A Comarca da Sertã nº247 05-06-1941

@@@ 1 @@@

 

— FUNDADORES —
— Dr. José Carlos Ehrhardt —
— Dr. Angelo Henriques Vidigal —
—— António Barata e Silva ——
Dr. José Barata Corrêa e Silva

Eduardo Barata da Silva Corrêa

 

Õ DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO od e
z Edluanolo Sonata da Tilva Coreia e TP. pOmELA FEUÃO
o: ; ade CASTELO
z REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO BRANCO
w| |RUA SERPA PINTO-SERTÃA ] | ion

a y TELEFONE
« | | PUBLICA-SE ÀS QUINTAS FEIRAS y Es : 112

ANO VI | Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarca da Sestã: concelhos de Sertã | J ETINREI o
Nº 9247 | Oleiros, Proença-a-Nova e Yila de Rei; e freguesias de Amêndoa e Gardigos (do concelho de Mação)
|

1941

Notas …

« SE uma ciência puramente
utilitária é em certo as-
pecto a negação da própria
ciência, o saber pelo saber, o
gósto ou vaidade do conheci-
mento, encerrado na ebúrnea
tórre da contemplação de si
mesmo, sem ligação ou inte-
rêsse pela vida dos homens e
dos povos, à jôrça de egoísta,
também não seria humano.
Dagui para a ciência e para o
ensino o imperativo de um sen-
tido social. Isto, porém, não é
tudo para a vida das socieda-
des, pois, como para os indi-
viduos, dos conhecimentos da
ciência e das suas leis não é
possível deduzir as regras de
conduta impostas à consciên-
cia humana. E, portanto, ou-
tro imperativo para a gover-
nação—o ser essencialmente
moral. Dificilmente se me en-
contraria outro mérito do que
haver proclamado estas duas
concinsões tam simples ca pe-
sar disso tam esquecidas e ha-
ver-me mantido praticamente
fiel às suas determinações,
buscando incessantemente a
harmonia da antoridade do
Estado e do bem dos cidadãos,
o ponto de coincidência da fi-
delidade aos nossos destinos
nacionais e da prosperidade
de tôdas as ontras nações»,

o eco rennopepacatacagar maga

SALAZAR
ro

O rigor com que foram cas-
tigados pelo Tribunal
aguéles dois indivíduos do
Vale Porco, que desrespeita-
ram a patrnlha da G. N. R.
ao ser-lhes pedida a licença de
um cão que os acompanhava,
mostra — como não podia dei-
gar de ser e mal se assim não
fôsse— que as autoridades de-
vem ser prontamente obedeci-
das nas suas ordens legítimas.
O castigo deve. servir-lhes
de lição e talvez aproveite a
muitos que, por tudo e por na-
da, repontam com as antori-
dades e nutrem pela fôrça pú-
blica um aborrecimento e até
hostilidade, própria de gente
desordeira, sem cultura e sem
civismo. 7
A a

CONTINUA a fazer se sentir

o man tempo: nem desa-
parece o frio, nem cessa a
chuva! No último sábado cho-
veu torrencialmente.

Esta Primavera não tem sido
mais do que o prolongamento
do enfadonho Inverno de tris
te memória.

“d agricaltara sofre os efei-
tos desastrosos das intempé-
ries, que todo êste santíssimo
ano, como uma maldição, caí
ram sôbre ela.

Chnva e frio em Junho.
caso extraordinário dando.
impressão de que v tempo an-

da tam desajinado como o triste PRM quad e só lhe acertei com | formosa cidade do Mondego e
mundo em que habitamos,

INTERÊÉSSES REGIONAIS

CADA COISA NO SEU LOGAR

-EE—— gu

Ol há poucos dias,

Atravessaya eu a Alameda Sa-
lazar quando alguém, que se en-
contrava junto da cortina em

construção do lado da ribeira, me chamou
para me dizer: aqui osá um luxo escusado
na Sortã, que vai custar uns milhares de
escudos ao Municipio, que melhor andaria
se os empregasse em fontes e estradas ru-
rais. E com uma ponta de ingenuidade
confiante, como que esperando a minha
concordância com a sua objurgatoria, ter=
minou por preguntar-me 2 que dizia eu
áquilo.

Respondi-lhe a única coisa que devia
responder-lhe: tudo era preciso, tanto O
trabalho que se estava ali fazendo como
as fontes e estradas nas povoações que de-
las carecessom,

Qada localidade tinha as suas neces-
sidades naturais,

Percebi que o meu interlocutor não
ficou satisfeito com a resposta, mas não
deixei de prosseguir: A sua crítica não tem
inteligência nem fundo de razão. Péca pelo
mesmo esquecimento, que anda noutras ca-
beças, de que esta vila é a sede do concelho
e duma vasta comarca, que é o primeiro
aglomerado populacional da sua circuns-
erição, ao qual cabo o direito de represen-
tá-la, receber as suas visitas e manter o
decôro e dignidade inerentes à sua função.

Estando para o concelho na relação
em que Lisboa está para’o país e Castelo
Branco para o distrito, a Sertã tem os pri-
vilégios próprios da posição que ocupa na
jerarquia dos povos, quer queiram quer não
aquôles que pensam, falam e procedem cc =
mo se assim não fôsse.

O que acaba, portanto, de classificar
de luxo escusado, nesta vila, poderia cha-
mar-lhe assim noutras logalidades, mas não
na sedo do concelh», que tem categoria
para mais,

Ande por aí fóra e veja como, de uma
maneira goral, as terras da classe da Ser
tã teem alindado e melhorado a sua fisio-
nomia nos ultimos dez bnos, Observe com
vlhos de ver, é diga me, depois, se encon-
tra por cá o que essa digressão lho háde
mostrar E tenha a certeza de que ninguem
p raguêlos sítios falará em «luxos escusa-
dos», E” que zângãos da espécie dosque
zumibeny à roda da Sertã em distarçadas
manif stações de inveterada folia, nã) teem
ali ato sfera pr, pícia ás suas maquinações.

Positicamente, a Sertã não tem estas

gi

cionado; mas se, com os indivíduos, as ter-
ras devem vestir — passe o termo — de
harmonia com a sua condição, um ligeiro
confronto desta vila com tantas que não.lhe
são superiores, é a prova integral do muito
que lhe falta para atingir o plano das suas
congéneres.

Por cérto, ninguém se lembrará de dar
à sede do concelho quanto precisa e justa-
mente reclama, esquecendo as necessida
des rurais, como também será imbecilida-
de aceitar a idéia de que só depois destas sa
tisfeitas, a sede do concelho deverá cuidar
das suas.

De resto, há melhoramentos a intro
duzir nesta vila que não custarão um cen-
tavo ao Município, antes constituirão apre-
ciaveis fontes de receita concelhia Estão,
de momento, neste número as casas dos
magistrados judiciais, a rede de distribui-
ção de águas aos domicílios e um mercado
coberto, para cujas obras deverão ser con-
traídos empréstimos amortizáveis com cg
rendimentos dessas construções.

Nunca a séde do concelho olvidou os
povos dêste departamento.

Se muitos há que não receberam be-
nefício camarário, bastantes os gosam em
menor ou maior redida. não falando da-
quêles que teem visto realizar velhas aspi-
rações fôra dos dominíos municipais, mas
por vias ligadas à iniciativa, acção ou solida-
riedade sertaginenses, :

O mal é que é demasiadamente exten-
so, 6 ainda que não faltasse dinheiro para
tratá lo nos seus vários aspectos seria em-
prôsa pera muitos anos e algumas geraçõer,

Carece c concelho da Sertã de ver
atendidas as suas instantes necessidades
materiais,

Carece a sua sede de ger atendidas as
que lhe impõe essa qualidade. Umas e ou-
tras terão-o seu logar num justo critério
distribuítivo das disponibilidades camará
rias. E” o que sempre vi fazer, E’o que,
por certo, sempre se fará,

Terminando, dir lhe-bei que o assun
to se presta a mais largos comentários que
não deixarei de faser com vagar. Ficarã
para outra ccasião, mas veja se, até lá, —
desculpa a franqueza — se esforça por r =
frescar a sua mentalidade resseguida de
forma a torcá-la mais justa e compreensi-
va de realidades que não lhe é lícito des:
conhecer e só não são vistas pelos cegos
“que deliberadamente lhe fecham cs olhos,

E vá-se com esta,
SILVANIO

B como prova que estava bê-, “DIARIO DE COIMBRA” |lega «Diário de Coimbra», que,

bedo quando partiu com
uma pedra os vidros do seu
vizinho ?

j 10 anos de vida, intransigente e
— Porque atirei com mais de | nobremente votada ao serviço da

na mesma data, inaugurou sole-

Completou, no dia 24 de Maio, ! nemente as novas instalações e
publicou um excelente número |

de 10 páginas.
Que conte muitos anos, sem-

uma! “Tdas Beiras, o nosso prezado co» | sinceros votos,

«ad lápis

Vão bastante adiantados os
trabalhos do tróço da es-
trada 54 24, entre Sertã e Cu
miada. :
O o
ROOSEVELT falou mais

uma vez. O seu discurso
era anciosamente aguardado

pelas chancelarias e em espe-‘

cial pelos países que esperam
dos Estados Unidos o apoio
julgado decisivo para a sua
causa, confiados de que a fôr-
ga e o extraordinário poderio
da indústria americana farão
pender a balança, decisiva-
mente, para o seu lado.

O discurso foi enérgico e
mostrou que os Estados Uni-

dos se encontram dispostos a,

entrar activamente na contenda
desde o momento em que a sna
segurança esteja em perigo. O
Presidente não ocnitou graves
receios por já se terem ferido
combates na zona marítima
da Groenlândia, considerada
relativamente prórima das
costas da América e, por conx
seguinte, como agora se diz,
dentro do espaço vital do he-

misfério ocidental, espaço que.

ninguém sabe, de positivo, on=
de princípia e onde acaba.
Por isso mesmo pareceram-
-nos imprudentes as alusões
feitas às nossas ilhas dos Açô-
res e de Cabo Verde, não só
porque pertencem a uma na-
ção ciosa dos seus direitos de
soberania e disposta a defen-
dê-lus contra qualgrer ataque,
parta êle donde partir, mas
também porque, pela sua pos
sição, não constituem perigo
para ossEstados Unidos, como
se pretende fazer crer. Além
disso, as afirmações do sr.
Roosevelt em tal sentido bris
gam com a atitude precedente
do Govêrno americano, que

não perfilhou — e até parece:

ter reprovado—as declarações
do senador Pepper.

E’ muitas vezes lamentável
a atitude dos grandes com re
lação aos pequenos.

Não se harmoniza ela com
as bonitas palavras de Justiça.
e de Direito, lançadas sonora=
mente aos quatros ventos. Mau
será que os sagrados princi-
pios não sejam seguidos por
aquelas nações que tanto atur-
dem os nossos ouvidos com
uma verborreia clangorosa,
empregada, como meio de pro-
paganda, a tranguilizar os
fracos e a conquistarlhes as
simpatias.

Os povos pequenos só dese-
jam que os deixem em Paz,

ro

W’ de muito boa qualidade
tôda a carne que se ven=
de nos talhos municipais des

pois de feito o último contrato. ‘
Boa e por preços bastante
pre prósperos, são os nossos em conta, 1

Ao menos, valha-nos isso!

 

@@@ 1 @@@

 

* Concessionária :

Companhi

darreira de camionetes de Passageiros entre
SERTÃ E PROENÇA-A-NOVA

 

a Uiação Sernache, bd.

Séde — Sernache do Bomlardim

A Comarca da Sertã

ANUNCIO

(2º Publiceçã)

Por êste Tribunal, única secção
da Secretaria Judicial e autos de
execução por custas e sêlos que o

A’s 3.º, 5.º e sábadoe Chsg. Part.
Sertã Moss a A o a 18
Proença-a-Nova +. +. . 2 es 19

A’s 2, 42º e 6,ºº feiras Cheg. Part.
Proença-a-Nova . +. Lc. 6,30
Sei o o rear 7,30

Dá ligação às Cameiras da mesma Companhia, de TOMAR o LISBOA

Luxo! Gonfortol Gomodida

Escritório e garage em Lisboa :

del Segurança! Rapidez]
Avenida Almirante Reis, H. 62

 

OS AMIGOS DA «COMARCA» |

Foram-nos indicados os se-
guintes assinantes: pelo sr. An-
tónio Farinha Ribeiro, o sr, An=
tónio da Silva, ambos de Lis-
boa; pela sr.* D. Adelina Alves,
de Lisboa, o sr. Bernardino Vi-
cente, de Quelimane (Arica
Oriental); pelo-sr. José Antunes
Amaro, de Pedrógão Pequeno,
o sr. José Lourenço Silva, da
Várzea Cimeira, Pedrógão Pe-
queno; pelo sr. Idílio Ferreira, a
sr.” D. Joaquina Godinho, am-
bos de Lisboa; e pelo sr. João
Baptista dos Santos, de Vila de
Rei, os srs. Felisbelo Cardoso
Costa, Vicente Baptista Santos e
António Martins Cobra, da mes-
ma localidade,

Aos nossos amigos apresenta-
mos sinceros agradecimentos,

rose

QUEM PERDEU ?

Encontra-se depositado, nesta
Redacção, um molho de chaves,
encontrado no dia 24 de Maio,
sábado, na Alameda da Carva-
lha. Será entregue a quem per-
tencer,

rr

Notícias Militares

Foi superiormente autorizado
que os 1.º” cabos milicianos da
arma de infantaria, com o curso
de sargentos milicianos, sejam
admitidos ao próximo concurso
extraordinário para o posto de
furriel do quadro permanente,
nas mesmas condições em que
são admitidos os furriéis milicia-
nos, e que nas mesmas condi-
ções sejam também admitidos ao
mesmo concurso os 2ºº sargen-
tos milicianos, os quais, no caso
de obterem aprovação, serão
graduados no posto de 2.º sar-
“gento do quadro permanente,
com vencimento de furriel,

eta
JULGAMENTO

Acusados pelo Ministério Público,
responderam, na pretérita 5.º feira, An=
tónio Antunes, de 23 anos e seu irmão
José Antunes, de 29 anos, solteiros, jor-
naleiros, do Vale Porco, freguesia e
concelho da Sertã, de, no dia 17 de
Abril findo, por cérca das 10 horas, fal-

tarem à obediência devida a ama or= e

dem legítima da patrulha da Guarda
Nacional Republicana, constituída pelo
cabo Estêvão Augusto Gouveia e solm
dado Jerónimo Cunha; ainda o José An-
tunes se recusou a acompanhar a pa-
trulha ao posto, o que motivou ela
pretender agarrá-lo, mas êle resistiu
violentamente, agarrando-se ao dolman.
do cabo, de tal forma que lhe arrancou
um botão e rasgou a casa do outro e,
a certa altura, pediu auxílio a seu irm
mão, o co-arguido António Antunes,
que também se opôs, violentamente, à
prisão de seu irmão, agarrando-se ao
dolman do soldado, arrancando-lhe um
botão da platina do ombro esquerdo.
Condenados na pena de sels meses de
pão levando em conta a detenção
á sofrida, emolumentos devidos aos
peritos, 500300 de imposto de ta
e solidáriamente nas indemnizações de
cem escudos a cada guarda que com-
puta a patrulha e cem sarados de
olumentos para o seu advogado
pficioão, – Ê

 

Editos de 30 dias

Nos autos de execução por cus=
tas é selos que pela 3,º secção da
Secretaria Judicial di 6º Vara
do Porto, O Ministerio Publico
move contra o executado Júlio Del-
gado oa Júlio Mendes Delgado,
casado, industrial, de Sernache do
Bomjardim, comarca da Sertã,
correm éditos de 30 dias, a contar
da 2.º publicação dêste anuncio,
notificando os compropristários An-
tónio da Silva Mendes e mulher,
auzentes em parte incerta no Bra=
ail e que tiveram o seu ultimo do-
micilio em MSernache do Bumjar-
dim, de que para garantia da quan-
tia exequenda de 305506, custas,
selos e mars despezus até integral
pagamento, foi feita penhora, em
8 de Janeiro do corrente ano, no
direito e acção que o executado
tem a 1/16 de uma propriedade que
se compõs de terra com oliveiras
no sitio do Cabeço, limite de Ser
nache do Bomjurdim, e por des.
pacho de 3 de Abril último, for
ordenada a penhora no direito e
acção que o executado tem a mais
1/16 do referido prédio, podendo
os motiicandos, dentro dv prazo
de 3 dias, depois de findo o dos
éditos, fuzer as declaruções que en
tenderem quanto ao direito do
executado e uo’ modo de o tornar
efectivo,

Pórto, 15 de Maio de 1941.

O Chefe da 3.º secção,
Viriato Rebelo da Silva
Verifiquei
O Juiz de Direito da 6º Vara,
J.ão Ay.co

ANUNCIO
(2 pobliceçã )

Pelo Julzo de Direto da Co-
marca da Sertã 2,8 secção, no
processo de execução de sentença,
que o Digno Agente do Ministério
Público, na qualidade ds repre.
sentante das Câmaras Municipai
dos concelhos de Marvão e de Vila
de Rei, promove contra Adolfo
Monteiro do Amaral, cusado, jor-
nalista, morador em Santo Tirso,
correm éditos de vinte dins, contas
dos da segunda e última publica-
gão dêste anúncio, citando os crê
dores deconhecidus daquêls exacu-
ado, para no proso de dez dias,
posteriores ao dos élitos, virem à
dita execução deduzir os seus di-
reitos,

Sertã, 2 de Junho de 1941,
Verlfiquel,
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O Ohefe da 2:º Seação,
a) Angelo Soares Bastos

 

Postais com vistas da Sertã
(EDIÇÃO PRIMOROSA)

Vendem-se nesta Redacção
Colecção de 7 postais — 7400

| dura clívcis pinhais e meto.

exeq , Ministério Público, mou
ve contra o executado Tomás Pa-
trício,. viuvo, proprietário, residen
te que foi em Oleiros e presente
mente ausente em parte incerta,
correm éditos de trinta dias, a con
tar da segunda e última publicas
ção do presente anuncio, notifican=
do o dito executado de que, para
pagamento da quantia exequenda,
de 429550 e das custas e sêlos
acrescidos e a acrescer até final
da execução, fot, por despacho de
quatro de Março corrente. ordena-
da penhora sôbre 08 seguintes pré-
dios pertencentes ao executado, a
saber: — Uma pequena casa de
habitação, sita na hua do Carril
desta vila, inscrita na matriz sob
o artigo n.º 825; — Um quintal.
sito na Quelha do Carril, inscrito
na matriz sob os artigos n,! 1 793
e 1.794,

Oleiros, 7 de Março de 1941.
O Chefe de secção,
João de Sousa
Verifiquei,

O Juiz Municipal,
António Ferreira Pinto

VENDE-SE

1 cavalo é 1 charrete em
bom estado.

ANAL DA

HOR

fa

CCE eee mem op

CARRBIRA DE PASSAGEIROS

ENTRE. PEDRÓGÃO PEQUENO E GERTA

Concessionário — COMPANHIA DE VIAÇÃO DE SERNACHE, LIMITADA

 

Pedrógão Pequeno .| — | 630
Ramalhos. . . .|6,50/6,55
Póvoa R, Cerdeira .| 7,10] 7,15
Sertã ME HS Ro |

De 4 de Julho a 30 de Outubro, efectua-se
todos os dias: excepto aos domingos.

De 4 de Novembro a 30 de Junho, efectua-se
às 2.28, 5.º e sábados.

 

Cheg:| Part. | Cheg. | Part.
Sertã. . . . JJ) — [1800
Póvoa R, Cerdeira .|18,20/ 1825 »
Ramalhos. . . .|18,40/18,45-

Pedrógão Pequeno .[19,00] —

De 4 de Julho a 30 de Outubro, “efecima-se
todos os dias excepto aos. domingos. :
De 1 de Novembro a 30 de Junho, etectua-se

às 4.28, 62º e sábados,

Este horário anula todos os anteriormente aprovados

SEntónio da Siilva Pourengo

acaba de abrir uma

SECÇÃO DE OURIYESARIA

JOIAS, OURO E PRATA

Interessantes e magníficos artigos, de
finissimo gôsto, próprios para brindes

Compra c vende ouro c prata cmsegunda mão

RUA CANDIDO DOS REIS— Ss E RT À

e última publicação dêste anuncio,
citando os crédores desconhecidos
daqueles ex dos, para no pra |
zo de dez dias, posteriores ao dus
ditos, virem & dita execução de-
duzir 08 seus direitos,

Sertã 19 de Maio de 1941,
Verifiquei
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O Chefe da 2º Secção,
Angelo Soares Bastos

Norberto Pereira

Gardim
SOLICITADOR ENCARTADO

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Rua Aurea, 139 2.º D.º
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Sertã,
ero+ro

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cisco — Sertã. ho | Mercarias Camas e Colthoaria | Gravatas =
A N U N Cc I 0 | Perfumarias Cobertores de Já e algodão | Modas E
—e— à E Ea
(2.º Publiosção) | Papelaria e 2 Malhas E
as Sl a &
Es -D =
Pelo Juizo de Direito da Co- ES || 3 E E UA =
marca da Sertã, segunda secção, || EE: Louça esmaltada = Io – Aiscadaria s
no processo de execução hiputecá- Es ficam Cl lx —— — nl E
ria, que o exequente Manuel Mar 2 | louça de Sacavém Ed A Ss w | Enfestados y >
tums Bretes, cusado, agricultor e |-E ss) eliane pl ITA Brancos e ris | E
proprietario, morador no lugar da || 8:5| 1 Qi = EN E
Fonte Longa freguesia de Santo = : oe s E
André das Tojeiras, concelho de Vidros 2 á Atoalhatos R

Castelo Branco, promóve contra |
og executados Francisco Lourenço ‘ o à se
Ditas e mulher Maria Isabel Ri-|] Tabatos Colchas de seda e gorgorão Retrosaria E
beiro, agricultores, moradores no = =
lugar de Carregais freguesia dos o E ‘ Ea
Montes da Senhora, correm éditos Ferragens Lenços de lã e algodão liarda- sóis E
de vinte dias, contados da segunda E

Quere fazer melhor venda dos
artigos do seu comércio |
e produtos da sua indústria ?

Gastando uma insignificância, !
pode anunciá-ios na «Comarca,
da Sertã», :

Comeita. entre Sei = Figueiro dos Vinhos – (oia

Companhia de Viação de Sernache, Ld,” comunica ao

público que as carreiras entre Sertã — 1
Figneiró — Coimbra, têm os seguintes horários:

Ás 2″, 4″ o 6º |A’s 3.º, 5.” q sábados

Vom do CG. Branvo
Oheg. Partd,

Ohog. Part,
Saduro SOR gibis io
Igueiró dos Vh.’* 14.00 14-25 misys vis E
Sernache Bom.!” 15-03 15-10 Sernache Bom ii 13:20 13:33
ERR RS | Pigueiró dos Vh.” 14-15 14-25

Sógue a C. Branco Coimbra …….. 16-35

AS lergas feiras o dias 23 de coda mês

salvo se o dia 23 fôr domingo, pois neste caso
efectua-se ao sábado
Oheg. Partd, Ohog. Partd,
5-15 | Coimbra. .,….. 16-00
5-38 | Figueiró dos Vh.º* 18.25 18-30
6 25] Sernache Bom.” 1912 1915
Sertã sao csanco 19-35

 

SETIR co canos a

Sernache Bom. tn 535
Figueiró dos Vh.” 6-20
Coimbra ,…… 8.45

 

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A preferida por tóda a gente que permanece na Sertã ou a vi-
sita, pelo seu ótimo serviço de mesa e magnificos quartos,

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Ao visitardes a Sertã, que tem belos passeios e lindos

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A Comarca da Sertã

 

Hospital da Sertá
Dádiva valiosa de uma senhora

A Ex.” Sr? D. Maria Fernan-
da, de Lisboa, num gesto de fi-
lantropia que múito a honra, e
se torna desnecessário encarecer
pelo seu alto significado. enviou
ao distinto Director do Hospital,
sr. dr. Angelo Henriques Vidi-
gal, os seguintes móveis: 2 ca-
mas articuladas, 1 marqueza, 1
mesa móvel para pensos e 1 es-
carrador.

As almas boas dispensam por
completo que as suas acções se-
jam lembradas ou postas em re-
lêvo. Ms, desculpe nos a ilustre
Senhora, no caso presente não
podíamos guardar sigilo. A no-
breza de sentimentos, se brota
expontânea do coração, como
agora sucedeu, precisa de ser
exaltada para que encontre eco
nas criaturas propensas à Virtu-
de, desejosas de contribuir para
o Bem do seu semelhante, de
minorar uma dor, de enxugar
uma lágrima.

Que alegria e que consolação
íntima sentem aquêles que pas-
sam a vida atenuando a miséria |
Os corações magnânimos só de
Deus podem receber o justo pré-
mio da afeição votada aos des-
venturados, é certo, mas a sua
bondad: encontra verdadeira e
profunda admiração entre os que
comungam no mesmo Ideal

Bem haja a Ex.”º Sr.” D. Ma-
ria Fernanda por tam simpática
e linda: iniciativa e oxalá que o
seu caminho, na vida, seja t-pe-
tado de rosas, das mais belas e
perfumadas, que só os pobrezi-
nhos, ternos & comovidos, po-
dem espalhar.

O sr. dr. Angelo Vidigal e
bem assim a «Comissão dos Ami-

os do Hospital da Sertã», em

isboa, ficaram sensibilizadíssi-
mos com a oferla, preciosa pelo
seu valor material e, sobretudo,
pelo seu significado e expressi-
vo valor moral.

Os móveis encontram-se ex-
postos no Hospital, na enferma-
ria dos homens.

o

Subscrição aberta pela «Co»
missão dos Amigos do Hos-
pital da Sertã», em Lisboa,
para a compra de material
cirúrgico :

 

Do nosso prezado amigo sr.
Manuel Alves Branco, concei-
tuado comerciante no Lobito
(Angola) actualmente no Pêso
(Vila de Rei), recebemos a im-
portância de Esc. 50800, que
muito agradecemos,

+

Transporte, 4.2758C0.

Exmº” Srs, Leopoldino da Sil-
va Morgado, 100800; Manoel Al-
ves Branco, Adelino Ferreira Al-
ves, Francisco Ferreira Leitão e
Vitorino Martins da Silva, 50300
cada; José dos Santos, 30800;
Joaquim dos Santos Dias, Alber-
to Antunes Ferreira, João Antu-
nes Ferreira e José Simões,
20800 coda; César Nunes da Sil.
va e José da Cunha Anacleto,
1300 cada, Soma, 430800,

A transportar, 4,705800.
aa

Assalto à Igreja Matriz

Na noite de domingo para 2.º
felra os gatunos assaltaram a
nossa igreja matriz, forçando,
para esse efeito, as portas lates
rais e da sacristia, Farejando tu=
do, gavetas e gavetões, acaba-
ram por arrombar as caixas das
esmolas, onde não havia dinhei-
ro algum; no sábado fôra tirado
o que ali se juntara durante a
-semama,

Não se notou a falta de qual-
qualquer paramento ou objecto
de culto, Desconhecem-se os au-
tores da proeza, mas é possível
que tenham sido dois cavalhei-
ros de caras penar vistos
no sábado na Vila,

Através da Comarca

VILA DE REI 28 — Nam concreto
artigo pablicado na «Comarca da Ser=
tã» disse Silvânio de algamas das pan=
tagens económicas e sociais da liga=
ção directa Vila de Rei — Sertã.

Coordenando-as peço vénia para a
sua transcrição, a-fim-de minaclosa=
mente dizer do que seria de átil aos
povos que de tal aproveitariam.

«Não se trata apenas de tornar ca«
minhos cómados e cartos para trân=
sito dos que, por intimação legal, se
vêem compelidos a vir do concelho de
Vila de Rei à séde da comarca oa que,
por motivos imperiosos, tenham que
ir daqai âquêle concelho.

Trata-se também de estabelecer um
mais rendoso intercâmbio de interês-
ses e um estreitamento de relações
entre as popalações da região sem fa-
lar na saida mais rápida que essa es=
trada dará as dêste lado para o Alen=
tejo e as daquêle para o norte com
todas as vantagens económicas e so-
ciais.»

Maito bem, muitíssimo ben, falando
e vendo-se as cousas à laz clara da
razão, não se pode ser mais explicito.

A Sertã ficaria assim ligada por aum
trajecto mais carto, com os concelhos
de Vila de Rei, Sardoal, Abrantes, ri=
co e extenso concelho que tem o im=
portante centro comercial e indostrial
que é Alferrarede e mais rápido aces=
so ao caminho de ferro do Leste, por-
ta aberta a todo o Alentejo.

“Não há, não pode haver para isto
«controvérsia possível».

— «Só pode satisiazer as legitimas
conveniências de Vila de Rei como
agregado da comarca da Sertã a que
estabelecer cssa ligação com a séde
desta pela linha mais carta e passe
através da Fregaesia da Fundada,»

E’ a verdade na manifestação mais
clara da sua potência, que só quem
está velado pela incoerência nas saas
diversas formas e feitios, a não vê, a
não sente.

Em todos os campos, comercial,
agrícola, indastrial e social, enfim na
sãa economia geral é só esta ligação
que interessa a Vila de Rel, e é a mes=«
ma que pelas suas caracteristicas, re-
eiprocamente deve de interessar à
Sertã que passaria a ser interposto
ou cais acostável dos prodactos da
saa região e Oleiros e mais, para os
concelhos citados.

«A construção dêste ramal é tam-
bém o que mais convem à integridade
da Comarca.»

Este argamento é de quem tem a
visão clara e nitida; Sertã tem amigos
em Vila de Rei, mas também pode ter
inimigos, embora O sejam em menor
número que aquêles e êste facto pode
ser originado pela falta de espiritua-
lidade entre ama e outra.

Além de todas as vantagens a advir
pelos povos a que essa ligação daria
azo, serviria também » interêsse nam
cional, pois do encartamento de dis-
tâncias, julgo, fazem parte da técnica
e estratégia militar, porque por falta.
de reabastecimentos ou reiorços a
tempo se perde uma causa, uma guer-
ra e até uma nacionalidade,

Assim um corpo de exército, saído.
de Abrantes 0a vindo do leste, a pé,
de cavalaria ou mecanizado com dix
rectriz à Sertâ-Loasà, constraída a
via que se trata, fará o trajecto mais
rápido que por outra qualquer; por
o para bem da Nação nos é mal-
to :

Para Vila de Rel com todas as re«
clprocidades é caso de vitalidade pres
sente e fatara, na sao trajectória tal
artéria abrangeria 05 centros mais

p e pr o
cujo fomento impalsionaria, determi»
nando e facilitando às popalações as
brangidas, um uso mais omplo, mais
rendoso da sua prodi dad

Vila de Rel tem já uma ligação com
Fandada, mas Inaproveltável para 08
fins em vista, porque os niveis e apam
relhos de medição, oa a falta de ópti=
ca produzia dois enormes ladeirões
no sitio das Cortelhas com ama per-
centagem altrapassando todos os limi-
tes, ou então era o «Simbolo» a actaar,

À propósito conto um episódio sa=
cedido, dizem-me, há 60 e tantos anos,
B quando da constração da estrada
que nos liga a Alferrorede-Abrantes.

No local chamado Soato do Penedo,

sobre o ribeiro uma ponte de alvenom

Pesquisas umneiras o Distrito

O ilustre Governador Civil do
distrito, usando dos poderes que
a Lei lhe confere, fixou as res
gras a que no nosso distrito têm

e sujeitar-se os manifestantes
de registos mineiros para pode-
derem realizar pesquisas e os
concessionârios para electuarem
a exploração,

A autorização para as pesqui-
sas deve ter o visto do Presi-
dente da Câmara do respectivo
concelho, e não poderá ser con=
cedida sem prévia. autorização

b dois quilómetros desta Vila, fezese

(Noticiário dos nossos correspondentes)

ria delineada para ser construída sô-
bre um assentamento de rocha a des-
coberto; porém na saa frente existla
e existe um sobreiro, mas o dono do
mesmo tendo em maito boa conta a
sua cortiça e como bom político de
então, actaou de maneira que a ponte
foi desviada e feita um pouco mais
abaixo, onde por falta de firmeza se
empregou estacaria, dando-nos daas
formidáveis curvas quando poderia
ser uma recta.

Por isso êste sobreiro simbolisa a
politica do venha a nós neste concelho
e eu vejo-o ainda muito viçõso.

O «simbolo» tem exercido a sua ac=
ção nas estradas, Deus queira que não
chegae ao urbanismo,

Sôóbre a conveniência da estrada em
constração Sernache do Bomjardim—
Vila de Rel, nos referiremos na pri
meira oportunidade.

— À prestar serviço como miliciano
foi chamado o nosso presado conter-
râneo e amigo Sr, João de Moara
Campino.

—pPrecedida de trídao realizoa-se a-
qui no dia 25 a festa da Rainha Santa
Isabel, chamada também a festa das
flores.

A sua procissão, imponente em todo
o seu aspecto é digna de menção, or-
namentando-a figaras alegóricas ade-
quadas ao momento, dam belo efeito
decorativo e despertar na lembrança
dalgans génios da fé cristã, ama imen=
sa mole de povo acompanhando-a en-
chia de lés a lés as ruas do percarso
que ficaram juncadas de ilôres.

Foi abrilhantada pela Filarmónica
de Vila de Rei.

Vila de Rei neste dia sentia ordem,
crença e movimento.

Por todos estes predicados, porque
não se realiza a festa de Nossa Senho-
ra da Gaia ?

— Causou aqgal repulsa e conster-
nação o tresloucado acto que ensan=
giientoa a Sertã.

— Na noite de 26 para 27 foram as-
saltadas a capela de Nossa Senhora da
Guia e Igreja Matriz; a importância do
roubo foi insignificante,

Cc.
usçox
Francisco de Matos
Gomes

PÊSO, 27—Dêste nossos amigo e dis=
tinte professor em Macinhata de Seixa,
recebemos, com destino à biblioteca da
Casa do Povo 2 preciosos livros da sua
autoria, intitulados, «Esbôço Analítico
de Estética na Obra de João Maria Fer-
reira», e «Interêsses Regionais». A êste
talentoso conterrâneo, agradecemes,
muito sensibilisados, a gentileza da sua
oferta e o carinho que lhe mereee a
nossa instituição,

Quinta feira do Ascon-
ção

Na passada 5,2 feira de Ascenção,
dia santificado, foi servido, por um
grupo de gentis meninas da nossa al-
deia, no amplo e aprazível recinto do
Adro da igreja, onde préviamente ha-
viam sido postas várias mesas, cober-
tas de alvas toalhas, um i lan-
che a 80 creanças da nossa freguesia,
as quais, vestidas de cruzadas, tinham
recebido, momentos antes, a sagrada,
comunhão. Na organização impecável
de tão simpática e comovedora festi-
nha, cuja agradável lembrança ficará
para sempre vincada na alma das crian-
cinhas, mito valeu o valioso concurso
do nosso querido Pároco, Rev º P,e Se-
bastião de Oliveira Cardoso, e de al-
gumas pessoas que generosamente se
quotisaram para tal fim. t

Os hinos Pelalogos, harmoniosamen-

te elas ças,
ensaiadas, infundiram ao acto, uma das
notas mais agradáveis.

Visitas

Tivemos o prazer de ver ontem na
nossa aldeia, a quem cumprimentamos,
os Ex.mos grs, Dr, Abílio Francisco Gou-
vela lustre Presidente do Município e
Conservador do Registo Civil de Vila
de Rel, e Alfredo Agudo e Silva distin-
to aspirante de finanças no nosso con-
celho, acompanhado de seu filhinho e
cunhados, E

do proprietário do terreno ou,
quando êste 9 recuse, ter-se-ão
em conta as disposições e as for-
malidades dos artigos 21.º e 22.º
da Lei das Minas, Além disso,
o manilestante indicará o núme-
ro provável de operários que val
empregar, a forma e condições
do trabalho e a declaração exi=
gida pelo artigo-52.º do Decre-
to n,º 18.713,

Findas as pesquisas, deve ser
feita imediata comunicação do
facto à Secção Policial da Câma-
ra Municipal,

Os possuidores de registos mi-
neirgs ou de concessões são res

Fasta Escolar

VALE DA GALEGA (PEDRÓGÃO
PEQUENO), 28 — Realizou-se no do=
mingo passado, 25 do corrente, com a
presença do Sr, Delegado Escolar de
Sertã, professor Joaquim Nunes Rodri-
gues, Dr. Lopes, Sr. Francisco Alves
dos Santos, Presidente da Junta de Pe-
drógão Pequeno, muitas senhoras d
quela vila, Dr. Angelo Vidigal, Dr. F
vio de Moura, suas sênhoras, professo-
ra D. Virgínia Manso, D Angela Vidi-
gal, etc, uma festa verdadeiramente
cristã e nacionalista, pela colocaçãojdas
fotografias dos Chefes de Portugal,
Presidente da República e Presidente
do Conselho, no Posto Escolar desta
localidade,

A festa principiou com uma missa
em Pedrógão Pequeno, celebrada pelo
Rev,º Serafim Serra, com comunhão ge-
ral, à qual assistiram os alunos e regen-
te do Posto, muitas senhoras daquela
vila e muito povo.

Depois foi realizada no Vale da Ga-
lega, uma sessão solene ao ar livre ten-
do o Sr. Delegado Escolar convidado
para presidir à mesa o Sr. Presidente
da Junta de Pedrógão Pequeno, como
representante da Câmara Municipal da
Sertã, e para a secretariarein, a profes-
sora D. Virginia Manso e Rev,” Sera
fim Serra, Falaram neste acto solene, o
Sr. Delegado Escolar, que descreveu
brilhantemente o significado da interes-
sante festa, terminando por pedir saúde
para Salazar e Paz para todo o mundo;
o Sr. Dr. Angelo Vidigal, digno Dele-
gado de Saúde do Concelho, que pro-
nunciou um belo discurso, o regente do
posto, Sr? D, Ilda de Jesus Marques e
o Sr. Rev.º Serafim Serra, pároco da
freguesia, que enalteceram o Portugal
de hoje e falaram do alto significado
moral e patriótico da festa,

Depois alguns alunos recitaram poe=
sias alusivas ao acto, tendo cantado o
Hino Nacional, a Marcha da Mocidade
Portuguesa e várias canções. Foi ser-
vido em seguida um explêndido lanche
às crianças ao ar livre, e aos convida-
dos, em casa da Sr,“ regente.

A assistência que era numerosa, a-
plaudiu os oradores, e foram erguidos
vivas à Pátria, ao Estado Novo ea
Salazar.

Finalmente, foi oferecido um lindo
ramo de flores ao Sr. Delegado Esco-
lar, pela menina Ilda de Jesus Martins,
em nome do Posto,

A interessante festa, deixou a todos,
a mais bela recordação, B

estoz
Falecimento

CARDIGOS, 28 — No hospital. mili-
tar de Coimbra faleceu ontem o nosso
conterrâneo Sr, Ramiro Dias Tavares,
de 26 anos, alferes miliciano é agente
técnico dos C. T. T.

A sua morte foi aqui geralmente mui=
to sentida, devido às nobres qualidam
des do extinto que em todas as pessoas
contava um amigo,

O seu funeral que se realizou hoje
para o cemitério da Conchada em Coim-
bra, ituiu uma grande i
tação de pesar, fazendo a guarda de
honra uma força dê Infantaria 12, co-
mandada pelo Sr, Aspirante Pedro
Henriques.

Os oficiais do Regimento de Infanta-
ria 14 testavam representados pelo Sr.
Major Donato e os sargentos do mes-
mo regimento pelo Sr, Joaquim da Sil-
va Marques,

A Guarda Naclonal Republicana es-
tava representada pelo Sr, Tenente
Leitão e a Legião Portuguesa pelo co-
mandandante de lança Sr. A. Campos.

A urna fol conduzida num armão de
artilharia e coberta com a Bandeira
Naclonal,

O extinto tinha casado há seis meses
com a Sr, D. Gizela Nery Gomes Dias
Tavares e era filho do Sr, Luiz José
Joaquim, já falecido e da Sr D. Ana
da Conceição Dias e irmão dos Srs,
João Dias Tavares, 2.º sargento da
Armada, António Dias Tavares, aluno
dos Pupilos do Exército e das Srs D,
Maria Isabel e D, Aurora Dias Tavares
e cunhado do Sr, Francisco Pereira
Granja, comerciante da nossa praça.

E,

RR ãÇÇ AP |

ponsáveis perante as autoridades
e proprietários dos terrenos pe-
los danos causados na explora-
ção do minério, incumbindo-lhes,
portanto, a sua guarda e defesa,

: rose
BENEFICÊNCIA

A sr* D, Adelina Alves, de
Lisboa, na sua recente passagem
pela Sertã, teve a bondade de
nos entregar 10800 com destino
aos pobres nossos protegidos.

Agradecemos, reconhecidamente

a a a a E a

aaa DS aà aa

Esteve na Sertãosr. Augus-
to Gaspar, de Alvaro.

— Acompanhado de sua es-
pôsa, interessantes filhos e sem
sogro, sr. José da Silva Dias,
fez uma breve visita à Sertã,
no princípio desta semana, o
nosso patrício e amigo sr.
Fernando de Campos Dias, de
Campo Maior, que nos apre
sentou os seus camprimentos,
gentileza que deveras nos pe-
nhorou, –

—De visita a sua família
encontra-se na Sertã o nosso
amigo e. patrício sr. Angusto

nhia Nacional de Navegação,
de Lisboa.

Aniversários natalícios:

Hoje, D. Manoela M. Rodri-
gues de Aguiar, espôsa do sr.
João. António de Aguiar, Lis-
boa; 6, D. Arminda Júlia Fo-
gaça dos Santos, espôsa do
sr. José Félix dos Santos, La-
gos; 7, D. Ifigénia Neves Cor-
rêa e Silva e menina Maria de
la Salete Martins, tilha do sr.
dr. Carlos Martins; 9, Made-
moiselle Alda da Silva Bárto-
lo e dr. Flávio dos Reis e
Moura; 1, D. Fernanda Tas-
so de Figueiredo, de Lisboa,

x

Parabens
HO

RUI DO VALE

Foi” promovído a furriel e
transferido de Coimbra para o
G. À. €. A.n.º 1, destacado em
Cascais, o nosso patrício e ami-
go sr. Rui do Vale.

Os nossos parabens.
«Os

RN ecra foda

Carlos Barbosa Ferreira Vidigal

No Pará (Belém), onde residia,
faleceu, no dia 28 de Abril, o.sr.
Carlos Barbosa Ferreira Vidigal,

filho do sr. José Henriques Fer-
reira Vidigal, já: falecido, e da
sr.” D. Alice Barbosa. Ferreira
Vidigal, do Pará, irmão dosr.
Capitão de Engenharia Raúl Bar-
bosa Ferreira Vidigal e dor.

de Carnide, das sr.” D, Alice e
D. Marina Barbôsa Ferreira Vi-
digal e dos srs. Angelo, Antó-
nio, Florian) e Maximiano Bar.
bosa Ferreira Vidigal, do Pará
e do sr, José Barbosa Ferreira
Vidigal, do Rio de Janeiro e cum
nhado do sr. dr, Angelo Henri
ques Vidigal, da Sertã.

P, Augusto António Ribeiro

Em: Sernache do Bomjardim,
de cuja freguesia era pároco há
sete anos, faleceu, no passado
dia 27, 0 Rev.º Augusto António
Ribeiro, de 57 anos, natural do
Carvoeiro, concelho de Mação,

Fol missionário na Província
de Moçambique durante oito
anos e paroquiou, além da fre-
guesia de Sernache, as do Souto
e Sardoal, Desde há meses que
vinha exercendo as lunções de
professor do Colégio «Vaz Ser
ra», de Sernache do Bomjardim.

Era irmão do sr. P. José Au
gusto Ribeiro, pároco de Mon=
santo, do sr. João Augusto Ri=
beiro, Adjunto da Direcção Es=
colar do Funchal, do sr. Manoel
Augusto Ribeiro e da sr* D,
Amélia Augusto Ribeiro.

O luneral, precedido de ofício
de corpo presente e de missas,
efectuou-se, no dia seguinte,
com grande acompanhamento,
para o cemitério paroquial,

A’s famílias entutadas apres
sentamos as nossas sentidas cons
dolências,

* AGENDA é.

Nunes, empregado na Compa-;

solteiro, de. 35 anos de idade,:

Jorge Barbosa Ferreira: Vidigal,

 

 

@@@ 1 @@@

 

 

TUPI

sais

em me – E e

A Comarca da Sertã

Garestia e escassez de géneros alimentícios

SANGUE

 

CENAS DE

A propósito das notícias que demos no último número,

sôbre as agressões
António Francisco

à navalhada pelo tresloucado
da Silva, do Vilar da Corga,

t recebemos o seguinte ofício do sr. Presidente da

Câmara Manicipal

«« «Senhor Director do jornal
«A Comarca da Sertã»

Carecem de rectificação algu-
mas notícias publicadas no últi=
mo número dêste jornal sôbre a
tragédia desenrolada no edifício
dos Paços do Concelho no outro
sábado, dia de mercado.

“Eis os factos. Cêrca das 11,50
horas estava eu no gabinete da
Secção Policial da Câmara a tra-
tar de assuntos que se prendem
com o abastecimento em milho
da população, quando ali entrou
David Lourenço com um grande
ferimento no rôsto. Dei imedia-
tas ordens na Secretaria para que
os oficiais de diligências detives-
sem O agressor, o qua , segundo
testemunho do Ex.º: Padre Fran-
cisco Santos Silva, entrara no
edifício ao mesmo tempo que o
ferido, tomando direcção oposta,
à Secretaria, No momento em
que ali ja proceder-se à detenção,
êle excitou-se extraordináriamen-
te, armou-se da navalha em ati-
tude ameaçadora, e foi relugiar-
-se no salão de audiências,

Em presença desta atitude os
funcionários da Secretaria fecha-
ram as portas da sala, e eu man-
dei pedir o auxílio da guarda
republicana pelo aspirante Sr.
Aníbal Correia, e, pouco depois,
eu próprio tomei a direcção da
praça onde se va uma
patrulha em serviço, a fim de
remover qualquer dificuldade que
porventura pudesse surgir. Havia
a esperança de que, perante sol-
dados, bem armados e fardados,
o homem se entregaria sem
efusão de sangue,

Não foram, portanto, demora-
das as providências para a captura.

; Não é exacto ter q tresloucado
“saído. recentemente da cadeija;
foi em 10 de Fevereiro, depois
de ali ter permanecido apenas 6
dias, saindo a pedido da família
que por êle se responsabilizou.
De resto, não tinha ainda tido
manifestações que dessem a per-
ceber tornar-se perigoso para a
“segurança individual, e última-
mente ninguém participara às
autoridades que se lhe notasse
qualquer sintoma de perturbação.

Convém acentuar, por ser ver-
dade, que o infeliz funcionário
municipal que tombou no exer-
cício das funções e em cumpri
mento do dever, interveio só
quando viu o EeniEo que corria
o soldado José de Albuquerque
“que caíra, depois de corajosa-
mente ter lutado, sózinho, por
alguns momentos com o treslou=
cado, êste sempre de navalha na
mão, a procurar atingir a praça
que procurava dominá lo.

e

Nas cadeias desta vila há ape-
nas 2 celas destinadas a demen-
tes, € ea preparadas o ano
passado peld Câmara que no seu
orçamento votôu uma verba para
alimentação dos doentes desta
natureza Uma está permanente-
mente ocupada; a outra é raro
encontrar se vazia, e de quando
em vez são também ocupada:
outres «ependências que não são
própriamente destinadas para tais
ocupantes, facto que já motivou
reclamação enérgica do Sr. Co-
mandante da Secção da Guarda
Republic na com sede ém Cas-
telo Branco, poís ninguém igno-
ra que as prisões fazem parte do
edilício onde está aquartelado o
posto daquela Guarda.

*

– A Câmar: não têm cescurado
a hospitalização dos dementes, e,
sesnão os envia a todos à sua
gusta para casa de saúde, é por-

que as suas receitas não lhe per-
mitem tamanha despesa.

Gratuitamente, será lácil o in
ternamento ?

A actual vereação tomou pos-
seem 2 de Janeiro de 1938 e;
logo em Março dêsse ano, deli-
berou chamar a atenção das au-
toridades competentes para o
a problema do tratamento

e dementes. Sua Ex.º o Gover-.
mador Civil interessou-se a sério
pelo assunto; surgiram, porém,
várias dificuldades e só no ano
passado, em Março, foi organi-
zado o processo respeitante a um
louco perigoso que lá em baixo
está preso Aú 5 anos. O proces-
so fêz-se em face de um pedido
urgente que parecia significar
uma esperança de rápido deferi-
mento; preencheram-se, cá em bai-
xo, tôdas as formalidades legais,
mas, lá de cima, não há maneira
de chegara notícia de que há
vaga para aquele desgraçado.

Mais ou menos na mesma oca-
sião foi organizado idêntico pro-
cesso na Delegação da Procura-
doria da República para o inter-
namento de um delinquente, con-
siderado irresponsável. Como o
Presidente da Câmara, o Digno
Delegado do Procurador da Re-
pública continua à espera que do
alto se comunique haver vaga.

Se V… julgar oportuna a pu-
blicação dêste icado, mui-
to grato lhe fica

O Presidente da Câmara— Car-
los Martins.
rose

Sulfato de cobre

A propósito da Madeirã, in-
serta, sob aquêle título, no pas-
sado número, «é oportuno trans-
crever aqui as judiciosas consi-
derações queo nosso colega «Os

Ridículos» trouxe a lume no seu
‘ número de 24 de Maio :

 

«Nos primeiros dias deste mês a
(| C. U. F. enviou para a Imprensa uma
nota oficiosa declarando-se habilitada
a”satisfazer todas as requisições, pe-
quenas ou grandes, — de sulfato de com
bre, ao preço de 3850 o quilo, sôbre
vagão em Lisboa,
Logo muitos viticultores que lutavam
com grandes dificuldades para adquirir
1 O precioso adubo ficaram radiantes; de
futuro não só teriam sulfato com fartu-
ra como evifariam de o comprar a
5$00 o quilo, e mesmo isso, muitas ve-
zes, com empenhocas,
Mas… boas contas deita o preto,
neste caso o viticultor |
Um amigo que desejou adquirir sul-
fato num dos depósitos da C. U, F, em
Lisboa, recebeu como que não
| havia nem pouco nem muito — porque
não havia nenhum |
E então pregunta-se: — Para que
serviu a declaração vinda nos jornais?
Para enganar o Zé ou, simplesmente,
– para dar curso a palavriado barato ?>

‘ Tresloucados

O António Francisco da Silva,
autor da morte do oficial de de
ligências da Câmara Municipal,
sr. José Nunes da Silva, e da
agressão a David Lourenço, do
Pião, freguesia do Troviscal, pra-
ticados com uma pequena nava-
fha, cuja lâmina não excede seis
centímetros de comprimento, de-
pois de alguns dias de tratamen-
tono hospital, onde lhe foi fei-
ta operação de trépano, recolheu
à cadeia, parecendo que o seu
estado de demência não .é tão
grave como se supunha e agiu,
na manhã fatídica de 24 de Maio,
exacerbado pelo álcool. Antes de
sair de casa, segundo nos dizem,
bebera bastante aguardente e
afirmara, a mais de uma pessoa
de sua família, que, naquêle dia;
teria de haver bastante sangue!

Desde há semanas que amea-
cava uma irmã e perseguia, cons-
tantemente a regente do posto
escolar do Maxial, insistindo pa-
ra que ela casasse com êle. Há
pouco tempo fôra prêso em To-
mar por distúrbios ali praticados.

Nos últimos dias também uma
pobre mulher que aqui reside,
de nome Clotilde Costa, tem pra-
ticado desatinos, atirando-se para
a frente dos automóveis em an-
damento e partindo vidros, entre
| Os quais os da estação dos cor-
| feios; no último sábado cometeu
actos pouco dignos no mercado.

A Clotilde. que já tem dado
provas de desequilíbrio, fez nor
malmente a sua vida durante bas-
tantes meses, enquanto teve O
amparo do marido, um tal Gre-
gório, cauteleiro e engraxador,
que há cêrca de dois meses a
abandonou, fugindo para parte
incerta. :

A infeliz tem três filhos, um
dos quais do casamento, e é de
todo o ponto crível que voltasse
a ter perturbações pela miséria
em que se vê; sem possibilida-
de de, só com o’seu trabalho, -se
alimentar e’aos filhos, todos pe-
quenitos. Nas horas de desespêro
as crianças são açoutadas barba-
ramente.

Alguns casais, que vivem de-
safogadamente e sem filhos, pra-
ticariam uma grande obra de mi-
sericórdia se tumassem à sua
conta as três desventuradas crian-

as.
‘ rose

LEGIÃO PORTUGUESA

Assumiu o comando do núcleo
local da «Legião Portuguesa» o
sr. Francisco Antunes, aspirante
da Secção de Finanças dêste
concelho.

O mesmo núcleo tem electua-
do exercícios, com a maior re-
gularidade, nas últimas semanas,

Este número foi visado pela
Comissão de Censura
de Castelo Branco

No último mercado registaram-

se cs seguintes preços dos géne-.

ros que indicamos: milho, 15$,
batata, 12800, 13800 e 15800,
cada alqueire; ovos, 3860 a dú-
zia; sardinha, 4850 e 5800, o
gepteliao; pescada e marmota,

$00 e carapau, 5800, o quilo-
grama.

Por agora queremo-nos ape-
nas referir à alta de preços do
milho, porque é êste género que
constitue a principal alimentação
das classes pobres, dos jornalei-
ros, cujos salários não excedem
6800 diários na freguesia da Ser-
tã, enquanto que, noutras, dêste
concelho, êles não vão além de
S escudos.

Como pode viver, mais uma
vez vimos preguntar, um casal
de trabalhadores, em que na
maior parte dos casos só o ho-
mem moureja cá por fora, tendo
de obter o milho a quinze escu-
dos o alqueire ?

E havendo filhos, um só que
seja, muito maiores são as difl-
culdades.

O assunto es à merecendo tôda
a atenção da autoridade adminis-
trativa, que não pode deixar de
pôr, certamente, em vigor medi-
das drásticas para fazer face à
situação, que julgamos grave,
muito mais do que parece, Ven»
der-se por 15800 o alqueire de
milho, pão dos pobres num con-
celho que produz muito mais do
que consome, é inadmissível |

Chegou-se a esta situação por-
que muitos negociantes de fora
e bastantes lavradores do conce-
lho, miseráveis gananciosos, en-
contraram óptima oportunidade
de fazer excelente negócio, pa-

ando uns e recebendo os outros

mportâncias exageradas, fican
do os primeiros, ainda, com uma
latga margem para chorados
lucros; porque exgotados em
grande,parte os celeiros do con-
celho au açambarcado o cereal
por alguns lavradores, que espe-
ram por nova súbida para depois
venderem o que excede as ne-
cessidades próprias, diversos ne-
gociantes do concelho passaram
a importar milho doutras regiões,
gue já recebem por preço-eleva-

o e, por isso, não podem ven-
der por preço acessíve].

Entrou-se num círculo vicioso,
de que só se pode sair tomando
medidas rigorosas, impondo, in-
clusivamente, uma tabela de pre-
ço fixo e requisitando, mediante
a garantia de pagamento justo,
todo o milho ainda existente, re-
servarido-se aos fornecedores as
quantidades necessárias ao seu
consumo,

Nem tais medidas, caso ve-
nham a ser exercidas, se podem
tomar à conta de violentas ou
pouco defensáveis. Primeiro que
tudo esá o interêsse geral da
população, antes de mais nada
está a defesa das classes pobres,

erram

siso

A MARGEM DA GUERRA

ce |] cedia e o cap 7 comodo ma
Uma tôrça de infantaria-inglêsa num-ayanço com metralhadoras eBren» em posição

que não podem ser expoliadas
ou sujeitas à fome.

Já por aí têm aparecido jorna-
leiros a pedir mais féria, mais
elevado salário, Nem isso, como
a prática o tem demonstrado em
épocas anormais, resolve o pro-
blema, nem tam pouco o agri-
cultor pode pagar mais do que
paga; são grandes os encargos
tributários das terras, é escassa
e contingente a produção de há
uma dezena de anos a esta parte
e ficou extraordináriamente re-
duzido, por virtude do ciclone
de Fevereiro, o rendimento dos
pinhais e olivais

Precedendo oportunas consi-
derações, mandou a Câmara do
nosso concelho afixar um Aviso,
em que diz:

«<A-fim-de regular’zar o abas-
tecimento público e calcular as
quantidades que é preciso im-
portar, são convidados todos os
detentores dêste cereal (o milho)
a fazerem na Secção Policial da
Câmara, até ao próximo dia 26
do corrente, (o Aviso foi torna-
nado público em 18 de Maio) o
manifesto do milho que possuam
e exceda as necessidades das
suas casas. Os que se recusarem
a fazê-lo ou apresentarem decla-
rações falsas, serão considerados
açambarcadores, por provocarem
a alta de preços, e o c-real ser=
lhes-à apreendido, ficando ainda
sujeitos às penalidades estabele-
cidas do Dec, n.º 29 964, de 10
de Outubro de 193%. A Câmara
espera que todos, produtores,
comerciantes e consumidores,
saibam cumprir o seu dever,
cooperando com as Autoridades
na solução das graves dificulda-
des que nos ameaçam».

Publicámos êste «Aviso» no
número de 22 de Maio.

Temos as nossas dúvidas que
todos os produtores e comercian=
tes saibam cumprir o seu dever,

Que nos perdõem a descon-
fiança, mas nós temos o hábito
de falar claro. Muitos só pensam
em arranjar-se, enchendo-se,
e, por certo, ansiavam há muito
pela oportunidade de enriquecer,
ainda mesmo que seja à custa da
miséria e sofrimento da maioria,

O melhor, por isso, é adoptar
a alitude que mais convenha ao
bem geral, aquela que garanta O
abastecimento regular de pão e
por um preço conveniente às
classes pobres e laboriosas, que
trabalham de sol a sol para não
morrerem à míngua.

o

O preço do ex-fiel amigo ba-
calhau tem oscilado, nos estabe-
lecimentos locais, entre “7850 e
7880, o quilograma; não obstan-
te isso, há sempre falta, quere
dizer, não se nota existência su-
ficiente para o consumo da po-
pulação, além de que, por vezes,
a sua qualidade deixa muito a
desejar.

Perante as notícias vindas a
lume nos diários, um pouco pró-
digos no exagêro, que dão como
largamente frutuosas as campa-
nhas na Terra Nova, não encon-
tramos explicação para o preço
exagerado e escassez do peixe
saboroso e indispensável à mesa
de ricos e pobres,

Outro tanto podemos dizer da
sardinha,

Os

Doentes

Tem passado bastante inco-
comodado de saúde o nosso ami-
go sr. Manoel Baptista, distinto
guarda-livros da Companhia de
Viação de Sernache, Ld.”, de
Sernache.

— Encontram-se melhores o sr.

dr. António de Mendonça David,
de Alvaro e a sr.º D. Maria José ‘
Corrêa e Silva.
— Atacado de gripe, tem esta-
do retido no leito o Rev.” José
Ramiro Gaspar, zeloso pároco
desta freguesia.

todos, desejamos prontas
melhoras,