A Comarca da Sertã nº248 12-06-1941

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— FUNDADORES -—
— Dr. José Carlos Ehrhardt —
— Dr. Angelo Henriques Vidigal —
—— António Barata e Silva ——
Dr. José Barata Corrêa e Silva

Eduardo Barata da Silva Corrêa

a iprrigcroR, EDITOR E PROPRIETA RIO Panis ig
| Cuando Dorata da fila Oia, TP PELA FO
G ; Ea] REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO — Faso
| | RUA SERPA PINTO-SERTA su
||—>————— TELE FONE
«< PUBLICA-SE Às a FEIRAS 112
ANO VI | Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarea da Sertã: concelhos de Sertã | 1a
: à : : E JUNHO
: Nº 248 Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei; e freguesias de Amêndoa e Cardigos (do concelho de Mação ) 1944

Notas o e.

DISSE-NOS, há dias, um la-
vrador da Serta, que, ra-
reando no mercado o sulfato
de cobre e sendo vendido por
preço exagerado o ponco quê
aparece, está nsando, à seme
lhança de ontros lavradores,
a cal para tratamento das vi-
nhas. aa
E dá resnitado, diz-nos o
nosso informador. Ainda bem!
“A necessidade é mestra de en-
genhosede… invenções! Se há
êxito na experiência quem per-
de é a emprêsa monopolista,
que; desta forma, recebe o pré
mio de ter faltado ao que pro»,
metew e anuncion, prejadican-
do mitos agricultores, que

deixaram, em tempo devido, |
de fazer o necessário trata-|

mento às vinhas, pomares e
batatais,
– gás

HO

Ls ê :

CONTINUAM, as obras -de

embelezamento da Aveni-
da Salazar na parte do lado
da’ribeira grande. A cortina,
com os seus bancos e múlti
plos alegretes, onde há já ros
seiras e outras belas plantas,
ficará lindissima, segundo se
conjectara-dos trabalhos e de-
du do projecto. ..

lara embelezamento do con

junto muito contribuirá o ca-
ramanchão, cuja construção
está Já bastante adiantada,
erguida no ângulo do muro
entre o caise a parte paralela
à ribeira. . va

pois havera necessidade
de substituir as árvores velhas
e imestéticas, por ontras ade-
quadas ao recinto, das quais
existem. formosos e variados
exemplares nos jardins e par-
ques modernos, e constrair,
também, ama cortina de veda:
ção junto à estrada que atra»
vessa, ao meio, a Alameda,

[oca
Eb CLAI vb Ou
Ná Fon te-da Pinta, cruelmen-

“efe açontada pelo ciclone,
Rian cedros, sem dúvida

s dryores menos próprias pa-
Fa aquéle passeio de Verão…
: De fisionomia triste, porte
esguio, parcos de sombra, os
Rariiião Têm encanto algum.
pet
am as,

ra óseemitérios.

= 4 Fonte da Pinta precisa de
muitas rubíneas e acácias nos
Dontós devastados e exige que
nas snas matas sejam planta-
dos, com maior abundância,

pinheiros e encatiptos.

Não queiramos dar aspecto
de cemitério a um dos melho»
res passeios públicos da Ser=
ta! Arranguem-se os cedros e
substi ad por árvores for-
Ruig, alegres e de boas fran-

8. ?

É 5 SEINÃM Ego

à M 0 do orrente
E Eno fi Salazar, a
habitual feira franca, – ;

+ POr isso mesmo, sex
a do, preferidas pa-
it

O POVO
ue

BRITÂNICO

a sublimação das energias primitivas da raça; a

ARA compreender perfeitamente o tipo Um escritor inglês escreveu, durante a ou
D social de qualquer povo é preciso co- | tra guerra, que êsse espírito de solidariedade «é

meçar por destacar de modo bem visí-
rincipais características,

que se manifestam constantes na sua
história passada e presente. Ésse estudo de tôdas
as raças foi, em tempos, feito e traçado em qua-
dro de classificação dos tipos sociais pelo célebre
sociólogo Abbé de Tourville.

O tipo britânico, como o dos Estados Uni-
dos e outros, ficou com o nome de «Particularis-
ta», porque nêle a vida particular domina a vida
pública e a vida política. Tudo o que os particu
lares podem fazer não é entregue à acção do Es
tado, Êsses povos são, contudo, os mais discipli-
nados de todos e ao Estado se subordinam vo-
luntâriamente quando se trata de vencer crises
gerais e, graves como é a do momento presente,

Dentro dessa coordenação geral continua,
porém, a actividade de cada indivíduo, com a
máxima efícácia, por isso que cada um conserva
as suas qualidades fundamentais de discernimento
e de acção pronta. O seu paralelismo é bem no-
tável e produz, como nas, leis dá mecânica, gran
des somatórios de fôrças. Nas crises parciais eco-
nómicas, sociais e políticas, levam, geralmente, a
soluções transitórias | graduais por compromissos
recíprocos entre os interê:ses opostos. As solu-
ções são ordeiras e são progressivas, porque as
suas bases são sempre urdidas e cimentadas na
boa técnica das actividades em jôgo.

A estima e o respeito mútuo mantêm-se en-
tre as classes e os indivíduos. Assim foi gradual-
mente ‘desenvolvida a atmosfera em que, ao lado
do Estado, mas fora dêle, os interêsses parciais
se acham representados em organismos encarre-
ir de funcionamento dos entendimentos de
livre vontade. Depois o Estado vai tomando, pou-
co a pouco, conta dos serviços de financiamento
definitivamente criados e estabelecidos.

A solidariedade nacional era já tal, antes da
fa que mon’ava a £ 500.000.000 o total do
inanciamento anual do desemprêgo, dos seguros
contra inhabilidade temporária, das pensões de
velhice e das viuvas, de educação, de construções
de habitações e de medidas de higiene. E deve-
mos notar que essas verbas colossais do orçamen-
to geral do Estado não eram as únicas — porque
tambêm os municípios e outras autoridades re-
gionais participam no financiamento da solidarie-
dade nacional. Na administração dos fundos en-

vel as sus

jtram representantes das classes interessadas e as

suas contas estão patentes é sujeitas a tôda fisca-
liz ção e a tôda a crítica livre. – :
5 Na Grã-Bretanha três quartas partes da po-
pulação ‘gantam salários que, presentemente, so
mam cêrca-de 4500 milhões de libras por ano.
As, economias dessa gente meúda são por assim
dizer totalmente entregues ao govêrno para des-
pesas de guerra, e O govêrno provê a que sejam
salvaguardadas e consolidadas, pois que não ha-
verá dividas e pagar ào a com o qual
tôdas as contas vão sendo liquidadas desde já.

| Per outro lado, David sómente pouco mais
de 1.000 milionários, e Esses entregam ao govêr
no 95 por cento dos seus rendimentos, com igual
dedicação e igual confiança. Todos trabalham e
cumprem as funções que lhes são distribuídas.

transformação das características essenciais dos
antepassados em actos de ordem e de funciona-
mento social», Palavras essas que estão cheias de
verdade.

O génio formidável de Rudyard Kipling, no
poema «ÍF>, exprimiu o espírito dos factos que
hoje presenceamos apontando aos filhos da raça
qual o seu dever, numa série de episódios que,
embora hipotéticos, são de um reslismo activo
inquebrantável e com filosofia dinâmica impertur-
bável. Sobrepõe-lhes o espírito de equidade se-
rena, incorrutível como o dos mártires cristãos
até ao mais doloroso sacrifício, em presença das
mais allitivas perdas sentimentais e aa mais com-
pleta rúina material; e indiferente às tentações de
aproveitamento dos favores dos poderosos, da
fama fácil e das aclamações das multidões, Essa
é a regra máxima do verdadeiro «gentleman»,

O povo inglês não mostra mêdo diante dos
maiores perigos nem ódio perante as ameaças ale-
mãs e a ruína dos seus lares. O inimigo é por êle
convidado a fazer a prometida visita e a aprovei-
tar a calorosa recepção que lhe preparam. Os seus
aviadores e marinheiros, os médicos e as enfer-
meiras, Os serviços contra incêndios e derrocadas,
tôda a população, realmente, tem o grande espí-
rito da aventura inato na raça; a requintada tenta-
ção do imprevisto e do perigo; uma confiança
imensa em si mesma; a desconfiança nos estra-
nhos e em tudo um senso de prudência prática e
de ponderação sem os quais tôdas as outras qua-
lidades conduziriam à destruição. Os inglêses são
muito imaginativos, como é fácil vêr na sua vas-
tíssima literatura de ficção. A sua intuíção de pe-
rigos possíveis é, por isso, forte. Chegam a pare-
cer tímidos, e, no entanto, são valorosos até à
temeridade,

Em tudo é tradição inglêsa o desejo de exe-
cutar em boa técnica todos os actos. Com essa
missão foram criadas as Uniões Operárias com
exclusão de qualquer competência política. As
suas famosas «Revoluções» agrícola e industrial,
que são pontos fundamentais da sua história, fo-
ram ordeiras, embora exercessem transformações
radicais. Profundamente investigadores de técnica,
os inglêsss puderam lançar os seus grandes mo-
vimentos de progresso.

Foi colossal a obra de colaborição de tôdas as
classes que elevou a Inglaterra ao papel de mes-
tra científica do mundo, Nas máquinas, na física,
na. electricidade, na química, nas construções na-
vais e de caminhos de ferro e na aviação, no pla-
neamento dos seus organismos de Seguros e da
Banca elevou se à função de, não só promover o
seu próprio bem estar e o seu enriquecimento
próprio, mas levá-los’a totlos os cantos do globo
em proveito de todos.

O suposto egoísmo inglês foi, na realidade,
simplesmente bem-fazejo. Facto surpreendente é
que a riqueza formidável que a Grã-Bretanha
criou em benefício das outras nações é o seu gran-
de recurso actual para garantir créditos no estran-

geiro.
(Do «JORNAL DO COMÉRCIO»
de3 de Junho de 1941)

FURIOSOS amadores de ci»
clismo querem, por fórça,
transformar as ruas da Vila

OS. AMIGOS DA «COMARCA» |

O nosso amigo sr. José Maria |
em pistas de corrida, fazendo, | Tavares, de Inhambane (A’frica

Donativos recebidos

Recebemos os seguintes dona-
tivos: 10800 do sr, Augusto Nu-

com as suas imprevidências, Oriental) teve a amabilidade de | nes, de Lisboa, sendo 5800 para
correr perigo os transeuntes, | indicar para assinante o sr. Ade-| os Bombeiros Voluntários da
que, muitas vezes, não podem lino Lopes, residente na mesma | Sertã e 5$00 para a Sopa dos

fugir a armadilhas.

vila. Agradecemos,

Pobres; e 238C0 do sr. Fernando

“|-oUm dêsses corredores, e
OU,

só por um triz não atropelou,

nm
eclua-se,

há dias, uma mulher e uma,
criança, teve de esportalar, na

e
EE
Câmara, duzentos e cingienta
palhaços de multa |

de Campos Dias, de Campo
Maior, pura os pobres protegi-
[dos por êste Semanário,

Os nossos agradecimentos.

«.«- alápis

MUITAS pessoas se nos têm

queixado dos ronbos de
batatas que, com grande fre-
quência,. se vêm praticando
nas suas hortas. Agora são
as batatas porque não há mais
nada de jeito! Depois caberá
a vez ao milho, hortaliças, le=
gumes, nvas e tóda a espécie
de frutas!

Ronba-se, descaradamente,
tado que se pode apanhar à
mão! Os agricultores, fartos
e saturados de gastar dinheiro
com sementeiras, plantações e
tributos, é que têm de susten-
tar—quer queiram quer não !—
todos os pobres e vâdios que
aparecem por aí em magotes,
uns velhos e aleijados e ontros
habituados a andar de lombo
direito, inimigos do trabalho,
malandros afeitos ao roubo e
à pilhagem completa.

Como nem todos os proprie-
tários podem estar de trabuco
a guardar o que é seu, pode
calcnlar-se que proporções
atingirá a ronbalheira ao agra-
var-se a carestia e escassez do
essencial à vida se as antori-
dades não tomarem o caso q
peito!

Parece que a Guarda Repa-
blicana também desempenha q
missão de polícia rural, Sen=
do assim, chamamos a sua
atenção para o assunto.

Hoje, mais do que nunca, se
justificaria a criação da poll
cia raral para guarda da pro-
priedade rústica,

Se fôsse preciso, os agricul.
tores dariam de bom grado
algum dinheiro para a sua
manutenção.

Era, pelo menos, um sacris
fício de que adviria proveito,

ro

POR aqui não são muito fre-

glentes osatropelamentos,
Os poncos que se registam
devem-se, em 90º/o dos casos,
à imprudência dos peões. Os
nossos automobilistas, quer
particulares quer de praça,
são, na generalidade, muito
cautelosos,

A grande maioria dos peões
não tem noção alguma das re-
gras de trânsito, numa pala-
vra: não sabe andar!

Esta circanstância deve ser
levada em linha de conta, per
sando como forte argumento,
nos casos em que os Tribunais
têm de proceder,

Na nossa região há muita
gente que não se contenta, pa-
ra andar, com os passeios das
ruas e bermas das estradas,
Entende que a faixa de rola-
gem é sua e de mais ninguém
Ora isto não pode ser. Peões
e automobilistas têm deveres
a cumprir e enquanto exorbi-
tarem não é possível pôr fim
a acidentes, em geral de peno-
sas consegiiências.

Alguém disse que, pelo mos
do de andar, se conhece a edu-

cação de nm povol

*osirafihii ci

TENTE PS TO E AEE rea

 

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COMPANHIA DE VIAÇÃO DE SERNACHE, LIMITADA

amccanttadoo

É concessionária das carreiras de serviço público de passageiros entre
Sertã e Tomar (Estação)

= Comunica ao público que, a partir de 1 de Junho, e até
31 de Outubro, a carreira vulgarmente conhecida por «CAR

ÃO, a saber: –

mo, DO CORREIO», es o seu HORA’RIO DE VE:

Cheg. Part. Cheg. Part.
tes 15.45, Tomar (Est,) 730
Alto Cavalo 16.20 16.25 | Tomar 7135 74
Sertã 47AS 1745 | Ferreira do Zezere 820 835
Sernache do Bomjardim 1805 18.20 | Besteiras 850 855
Besteiras 19,00 49,05 | Sernache do Bomjardim 935 9:50
Ferreira do Zezere 1920 419,35 | Sertã 4040 1025
Tomar 2045 20,20 | Alto Cavalo 4130 1135 | $
Tomar (Est,) 20.25 Oleiros 42.00
! ERRATAS Festa escolar do Vale

da Galega

As malditos gralhas deixaram um
bom rasto no último número. O que
vale é a paciência do leitor amigo

ara as suportar | Nós e os tipógra-
Fos estamos, por de mais, familiari«
zados com as aves daninhas ..

No editorial deverá ler-se: está por
esá, ágailo por áquilo, peca por péca,
há de por háde, fobia por folia, como
os indivídaos por com os indivíduos
(1.2 linha da 2º colana), certo por
cérto, sede por séde, gozam por go-
sam, dir-lhe-ei por diz-lhe-hei; na pe-
náltima «nota a lápis»: E” maitas ve=
zes lamentável a atitade dos grandes
países com relação p
muitas vezes lamentável a atitade « das
grandes com relação aos peinenoa)
quatro por quatros; em «Cenas de
sangue»: A Câmara não tem descara-
do, no final da 1.º coluna ; em «Salia=
to de cobre»: A propósito da corres=
pondência da Madeirã» por A propó-
sito da Madeirã.

Comunicam-nos que os retra-
tos deS Ex,” os Presidentes
da República e do Conselho,
inaugurados por ocasião da sim-
pática festa escolar no posto do
| Vale da Galega (cuja notícia vem
publicada no último número),
foram oferecidos pelo sr. Fran-
cisco Alves dos Santos, de Pe-
drógam Pequeno.

ESTUDANTES

ACEITAM SE em Tomar. Casa
de confiança, tratamento familiar.

Informa se nesta Redacção.

Garreira de camionetes de Passageiros entre
—* SERTÃ E PROENÇA-A-NOVA

Concessionária : Companhia Ulação Sernache; bo.

Sódo — Sornache do Bomlardim

A’s 3.º, 5.ºº e sábados Chsg. Part,
Senado BU SO 18
Proença-a-Nova +. 2 4 ua. 19

A’s 2.º, 6º e 6,ºº feiras Cheg. Part.
Proençaa-Nova . LL Lc. 6,30
SertaNe es aaa Sei oa ata as STO

Dá ligação às Carreiras da mesma

Luxo! Gonfortol

Escritório e garage em Lisboa :

GomodidadeI

Companhia, de TOMAR e LISBOA
Segurança! Rapidezl
Avenida Almirante Reis, H,62

Companhia Viação de Sertache, Limitada

| (OARREIRA RÁPIDA)
LISBOA — ELVARO

Carreiras entre Sentã-Lisboa, Sertã-Alvaro & Sertã-Pedrógão Pequeno

HOS DOMINGOS

H.M.

SAÍDA DE LISBOA 6,30
Chegada a Santarém 9,15
ba Do Saída 9,20

» Pernes — 10,00

»- Torres Novas 10,35

2 Tomar 11,20

» Ferreira do Zezero 11,00

2 Sernache 13,00

> Sertã 13,20
Saída 14,00

E Cesteiro 15,05
Alvaro 15,15

ÁS SEGUNDAS FEIRAS

: H. M.
SAÍDA DE ALVARO 15,40
Chegada ao Cesteiro 15,50

> Sertã 16,55
Saída 17,30

» – Sernache 17,50
18,00

> Ferreira do Tozora 18,55
” Saída 19,00

» Tomar 19,40
» Torres Novas 20,25
» Pernes 21,00
>» Santarém 21,40
» Cartaxo 22 10
» Vila Franca 23,10
» Lisboa | 0,10

Eram estas. horários estabelecidos “do harmonia com “as necessidades da região, evitando
assim um menor dispendio de fempo às pessoas que os sous afazeres chamam à Capital, pelo qua

esta ar Ea que os seus clientes correspondam a mais esta. vantagem, não. deixando

ir em nr — Avenida Almiranto eia n.º 62H.
‘ cad 4 5505

A Comarca da Sertã

Editos de 3 de 30 dias

Nos autos si execução por cus=
tas e selos que pela 3,º secção da
Secretaria Judicial da 6* Vara
do Porto, O Ministerio Publico
move contra o executado Júlio Del
gado oa Júlio Mendes Delgado,
casado, industrial, de Sernache do
Bomjardim, comarca da Sertã,
correm éditos de 30 dias, a contar
da 2º publicação dêste anuncio,
inotificando as compropristários An:
tónio da Silva Mendes e mulher,
auzentes em parte incerta no Bram
gil e que tiveram o seu ultimo do.
micilio em Sernache do Bumjara

tia exeguenda de 309506 custas,
selos e mars despezas até integral
Ass foi feita penhora, em

da Janeiro do corrente ano, no
direito e acção que o exscutado
tem a 1/16 de uma propriedade que
se compõs de terra com oliveiras
no sitio do Cabeço, limite de Ser-
mache do Bomjardim, e por des=
pacho de 3 de Abril último, foi
ordenada a penhora no direito-e
acção que o executado tem a mais
1/16 do referido prédio, padendo
os notificandos, dentro do prazo
de 3 dias,’ depois de findo o dos
éditos, fazer as declarações que en=
tenderem quanto ao direito do
executado e uo modo de o tornar
efectivo,

Pôrto, 15 de Maio de 1941,

O Chefe da 3.º secção,
Viriato Rebelo da Silva

dim, de que para garantia da quan | àg 7!

HORARIO e: ni mu sm

Concessionário — COMPANHIA DE VIAÇÃO DE SERNACHE, LIMITADA

Part. |

Cheg. Cheg.| Part.

Sertã.

Póvoa R, Cerdeira :
Ramalhos, . . ./1840
Pedrógão Pequeno .[19,00

De 4 de Julho a 30 de Outubro, efectm-se
todos os dias excepto aos domingos.

De 1 de Movembro a 30 de Jonho, eleciua-sa
5 2,28,5,º8 e sábados. às 4.25, 6.º q sábados.

Si horário anula todos os anteriormente aprovados.

Séntónio da Silva Pourengo

acaba de abrir uma

SECÇÃO DE OURÍYESARIA

JOIAS, OURO E PRATA

630
6,55
715

Pedrógão Pequeno .
Ramalhos. . .

Póvoa R. Cerdeira . 7,10
Sentia A 285 17,30

De 1 de Julho a 30 de Outubro, efectua-se
todos os: dias excepto. aos. domingos.
De 4 de Er 30 de Junho, efectua-se

18,00
18,25
18,45

“| 6,50 [1520

Interessantes e magníficos artigos, de
finíssimo gôsto, próprios para brindes

Compra c vendcouroc prata cm segunda mão

Sertã, 2 de Junho de 1941,
Verifiquei,
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O Ohefe da 2.º Secção,
a) Angelo Soaras Bastos

Postais com vistas da Sertã
+ (EDIÇÃO PRIMOROSA)
dem-se nesta Redacção
Colecção de 7 postais — 7800

Norberto Pereira
“Gardim
SOLICITADOR ENCARTADO

NAN
Rua Aurea, 189 2.º. D.?
TELEFONE 27111
LISBOA

VENDE-SE

1 cavalo e 1 charrete em
bom estado.

Tratar com P, José Fran-
cisco — Serta.

Este número foi visado pela
Comissão de Censura
de Castelo Branco

Verifiquei a
O Juiz de Direito da 68 Vara, RUA CANDIDO DOS REIS — SER T ÂÃ
João Ayres
A N U N G I O E | Mercearias Camas e Folehoaria Gravatas E
(E patio: q.) | Perfumarias Cobertores de lá e algodão Modas &
Pelo Jutza de Direto du Cos a Ss. Ss se
marca da Sertã 2% secção no Papelaria E TT = Malhas g
processo de execução de sentença, EE ss e o 2
que o Digno Agente do Ministério || E = O = Es a at –
Público, na qualidade de repre=|| ES Louça esmaltada -—=— | 0 pa Ristadaria E
sentante das Câmaras Municipais | | E e r six mw z
dos concelhos de Marvão e de Vila Ze louça de Sacavém je | = |SW Enfestados s
de Rei, promove contra Adolfo|| E 8 g Vista Alegre mi = o a Brancos e Crús | gs
Monteiro do Amaral, cusado, jor- || SE e (o) oO o >
nalista, morador em. Santo Tirso, Hr ‘ ml ss ns E
correm éditos de vinte dias, contas Vidros & 4 Afoalhados
dos da segunda e última publi
ção dêste anúncio, citundo os crê e e Ss
dores deconhecidos daquela exscu= |] Tabatos Colchas de, seda: e gorgorão Retrosaria E
tado, para no prozo de dez dias, a E
osteriores ao dos éditos, virem à |] == ! E É =
ta Pe e Ferragens | Lenços de lã a algodão Guarda-sóis E
reitos,

Correia entre Sert – Figueiró. dos Vinhos – Goitibra

Companhia de Viação de Sernache, Ld,* comunica ao
público que as carreiras entre Sertã —
Figueiró — Coimbra, têm os seguintes horários:

Ás 2.º, 4º e Go! A’s 3, 5.º O sábados

Ohos. Vom de GC. Branvo
Ohog, Partd.
Ea 13.00
dim 13-20 13-33
Figueiró dos Vh.?. 14-15 14.25
Coimbra …….. 16-35

Ns terças feiras o dias 23 de cnda mês

salvo se o dia 23 fôr domingo, pois nesto caso
efectna-se ao sábado
Obeg. Partd.

95-15 | Coimbra …….. 16.00
5:35 5-38 | Figueiró dos Vh.º 18-25 18-30
6-20 6 25| Sernache Bom.º” 1912 1915
8-45 Sentã.cco-coreno 19-35

 

Part,
Coimbra…» 11-50
EiSdlo sos Vho io, lg Sertã

Sernache Bom,º7 15.03 15.1 Snes
Sertã ceccecrase. 15-20 dah

Segue a O. Branco

 

Oheg.’
Sente,

Sernache Bom. dim
Figueiró dos Vh.º*
Coimbra ..,..

 

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(ANTIGA CASA MARIA MOLEIRA)

 

A preferida por tôda a gente que permanece na Sertã ou a vi-
sita, pelo seu Ótimo serviço de mesa e magnificos quartos.

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pontos de vista, não deixeis de procurar esta pensão.
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A Comarca da Sertã

« » Director do Jornal
<A Comarca da Sertã»

Tendo sido publicado no seu
muito conceituado jornal, de 22
do mês p. p., um edital em que
eram convidados os habitantes de
Castanheira Cimeira, freguesia
da Ermida, a «examinarem uma
pretensão minha (reparar um açu-
de e limpar um poço no Ribeiro
da Corga da mesma povoação),
para O que se achava patente uma
planta na Administração da Con
celho da Sertã», cumpre-me tor:
nar público, que ninguém na
quela povoação examinou ou te-
ve qualquer conhecimento do
assunto de que falava o edital,
Por. ninguém se informar comigo
nem me fazer qualquer pregunta
sôbre o caso, impossível seria lo-
calizar as obras ou avaliar dos
seus fins ou quaisquer condições
de sua execução. Nestes termos
impossível seria também, funda-
mentar qualquer reclamação, ou
mesmo indicar essas obras numa
plata e marcar-lhe a sua exten-
são.

Não obstante isto, como os
ditos habitantes foram reclamar
sem se informarem da matéria
do edital e presumindo que o fi-
zeram de má fé com intuitos de
me. prejudicar, recorro ao seu
muito acreditado jornal a fim de
publicar algumas linhas esclare-
cendo o assunto e evitando, por

ventura ia corram falsidades
prejudiciais a tôda a gente.
Devo dizer que as obras por

mim projectadas no Ribeiro da
Corga eram de pouca importân-
cia— reparar um muro em pe-
dra seca e limpar um poço para
evitar que a água se espalhasse

elo terreno que queria cultivar.

ois constou-me que a reclama-
ção versou sôbre desvios de
água do Ribeiro da Corga ofen-
dendo direitos de terceiros!
Como?!

1,º—as águas que tiro estão
reguladas por autorização das
O Hidráulicas que não permite
qualquer alteração na reprêsa ou
levada, etc,.

2.º — o poço em questão é na
parte de baixo do pequeno açu-
de onde tiro água, em sítio don-
de não é possível tirar água para
a actual levada |

Ainda: o muro em questão,
que se pretende reparar é anti-
quíssimo, atravessa o !talvégue
o qual é ocupado por árvores
muito antigas constituindo pro-
priedade fechada nos termos de
muitíssimas que existem nos ri=
beiros e são agricultadas Os
povos vendo secar as árvores nas
Suas calçadas cavaram o terreno
para se não encher de mato, E”
O mesmo que pretendo fazer,

Tendo se, todavia, propalado
que eu queria fazer obras para
me apoderar da água do ribeiro,
tôda, prejudicando hortas dou-
tros, kO que parece ser o objecto
da reclamação, feita fora da le-
tra do edital e, contra o cons-
tante da Aura ção que tenho
prio água e da verdade dos

actos, faço a seguinte publica-
ção para Os eleitos que fôr pre-
ciso:— À

– 1º—Tôda a água ge serve a
minha horta, tem sido, sempre,
independente de qualquer uso
das hortas que agora a reclamam,
ou mesmo de qualquer uso da
povoação da Castanheira.

— 2º-Nenhumas obras fiz que
alterassem os usos antigos ou
actuais das águas do ribeiro e
que possam agora servir de base
A reclamações,

3º—Sem umas averiguações
rigorosas, feitas em ano sêco e
na época mais sêca nada se po-
AA nO, á it dis-
ribuição das águas do ribeiro —

fando,

ra ao adquiridos.
4º—O exame recairá, princi-
paimEgiRS at a última Eamall.

Ee cosas
as mi e do ribeiro e não
Dada Giga o CU

Renas sbscl

volta de uma questão de águas

Prova-se a 1.º parte:

a) Entre a minha horta e as
dos reclamantes, tirou O povo,
sempre, água para usos domés-
ticos e regar alguns quintais, na
povoação, a qual secava o ribei-
ro neste ponto, tirada em cima
de rocha firme e que permitia
aproveitá-la tôda.

b) Isto prova que, abaixo da
minha horta, houve sempre àgua,
tanto para a povoação como para
as hortas que agora reclamam,
Essa ág ia era independente da
que eu tirava, com é evidente, e
foi sempre suficiente.

c) Em anos sêcos e
fins de S bro, am
umas calhas à roda da minha
horta para abastecer as calhas
da povoação, mas ainda, neste
caso, a falta de água era, princi-
palmente, devida à má colocação
das calhas da povoação que a
deixavam perder; ao sol que
evaporava uma grande parte, e
ainda ao facto de sere n atraves-
sadas por caminhos de carro,
cortando-as completamente nal-
guns sítios e sobretudo por as
deixarem apodrecer a ponto de a
água correr pelo chão guiada ene
te pedras e torrões.

Portanto em caso algum ofen-
di direitos de ninguém, saindo
fora da aut rização que tenho,

Prova-se a 2º parte:

As únicas obras feitas no ri-
beiro, alterando os usos que aci-
ma ficam referidos. foram :— Uma
canalização feita, há pouco, pe-
los próprios reclamantes, levan-
do água para a povoação — usos
domésticos e quintais.

a) Esta canalização em cimen-
to permite ainda aproveitar mais
água para as hortas do que as
calhas de pinho extintas.

b) Mas a água será ainda me-
nos porque a canalização foi co-
locada num aa tal que absor-
ve quási tôda a água do ribeiro
e a que vem de cima—causa úni-
ca das reclamações.

Prova-se a 3,º parte:

As averiguações não poderão
fundamentar-se só no que cada
um dos interessados diz ou no
que se apresenta, no ribeiro, em
época de abundantes águas. Só
um exame directo dos pontos
principais do ribeiro one a água
aparece e desaparece, onde nas-
ce ou é detida no tempo mais
sêco pode decidir alguma coisa,
bem como o conhecimento das
necessidades das hortas e serven-
tias das mesmas, antigas e actuais,

Prova se a 4.º parte:

Por tudo o que fica exposto a
causa de qualquer falta de água
nas hortas do ribeiro só pode
estar na nova canalização que se
fez. Ora, essa canalização fol
feita pelos reclamantes, para seu
uso e para fazer hortas ao pé das
suas casas — tendo a água cons-
tantemente a correr para um tan.
que quando era possível fazer
todos os abastecimentos à po-
voação — usos domésticos e gas
dos— com torneiras apropriadas
lazendo recuar a água excedente
à origem a abastecer as hortas
donde foi tirada—o que tudo fol

só nos

roposto por grande número de | pode anunciá-ios na «Comarca

abitantes na devida altura. |
Não acho, pois, justo hem

possível modificar usos antigos | assacammcacasaa sacas

de águi que nada têm com nes
cessidudes criadas, agora,
outros e nos termos do que
exposto. Se, todavia, elas tive-
rem de ser feitas por quaisquer
motivos justos ou por ordem su=
perior, nunca eu ficarei com me-
nos água do o a que tenho.
A minha propriedade atravessa
o talvegue e

mesmas condições. Fica já aqui
também denunciada a falsidade
que se fêz correr de eu — repres
sar águas fóra do leito do ribel-
ro — desperdiçar águas com pre-
juízo de outros,

Nunca a água chegou para re-
Er, nem 4/ da terra que preci-

por so. Socorrendo-me, por vezes,
ca

ligada a le, não fhe fico muito grato, Sr. Dire-
havendo outras, próximas, nas ctor da «Comarca da Serlã» ten-

Através da Comarca

NESPERAL, 30 — Depois de uma pe-
quena interrupção cá voltou o enigmá-
tico bicho, qu? se supunha a princípio
ser um lôbo, o que não admirava, pois |
de vários lados sabíamos existirem ‘
aquelas feras. Até há pouco não se no-
tavam prejuízos, além dos que já no-
ticiámos. Há porém uns 15 dias que no
Robalo de Baixo, na Ponte, apareceu
morta uma ovelha e ferido um cordeiro,
ertencentes ao sr. Crisóstomo Vitória,
ensaram em espreitar e caçar o que
quer que era. Deixaram para isso os
restos, (pois já estava parte comida)
da ovelha à disposição do bicho; alta
noite avistaram um animal, que se apro-
xImou e comeu; foram ver e era um
cão que, cheio de fome a saciava. Lon-
ge de nós a idéia de que fôsse aquêle
cão d hecid de tantos
prejuízos, porém houve na maior parte
das pessoas a convicção de que era o
cão e averiguou-se que pertencia a
qualquêr pessoa de Sernache do Bom»
jardim e para lá o levaram. Ninguém
mais se tinha queixado, mas na noite
de 23 para 24 do corrente, sem ouvi-
rem o menor ruído, duas ovelhas foram
mortas e nove feridas horrivelmente;
foi êste cenário que o pastor foi encon-
trar às primeiras horas do dia. Era ar-
ripiante o estado dos pobres animais,
umas com as pernas partidas, outras
com a barriga rasgada, cheias de den-
tadas, muito fundas como se lhe tivesse
sido sugado o sangue, gemiam; duas
ainda estão tentando salvá-las, mas es-
tão possuídas de uma fraqueza enorme,
Pertenciam ao sr, Manuel Paz, mora-
dor na Felgaria, pequeno lugar desta
frêguesia. Não ouviram o menor ruído,
a-pesar do curral ser por baixo da ca-
sa; esta está construída por cima duma
loja, que tem dois portões de madeira,
um em cada extremidade; no meio des»
ta loja era o curral das ovêlhas, feito
sem segarança, visto consistir nos por-
tões apenas, Por coincidência, esque-
ceu um dos portões abertos, o que pro-
vavelmente já teria acontecido mais
vezes. Foi encontrado um pequeno bu-
raco no eurral, não havendo outra indi-
cação de entrada do desconhecido. Que
é fera não resta dúvida; esconde-se du-
rante o dia e de que espécie é não se
consegue saber,
— Na noite de 27 para 28 do corrente
foi assaltado o estabelecimento do sr.
Salvador Leitão; os ladrões penetraram
lá, depois de arrancarem a fechadura,
roubando bastante quantidade de mer-
cearia, fósforos, tabaco, meias, touci-
nho, latas de conservas, etc. Não leva-
ram dinheiro, porque o não encontra-
ram, por previdência do dono do estam
belecimento. Cremos, que não são la«
drões astuciosos, pois têm-se praticado
vários roubos de coelhos e galinhas em
Sernache do Bomjardim e aqui temos
notado também a de assalto
a algumas casas. Tudo leva a crer que
será a mesma quadrilha a avaliar pelos
processos empregados, c

estoz

CARDIGOS, 31 — Os gatunos é a
terceira vez que assaltam o edifício es-
colar, e sede do [ulgado de Paz mas
coitados… com pouca sorte, Ignoram
que o dinheiro vai sempre para casa
do tesoureiro,

Uma moeda de cincoenta centavos

ue lá apanharam… foi um vento!

fo deu o custo para a receita, pois
que, para se Introduzirem dentro tive-
ram de partir um vidro da Janela arris=
cando as mãos e o corpo,

E’ obra de mellantes que, dizendo-se
operários sem trabalho… vão dando
trabalho aos outros…

— () tempo está prejudicando a agri«
cultura, Os vinhateiros não largam as
máquinas e o sulfato tem um largo con=
sumo, Sim que se o vinho faltasse, os
amigos de Baco… não podiam desaba-

Quero fazer melhor venda dos
artigos do sou comércio
e produtos da sua indústria ?

Gastando uma Ínsigrificância,

da Sertã».

dum pequeno nascente, lá muito
longe, em terra minha, conse-
gui, apenas até ao presente, re-
gar pequena parte da terra, isto
nos meses mais sêcos e, em anos

sêcos
Pela publicação destas linhas

do em vista que a verdade dos
factos se conheça e tôda a justi-
ça possa ser feita.

De V. am. atº e ob.º
Castanheira, 7 de Junho

José Alves Pereira

(Noticiário dos nossos correspondentes)

far as suas alegrias… )
Vitor

o,
usos

SERNACHE DO BOMJARDIM, 2 —
Vitimado por uma síncope cardíaca,
faleceu subitamente na madrugada do
dia 27 último o Rev.” P.e Augusto An-
tónio Ribeiro, pároco desta freguesia,

No seu funeral, que se realizou no
dia seguinte incorporaram-se muitas
pessoas da freguesia e das próximas,
tendo-se feito representar a Câmara
Municipal pelo seu presidente Sr, Dr.
Carlos Martins.

— Mais um roubo por arrombamento
temos hoje a registar no estabelecimen-
to comercial do Sr. Salvador Leitão, do
Nesperal. Pelo incremento que têm to-
imado estas proezas é de crer que exis-
ta nesta região uma quadrilha organi=
zada, a que é preciso dar caça, pois
são constantes os roubos,

esZoz
Festa Escolar

OLEIROS, 2 — Realizou-se no dia 25
de Maio, na sede do concelho de Olei-
ros, uma festa escolar promovida pelo
professorado desta pitoresca Vila, des-
tinada a angariar donativos para a Cai
xa Escolar Oleirense e a obter fundos
para a criação de uma Cantina que fun-
cione junto das escolas.

Foi inaugurada às 9 horas com assis-
tência ao Santo Sacrifício da Missa e
comunhão das crianças e respectivos
professores.

A’s 14 horas foi aberta uma linda ex-
posição de lavores e trabalhos manuais
executados pelos alunos e alunas das
escolas da sede e do posto escolar de
pipes regido pelo sr. João Pereira

ei.

Numa Kermesse, que era servida pe-
la élite das meninas e senhoras da Vila,
encontravam-se várias e valiosas pren-
das, algumas vindas de várias pontos
do país, prova de que ainda não está
de todo apagado o sentimento de cari-
dade entre a nossa gente.

A récita infantil, hábilmente dirigida
e ensaiada pelo distinto professor, João
Cardoso Vaz de Azevedo, começou às
22 horas, abrindo com a entoação do
Hino Nacional pelo grupo orfeónico das
escolas, seguido de umas breves, mas
sentidas, palavras, proferidas pelo en-
saiador,

Todos os números do vasto e inte-
ressante reportório, foram freqiiente e
calorosamente apiaudidos, tendo os jó-
vens actores aaratadaa enamente pela
execução dos seus papéis.

A festa que foi presidida pelo Exm.º
Director do Distrito Escolar sr. Silves-
tre de Figueiredo e abrilhantada pela

Olei , assisti tôdas
as pessoas de destaque da Vila, inúme-
ro povo e muitas pessoas de fóra. De
entre estas recorda-nos termos visto a
família Martins, de Cardigos, o pro-
fessor aposentado sr Francisco Vaz de
Azevedo, de Urvalho, o rev.º Padre
Ermesto Salgueiro, pároco em Sarnadas
de S. Simão, a menina Helena Maria
da Silva, filha do sr, António Lourenço
Silva, de Vinha Velha, Madeirã e o
distinto professor em Sobreira Formo-
sa, sr. António Marques Flor.

Na pensão Garcia reiiniram-se num
jantar o Exm.º Director Escolar o
Dig.mo Presidente da Câmara Municipal
sr, Dr. Francisco Rebêlo de Albuquer-
que, o rev.º Padre Francisco Durões,
as Ex.mas professoras da sede D. Adé-
lla Lopes Amoreira Serra e D, Maria
da Ressurreição, os professores João
Nunes, Delegado Escolar no concelho
e Vaz de Azevedo, a Exm.* professora

em cêrca de 1.200800 o seu produto li-
quido tendo ficado ainda por vender,
devido ao mau tempo, objectos da Kerx
messe reputados no valor de 500$00.

São dignos de louvor os realizadores
desta festa infantil, que com o seu
grande esfôrço e boa vontade conse
guiram verdadeiras maravilhas da pex
quenada, tanto na récita como na gran-
de variedade de trabalhos apresenta-
dos.

Oxalá que sirva de estímulo para no-
vas emprêsas desta natureza, a

Kegex
Futebol

CARDIGOS, 4 — Realizou-se um de-
safio de futebol entre os «Galitos Fus
tebol Clube» e o «Desportivo Rodensez,
saindo vencedor o primeiro por8a 1,
Autores dos goals: José Francisco, 5,
Deniz, 1 e David, 2. Ao intervalo, 3a 0.
O ponto de honra do Rodense foi mar=
cado de grande penalidade por Chico,

E.

<sZoa

CARDIGOS, 4— A gatunagem anda
desaforada. Não há muito tempo que
foi arrombada a casa de escola, de que
roubaram apenas cincoenta centavos da
caixa escolar, e agora algum dinheiro
que existia numa das caixas de esmolas
da igreja matriz. Supõe-se que fôsse
algum, ou alguns, dêstes vagabundos
maltrapilhos que fazem profissão da
vadiagem e por aqui passam amilidadas
vezes.

— Um pobre homem da Roda, como
os animais atrelados ao carro que guiam
va se espantassem, calu, fracturando a
espinha em duas partes, Foi enterrado
ontem.

— Tivemos o prazer de abraçar nes-
ta Vila o sr. José da Silva Dias, natu-
ral de Cardigos e residente em Campo
Maior, onde ocupa um lugar de desta-
que como comerciante digno e honesto.
Ao despedir-se deixou para os pobre-
zinhos protegidos pela Conferência de
S. Vicente de Paulo, uma nota de 20300,
Não é a primeira vez que êste bene-
mérito se lembra dos necessitados com
as suas esmolas, Deus, que não deixa
sem recompensa um copo de água, se-
gundo a Escritura Sagrada, dado em
Seu nome, viu de-certo o gesto deste
nosso amigo, que não ficará sem pré-
mio, Deus, que é a Verdade suprema,
não mente.

— No passado domingo celebrou-se
a festa do Divino Espirito Santo, Mis»
sa cantada, sermão pelo rev.º P.º José
Dias Afonso pároco do Sardoal e pro-
cissão. Devido a ordem expressa do
Venerando Prelado da Diocese, a festa
simplificou-se, não havendo as manifes=
tações de música e foguetório dos anos
anteriores. Quando a população de
quási todo o mundo sofre com os hor-
rores da guerra, achamos bem que
nós, que gozamos dos benefícios da
paz, tomemos parte na dor que avas-
sala a terra, e, fazendo penitência, er-
gamos os olhos ao Céu implorando a
paz mundial, usçoz

CAVA, 7 — Estiveram em Lisboa o
sr. Alfredo Girão e espôsa e sua so-
brinha sr,º D, Conceição Antunes e o
sr. José Fernandes Alfaiate de visita a
sua família,

— Deu à luz duas crianças do sexo
masculino a espôsa do sr, Albino An-
tunes Gaspar. Mal e filhos encontram-
se bem e os rapazitos são fortes,

-— () tempo continua muito irregu=
lar o que está causando bastante trans=

do Mosteiro, D. Angelina da Nativida=’ tório à agricultura, sendo principal=

de e professor Marques Flor.

mente afectados os batatais e as vi-

Foram também animadores os resul- nhas,

fados materials da festa, calculando-se

Mt a a Ng

AGENDA *,
nd a a

Estiveram : na Serta, os srs.
dr. Abel Carreira, de Lisboa
e Raí do Vale, de Cascais; na
Passaria, o sr. Artar dos San-
tos, agricultor em Fernando
Pó, actualmente no Continente.

— Da Póvoa de Varzim re»

ressou a Tomar o sr. dr.
ranoísco Dias Bernardo,

— Retirou para Lisboa o sr.
Angusto Nunes,

Aniversários natalícios:

Hoje, D. Maria Ilda Gamei-
ro Barata Corrta, espôsa do
sr dr. José Barata Corrêa e
Silva, Tomar, dr. Bernardo
Ferreira de Matos, Lisboa e
Mademoiselle Lídia Manso; 15,
D. Maria de Lourdes da Graça
Bernardino e Francisco Antds

 

e,
BAPTIZADO

Baptizou-se em Lisboa, no
pretérito dia 3, a filhinha do nos-
so amigo sr. Eutíquio M, Bel-
monte de Lemos, distinto funcios
nário das Finanças, e de sua es=
pôsa, sr * D. Aida Marinha Men-
des Belmonte de Lemos, de no-
me Marla Teresa, Foram seus
padrinhos a avó materna, sr.* D,
Isabel Marinha Mendes e o tlo
moterno sr, dr, Hermano de Sans
de Marinha, digno professor da
Escola de Regentes Agrícolas,
de E’vora

nio Marrafas, Lisboa; 16, Er-
nesto E. de Carvalho Leitão,
Lisboa; 17, António Farinha
Gomes, Lisboa,
Parabens

 

@@@ 1 @@@

 

4 Movimento de Maio
Distribuição: 1) Posse judi-

“cial contestada em que são re-

querentes António Francisco Sar-
deira e milher, Várzea dos Ca-
valeiros e requeridos Joaquim
Alves e mulher, Outeirinho; 5)
Carta precatória para penhora
extraída dos autos em que é exe-
quente o M.º P.º e executado
Manoel Santos Pereira, Cabeça
do Poço, Fundada, vinda do
Tribunal do Trabalho de Tomar;
Carta precatória para arremata-
ção, extraída dos autos de exe-
cução por custas que o M.º P.º
move contra Joaquim Alves, Ca-
va, Madeira, vinda da comarca
de Tomar; 8) Inventários orfano-
lógicos por óbito de José Ma-
teus, Ferraria, Montes da Ses
nhora; Manoel Cardoso Barroca,

onte de Cima, Montes da Se-
nhora; José Esteves, Atalaia de
Estêvão Vaz, Sobreira Formosa;
Maria do Rosário, Vale Canhes-
tro, S. Pedro do Esteval; Inven-
tário de maiores por óbito de
Manoel Bonifácio Ferreira, Roda
do Cabeço, Sernache do Bom-
jardim; Inventários orfanológicos
or óbitos de Vicente António,

asal Novo, Vila de Rei; Elisa
da Silva, Salaviza, Vila de Rei;
Manoel Rodrigues da Silva, Bre-
jo Fundeiro, Vila de Rei; Ma-
noel Dotiad, Castanheira Ci-
meira, Ermida; Maria da Con-
ceição, Maxialinho, Sertã; Ma-
noel Nunes Cardoso, Cortes,
Marmeleiro; Maria de Jesus Ma-
teus, Pampilhal, Sernache do
Bomjardim; José Serra, Pôrto da
Figueira, Carvalhal; 15) Maria
da Piedade, Madeirã, vinda do
J. M. de Oleiros; 19) Manoel
Francisco Pereira, Chão do Lo-
pes Grande, Amêndoa; 22) Ac-
ção sumarí-sima em que é autor
António da Costa, Sertã e réus
Manoel Vicente e mulher, Cas-
tanheiro Pequeno, Cumiada; Di-
ta em que são autor e réus os
mesmos; Dita em que é autor
José Leitão, Trutas, e réu Antó-
“nio Coelho, Zaboeira, Vila de
Rei; Inventário orfanológico por
óbito de Beatriz de Jesus, Ro-
queirinho, Mosteiro; 29) Acção
sumaríssima em que é autor An-
tónio da Costa, Casal do Sesmo
e réus José Pires e mulher, Vale
da Macieira, Carvalhal.

Preço do milho

O sr. Ministro da Economia,
para efeito da aplicação do dis-
posto no decreto n.º 29.964 e
tendo em atenção o custo do ces
real à colheita, despesas de con-
servação e outros encargos, de-
terminou o seguinte :

1.º O preço do milho conti-
mental não poderá d 15
por – quilo. 2.º Os possuidores
do milho deverão, pois, facilitar
o abastecimento, efectuando a
sua entrega ao preço atrás refe-
rido, que não será alterado até à
próxima colheita. 3.º O preço
do milho colonial, de mistura,
para panilicação é lixado em
1$03,5 por quilo, incluindo o va-
lor do saco, posto sôbre vagão
em Lisboa. À êste preço acres-
cem, para efeitos de venda ao
público, o custo dos transportes
é o lucro ilíquido de $05 por
quilo; em caão algum, porém, o
citado preço poderá exceder 1812
na revenda ao público.

Foram dadas instruções às au»
toridades administrativas para
fiscalizarem a aplicação dêste
despacho e, designadamente, o
preço da farinha de milho, que
deve ‘ser calculado com base no
do cereal, ! ‘

cestoohigé jnógoA

A Secção de Fiscalização con-
tra Açambarcamento e Especula-
ção da P. S. P. informou que,

tendo conhecimento de que em,

muitos concelhos rurais o milho
está a ser vendido por preços su-
e ao da tabela acima, as
brigadas, que estão percorrendo

“diversas regiões, liscalizarão O
– Seu cumprimento,

A Comarca da Sertã

GRÓNIGA DA SEMANAICSADOS MAGISTRADOS

O problema das caiações volta
a estar na ordem do dia. O tem-
po favorece-as, sendo de todo o
ponto de vista conveniente que a
Câmara, que tem caprichado em
alindar a Vila e melhorar as suas
condições estéticas, determine a
caiação ou pintura dos prédios e
muros sujos, que bastantes são
ainda, e dão uma nota de incúria
e desmazêlo, aíl rando, por aí,
como escalracho daninho em sea=
ra vicejante |

» s

Estão bem bonitos o jardim
do Adro, aquêle pequeno e gra-
cioso canteiro à curva da estrada
a Santo Amaro e o roseiral pró-
ximo da ponte de pedra, oásis
neste deserto, que é quási tôda
a Vila, que poderia ser, tôda ela,
um formoso parque,

Para isso não lhe f:ltam con-
dições: nem bons e espaçosos
terrenos, nem água à farta. E até
os socalcos, que por aí há abun-
dantes devido ao acidentado do
solo, quebrariam, se ela existis-
se, a monotonia da paisagem.

A Sertã tem excepcionais con-
dições para ser uma terra cheia
de beleza e atracção. O ponto é
que tais condições se aprove’tem
convenientemente, favorecidas
por requintado gôsto.

Antes de tudo, porém, deviam
plantar-se árvores em abundân-
cia na rua Gonçalo Rodrigues
Cardeira, no trôço de estrada
paralelo à Fonte da Boneca e na
esplanada de Santo Amaro.

*

Dá aspecto pouco decente à
entrada da Vila pelo lado de San-
to Amaro o muro do cemitério
velho.

O camartelo tem ali muito que
fazer. Mãos à obra, E” deitá-lo
abaixo, mesmo que demore a
construção do projectado edifício
das Obras Públicas e do muro a
separar a esplanada da estrada
nacional.

» *

Constituiu-se, em Lisboa, a
Casa do Concelho de Pampilho-
sa da Serra. Como esta, há mui
tas outras agremiações regiona-

listas na capital a atestar virili-
| dade, estôrço abnegado e ingen-

te pela terra-mãí, amor e devo-
ção pela vila e aldeiazita perdi-
das entre as serranias, onde se
viu, pela vez primeira, a luz do
dia, onde se balbuciaram as pri-
meiras palavras, se formou o es-
pírito e o carácter e se deixaram
ternas afeições.

Casas regionalistas! Padrões
patrióticos donde. brotam vonta-
des insatisfeitas de progresso !

Nelas não é possível alimentar
vaidades, comodismo e egoísmo.

“Talvez por isto mesmo não se
tenha ainda organizado a Casa
do Concelho ou da Comarca da
Sertã]

Meia dúzia de pessoas bem
intencionadas e de puros ideais
não conseguem mover dezenas
de outras que vivem em eterna e
bemaventurada modorra !

Descreviam os jornais, há dias,
assim, aquela comovente e im-
pressionante odisséia de sete
aviadores do Transvaal:

«.. perdidos nos imensos de-
sertos do norte de A’frica depois
duma aterragem forçada, vaguea-
ram durante uma semana antes
de alcançarem um local civiliza-
do, onde chegaram famintos e
exaustos Quando se lhes acabou
a água, viram-se forçados a tre-
par às árvores a-fim-de lambe-
rem as fôlhas humedecidas por
uma recente chuvada. No quinto
dia, quando já: tinham desespe=
rado, deram com uma aldeia in-
dígena. Ao ser-lhes oferecida
umacabra,atiratam sea ela famin-
Htos e devoraram na crua, acom-
“panhando esta estranha refeição
com chá negro. de qulidade in-
ferior. Furam depois encaminha-
dos. por um guia até a uma es-
trada, onde foram recolhidos
por tm camião do exército».

À guerra pavorosa, que trans-
forma os homens em feras, além
de heróis, faz mártires. E êstes
aviadores, na consumação do seu
sacrifício, são verdadeiros már-
tires.

* Hospital da Sertá

Subscrição aberta pela «Co»
missão dos Amigos do Hos-
pital da Sertã», em Lisbca,
para a compra de material
cirúrgico:

donça David, Joaquim Leitão de
Melo, 50800 cada; António da
Silva, D. Albertina da Conceição
e M. P;, 20800 cada; Américo
Fernandes David, 5800; Augusto
Machado, Mário Vítor da Cruz,
Manoel Bento, Corrêa e Roger

|| Deschamps, 2850 cada Soma,

Transporte, 4.705800.
Ex.mos Srs, Alfredo de Mcn-

175800,
A transportar, 4.8808C0.

No Diário do Govêrno de 7.
do corrente foi publicada a
portaria concedeudo & Cá
mara Municipal da Sertã a
comparticipação de 85 000%
para a construção de 2 ca-
sas para residência dos ma
gistrados judiciais nesta v’i-
la, obra orçada em:

Mão de obra 85 000800
Materiais… 144 000800

– Soma…. 229.000809
rose

Excesso de carga

A legislação actual estabelece
pesadas multas aos industriais
de transportes de carga que so-
brecarregarem as suas viaturas,
além do que é permitido, isto é,
da tonelagem que consta do li-
vrete.

Acontece, porém, que relati-
vamente a vários artigos não é
possível determinar exactamente
o pêso, o que pode originar uma
sobrecarga para além do limite
constante do livrete ou, para
quem receie ultrapassá-lo, a uti-
lização da viatura em más con-
dições económicas,

Acêrca dêste assunto avistou-
se a Direcção do GITA com o

Ex.Ӽ Director Geral dos Servi-
ços de Viação que informou ter
sido concedida uma tolerância

de 10º sôbre a carga do veí-
culo.

Assim permite-se ao industrial
a possibilidade de utilização do

veículo em melhores condições
pois frequentemente não é pos-
sível a verificação exacta da to=

nelagem carregada,

E? de louvar e de agradecer a
disposição que permitecos 10º,
de excesso porque vem dar sa:
tisfação a um desejo. expresso
por todos os industriais.

A a
DOENTES

Encontram-se doentes Mades
moiselle Maria Margarida
Branco Farinha e o menino

“| José Carlos, filho do sr. An-

tónio Barata e Silva, da Serta
eonosso amigo sr. Carlos Joa-
guim Matias, industrial, do
Faval.

—Continuam doentes, de ca-
ma, tendo, porém, obtido li-
geiras melhoras, a sr.º D. Ma-
ria José Corrêa e Silva eo
Revº Vigário José Ramiro
Gaspar. :

Sinceramente desejamos as
prontas melhoras dos emnfêr-

M DA GU

ERRA

2 ps

Julgamentos

Acasados pelo Ministério Páblico
responderam, no Tribunal Jadicial
desta comarca :
No dia 2, João Fernandes, de 16
anos, solteiro, trabalhador, de A’lva=
ro, José Manoel, de 31 anos, casado,
trabalhador, do Vale do Seixo, fre-
gaesia de Alvaro, José António Pires,
de 61 anos, viávo, proprietário e co-
merciante, de Alvaro, e Manoel Ma=
teus, de 45 anos, casado, de A’varo,
da autoria do crime previsto e punido
pelo art.º 1.º e sea $5.º da Leiin,º
1083, de 8 de Dezembro de 1920, altex
rado quanto à malta pelo n.º 2 do
art.o 1.º do dec. 12.445, de 8 de Oatam
bro de 1926, por haverem andado a
pescar, empregando, para esse eleito,
salfato de cobre, no poça do Dorna-
lho, no rio Zêzere, desta comarca, na
noite de 13 para 14 de Setembro de
1940 Condenados os réus José Ma=
noel, José António Pires e Manoel
Mateus na pena de res meses de pri=
são, convertida em igual tempo a dez
escados diários, 500800 de imposto de
Justiça, aquela e êste com os legais
acréscimos e não condenados na mal=
ta a que se refere 0 art.º 10 do dec.
n.º 15.822 por já se encontrar paga;
e o réa João Fernandes (tendo em
consideração a sua diminata idade, a
fraca e insignificante colaboração na
prática do crime, bom comportamen=
to antérlor e outras cireanstâncias)
condenado na pena de 15 dias de pri=
são, convertida em igual tempo de
malta a dez escudos diários, cuja exe-
cução foi declarada suspensa por dois
anos, e em 500800 de Imposto de Jus-
tiça com os legais acréscimos e na
malta de 180$00. Condenados, Solidá-
riamente, os réus em 200500 de emo=
lamentos ao seu advogado oficioso.
No dia 3, José Matias Júnior, casa-
do, de 48 anos, proprietário, do Maro,
freguesia do Troviscal, de, no dia 25
de Abril findo, haver atropelado, com
o seu carro ligeiro, na estrada entre
Sertã e Oleiros, no sítio da Craz do
Fandão, Artar Dias, casado, do Car=
valhal, causando-lhe várias lesões,
que determinaram 15 dias de doença
com impossibilidade para o trabalho
nos primeiros oito. Condenado na re-
paração de 200600 a título de indemni-
zação a favor do queixoso, 200$00 de
imposto de Jastiça com os legais
acréscimos, 50$00 de emolamentos
para o seu douto advogado oficioso,
condenação esta suspensa por dois
anos se a indemnização arbitrada for
paga no prazo de 30 dias.

eo.

Assalto à Igreja Matriz de
Proença-a-Nova

Na noite de 31 de Maio foi as.
saltada, por gente desconhecida,
a igreja matriz de Proença-a-No=
va. Os gatunos deitaram mão ao
dinheiro que se encontrava nas
caixas das esmolas, supondo-se
que tivessem iicado no templo,
de noite, ao celebrarese a cons
clusão do «Mês de Maria». Apas
receu arrombada uma das portas
laterais, aquela por onde os mes
liantes saíram.

HO

EXAMES

Os exames, nos liceus, come-
cam a 26 do corrente e de admis-
são aos liceus no dia 23 de Ju-
lho, sendo requeridos de 1 a 8
do mesmo mês,

eo

Funcionalismo Municipal

A Câmara Municipal da Sertã,
em sua sessão de 4 do corrente,
nomeou, para o logar vago de
oficial de deligências, o sr. José
Nunes da Silva Costa, filho do
sr. José Nunes da Silva, vílima
da terrível tragédia que tam pro-
funda e dolorosamente impres-
sionou a Sertã, j
E porque o sr. José Nunes da
Silva morreu no cumprimento do
seu dever, a Câmara tomou a
louvável iniciativa, como justa
e humana reparação, de nomear
o filho para o logar do pai, idéia
que recebeu o aplauso geral,

Ao novo; luncionário, bom ‘ras
pazinho, desejamos tôdas as fes
licidades que merece,

aaa
MALAS DE CORREIO

Posto em vigor, de 1 do cora
rente a 31 de Outubro, o horáe
rio de Verão da carreira entre
Tomar e Oleiros, as malas do
correio procedentes daquela ci=
dade chegam à Sertã à 10,10 ho-
ras e são expedidas às 17,15 ho-
ras, Veja-se a comunicação da
Companhia de Viação de Serna-
che, Ld.* publicada noutro logar,tro logar,