A Comarca da Sertã nº246 29-05-1941

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Comarca da Sertã

 

FUNDADORES
— Pr. José Carlos Ehrhardt —
— Dr. Angelo Henriques. Vidigal —
—— António Barata e Silva ——
Dr. José Barata Corrêa e Silva

Eduardo Barata da Silva Corrêa

 

| 1 Rn AR pie PRE Wo Composto € Impresso
O DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO Rasa E NA
: Lomanto Prata da Filva Coreia | Ra ps TP. PORTA FE
QI) | abas | CASTELO
z REDACÇÃO É ADMINISTRAÇÃO | BRANCO
> – TELEFONE
« PUBLICA-SE ÁS QUINTAS FEIRAS e 7 ii 112
ANO VI | febdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarea da Sestã: concelhos de Sertã | M a á
N.º 246 | Oleiros, Proença -a- Nova e Vila de Rei; e freguesias de Emêndoa e Cardigos (do conselho de Mação ) | 1944

Notas …

STA tóda a gente da Sertã
sob c domínio da pavoro-

sa tragédia que. na manhã de
sábado passado, se desenro-
lou no edifício dos Paços do
Concelho, em que um demen-
tado — louco, digamos — nam

acesso de fúria demoníaca,
munido de uma navalha, ofe-
recem séria resistência à patru
lha da Guarda Republicanagque
o pretendeu dominar, ferindo
de morte um infeliz rapaz,
funcionário e chefe de família
eremplar, que todo o concelho
conhecia e estimava.

E” deveras lamentável o fa-
cto pelas consegiiências trági-
cas e não o é menos pelas ori-
gens. O agressor já há uns
meses sofria de ataques de lon-
cura e chegou a estar detido
na cadeia nos períodos mais

 

séria ameaça

onstituíia um
mília e para a soctie-

para a fa
dade.

Porgue não continuou éle
na cadeia até ser possível in=
terná-lo numu casa de saúde?
Compreendemos ser deshuma-
no encerrar, entre as quatro
paredes de uma cela húmida,
desconfortável e anti-higiênica,
um doente mental. Sabemos,
mesmo, que, sujeitar um doido
ao regime de prisão, mais
agrava o seu estado de saúde,
erasperando-o, a ponto da
demência atingir o paroxismo.
Mas, se isso é mau, muito pior
e mais terrível é que os indi-
víduos em tais condições se-
jam um perigo constante e
iminente no meio onde vivem,
sobressaltando tôda a gente e
estabelecendo um incontido
terror.

Entre a detenção, prejudicial
ao demente, e a liberdade, não
temos dúvida em afirmar ser
preferível a primeira. No meio
de dois grandes males, esco-
lhemos o menor.

Não é só no concelho da
Sertã que há um elevado nú
mero dedementes; existem éles
por tódaa parte, numa per-
centagem que se nos afigura

pavorosa e que, segundo tes.

mos ouvido dizer, cresce de
ano para ano. Vítimas do
alcool, da sífilis e, porventu.
ra, doutras doenças que são
* verdadeiros flagelos, esses des-
graçados passem uma vida
atroz e tormentosa e são peri-
-gosos elementos de pertur.
dação.

Há alguns em que as mani-
” festações de loucura atingem
um grau não reputado grave,
mantendo-se estacionário da-
rante tôóda a vida; noutros,
verifica-se o declínio do mal e
só de tempo a tempo se veri-
ficam crises mais ou menos

agudas; ainda noutros, a doen- | -se pelo seu conveniente trata-
– ça recrudesce de intensidade e mento ingressam nos manicó-| versão.
toma aspectos de inaudita alas mios ou casas de saúde,

didajdos oprimidos.

 

A Encíclica “Rerum Novarum”

A Encíclica dos trabalhadores

entusiasmo que reinou durante a
semana dedicada à «Rerum Nova-
rum.»

O aparecimento desta Enciclica pro-
duziu tamanha impressão em todo o mun-
do que para muitos fui causa de verdadei-
ro espanto.

Porém não devemos admirar nos que
o imortal Pontífice tenha tido tanta firme-
za e audácia, pois que êle já se tinha mos-
trado antes de o ser profundamente conhe-
cedor das questões sociais e cheio de energia
perante os abusos que oprimiam os traba-
lhadores.

Agora Mons, Pecci, sentado na cadei-
ra do verdadeiro Pastor do rebanho de
Cristo com ojnome de Leão XIII põe tudo
o que tem de melhor em defesa da causa

À INDA aos nossos ouvidos sôa o eco do

E ei lo que, embora velho, mas com
espirito novo se levanta e encara a ques:
tão social de frente e dá-lhe uma solução
— a solução cristã.

Seria razão para exclamar perante o
Pontífice e a Igreja: Glória ao Pontificado
romano, Glória à Igreja de Cristo!

Vejamos as causas do conflito que es-
tava patente ao mundo quando apareceu
a «Rerum Novarum»: o afastamento das
ideias cristãs nas relações entre operários
e patrões; a demasiada riqueza nas mãos
de poucos; e a indigência manifesta da
maioria. Claro estava que o conílito havia
de dar-se e, como vemos, êste estado de
coisas não podia subsistir.

Lão XIII, Vigário de Cristo, quere dar
a solução.

Mas como?! — Só a verdade tudo po-
de remediar. E So

Vô a questão com os olhos da verda-
de e… atira a para o mundo. é

Não havia outro caminho. Deus é a
própria Felicidade, Deus é a própria Ver-
dade!

E não havia tempo a perder, pois de-
ferir a cura dum mal tão grande era deixá-
lo alastrar e talvez vencer.

Isto seria para muitos uma novidade,
para outros um escândalo. Lão XIII não
tem mêdo e deitando por terra os ideais li-
beralistas abre os horisontos risonhos do
futuro.

Lança mãos à obra om defesa das clas
ses interiores e não se cansa de trabalhar
e de proclamar a justiça para aquêles que
vivem numa condição de infortúnio e de
miséria imerecida,

Diz o augusto Pontifico: «O último

século destruiu, sem a substituir por nada
as antigas corporações que eram uma pro-
tecção para os trabalhadores; todo o prin-
cipio e sentimento religioso desapareceram
das leis e instituições públicas e assim,
pouco a pouco, os trabalhadores, isolados

‘e sem defesa, viram-se, com o tempo, à

mercê da cupidez de uma concorrência de-

| senfreada, uma usura devoradora veio au-

mentar o mal: condenada muitas vezes
pela Igreja não cessou de ser praticada
sôbre outras formas por homens ávidos de
lucros; acrescente se a concentração nas
mãos de alguns apenas, da indústria e do
comércio, tornados património de uma mi-
noria de opulentos que impõem um jugo
quási servil a multidões de operários.»
Com esta e muitas outras passagens
Leão XIII aponta ao mundo o mal de que

enferma. E com uma coragem nunca assás

exaltada diz aos patrões e operários tôda
a verdade! |.
– Mas o mundo não quere a verdade!

“Não importa. Quem defende e proclama a

verdade e os interêsses que a ela condu-
zem defende o próprio Cristo que é a ver-
dadeira luz, que é a verdadeira felicidade
de todo aquêle que nêle põe a sua espe-
rança.

E não era Leão XIII o Vigário de Cris-
to na terra? !!!

Depois da Enciclica o operário tem a
noção de que não é pelo simples vigor do
seu braço um factor de trabalho; não é
mais uma peça duma máquina, mas tem a
consciência da sua dignidade de homem e
de cristão, do direito a viver do seu salá
rio que deve ser justo e suficiente para po
der cumprir o sagrado dever de como pai
de familia alimentar e educar os seus filhos,

E o patrão ficou sabendo que, se Deus
colocar nas suas mãos a riqueza, ele deve,
segundo as leis da justiça e da caridade
tornar-se como que o administrador daqui-
lo que Deus colocou no mundo para cons-
tituir a felicidade que Ele deseja, afim de
que todos possam cumprir o seu dever.

Poderiamos citar muitas passagens da
mesma Enciclica, Porém limitei-me a exal-
tar em breves palavras a obra do imortal
Pontífice dos trabalhadores e quero aqui
deixar o convite a todos os espiritos rectos:

que leiam os documentos do Papa é ouçam

a sua voz e hão-de ver como a Igreja que

detesta os êrros ama os homens na justiça

e caridade de Cristc, que é caminho, Ver-

dade e Vida.

E na terra paz aus homens de boa

vontade…
BR.cinação e violência, causando.
sérias apreensões.

Aquêles que possuem meios
ou pertecem a famílias abasta- |

das ou dispostas a sacrificar- que até na infelicidade alheia |
encontra sobejo motivo de di-

E os outros ?

Andam por at aos baldões,
despresados, servindo de gáu-
dio a gente má e inconsciente, ‘ farrapos humanos que a Fata-

Porque se não há de cuidar

a sério dos loucos ? Porque se
não estuda o problema do in=
ternamento dos loucos pobres,

lidade lançou na maior des.
ventura? Porque não se obri-
gam as familias remediadas a
suportar q encargo da admis=

“e. à lápis

À propósito do triste caso de
que foi palco o edifício
dos Paços do Concelho, e que
originou a nota antecedente, é
de estranhar que, tendo media-
do cêrca de uma hora entre a
agressão junto da fonte e o
início da tragédia na sala do
Tribanal, não tivessem sido
tomadas as necessárias pre.
cauções para dominar e desar-
mar o tresloncado António
Francisco da Silva, pois que
a vítima David Lourenço logo
se dirigiu para os Paços do
Concelho a pedir providências .
ea primeira cena de sangue
já era conhecida de bastante .
gente.
—otogpaag

TRÊS ou quatro homens posa
santes teriam dominado,
de surpreza, o António Frans
cisco da Silva quando êle se
entretinha na secretaria Jadi-
cial a rabiscar papéis; tirar
«lhe então a navalha e alges
má-lo não era emprêsa dificil
para quem possue espírito de
decisão e é valente sem que
precise de andar por tôda a
parte a alardear tesuras!

dl a di

O que é preciso saber é que
destino se dá âquêle de:
mente ea muitos outros que
existem na região e pelo País
fora, ;
Estará a vida de qualquer
cidadão pacífico inteiramente
à mercê dos loucos sanguinde
rios ?

Fica-se esperando que cada
doido pratique um crime de
morte para depois cuidar, q
valer, do seu internamento ?

Como medida preventiva não
seria aconselhável meter nas
cadeias todos os maníacos de
tendências perigosas?

Aqui ficam estas pregantas,
a que desejariamos responder
com segurança para tranguis
lidade do público.

Não temos elementos nem é
possível obtê-los para dar res-
postas que nesta ocasião se
nos afiguram complexas.

Pega

CHAMA-SE a atenção da Cá-
– mara para o estado de
asseio do W. C. existente de-
baixo do Miradouro e que,
nos dizem, deixar muito a de=
sejar, Ea

são, nos hospitais, dos alienas
dos que lhes pertencem ?

Os nossos sentimentos de
humanidade levam-nos a pes
dir, com insistência, que se dê
remédio. urgente a um mal,
que é um verdadeiro pesadelo
para todos nós, que contrista
e confrange o coração de
todos aquêles que não são
insensíveis às desgraças
alheias.

 

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A Comarca da Sertã

SEEntónio da

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ANUNCIO

(2.2 Publicação)

Arrematação Judicial de
Predios

“Insolvencia de wuilherme Fes

lix da Silva e Mulher

Faz-se saber que no dia 31 do
mês de Maio corrente, pelas 12
horas, nesta Vila da Sertã e à
porta do Tribunal Judicial desta
Comarca, sa ha-de proceder à

| venda em hasta public: dos imc-

veia abaixo designados e pelo
maior preço oferecido acima do
valôr indicado.

1.º-—Dois botereus de cultura,
oliveiras e um eucalipto, no sit o
denominedo o Lugar, limites da
Azenha Cimeira, predio eate que
tem direito a dois dies de água
em cada giro de seis dias; ins-
crito na matriz rustica da fregue-
sia de Vila de Rei com 6 nume-
ro 31.808 e descrito na Conser-
vatória do Registo Predial desta

+ Comarca sob o n,º 10.382,
Vai pela segunda vez à praça
no valor de 200500.

2,º— Quatro botareus de cultu-
ra, tendo om bocedo de terra in-
culta, – sito. no lugar da Azenha
Cimeira, limites do mesmo; tem
direito à água da levada desde
o pôr do sol até às dez horas do
dia seguinte em cada giro de dez
dia». Inscrito na matriz da fre-

| guesia de Vila de Rei sob [E

5004 4/3.

Vai pela segunda vez á praça
no valor da 6505 0,

3,º— Três botateus de cultura,
com um bocado de terra inculta
e arvores de fruto, sita no lugar
da Azenh: Cimeira, limites da
mesma; confronta do nascente e
poente com bens do insolvente,
norte com a levada da água e
sul com o cara nho pnblico.

Vai pela segunda vez à praça
no valor de 325500,

– 4,º-Casa de residencia de al-
tos é bnixos, pateo, forno, casa
de arrecadação, um curral e um
palheiro e terra de cultura com

treze oliveiras, no sitio da Age.

nha Cimeira, limites da mesms;
inscrita na matriz ructica da free
guesia de Vila de Rei sob o n.º
4.993.

Vai pela segunda vez á praça
no valor de 1.800500, –

5.º—Uma terra de semeadura,
arvores de fruto e testada de ma-
to, sita aos Vales, limites da Aze-
nha Cimeira; inscrita na matriz

‘rustica da freguesia de Vila de

Rei sob o n.º 4,901 e descrita na
Conservatoria do Registo Pre.
dial da Comarca da S rtã sob o
n.º 10.381,

Vai pela segunda vez á praça

| no valor de 2 350500,

Bens estes que constituem o
activo da insolvencia aberta a
Guilherme Felix da Silva e mu-
lher “do lugar da Azenha Cimei
ra, freguesia e concelho de Vila
de Rei, cujo processo corre pela
Primeira Secção da Secretaria
Judicial desta Comarca,

A siza fica por inteiro, a car-
go do arrematante,

Sertã, 10 de Maio de 1941,

O Administrador da Insolven=
Glê-=— Annibal Diniz Carvalho.

Verifiquei a exactidão— Ruben

Anjos de Carvalho,

ANUNCIO

(2.º Publicação)

Por êste se »nuncia queno
dia 7 de Junho próximo por
12 horas, à porta do Tribu-
nal didi désta comarca,
se há-de proceder à arrerma-
tação em hasta pública dos
prédios a seguir designados
e pelo maior preço que fôr
oferecido acima dos valores
respectivamente indicados.

Prédios

Terra de cultura e casta-
nheiros, sita no Vale da Ca-
dela, freguesia da Madeira,
Julgado de Oleiros, descrita
na Conservatória desta co-
marca sob o número 19 321.
Vae pela primeira vez à pra-
ça no valor de 6829 10, pe-
nho:rada nos autos de exe-
cução que o Ministério Pu
blico, move contra Joaquim
Alves, residente no logar da
Madeira,

São por ôste citados quais-
quer crédores incertos para
assistirem à arrematação
neste anunciada.

Sertã, 8 de Maio de 1941.
Verifiquei:
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo

O Chefe da 1.º Secção,
José Nunes

ESPE

nose,

ANUNCIO

2 publicação

Faz se saber que no in-
ventário orfanológico que

foi instaurado por óbito de
João Mateus, morador que
foi no logar do Carvalhal
Cimeiro, freguesia do Tro-
viscal, desta comarca, em
que é cabeça de casal a sua
viuva Maria Pereira, do mes-
mo logar, e nos termos dn)
art,:1401 do Código do Pro-
cesso Civil, passou a heran-
ça ao estado de instlvêacia,

por despacho de doze de

Maio corrente, em virtude
das dividas aprovadas exce
derem a massa da me ma
herança, tendo sido fixado
o prazo de quinze dias para
a reclamação de créditos, a
contar da primeira publica-
ção do presente anuncio.

“Sertã, 13 de Maio de 1941
Veritiquei
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O Chefe da 3.º Secção Int.,
Armando António da Silva

ANUNCIO

(2.2 publicação)

Faz se saber que pela ter-
ceira secção da Secretaria
Judicial desta comarca cor-
rem éditos de vinte dias, a
contar da segunda publica.
ção do respectivo anuncei ,
citando os credores descu-
nhecidos para no prazo da
dez dias, findos que sejam
os éditos, deduzirem o sn
pedido nos autos de execu-
ção por custas e sôlos, em
que é exequente o Ministé-
Público e executados
Domingos Cargalciro é mu:
lher Luiza G nçalves, do
logar das Rabacinas. fiégua-
sia dos Montes da Senhora,
desta comarca.

Sertã, 13 de Maio de 1941,

Ver.fiquei,
O Juiz de Diceito, .
Armando Torres Paulo
O Chefe da 3.º Secção, Tut.º
Armando António da Silva

VENDE-SE

1 cavalo e 1 charrcto em
bom estado.

Trata: com P. Juté Fran-
cisco — Serta.

âàNUNCIO

(1,2 Publicação)

Pelo Juizo de Direito da Co-
marca da Sertã, segunda secção,
no processo de execução hipotecá
ria, que o exequente Manuel Mar:

oii Bretes, casado, agricultor do

proprietario, morador no lugar da
Fonte Longa freguesia de Santo
André das Tojeirus, concelho de
Castelo Branco, promóve contra
os jexecutados Francisco Lourenço
Dias e mulher Maria Isabel. Ri-
dbeiro, agricultores, moradores no
lugar de Carregais freguesia dos
Montes da Senhora, correm éditos
de vinte dias, contados da segunda
e última publicação dêste anuncio,
citando os crédores desconhecidos
daqueles executados, para no pra-
zo de déz dias, posteriores no des
éditos, virem à dita execução des
duzir os seus direitos,
Sertã, 19 de Maio de 1941,

Verifiquei
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O Chefe da 2º Secção,

Angelo Soares Bastos.
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“À Câmara Municip

– A Comarca da Sertã

mhNeccrologia

“Vosé Nunes da Silva

Faleceu no sábado, em conse-
quência de uma agressão à na-
valhada, (conforme notícia nou-
tro logar) o sr. José Nunes da
Silva, de 45 anos de idade, na-

“tural da Sertã, filho do sr. João

Nunes da Silva (Maljoga) e da
sr.* D. Maria da Conceição Sil-
va, casado com a st.* D. Guilher-
mina da Conceição Silva, pai do
sr. José Nunes da Silva Costa e
das meninas Madalena e Lisete
Nunes da Silva, todos residentes

na Sertã, e cunhado dos srs. José

Viola da Costa, dos Verdelhos,
Jerónimo da Silva, do Cimo da
Ribeira António Lopes Rosa, de
Sernache do Bomjardim, José
Ferreira, da Lameira da Lagoa,
José Alves, do Cimo da Ribeira
e José Daniel, do Picoto.

O sr. José Nunes da Silva exer-
cia o logar de oficial de deligên-
cias da Câmara Municipal desde
21 de Dezembro de 1922, cargo
em que tinha sido investido inte-
rinaments, no dia 8 de Junho do
mesmo ano

Excelente chefe de família, ex-
tremamente honesto, inexcedível

-cumpridor dos seus deveres de

cidadão. e funcionário, respeita-

– dor, bom amigo e lial camara ‘a,

o extinto gozava de estima gera.
nesta Vila e em todo o concelho

“e foi sempre altamente conside-

rado pelos seus superiores hie

rárquicos

Possuilor de raras qualidades
de abnegação e espírito de sacri-

“Tício, desempenhava fielmente,

por mais graves e arriscadas que
fôssem, as funções inerentes ao
cargo. Surgia uma missão dificil
e perigosa? Podia contar-se com
o sr. José Nunes da Silva. Éle
compareceria na ocasião própria,
agindo com a decisão e audácia
de que era capaz para que a ot-

“dem fôsse mantida e a Lei res

peitada: mo

em sessão de 4 de junho de 1936

– pela forma como se desempenhou

nos serviços de investigação que

– lhe foram confiados para a des-
“coberta do autor do crime de

morte de que foi vítima Manoel
Alves Júnior, do Mosteiro da
Senhora dos Remédios, ocorrido
em 11 de Maio do mesmo ano;

revelou, então, mais uma vez,

b a-vontade, qualidades de tra-
balho e invulgar energia.

José Nunes da Silva sucumbiu
no seu posto, corajosamente,
quando pretendia defender um

“dos guirdas que lutava com o

tresloucado sanguinário na sala
do Tribunal. Interveio com uma
decisão admirável, desarmado,

– indiferente à todos os riscos.

O facto impressionou profun-
damente a opínião pública, co-
movendo, até às lágrimas, aqueles

” que assistiram ao desenrolar da
“tragédia.

O seu funeral, realizado no
doming», pelas 17 horas, consti-
tuiu uma sentidíssima manifesta-
ção de desgôsto. O caixão, co-

– berto com a bandeira do Muni-

cípio, f’i conduzido na carreta
da Misericórdia. No préstito fú-
nebre tomaram parie os dignos
Magistrados da Comarca, o sr.

‘ Presidente da Câmara, todo o

funcionslismo público da sede
do concelho, Irmandade do S. S.
e-quatro: sacerdotes, Filarmónica

– União Sertaginense, bastantes

senhoras e muitas centenas de
pessoas de tôdas as categorias
sociais da Vila e do concelho.
“Durante o trajecto organiza-
ram-se diversos turnos.

«A Comarca da Sertã» lamenta
profundamente a triste ocorrên-
cia, apresentando à família do

” Saiidoso extinto, magoada por

golpe tam dilacerante, a expres-
são muito sincera do seu pesar.

x

À autópsia ao cadáver efectu-

-Ol-se, na presença das autorida-

des judiciais, pouco depois de
findarem as cerimónias religiosas

– ma capela do cemitério.

Em benefício do Hospital
da Sertã

Decorreu brilhantíssima a

festa na Casa das Bei-

ras-na noite de sábado

A Noite Regionalista, que se
efectuou na Casa das Beiras, no
sábado, promovida pela ilustre
«Comissão dos Amigos do Hos-
pital da Sertã», na capital, desti-
nada a obter receitas para a com-
pra de materi’l cirúrgico de que
muito carece aquela prestimosa
instituição de beneficência, mar-
cou pelo entusiasmo e rara ma-
gnificência, ao mesmo tempo que
estabeleceu uma maior solidarie-
dade, apetando os laços de Íra-
ternal amizade, entre os naturais
do concelho da Sertã e a Colónia
das Beiras em Lisboa, da qual
fazem parte elementos de grande
valor,

A festa principiou às 22,30
horas, tendo comparecido, pouco
depois, o sr. dr. António Nunes
e Silva, nosso patrício e distinto
advogado em Lisboa, que, em
representação da Câmara Muni-
cipal dêste concelho, apresentou
cumprimentos à Direcção da Casa
das Beiras e à «Comissão» pro-
motora da «Noite Regionalista»,
retirando-se, logo após, por mo=
tivo de luto da sua família.

O festival constou de baile e
variedades regionalistas e teatrais.
Durante o baile foram distribuí
dos pelas senhoras e cavalheiros
variados brindes de perfumaria
amâvelmente fornecidos pelas fire
mas Pestana, Branco & Fernan-
des, Ld.º, Zinália e Fábrica de
Santa Clara. A meio da noite, as
sr. D.”“º D, Aida Corrêa Nunes
e D. Zélia Fernandes Pestana,
tomaram a simpática iniciativa de
promover a venda de flores natu-
rais, que foi coroada de pleno
êxito e recebida com aplauso e
grande alegria.

* Entre a assistência viam-se ma.

gistrados, oficiais do Exército e
da Armada, médicos, advogados,
engenheiros, comerciantes, fun-
“cionários públicos, etc., etc., na

sua grande maioria naturais e
amigos da nossa região.

Para o triunfo da festa, desta
inesquecível noite, contribuiram
dedicadamente, dispensando tôda
a sua influência e valiosíssima
colaboração, os srs. Domingos
Roque Laia e dr. Manoel Martins
Moreira, da Direcção da Casa

das Beiras.

A” infatigável «Comissão»
apresentamos os nossos parabens
pelo explêndido êxito que logrou
alcançar com a realização da lin-
da festa, que ficará marcando,
entre os Beirões, como aconteci=
mento de rara elegância e distin-
ção e de alta benemerencia.

etapa

488, e ey Es, 28, Es,
e. q ei o: á Fes
e Pa Pta Da a ta 24 mino Alves Pereira, funcionários dos

* AGENDA É,

s ES na. 8 Es E
Peg” oa ea REA Pega eai”

Embarca âmanhã, para Que.
limane, o nosso prezado as-
sinante sr. Bernardino Vicen-
te, distinto funcionário das
Alfândegas da Colónia de Mo-
cambiqgue. Desejamos-lhe boa
viagem.

— Estiveram: na Sertã, a
sr.º D. Adelina Alves, de Lis=
boa e, em Serrnache, o sr. Jai-
me Bravo Serra, de Casta:
nheira de Pera.

— Com sua espôsa encon-
tra-se na Sertã o sr. Américo

V. Rebordão Corrêa, recentes

mente chegado de Luanda (An-
gola).

— De Lisboa retirou para S.
Torcato o sr. Manoel Ramos.

Este número foi visado pela.

Comissão de Censura
– de Castelo Branco

Alravés da Comarca

(Noticiário dos nossos Correspondentes)

SERNACHE DO BOMJARDIM, 19—
Tem-se feito sentir nos últimos merca-
dos a falta de milho, o que ocasiona
grande transtorno às classes menos
abastadas.

Tem-se feito várias requisições de
milho aos seus detentores.

Achamos muito bem que se proceda
com firmeza, a-fim-de abastecer regu-
larmente o mercado, demais numa re-
gião, onde a produção excede o con-
sumo. f :

E” necessário, porém, que se exerça

fiscalização, sobre o público compra-

dor, que também tem tendência para o
açambarcamento, prejudicando os mais
necessitados, que não podem adquirir
maior porção.

E aquêles são os que mais gritam
contra os açambarcadores, fazendo as-
sim criar uma atmosfera de más vonta-
des, muitas vezes injustificadas,

A época que atravessamos é dificil
para todos e por isso é justo que todos
contribuam para a tornar menos pesada.

—Tem estado entre nós a passat
uns dias. com sua família o nosso bom
amigo Sr, Jaime Bravo Serra, distinto
Chefe da Secretaria da Câmara de Cas-
tanheira de Pera.

—Também teem estado entre nós
com sua família o Sr. António dos San-
tos Marques, do Fundão, e antigo cos
merciante desta praça.

—Continua irregular o tempo dificul-
tando os trabalhos agrícolas e acarre-
tando bastantes prejuizos. É

<<Soz
Sulfato de Cobre
MADEIRÃ, 19 — A Companhia União

Fabril que ainda há pouco fez publicar |
‘nos jornais de maior circulação, espa-

lhafatosos anúncios, assegurando à la-
voura o abastecimento de sulfato de
cobre, não tornou a entregar ao co=
mércio pelo sêu depósito de Tomar,
êste artigo.

Por esta razão, Os pequenos proprie-
tários, que não poderam, de princípio,
comprar para toda a época, como o fi-
zeram os que podiam, veem agora per»
der todo o dispêndio que fizeram com
o amanho das suas vinhas. é

asso

PROENÇA A NOVA, 21—
Com a publicação do novo Código

Administrativo pretende-se deslocar

um dos médicos desta localidade para
a freguesia de São Pedro do Esteval,

ficando a freguesia de Proença a No-

va, com uma área enormissima, só com
um médico Achamos indipensável a
criação de novo: partido médico nesta
localidade, não só por ser sede do con-

celho, mas porque a população desta |

freguesia, habituada já aos dois médi-
cos, vê-se assim prejudicada nas suas
necessidades clínicas. Confiamos no
bom senso dos ilustres membros do
Município, zelando pelos interêsses
desta freguesia,

—No fim da semana passada, a ca-

mioneta pertencente aos Srs, Carvalhos |.

& Aparícios, de Alferrarede, chocou
com o automóvel do Sr. Dr. Vasco
Silva, de Lisboa, no sítio das Oliveiri-
nhas da Serra, a 2 quilómetros desta
vila. Atribue-se a causa do desastre à
grande velocidade que levava a camio-
neta, ficando os dois carros muito da-
nificados, principalmente o automóvel.
Felizmente não houve desastres pes-
soais.

—No dia 5 do corrente mês, sepul-
tou-se no cemitério desta vila a Sr.?
D. Maria Alves Pereira, espôsa do Sr.
António Alves Pereira, funcionário dos
Correios e Telégrafos, aposentado. A
extinta era mãi das Sr.as D. Aurora,
D. Alzira, D. Maria do Céu, Sr. Fira

Correios e Telegrafos e da Sr.º D. Ma-
ria do Carmo Alves Pereira, regente
escolar, assim como irmã de Mons. Alr
ves Pereira, pároco no Cano, Alentejo.
‘ No funeral incorporou-se muito povo.
A” família dorida apresenta «A Co-
marca da Sertã» sentidas condolências,
€.
«gs

28 DE MAIO

Passou ontem mais um aniver-
sário do Movimento Nacional de
28 de Maio.

Esta data é sempre memorável
para todos os bons portugueses
porque marca o ressurgimento
da Pátria e uma confiança firme
nos destinos de Portugal imor-
tal, que, pela ordem, pelo traba-
lho e pela dignidade, se tem sa-
bido impor entre os povos livres
do Mundo.

VENDEM-SE
Propriedades em Amiso = Sertá

Uma urbana e duas rústicas;
água abundante, terras de semeas-
dura, olivais pinhais e mato.

Tratar com Franco Amioso =»
Sertã. à

Bibliografia

Do nosso amigo e intemerato beirão
sr. Tenente-coronel Francisco de Pina
Lopes, recebemos o interessante opús-
culo «A Beira Baixa na reconquista
cristã, no povoamento e na formação
da sua unidade moral», tema da con-
ferência que efectuou na Casa das Bei»
ras, em Lisboa, no dia 3 de Abril, e que
despertou a maior curiosidade entre a
Colónia da Beira Baixa na capital,
atraindo um elevado número de inte-
lectuais.

O sr. Tenente-coronel Pina Lopes
iniciou a palestra com as seguintes pa-
lavras, que sintetizam uma elevada
manifestação de pensamento e, essen-
cialmente, uma profunda dedicação á
terra-mãi, a consubstanciar um puro
regionalismo : :

«Regionalismo e regionalistas, amor

da terra e amor do homem que a habi
ta—e não sei o que de mais belo e su-
blime possa haver neste mundo de
Cristo — são coisas em que muitos fa-
lam mas nem todos praticam; encarnam
sentimentos que expontaneamente em-
polgam, mas dificilmente se fazem com»
preender pelos que, muito senhores de
si, embora bastantes vezes sem se sa-
ber bem por que motivo, são domina-
dos sempre por um sórdido e aviltante
materialismo e, incapazes, portanto, do
menor esfôrço em prol da sua terra e
do seu semelhante.» :
” «Seja, porém, como fôr, eu sou e
serei regionalista até que Deus quiser,
precisamente porque amo apaixonada-
mente a minha região, que outros po-
dem ter servido, e servem, com os ful-
gores da sua inteligência e com as lu-
zes do seu saber, emquanto eu—pobre
de mim que não possuo tais predica-
dos– me limito a serví-la, desinteressa-
damente, sim mas apenas com a minha
alma e com tôda a ternura do meu
coração».

Com larga cópia de argumentos O
orador desenvolve o tema proposto,
não os reduzindo aos limites das cita-
ções históricas, com datas, factos e
episódios, o que fatigaria os auditores,
mas usando de uma linguagem colorida,
pondo nas suas palavras tôda a vibra-
ção da sua alma de beirão e de patriota.

No livrinho, que se lê de um fôlego,
tam bem exposta: é a matéria, diz-se
que, em 1535, a Sertã uma das Vilas
da antiga «Comarca da Beira> com as-
sento em acto de Côrtes, possuía 190
vizinhos; eta inferior a êste número a
Vila de Castelo Rodrigo, contando-se,
então, como superiores, as seguintes
vilas e cidades: Pinhel, Monsanto,
Guarda, Penamacor, Trancoso, Viseu,
Lamego, Covilhã e Castelo Branco, por
ordem ascendente.

– Todos os naturais da Beira Baixa
devem ler a obra citada porque encon-
tráâm bases apreciáveis para o estudo

histórico da Província em que nasce-

ram homens que são o nosso orgulho
de beirões e portugueses
Ao ilustre autor agradecemos o

exemplar que teve a gentileza de nos

oferecer.

Gaso estranho

O sr. Veterinário Municipal

foi chamado, no sábado passado,
à Felgaria, freguesia do Nespe-
ral, onde se notara um caso es-

tranho, que parece não ter pre-

cedentes. Reside, naquêle logar,
um indivíduo de nome João Paz;
de baixo da habitação tem um
redil, onde fica um rebanho de

ovelhas. Na madrugada do dia

referido foi encontrar nada me
nos de 11 animais com parte das
nádegas devoradas, a ponto de,
em alguns, se verem os ossos,
não havendo feridas ou sequer
contusões em qualquer outra par-
te do corpo; cinco ovelhas esta-
vam mortas e é de crer que 0
mesmo tenha sucedido às outras.

O caso é absolutamente estra-
nho e reveste-se de certo misté-
rio por inexplicável. Durante a
noite não se notou qualquer ba-
rulho, nem tam pouco um sim-
ples balido; os lobos costumam
atacar de trente, lançando-se sô-
bre o pescoço da presa e prefe-
rindo devorar as vísceras; está,
por isso, arredada a hipótese de
uma investida destas feras, que
raramente aparecem ali.

Que será então ? Não se con-
segue atinar. E certo que a por-
ta do redil não vai até à soleira,
verificando-se existir espaço su-
ficiente para qualquer cão, por
exemplo, por ali entrar,

“O caso traz alarmados os la-
vradores dos sítios, tanto mais
que há pouco tempo se registou
caso semelhante no Robalo.

Postais com vistas da Sertã

(EDIÇÃO PRIMOROSA)
Vendem-se nesta Redacção
Colecção de 7 postais — 7400

INSTRUÇÃO:

Foi considerado em comissão,
e na escola de Alvaro, o profes-
sor sr. António Eduardo Forsá-
do Corrêa.

— Foi provido na escola mas-
culina de Sernache do Bomjar-
dim o professor sr. Alexandre
Roseiro de Miranda Boavida, do
quadro de agregados do distrito,

at pao

E’ amigo dedicado da
sua terra ?

Indique-nos, como assinantes,
todos os patrícios e amigos qu
ainda o não são. :

O valor e o bom nome da sua
terra dependem, em grande pare
te, da propaganda que dela se
fizer nêste semanário.

EDITAL

Carlos Martins, Conservador do
Registo Predial e Comercial,
Presidente da Camara Muni
cipal do concelho de Sertã:

Torna público, nos termos da
Portaria de 20 de Fevereiro de
1889, que se acha aberto inqué-
rito administrativo relativo à em=
preitada da reparação do pavi-
mento nas E. E. N. N. n.º 542º
e592.º entreos Kms. 9 210 à
9.485 e 9.456 a 9 652, respecti-
vamente. Fornecimento de brita
para diversos troços do Ramal
da E N n.º 59-2º para a Sertã,
entre os Kms. 6 200 a 14 400,
adjudicada a Manuel Farinha, re.
sidente em Prosnça a-Nova, por
contrato n.º 2 de 4 de Maio d
ano findo. as

Todos interessados, por falta
de pagamento de jornais, mate.
riais e expropriações ou outras
indemnizações, a que se julzuem
com direito podem, dentro do
prazo de 20 dias a contar de
hoje, apresentar na Secretaria
desta Câmara em todos os dias
úteis, das 11 às 17 horas, as suas
reclamações, . ;

Para constar se afixou êste e
outros de igual teor nos lugares

do costume. E eu António Cale |

deira Firmino chefe da Secretas
ria, O dactilografei.

Sertã, Secretaria da Câmara

Municipal, 20 de Maio de 1941,

O Presidente da Câmara, — Care
los Martins.

ANUNCIO

1.º Publio-ça:)

Por êste Tribunal, única secção
da Secretaria Judicial e autos de
execução por custas é sêlos que o
exequente, Ministério Público, mos
ve contra o executado Tomás Pas
trício, viuvo, proprietário, residen-
te que foi em Oleiros e presente
mente ausente em parte incerta,
correm éditos de trinta dias, a con-
tar da segunda e última publicas
ção do presente anuncio, notificana
do o dito executado de que, pará

pagamento da quantia exeguenda –
de 429850 e das custas e sélos

acrescidos e a acrescer até final
da execução, fot, por despacho de
quatro de Março corrente, ordena-
da penhora sôbre 08 seguintes préa
dios pertencentes ao executado, a
saber: — Uma pequena casa de
habitação, sita na hua do Carril
desta vila, inscrita na matriz sob
o artigo n.º 825; — Um quintal.
sito na Quelha do Carril, inscrito
na matriz sob 08 artigos n.º 1 798
e 1.794.

“Oleiros, 7 de Março de 1941,
O Chefe de secção,
João de Sousa
Verifiquet,
O Juiz Municipal,
António Ferreira Pinto

 

@@@ 1 @@@

MOVIMENTO RELIGIOSO

Como foi anunciado comemo-
rou-se no passado dia 18, o 50.º
aniversário da Encíclica «Rerum
Novarum» e o dia mundial das
Congregações Marianas.

‘Aºs 11 horas celebrou sea san-
ta missa. O Pároco subiu ao púl-
pito para explicar ao povo o sen-
tido das duas comemorações.

Aº tarde houve uma sessão na
sede da Juventude Católica Fe-
minina. O Revd.ºP.º Eduardo em
palavras claras expõe a situação
económica e política no tempo
em que apareceu a Encíclica de
Leão XIII, para fazer realçar a
importância do documento pon-
tifício.

E” exaltado o trabalho na re
citação de várias poesias e num
cântico que pareceu cair bem nos
ouvidos de todos exaltasse à co-
ragem dos homens das nossas
caravelas:

Caravelas, caravelas

Sulcando as águas do mar…
Nossa Senhora dos pescadores
Os leve e traga no seu olhar.

E a sessão termina. E no as-

– pecto de todos se lê o contenta-

mento interior talvez porque ou»
viram coisas novas ou por verem
que a acção da Igreja como do
Pontificado romano é acção de
paz, justiça, amor, caridade…
Na passada quinta-feira reali-
zou-se na capela da Senhora dos
Remédios a festa em honra de
Santa Terezinha que se revestiu
de bastante solenidade e muita
concorrência de povo.

UM PONO QUE RESISTE

– Dizem de Londres: —. Ainda
não há muito, Winston Churchill

– que não sofre de ilusões, assim

como não sofre de pavores, dis-
se francamente à Câmara dos

– Comuns e, portanto, à Comuni-

dade Britânica de Nações Livres
e a todo o mundo, estas graves
palavras:

<A Câmara é testemunha de
que eu nunca prometi nadafe que
só ofereci lágrimas e sangue.
Acrescento agora uma boa dose
de erros, faltas de previsão e de-
senganos, Éste estado de coisas
poderá durar ainda por muito
tempo, no fim do qual creio fir
memente;-— embora isto não seja

– promessa nem garantia mas ape-

nas uma profissão de fé — que
alcançaremos uma vitória com-
pleta, absoluta e final»,

Eº a política da verdade, da
verdade amarga e dura que, lone
ge de desmoralizar, mais e mais
unifica o mundo anglo-saxónico
no esfôrço, cada vez mais amplo
e enérgico, de vencer a guerra,

O inimigo tem alcançado gran-
des vitórias, tem ganho grandes
batalhas. Sôbre isso, ninguém
tem hoje ilusões na Inglaterra.
Se alguém vive iludido não é
certamente o povo inglês.

Com’ Churchill, estão todo o
mundo inglês e os Estados Uni-
dos convencidos de que tendo

perdido batalhas, pela própria
“natureza das coisas, êles hão-de

ganhar a guerra e também pela

própria natureza das coisas. Por |

agora há, apenas, duasconvicções
que se defrontam. A guerra não
está ganha por ninguém. A guer
ra simplesmente se dilata. Alas-
tra € cria novos problemas mui-
to mais insolúveis de que a he-
rança de Versalhes, se ao DIK-
TAT da outra guerra se seguisse
um DIKTAT desta,

| rosa
AGRADECIMENTO

José Ferreira da Silva
Cimo da Ribeira

A sua família vem por êste
meio agradecer reconhecidamen-

te às pessoas que se dignaram |

encorporar-se no seu funcral,
acompanhando-o ao cemitério
desta Vila.

Sertã, 24 de Maio -de 1941,

A Comarca da Sertã
CENAS DE SANGUE

Na Sertã, um trestoucado fere dois ho
mens, um dos quais mortalmente

No logar do Vilar da Carga,
desta Ireguesia, tem residido
com seus país, Joaquim Francis-
co da Silva e Inácia Maria, mo-
destos proprietários, António
Francisco da Silva, solteiro, de
27 anos de idade, que foi sempre
respeitador e diligente, dedican-
do-se à lavoura e negócios de
resina, até há cêrca de três me-
ses em que começou a manifes-
tar graves perturbações mentais,
a ponto de praticar distúrbios,
causando sérias apreensões à fa-
mília e aos vizinhos.

Por êste facto êle chegou a
estar detido na cadeia e, recen-

temente, saiu dali por insistentes.

pedidos dos pais, depois de o
suporem livre de acessos. Certo
é que êstes apareciam de quan-
do em’ quando, com maiores ou
menores intermitências, nunca
se supondo, talvez, que o rapaz
viesse a ser vítima de verdadei-
ra – alucinação. Considerou-se,
imprudentemente, que O caso,
como muitos outros por aí veri-
ficados, era de loucura branda,
que o mal não excedia os limi-
tes de uma inófensiva tara,

‘Se houvesse o devido cuídado
com todos os doentes desta na-
túreza, procurando dar-se-lhes o
tratamento necessário, ou se, por

impossibilidade. imediata de .o

fazer, se procedesse, como me-
dida de elementar cautela, ao
seu isolâmento absoluto, e êste,

infelizmente, só pode ser feito na.

cadeia, não assistíríamos a distúr-
bios e espectáculos ve’gonhosos
e não teríamos agora a registar
duas. agressões brutais à nava
lhada, uma das quais teve, como
epílogo, a morte de um bom
chefe de familia, que agiu no
cumprimento do seu dever e nú
ma atitude de-veras louvável na
defesa do seu semelhante

O dementado António Fran-
cisco da Silva saira no sábado,
de manhã, do Vilar da Carga, a
caminho desta vila, e, ao passar
junto da fonte de Santo António,
cêrca das 11 horas, aproximoa-
se de dois homens que convera
savam sossegadamente, David
Lourenço, de 62:anos, do Pião,
freguesia do Troviscal, e Frans
cisco. Luiz, da Fonte de Amio-
so; sem lhes dirigir qualquer pa-
lavra, puxou de” uma navalha,
de que vinha munido, e feriu o
primeiro na face esquerda, junto
à orelha. Depois seguiu, numa
atitude que não se tornou sus-
peita, para o edifício dos Paços
do Concelho, entrando na secre-
taria Judicial, de chapéu na ca-
beça, pedindo um papel e uma
caneta para escrever, o que pron-
tamente lhe foi entregue, não se
tornando receosa a sua presença

entre o pessoal da secretaria e
outras pessoas que ali estavam
porque êle havia feito o pedido
daquêles objectos sem arrogân-
cia, ainda que todos compreen-
dessem não ser normal o seu es-
tado pelas palavras desconexas
que proferiu. Momentos depois,
tomado de fúria súbita, tira a na-
valha do bôlso, abre-a é bran-
dindo a com ar ameaçador entra
na sala do Tribunal, causando
pânico entre os funcionários e
bastantes pessoas que se encon-
travam nas repartições e nos di-
versos corredores. . ;

– Requisitada uma fôrça da Guar-
da Republicana, aparecem instan-
tes depois dois guardas mnnidos
de espingarda com a baioneta
calada, que se dirigem para a

sala do Tribunal, seguidos dos

srs. Angélo Bastos, Aníbal Cor-
rêa e José Nunes da Silva, todos
funcionários públ’cos. O Antó:
nio Francisco, à intimação de
tum dos guardas para deitar ao
chão a navalha que empunhava,
lança-se sôbre ele para o ferir,
mas o guarda livra-se do golpe
com a coronha; estabelece-se lu-
ta, procurando os guardas do-
minar o agressor, ao mesmo tem-
po que o sr. José Nunes da Sil
va, contínuo da Câmara, inter-
vem decididamente para auxiliar
os guardas, um: dos quais já ti-
nha a farda cortada por um gol-
pe vibrado pelo criminoso. No
meio desta confusão, o António
Francisco fere o pobre José Nu-
nes da Silva no baixo ventre,
acabando por ser dominado a
muito custo e à fôrça de panca-
daria.
“Caindo desamparadamente no
chão, pálido e sem dar acôrdo
de si, o sr. Nunes da Silva é le-
vantado e conduzido ao consul-
tório do sr. dr Rogério Marinha
Lucas, onde chegou inanimado.
O ferimento fôra mortal.

A tragédia causou dolorosa e
geral consternação, A perda do
zeloso funcionário é justamente
lamentada, não só pelas circuns-
tâncias trágicas em que ocorreu,
mas também porque era muito
considerado. pelas suas qualida-
des de carácter e tinha, no mais
alto grau, a verdadeira noção dos
seus deveres, que cumpria infle-
xívelmente e em tôdas as con-
júnturas.

O sr. José Nunes da Silva,
desprezando o perigo, procurou,
a todo o transe, auxiliar aquêles
a quem está confiada a espinhos
sa missão de defender a ordem.

Morreu no seu posto.

Nos bolsos do criminoso fo
ram encontradas balas de cara-
bina, convindo que as autorida-
des averiguem a sua procedên-

EXCURSÃO

Os alunos do Colégio «Vaz
Serra», de Sernache do Bomjar-
dim, acompanhados dos profes-
sores srs, P. Augusto António

‘ Ribeiro e António Coelho Gui-

marâis, visitaram, no passado
dia 21, o Buçaco, fazendo o per-
curso, à ida, pela serra da Lou
sã, que tem pontos de vista sur-
preendentes; à volta passaram
pelo Luso, Curia e Coimbra,
chegando a Sernache às 2 horas
do dia imediato.

O passeio deixou a todos a
mais grata recordação.

O transporte foi’ feito numa
luxuosa camioneta da Compa-
nhia de Viação de Sernache, Li-
mitada

cia. Aquêl , bastante ferido, deu
entrada no hospital local.

No Cavalinho foi morta, á navalhada
uma muiher

Em 15 do corrente deu-se um
crime de morte no logar do Ca-
valinho, freguesia do Mosteiro
concelho de Oleiros.

Ali reside o abastado proprie-
tário sr. Isidro Afnso, que há
muitos anos tinha ao seu servi-
ço, como criada, Maria de Jesus,
solteira, de 47 anos de idade,
filha de Francisco Mateus e de
Maria de Jesus, natural do Vale
do Laço, freguesia do Troviscal,
concelho da Sertã. Aquêle pro-
prietário tem duas filhas, a mais
velha das quais é casada, há
cêrca de cinco anos, com Manoel
da Silva, da Várzea Cimeira, Ire-

Iguesia de Pedrógão Pequeno,

vivendo todos em comum.

A’s 20 horas do referido dia
15 estava tôda a família e servos
a cear numa dependência da casa
utilizada como refeitório — pois
naquela povoação é hábito co-
merem, na mesma sala, criados,
jornaleiros e pat des — quando,
entre o dono da casa e o genro,
o referido Manoel da Silva, se
levanta uma breve altercação;
parece que, neste mom nto, O
Manoel da Silva notara na cria-
da um riso cínico, de escarneci-
mento, tendente a apoucá-lo,
como já observara por diversas

vezes. Segundo é versão corren-

te, o Silva não podia suportar a
situação de predomínio disfruta-
da pela Maria de Jesus, que era
da mais nefasta influência mo-
ral e a todos vexava, Sem qual-
quer explicação, completamente
desvairado, o Manoel da silva
levanta se do seu logar e preci
pitou se sôbre a Maria de Jesus,
cravando-lhe no peito uma nava-
lha, o que lhé causou a morte
quási imediata.

O cadáver foi autopsiado em
Oleiros no dia seguinte e o prê-
so deu entrada nas cadeias dese
ta comarca.

A MARGEM DA GUERRA

Na Escócia, Um desfile de carros armados de metralhadoras Bren, tripulados por

tropas polacas que lutam pela independência da sua Pátria

Julgamentos em Tribal Coletivo

Acusados pelo Ministério Público,
responderam, na pretérita sexta-feira:

Vitorino Alves Tavares, solteiro, de
51 anos, jornaleiro, da Sarzedinha,
freguesia e concelho de Proença-a-
Nova, preso nas cadeias desta comar-
ca, de, no dia 13 de Março, naquêle
logar, haver ofendido voluntária e
corporalmente, à navalhada, com in-
tenção de matar, Joaquim Fernandes,
casado, de 46 anos, do referido logar,
| prodazindo-lhe graves ferimentos de
“que deveriam resaltar a morte, o que
não sucedea por circunstâncias inde-
, Pendentes da sua vontade, mas, con«
tudo, condicionaram 56 dias de doen-
ça com impossibilidade para o traba-
lho nos primeiros vinte e deixaram
deiormidade muito notável. Condena-
do como autor do crime de homicídio
frastrado volantário na pena de seis
anos de prisão maior segaida de dem
grêdo por 10 anos ou em alternativa
na pena fixa de degredo por 20 anos
em possessão de primeira classe, em
qualquer das daas hipóteses em mil
escudos de imposto de Jastiça com os
acréscimos legais e em trezentos es-
cudos ao advogado oficioso, além dos
devidos aos peritos e na indemnização
de dois mil escados a favor do ofen=
dido; e ainda o Tribunal atenta a res»
posta dada ao quesito 17.º declara-o
delinqiiente por tendência nos termos
do art.º 110,º da Reorganização dos
Serviços Prisionais aprovada pelo
Decreto-Lei n.º 26.643, de 28 de Maio
de 1936.

Luiz Cardoso, casado, de 41 anos,
jornaleiro, do Vale de Matos, fregue-
sia de S. Pedro do Esteval, concelho
de Proença-a-Nova, detido nas ca-
deias desta comarca, de, no dia 30 de
Janeiro findo, no sítio do Lagar, limi=
tes da Palhota, haver ofendido volun«
tária e corporalmente, à navalhada,
com intenção de matar, seu irmão
Jerónimo Cardoso, causando-lhe fe-
rimentos que deveriam prodazir a
morte, como conseqiiência necessá=
ria, O que não sacedea por cireuns-
tâncias independentes da sua vontade,
mas contado, condicionaram onze
dias de doença e igual tempo de im»
possibilidade para o trabalho. Condex
nado na pena de seis anos de prisão
maior, ou, em alternativa, na de dem
grêdo por dez anos em possessão de
primeira classe, mil escudos de im=
posto de Justiça com.’os legais acrés=
cimos, emolumentes devidos aos peri
tos e em mil-escudos de indemnização
ao queixoso,

Hospital da Sertã

Subscrição aberta pela «Co.
missão dos Amigos do Hos-
pital da Sertã», em Lisboa,
para a compra de material .
cirúrgico:

Transporte, 4,242850.

Ex.Ӽ* Snrs. Franklin Martins
e Manoel Nunes Machado, 5800,
fadas Artur Júlio da Fonseca,

José Rodrigues Dias Sanches,
| Francisco de Oliveira Martins,
? Gastão dos Reis Fonseca, ]. Bap-
tista Gouveia, José Aires Gomes
Ponce, José Caetano Ribeiro
Viana, José Pais Dores e Zeferi-
no A. Gomes, 2850, cada. So=
ma, 32850,

À transportar, 4.2758C0.
og Brpeg

O nosso aniversário

Por motivo da passagem do
5.º aniversário da fundação de
<A Comarca da Sertã» dirigi-
ram-nos amabilíssimos cumpri-
mentos o nosso amigo sr. P, Ar-
tur Mendes de Moura, digno
Director do Colégio «Vaz Ser-
ta», de Sernache do Bomjardim
e os prezados confrades «A Bei.
ra Baixa», de Castelo Branco,
«Diário de Coimbra» e «Semana
Tirsense».

A todos, os melhores e mais
sinceros agradecimentos pelas
palavras amigas que bem sabes
mos serem imerecidas,

“DB sp

AGRADECIMENTO
D Maria Cosaltina da Silva

Sua família deveras sensibilizada e reconhecida, vem por es-
te meio, apresentar os seus sinceros agradecimentos a todas 38
pessoas que acompanharam a
saúde da extinta à sua última
morada e bem assim àqueles que
se interessaram pelo seu estado»
durante o período da doença, .

A tôdas, o protêsto da eterna
gratidão.

 

Sertã, 24 de Maio de 141,