A Comarca da Sertã nº234 06-03-1941
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DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO
— Dr. José Carlos Ehrhardt —
— Dr. Angelo Henriques Vidigal — ,
—— António Barata e Silva —
Dr. José Barata Corrêa e Silva |
Eduardo Barata da Silva Corrêa |
go Rea
UNDADORES -—
Composto e Impresso ;
Notas …
ERIUES EEN
FALECEU em Roma, no dia |:
28 de Fevereiro,.o ex rei
de Espanha D. Afonso XII,
gue foi, sem dúvida, um gran-
de rei e um grande patriota.
roer
OMO se sabe e se-verifica
“pelas notícias publicadas
na Imprensa do País, em maior
extensão e pormenor nos diá-
rios, os efeitos do ciclone fo-
ram muito além do que a prin-
cípio se previra, sendo certo
que’os proprietários do ‘arvo-
redo terão de suportar uma,
grande parte dos prejuízos
pela impessibilidade de se co
E locar rapidamente o enorme
volume de madeira provenien-
a E te das árvores partidas e de
| uma avnltada parte das ar-
| rancadas. –
Pia “O Ministério da Economia
‘ pablicou ama nota dando ins:
snes truções quanto à forma de
salvar parte das oliveiras ar-
» rancadas e aproveitamento de
oatras, nota que começamos a
publicar neste número.
10 Estado não descara a si=
a: tuação grave que se apresenta
j e certamente não deixará de
considerar, como uma das me-
didas mais eficazes para ate-
nuar a crise, a vantagem de
proporcionar trabalhos de uti-
lidade pública em larga esca-
la, iniciando-se já em todo o
Pats, designadamente nas re;
giões mais afectadas, os que
“Já se encontram aprovados.
raso
AS correspondências publica-
* “das neste semanário, pro-
vindas de muitas freguesias,
RIDE a
R ostram bem quão rude foi o
E de vibrado na agricultura
pi da nossa região pclo ciclone
Ra de 15 de Fevereiro, havendo a
notar que muitas centenas de
pequenos lavradores ficam re
dnzidos à miséria,
EE! iai
guru agora uma, interes-
” “sante innovação nosmelos
condução, pois acaba de
arecer em Paris a bicicleta
SS
eléctrica. Em tudo semelhante.
à de senhora, esta bicicleta
possue o-mecanismo-de trans-
missão de-bairo do porta-ba-
gagem, atrás do selim; o mo-
tor, caja energia é fornecida
É por uma bateria. é tam forte
E que se pode ligar à bicicleta
uma side-car ligeira para crian-
pas qn: :
E Por agai se vê que a neces-
sidade é mestra de engenhos.
A falta de gasolina favorece
o espírito inventivo e determi-
& na a revolução nos transpor-
Ef tes, sabordinando a técnica à
x comodidade e economia.
| ga
O mercado de sábado, pri-
* omeiro do corrente, estes
E, ve muito concorrido e anima-
ns do, aparecendo bastantes cabe.
|nofa oficiosa em que. se prevê
Ermida; freguesia da Sertã
ciclone de 15 do corrente também nês-
ta Ireguesia causou Os maiores estragos,
principalmente, em pinhal que é, actu-
| Almente, um dos primeiros rendimentos
da região, com. que, pode dizer-se, a
maior parte dos. habitantes provêem’-às necessi-
dades mais instantes dê sua vida e, pagam ainda
as suas contribuições ao Estádo.
liveiras e outras árvores contam-se em
elevadíssimo número as abatidas pelo terrível
vendaval.
O fenómeno pesou profundamente na vida,
já dificulosa, da maior parte da população que
só da terra vive e que, há cerca dum ano, pou-
co ou nada teem colhido dessa mesma terra” pois
já foi mula a última colheita de azeite e vinho,
sendo ainda desolador o aspecto dos campos,
terras de cultura e hortas, queimadas constante.
mente-por-gêlos, neves, -que nada dejxaram criar
e desenvolver, sentindo-se absoluta falta de hor-
taliças até para os usos.mais comezinhos da vi-
da de casa, Sem
“Às prolongadas chuvas e “frios teem impe-
dido ainda a regularidade dos trabalhos do’cam-
po, tornando assim o-ano, dos mais tormentosos
de: que-há memória. “Bastantes cabeças de gado
teem morrido de frio e-fome, e, os pequenos Ta-
vradores e gente de mais reduzidos meios que,
no pinhal tinham a sua última esperança, vêem
agóra, a maior parte por terra, sem ao menos
poderem aproveitar as «suas madeiras e lenhas
que a grande falta de comunicações e transportes
farão apodrecer por aquêles vales sem qualquer
utilidade. o :
Que o Estado e entidades competentes
orientassem e promovessem o aproveitamento
dos destroços de tamanha catástrote, valorizando
assim, uma riqueza, perdida e, amparando, em
geral, povos que se Vêem assim sujeitos às mais +
duras provações e emsérias dificuldades de’sa-
tisfazer, os seus, compromissos para com esse
mesmo Estado, Seria ma obra não já de pura as-
sistência; mas de verdadeiro alcance nacional,
As deficiências e tôdas as dificuldades que
afectam;’em geral, à vida das nossas gentes do
campo =-tornadas em miséria permanente—serão
um quadro deveras impressionante para quem
encarario futuro é por esse futuroitenha de velar !
* Lembra-se assim-que a: freguesia da Ermi-
da esquecida: lá entre aquelas serras só conhece
o Estado, porque temide pagar as suas contri-
buições.e, todavia, são enormes-as riquezas inex-
ploradas: que tem —.O que falta então ? — cami-
nhos, estradas. — E” este o problema que, agora
Beitos do, ciclone — Riquezas por explorar — Belezas panorâmicas
mais do que nunca, se impõe á consideração de
todos os que, dentro ou fóra da freguesia, sabem
que as estradas são, os Verdadeiros canais que
alimentam e fortalecem as mais pequeninas e re»
cônditas partes do. organismo. da Nação, e é por
elas que dessas várias partes chegam ao coração
da mesma Nação, novos elementos de vida, aptos
a serem transiormados e assimilados em benefício,
de todo o organismo nacional.
Abrir caminhos, estradas é verdadeiramen-
te vivilicar, fortalecer todo o organismo da Nação.
E é justamente entre estas serras que há ||
imensas matérias. primas, completamente mortas
e perdidas para a utilidade geral e sem qualquer
valor para os seus habitantes. ;
Outros pontos dejvista há.a considerar na—
Ermida — que justificam a ligação destas serras
| Com centros consumidores e transformadores dos
‘seus produtos naturais. Há ainda. o belo caracte-
rístico de seus cabeços e vales, banhados do
mais “puro ar, donde brotam abundantes águas
por entre arvoredos formando espêssa camada
que tornam aquêles terrenos verdadeiramente
apetecíveis para um passeio de verão. Temos
pois, em resumo, o alto cabeço Rainha, donde
se gozam os mais surpreendentes panoramas — a
serra de Estrêla com as suas eternas neves —
Castelo Branco, a oriente — e do mesmo ponto
podemos contemplar longínquos terrenos corta-
dos de serras e cabeços até às margens do Tejo,
Que belo e admirável clima para uma es-
tação -de verão…
Cabeço Rainha…
Pois que os homens tendem a ocupar e habi-
tar O espaço, aqui, no coração de Portugal está
certamente, no futuro, um;dos pontos donde os
portugueses se desprenderão da terra para voar,
observar e dominar as regiões etéreas, :
Não se fala da importância estratégico-
«militar.
Ponto central,no país, dominando terrenos,
cabeços, estradas, passagens, abrigos à sua roda,
será certamente de futuro um ponto de 1.º ordem
donde irradiarão pela via — espaço—todas aque
las precauções, medidas, avisos e-fôrças que num
dado momento poderão cobrir, ao mesmo tempo,
todo o corpo de Portugal, que se estende a igual
distância para tados, os lados. |
Não sendo isto puras fantasias impõe-se)
pois, a construção das estradas já projectadas pa-
ra’o Picoto & cares ue resolverão êstes magnos
problemas de tão evidente interêsse regional e
até nacional, ! ‘
O govêrno de Pétain vai in-.
cluir o ensino relígioso |
nos programasiescolares e sex |
rá ministrado, não pelos pro- |
fessores, mas”por saterdoótes
dos diversos cultos; )
EM 28 de Fevereiro terminou
o prazo para o pagamen-
to voluntário da tara militar,
de maneira que, durante este
mês, a liquidação faz-se pelo
dôbro, e, em Abril, os contri-
buintes ficam sujeitos ao re-
lare,
9 comes ata]
PELO Ministério da Econo-
“mia foi publicada! ama
a punição dos que, aprovei-
tando se dais circunstâncias
actuais, pretendam especular | A bordo dosbarcos de guerra inglêses encontram-s
plas duplamente mortais pelo número das descargas e pelo espaço que dominam
gas dagado bovino e suínç.
com os preços das madeiras €
Lenigã, SEMUS E EIA
Á MARGEM DA GUERRA
Os bombardeiros de vôo picado têm nelas um inimigo atento, Rerteiro, eticam,
as metralhadoras múltio
Q N
a Eoluanolo Bonato da Fila Cuncia Te. PR
q | ia rg nd SS ==) CASTELO )
Sl|RUA SERPA PINTO-SERTÃ ERAM Ce
>| So TES mIo]RSDISIS ooo) TELE FONE)
; «<| |PUBLICA-SE ÀS QUINTAS FEIRAS 112
Es F f DA O Do o k
É ANO V | Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarca da Sertã: concelhos de Sertã Ss
b ê dei plo ps ca E MARCO
No Nº 234 | Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei; e frequesias de Amêndoa e Cardigos (do concelho de Mação) 1944
«a lápis
OS srs. não. ficaram admiras
dos de o ciclone deixar
de péaquêles vergonhosos bara
racões situados por cima do
casario da Rua Gonçalo Ro»
drighes ‘ Caldeira, uma das
imuttas maravilhas desta terra?
Pois creiam que nós ficámos
mais que admirados: verdas
deiramente snrpreendidos |
HS
| MORREU, vítima de um de-
sastre de aviação o mas
|jor-médico do Exército cana:
ldíano Banting, que obtivera,
o Prémio Nobel dos estudos
médicos em 1928.
Professor de investigação mêé=
dica e um dos maiores nomes
da ciência moderna, a Hama-
nidade fica-lhe devendo a dese
coberta -da insulina, que per-
mitin ovtratamento das diabes
tesy
<a
A sabscrição aberta pelo
«Diário de Notícias» a
favor das vítimas do ciclone
tem alcançado am êxito exe
traordinário, mostrando, jà
evidência, quão grande é a pes
nerosidade dos corações pora
tugneses perante à desdita
alheia,
Muitas entidades estrangeis
ras residentes em Portugal,
esignadamente a colónia Bri=
tânica, contribuiram com eles.
vados óbnios, provando em
quanto aprêço têm a nossa
hospitalidade e a profanda
comiseração e simpatia pelos
sinistrados,
Hd
PALECEU von Arnanld de la
Periére, ‘o comandante do
submarino que travou comb
te; a 14 de Ontubro de 1918,
no mar dos Açõres, com o ca
ça-minas <Angusto de Castis
lhos, do comando de Carva-
lho ‘Aruújo, que escoltava o
paquete «S, Miguel»,
Esse combate ficou regista-
do nos anais da nossa História
como um dos actos mais glo«
riosos da Marinha de Guer-
ra, tal foi a bravura do pes
quenino caça-minas ao defrons
tar-se com o colosso adversds
rios O próprio comandante do
submarino, agora falecido, o
confesson
Em tanto aprêço foi tida a
galhardia dos portugueses na
peleja, que o imediato do snb=
marino nunca quis ceder a
bandeira do «Augusto de Cas=
tilho,» glorioso trofén que fia
cará, mais tarde, no Masen
| Naval germânico.
Houve um português que
chegou a oferecer 300 contos
pela famosa bandeira, mas o
oficial alemão não a venden.
Um soldado valense e pun=
donoroso não cede, seja por
que dinheiro for, um despojo
conquistado ao inimigo, sos
bretudo quando êste se mosa
tra cheio de bravura e lialdgs
de durante a batalhas,
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A Comarca da Sertã
PRODUTOS D
Sédeem SERNACHE DO BOMJARDIM- Beira Baixa — Telefone 4 |
Azeites extra-finos, consumo e em latas estampadas de fa S litros, marca (L. V. 8.)
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A CASA VAZ SERRA
dos pri is Hotéis e R
MADEIRAS — Depósito em Sernache do Bomjardim |
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NA a MINISTÉRIO DA MARINHA [ão feitos por bilhete postal, en- a o,
ê AGENDA é ESCOLA DE ALUNOS MARINHEIROS der Rear É recepo d ai FARMACIA CORTEZ
* Retirou para Lisboa a sr
D. Guilhermina L. de Porta-
gai Durão.
Estiveram na Sertã os
srs. Norberto Pereira Cardim
e espôsa e Engenheiro Alvaro
Martins da Silva, de Lisboa.
* Encontra se na Sertã o
sr. Alberto Simões Baptista,
de Lisboa,
: Aniversários natalícios:
“8, D. Fansta Soares Costa
“menino Rui Marinha Mendes;
9, José Casimiro.
o ; Parabens
ro
A CAMPANHA DA GRÉCIA
* «O último amparo inglês nos
Bálcãs era a Grécia que não quis
renunciar à garantia britânica,
Era necessário entrentá-la, e nes-
– te: ponto o acôrdo de todos os
é militares resp s
foi absoluto. Os soldados italia-
nos na Albânia foram soberbos,
escrevendo páginas de glória dum
valor lendário, que se imporão a
« todo o Mundo. As perdas helé-
– nicas são pesadas. A Primavera
* chegará breve e com ela a hora
feliz, As perdas inglesas também
são pesadas. E’ ridículo dizer
que os ingleses tiveram duas mil
baixas, Depois de Tarento os
contecimentos de guerra foram-
os contrários Foi sempre as-
‘ sim, Roma destruiu Cartago, rise
cando-a do mapa do Mundo. O
‘ nosso poder em nos reconstifuir-
“mos é formidável. E” a batalha
final que conta. A vitória do
«eixo» é absolutamente assegu»
rada. A Inglaterra não pode ven-
cer»,
(Do último discurso do sr. Mussolini)
y e ee
| (Oficina de Chapelaria
: Apelo
t ú j
João Martins Pinheiro)
e! Venda e Tabrico de chapéus
Conserto, transformação, lavagem e
tintos em chapéus usados
é Sempre á vendaros últimos e mais mo»
o: dernos modêlos de
chapéus em tôdas as côres
Perleição e economia
cb PREÇOS SEM COMPETÊNCIA
pts pra
“Praça. da República Sortã
“bardo nr! (imp
o Nois) O Sobreludos
– “Nas mais bonitas côres e
aos melhores preços,
ssis Lopes & Irmão, L.’
Praça da República,
SERTÃ:
Concurso para admissão de cem Alunos
Marinheiros
Está aberto concurso desde 26
de Fevereiro, e até ao dia 29 do
corrente, inclusivé, para admis-=
são de cem alunos marinheiros,
sob as seguintes condições :
a) Ser português; b) Fazer de-
sassete anos em 1941; c) Ser sol-
teiro e não ter encargos de famí-
lia; d) Ter, pelo menos, 1,760
de altura e aptidão física, julga-
da das uma junta de inspecção;
e) Ter exame da 4.º classe do
ensino primário; 1) Estar no ple=
no uso dos seus direitos civis e
políticos e ter bom comporta-
mento moral e civil comprova-
dos pelos registos policial e cri- | resse para a Armada, serão subme-
minal; g) Não estar abrangido
por qualquer das excepções pre-
vistas nos artigos 2.º e 51.º da
Lei n.º 1961, de 1 de Setembro
de 1937; h) Obrigar-se, por au-
torização dos pais ou tutores, a
servir seis anos na Armada após
o alistamento no Corpo de Ma-
rinheiros.
As dições de preferência,
que determinarão não só a ordem
da chamada dos candidatos para
a inspecção, provas literárias e
de oficina, como também a esco-
lha definitiva, são: 1.º—Ter prá-
tica de qualquer ofício ou pro-
fissão que possa ser de interêsse
para a Armada e que seja garan=
tia de hábitos de trabalho e de
disciplina; 2.º—Ser filho de ofi-
cial, sargento ou praça da Ar-
mada; 3.º-Ser filho de oficial,
sargento ou praça do Exército.
aque esclarecimentos sô-
bre o requerimento e restantes
documentos, sóbre as chamadas
para as inspecções e sôbre as
provas, pa ser pedidos na
sede da Escola de Alunos Mari-
nheiros (Quinta das Tôrres, Vila
Franca de Xira), nas Capitanias
e Delegações Marítimas, e nas
Câmaras Municipais.
se»
Esclarecimentos sóbre o Concurso para
admissão de Alunos Marinheiros
Documentos necessários
1) Requerimento, segundo o
modêlo seguinte:
Excelentíssimo Senhor Coman=
dante da Escola de Alunos Ma-
rinheiros—F.,. de…anos, fi=
lho de…, de profissão…, e
de…, natural de…, solteiro,
morador em…, de Pro nBata) ..)
desejando ser admitido ao con-
curso para aluno marinheiro, pa-
ra o que se obriga a servir seis
anos na Armada após o seu a-
listamento no Corpo de Mari-
nheiros, comprometendo-se a a-
presentar os documentos de tô-
das as condições de admissão,
uando for indicado, Pede a V.
Ex se digne mandá-lo admitir
ao referido concurso, (Datase as-
sinatura).
2) Certidão de idade, Esta pro-
vará que o candidato é portu=
guês, completa 17 anos no ano
de 1941, e poderá ainda provar
‘|se é’filho de militar do Exército
ou da Armada,
Os avisos para convocação ses |’
mando da Escola. As passagens,
tanto de ida como de regresso,
ficam a cargo exclusivo dos in-
teressados,
Às inspecções e provas efec.
tuam-se na sede da Escola de
Alunos Marinheiros, nos arredo-
res de Vila Franca de Xira (Quin-
ta das Tôrres). A Escola é ser-
vida por vários combóios, que
têm paragem no apeadeiro da
Quinta das Tóôrres. Todos os
candidatos que ficarem aprova-
dos pela Junta de Inspecção, se-
rão submetidos a uma prova li-
terária sôbre os conhecimentos
exigidos pelos programas da 4.º
classe do ensino primário. Aquê
les que possuam algum ofício ou
profissão que possa ser de inte-
tidos também a uma prova olici-
nal ou profissional. Procurar se-á
que a inspecção e as provas te-
nham logar em dias próximos,
de modo a não obrigar os can-
didatos a uma permanência su=
erlor a .3 dias, em Lisboa ou
ila Franca, Dias depois das ins-
pecções e provas serão expedidos
avisos para se apresentarem, à-
queles que tiverem sido escolhi-
dos entre os apurados; êste alista-
mento ainda fica dependente do
resultado dos exames radiológi=
cos a electuar.
MINISTÉRIO DA ECONOMIA
Junta Nacional do Vinho
mencionar :
(U. FERNANDES PESTANH — Farmacentico pela Universidade de Lisboa)
Kua de S. Nicolau, 91 e 93 — LISBOA
TELEFONE 25378
e estrangeiros,
– Produetos químicos (para uso industrial, puros e pux
rissimos pró-análise),
REMESSAS cuidadas e rápidas, à cobrança,
para qualquer
O mais completo sortido em especialidades farmaceu=
ticas nacionais e estrangeiras.
Fundas, cintas e meias elásticas.
Aeessórios de farmácia, em geral,
Perfumarias, productos de beleza e higiene nacionais
ponto do Continente, Ilhas ou Colónias
‘ PENSÃO BRANGO
(ANTIGA CASA MARIA MOLEIRA)
A preferida por tôda a gente que permanece na Sertã ou a vi-
sita, pelo seu ótimo serviço de mesa e magnificos quartos.
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Ao visitardes a Sertã, que tem belos passeios e lindos
pontos de vista, não deixeis de procurar esta: pensão.
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PREÇOS MÚDICOS
RR 7//////7//117/20 00
CgonnsaoDaSosLuGUasasconnaacunnananacacA”
2—A Prog
prador) e por vender, de:
Vinhos Brancos
Vinhos Tintos
Vinhos Licorosos
Vinhos de Queima
Agurdentes vínicas (da 76º a 78º)
e serão remetidas, devidaments
assinadas, às Delegações desta
Junta, até Aquela data,
E’ da máxima conveniência
que todos os vinicnltores manis
festem com verdade, visto que
da inexaotidão das informações
sómente lhes poderão advir pres
juizos,
Lisboa, 1 de Mxrço de 1941,
JUNTA NACIONAL DO VINHO
O PRESIDENTE,
(8) José Penha Garcia
Mercearias Camas e Colehoaria Gravatas E
EDITAL|3|- Eniih
& E
Esta Janta fam público que Pertumarias Cobertores do Já q algodão Modas E
todos os vinionltores são obriga
dos a manifestar, até ao dia 15 s g =
do corrente mês, os vinhos e Papelaria = O Malhas E
aguardentes vínicas existente em E E s Bs s
adega, indicando ss quantidades > Ss = es a
vendidas ou por vender (ainda E Louça esmaltada |O = E E Riscadaria s
Ec que se Rip tinan- || E Tio |z x z
oladas por esta Juuta =| louça de Sacavém ele lgu Enfestados sz
Au deolarações poderão ser fel. =|
tas em papel vulgar, devendo EE & Via Agro o Ss E q Brancos à (rs E
a eta
1—0 nome do produtor; Vidros E gs Molhados Ê
Fr ia eo Ci ho a
Ria»
Te Do aceita das Tabacas Colchas do seda a gorgotão Retrosaria E
produtos manifestados; Ê a
4-8 de te, 7 Es
ia ira tina Femagens Lenços do lá a algodão ibesis | E
em Adega, por conta do com –
SEntónio
da Silva Lourenço
Interessantes e magníficos artigos, de
finíssimo gôsto, próprios para brindes
acaba de abrir uma
SECÇÃO DE OURIYESARIA
JOIAS, OURO E PRATA
Compra c vende ouro c prata cm segunda mão
RUA CANDIDO DOS REIS—S E RT À
PER SME
TE eoq
rrsegunda mão
RUA CANDIDO DOS REIS—SERTÃ
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A Gomarca da Sertã
“ASSIM, NÃO!
Há poucas semanas esteve na
Sertã um agente de policia para
tratar de apurar responsabilida-
des quanto a um presumido fogo
posto ao mato de uma proprie-
dade sita no Vilar, Entre os in-
divíduos que foram interrogados
e alguns prêsos no decurso das
investigações, o agente ouviu
Luiz António Martins, solteiro,
de 28 anos, proprietário, do Vi.
lar da Carga, intimado para de-
por como testemunha do proces=
so, provavelmente porque con-
tribuiu para dominar o fogo no
tal mato.
Certo é que, depois dos pri-
meiros interrogatórios, o agente
acabou por afirmar que o Martins
era O criminoso ou, não o sendo,
sabia pelo menos quem êle tinha
sido…
Belo faro policial |
Perante a negativa terminante
“do homem de que não era o au-
tor do fogo e nem tam pouco
sabia quem êle fôsse, isto na hi-
pótese de se tratar de crime, o
agente não esteve com mais a-
quelas e desatou a agredir a so-
co, violentamente, o Martins, fa-
do lhe saltar o sangue do nariz
e dando lhe punhadas no abdó-
men; e como se tudo isto fôsse
pouco, o pobre homem ainda
esteve na cadeia sete dias com
um pequeno intervalo de tempo,
A agressão aos prêsos, no de
correr de qualquer investigação,
não é nova, mas nem por isso,
deixa de ser condenável porque
é bárbara e dignifica pouco quem
a ela recorre como meio de che-
gar a uma conclusão,
– Não podemos deixar de pro-
testar contra acto tam deshumano
e declarar perentôriamente que |
isto cá pelos nossos sítios não é
covil de feras!
rodo
“Hospital da Sertã
“Subscrição aberta pela «Co»
“missão dos Amigos do Hos-
pital da Sertã», em Lisbca,
para a compra de material
– cirúrgico :
« Transporte, 1.350800. Exmo
Sr. António da Silva Teixeira,
50800; Ex.mº Sr. José António
Martins, 50800; Ex,”º Sr, Libâ-
nio Vaz Serra, 200800; Anónimo,
50800. A transportar, 1.700800,
ros
Secção de Sinanças do con-
; celho da Sertã
– Fol transferido, a requerimento, do
logar de chefe da Secção de Finanças
do concelho da Sertã para o do 3.º
bairro fiscal de Lisboa, o sr, Manoel
Perelra e também, a requerimento, foi
transferido para a Sertã o sr. Lúcio
Amaral Marques, chefe da Secção de
Finanças do concelho do Barreiro,
O Govêrno instituiu uma Co-
missão Naclonal para orientar
a distribuição de donativos
ás vítimas do ciclone
A Presidencia do Conselho en-
viou á Imprensa a seguinte nota
oficiosa :
O Govêrno, tendo já feito, pe-
las informações oficiais recolhi.
das, um juizo aproximado da ex-
tensão dos danos e desastres cau=
sados aos particulares pelo ci=
clone de 15 do corrente, e do es-
tado de verdadeira necessidade
em que ficaram muitas famílias ;
e’tendo, por outro lado, presen=
te o movimento de profunda so=
lidariedade que por toda a parte
se tem manifestado a favor das
vitimas mais carecidas de auxílio,
resolveu instituir, sob a presi=
dencia do sr, subsecretário da
Assistencia, uma Comissão Na-
cional que possa coordenar to-
dos os bons esforços e presidir
superiormente á distribuição dos
donativos, apoiando-se para tan=
to nos elementos de informação,
oficiais ou particulares, indispen-.
sáveis á acção a desenvolver e
«que ali serão concentrados,
Através da Comarca
Casamento — Temporal
CAVA, 22 — Na capela de S. Miguel e Santa Justa,
desta localidade, realizou-se, em 8 do corrente, o casa-
mento do sr, Vitorino Deniz com a sr.? D. Hermínia Men-
des, daqui natural, Assistiram ao acto o sr, Mangel Dow
mingos da Silva e sua espôsa, sr. D. Conceição Antunes
da Silva, que foram padrinhos por parte do nolvo e o sr,
Albano Alves e a sr? D. Lúcia da Conceição, da Cava,
que serviram de padrinhos da noiva.
Após a cerimónia foí servido um lauto jantar.
Aos nubentes desejamos tôdas as felicidades.
— No dia 15 do corrente estivemos de-baixo de um
medonho temporal, que parecia ser já o fim do mundo;
quási tôdas as habitações sofreram grandes prejuizos nos
telhados; os pinheiros e as oliveiras sofreram uma tre-
menda razia: umas árvores arrancadas pela raiz e outras
despedaçadas, contando-se por milhares de contos os pre-
juízos, que é muito dificil calcular,
PALHAIS, 23— O ciclone que assolou o País tam-
bém não poupou esta freguesia, que teve importantes pre=
juisos no seu arvoredo, especialmente em pinheiros, oli-
veiras e atoa
— Chama-se a atenção de algum pessoal encarrega-
do na resinagem de pinheiros, para o facto de trazerem
consigo cães, que daqui em diante causam danos nas vá-
rias espécies de caça nova. eis
usZez
Falecimentos
MADEIRA, 27 — Adelino Alves Ribeiro, da Aveli-
na que, como noticiamos foi encontrado morto junto da
| estrada, Era à saída desta povoação, na manhã de 24 do
corrente, foi mandado sepultar, por não haver suspeita al-
| guma de crime, Sua mãe, Maria da Piedade Ribeiro, desta
povoação, encontrava-se grávemente doente, não lhe sen-
do dado conhecimento da morte do filho,
(Noticiário dos nossos correspondentes)
seis filhas mergulhadas na maior dôr, bem como seu mari-
E tino Alves Ribeiro, sendo amanhã sepultada junto
o filho,
A extinta era irmã das Srs D, Delfina e D, Vergi-
nia Mendes Barata e do sr. José Mendes Barata, comer-
ciante em Lisboa e cunhada do nosso patrício, sr. Capitão
José Antão Nogueira. E
usgos
Temporal
CASTELO, 28 — O violentíssimo ciclone do dia 15
do corrente causou nesta freguesia prejuizos incalculáveis,
em ep
O proprietário que tinha na resina, quási, o seu úni=
co rendimento, não pode deixar de encarar com pavor a
situação em que se encontra, sem lobrigar de que se há de
valer para satisfazer as suas despesas € encargos,
Há-os, cujos pinhaes ficaram arrasados, reduzidos
a menos de um terço e até mais.
“ Não sabemos com que fundamento, ouvimos já que
o Govêro pensa em o! izar o Grémio das Madeiras,
com o objectivo de adquirir directamente ao proprietário
as árvores derrubadas aos preços dos últimos anos.
Seria essa uma medida acertadíssima e talvez a
unica que poderia vir a minorar, um pouco, os efeitos da
que nos oprime,
Lucraria o Estado e lucraria o proprietária, a cau-
telando-se e Ra contra a especulação dos In-
termediários, O Estado fazendo reservas dessas madeiras
de que daqui por dois ou três anos deve haver grande fal-
ta e atingir preços elevadissimos, e ainda pela relativa
facilidade que tem, melhor que o proprietário, em prover
a conservação devida, de forma a serem utilizáveis; e o
proprietário porque só assim, mais de pronto e rápida-
mente poderá vir a ter os seus terrenos limpos de lenhas
e destroços que estão a prejudicar gravemente os matos
€ tojeiras.
Porque o assunto urge, ousamos chamar a atenção
da Dg.º Camara Municipal e juntas de Freguesia, a agir,
neste ou qualquer outro sentido, de forma que as medidas
e providências a adoptar possam vir a tempo e a horas de
aproveitar ao pobre proprietário.
Esta manhã, faleceu esta senhora que deixou suas
À graves consequências do Ci-
clone ua freguesia do Estreito
Providências tomadas pela res –
pectiva Junta de Freguesia
Em face dos enormes estragos
produzidos pelo último vendaval
na área da freguesia do Estreito
a Junta da referida Freguesia en.
vioa a Sua Ex.” Ministro da Eço-
nomia, por intermédio do Govêr-
no Civil de C. Branco, a seguin
te Representação :
Senhor Ministro da Economia
Nacional
Excelência :
A freguesia do Estreito, com-
ponente do concelho de Oleiros,
faz talhão no distrito administra-
fjivo de C. Branco, e assenta sô
bre solo bastante ingrato, na aba
(ds Serra do Moradal, À princi
! pal riqueza agrícola regional pros
vém do pinhal e do olival, O
pequeno lavrador (não existe a
i grande lavoura) conta com a re-
ceita anual proveniente da resina
e do azeite, como única tábua de
salvação, para as inevitáveis des-
pêsas quotidianas. Porém, a fúria
devastadora do ciclone, em quin-
ze do corrente. tombou grande
| parte da sua riqueza silvicola e
‘oleicola, desde a eslé il encosta
ao acanhado vale mais de 80%,
do pinhal de sangria e madeira
está por terra, arrancado um, e
outro quebrado pelas feridas.
A sifuação do concelho de Olei-
!ros e, consegilentemente, da fre-
guesia do Estreito já de si po-
bre, é hoje angustiante. Em fren-
te do proprietário ergue-se, pre-
sentemente, a realidade da sua
miséria.
Excelência:
A freguesia do Estreito confia
na acção do Estado Novo para
remediar, na medida do possível,
a siluação angustiosa du sua po=
ulação rural, ousando sugerir a
a Ex.” algumas medidas que
nos parecem de urgência. Antes
de mais. temos na nossa frente a
utilização da grande massa de
madeira que é necessário não
prejudicar em pura perda. O mer«
cado actual não tem capacidade
para absorver tôda a madeira de
pinho que a ventania deitou ao
chão. Ao espírito ponderado de
1Y, Ex alvitramos que aos pros
prietários do concelho de Olei- | da Alcova, de harmonia com o
ros e, por isso, da freguesia do exposto por ofício da Junta, em
Estreito, seja facilitado, a título | devido, tempo à Repartição de
de empréstimo, sem
uros, e a – Melhoramentos Rurais de C.
praso razoável, o capital indis-! Branco ;
pensável para poderem preparar |
deiras, até rio
A.
ear as suas
5.º—Ser enviado, pelo Ministé-
pectivo, Técnico competen-
que o mercado as possa consu- | te para o estudo seguido de ca-
mir. Inutilizada para o concelho
de Oleiros a receita que lhe advis
nha da resinagem, há também
que fazer assistência aos jornas
leiros desta freguesia, que são
legião, e que os proprietários não
poderão, tam cêdo, assalariar,
em razão da enorme catástrofe
que lhes reduzira os rendimentos
em mais de 50%.
E”, pois, como inferpretes dos
sentimentos da gente da «Serra»
que vimos, confiadamente, trazer
junto de V. Ex.º um grito de mi-
sericórdia.
Os habitantes da freguesia que
representamos, Ex,=º Ministro,
pretende que não lhes falte o pão,
mas não pedem esmola. Habitua-
dos a amassar a boroa que os sus-=
tenta com o suor do rôsto, bas=
ta-lhes que o Estado ordene ‘a
execução de alguns melhoramens
tos públicos, onde possam anga-
riar meios de subsistência.
De resto existem dentro da
freguesia, trabalhos a realizar de
vasto alcance colectivo que, dada
pelos «Altos Poderes» mediante
ordem de realização, atenuariam,
de certo modo, os tremendos efei-
tos da recente calamidade. Em
suma, Ex.2º Ministro, os habitam
tes da freguesia do Estreito que-
rem trabalho e não é justo nem
humano permitir que tam infor-
tusada gente estiole por falta de
recursos materiais. Muito respel-
tosamente, solicitamos, pois, a
valiosa protecção de V. Ex.” no
sentido de
1.º—Ser iniciada, o mais rápi=
damente possível, a construção
da estrada nacional n.º 59 2.º, há
já tempo estudada e dotada pela
Junta Autónoma ;
2.º—Ser dada ordem de calce-
tamento das ruas do Estreito, se-
de da freguesia, com assistência
técnica e fodas as despêzas por
conta do Estado ; 4
3,º—Ser dada ordem de cons-
trução de uma ponte sôbre a Ri=
beira contigua à mesma povoa-
ção, com assistência e despêsas
também por parte do Estado ;
4º-—Ser atendido o pedido de
construção de uma ponte de li
gação entre as freguesias do Es-
treito e Sarzedas, sObre a Ribeira
nalização de águas potáveis às
povoações de Roqueiro, Amei-
xoeira, São Trocato, Mongueiras
de Cima, Raposeira, Bafareita e
Pião, da aludida freguesia
Para êstes «melhoramentos»
chamamos, em especial, a escla-
recida atenção de V. Ex.” para
que junto das autoridades com=
fentes ordene, como é de sã
Justiça, a sua necessária e ime-
diata real’zação.
Estreito, em 24 de Fevereiro
de 1941.
A Comissão Administrativa de
Junta de Freguesia — Justino das
Neves Báriolo, Luiz de Azevedo
Bártolo e João Antonio Rodrigues,
À reinião de alguns sexa-
genários na Sertã
Uma adesão à engraçada
idéia de Frutueso Pires
Aldeia das Dez, 25-2.941,
Carta ao Meu caro
«Menino Virtuoso>
E? já tardiamente que venho
responder à tua muito estimada
missiva publicada no Jornal «A
Comarca da Sertã» em 7 de No-
vembro próximo findo; mas, não
obstante a demora havida na rese
posta, a meu ver, não perdeu de
todo a sua oportunidade, Vamos
pois ao assunto, :
Abraço com viva simpatia a
feliz iniciativa de, em conjunto,
se reúnirem na linda e encanta-
dora vila da Sertã, não só os
sexagenários a que fazes relerên-
cia na tua carta, mas também os
septuagenários em cujo escalão
e já quási no final |do mesmo se
encontra o signatario desta epís-
tola, teu velho Aipo, um da-
quêles que em comunhão de pen-
samentos com os tais sexagená-
rios gastou o melhor das suas
energias durante a sua prolon-
pra ras na risonha vi-
a da Sertã, cantando cantigas ás
Assistência financeira aos proprietários
do concelho da Sertã prejudicados
pelo ciclone
No domingo passado esteve na Sertã
O ilustre Presidente da Junta de Pros
víncia da Beira Baixa, sr, dr. José Ri-
beiro Cardoso, acompanhado de dois
vogais da mesma Junta, a-fim-de tro-
car impressões com o sr. Presidente da
Câmara àcêrca da maneira de prestar
assistência financeira aos proprietários
do nosso concelho, prejudicados pelo
ciclone do dia 15 de Fevereiro,
Convém que os lavradores, que ain-
da não apresentaram aos regedores a
nota dos seus prejuísos, o façam sêm
demora no interêsse de todos,
tricaninhas e. fazendo vibrar,
pela calada da noite, na sua
imortal guitarra, dolentes cana
ções e notas alegres sempre ou
vidas com prazer. Este objecto
(à guitarra) em recordação dos
tempos que já lá vão e nunca
mais voltam, ainda hoje existe e
faz parte do modesto mobiliário
da sala onde costuma receber as
pessoas amigas e ali se encontra
com repouso absoluto. Olhans,
doa nos momentos em que o
aparelho de telefonia nos mimo-
seia com o mais lindo fado co-
nhecido, «O Fado Robles», não
poucas vezes os meus olhos se
humedecem, brotando lágrimas
de saiidade e de tristeza pela re=
cordação de coisas que já vão
muito Jonge. A minha sensibill=
dade é isto mesmo. Sertã, Tera
ra do meu Sonho; Terra dos
mens Encantos, crê que nunca
te esquecerei,
Prosseguindo : Da pleiade dês-
ses tempos, já poucos restam,
certamente; porém, a nós sobre
viventes, restam o dever de pres-
tar homenagem à memória dos
companheiros que a parca impla-
cável arrebatou para logar «Des
conhecido».
Pois bem, meu caro Frutuoso;
trata do assunto da reiinlão e
quanto a mim, se Deus me der
vida e saúde, lá estarei no dia
aprazado a-lim-de nos dar o der=
radeiro abraço, possivelmente o
abraço da despedida «dêste para
melhort. E para que nem tudo
sejam tristezas, vem apropósito
recordar neste dia — terça feira
de Carnaval — uma das facécias
ocorrida com uma mulher já en=
tão de idade avançada, a forneis
ra Ti Maria. Nós, rapazes na=
quêles tempos, dando costas uns
aos outros, fomos colocar no Fôr=
no.da,Ti Maria, no mesmo lo-,
gar onde se encontravam várias
cassarolas com bom assado, uma
outra cassarola que apenas con-
tinha folhas de oliveira, troços
de couve, etc., tudo isto disfar=
gado por uma pequena camada
de arroz, Tudo se fez sem que a
forneira se apercebesse da nossa
garotice — passe o termo — E”
claro que passado algum tempo,
rerirâmos do forno não a cassa-
róla que lá haviamos colocado,
mas sim uma outra que continha
um dos melhores assados que
ali se encontravam ou fosse belo
perú pertencente ao falecido se-
nhor António Pires Franco, O
ual, tendo sido por nós convi-
ado a tomar parte no festim, não
aceitou o convite e, furioso pela
partida que lhe fizemos, ter-nos=
«ja mimoseado com uma boa so=.
va se não fôsse a agilidade e
resteza com que demos ás de
vii “Diogo.
Mas o mais interessante déste
episódio passou-se depois com
a forneira, a qual, uma vez com
nhecedora da partida que lhe
fizemos, começou a dar largas
ao seu vocabulário, despejando
cá para fóra tais improperios e)
tais palavrões (e nós a gozar)
que nem mesmo aos já afeitos a
casos desta natureza, o rubor
não deixaria de lhes chegar ás
pontas dos cabelos da cabeça,
exceptuando é claro aquêles que
fôssem carecas.
E assim termina esta epístola
o teu antigo professor (sic) de.
guitarra, enviando-te um afectuos-
so € sincero abraço.
José Gabriel da Fonseca Dinig teu antigo professor (sic) de.
guitarra, enviando-te um afectuos-
so € sincero abraço.
José Gabriel da Fonseca Dinis
@@@ 1 @@@
! Relação, por freguesias, dos prejuísos causadossem:
“oo drrores, pelo ciclone do, dia 15 de Fevereiro de 1941 ;
FLS sa da”estrada d
)Seixa à Santa Rita; )|
“gia do Cat)
A Comissão de-Melioraméntos do
“Freguesias nad “| Pinheiros. ri bs ut
CADENA D! eo DS «| 48.000] 800] 1.500] 2.500
Carvalhal 2 ser o) 540020) 005488]510 24B| io 1:68
“Castelo . Luso o voo so) EBRIZÃO! 15351] 0210 157
Cumiada. pOr alo pb onsisi) A 62.780 467 93 AM
“Ermida ol cup nov]! 55.000] 260) 25) 240
EUCILCHO, aeintaro arnera ae nro dd 21. 000! 455 ONG
armeleiro, .. ros) 90.000) 700), 81]…
Nesperali o |] 505000] 200 1007 1.000
Palhais ==>” === ===”) – 501000: 11:235/10011:15|1 0433
“Pedrógão Pequeno . . | 180,8007 990] 200
Sernache do Bomjardim 1 á É E
Hip elien ab afsioo visao | 208 SID) ERA SST cao
Troviscal; |. cussiipo Intro) 124: 300 |; 4832051 160 | essere
Várzea dos Cavaleiros. « | 155.200 728102 vI$
423 SOMA’. 40 1,.11.233.910/10.181| 2.555/ 5.790:)-
Freguesia, em cumprimento de
Estas informações: foram dadas pelos Presidentes de Junta de
T
uma, circular da Presidência da
Câmara datada’de 17 de Fevereiro. 1
t I
O Presidente da Junta de Sernache do Bomjardim limitou-se
– aiinformar que Os prejuísos devem montar a uns milhares de eseu-
dos, não inferiores a’5.000$00.
ig41
o] , u
Sertã e Secretaria “da Câmara Munlcipa!; 28 de Fevereiro de
O Presidente da Câmara
“97 BÍS0 SSI sb E EDU E
Os. efeitos do
eP? preciso salvar ‘o quê [é
susceptível de algum apro.
veitamento e proçurar des-
vide já iniciar à obra de re;
« construção», diz a nota for-
–necida pelo Ministério da
: Economia |, [3
I
* Em tôdas as propriedades on-
de seja: avultado o inúmero de
árvores: arrancadas ou dêrrubar
das, não sendo por esse motivo
possível acudir a tôdas num cur
to espaço de tempo, convém an=:
tes demais nada. mandar cobrir
com terra, palha ou ramagem as
raizes das oliveiras e outras áre
vares que se desejem aproveitar, |
para’ que não soiram’os efeitos)
duma intensa ‘evaporação,
“As oliveiras novas, com os
troncos ainda lisos, poderão com!)
– vantagem ser replantadas, E” in-
dispensável, para esse efeito, |
submetê las a’ uma poda muito]
severa, que deverá ser tanto mais
intensa “quanto maior tenhá’sído
a destruição das raízes; em árvo=
res de regular desenvolvimento
convém proceder ao decote só-!
bre as pernadas principais: Con-
vém e a podir as raízes
suprimindo às partesfdilacéradas.
gtas! árvores poderão, sem in-|
conveniente, ser replantadas no!
local onde se encontravam, de-
“vendo, porém, abrir-se, para es-
se efeito,’ uma cova funda que
– se” encherã até ‘à “altura conve-
niente’com terra de supertície.
sos na base podem ser r
pl aa Cofina ças ro
ares fiquem tum pouco f als n-
terradas do que estavam,
jo-se, no entanto, po
E êro neste oO “Séria
«contraproducente. Todas estas]
árvores devem ser cuidadosa-
mente «amontoadas».’ Esta Ope-
ração apresenta neste caso uma
importância enorme, que’ con=
vém salientar. | Depois, de plan-;
“tada a oliveira e bem calçada à
terra sôbré as raízes é absoluta» |
+ mente indispensável juntar à vol=|
tado tronco um monte de terra,
que será também cuidadosamen.
“te calçado. Como é de todos co»;
-nhecido, a base do tronco «da.
oliveira: emite raízes com iextre-
ma: facilidade. As raízes cuja
emissão Se provoca por esta for
ma garantem melhor o pagamens
to da; oliveira e asseguri z
PMENIRNiBENIO mais rápido da,
Arvore. Ho tio
– Além disto, o monte de terra
formado à volta da oliveira con-
“|sos na base, poder
evi- ||
inlnvr | que-seja den derrubada
elelongla
ot “que sofra’ os efeitos de osci-
lações! provocadas “pelo vento,
inconveniente enquanto não criar
novosistema radicular que a fixe
ao solo. Por isso se insiste: a
amontoa- constitue operação im-
portantíssima, que não deve por
esse motivo ser desprezada.
As oliveiras velhas, apresen-
tando “troncos grossos e nodo-
em igualmente
ser replantadas nas mesnras con.
dições. A operação tém-neste
[caso mé os interêsse, pois a ár-
| vore não poderá núrica retons-
| truir integralmente o seú siste
ima aéreo. Págará, na maioria
jdos casos, emitindo rebentos,
| mas “a sua vegetação nunca dei-
xará de ser precária. Oliveiras
nestas: condições deverão. ser
iprincipalmente aproveitadasjpara
obtenção de novas: plantas. Tôda:
‘aibase do tronco, onde se apres
“Ii qual colaboram a
Seixo il empregando todos os
esiorços no sentido de contingarem
[ositrabalhos da constração da estra-!
dá do Seixo a Sanfa Rita, a que fizem
mos desenvolvida rejerência no ná-
mero de 9 de Janeigo findo, caja admi=
nistração está’entregae a alguns dos
membros ‘da mesma Comissão, na
anta de Freguesia
do Castelo e o sr. Jorgedos Reis Pai
xão. Há que pôr em, evidência o au=
xílio dêste sr., pagando, do seu bôlso,
a dez operários que prestam serviço
nas obras. y
Note-se, porém, que, os trabalhos
800: | terão de paralizar por estar esgotada
ajverba destinada às despezas:
A Comissão pede-nos’ a pablicação
“dos nomes dos habitantes do Seixo
nie concorreram para’a construção
da estrada: 1
|, António, Rodrigtes da Mata, 808;
José Moleiro, 505; José Grácio, 425;
Adelino. António, 50$; António Mar=
ques, 305; Gailhermino Rosa, 205; Joa=
pata Guerra, 104; José Martins, 30$;
osé Lopes Dias, 368; Gailhermino À.
Peixoto, 48$; Cipriano António, 125;
Manoel A, Ferreira, 24%; Joaquim Ma-
“ta, 308; António Martins Júnior, 248;
António Nunes, 124; António Gailher=
me 605; Francisco: L:Lapa, 408; José
Peixoto, 188; José L. Lapa, 128; Joa-
quim L. Dias, 68; António Martins,
803; Joaquim Lopes, 308; Virgílio A.
*] Dias, 208; José Lopes, 508; Castódio
| António, 408; António Antanes, 258;
Martinho Nanes, 268; José Nanes,
243; Firmino António, 1008; David Ro-.
sa, 508; José Ferreira, 308; Alberto
“António, 408; Alexandre A. Dias, 508;
António J. Dias, 3658; Janaário Simões,
508; longuim Grego, 368. Soma, 1.4975,
Donativos recebidos de habitantes
da Sapeira: Alberto Francisco, 145;
Virgílio Martins, 304; José Marques,
308; Manoel Martins, 3506; Joaquim
Martins, 258. Soma, 1298.
De Ratino Lopo, do Cabeço da Sr.º
das Preces, 308. q
Informa à Comissão que as virbas
aqai- ‘mencionadas estão recebidas,
mas iparte (delas! incompletas porque
se destinouja todos osjugos do logar.
do Seixo uma determinada importân-
cia, cada am conjorme as saas posses.
A Comissão agradece, maito res-
peitosamênte,’a todos aquéles que têm
agxiliado êste grande! melhoramento
e ainda a-todos que estão dispostos a
favorecênlo, )
J HO
Um to de-abnegação auniráve
Há . pessoas que vieram
mundo só para Sofrer, minadas,
desde o berço, por doença cru-
cordas“e engrcaracterísticos “desta espécie, |se-|
irá dividida em pedaços de 205)
25 Fenimeiros; de largura e ou-
tro tanto de espessura, com q
pêso aproximado de um quilo,
levando, quando tor possível, al-
‘guma raiz | mais delgada. Esses
(pedaços de tronco strão plantas!
‘dos “em viveiro, à distância de
0,50” uns dos.quiros, em rêgos
‘distanciados Sê 80 cm, senda
depôis! cobertos com! 30 êm”de,
terra, que se calcará cuidadosa-
mentes, ‘Bssás | partes e árvore
emitem, nessas condições, abun-
dantes raízes;-dando râpidamen
te otigem a plantasmuito vigo-
Ea (Continua)
EO SERA P Ta sisbl
pn ecrologia
‘D.Maria das Neves ‘
Hezo cdiys 1EN í
‘ “No logar da Soalheira, fregue-
sia de aR avos faleceu, com a
dade, de-87 anos; a sn Da Mas
ria das Neves, muito estimada:
pelas suasjqualidades decarácter:
e coração, mai, muito dedicada,
dos srs. Alfredo Moreira, Pres
Sidente do, Conselho. de .Admi-
puatrAção: (da Companhia jIndus.,
ê Bonus e Colónias e,rial, de, Por
mportante capitalista; David Mox
die + comerciante, João Moreira,
il «resid
Lea Agni pro
serio,
«das Sarnadas de A'[-
aro e das sr” D. Carola de
esus, da Ribeira, do Sindinho,
A ja de Jesus, do e
a, ES «Beatriz de Jem
us, da Soalheira, o)
“A família enlutada, apresenta:
<A Comarca da: Sertã»rsinçeras.
delíssima, a amaffanfiar lhes a vi-
da, tornando-a um contínuo imar-
Itírio, um doloroso cativeiro, que
só cessa com à Morte, libertação
única de tanto desgraçado.
«Mas a infelicidade de muitas
almas é suavizada pelo bálsamo
ardente que brota espontâneo do
coração de muitas criaturas pro»
pensas, 30, Bem, escolhidas por
“Deus para derramar, sôbre. os!
que.sofrem, as gotas de orvalho
da sua Caridade, como inexgotá-
vel manancial de puro amor e da
mais profunda ternura, i
Contemos, em poucas palavras,
ocaso queagora chegou ao nos=
so conhecimento: Mania Angela
Coelho é uma pobre e infeliz ra-
parigaquesestavas internada: no
hospital da Sertã; ,pontadora de
doença que requere: tratamento
de especialidade) e! que ali não
se podeifazeri por falta/de recura
Sos e-condições, o sr. dr. José
Real deCanedo, clinico ilustre e
director: da Casa de Saúde da
Frazoeira, olereceu-se para a’re-
colher estratar gratuitamente nas
quela Casa, onde a Maria Ange-
R permaneceu seis meses, nada
he faltando, desde a. mais pro-
veitosa assistência médica à me-
lhor’alimentação. Assim, pôde a
pobre Maria Angela obter sensí-
veis melhoras; em todo o caso,
como ainda precisa de grandes
cuidados e de continuar O trata-
mento, o sr. dr. José Real de
Canedo, dotado de uma alma
magnânima, prontificou-se a reçe-
bê-la nôvamente na sua Casa de
Saúde, declarando fazê-lo com a
mais íntima satisfação,
este. número foi visado pela
| Comissão de Censura |
solida a sua posição, evitando
con glafg nino (279% cl q
‘- «lg Castelo Branco
É AsGo mia rca ndacSe rtã
Ja Jesus por entre a multidão
e pregando a doçura, a paz, o
sarando chagas, consolando a Dor..
HE=9, CENTURIÃO =s
E
O
pet a
amor,
a bondade, a humildade, a mansidão…
Um soldado romano, o centurião,
chegon-se a Ele e disse-Lhe: — «Senhor,
eu não sou digno, pobre pecador,
Disse Jesus:
“d’entrares em minha humilde habitação…
Juz em casa, doente, o men criado ..
Dize uma só palavra e tenho esperança
de que o meu servo ficará sarado…
— Eº tua fé ardente!
Não foi baldada a tna confiança:
Vai! acharás curado o ten doente…
MARIA DA SOLEDADEMEIT Ag
GDA Samoel
WISEMANAÚS)
O. ciclone causou-nos muitos
prejuísos e aborrecimentos e,
de entre êles, não foi menor, cer-
tamente, o de falta de luz.
13 longos dias sem luz e sem
rádio afigurou-se-nos um ‘tor-
mento! A luz é artigo de pri.
meira necessidade, tam indispen-
sável como a água e o pão!
A Eléctrica caprichou em pôr
à prova os nossos nervos! As
avarias nos postes e nas linhas
foram grandes, mas não de tanta
importância, que impedissem a
reparação em três ou quatro dias,
se tanto.
Uma: dúzia de operários com-
petentes, trabalhando;de manhã
à noite, todos os dias, teria, num
ápice, removido tôdas as dificul-
dades,
e
A. única coisa que lembrou o
Carnaval de 1941, na Sertã, foi
o baile de 3.º feira, no Clube,
Uma nota descolorida a afir.
mar desânimo absoluto, falta de
alegria e de boa disposição en-
tre a élite sertanense, talvez — e
isso não lhe fica mal — pesarosa
dos infortúnios que caíram sôbre
tôda a bendita terra portuguesa.
Alegrias e tristezas são por
igual contagiosas. O coração não
se pode alhear delas.
Aquela diversão, tam tradi-
cional em nossos costumes, fal-
taram muitas famílias; disseram-
nos que por falta de luz, o que
acreditamos, à mesma [uz que
faltou para iluminar e dar esplen-
dor ao bonito salão de baile que
naquela noite parecia iluminado
a candeias de azeite |
Havia em todos os rostos a-
quela «apagada e vil tristesa» de
que nos fala o poeta. Tanto as-
sim que pouco depois de uma
hora tudo debandou, pensando
nos bailes dos outros anos em
que, ao alvorecer, ainda se dan-
cava com animação, em grandes
rodopios, depois de dois ou três
serviços de bufete primorosos,
preparados por comissões de a-
mabilissimas’e simpáticas senho-
ras.
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Depois de dias de intenso frio,
em que não faltaram, à mistura,
copiosas chuvas, O gêlo e a neve
indíssima e, como castigo dos
nossos pecados, um: furacão tres
mendo, que semeou a desgraça
por tôda a parte, surgiu o bom
tempo, amoroso e acolhedor.
arço entrou com o’ pé direi-
to, tam bonitofoi o dia 1. No
tavasse em tÔda a gente um ar
de contentamento: porque a Na-
tureza sailidou-nos com um sol
radioso, Os passaritos, gorgeans
do alegremente, desferiam: seus
vôos no espaço infinito.
Pressente-se a aproximação da
Primavera, a mais formosa estação do ano, coma voluptuosi=
Acto de honradez
Do nosso amigo sr. Alfredo
da Silva Girão, da Cava, reces
bemos a seguinte carta com pes
dido de publicação :
«Tendo uma filha minha pera
dido uma pulseira de ouro quan
do vinha em viagem de Lisboa
para aqui, ficou na dúvida de
que a tivesse deixado cair jna
camioneta da carreira da Coms
panhia de Viação de Sernache;
por uma locai inserta na «Cos
marca da Sertã» ficou-se saben=
do que um dos empregados da-
quela Companhia, o sr. Júlio
Mendes Delgado, a encontrara
de-baixo de um dos estofos, a-
pressando-se a entregá-la no es=
critório.
Cumpre-me pôr em evidência
êste facto, que atesta, além da
honradez do sr. Delgado e de
todos os empregados daquela
Companhia, a esplêndida orga-
nização dos seus serviços, inte-
ligentemente dirigidos e orienta-
dos pelo distinto gerente Exmº
Sr. António Nunes da Silva Ma-
ta. Aproveito a presente para
testemunhar os meus sinceros
agradecimentos àqueles dois se-
nhores>,
rop
Assistência Social
A convite do ilustre Governas
dor Civil do distrito, devem reii-
nir-se, em Castelo Branco, no
próximo domingo, os Presiden-
tes e Vice-Presidentes das Cã-
maras Municipais, Provedores
das Misericórdias e Directores
das Casas de Beneilcência para
tratar do complexo problema da
assistência social no nosso dis.
trito, em conformidade com a
orientação exposta pelo sr, Sub-
Secretário de Estado da Assis=
tência na última retinião dos Go-
vernadores Civis em Lisboa,
HO
Prevenção
Joaquina Maria, casada, pro-
puletária, moradora no Rio Fun=
deiro, Ireguesia de Dornes, con-
celho de Ferreira do Zêzere,
previne o público de que seu
marido, Francisco Alves, sofre
de alienação mental; e por isso
aninguém é licito fazer negócios
com êle, nem ela se responsabi=
liza por negócios que êle faça
ou dívidas que êle contraia,
Rio Fundeiro, 27 de Fevereiro
de 1941,n dade dos seus dias em que ag
flores desabrocham por tôda a
parte acariciadas por uma brisa suave e inebriante