A Comarca da Sertã nº235 13-03-1941

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-—- FUNDADORES -—
— Pr. José Carlos Ehrhardt —

— António Barata e Silva ——
»Dr. José Barata Corrêa e Silva

Eduardo Barata da Silva Corrêa,

Angelo Henriques Vidigal — )

Composto e Impresso)

PELO Ministério: da. Econo-

mia vai ser publicado um
decreto mandando proceder,
no País ou no.estrangeiro, q

inquéritos, estudos técnicos e|

ensaios de matérias primas
que forem julgados necessá-
rios À reorganização e ao de-
senvolvimento industrial. Para
à execução desta disposição
poderão ser designados técni-
dos dependentes do referido
Ministério ou requisitados de
outros sentiças do Estado on
contratados tecnicos -de reco-
nhecida competência estranhos
aos serviços do Estado, nacio-
nais on estrangeiros.
v Pretende-se evitar, tanto
quam possível, a importação
e matérias primas e produtos
indiistriais do . estrangeiro,
porque ela cónstitue um pesa-
díssimo encargo para a econo-
mia do Pais, de que devemos
procurar libertar-nos e, assim,
criar novas condições de acti-
vidade, aumentar a riqueza e
proporcionar. uma, vida mais
desafogada, ao mesmo tempo
quese garante trabalho-a mui-
tos- operários, cujo número
esce continuamente, ds
Portugal tem tôdas as con:
dições para se transformar!
bh «importante. país vindas
rial, dispondo de recursos
que lhe permitem fugir à im»
portação de muitose variados
produtos; assim, o «aumento:
da capacidade produtiva das
fábricas existentes e à orga-
nização om instalação de on.
tras, até agora desconhecidas
entre nós, permitirá o desafôs
go da nossa situação econó-
mica, pondo, sem receio, ao
sen serviço, avultados capitais
munraarir inactivos
on exclusivamente empregados
na agiotagem e na usura,
Na exploração das’ quedas
de dáegna, quer dizer no apro-
veitamento da hulha branca,

– o -Pals-encontra mexgotáveis

recursos; para desenvolver ‘e
criar tôdas, as indústrias de
qRº CARR pnoduo ;

ore

Not Ê
No corrente ano devem ficar
“concluídos os’edifivios par.
talação dos serviços dos
« T. nas vilas de Santa

ta Dão, Tondela e Nelas, |

ara o que já foram concedi-
das, respectivamente, as verbas
de 200, 146 e 95 contos.

vol atribuido exclusivamente
“ “ao sr. Ministro das Finan-

“pas decidir sôbre q aceitação

de heranças, legados e doa-

E ções instituídas própriamente
“a favor do Estado, ou de qual.

quer dos seus serviços, esta
belecimentos ou organismos.
SEGUNDO informa o nosso

presado correspondente do
eira, um homenzito do

Imprensa Regional situa-se no

viver das províncias como uma

necessidade imprescindível. Ex-

prime a voz dos campos, das
serres e do mar em gritos de consciência;
disciplina etrabalho, Pede justiça e faz
justiça na medida das suas posses com a
difusão das suas palavras eloquantes é
vivas: Está ligada, por definição e impe-
rativo existencial, à Terra e ao Homem,
Os motivos políticos dissolventes, que ou-
trora lhe deram má fama e que inda hoje
se divisam,. aqui e-ali, como brotoeja tei-
mosa, cederam, geralmente, co-lugar. ao
amor das coisas sérias.e ás realidadoe vi-
tais de quem trabalha des | & sol, igno=
rado e paciente, pelo bem supremo desta
Pátria por desgraça ainda corroída por
toupeiras e pigmeus .

— A Imprensa Regional faz parte inte-
granto da vida portuguesa, já como difu-
sora do movimento do Espírito, já como
intérprete de necessidades: locais que: a
Manha burocrática qu asjalcavalas de ca-
ciques entravam é desvirtuam. Pela suá
própria energia e pelo trabalho dos seus
obreiros; cuja vocação jornalística se filia
exclusivamente: nos: superiores interôsses
nacionais, conquistou independência fun-
cional, doutrináriass objectiva, separan-
du-se para sempre, livre de;saiúdades, far-
ta de subalternoidades, da imprensa vc=
nenosa, internacional, mercantil, usurária
que, por mentira e injúria, se intitula
«grande»! Entro uma e outra não há re-
lações de complemento, nem de continui-
dade profissional. Tsto prova, até ao fas-
tio, até Bo nojo, 0 quanto a primeira so
[consubstanciou nos hábitos do País, faz
bparte-das suas necessidades, ea segunda
se afastou dos seus deveres elementares…

Há-de fazer-se um dia a sua história.
Os processos escuros e as misérias sociais
(de subôrno e violência virão à superfíoio,
à luz, para elucidário de papalvos. Dei-

“| zemos isso… Até lá, prosuremos cuidar

da Imprensa Regional, conservá la,’ de-
isenvolvê-la, protegô la e; lJegalizar-lha as
‘atribuições, num plano de justiça mereci-
ida, embora tardia, |

|, Visto que escritores e homens de pen-
jsamonto lhe, reconhecem, unacimemente
o valor, sem esquecer 08 políticos incluin-

IMPRENSA BEGIONÁI9OO A!
“o Mo comproninciano amigo e beirão intemerato que é Antônio Rodrigues. Cardoso
=== |

“do o Chefe do nosso Govêrno actual, cerremos fileiras na defesa desta Causa, que:
é nossa e do País, até lhe conseglrirmos
uma lei orgânica adequada (1). E; pára
norma, vêm muito apropósito estas pala
vras do comprovinciano ilustre que é
Rolão Preto :

«A Imprensa, pelos recursos cada
vez maiores que póssui e pela influência
cada vez mais vasta que alcançou, é hoje
um órgão poderosíssimo da opinião públi-
ca, Como tal tem de ser considerada pela

Revolução, dando-se-lhe no quadro da-So-

ciedade e-do próprio, Estado. uma posição
e uma orgânica. Posição que lhe assegu-
re à independência; orgânica que lhe co-
ordene as funções dentro-do- interêsse ge-
ral da comunidade («Justiça», 1936, pág.
102)

Em regra, a Imprensa Regional vive
hoje com insuperáveis dificuldades. Mui-
tos“ dos seus Órgãos rediziram o seu for-
mato a duas páginas para resistiremà
ganância infrene dos armazenistas o fa-
bricantes de papel, Mas, assim, q que in-
terôsso ficam tendo? Os assinantes fugi-
ram e a derrocada final não tardará…
E preciso contar com oútrás barrreiras
difíceis de saltar: franquia postal, obri=
gações profissionais perante os Grémios,
salários minimos, encargos tributários, eto

* Que tudo isto leve os detentores, di
rectores e colaborados daiImprensa Re-
gional a ponderar enquanto é tempo…
Lá muito longe, na Asia, na A’frica e na
Europa estiiran granedas: os canhões
troam, 08 barobs de guerta pirateiam e…
dos ares chove mmetralha ! Saibamos nós
procurar ém nós mesmos.a fôrça coesiva
suficiente pára nos organizarmos em paz,
na paz de Cristo, e resistir vitoriosos aos
fremitos de gula que nos espreitam para
dos nossos dsforços intelectuais desinter
ressados em prol da. Pátria. arrancarem
dentada suculenta! e |

; “am
co ceomanstorge! Vorneg..

U)=Essa lei revogatá $ Jegalidade injasta. que
originou o actaal Sindicato de rrálistas,-porque ele se
baseoa em factor contrário-àverdade-e ao Interesse nas
cional dos portagaeses. lg

“negociante de gado é|

peles, e que, por ser coxo, cos-
fuma andar de burro, foi snr-

ide Fevereiro numa das suas
viagens; a violência do vento
levantou o animal ao ar, a
respeitável.altura, e com êle a
cavaleiro, que se agitentor na

como: destemido… piloto. *
Um gerico transformado em

avião estava fora de tôdas.a:

previsões de Júlio Vernel

ipreendido pelo ciclone de 15 .

sensacional digressão abrea,

Menor desaparecido |

sa ter desaparecido da residên-
cia de seus pais, no Vale da Ur-
sa, daquela freguesia, em 6 de
Janeiro findo, o menor Joaquim
Fernandes, de 15 anos, filho de
Manoel Fernandes e de Júlia Ri-.
beiro Louro. O desaparecido tem
um sinal ao pé dum ôlho e ives-
tia fato de surrobeco amarelo e,
uma carapuça, nf)

Informam de Sobreira Pormo- ||

Procissão dos Passos

Realiza-se no’próximo dia 28
a procissão dos Passos, o que já
há anos não sucedia.

Para que as festas dos Passos
e da Semana Santa tenham êste
ano o máximo esplendor, é ne-
cessário -que-tôda a gente, de
harmonia com as suas posses,
concorra com Os seus donati-
vos Como se sabe, as despesas
são muito avultadas,

o DIRECTOR, ÉDITOR E PROPRIBIARIO a TA
3 Eduardo Barata da Silva Cantia TIP. PORTELLA FED
O) E REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO —— CASTELO
é RUA SERPA PINTO-SERTA eta,
— TELEFONE
ke PUBLICA-SE ÁS QUINTAS FEIRAS 112
“ANO VW | Hebjomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarea da Sertãr concelhos de Sertã | e er E
Nº 235 Oleiros, Proença=a= Nova e Wila-de Rei; e frequesias de Amêndoa e Gardigos (dó concelho de Mação) | 1944

 

vo viá lápis

ACABA de ser posto à venda,
em elegante edição, um
novo livro do consagrado es-
critor e jornalista João Paulo
Freire— «Por que triunfa à
Inglaterra»—que à crítica tem
merecido os melhoresvelógios,
«Porque trianfa-a Inglatera
ra» é uma obra de erudição
histórica e; além disso, um
estado magistral que’se pros
põe seguir passo a’ passo q
evolação da nação inglesa no
desejo de atingir um fim sãe
premo acima de tódas as die
vergências reais.

A guerra actnal tem sugério
do; elementos apreciáveis de
estudo aos homens de letras,
é um campo aberto às idéias e
manifestações de espírito, é
Bm tema que se renova dia «à
dia-por virtude das evoluções
do conflito, apresentando, ase
sim, -um–interêsse constante
sob os mais diversos aspectos:
político, social, científico e

moral,
HO

CANTAMOS estrofes a Mars
ço, mas por arrependidos
damos’a nossa prodigalidadel
E’ que ele fez-nos uma figal
O dia 1.º foi, realmente, pris
maveril, de um sol ameno e des
lícioso, como a ananciar-nos
radical mudança de tempo, o
do inverno aborrecido, ‘por à-
egreste, que temos suportado

mas pouco depois voltou a
chuva enfadonha e até um frio
intenso de que não reza o bor-
da de dágua…

Para cúmulo fomos mimos
seados com um pequeno fura
cão, na 6.º feira, acompanha-
do de granizo, o que estava
fora de tôda a expectativa;
mais umas telhas que se desu
pedaçaram, mais umas drvo»
res lançudas a terra, decerto

to-sinistro ciclone de Fevereiro
eque agora viram o fim do sen
sofrimento, da sua agonia…

ease… .
AS grandes neves das serras
h têm obrigado os lobos a
descer aos povoados à cata de
alimento. Às feras, acossadas

‘I pela” fome, atatam, indiferens

temente, homens e animais,

O nosso correspondente do
Nesperal diz-nos saspeitar-se
que os lobos rodeiam aquela
aldeia durante a noitee o facto,
a- dar-se, não é estranhável;
mas’ali para os ladosdo Tros
viscal e mais para cima, no
Alto da Serra, é que eles de-
vem abundar, tornando-se um
perigo para quem por lá pas
se desprevenido.

Era agora uma oportanidas
de excelente para os caçadores
da região fazerem ama bati
da, adextrando-se na pontaria
e ao mesmo tempo prestariam
um inestimável benefício aos
lavradores, que devem permas-
necer em constante sobressalto
no receio de verem dizimados

hos seas rebanhos,com uma paciência de Job; .

apontadas impredosamente pés ‘amente pés ‘

 

@@@ 1 @@@

 

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ção. Postais com vistas da Sertã
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Castelo Branco 9.00
Sobreira Formosa ll-.00 1I-lo
Proença a Nova 11-30 11.40
Sertã 12-50 13-00
Sernache do Bonjardim 13-20 15:53
Figueiró dos Vinhos 14-15 14-24
Coimbra 16-45

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CHEG. PART.

Coimbra 1150
Figueiró dos Vinhos l4-05 14-25
Sernache do Bonjardim 15-07 ló-lo
Sertã 15-30 15-30
Proença a Nova 1624 16 35
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da região de ===
SER TÃ E SERMACHE DO BOMJARDIM
são vendidos no máximo da puroza,
por serem solecoionados esorupu-
losamonto da produção própria
As boas donas de casa devem experimentar. — Tôdas as pessoas
que se interessam pela sua saúde devem procurar esta casa

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Companhia Viação de Sermache, Lima

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LISBOA — ALVARO

Carreiras entre Sertã-Lishoa, Sertá-Alvaro e Sertá-Pedrógão Pequeno

HOS DOMINGOS ÁS SEGUNDAS FEIRAS
H.M. HM.
SAÍDA DE LISBOA 6,30) SAÍDA DE ALVARO 15,40
Chegada a Santarém 9,15) Chegada Ro apteira dei,
> er
Saída 9,20 Saída 17,30
» Pernes 10,00 » Sermche 17,50
» Torres Novas 10,35 Saída 18,00.
> Tomar 11,20 » Ferrolra do Texera 18,55
> Fomirado leer 11,00 ar Saída o
» — Sernache 13,00 » Torres Novas – 20,25
» Sertã 13,20 ». Renee im
Saída 14,00 a antarém 140,
» Cesteiro 15,05 Rn cantaxo, 22,10
» Vila Pranca 23,10
> Alvaro 15,15 E Lisboa 0, 10

Foram estes horários -estabolecidos de harmonia com as necessidades da região, evitando
assim um menor dispendio de tempo ás pessoas que os seus afazeres chamam à Capital, pelo que
esta Companhia espera que os seus clientes correspondam a mais esta vantagem, não: deixando
de otiizar os sous carros.

Garage om Lisboa: — Avenida Almirante Reis n,º 62-H
Telofone, 4 5503

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“A Comarca da Bertã

-trabalhos de construção da

DRE LD 9 a dy

“a paz, a saúde, o sossêgo do es-

| Quoro fazer melhor venda dos
e rodutos da sua indústria ?

Construção da estrada do
Seixo a Santa Rita
(Freguesia do Castelo)

Informa-nos a Comissão de
Melhoramentos do Seixo que os

estrada do Seixo à Santa Rita
continuam lentamente só com o
braço do povo, porque os dona-
tivos têm sido muito diminutos.
– Está a Comissão nao
pelo auxílio, já prometido, da
Ex.”º Câmara Municipal do con-
“celho, sem o qual não será pos-
sível levar a bom termo a cons-
trução da estrada; se tal auxílio
faltar poderão considerar-se in-
trutiferos todos os sacrifícios e
gastos feitos até agora. Uma no-
va dificuldade surgiu à Comis-
são : em consequência do tempo-
ral ficou inutilizada uma parte
dos trabalhos efectuados.

Não obstante tôdas as contra-
riedades, a Comissão conta com
o auxílio oficial e particular para,
dentro de poucos meses, dar por
findos os trabalhos em que se
empenha com tanto afinco. À êles
preside a idéia de tornar reali-
dade e que durante muitos
anos não passou de uma utopia;
e o povo daquela área tem direi-
to a ver realizadas as suas mais
legítimas aspirações.

“Há a registar o recebimento
de mais os-seguintes donátivos
para as obras de construção da
estrada:

« Da Ex”* Companhia de Via-
ção de Sernache, Ld.’, 200300;
do Ex.” Sr. José Rodrigues
Prieto, da Praia das Maçãs, 1508;
e dasr.* D. Conceição dos Re-
médios de Lisboa, 10800, To-
tal, 360800,

Hospital da Sertã

Subscrição aberta pela «Co-
» missão dos Amigos do Hos-
* pital da Sertã», em Lisboa,
+ para a compra de material
– Glrúrgico :

Transporte, 1.700800. Ex.Ӽ
Sr. Isidro Farinha da Silva, 508;
Ex.ȼ Sr. Isidro Pires da Silva,
50800; Ex.=º Sr. Joaquim Duarte
Pigueira, 50800; Ex.”º Sr. José
Lopes Ribeiro Tavares, 50$00,
– À transportar, 1.900800,«Emseara alheia

-» O vale de Santarém

* Cá estâmos num dos mais be-
fos sítios da terra: o vale de
Santarém, pátria dos rouxinois e
das madresilvas, cinto de faias
belas e de loureiros viçosos, Dis»
to é que não tem Paris nem
França, nem terra alguma do oci-
dente stnão a nossa terra, e vale
bem por tantas coisas que nos
faltam, ;

– O vale de Santarém é um dês-
tes logar s privilegiados pela na-
tureza, sítios amenos e deleito-
sos em que as plantas, o ar, a
situação, tudo está numa harmo-
nia suavíssima e perfeita; não
há ali nada grandioso e subli-
me, mas há uma como simetria
de côres, de sons, de disposição
em” que tudo quanto se vê e se
sente, que não parece senão que

pírito e o repouso do coração
devem viver ali, reinar ali um
réinado de amor e benevolência, |

As paixões más, os pensamen-
tosmesquinhos os pesares e as vi-
lezas da vida não podem senão
Tugir para lo;:ge, Imagine-se por
ab o E’den que o primeiro ho-

em habitou com a sua inocên-
cia e com a virgindade do seu
coração,

cos rienrme nda ca tantas

Garrett

“artigos do seu comércio

“+ Gustando uma insignificância,

Através da Comarca

(Noticiário dos mossos correspondentes)

PEDRÓGÃO PEQUENO, 5 — Subscrição aberta pa-

ra a construção dos ramais da Arrochela e Bravo:
Transporte, 5.925$00. Manuel Martins de Almeida,
Arrochela, 200$00; Joséfa Antunes da Silva, Arrochela,
100$00; e de vários subscritores residentes em Lisboa:
Faustino Martins Leitão e Manuel Martins da Silva,
1.000$00, cada um; Angelo Antunes da Silva, 100800; Ja-
cinto Gomes e Libânio Antunes, 20800 cada; Prancisco Ba-
rata Dias, 10800; Albano Martins, Manuel Domingos da
Silva, Júlio Sequeira, Albano Sequeira, António Alves,
Afonso Laís Martins, Alexandrino Marques Rocha, Antó-
nio Antunes, Ramiro Antunes Fernandes e José Armando
da Silva Gorão, 5800 cada; Vergílio Alves, Acácio Barata
Ribeiro, António Martins, António Rodrigues Dias, Manuel
da Costa e Hilário Sequeira, 2850 cada; A transportar,
—Segundo as informações que o Regedor desta Fre-
uesia, Sr. a Antunes Xavier colheu junto dos proprie-
ários, o recente ciclone arrancou 180.800 pinheiros, 990
oliveiras, 20 sobreiros e 300 eucaliptos e árvores diversas,

CARDIGOS, 2 — O sr. Francisco Martins da Silva
Tavares propõe-se mandar construir, a expensas suas, um
rico altar em madeira num dos recintos laterais da igreja
matriz, E” digno de aplauso este gesto daquele filho de
Cardigos que desta maneira quere patentear o seu amor
pela sua terra natal,

É —Durante o temporal o sr, Vigário P.º Manuel Fi-
lipe, para conseguir celebrar ao meio dia, teve de fazê-lo,
acompanhado de uma umbela, tal era a chuva impetuo-
sa, que caía no interior da igreja,

Exoursão á Fábrica de Renova

Há poucos dias saíu de Cardigos em digressão à
fábrica de papel de Renova (Torres Novas) uma camione-
ta com vinte quatro excursionistas, que voltaram satisfei-
tissimos, constando-nos que se projectam para a próxima
primavera novas digressões ao mesmo local, com maior
número de passantes.

As belezas do sítio, a imponencia da nascente do
rio Almonda a despenhar-se da barragem em cambiantes
aurnfeendentas e que dá energia á possante turbina que
acciona e movimenta os variados e complicados maquinis-
mos da fábrica, e as atenções e a afabilidade dos proprie-
tários que lá se encontravam, encantam sobre maneira
os componentes da excursão.

A fábrica estava em plena laboração, e eles tiveram
ocasião de admirar, em pouco tempo, as fazes porque pas-
sa O fabrico, nos seus variados e curiosos aspectos e trans-
formações, a começar no farrapo despresado e inutil, até
á folha de papel que pode chegar ás mãos mais dignas e
repeitáveis. A tudo assistiram, Viram as grandes mós que
trituram a matéria prima, a calda leitosa, a sua passagem
rs feltros e maquinismos, a solificação e a secagem,

iram a perfeição do papel rivalizando com os mais pro-
gressivos nacionais e estrangeiros em rolos infindáveis.
Admiraram o trabalho rítmico da cortadeira, a dobragem,
a embalagem, tudo metódico e admirável.

Viram tudo em poucas horas, que no trabalho da
fábrica representa muitas toneladas de papel, pronto para
o consumo do paíz e do estrangeiro, para onde muito é
já transportado.

Efoitos do ciolonao

Cardigos tambem sofreu as consequencias do ciclo-
ne que devastou o paiz no dia 15 do mês passado.

A invernia aspérrima e continuada que no actual
ano nos tem victimado, abaixamento de temperatura, ne-
ves, frios intensos e chuvas prolongadas e diluvianas, ten-
do por epilogo o ciclone, veio agravara triste situação

dos pobres habitantes da área da freguesia

E” incalculável o número de pinheiros, oliveiras, eu-
caliptos e outras árvores que cairam por terra,

Ruiram também telhados e chaminés. Algumas casas
ficaram danificadas. ç

Era já grande a miséria na região, com a crise de
falta de trabalho, agravamento dos preços dos produtos
alimentícios. Com as calamidades a que nos vimos refe-
rindo a crise assumiu proporções enormes, não sendo exa-
gero dizer que há privações em muitos lares e desconfor-
to em muitas famílias.

A crise atenuar-se-ía com o facilitar-se trabalho em
serviços públicos, como por exemplo na estrada 52-2,º, a
partir de Cardigos, aos homens válidos.

Instamos, por isso, por providencias, que são de es-
perar, atendendo á gravidade da situação. Os prejuizos
orçam por um milhão de escudos, E

— Esteve entre nós o sr. António Barata, ilustre
Director do Distrito Escolar de Santarém. E

NESPERAL, 3 — Há dias um pequenito de 8 anos,
de nome António Bereira Lopes, filho de Wenceslau Lopes
e de Hermínia Ferreira Lopes, quando brincava com uma
podoa decepou o dedo indicador da mão esquerda, cortan=
do o completamente pela falangeta,

Mais uma imprevidência da família que deixa uten-
sílios cortantes ao alcance das pobres crianças,

—Também esta região, sofreu com a violência do
ciclone que se fez sentir no passado dia 15, Há pinhais
completamente devastados, sendo aqui, êste, o maior pre-
juizo. As oliveiras sofreram bastante, pois algumas foram
arrancadas também. Os telhados, a maior parte, foram le-
vantados, A-pesar-de tudo, nesta aldeia foram muito me-
nores os estragos, comparando ao que se lê e ouve doutras
terras, mesmo aqui próximas, Não houve felizmente ne-
nhum desastre pessoal; apenas um negociante de gado e
peles, que costuma, por ser coxo, andar num burro, foi
levantado pelo vento, mais ao burro elevando=o à altura
das oliveiras, Ao sentir-se naquela’ posição não perdeu a
calma, agarrando-se com violência ao animal e… esperou
chegar ao chão. Não ficou magoado, mas ficou com as
roupas completamente fora do seu lugar ; O chapéu desa-
pareceu para nunca mais o ver. Passou-se isto no Tojal,
pequeno lugar aqui perto, já pertencente à freguesia do

abeçudo.

Prenda notado a existência de lobos, aqui; já há
várias pessoas a queixarem-se de aparecerem as capoei-
ras ar badas e o p de coelhos, galinha
ovelhas e cordeirinhos. Algumas pessoas afirmam ter vis
to de volta das suas capoeiras aquêles animais; não sabe-
mos, se de facto são ou não lobos, mas a verdade é que
em redor das capoeiras já assaltadas vimos pêgadas de
animais, parecidas com as dos cãis, mas de maiores di-
mensões. Anda tudo apavorado, inclusivé as crianças.
Também há quem se queixe de que as portas de algumas
residências teem sido experimentadas, pretendendo arron-
bá-las; não sabemos ainda quem serão os autores desta
proeza, E

e anunciá-los na «Comarca
ortão, py ,

DECLARAÇÃO

O Director do semanário «A
Comarca da Sertã», notificado
para declarar terminantemente,
por escrito, se a frase <A impa-
nidade de um crime leva mui-
tas vezes à prática de outro
crime como represália», conti-
da na secção «Através da Cor
marca», como parte de uma cor-
respondência procedente da Ma-
deirã, inserta no n.º 232, de 20
de Fevereiro findo, diz ou não
respeito à Autoridade Adminis-
trativa e Julgado Municipal, am-
bos do concelho de Oleiros, des
clara terminantemente :

1.º — Que a aludida frase e
quaisquer outras da mesma local
não implicam difamação ou in-
júria para a Autoridade Adminiss
trativa e Julgado Municipal, am-
bos do concelho de Oleiros, ou
para quem quer que seja;

2.º — Que o correspondente
tlêste semanário na Madeirã é
uma pessoa de carácter incon-
cusso, de absoluta honestidade,
prcapái de injuriar seja quem
or;

3.º — Que, se o Director dêste
semanário houvesse verificado o
propósito de ofensa ou insinua.
ção difamatória na frase referi=
da, não teria permitido a sua pu-
blicação;

4º — Que o autor da notícia
pretende simplesmente dizer que
um crime não reprimido pela
autoridade — porque a esta não
foi dada a devida participação
em forma legal ou à mesma au-
toridade deixaram de ser facul-
tados os necessários elementos
para conveniente procedimento

|— pode dar origem a que a mes-

ma vítima venha mais tarde, poruma. forma ilegal e, por isso,
merecedora de reprovação, a
exercer qualquer revindita con-
tra o executor do crime,

Sertã, 6 de Março de 1941,

IO Director de «A Comarca da Sertã»

Eduardo Barataida Silva Corrêa
erros

KH Bulgária

A Bulgária, de que agora tan=
to se fala por virtude da sua ocu=
pação pelos germânicos, é um
país sêco, difícil de agricultar,
pouco produtivo e com um clima
caracterizado por grandes varia=
ções de temperatura e invernos
assás rigorosos, A Romélia O-
riental, dotada dum mais tempe
rado clima, por estar abrigada
pelos Bálcãs, é também mais
fértil do que a Bulgária proprias
mente dita, sendo um dos mais
valiosos produtos do país as ro=
seiras, de que se faz a excelente
essência de rosas, tanto em uso
entre os povos orientais,

As cidades principais são So=
fia, Filippoli, Varna e Rustchuk,

Os búlgaros, povo bárbaro de
raça finense hoje eslavisado, vie-
ram das margens do Volga esta-
belecer-se ao S. do Danúbio no
século VII, Submetidos mais tar=
de à dominação otomana, conse-
guiram em 1878, pelo tratado de
Berlim, ter govêrno próprio e
paqniniadação, autónoma, sendo-
lhe em 1 anexada a Romélia
Oriental. Em 1908 o príncipe
Fernando | (da casa alemã Saxe-
Coburgo» Gotha), impulsionado

elo seu povo, proclamou em

irnovo, antiga metrópole do

aís, a plena ind dência da
Bulgária e a sua elevação à ca-
tegoria de reino. Os búlgaros
professam a religião ciomática.

Vida Nhilitar
Guarda Nacional Republicana

Pelo Comando Geral da G. N. R.
foram avisados, por intermédio da Cà-
mara Municipal, para comparecerem
no quartel das Janelas Verdes, em Lis-
boa: no dia 18 do corrente, pelas 9 ho-
ras, o soldado Angelo Martins, mo
466/37 do R. I. 15, residente na fregue-
sia de Pedrógão Pequeno; no dia 17,
pelas 9 horas, o soldado Joagulm Lo-
pes, n.º 541/37, do R. I. 15, da fregue-
sia do Carvalhal; no dia 15, pelas 9
horas, o soldado José da Mata n.º
604/37, do R. 1. 15, da freguesia da Er-
mida ; e no dia 15, pelas 9horas, o sol«
dado Joaquim Caetano, n.º 746/37, do
R. A, L. d, dos Carvalhos, freguesia do

“Castelo, os três primeiros a-fim-de se-

rem submetidos a exame para soldados
provisórios e o último para ser subme-
tido a novo concurso, devendo todos
apresentar-se com as suas cadernetas
militares,

Convocações

Foram convocados para a Escola de
Recrutas do Regimento de Cavalarla
8, em Castelo Branco, devendo apre-
sentar-se até às 9 horas dos dias 20 a
23 do corrente, as seguintes praças:
António Fernandes, filho de Guilherme
Fernandes e Maria Luíza, da Herdade
e José Luiz, filho de João Luiz e Gul-
lhermina Marta, do Castanheiro Peque-
no, No caso de faltarem são consideram
dos desertores nos termos do Código
de Justiça Militar.

Foi convocado para a Escola de Re-
crutas do Reg. de Inf. 15, onde deve
comparecer dos dias 20 a 23 do correns
te, Amadeu Dias Rodrigues, Consta que
reside em Paio Mendes, concelho de
Ferreira do Zêzere,

1.º turno de Encorporação

Chamamos a atenção dos mancebos
apurados em 1940 e que fazem parte
da primeira encorporação; esta efectuas
-se de 20 a 23 de Março corrente,

ue fal à Junta

de Recrutamento devem comparecer no

Distrito de Recrutamento e Mobiliza-

ão n.º 15 para serem inspeccionados
e 20 à 23.do corrente,

Tribunal Judicial

Movimento de Fevereiro

Distribuição : 3) Inventário orfanom
lógico por óbito de Maria da Conceix
ão, Eirigo, vindo do J, M, de Oleiros;

0) Acção sumaríssima em que é au-
tor Abílio José de Moura, Pêso e réa
César de Oliveira, Cimo Valongo; In=
ventário orfanológico por óbito de,
António Cardoso, Meia Martins, S.
Pedra do Esteval; Dito por óbito de:
António Pires; Estevez, Peral; Carta
precatória para notificação e declara
ções, extraída da execução por cas-
tas que o Mo P,9,6.3 Vara da comar-
ca do Pôrto, move contra Jálio Delga=
do; 15) Inventários orianológicos por
óbito de: Carlos Nanes. Moagaeira,
Sertã; Emília Gaspar, Ribeira, Fan=
dada; José Albino da Silva, Orgueira,
Vila de Rei; António Gomes de Oll-
veira. Pêso; Alberto Gaspar Dores,
Cabeça do Poço, Fandada; Albertina
Baptista Alves Nogueira, Vila de Rel;
Maria de Jesus, Seada, Vila de Rei;
Carta precatória para arrematação,
extraída dos autos de execução por
custas que o 1.º P.º, 1.º Vara de Lis»
boa, move contra Domingos Carga=
leiro, Rabacinas, Montes da Senhora;
Dita para declarações de cabeça de
casal, extraída do inventário oriano-
lógico por óbito de António Fernan=
des, comarca da Figueira da Foz, em
que é Inventariante Guiomor Maria
Veneranda, Proença-a-Nova; 17) Rex
ção especial de expropriação por ati=
lidade pública em que é expropriante
a Junta Autónoma de Estradas e ex
priados Luiz Ribeiro Sebastião e oum
tros, Catraia Cimeira, Montes da Sex
nhora; 20) Execução fiscal em que é
exequente a Junta Nacional do Azeite
e executado João Mendonça, Montes
da Senhora; Inventário orianológico
vindo do J. M* de Mação por óbito de
António da Costa e mulher Maria
Vitória, Vales, Cardigos; Dito por óbi»
to de Maria Ana, Casas da Ribeira,
Cardigos; 27) Acção sumaríssima em
que é aator Vicente Baptista dos San=
tos, casado, comerciante, Vila de Rei
e réas Gaílherme Féliz da Silva e ma=
lher Emília de Jesas, proprietários
Azenha Cimeira.

HO
Vales Postais e Telegráficos

Foi publicada uma portaria
elevando a 3.000800 o máximo
do pagamento de vales postais
e telegráficos em tôdas as estas
ções emissoras situadas fora das
sedes do concelho.

ro

Rmpreza de Prodatos Resino-
sos, Limitada

CONVOCATÓRIA

Ao abrigo do Artigo 181.º do
Código Comercial, são convoca-
dos os sócios da firma, EMPRE-
ZA DE PRODUTOS RESINO-
SOS, LD.º, sociedade por cotas
de responsabilidade limitada, com
sede nó logar de São Bernardo,
freguesia de Cardigos, a reunir
em Assembleia Geral Extraordi-
nária, na sua sede social, pelas
treze horas do dia trinta de Mar=
ço corrente, a-fim-de deliberas
rem sobre os seguintes assuntos;

Eleição de gerente.

Melhoramentos a fazer no
estabelecimento fabril.

Apreciar e deliberar sobre a
conveniencia du firma se agras
par com outras firmas indusa
triais de resinosos,

São Bernardo, Cardigos, 9 de
Março de 1941,

Pela Empreza de Produtos Res
sinosos, Ld.*,—Os sócios convos
catórios — António de Oliveira
Viegas Tavares e José Augas-
to de Oliveira Pires,

PROPRIEDADE

Com oliveiras, figueiras,
laranjeiras e mais árvores de
fruto, terra de semeadura e
horta regada pelo seu pó e
cava de habitação com tôdas
as dependências inerentes a
uma vivenda agrícola,

Dispõe de açude perma-
nente e fôrça motriz hidráu-
lica, que se pode adaptar a
qualquer indústria, com 25

“Pratar com Mário de Oli-
voira; Tavares — Cardigos

(Mação).

 

@@@ 1 @@@

 

“E” de todos sabido, que às | guel VIL mas com mais fortuna,

cruzadas, preparadas e despren- | Áleixo, quando estava na cadei-

didas da Europa, e principalmen:
te, das Gálias, para libertação das

dra de S.

Pedro, Urbano II. O
i qual, vendo o bem que dai lhe

lugares santos, eram uma mani- | advinha’ para a união das duas

festação espontânea de fervor e
ao mesmo tempo dé espírito in-
dividuaiísta que se vinha acen-
tuando desde o século IX, nas
almas bem intencionadas e se-
dentes de amor divino, procu-
rando porem-se em contacto com
Deus da maneira mais directa,
alastando-se por isso muitas ve-

zes da colectividade da Igreja, a |

“cristandades, em Clermont falou

‘eloguentemente da profan ção das
igrejas de Jerusalém, dos pade-
cimentos aos habitantes e pere-
“grinos e dos perigos que esta
vam iminentes sôbre Constanti-

‘nopia e todo o Ocidente, termi-

“nando“por’instantemente, convi-
dar todos á guerra santa.
Foi. contra êste perigo, e em

mais perfeita manifestação de re- | resposta a éste apélo que se le-

ligiosidade cristã.

Queriam patentear o amor pu-
ro e genuinamente cristão que
finham a Deus, e por isso à voz
dum pregoeiro mais atrevido e
arrojado todos se uniam, para,
em massa. expulsarem os infiéis
dos lugares santificados pela pre-
sença do Senhor.

vantaram às cruzadas, verdadei-
!’ ras explosões de heroismo cris-
i’tão, excitado por vários prêga-
‘dores entre os quais Pedro o
“Ermita, que muitos dizem ser
franciscano — como se S, Fran-
cisco já existisse! —.
Aos que partem para terras
longínquas para libertaremo San-

–Às cruzadas eram santas, mas | to Sepulcro, e aos que ficam ve-
apesar-disso não conseguiram | ando-lhes os feudos, concedem
atingir o seu fim principal, de- | os Pontífices muitas graças e pri-
vido, sem dúvida, a uma defi- | vilégios. Seria demasiado longo
ciente preparação, O excessivo | inumerar aqui essas graças e pri-
fanatismo, no bom sentido da! vilégios que já nos não interes-
palavra, e a ânsia de se porem em | sam, deixando o essencial no
contacto com Deus, arrastaram | esquecimento.

milhares de cristãos, para uma

Estas. mesmas. regalias que

derrocada sem igual, e para uma | eram: concedidas aos que par-

hecatombe inexplicável,

tiam em socôrro dos lugares san-

Não se atendia ás inclemên- | tos, foram concedidas no século

cias do tempo, à distância, à ali=
mentação, à idade avançada dos
velhinhos ou à tenra idade das

crianças, mas simplesmente, a-
grupavam-se, e lá iam, podemos
dizer, como cordeiros para o
matadouro, pois que com efeito,
uns sucumbiam à mudança brus-
ca da temperatura, outros ao
Cansaço duma viagem prolonga-
da, e muitos aos maus tratos dos
povos indígenas dos países por
ónde passavam.

No entanto, as cruzadas im-
pediram o avanço do maometis-
mo no Império do Oriente que,

– não tinha condições de resistên-
“cia, sendo ao mesmo tempo, o
primeiro embate da Europa cris-
tã armada contra os turcos,

Os muçulmanos depois da
morte de Mahomet (632), cami-
rham vitoriosos pela Pérsia, vin-
do até à China; conquistam a
Siria, e invadem a Africa, su-
bindo até ao norte; passam à
Peninsula Hispânica onde encon –
tram’ a resistência dos visigodos,
cuja monarquia está agonizante
devido a desordens internas, as
quais lhe valerão a derrota. Em
seguida ameaçam o império do
Oriente, sitiando Constantinopla
pesto e por terra, Por outro:
ado invadem pelos Pirenéus o
império dos Franços, Não leva-
ram porém, desta vez, a melhor,
pe oram vencidos por Leão
Ile Carlos Martel.

A-pesar destas derrotas, não

esmoreceu nêles o gôsto da lu
ta contra os cristãos, indo por
isso, alargando sempre os domi-
nios do islamismo, devastando
ao longo do século IX as costas
das, peninsulas dos Balcãs e da
Itália, vindo no século X, a’pe-
netrar de novo na:França,

“A obediência da parte dos
súbditos, devida aos califas, não |
durou muito, e por isso seguiu-
se a desagregação; a qual deu
lugar à reorganização dos cris» |
tãos, ao ponto de se tornarem
fortes nos territórios sustentados,
e mesmo de reconquistar alguns,
dos perdidos,

A guerra aos infiéis, imposta
pelo Alcorão, fez com que no

” século XI, os turcomanos depois

de abraçado o islamismo, aban
donassem as margens do Cáspio

e do Aral, e se lançassem na

conquista. Foram chamados sel-
djucidas, nome derivado do seu
rimeiro chefe, Seldjuk. Estas
ncursões dos bárbaros, fez com.
que os imperadores arneaçados
volvessem olhares suplicantes
para o Ocidente, pedindo auxílio

RO Papa, Foi isto que fez, à imi«

tação do que já tinha feito Mia

XIL pelo. Papa. Celestino II a
“D. Sancho |, e foram depois re-
novadas pelos subsequentes Pas-
tores da Ipe por meio de Bu-
las e de Breves,

Em: substitiiição porém, da
Bula da Santa Cruzada, que era
a concedida nos fins da século
XII, segundo opiniões bastante
prováveis, quiz o papa Bento XV
de gloriosa e inolvidável memó-
ria, mostrar O inferêsse que tinha
‘pela. fidelidade e obediência da
“Nação Poriuguesa, concedendo»
lhe, por meio dalguns’Indultos,
muitos privilégios € favóres,

Êstes indultos que hoje em dia
‘se encontram em quási tôdas as
famílias cristãs portuguesas, re-
icordam-nos um passado longín-
‘quo, verdadeiramente cristão, e
‘cheio de sã piedade, Não. é para
admirar os espíritos fado do
passado, , porque. os houve, que
escrevo | estas) Tinha; imas/ sim
para fazer compreender o verda-
‘deiro sentido da Bula que re-
‘monta, como já se vil, ao século
TXIL.,.

Ela, é um benefício para nós
portugueses, e-não um novo en-
cargo acrescentado à tantos que
a: Santa, Igreja nos impõe, Com
a pequeníssima esmola dada ses
gundo as posses de cada um, fl-
camos isentos da lei geral, que 0-
briga a todo o cristão, membro
desta grande sociedade, a Igreja,
ao jejum e à abstinência, e con-
cede-nos ainda muitos privilé-
gios, relativos a indulgências,
| ofícios divinos, sepultura, ecle-
| slástica, “confissão e comutação
de votos, à dispensa de irregu-
laridade e dos impedimentos de
crime, às composições e aos Ora
tórios privados. Devemos notar
bem, que é condição essencial
para lucrarmos: estas. graças e
privilégios, ‘ primeiro, tomar o
Sumário Geral, sem que todavia,
seja. preciso conservá-lo, e se-
gundo; dar a esmola devida, E
também’ se requere para se go-
zarem as graças relativas às com-
posições, à abstinência e jejum
e aos Oratórios privados, que
além do Sumário Geral, se to-
mem os Sumários Especiais res-
pectivos, dando a esmola taxada.

Como vemos, não são para
desprezar estes favores que já
nos veem dos nossos gloriosos
antepassados e que mais. nenhus
ma nação tem, à excepção da
nossa visinha Espanha.

Guardemos: e honremos pois;
estes dons como depósito sagra=
do e não queiramos manchar a
nossa consciência escarnecendo
de tãorsalutares graças.

belem cota

Farto de fios das linhas tele- 1 A? MARGEM DA GU

gráficas é telefónicas

O sr. Chefe da Circunscrição |
dos C. T. T. da Beira Baixa, |
por intermédio da nossa Câmara |
Municipal, chamou a atenção dos
regedores das freguesias do con- !
celho, para o disposto no art.º,
260.º do Decreto-n.º 5.786, de
1919, que determina se proceda
a averiguações sôbre roubos de
fio das linhas telegráficas e tele-
fónicas, pois que agora êfes po-
dem dar-se com a maior facili-
dade por terem sido derrubados
os respectivos fraçados pelo ci-
clone; de tal facto resultaria a
impossibilidade de efectuar a rá-
pída reparação na devida opor-
tunidade, além do prejuíso cau-
sado ao Estado.

enero
EFEITOS DO CICLONE

A” semelhança do que fez a
Câmara Municipal da Sertã, lem-
bramos às de Oleiros, Proença-
a-Nova e Vila de Rei que seria
conveniente enviarem-nos uma
nota discriminada dos prejuísos
sofridos no arvoredo em cada
uma das freguesias,

rose
TRANSCRIÇÃO

O nosso colega «A Beira Bai-
xa> transcreveu, do nosso núme-
ro passado, a relação, por fre-
guesias, dos prejuísos causados
em árvores, pelo ciclone de 15
de Fevereiro, que nos foi envia-
da pela Câmara Municipal da
Sertã,

Agradecemos.

ea aa
QUEDA
Na 5.º feira passada, o sr, Eu-

génio Nunes, negociante de pei-
xe, desta vila, ao passar do quin-

tal para uma casa em obras, |.

pertencente ao sr. Angelo Lopes,
que dão para a rua Cândido dos
Reis, caiu no saguão, de uma
altura de cêrca de 3 metros; acu-
diram muitas pessoas, que ime-
diatamente conduziram o sr, Nu-
nes a casa e momentos depois
comparecia o sr. dr, Francisco
Nunes Corrêa a prestar socorros.

A vítima recebeu um ferimento
na cabeça e equimoses por todo
o corpo, parecendo, contudo,
que o seu estado não apresenta
gravidade.

Desejamos o seú rápido resta-
belecimento.

nro
INSTRUÇÃO

Foi criado um posto «escolar
duplo no logar das Sarnadas de
Baixo, Ireguesia de Alvaro,

— Foi colocada na escola do
Candal, Lousã, ai professora do
Outeiro da Lagoa, sr“ D. Prima
Garcia dos Santos.

rose
FEIRA EM OLEIROS

No próximo dia 25 realiza-se
em Oleiros a tradicional feira de
Março.

P.º Manoel Paírício Mendes

Encontra-se na sua casa da
Roda da Estrada, freguesia de
Sernache do Bomjardim, o nos-
so estimado assinante Rev.º Ma-
noel Patrício Mendes, Vigário
Geral da Diocese e Deão da Sé
de Macau.

Ao ilustre missionário, que há
longos anos vem dando o melhor
do seu esfôrço na detesa da Re-
lígião e da Pátria pelas terras
do Extremo Oriente, apresenta-
mos respeltosos cumprimentos
de boas-vindas, almejando-lhe,
de todo o coração, muita saúde
e um bem necessário e merecido
repouso.

Este número foi visado pela
Comissão de Censura

de Castelo Rranco

A Comarca da Sertã

E at E pgs e
O «Duque de York» novo e poderoso couraçado britânico desce a
carreira a caminho dos sete mares

Nolasalápis

(Continuação)

AS autoridades brasileiras

determinaram que dentro
de seis meses passem a ser re-
digidos exclnsivamente em
português todos os jornais e
revistas publicados, na gran-
de República, em línguas es-
trangeiras.

Dêste modo serão suprimi-
das nada menos de-vinte e daas
publicações em língua alemã e
duas em italiano, editadas no
Estado do Rio Grande do Sul,
O alcance patriótico desta
medida avalia-se em tôda a
sua enorme extensão ao veri-
ficar que as línguas estran.
geiras exercem uma influência
poderosa na desnacionaliza-
ção, sobretudo quando a pros.
paganda pela imprensa, se não
confina à literatura e às ciên-
cias,

.O Brasil vela com inteligên-
cia pela segarança do sen fa-
turo, sem que, com tal atitude,
pretenda menosprezar a cola-
boração valiosa que os colo-
nos estrangeiros — de língua
não portuguesa — lhe têm da-
do e cuja capacidade de tra-
balho vem influindo notável.
mente na prosperidade dia a
ai alcançada pela Pátria ir-
ma,

ro
Necrologia

Em 5 do corrente faleceu, no
logar do Maxial da Estrada, o
sr. António Ribeiro, de 77 anos,
proprietário, viúvo, pai do nos-
so amigo sr. António Ribeiro e
sogro do sr. Alfredo Figueiredo,
residentes no mesmo logar.

O extinto era muito conside-
rado pelas suas qualidades de
carácter ; o funeral elgctuou-se no
dia Imediato com grande acom-
panhamento

A” família enlutada apresen
tamos sentido pêsames.

rosa
Prevenção

Joaquina Maria, casada, pro-
prietária, moradora no Rio Fun-
deiro, freguesia de Dornes, con»
celho de Ferreira do Zêzere,
previne o público de que seu
marido, Francisco Alves, sofre
de alienação mental; e por isso)
a ninguém é licito fazer negócios
com êle, nem ela se responsabi-
liza por negócios que êle faça
ou dívidas que &le contraia.

Rio Pundeiro, 27 de Fevereiro
de 1941,

Casal de «Carvoeiros do Vale
do Laço»

O típico casal de «Carvoeiros
do Vale do Laço», interessantes
figurinhas do nosso folclore, exe=
cutadas com mestria pelo artista
Pedro de Oliveira para a expo»
sição realizada na sede da Pros
víncia por ocasião das Comemos
rações Centenárias, acaba dejser
oferecido, pela Câmara Munici=
pal do concelho, ao museu do
Clube Sertaginense.

E’ uma dádiva de alto aprêço,
que mais atraente vai tornar
aquêle museu, onde há expostos
objectos de incontestável valor.

HO
Manoel Pereira

Dissemos no último número
que o nosso amigo sr. Manoel
Pereira, distinto chefe da Secção
de Finanças dêste concelho, ha-
via sido transferido, a seu pedi-
do, para sub-chefe do 3.º bairro
fiscal de Lisboa.

Acompanhado de sua espôsa
e filhinho partiu no sábado para
Alviobeira (Tomar), sua terra na-
tal, onde se demora uns dias,
saindo depois para Lisboa a: fim»
de ocupar o seu novo logar,

E” com pena que vimos partir
o sr. Manoel Pereira da nossa
terra. Funcionário distintíssimo,
muito inteligente e sabedor, e-
xemplar no cumprimento dos
seus deveres, aliando a uma vas
ta cultura uma extraordinária cas
pacidade de trabalho, o sr, Pe-
reira evidenciava-se pela admi-
rável organização posta nos ser
viços que dirigia e que tem sere
vido de modêlo aos seus supe-
riores hierárquicos, O sr. Mas
noel Pereira: é além disso, mos
desto, afável, de inexcedível hos
nestidade, tendo dado, com a
maior boa vontade, o seu valio=
so esfôrço à Misericórdia, de que
foi secretário e ao Clube Sertas
ginense, que lhe devem apreciás
veis serviços,

Pessoa com tantas e tam nos
táveis qualidades tinha de cons
quistar dedicações nesta terra e
deixar salidades ao partir; é as-*
sim sucedeu de facto, O bota-fora
foi uma manifestação de simpa=
tia sincera.

Sabemos que todo o seu dese-
jo era partir para Lisboa, no in-
tuito de encontrar melhoras para
o seu filhinho, Deus queira que
assim suceda; que daqui a algum
tempo nos possa comunicar, com
alvorôço; na íntima satisfação de
pai carinhoso e efectivo, que o
pequenito está curado, E” o que

desejamos de todo o coração