A Comarca da Sertã nº239 10-04-1941
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-— FUNDADORES —
— Dr. José Carlos Ehrhardt —
— Dr. Angelo Henriques Vidigal —
-—— antónio Barata e Silva —
Dr. José Barata Corrêa e Silva
Eduardo Barata da Silva Corrêa
Composto e Impresso
Notas …
Zacarias estava à porta
dum albardeiro quando
passon o regedor e lhe pregauns
tou:
tiota ?
| —Estou, mas o albardeiro
já me disse que escusava de
teimar porque primeiro estava
o sr. regedor, que é autorida-
dE…
Ge gp gas
PELO aiqueire de milho che-
gou a pedir-se, no merca-
do de sábado pretérito, 12850
e até 138001
“Eº claro que um tal aumen-
nância desmedida de alguns
lavradores e, se a ela não se
paser côbro por todos os meios
aconselháveis, outros artigos
de primeira necessidade subi-
rão também on desaparecerão
do mercado, visto que ninguém
está disposto a vender barato
o que lhe sobra, para, depois,
comprar caro aquilo de que
precisa.
E man será entrar neste cir-
culo vicioso, num crescendo
de dificuldades, que afectarão,
essencialmente, os que vivem
apenas da féria ou salários
comezinhos ou de parcos ven-
cimentos na generalidade. O
funcionário público modesto,
por exemplo, vê-se hoje aflito
para equilibrar o orçamento,
mesmo que reduza ao mínimo
as despesas essenciais, como
sustento, vestir e calçar da
família e renda de casa.
‘ Como há de éle viver com
alguma decência e sofrivels
mente se o custo da vida cone.
tinuar aumentando ? *
Eis a questão.
= ADI
HA4º quem nos diga que al-
guns moradores de S. Se-
bastião ainda não consegai-
ram, até hoje, ver ligadas as
suas habitações à rêde de es:
gôtos porque não foi instalas
do o ramal entre elas e o cos
lector, enquanto que outros
não fazem a lização simples-
mente porque não querem ou
porqueos senhorios continuam
a mangar com os inguilinos e
com as posturas, furtando-se
a despesas que consideram de
todo o ponto intíteis.
Assim, quási tóda aquela
gente de S. Sebastião continua
“a fazer os despejos, à entrada
da noite, para a ribeira, es-
palhando uma fedorentina in
suportável à menos sensivel
pituitária!
GD q
MAIS uma vez vimos lembrar
– O guanto se torna conve.
– niente impedir que alguns mo-
radores da Sertâ continuem uti»
lizando a viu pública para fa-
Zer despejos de águas sujas e
de tudo o mais que lhes apetece.
Vai sendo tempo de acabar
com um abuso que envergonha
e inferioriza esta terra, que é,
convem não o esquecer, sede de
concelho e de comarca,
—Então, estás a aviar a fa-|.
to só tem explicação na ga-|
dotada a masculina com melhoramentos
consideráveis, ambas oferecendo todos 08
Freguesia do Pêso .
Ão inquérito de <A Comarca da Sertã» conclue hoje, 0 seu depoimento, 0 sr. Ernesto
Obras efectivadas nesta freguesia desde 1928
— Porte Dr. Oliveira Salazar sôbre
a ribeira do Bostlim.
— Conclusão da abertura de terra-
planagem da estrada que nos liga à sede
do Concelho,
— Reedificação da escola feminina, e
requisitos da moderna padagogia.
– — Pavimentação e regularização de
‘tôdas as ruas da sede de Freguesia numa
área aproximada de 3,000”.
‘— Abastecimento de água potável à.
Pêso — Ponte Dr. Oliveira Salazar sôbre a ribeira do Bostlim, inaugurada: em 1934
sede de freguesia, cuja captação fui feita
a cêrca de 2 km. de distância, e canali-
zada para o marco fontenário que se er-
gue num ponto acessível desta aldeia,
— Reparação de todos os caminhos
vicinais,
— Importantes reparações na igreja
matriz, e aformoseamento do adro; ao qual
foi adaptado um lindo gradeamento a ci-:
mento armado. .
— Abastecimento de água potavel à
povoação de Algar. sê
Para empreendimento de todos êstes
melhoramentos, levados a cabo com gran-
de êxito, gastou-se vma soma aproxima-
da a 150 0003400, para a qual contribuiu
o Estado, o Município, e os habitantes da
freguesia.
Obras em Curso
— Séde da Qasa do Povo, em que se
prêsume um dispêndio de 80.000800. Este
edificio disporá das mais modernas e am-
plas instalações. .
— Pesquisas de águas para abasteci-
mento das povoações de Portela dos Ca
Dias, digno Presidente da Junta de Freguesia do Pêso (concelho de Vila de Rei).
EL o
RESgaa===2- 1
los e Estalagem, para o que foi aberta
uma mina no primeiro lugar e que mede
já SO metros de extensão. Esta obra foi
comparticipada pelo Estado com a verba’
de 5.5OOB0O.
Obras já comparticipadas pelo Estado, e que aguardam
oportunidade para o Seu comêço
— Ampliação do cemitério da fregues
sia e construção de uma capela no inte-
rior do mesmo.
— Abertura de uma mina para capta-
ção de água e seu abastecimento ás po-
“voações de Sesmarias e Cimo Valongo.
CM “Para realização
dêstes dois me-
“lhoramentos há
uma dotação a-
“proximada de
“80.000800.
“Obras que aguardam a
comparticipação do
* : Estado, e-cujos pro-
“-jectos estão pendentes
do mesmo
Empedramen-
to da estrada que
– nos liga à sede
“do Concelho. Es-
te melhoramento
impõe-se como
uma necessidade
inadiável, pois
que, durante a
quadra invernosa o trânsito torna-se quá-
si impraticável, o que prejudica grande-
mente os interôsses desta freguesia.
— Transformação, em largo, do am-
plo recinto que circunda o chafariz e ajar-
dinamento daquêle,
do: asZoz
Para terminar:
Agora preguntarão talvez: A fregue-
sia de Pêso já terá atingido todo o gran-
de progresso a que aspira e conseqiiente-
mente satisfeitas tôdas as necessidades
necessárias ao seu desenvolvimento futu-
ro? Sem dúvida que não, e dizendo isto,
ressalta-nos logo à mente, além do muito
“que há ainda a fazer, uma das mais velhas
aspirações dêste povo, que se encontra
ainda, a-pesar-da sua primordial e indis-
cutivel importância por realizar — a con-
clusão da Estrada Lousã-Belver com pas-
sagem por esta aldeia;— Oxalá ela seja
em tempos bem próximos uma inteira rea-
lidade -—tão grande é a nossa fé a nossa
confiança no futuro da nossa freguesia.
Fazemos votos sincesos pelas pros-
Õ DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO NA
E Esluando Prata da Filva Coreia em TP. POA FEnÃO
— REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO —— FOCO
p»||RUA SERPA PINTO-SERTA Suas
> —— mem TELE FONE
« PUBLICA-SE ÁS QUINTAS FEIRAS 112.
ANO W | Hebdomadário regionalista, independente, defensor-dos interêsses da comarca da Sertã: concelhos de Sertã | = et E
N.º 239 | Oleiros, Proença-a=fova e Vila de Rei-e freguesias de Amêndoa e Gardigos (do concelho de Mação ) | 1944
««. a lápis
a agravar-se.
Os acontecimentos precipi-
tam-se tam vertiginosamente
que é de todo o ponto crível
a Jugoslávia encontrar-se en
redada na luta no dia em que
festas linhas apareçam sob os
olhos do leitor. O famoso país
dos sérvios, croatas, eslovenos
e montenegrinos, do qual os
primeiros e os últimos deram,
provas de indómita coragem e
acentuado espírito bélico na
Grande Guerra nº 1, consti»
tuindo, então, duas pequenas
e aguerridas nações, está num
beco sem saída, numa posição
geográfica que é um verdadei-
ro nó górdio.
Se a adesão ao pacto tripar=
tido lhe traria amargos de
bôca, a reviravolta implica,
pelo menos de início, um esa
fórço titânico para suportar
todo o pêso de um chogue for-
imidável, que, nos primeiros
momentos, deve ser irresistto
vel. Verdade seja que a oro«
grafia da lugoslávia facilita a
defesa e amortece a impetuo-
sidade dos ataques.
O Balcãs são o ponto nes
vrúlgico de variadíssimos ins
terêsses dos países contendo
res e com êles simpatisantes €
vespeiro de tôdas as épocas,
que se venha a dirimir a gran
de contenda.
Erro
W’de há poucos dias a batas
lha naval de Matapão
entre as esquadras grego-bri=
tânica e italiana, em que esta
teve sensíveis perdas.
“Aquêle nome—Matapão—sus
gere nos um episódio ocorria
do no tempo do nosso rei D.
João V, o Magnânimo, que
deslumbrou a Europa com as
suas extraordinárias prodiga»
sabe, era extremamente devoto
e dessa exagerada devoção re:
saltou intervir Portugal numa
guerra entre o Papa, os vene.
zianos e os turcos; em 1716
enviou em socôrro do Pontífis
ce uma luzida esquadra, cos
mandada pelo Conde do Rio
Grande, que tomon parte na
gloriosa vitória do cabo Mas
tapão, mas que sobrecarregou
a fazenda com uma enorme
despesa.
peridades e felicidades pessoais
de V. … pelo engrandecimento
cada vez maior do prestimoso
jornal que tão galhardamente,
vem dirigindo na defesa dos les
gitimos interêsses da nossa Co=
marca.
Subscrevo-me com a mais
elevada consideração, e a Bem
da Nação
O Presidente da Junta,
Ernesto Dias
A situação nos Baicâs tende
talvez seja lá, nesse tremendo
lidades: o monarca, como se
e CET SAades: o monarca, como se
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A Comarca da Sertã
ECO Ulioa DA CASA VAZ SERRA
* Séde em SERNACHE DO BOMJARDIM- Beira Baixa — Teleione 4 |
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“ dim « 15-03 15-10
Sertão – 15 30 15 30
Proença-a-Nova . 16-25 16 35
Sobreira Formosa . 16-55 17-05
Castelo Branco . 18.50
Castelo Branco — Coimbra
» »
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Oheg. Part.
9.15
11-10
11 40
13-00
Castelo Branco .
Sobreira Formosa . 11-00
Proença-a-Nova . 11-30
Sertã. – 12-30
Sernache do Bomjar-
dim – 13-20
Figueiró dos Vinhos 14-15
Coimbra . . . 16-35
Esc. 40850
ida e volta . . » 72850
13 33
14.25
e º
Não deixem de enviar as suas encomendas por esta carreira
Aceitam-se encomendas para o PORIO, RÉGUA, S. JOÃO
DA MADEIRA, VILA REAL, VISEU e tôdas as localidades servi-
das pelas carreiras de Joaquim Francisco de Oliveira, Ld.º.
CREA Prensa caãe
Manifesto da existência
de azeite
Independentemente das infor-
mações que todos os produtores
– e proprietários de lagares de azei-
te têm que prestar no Instituto
Nacional de Estatística, a Junta
Nacional do Azeite vai proceder
a um inquérito das quantidades
– de azeite armazenadas no Pais,
“por meio de um manifesto deste
produto, a realizar no póximo
dia 21 de Abril.
Todos os detentores de azeite,
à excepção dos que possuam
quantidades inferiores a 50 litros,
são obrigados a declarar a quan.
tidade de azeite que têm em seu
poder à meia noite do dia 21 de
Abril de 1941.
“Os manifestos serão feitos em
impressos apropriados gratúita-
; Mente fornecidos nas Regedorias,
Câmaras Municipais, Sindicatos
Agricolas, Grémios da Lavoura,
Brigadas Técnicas da Direcção
Geral dos Serviços Agrícolas e
na sede da Junta, Rua Rodrigo da
Fonseca, 15, 2.º, Lisboa, e de.
pois de preenchidos podem ser
entregues em qualquer dêstes or-
ganismos, até ao dia 26 de Abril.
Na falta de impressos podem
RE Rr erre
as declarações ser feitas em pa-
pel comum, devendo mencionar
oi cquaineno crer picem mremes tosa
a quantidade, a acidez aproxima-
| da, o local onde se encontra ar-
mazenado o azeite, a qualidade
do possuidor (produtor, armaze
nista, lagareiro, exportador, reta-
lhista, etc.) bem como o seu no
me e residência.
O manifesto não impede o de-
clarante de transaccionar o seu
azeite.
A falta de cumprimento destas
determinações ou as falsas infor-
mações serão punidas nos termos
da lei.
Junta Nacional do Azeite, 2 de
Abril de 1941,
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Engenho para um poço
Precisa-se em bom estado,
Carta a Eduardo Mar-
tins — Outeiro da Lagoa —
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BRANGO
PREÇOS MÓDICOS
ANUNCIO
1,* publicação
Pelo presente se faz pú-
blico, que por sentença de
dois de Abril corrente, fo:
ram declarados em estado
de insolvencia, Guilherme
Félix da Silva e mulher
Emilia da Silva, também
conhecida por Emilia de Je-
sus, agricultores, morado-
res no lcgar da Azenha Ci-
meira, freguesia e concelho
de Vila de Rei, tendo sidu
fixado o prazo de quinze
dias a contar da primeira
publicação do presente
anuncio, para a reclamação
de créditos e nomeado admi-
nistrador da massa da in-
solvência, Anibal Diniz Car-
valho, casado, morador na
vila da Sertã.
Sertã, 3 de Abril de 1941
* Verifiquei
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O Chefe de Secção,
Jusé Nunes
Oficina de Chapelaria
: — DE —
João Martins Pinheiro
Venda e fabrico de chapéus
Conserto, transformação, lavagem e
tintos em chapéus usados
Sempre á venda os últimos e mais mo-
dernos modêlos de
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Saída 9,20 Saída 17,30.
» Pernes 10,00 » Sernache : 17,50
» Torres Novas 10,35 | Saída 18,00
o Toi 11,20 » Ferreira do aa Ra
> Ferreira do Tezero 11,00 » Toma 19,40.
> Sernache 13,00 » Torres Novas 20,25
> Sertã 13,20 > Rr o
É » antarém ;
. Saida 14,00 » – Cartaxo 22,10.
» Cesteiro 15,05 » Vila Franca 23,10
> Alvaro 15,15 : Lisboa “0,10
Foram estes horários estabelecidos de harmonia com as necessidades ia região, evitando
assim um menor dispendio de tempo ás pessoas que os seus afazeres chamam à Capital, pelo que –
esta Companhia espera que os seus clientes correspondam a mais esta vantagem, não deixando
de utilizar 05 Seus carros.
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RUA CANDIDO DOS; REIS —SERTÃ
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Instruções respeitantes ao Ma-
nifesto da Produção de Lá
1) Nenhum ovino, seja qual
for a sua raça, dá quando tos-
quiado, menos de 1 quilograma
de lã em sujo ou 500 gms. depois
de lavada.
Nenhuma declaração deverá
ser aceite quando indique quan-
tidades de lã, por cabeça, infe-
riores ás mencionadas.
2) Os impressos são distribuí-
dos gratuitamente. Não deverão
ser aceites as declarações feitas
em papel comum.
3) As declarações devem ser
assinadas pelo próprio ou por
pessoa idónea quado o declaran=
te não souber escrever.
4) Não devem ser aceites as
declarações não assinadas.
5) Incorrem na pena de multa
de 20800 a 2.500800 todos os
que não preencherem os impres-
sos e bem assim os que fizerem
falsas declarações.
6) Os regedores devem en-
viar ás respectivas câmaras, até
31 de Julho próximo futuro, tô-
das as declarações recebidas, lis-
tas com os nomes dos que não
tenham feito os manifestos e bem
assim os impressos em branco
não utilizados.
7) Os regedores, que não de-
rem cumprimento ás disposições
da Lei -e de harmonia com as
“presentes instruções, ficam su=
jeitos ás mesmas. penalidades
que os proprietários transgres-
sores.
tgp
ESTUDANTES
Encontram-se nos seus lares
os estudantes da Sertã que fre-
giientam diversos colégios e li-
ceus do País.
Que tenham umas agradáveis
férias da Páscoa são os nossos
votos.
| Tribunal Judicial |
Movimento de Março
Distribuição : 10) Inventários oriam
nológicos por óbitos de: Joaquina Ri»
beira, Rabacinas, Montes da Senho-
ra; Maria da Piedade, Vale do Cléri-
go, Peral; Maria do Rosário, Espinho
Pequeno, Proença-a-Nova; Carta prem
* ecatória para citação e penhora, exm
traída dos autos de execução por mal»
ta e imposto de jastiça, que o Minis-
tério Páblico, Montemór-o-Novo, mon
ve a José dos Santos, Sernache do
Bomjardim; 13) Inventários orianoló-
gicos por óbitos de: Joaquina Gar-
cia, Oleiros, vindo do J. M. de Olei-
ros; Maria Mendes, Pinhal da Mata,
Alvaro; Manoel Marçal, Vale da Jan-
ça, Várzea dos Cavaleiros; João Dias,
Vilar da Carga, Sertã; Carta preca-
tória vinda da 6.2 Vara do Pôrto, pam
ra declarações, extraída da execução
por custas que o Ministério Público
move contra Júlio Delgado, Sernache
do Bomjardim; Dita, vinda da comar=
ca de Vila Franca de Xira para arre-
matação, extraída da execução por
custas, em que é exequente o Ministém
rio Público e executada Gaíomar da
Conceição, por si e como legal repre-
sentante de seus filhos menores, Es»
tradinha, Castelo; 17) Acção sumária
requerida pelo Ministério Páblico, com
mo representante da F. N., contra
Manoel Farinha Relvas, Casal Novo,
e João Farinha e malher, Troviscal;
Insolvência requerida por Cândido
Martins da Silva, Joaquim Nanes de
Sousa e Vicente Baptista dos Santos,
casados, comerciantes, Vila de Rei,
contra Guilherme Félix da Silva e max
lher, Azenha Cimeira.
—afengopaçp
ATENÇÃO!
Desapareceu um volume com
20 kgm de fazendas de linho,
despachado, em 1 do corrente,
da estação de Campanhã (Pôrto)
para a central de Figueiró dos
Vinhos em serviço combinado
com a Emprêsa Auto-Viação de
Pombal, Ld., E’ a tarifa n.º
75.363
A referida central de Figuei-
ró dos Vinhos solicita, a quem
souber do paradeiro do mesmo
volume, o favor de lho comuni
car com a maior brevidade,
QUE MAUS…
Ninguém duvida em Portugal da
continuídade sincera dos sentimentos
amigos que nos consagra a Inglaterra,
mesmo em. momentos como êste, em
que a tensão das energias e esforços
ao serviço do Império obriga a relegar
para segundo plano as preocupações
desinteressadas.
As nossas relações com o mundo em
geral e, particularmente, com essa par-
cela querida do mundo que é o nosso
império ultramarino, foram apertadas,
como tudo à superfície da terra, por
esse duro jôgo das realidades.
As dificuldades de tráfego e o mo-
vimento embaraçado e raro do correio
sofrêmo-lo, naturalmente, com a resi-
gnação de quem compreende as exi-
gências da época.
O «Diário de Luanda» conta, sôbre
esta contigência, um episódio que tem
o melhor sabor simbólico.
Um português residente em Angola
remeteu dali para um seu filho, estu-
dante em Coimbra, a quantia com que
todos os meses costumava pagar as
suas despesas de instalação e estudo. A
carta com o cheque respectivo foi dar
a Londres, para efeitos de Censura e,
durante um mês ali demorou até que as
circunstâncias tornassem possível a sua
remessa para o nosso país. Nesse in-
tervalo, certamente, o destinatário so-
fteu as atribulações que todos os que
foram estudantes fora do seu lar co-
nhecem em maior ou menor proporção.
Mas tudo se repara neste mundo — e
sobretudo as atrapalhações da moci-
dade.
Quando o destinatário do cheque
recebeu a carta paterna, marcada pelo
carimbo britânico, <Opened by Censor>,
encontrou juntamente com êle — e com
que radiante, jubilosa surpresa, sem dú-
vida… — outro cheque de duas libras,
acompanhado de um bilhete breve :
«Como lhe deve ter feito grande
transtôrno a demora no recebimento
dêste cheque, para aqui vindo por mo-
tivos que nos impõe a defesa do nosso
país, junto lhe mandamos duas libras
para o compensarmos dessa demora».
Se ainda fôsse possível a dúvida
sôbre a lialdade, o «fair-play», da nos«
sa velha aliada, bastaria êste gesto de
amizade e compreensão pata a anular.
JOÃO AMEAL
(Do «Jornal do Comércio»).
EB
«ce EM SEARA ALHEIA
Recordações de Eurico
Que fôra a vida se nela não
houvera lágrimas ?
O Senhor estende o seu braço
pesado de: maldições sôbre um
povo criminoso: o pai que per-
doara mil vezes converte-se em
juiz terrível; mas ainda assim a
Piedade não deixa de orar junto
aos degraus do seu trono,
Porque sua irmã é a Esperan-
ça, e a Esperança nunca morre
nos céus. De lá ela desce ao seio
dos maus antes que sejam preci-
tos.
E os desgraçados na sua mi-
séria conservam sempre olhos
que saibam chorar.
A dôr mais tremenda do es-
pírito quebrantaram-na e entor-
pecem-na as lágrimas.
O Sempiterno as criou quando
nossa primeira mãi nos conver-
teu em réprobos; elas servem,
porventura, ainda de algum re-
frigério lá nas trevas exteriores,
onde há o ranger dos dentes.
Meu Deus, meu Deus! — Ben-
dito seja o teu nome, porque nos
deste o chorar!
Alexandre Herculano, Eurico o |
presbitero. Século XIX,
SHOP
Determinação do Govêrno que
muito interessa à nossa
região
No plano de estudos a execu-
tar no corrente ano pela Junta
Autónoma das Estradas, que o
Govêrno, pelo Ministério das
Obras Públicas, mandou apro-
var, vem incluído o estudo da
E. N.54-2ºeR. E. N. 542º
— Santo António do Marme-
leiro e Cardigos, por Pêso, e
ramal para Vila de Rei,
E” com alegria que damos es-
ta notícia.
A determinação do Govêrno é
motivo de grande contentamento
para os povos interessados, que
vão ver satisfeita uma aspiração
de muitos anos,
A Comarca da Sertã
CARTA DE LISBOA
(Clero, Nobreza e Povo)
Sabemos que o nosso patrício
Sr. Frutuoso Pires, continua es-
tudando a maneira de se pôr em
prática a sua projectada excur
ao nosso Concelho, em Agosto
próximo, dos ultra-sexagenários
seus naturais e dos que, embora
estranhos pelo nascimento, por
lá passaram em tempos idos, e
queiram recordar os momentos
felizes da sua mocidade.
Consta-nos que aquêle nosso
patrício vai, brevemente, pro-
mover uma grande reiinião dos
ultrassexagenários residentes em
Lisboa, para ser eleita a Comis-
são Central e as três sub-Comis-
sões (Sernache, Pedrógão e Sera
tã) indispensáveis à boa organi-
zação do programa idealizado
já, em parte, que é, segundo nos
afirmam, soberbo de atracção,
piramidal, de se lhe… lamber
os dedos!
Um autêntico reviver do pas-
sado, já tão distante!
No projecto em mente, pensa
aquêle nosso querido patrício;
pelo que nos informam, propor
à Comissão, que venha a ser
realização da Romaria, sejam
admitidos os menores de 60
anos que queiram honrá-la com
a sua adesão, mas como simples
caudatários e sem outras funções
ou regalias que não sejam de
comer, beber, dançar, folgar, ou-
vir e… calar e… pagar. .
Nós, como para a pândega es-
tamos sempre pronto e de mala
aviada, embora ainda menino
e moço (st’as c’uma vaidade)
daremos a nossa adesão a tão
simpática festa e se, como se diz,
nos não deixarem piar… dei-
taremos os foguetes, mudaremos
os papéis aos músicos, daremos
vivas aos velhos e… comere-
mos, beberemos,
(ainda temos o nosso pé de
dança) ouviremos e… calare-
mos e… pagaremos.
E já é um pau!
Aquele nosso patrício e amigo,
com a sua ronha de velho, está
fazendo caixinha do caso e nin-
guém lhe apanha o programa
completo da Festa que, segundo
ouvi dizer a um velho, contem-
porâneo das suas rapaziadas, é
de se lhe tirar o chapeu!
Que bota pic-nic no-Gonça-
lo-Mógão ; pescaria nas ribeiras
extra-vila; teatro; serenatas; vi-
sita a determinadas freguesias
acessíveis, a confraternizar com
os sexagenários locais, etc., etc.
O Diabo a quatro!
Os velhotes, pelo que se vê,
querem voltar ás suas diabruras
de há 50 anos atrás!
Ora, os meninos !
Uma réprise daquelas patus-
cadas, em série, de que ouço
falar com saiidade e tristeza aos
velhos de hoje e mocidade de
então | :
E enchem se de vaidade, os
velhotes, quando nos contam as
suas façanhas: os pic-nics, as
caçadas, as pescarias, as serena:
tas, o teatro, os bailes, as ceias
pacatas no Café da Angelina, e,
sobretudo, as noites de arraial
nas festas do burgo, etc., etc.
De tudo em barda — dizem
êles — num ambiente de amiza-
de sertainha (sem invejas, nem
ciúmes) que orçava pelo exagê-
ro e de que sempre ficavam ves-
tígios de uma maior fraternal ca-
maradagem.
Ao ouvirmos falar assim os
velhotes, ficámos com pena de
não ter nascido no século pas-
sado para termos abichado tam-
bém tanto gôso.
Vou deligenciar saber, por
uma curiosidade muito natural,
o que há de verdade no tal pro-
grama e, para isso, já meti na
alhada uma pessoa amiga muito
chegada ao promotor da festan-
: Do que venha a saber, com
| visos de verdade, darei conheci-
são (Romaria—lhe chama êle—):
eleita, para tomar a seu cargo a
dançaremos:
ROMARIA DA SAUDADE”
Marés da Goarça —
(Noticiário dos nossos Correspondentes)
PEDRÓGÃO PEQUENO, 4
— Com sua esposa encontra-se
nesta vila o Sr. Fausto Santana,
de Lisboa. |
— Subscrição aberta para a
construção dos ramais da Arro-
chla e ravo. Transporte,
8.640$00. D. Maria da Piedade,
Pedrógão Pequeno, 60800, A
transportar, 8. 700800.
Por lapso não foi publicado o
nome do St. João Antunes da
Silva, de Lisboa, que se subs-.
creveu com a importância de
200800, tendo recebido várias
importâncias para êste fim, e con-
tinua recebendo.
“CASAMENTO
No dia 30 do mês de Março
findo efectuou-se, na capital, o
casamento do sr. Manoel Nunes
Farinha, comerciante, filho do
nosso estimado assinante sr. Jo-
sé Farinha, da freguesia da Cu-
miada, com a sr.? D. Adelaide
Conceição Silva.
O acto, que se realizou em
casa da família da noiva, foi re-
vestido de tocante simplicidade
e a êle assistiram exclusivamen-
te os padrinhos: a st.º D. Bran
ca Conceição Silva e Almeida e
o st. António Jacinto de Almei-
da, comerciante, de Lisboa, por
parte da noiva e a sr.* D. Maria
Fernanda Farinha e o sr. Eugé-
nio Nunes Farinha, sócio da
acreditada casa «Rei das Meias»,
respectivamente, cunhada e ir-
| mão do noivo e por parte dêste.
“Ão novo casal desejamos tô.
das as felicidades de que é digno.
Sr Oto
Diversas notícias
“Encontra-se a prestar serviço
na estação telégrafo-postal de
Pampilhosa da Serra, como aju-
dante, a sr.* D. Maria da Con-
ceição Silva, de Santo Estêvão
(Cabeçudo).
— Já foi publicado decreto-lei
que autoriza o Ministério da
Economia a ceder gratuitamente
aos proprietários atingidos no
seu património pela acção do
ciclone, e durante o prazo de 3
anos, oliveiras, amendoeiras e
outras árvores de fruto, e bem
assim plantas, penisco e mais
sementes de especies florestais.
Autoriza, ainda, a instalação e
transferência de serrações fixas
e a laboração de serrações mó-
veis com dispensa das exigên-
cias e formalidades da legisla-
ção em vigor.
SrOS
INTERESSES REGIONAIS
No plano de estudos a execu-
tar no corrente ano pela Junta
Autónoma das Estradas, figura
a construção da ponte sôbre O
rio Zêzere, na estrada nacional
n.º 40-22, que ligará os conce-
lhos de Pampilhosa da Serra e
Oleiros, e, consequentemente, os
distritos de Coimbra e Castelo
Branco. a
Esta estrada tem andado em
abertura desde a Pampilhosa até
ao rio Zêzere, onde será feita a
aludida ponte.
2
set
mento e notícia aos meus leitos
res e patrícios para que possam
sugerir à Comissão ou àquele
nosso patrício qualquer lacuna
no programa e que seja conve-
niente introduzirelhe para maior
brilho da festa para qual todos
nós, Sertainhos novos e velhos,
muito nos devemos interessar,
como início de futuras Romarias.
sempre agradáveis aos que vão
ficando sôbre a face da terra.
Saiidações.
João Sertã
Chã das eiínco
Os «sabichões»
-. Sirvo-me desta perifrase — OS «sa-
bichões»— para designar tôda a fauna
que, em nossos dias, discute, comenta,
critica e borda fudo quanto lhe apetes
ce e lhe dá na gana com uma inconsm
ciência e ignorância que são de pas-
mar, com um atrevimento digno de có-
miseração, podendo bem aplicar-se-lhes
o prológuio tam popular de que «a
ignorância é muito atrevida». E
Há indivíduos que são autênticos
enciclopédicos… na asneira!
Põem tal calor nos seus argumentos
é cometem tanto dislate de linguagem
que ninguém pode rebater as suas afir-
mações, quási sempre baseadas no que
se ouviu dizer a outros «sabichões» da
mesma fôrça ou colhidas em textos di».
gnos de pouca confiança e acêrto. :
E vá lá alguém rebater o «sabichão» –
das dúzias | 7a
Não sabe, depois, como se há de
desentalar !
Fala-se em política ? Lá está 0 «sa-
bichão», de frase engatilhada, para
contestar o que se disse, ainda que se-
ja apenas por espírito de contradição,
pata arreliar êste ou aquêle por quem
natre antipatia ; e logo sugere panaceia
adequada para o mal verificado, com
uma ênfase que deixa o auditório ama»
chucado !
Trata-se da situação internacional ?
Agora o «sabichão» tem pano para
mangas: de tudo sabe, conhece o mais
pequeno pormenor, desde o potencial
guerreiro de qualquer potência à evo=
lução futura da guerra, predizendo,
com petulância, o desfecho do conflito,
que será, é claro, consoante as simpa-
tias por um dos grupos em luta.
E quanto aos mais casos de todos
os dias, públicos ou particulares, O
«sabichão» dá a sua autorizada opi=
nião, mesmo que ninguém lha peça! .
Com a sua inépcia, tolice ou falta
de tino, o «sabichão» convence-se de
que o mal da sociedade é não lhe da-
rem ouvidos !
Ah! Se êle ao menos conseguisse
compreender que vozes de burro não
chegam ao céul!…
Zé Ferrão
N. R.—E’ de Zé Ferrão o «Chá das
cinco» do último número sob o título
«Mulheres pintadas».
PPS
Carreira entre Castelo
Branco e Coimbra
Chamamos a atenção do públi-
co para o novo horário da car-
reira de camionetas de passagei-
ros entre Castelo Branco e Coim=
bra, com passagem por Sertã e
Figueiró dos Vinhos.
Aquêle horário vem publicado
na página competente.
ease
INSTRUÇÃO
Foi colocada no posto escolar
do Viseu, freguesia do Carvalhal,
a sr.* D. Matilde de Jesus Silva.
— Continua vaga a escola do
sexo feminino do Outeiro da
Lagoa, freguesia da Sertã,
— Por despacho de 8 de Mars
ço foi autorizada a entrada em
tuncionamento da escola mixta
do Pêso, concelho de Vila de Rei.
era
NASCIMENTO
No dia 1.º do corrente teve 0
seu feliz sucesso a sr? D. Mara
garida do Carmo Farinha da
silva, espôsa do nosso amigo
sr: Armando António da Silva,
digno escrivão de direito, substi-
tuto, desta comarca.
Mai e filho encontram-se, fea
lizmente, de saúde.
rbd
Hospital da Sertá
Subscrição aberta pela «Co«
missão dos Amigos do Hos-
pital da Sertã», em Lisboa,
para a compra de material
cirúrgico :
Transporte, 2.465800.
Exm.Pºº Srs. António Ferreira
Pires e Guilherme Costa, 50800
cada ; Américo de Jesus Fernan-
des, José A. Rodrigues Pereira,
José Espinho, José Reynaud, Jú-
lio da Silva Costa, e Eng.º Má-
rio França, 5$00 cada; António
dos Anjos Lima, António Maria
Tavares, Duarte Frazão de Vas=
concelos, Eduardo H. Mota de
Carvalho, Ernesto Castelo Bran-
co e Primo Pilar Fonseca, 2850
cada.
À transportar, 2.610800,10800,
@@@ 1 @@@
“A NOSSA PATRIA
A Comarca da Sertã.
Cêna ideal! Lá vão as caravelas
“ovantes a singrar pelo mar fora.
Parece que demandam as estrêlas
ou procuram o rumo para a aurora.
Nas desfraldadas enfunadas velas
a Cruz de Cristo fulge sedutora,
Que ruja o mar, que bramem as procelas,
a frota avança sempre vencedora!
“Tempos de giória, radiantes, idos, .
que— ó milagre ! — vemos resurgidos
sobre faustoso e lindo pedestal !
E a estátua que enche o mundo, altiva, bela
e, deslumbrando, fulge como estréla,
— ó minha Pátria! — és tu, meu Portugal!
Cardigos, Agosto 1940
Oliveira Tavares Júnior
Conferência na Casa das Beiras
Sob o tema <A Beira Baixa
na reconquista cristã, no povoa-
mento e na formação da sua uni-
dade moral>, realizou uma con-
ferência, no passado dia 4, na
Casa das Beiras, em Lisboa, o
sr. tenente coronel Pina Lopes.
” Dada a categoria e autoridade
do conferente, a quem a nossa
Província deve inestimáveis ser-
viços, e o assunto versado, foi
numerosa a assistência, composta
do melhor .escol da Beira Baixa
na capital.
O sr. tenente-coronel Pina
Lopes soube prender e encantar
os auditores com a sua palavra
fluente e imaginosa. Referiu-se
ao regionalismo, essência do
mais puro nacionalismo, entoou
um hino às belezas beirãs e ao
valor dos seus filhos, dizendo
que em cada outeiro resplandece
uma página brilhante da glorio-
sa História de Portugal; fez a
história documentada da posição
em que a reconquista cristã se
encontrava no momento da morte
do Conde D. Henrique e a acção
de seu filho, o nosso primeiro Rei.
Citou também tôdas as igrejas e
ermidas que as Ordens do Tem-
“plo, de Cristo e de Malta tiveram
na Beira Baixa, exaltando a acção
conjunta dos cavaleiros e freires
na preparação espiritual e moral
das populações dafregião, que,
tendo passado de. geração em
geração, ainda hoje constituem
uma das suas mais belas e acen.
tuadas características.
ope O pp
OS AMIGOS DA «COMARCA»
O nosso amigo sr. António
Ferreira Fontes, do Castelo, teve
a amabilidade de nos indicar,
como assinantes, os srs. dr. Joa-
“Quim Fontes, José Ferreira Fon-
tes e Daniel da Silva.
* Agradecemos, muito reconhe-
cidos.
| MOVIMENTO RELIGIOSO
(Nota amávelmente fornecida pelo
Rev.º Pároco da Freguesia da Sertã)
Seguindo a bela tradição dos
anos anteriores far-se-hão êste
ano as cerimónias da Semana
Santa.
Na Quinta-feira Santa : (ho-
je) às 13 horas, missa cantada;
às 16, Lava-pés seguido do Ser-
mão do «Mandato»; às 18, visita
às igrejas; às 20, Ofício e Pro-
cissão.
Na Sexta-feira Santa : (âma-
nhã) às 10 horas, Missa dos Pres
santificados, Adoração da Ctuz
e Sermão da Paixão; às 20, Ofi-
cio, Procissão e Sermão do En-
têrro.
Sábado Santos às 10 horas,
Benção do Lume novo, Benção
da água baptismal e as cerimónias
do «Aleluia».
Domingo de Páscoa: às 11
horas, Missa cantada e sermão
da Ressurreição.
+
A beleza e o significado de
todas as cerimónias da Semana
Santa devem penetrar-nos na al.
ma, pois que Cristo não duvidou
morrer para que os homens ti-
vessem a verdadeira vida.
te gD pg
Francisco M. Farinha Carvalho
Na colónia de Angola, onde
se encontra há anos, fez exame
para polícia internacional, tendo
obtido muito boa classificação,
o nosso presado patrício e ami-
go sr. Francisco Martins Farinha
Carvalho, filho do também nosso
amigo sr, Demétrio da Silva
Carvalho.
O sr. Martins Carvalho fica a
prestar serviço, em comissão, na
fronteira entre o Congo portu-
guês e o Congo belga,
Daqui lhe enviamos um abraço
de parabens,
MARGEM DA GUERRA
As mulheres substitiiram os homens como condutoras dos ômnibus de Londres.
No fragor da luta, um sorriso nos transportes citadinos,
| Notas & lápis
(Continuação)
MA classe industrial da
Sertã está suportando pe-
nosamente, mais do que qual-
quer outra, as consegiiências
desastrosas da guarra : trata-
se da classe dos latoeiros,
importante e bastante namero-
sa, que se vê em sérias dificul-
dades para obter o estanho, o
ferro, o zinco e a fólha de
Flandres, matérias primas in-
dispensáveis ao fabrico de
objectos da sua especialidade.
A situação de alguns dos
seus componentes é realmente
de lastimar, a braços com uma
crise pavorcsa e sem recursos
para acudir às mais instantes
necessidades.
A miséria espreita muita
gente, mas no descalabro eco-
nómico há umas actividades
mais rademente flageladas que
outras ; enguanto algumas in=
dustrias vão obtendo, mesmo
por preços elevados, o que
precisam para a sua labora-
ção, outras não podem adgqui-
rir o necessário, seja por que
preço for, ficando, por conse-.
guinte, condenadas à parali-
sação. E, de entre estas, está
a indústria de latoaria.
Cro
ESTAMOS na Primavera e o
tempo favorece as caiações
e pinturas dos prédios e mu-
ros que ainda não foram be»
neticiados.
Bom será que êste ano se
complete a tarefa de limpeza
e embelezamento que à Câma-
ra actual vem merecendo o
maior interêsse e cnidado des-
de 1938. Sem a sua persistên-
cia não teria sido possível tor-
nar muito mais decente o as-
pecto desta terra, que mani-
feston sempre uma inveterada
aversão pela cal e ponco ca-
pricho pela beleza das suas
moradias.
A moda no automobilismo
A verdade é que a indústria
automobilística europeia está prá-
ticamente paralisada, sob o pon-
to de vista comercial e desporti-
vo, visto que tôda a sua produ-
ção é absorvida pelas indústrias
de guerra. Resta só a indústria
americana que, devido à sua enot-
me capacidade de produção, não
foi ainda vitalmente afectada pe-
las exigências do programa de
rearmamento,
Ora a êsse respeito podem
agora fazer-se observações cu-
riosas que antes da guerra não
resultariam tão evidentes. Como
se sabe é do Velho Mundo que
têm sempre partido ‘os manda-
mentos da Moda. O que é ver-
dade para as toilettes das se-
nhoras não o é menos para o
modêlo dos carros. A América
do Norte copia, aperfeiçoa, cor-
|rige, mas não cria. E a prova
disso, no que respeita aos auto-
móveis, está nos modêlos de
1941.
A. inspiração europeia cessou
e isso dá lugar a que não en-
contremos inovações apreciáveis
nos modêlos dêste ano. A mais
interessante é o acondicionamen
to da atmosfera interior do car-
ro. Mas quanto à linha e a tudo
o mais, os construtores norte-
“americanos confessam implicita-
mente que com a paralização da
indústria europeia se secou a
sua principal fonte de gôsto e
novidade
O que não deixa de ser lison-
jeiro para um continente velho
e cansado, mesmo nesta hora de
dolorosos: transes.
(De «O Automóvel»)
Este número foi visado pela
Comissão de Censura
le Castelo Branco
Votas ao correr da pena.
po pu
ANIMAIS QUE TÊM CORAÇÃO
Uma filha minha, em carta que
ha pouco tempo li, diz-nos, tôla
pesarosa, que o Tigre — um cão
que muito estimou pelas suas
excelentes qualidades — morre-
ra trucidado por uma camione-
ta — desastre que muíto a emo-
cionou. Que poucos momentos
antes o pobre animal a estivera
acariciando com latidos e saltos
de alegria, a querer demonstrar-
lhe — a seu modo — o contenta-
mento de a ver e a amisade que
lhe dedicava.
E eu compreendi bem a sua
contrariedade e desgesto.
O Tigre, que eu conhecia
muito bem, era um belo exem-
plar de raça—da Serra da Estre-
la —. um guarda fiel, de confian-
ça e dedicadíssimo a seus donos. :
* í%
O caso na sua simplicidade
não tem grande interesse, no
entretanto fez-me relembrar o
Lord um cachorro — Fox — ter-
rier—que me deixou recordações
e saudades.
Era-me afeiçoadissimo, e foi
no tempo em que me fez com-
panhia, que passei por uma pro-
va crudelissima — a falta de vis-
ta—proveniente de cataractas,
Acompanhava-me sempre nos
meus passeios, e quando no cam-
po ac atravessar veredas estrei-
tas, e que eu mal via já o cami-
nho, o Lord aproximava-se de
mim, tomava lugar à minha fren-
te e observava de quando em
quando se eu íã bem, pois per-
cebia as dificuldades que eu sen-
tia para andar…
Já quasi octogenario, a pedi-
do de meus filhos, pois na minha
idade entendia ser desnecessaria
operação cirurgica, sugeitei-me
a ela, e, graças a Deus e à pe-
rícia do Dr. Puga, a vista vol-
tou.
A afeição do Lord continuou
seu: esmorecimentos.
Era um caçador eximio de ra-
tazanas, se alguma aparecia ao
alcance do seu faro, filava-a de
um salto, estrangulava-a, e ar-
rojava a para o lado, desdenho-
so e com desprezo.
Envelheceu. No inverno pro-
curava o calor da lareira, onde,
quando lá me encontrava, se
enrodilhava a meus pês. Come-
çou a andar triste. Fugia dos
garotos, receioso de suas dia-
bruras, e se estes teimavam em
o incomodar com as suas brin-
cadeiras que ele considerava de
mau gosto, corria para meu lado *
a procurar uma pretecção, Um
dia desapareceu.
Causou-nos apreensões. Para
onde iria o pobre Lord? Procu-
rou-se e foi-se encontrar na pro-
priedade contigua a nossa casa,
junto a uma oliveira, numa cova
ide pouca profundidade, que ele
cavara com as unhas, já sem for-
ças, estendido, morto !
Ah! ele quiz assim demons-
trar que desejava ficar ali, à:
sombra d’aquela arvore bemfa-.
seja,—simbolo da paz —bem per.
to dos seus donos, dos seus
amigos!
o
Por uma coincidencia feliz, ao
terminar este artigo, fui ler o
«Diario de Lisboa» de 17 de
Abril, recebido hoje, 18 e lá en-
contrei na primeira pagina a lo-
cal que com a devida venia para
aqui transcrevo, e vem bem a
proposito, Ve-se que é da auto-
ria do sr. Dr. Joaquim Manso,
nosso ilustre conterraneo — um *
espirito lucido e equilibrado :
«No Porto, um cachorro de-
fendeu uma octogenaria e uma
creança agredidas e feridas por
um brutamontes sem entranhas.
«O destemido, generoso ani.
mal, apenas viu o covarde e
barbaro espectáculo atirou-se ao
agressor, cravando lhe as gar-
ras e os dentes na carne mise-
randa.
«Como classificar tão desa-
sombrada atitude ?
«Portou se como cão, ou como
homem !
«Para se obter uma resposta
cabal, seria preciso que nós fos-
semos tão imparciaes que visse-
mos nos animais nossos amigos
exemplos a imitar, e não infe-
riores a castigar»,
Eu creio que a este belo ani-
mal nunca faltará a estima e
amisade do dono que tem a feli-
cidade de o possuir; no entan-
to eu quereria que à sua memá-
ria se erigisse um monumento
singelo e significativo que mos=
trasse aos homens a grandesa do
exemplo; e tambem desejaria que
o selvagem que tão miseravel e
criminosamente procedeu, fosse
assignalado com uma coleira ao
pescoço onde se lesse a infamia
do seu procedimento e onde tô-
da a gente visse O estigma da
sua ignominia ..
Cardigos, Abril
O
GENTE DA MESMA KAIR…
Um padeiro compra diâria-
mente meio quilograma de man-
teiga a um merceeiro seu vizi-
nho. Um dia, pareceu-lhe que
na manteiga havia falta de pêso
e, comprovado o facto foi quei-
xar-se ao juiz de paz.
Comparecendo o merceeiro,
preguntou-lhe o juiz de paz:
—Tem balanças em casa ?
—Sim, senhor.
—E pêsos?
—Não, senhor
—Então como pesa a mantei-
ga ?
—Com o meio quilograma de
pão que compro diariamente ao
queixoso. Por isso, se há falta
de pêso, a culpa é dêle e não
minha!
aged BD
INFORMAÇÃO ÚTIL
Durante o mês corrente deve
efectuar.se o pagamento das 2º
prestações trimestrais das con-
tribuições gerais do Estado, que
estejam divididas em 4 presta-
ções e das prestações já sujeitas
a juros
AI) us BE, as Es B
é Ea O E Po 48%,
É oa tai a a Pai a
» AGENDA É
s B. «a, 4º
= ta Ro o ua?
Estiveram: na Sertã, os srs.
dr. José Nunes e Silva e Frano
cisco Fernandes e no Casalis
nho (Sertã), o sr. dr. António
8 na, BR
e
fa? Pad?
Nanes e Silva, de Lisboa.
— Com sua família, encon»
tra-se na Aldeia Fundeira da
Ribeira (Sertã), o sr. José
António Peres, de Lisboa.
— Partin para Gonveia à
sr“ D. Olmida Lopes Marinha
Manta, espôsa do nosso amis
go sr. Joaguim Rodrigues
Manta.
— Encontra-se no Cabeçado,
de visita a sua família, o nos.
so amigo sr. Armando Mars
tins Carvalho, de Belas.
Aniversários natalícios:
Hoje, D. Maria Eugênia de
Mendonça David, Alvaro; It,
D. Gertrudes Pestana dos Sans
tos Casimiro,