muito apreciadas nes=
ta região por darem elevadas graduam

8 CASTELO BRANCO

x

1)

ES

nos que fregiien

O prazo da inscrição lic
termina

Ba ERRORS RUBBER LEA ABES

Direcção do Dr.

u “IRSTITUTO DE SANTO ANTONIO Telefone 95

Alvará n.º 259 — Sexo Masculino

INTERNATO E EXTERNATO
CURSO PRIMÁRIO

ADMISSÃO AOS LICEUS
CURSO LICEAL

Aulas e explicações ou Salas de Estudo para os alu-

tam o Liceu Nun’ Álvares

EDUCAÇÃO CATÓLICA

eal dos alunos do ensino particular
em 10 de Outubro

Victor dos Santos Pinto

 

ções alcoólicas.
Produção nor milheiro de cênas

Nesta região, tanto’na encosta como
na: planície, a prodação por milheiro
de cêpa é, em geral, baixa; maitas ve=
zes quási não compensando as despe=
sas cultarais e tratamentos profilátix
cos sempre tam d d

A -delesa dos vinicaltores reside no
facto do vinho da região darar poacos
meses e, como o consamidor o prele=
re a todos os outros, é vendido, quási
sempre, por preços remuneradores,

A produção nos concelhos abrangi=
dos por esta campanha é em geral de
50 almades por cada 1.000 cépas nos
primeiros 6 anos, baixando gradaal=
mente para 30 a 35 almades nos anos
que se segaem âquêle sexénio,

Rendimento das uvas em mósto

Das experiências a que procedi nes
te sentido cheguei à conclasão que 100
quilos de avas prodazem, como rendi=
mento médio na região, 65 a 70 litros
de môsto.

Graduações médias em potência

Pelas análises que electuei cheguei
à conclusão de que a gradaação mé-
dia dos môstos, nos concelhos onde fiz
a campanha, oscila entre 153 a 14º
em todos êles,

Acidez fotal média

A acidez total dos môstos desta rem
gião é pouco variável de concelho pa=
ra concelho.

Como números médios que tradam
zem essa acidez, posso indicar os sex
guintes: Concelho da Sertã — Oscila
entre 4,5 a 5 gm por litro; Oleiros —
55 a 4 gms por litro; Vila de Rei —
35 a 4 gm por litro; Proença-a-Nova
—4 à 4,5 gms por litro.

Recipientes de fermentação mais usuais

Os recipientes mais asuais na região
em foco são os tonéis e raras vezes
os balseiros. E’ aos tonéis a que me
vou relerir por merecerem uma maior
atenção devido aos inconvenientes que
apresentam. Nestes recipientes nota-
se, no decorrer da fermentação, tem»
perataras muito elevadas, o que é basm
tante prejadicial aos vinhos que daí
resultam.

As fermentações penosas, a tempe=
rataras muito elevadas, dão origem a
vinhos doentes ou, se O não são, têm
uma predisposição grande para a
doença, deleito que resulta do aso de
vasilhas de fermentação fechadas.
Além de possuírem o defeito de serem

 

fechados, êstes recipientes eram ainda
de grande capacidade o que cofistix
taía um grande defeito.

Deve-se sempre evitar grandes mas=
sas em contacto porque a temperatara
de fermentação será tanto mais baixa
quanto menor for também a altara do
r e conseqii a sua
capacidade.

Dei-lhes a conhecer a vantagem que
havia no uso de recipientes de fer-
mentação abertos, tanto mais tratan=
do-se de uma reglão quente como
esta. Nestes recipientes conseguir-se-
iam temperaturas mais baixos e a im=
portância que estas tinham na quali=
dade do vinho, tornando-o de melhor
qualidade e mais são.

Vasilhas de guarda mais usuais

São os tonéis, vasilhas de madeira,
os mais correntemente usados para a
conservação do vinho na região, Não
encontrei em nenhama adega depósi=
tos de cimento para a conservação do
vinho nem potes de barro como é uso
em algamas regiões do nosso País.

Temperaturas máximas de fermentação

Devido às condições climatéricas
desta região registam=se, com fre=
qliência, temperaturas elevadas nao
decorrer da fermentação alcoólica, o
que traz como conseqiiência, a depre=
ciação das qualidades organoléticas
do prodato resultante. Regra geral
as fermentações decorrem a ama tem-=
peratara compreendida entre 25 a
30º centígrados.

Dado o grande defeito do uso de
recipientes de fermentação fechados
não me foi possível proceder aos re-
calques para obter uma temperatara
de jermentação mais baixa.
4 (Continua)

Na Sertã, vende-se por
190 contos,

Tem moradias de Senho-
rio e de caseiro, 80 hectares,
olival, pinhal, terra de se-
meadura e do horta, muita
agua e gado,

Companhia Carruagens, R.
D. Pedro V, 115 Tel, 23147

— LISBOA,

EDITAL

Jaime Eloi Moniz, Engenheiro Chefe da
Segunda Circunscrição Industrial,

Faz saber que: António
Antunes Cadête requereu li-
cença para inatalar uma fá-
brica de produtos resinosos,
incluida na 1.º classe, com
us inconvenientes de cheiro
e perigo de incêndio, situa-
da em Pampilhal, freguesia
de Sernache do Bomjardim,
concelho da Sertã, distrito
de Castelo Branco, confron-
tando pelo norte e sul com
a estrada pública, nascente
com Manuel Silvério e Cus-
tódio Antunes e poente com
a estrada pública.

Nos termos do Regula-
mento das Tadústrias Insa-
lubres, Incómodas, Perigo-
sas ou Tóxicas e dentro do
prazo de 80 dias a contar
da data da publicação e afi
xação dôste edital, podem
tôdas as pessoas interessa-
das apresentar reclamações
por escrito contra a conces-
são da licença e examizar €
respectivo processo n.º 7206,
nesta Circunscrição Indus-
trial, com sode em Coimbra,
Avenida Sá da Bandeira n.º
111.

Coimbra « Secretaria da
2, Circunscrição Industrial,
em 12 de Setembro de 1941

O Engenheiro Chefe da
Circunscrição, — Jayme Eloy
Moniz

A Comarca da Sertã

Depósito Central em Tomar

JOÃO FERREIRA PINHO

TE

LEPONE N.º 118
eai

DRaSSSSNNSnasSasasaresas

os requisi

Laboratórios completos de Físic,
lógicas e Geológicas, Gimnásio e

= = (1.ºe 2ºciclos) Adm

é PREÇOS SEM CONCORRÊNCIA POSSIVEL

COLÉGIO DE NUN’ALUARES

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Os mais brilhantes resultados nos Exames oficiais com uma
média de 92 “/y de aprovações nos seus nove anos de existencia

Instalações exemplares, obedecendo a todos

Instrução Primária, Admissão ao Liceu — Curso completo do Liceu

» O MELHOR COLÉGIO DA PROVÍNOIA &

tos da higiene e da pedagogia

a, Química, Bio- : | ;
Campo de Jogos

issão à Universidade = =

a
as” à

E SEM QUAISQUER EXTRAORDINARIO

PEÇA O NOSSO REGU

“INTERNATO E EXTERNATO

so,
Ed %e

LAMENTO ILUSTRADO

ANUNCIO)
(1.º publicação)

Feaz-go saber que no dia quatro
do próximo mês de Outubro, pe-
las doze horas, à porta co Tribu-
nal Judicial desta comsroa, se
há-de proceder à arremateção em
basta pública dos prédios & se-
guir indicados, penhorados n&
execução por custas em que é
exequente o Ministério Público e
executados Domingos Cargaleiro
e mulher Luiza Gonçalves, do
logar das Rabaocinas, freguesia
dos Montes da Senhora, desta

comarca,
PRÉDIOS:

1.º—Terra de pão, no sítio das
Brazinas, limite das Rabacinas,
insorita na matriz predisl sob o
art.º 15.062—uim terço, e desori=
ta ma Conservatória scb o n.º
28,202, Vul pela primeira vez à
praça no valôr de cento e sassens
ta e dois escudos é citenta cen»
tavos,-— 162580,

2.º—Terra de cultivo com oli-
veiras, no sítio do Barro, limite

des Rabacinas, inscrita na matriz
respectiva sob o art.º 15.920, e
descrita ma Qonservatória sob o
n.º 28.203. Vs! pela primeira vez
à praça no velôr de mil quinhen-
tos e dezoito escudos, —1.b18500,

30 Terra de cultivo com olt=
veiras, no eítio da Sarnadinha,
limite das Rabacinas, insorita na
matriz respectiva sob o ert.”
17.005, e descrita na Conservas
tória sob o n.º 28.204, Vai pela
primeira vez à praça no valôr dz
cincoenta e dois esgudos e olten=
ta centavos, — 52580,

4º-—Terra de cultivo, no aítio
da Fonte, limite das Rabroinae,
inscrita na matriz sob o art.º
15.529, e descrita va Conservas
tória sob o n.º 28,205, Vai pela
primeira vez à praça no valôr da
dois mi! quinhentos e oincoenta
e sejs esoudos e quarenta centts
vos. —2, BB6S4O,

Sertã, 30 de Julho de 1941,

Verifiquei—O Juiz de Di-
reito, Armando Torres Paulo.

O) Chefe da 3.º Secção, int.º,
Armando António da Silva,

HOR ANUAL, DA

ENTRE PED

Concessionário — COMBANHIA DE

CARREIRA DE PASSAGEIROS
RÚGÃO. PEQUENO E GERTÁ

VIAÇÃO DE SERMACHE, LIMITADA

Cheg.

Cheg. | Part,

De 1 de Julho a 30 de Outubro, cfeciua-se
todos” os dias excepto aos domingos.

De 1 de Movembro a 30 de Junho, efettua-se
Ea sábado:

2º, 5.º q sábados,

Part. |
Pedrógão Pequeno .| — | 630
Ramalhos. . . .1650]655
Póvoa R. Cerdeira .| 7,10] 7,15
Berta CR | ope
à

Seios o asno | te)
Póvoa R. Cerdeira .|18,20/ 18 25
Ramalhos, . |. 18,40] 18,45

Pedrógão Pequeno . 19,00] —
De | de Julho a 30) de Outubro, efoctua-sa
todos os dias excepto. aos domingos.

De 1 de Novembro a 30 de Junho, etectua-se
às 488, 62º q sábados,

Esto horário anula todos os anteriormente aprovadosaprovados

 

@@@ 1 @@@

 

A comarca da Sertã

Na fregu-sia da Ermida, um
fogo pavoroso destru u oli-
vais, pinhais, soutos e ma-
tos, computando-se os pre-
juízos em importância sti-
perior a 500 contos

Desde a manhã de sábado, 13
do corrente, até 3.º feira seguin-
te, 16, os habi:antes de muitas
povoações da freguesia da Er-
mida, dêste concelho, viveram
horas dramáticas, verdadeira-
mente angustiosas, num pavor
louco e clamoroso que crescia à
medida que o incêndio ia alar-
gando o seu medonho circulo da
destruição, como torrente impe-
tuosa e irrefreável, que nenhuma
fôrça parecia ser capaz de conter.

O fogo principiou na proprie-
dade de Manoel Dias, no sítio
denominado Amie’ra Cova, limi-
tes da Perna do Galego, onde os
matos espêssos e bem ressequi-
dos e os pinheiros bastos ofere-
ciam óptima matéria para com-
bustão, conco:rendo, também,
eficazmente, a temperatura cálida
dêstes dias de Setembro; a bre
ve trecho, o fogo, uivando sinis-
tro, elevava-se em clarões medo
nhos, avançando sempre e pro
pagava-se a outras propriedades
e destas a outras, abatendo e re-
duzindo a cinzas pinheiros, oli-
veiras e castanheiros, numa fúria
demoníaca que estarrecia, Pare-
cia ser o dia de Juízo!

Gente das Castanheiras, da
Perna do Galego, das Relvas e
do Fojo viu se de um momento
para o outro reduzida à miséria
ou desfalcada do seu melhor pa-
trimónio, destruída uma riqueza
imensa que ela e seus antepassa-
dos conservaram à custa de in-
contáveis sacrifícios e era o pe-
nhor da abastança e independên-
cia económica de seus filhos, a
quem competia conservar a sa-
grada herança.

Despertadas pela fumaceira ne-
gra e labaredas que se avista-
vam na redondeza de muitas lé-
guas, sacudidas pelo crepitar do
medonho brazeiro, acorreram pa-
ra cima de 400 pessoas dos lo-
garejos da periferia, apostadas
no combate ao fogo ; e trabalha-
ram de dia e noite, horas e ho-
ras consecutivas, incessante e in-
fatígâvelmente, fazendo ceiros,
aç utando as chamas com bascu-
lhos e, num esfô ço titânico, ca-
vando fundo, bem fundo, até
chegar à terra crúa…

As labaredas atingindo altu-
ras fantásticas lançavam faúlhas
a 4e 5 quilómetros de distância,
propagando o fogo, criando no-
vos focos de incêndio, E aquela
pobre gente, enquanto durou a
catástrofe, não teve descanso,
Nas próprias povoações estabe-
leceram se turnos, que as vigia-
vam, num alerta constante e, pa-
ra que as faúlhas, vindas de
muito longe, não as incendias-
sem, destrulndo o casario onde
se guardam os parcos haveres,
regavam-se ou borrifavam-se as
ruas, os quintais e os telhados,
trando-se dos poços, à picota,
para pipas e cântaros, tôda a
água que era possível transportar.

O fogo consumiu centenas e
centenas de árvores de bom ren-
dimento e matos numa circunte-
rência de 10 léguas e os prejuí-
zos devem ultrapassar 500 contos.

O incêndio foi causado por
dois indivíduos, irmãos, das Ben
querenças, comarca de Castelo
Branco, carvoeiros de prolissão,
dos quais só um foi entregue à
Juízo: João Mendes Belo, apa-
nhado por alguns habitantes de
qualquer dos citados togares de-
pois de longa perseguição. Esta-
vam ambos abusivamente a fazer
carvão na Amieira Cova, pois o
dono da propriedade não lhes ti
nha vendido cepa alguma, e dei-
xaram /ugir o lume, segundo a
expressão do nosso informador ;
em vez de gritarem por socôrro,
lugiram a sete pés, na suposição
de que ninguém os viesse a des
cobrir, mas enganaram-se |

Agora terão de responder pe
los crimes de roubo e fogo posto.

Os mesmos indivíduos, nos

= ÁRVORES DO ::
PARQUE DA CARVALHA

Vota o sr. dr. Rogério Marinha Lucas
Sertã, 15 de Fevereiro de 1941.

«Sr. Director de «A Comarca
da Sertã» — Sertã

Que se cortem apenas algumas árvo-
res da Carvalha (aquelas que estão to-
talmente perdidas) e se substituam por
outras é a resposta dada por muitos ao
inquérito do Exm.º Sr. Presidente da
Câmara, aberto nas .colunas do jornal
que V… dirige.

Mas quais é que estão em condições
de poder escapar a tal sorte ?

Parece-me que, por muita benevo-
Iência que houvesse na escolha a fazer,
só a um número muito reduzido a nos-
sa boa vontade deixaria ficar de pé, A
simples observação mostra-nos a quá-
si totalidade completamente perdida e
para as restantes, com os seus troncos
carcomidos e decadentes, poucos anos
de vida se podem prever.

Desta maneira, quando as árvores
plantadas agora tivessem já adquirido
um certo desenvolvimento, as que ti-
vessem sido poupadas estariam em tal
estado que pediam logo a substituição,
Passaríamos a vida a plantar e a cor-

tar árvores, sem nunca conseguirmos
| um conjunto homogéneo, Infelizmente,
esta é a verdade,

Desde que se deixou chegar a Carva-
lha ao estado de abandono em que se
encontra, só há, a meu ver, um remé-
dio a aplicar e êste radical; substitut=
ção total das árvores existentes por
outras convenientemente escolhidas e
apropriadas.

Assim, daqui a uns anos, teremos na
Sertã um parque moderno e aprazível,
que não só honrará a terra mas aquê-
les que para isso contribuiram.

Agradecendo a atenção de V… pela
publicação destas linhas, me subscreva
etc,

Rogério Marinha Lucas
HD

AMIGOS!

A Corporação dos Bombeiros
Voluntários, que ainda deve al-
guns milhares de escudos pela
aquisição do pronto socôrro de
que carecia em absoluto e preci-
sa de comprar algumas dezenas
de metros de mangueira, pede a
todos os Sertanenses e amigos
da Sertã para a auxiliarem den-
ro do máximo das suas possibi-
idades.

Trata-se de uma corporação
humanitária, cuja existência é im-
prescindível porque garante a
conservação da vossa vida e ha-
veres em caso de sinistro.

Prestai-lhe, pois, sem reservas,
o vosso apoio incondicional.

«Vida por vida» é o seu lema!
Ele soa aos nossos ouvidos como
toque estridente de clarim |

no
Manifesto de Centeio

Pode fazer-se até ao dia 30
do corrente o manifesto de cen-
teio, que, primeiramente, havia
sido limitado até ao dia 15.

rega

Fostas dos Bombeiros

Terminaram no passado dos
mingo as festas em benefício dos
Bombeiros Voluntários da Sertã,
A” noite, na esplanada de S. João,
não obstante a chuva que caiu a
largos espaços, reliniu-se bastan-
te gente, verificando se regular
animação no «dancing» e barra-
ca de petiscos. Procedeu-se ao
leilão das últimas prendas, al-
gumas das quais atingiram um
preço muito compensador.

Queimou se um óptimo fogo
de artilício, prêso e do ar.

De tarde não se efectuaram
quaisquer números desportivos,
a-pesar-de haver diversos ciclis=
tas inscritos para a corrida das
«fitas» em virtude de se ter veri-
ficado a impossibilidade de rea-
|lizar o desafio de futebol entre

a «Académica» e o team dos

‘ Bombeiros, único número com
que a Comissão contava obter
algum lucro,

dias anteriores, andaram a lazer
carvão de cepa comprada a mo-
radores do Fojo,

Notas a lápis

(Continuação)

AS restrições: da gasolina

fornaram-se extensivas às
motocicletas, que, dêste modo,
não podem circular, tal e qual
como os carros particulares,
aos domingos, 2.º5 e 5.ºº feiras.

eroo—

DEPOIS do arroz e do baca=
Jhau começou a faltar o
açúcar no nosso mercado.

Com muito custo, um ou ou-
tro lá consegue obter um quar-
to de quilo!

E não passamos disto! O
que faltará a segnir ?

O açúcar é tam indispensá-
vel numa casa como o próprio
pão. As crianças e os doentes
não podem passar sem êle e,
para mais, nem sempre o açú-
car é substituível pelo mel de
abelha, artigo a que se recor-
reu, entre nós, no período da
última guerra.

crore
DOENTES

Esteve gravemente doente na
noite de domingo para 2º feira,
chegando a inspirar sérias a-
preensões a seus extremosos pais,
sr? Drº D. Carmina Patrício
Bastos e nosso amigo sr. Angelo
Soares Bastos, digno escrivão
de Direito desta comarca, a me-
nina Maria Alcina,

Muito nos apraz registar que
a interessante criança se encon-
tra em via de completo restabe-
lecimento.

— Têm passado um pouco in-
comodados de saúde o sr. An-
tónio Barata e Silva e seu filho
José Carlos, cujas melhoras mui-
to sinceramente desejamos,

rod
Largada de Pombos Correios

Os três pombos correios, per-
tencentes ao sr. A, F. Carvalho,
de Olivais (Lisboa), largados
em frente da Pensão Branco, às
10,45 h. de 7 do corrente, na

resença dos excursionistas de
isboa, chegaram àquela locali-
dade às 13 horas.

Assim o informou o sr. Cars
valho, componente da excursão.

ro
Diversas notícias

A sr.* D, Margarida Lopes da
Silva, zelosa professora da esco-
la dos Ramalhos, foi autorizada
a contrair matrimónio com o sr.
Manoel António Júnior, empre-
gado da Companhia Carris de
Ferro de Lisboa,

— Foi colocada na situação de
inactividade a professora sr.* D.
Maria Deolinda de Oliveira Reis,
da escola de Sernache do Bom-
jardim.

— Pelo prazo de 15 dias, a
contar de 15 do corrente, está
aberto concurso documental, Ee:
rante a Direcção do Distrito Es
colar, para o preenchimento do
logar vago da escola masculina
de Alvaro.

— Terminam no próximo dia
30 as férias judiciais.

ros

Subscrição para a construção
da estrada Vale do Pereiro-
Cruz do Seixo – Picoto
ta Rainha

Transporte (do n.º 259), 995800.

Manoel Navalho (empregado
dos fornos de destilação-Cruz do
Seixo), 50800; José Farinha « M,
Pundeiro, 10800; João Alves C,
Cimeira, 20800; Augusto Fari-
nha- Perna do Galego, 8800;
Francisco Martins -C. Cimeira,
10800; Manoel Marçal – M, Fun-
deiro, 10$00; An ónio Alves – C.
Fundeira, 20800; José Dias-C.

‘de 1940 a

Cimeira, 10800. Soma, 138800. |

A transportar, 1, 133800.

úmava. Municipal da Serif

Sessão de 17 de Setembro

Diversas deliberações tomadas:

Encarregar o Ex.Ӽ Presiden-
te de elaborar um novo Código
de Posturas,

— Adjudicar ao único concor-=
rente a obra de «Construção de
duas casas para residência dos
magistrados judiciais na vila da
Sertã», pela quantia de 228.6008.

— Lançar na acta um voto de
louvor e agradecimento ao Diá-
rio de Notícias por ter enviado
a esta localidade o jornalista Sr.
Urbano Rodrigues, o qual, nos
números de 17 e 27 de Agosto
último, publicou dois artigos en-
carecendo e defendendo os inte-
rêsses dêste concelho.

— Atender uma representação
assinada pelos membros da Jun-
ta de Freguesia de Sernache do
Bonjardim e vários habitantes do
lugar de Quintã, no sentido de
se promover que no referido lu-
gar seja construido um novo edi-
fício escolar, em vista do actual
estar funcionando num edifício
impróprio.

— Mandar proceder à repara-
ção do caminho do Vale da Jun-
ca à Cruz do Seixo, com a co-
laboração da Junta de Freguesia
da Ermida,

— Mandar proceder à repara-
ção do caminho que conduz da
estrada do Figueiredo ao Mos-
teiro de Santiago, com a colabo-

“ração da Junta de Freguesia de

Várzea dos Cavaleiros,

— Intimar António Vaz, do lu-
gar do Outeiro da Alagoa, fre-
guesia de Sertã, a sustar os tra-
balhos de abertura de uma mina,
a que anda procedendo perto da
fonte que abastece o público da
referida localidade.

— Autorizar diversos
mentos.

paga-
O
ATENÇÃO

A Administração dêste sema-
nário, mediante pequena comis-
são, encarrega-se, na Vila e con-
celho da Sertã, de tratar da
aquisição de documentos nas re-
partições públicas e cobrança de
quaisquer importâncias, mesmo
daquelas que digam respeito a
assinaturas de jornais, revistas ou
outras publicações. E

ora
FAUSTO VILAR

Depois de prolongada vilegia-
tura na Sertã, regressou a Lisboa,
acompanhado de sua espôsa e
filho, o nosso amigo sr, Fausto
Vilar, distinto Redactor do «Diá-
rio de Notícias», que teve a gen-
tileza de nos apresentar as suas
despedidas.

Agrad a sua ção e
desejamos-lhe muita saúde e o
prazer de uma nova visita à nos-
sa terra, que muito o encantou,

ros
ELEIÇÕES

De harmonia com o diploma
publicado em Setembro do ano
findo e ainda ao abrigo das dis-
posições do Código Administra-
tivo, vão realizar-se Este ano as
eleições para as Juntas de Fre-

É ns e aço o ea ã,
,

2 AGENDA é

aa a ea a E a E ÃO

Regressaram à Sertã: da
Praia da Granja, com sua es-
pôsa, osr. dr. José C. Ehr-
hardt; da Figaeira da Foz,
com sua espôsa e sem filho
Rui, o sr Celestino P. Mendes.

—Encontram se: na Sertã,
com sua espôsa e filhinha, o
sr. Engenheiro-Agrónomo Má-
rio Baptista Alegria, de Evo-
ra; ec os srs. Mário Florim, de
Lisboa e [José Luiz, da Covi-
lhã; no Roqueiro (Pedrógão
Pequeno), com sua espôsa, o
o sr. Artur Antunes Morgado,
de Lisboa; e em Carnapete
(Sertã), com sua espôsa, o sr.
Armindo de Brito, da Ama-
dora.

—De Lisboa regresson a
Alvaro a srº D. Maria Eugé-
nia de Mendonça David.

—Das termas de Caldelas
regressou ao Pêso, com sua
espôsa, o sr. Manoel Farinha
Portela.

—Retiraram para Lisboa:
da Sertã, com suas espôsas,
os srs. Joaguim dos Santos e
Francisco Ferreira Leitão ; da
Tapada, com sua espôsa e seu
genro, sr. Mário Bernardo
Cardoso, o sr. Manoel Braz,

Aniversário natalício :

Hoje, menina Maria Edite,
filha do sr. António Nunes,
Lisboa; amanhã, D. Maria
Constância Brandão Lopes,
Pedrógão Pequeno; menino
José Ednardo, filho do sr. dr.
José Barata Corrêa e Silva,
Tomar e D. Maria do Carmo
Magalhãis Miranda espôsa do
sr. José Nunes Miranda; 1 de
Outubro, menina Nazaré, fi-
lha do sr. António Dias, Oa-
teiro da Lagoa.

Parabens

Marco Postal

Exm,º Sr. Luiz Francisco da Silva—
Vila de Rei — A oferta que se dignou
fazer aos Bombeiros foi entregue à Co-
missão das festas, que oportunamente
lhe agradecerá.

Exm.º Sr. antónio Farinha Gomes
— Lisboa — Em 13 do corrente recibe-
mos a sua presada carta; muito agra-
decemos a remessa de 20$00, sendo
12$00 para pagamento da assinatura
até o n.º 286, 5500 para os Bombeiros
e 3300 para os pobres nossos protegi-
dos, Notícias do Troviscal hão de
vir… um dia, quando o amigo João da
Cruz a isso se dispuzer! Em promes-
sas ninguém lhe leva a palma |

Exm.º Sr. António Marques Gaspa-
rinho — Lisboa — Queira fazer o obsé-
quio de remeter 19500 para pagamento
até o n.º 264; corresponde aos recibos
que há tempo enviámos à cobrança,

ro
fNecrologia

D, Martinha Farinha Tavares

 

No logar do Boicô, freguesia
da Várzea dos Cavaleiros, fale-
ceu, em 17 do corrente, a sr, D,
Martinha Farinha Tavares, viúva
do sr. José Jorge e mãi do nosso
estimado assinante sr. José Jor-
ge proprietário, residente no
mesmo logar, a quem apresenta-
mos sentidos pêsames,

 

guesia, Câmaras Municipais e,
por último, para as Juntas de
Província,

As primeiras devem realizar-
se no segundo ou terceiro do-
mingo de Outubro.

rn) rag
Sopa dos alunos da Escola
dos Ramalhos

Saldo de Julho de 1940, 6008.
Receita de Outubro de 1940 a
Julho de 1941, 3.425$25 Soma,
4.112815. Despesa de Outubro
ulho de 1941,
1.759840. Saldo para Outubro de
1941, 2.352875. Soma, 4.112815.

As contas, devidamente des-
criminadas, estão patentes na Es-
cola dos Ramalhos,

 

PROFESSOR

Ensina instrução primária, 1.º
e 2.º ano dos liceus, contabilida-
de e faz preparação cuidadosa
para os exames de regentes de
postos escolares e de admissão
aos liceus. Lecciona durante as
férias actuais.

Informa-se nesta Redacção,
= – come. no 4

Norberto Pereira
Cardim
SOLICITADOR ENCARTADO

DDD
Rua Aurea, 189 2.º. D.º
TELEFONE 27111

LISBOA

 

@@@ 1 @@@

 

 

A comarca da Sertã

Árvores lo eque dl Cord

-, (CONTINUAÇÃO

Ainda mais: ga Carvalha,
transformada num parque apra-
zível, como julgo virá a ser, não
terá uma influência grande, sem-
pre muito importante, na impres-
são que o viajante leva do as-
pecto geral da Vila ?

Se olharmos o problema pela
sua feição técnica, igualmente

acharemos justificada a idéia da”

transformação total projectada
pela Ex,”º Câmara Municipal. Ao
pensar-se na criação dum parque,
como: êste que se projecta, será
levantada uma planta do local,
de modo que a minúcia que a
caracteriza nos forneça os ele-
mentos necessários para a boa

ptaçã jardi to e
arborização às condições natu-
rais do mesmo. Existe hoje essa
concordância entre as árvores e
o local? Julgo que as árvores de
grande, médio e pequeno. porte
não satisfazem essa condi-
ção. Algumas árvores têm. mor-
rido e para suprir a sua falta ou-
tras se têm plantado nos mesmos
locais ; pois bem, todos têm ve-
rificado que essas árvores nes
nhum desenvolvimento adquirem
ea causa do fracasso de seme-
lhante processo de actuar é sem
dúvida a existência de árvores
de avançada idade e que, por es-
tarem adaptadas ao meio e pelo
seu grande desenvolvimento ra-
dicular e aéreo, concorrem em
óptimas condições com essas
novas que de momento ali são
plantadas. é Perante isto devemos
nós permanecer indiferentes e
continuar a plantar árvores no-
vas num. terreno completamente
ensombrado por outras e esgota-
do, pelo menos naquelas zonas
que as raízes das mais novas não
ultrapassam ? Penso que será la-
borar em êrro e será, sobretudo,
uma má medida económica, Sa-
bstituir totalmente as árvores
existentes e nessa substituição
seguir tôdas as condições té-
cnicas exigidas, penso ser me-

dida acertada por parte de|

quem de direito. ,

Essas condições técnicas se-
riam: Boa preparação do ter-
reno (cava, mistura de terra nova,
estrumação se possível, etc.),

conveniente plantação (abertu-|-

ra’de covas com antecipação de
alguns meses, suficientemente
grandes, com 1 a 2 metros cúbi-
cos, enchimento das mesmas com
terra em boas condições, coloca-
ção conveniente das árvores den-
tro destas, rega imediata, etc.),
distribuição das árvores que
se adapte ao dispositivo de ajar-
dinamento escolhido, não esque-
cendo o compasso exigido por
cada espécie, criteriosa escolha
das árvores a plantar (quais
as espécies mais convenientes, se

DA [.º PAGINA)

de fólha caduca ou persistente,
etc.)

Quanto a êste último quesito
julgo ser aconselhável a conso-
ciação de árvores de fôlha cadu-
ca e persistente com conveniente
distribuição no terreno, de modo,
que as plantas que ornamentam
os canteiros fiquem protegidas no
verão duma excessiva tempera-
tura e iluminação e de inverno
possam, pelo, contrário, dispor

dêsses elementos indispensáveis)

à sua vida nas percentagens con-
venientes.

Quanto às espécies a escolher
será aconselhável. fazê-lo, aten-
dendo ao exemplo que nos dão
as já exi isto é, escolher
aquelas que melhor desenvolvi-
mento apresentem no meio em
questão. Assim, o plátano, O
choupo branco, as acácias (sem
incluir as robíneas), astílias o
chorão, a magnólia, o castanhei-,
ro da India de flor rósea, etc,,
seriam espécies a escolher para
a Carvalha não esquecendo que
deve haver sempre o cuidado de
não plantar árvores de rápido
desenvolvimento em consociação
com outras de lento crescimento,
pois aquelas acabariam, sem dú-
vida, por dominar estas, senão
em absoluto pelo menos em
grande parte. Devem ser adqui
rídas árvores que tenham atingi
do já algum desenvolvimento e,
quando digo algum, refiro-me a
indivíduos com dois ou três anos
de viveiro, para que se consiga
recompor rápidamente a Carva-
lha, que, de momento, parecerá
desnudada pela falta das grandes
árvores existentes, j

Será ainda acertada a criação
duma sebe viva—de miosporam
ou pitospornm-—ao longo da li-
nha que separa a poente a parte
oriental da Carvalha da estrada
para a ponte velha, Essa sebe.não
/Só Iuncionaria como vedação,
mas igualmente contribuíria para
o aformoseamento do local.

Quanto à parte ocidental da

Carvalha e ao campo de futebol
nada direi, pois o assunto que
lhe diz respeito está já demais
argumentado e terá.com certeza
resolução adequada.
Aqui termino êste arrazoado,
“que vai longo, restando-me ape-
nas prestar homenagem à Ex.”a
Câmara Municipal pela idéia al-
tamente útil e sem dúvida agra-
dável pura todos aquêles que se
interessam pela prosperidade da
nossa terra,

Agradecendo antecipadamente
esta publicação, me subscrevo

De V.,., eto;
Reinaldo Lima da Silva

N. da R. — Recebido em 15,

CORREIO PARA VISEU.

Os habitantes de Viseu e da
Amieira, freguesia do Carvalhal,
estão muito interessados na cria-
ção de uma caixa de correio na-
quêle logar e, consequentemente,
na condução diária de uma mala
do correio que parta dos Rama-
lhos. Entre Ramalhos e Viseu
medeia meia hora de caminho e
a despesa com o. estafeta talvez

“não vá além de sessenta escudos

mensais, que a Administração
des Correios fâcilmente compor-
ta, satisfazendo, assim, a legíti-
ma aspiração da gente das po-

“voações citadas, que, presente-

mente, só pode procurar a cor-
respondência aos domingos
quando se dirige aos Ramalhos
para ouvir missa.

Muito satisfeitos licaríamos se
a sua pretensão fôsse atendida o
mais de-pressa possível,

Este número foi visado pela
Comissão de Censura
de Castelo Branco

DESASTRES

Na passada 5.” feira velo a es-
ta Vila, para tratar do funeral-de
sua mãi, falecida no Hospital,
Alfredo Moreira, jornaleiro, de
Sernache; ao descer a estrada de
Santo António, caiu da-bicicleta

“que montava, recebendo um pro- |,

fundo golpe no frontal, parece
, que em consegiiência de se ter
partido o garfo da bicicleta, que
“estava fendido em dois pontos.
Recebeu os primeiro socorros no
consultório do sr. dr. Rogério
M. Lucas,

— Na. Várzea Fundeira, fre-

guesia de Pedrógão Pequeno, |:

quando andava numa caçada, des-
fechou se a espingarda ao nosso
amigo sr. Angelo Perreiva Vidi-

gal, sendo atingido pela carga na),
mão esquerda; bastante ferido, |
veio para a Sertã, onde lhe’foi |

prestado o necessário tratamento «
— No logar do Pouto, fregue-

sia da Fundada caiu aum poço,!

morrendo afogada, na ocasião
em que tirava água, Margarida
Nunes, de 57 anos, solteira,

NOTA OFIEIOSA

No n.º 260, de 11 do corrente,
transcreveu-se, do nosso prezado
colega «Beira Baixa», de 6 de
Setembro, a seguinte noticia in-
titulada «Das povoações raainas
para Espanha» :

«Por informações que nos che-
gam de fonte- segura, sabemos
que a saída de géneros e produ-
tos das. terras visinhas da fron-
teira para a Espanha tem última-
mente atingido proporções fan
tásticas».

Além de várias considerações
alarmantes sôbre o que diária-
mente se passa nas povoações da
raia, dizia-se ainda que: «E? pre-
ciso que quem pode fazê-lo obri-
gue os que têm encargos de vigi-
lância e abrir bem os olhos…»

Perante informações tão impen-
sadamente falsas e trazidas a pú-
blico, em que especialmente são
visados organismos ecorpor«ções
que só elogios merecem entendi
dever verificar a sua origem.

Devidamente informado, tive
conhecimento do seu envio por
quem múnca deve mentir, o que
pode explicar não se ter procu-
rado melhor e mais segura infor-
mação.

Mais para fazer justiça a quem
merece, do que por necessidade,
esclarece-se : E

1.º — O contrabando de géne-
ros alimentícios para Espanha,
nestes últimos dois meses, dimi
nuiu em mais de 80º/; como pos
de ser confirmado pelo reduzido
número de apreensões feitas pelos
serviços de vigilancia na fronteira;

2.º — Este resultado deve-se,
principalmente e sobretudo, à in-
cansável energia e dedicada actua-
ção da Autoridade Poligial do
Concelho de Idanha a Nova (Vice-
Presidente da Camara), Brigada
de Repressão da Exportação Ile-
gítima dos Géneros Alimentícios,
Guardas Republicana e Fiscai;

3.º — Ao racionamento: já em
vigôr no concelho de Idanha a
Nova e apertado contrôleno trân-
sito de mercadorias exercido com
feliz êxito pela Brigada de Re-
predio 1. G. AP. S.P.eG.

RA

4.º — Conscientemente e com
verdade .se afirma que o contra
bando feito actualmente pela fron
teira dêste distrito é pouco mais
que o normal e inevitável, nada
tendo portanto de alarmante;

5.º—A sua repressão, vigilan-
cia e castigo, bem como a alta
inconsiderada de preço e açam-
barcameênto, continuará com ener=
gia e decisão,

o

Excepcionalmente, transigiu-se,
não chamando. policialmente à
responsabilidade o autor dêste
género de boato que tal como

Abertura da caça

e

Na madrugada de 15, ainda o
sol vinha longe, partiram os ca-
cadores, da região, para os pon-
tos favoritos, onde há fartura de
lebres, coelhos e perdizes.

Acompanhados dos caísinhos
amigos e fiéis, batendo o mato
durante todo o santo dia, explo-
raram-se os vales, as vertentes e
cumes dos montes, por mais den-
so que fôsse o mato, por mais
áspero e incómodo o caminho a
percorrer. Trilharam-se socalcos
e veredas em busca da caça ape-
tecida e não houve moita que
ficasse por bater, que escapasse
à presteza e faro do perdigueiro
astuto. As bichezas viram uma
fona e poucas adregaram esca-
par à perseguição inclemenie e
atroz do caçador e do cão, um e
outro de comparsaria numa ofen
siva diabólica, em que a trégua
se mede pelas horas de repouso,
quando as energias desfalecem
no mais animoso e entusiasta
pelas lídes venatórias; suspen-
de-se o ataque depois de fecha-
da a noite, quando o astro-rei
já há muito se escondeu no oca-
so, para recomeçar, na madru-
gada seguinte, mais duro, mais
violento.

Nem mesmo alapados nos seus
esconderijos, o coelho e a lebre
conseguem livrar se da chumba-
da certeira e mortífera, pagando,
assim, com, língua de palmo, a
doce trangiiilidade de muitos
meses e a ratoneirice nas hortas
do: camponês que lhes vinha ju-
rando pela. pele; um tiro basta
para cortar cerce O seu viver
edénico, que o bicho-homem, su-
perior na escala zoológica, não
consegue gozar neste amaldiçoa-
do e turbulento planeta, em que
o mais pequeno triunfo e a mais
insignificante conquistá para uma
melhoria. social estão na ordem
directa do esfôrço tenaz empreen-
dido!

Cá por coisas, não diremos
quais foram os resultados obti-
dos, pelos caçadores da Sertã e
redondezas, no primeiro dia de
caça! Melhores não podiam: ser!
No semblante de muitos devotos
de Santo Humberto transparece
o são contentamento de uma rija
e porveitosa batida.

Isso lhes basta… a êles e a
nós, que, nem mesmo por dever
de ofício, somos bisbilhoteiros.!

E” que às vezes as indiscrições
saém car s… e nós, por en-
quanto, só recebemos duas per-
dizes!!!

os outros, não merece crédito e
muito menos guarida.

Governo Civil de Castelo Bran-
co, 10 de Setembro de 1941,

O Governador Civil— António
Maria Pinto,

Do e ma

CASAS vo POVO

Em 17 do corrente estiveram em
Proença-a-Nova e Sobreira Formosa
-08 srs. Presidente da Junta de Provit-
cia é Eurico de Sales Viana a-fim-de
| escolher terrenos apropriados para a

construção dos edifícios das Casas do
* Povo daquelas localidades, que serão
erigidos em comparticipação do Estz-
do, Junta de Província e Câmara Mu-
nicipal. No plano de assistência mol-
dado nas bases há pouco formuladas
pelo Estado Novo, o concelho de
Proença-a-Nova vai ser O primeiro a
organizar a sua assistência médica, Nas
casas do Povo de Proença e Sobreira
serão instalados postos médicos com
os necessários requisitos para poderem
prestar assistência de urgência a tôda a
hora e a tôda a gente do concelho.

Nas freguesias anexas, Peral, S. Pe-
dro do Esteval, Alvito e Montes da
Senhora, serão, de igual forma, insta-
lados postos médicos, onde, em certos
dias de cada semana, e sempre que se-
ja necessário, irão os facultativos das
Casas do Povo prestar a devida assis-
tência.

O problema da hospitalização dos
doentes será solucionado por contrato
com o hospital da Misericórdia de Cas-
telo Branco, correndo as despezas em
comparticipação da Junta de Província
e da Câmara,

Esta modalidade de assistência, a to-
dos os títulos interessante, irá sendo
posta em prática nos concelhos mais
pobres, onde, práticamente, quási não
tem existência, e virá, por fim, a abra-
gar tôda a Província.

O plano de assistência foi elaborado
pelo sr. Governador Civil em colabo-
ração com os srs. Presidentes da Junta
de Provincia e da Câmara de Proença-
a-Nova, estando de parabens os pobres
daquêle concelho, Parece que dentro
em breve deve visitar os concelhos de
Sertã, Vila ds Rei e Oleiros o sr, Pre-
sidente da Junta de Província para es-
tudar com os Presidentes das Câmaras
respectivas a adaptação aos seus con-
celhos da nova modalidade de assistên-

cias

Por diferentes Casas do Povo foi dis«
tribuída a importância de 133,072500
para reforçar, até ao fim do corrente
ano, os subsídios de invalidez que be-
neficiam os sócios efectivos, impossibi-
litados permanentemente de trabalhar
por motivo de doença ou vélhice.

A! Casa do Povo de Sernache do
Bomjardim coube a importância de
2600800.

Correspondências para a
«Comarça»

A expedição de notícias para
a «Comarca» está, como é natu-
ral, confiada aos nossos prezados
Correspondentes das sedes de
freguesia; contudo, sucede que
os mesmos senhores, já porque
não têm qualquer remuneração,
já pelas suas ocupações ou vida
profissional, muitas vezes não
podem dar conta, como a devida
regularidade, dos factos mais
importantes ocorridos nas suas
áreas,

Nestas circunstâncias, qualquer
pessoa nos pode enviar, como
correspondências, notícias para
publicação, devendo as mesmas
vir assinadas,

Os signatários tomam a res-
ponsabilidade por qualquer ínformação menos verdadeira,

A MARGEM DA GUERRA
pigs ai Formação de Marinheiros Belgas enquadrados na Armada Real Britânica