A Comarca da Sertã nº225 02-01-1941

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— FUNDADORES
— Dr. José Carlos -Ehrhardt —
— Dr. Angelo Henriques Vidigal —

 

—— António Barata e Silva ——
Dr, José Barata Corrêa e Silva

Eduardo Barata da Silva Corrêa

Notas …

O | | prrgcTOR, EDITOR E PROPRIETARIO E frnpaa AA
3 Cuando Barata da Fila Coneia mo [Pri ão
= Lie REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO —— ( E q EDP
É| |RUA SERPA PINTO-SERTA e É
Era ; t , : TELE FONE
«< PUBLICA-SE ÀS QUINTAS FEIRAS t 112
ANO VW | Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comara da Sextã: concelhos de Sertã | a
los: ç ; : É | JANEIRO
N.º 225 | Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei; e freguesias de Amêndoa e-Gardigos (do concelho de Mação) | “1944

 

REGIONALISMO

A manta dos foguetes!!!
Sim, cá na Sertã, há a
mania dos foguetes!

Talvez porgue se fazem mui-
tos e bons e porque estão à
mao de semear ..

A verdade é quea Sertã é
atamada, desde há muitos
anos, pelo esmerudo fabrico
do fogo de artifício, prêso e
do ar, e ainda vive hoje muita
gente que se recorda dos tem:
pos em que saíam dagai ele-

“vadas quantidades de fogo

para festas de truz, em cele-
bração de factos importantes,
não só por essas províncias
mais afastadas, mas até na
próvria Lisboa. E os nossos
fogueteiros, de então, suavam
as estopinhas, esmeravam-se
na sua ciência pirotécnica, bus-
cando sempre novos; melhores
e mais retambantes efeitos, à
compita com os colegas; e,
por fim, era mais um prémio,
nova medalha de ouro a ates-
tar vitória, fartas encomendas

“e trabalho à mancheia para

muita gente ea divalgação do
nome da nossa terra, que aflo-
rava aos lábios do minhoto,
do alentejano e do algarvio
quando viam peça de fogo des-
lumbrante ou foguete de mil
cores de efeito mirífico.

Então não havia a concor-
rência que há hoje, nem as di-
ricnldades para aquisição das
matérias primas,

Que o Maljoga — o nosso
amigo João Nunes da Silva—
é um artista hábil, não há dú-
vida nenhnma o bastas vozes
o tem provado.

Mas não era disto que que-
rtamos tratar. O caso é ontro.

O foguete, cá nos nossos st-
tios, que não só na Sertã, pas-
sou a ser mania. Deitam-se fo-
guetes de três respostas, de
assobio, de estouro graúdo,
por tudo e por nada!

Que êle se use nas festas e
romurias, nas comemorações
oficiais, na recepção das pes=
soas gradas on ilustres que
nos visitem, está bem. Agora,
que o mancebo, isento do ser-
viço militar, deite foguetes,
que o rapaz aprovado no exa
me de instrução primária, dei-
te foguetes, já não está bem,
Já é ridiculo, cheira mal!

Isto ainda não é o pior. Mau,
muito man, mesmo, é usar o
fognete como navalha de dois

“gumes, como meio de viíndicta,

para vexar on achincalhar al-
guém que não esteja nas nos-
sas graças. E” um método co-
barde de desfôrço, am instru-
mento infame e nojento, mais
ignóbil e agressivo de que a
facada vibrada ao dobrar a
esquina!

Como, sôbre isto, não hd
opiniões diversas e sendo ne
cessário reprimir com dureza
os abusos que se vierem a dar,
evitando a repetição de actos
que já por aí se notaram
muitas vezes e que nos enver-
gonham, lembrávamos nós que,

O nosso inquérito às Juntas de Freguesia da Comarca da Sertã.

Continuação do depoimento do sr. José Ribeiro da Cruz,

digno Presidente da Junta de Freguesia de SOBREIRA

— FORMOSA (concelho de Proença-a-Nova) —

II
Imporfâncias aproximadas dispendidas na | freguesia, 800300. Pagamento ‘da renda

execução de melhoramentos

Ano de 1926 — Calçadas, exploração
de águas, reparação de caminhos, etc.,
2.000800 (subsídio recebido da Câmara
Municipal)

Ano de 1927 — Reparação do edifício
escolar 1,0008300 (idem).

Ano de 1931 — Calçadas, exploração
de águas, reparação de caminhos, ete,,

20,800300 (idem).

Ano de 1932 — Idem idem, 14 800500
(idem),

Anu de 1938 — Idem idem, 18 007800
(idem).

Ano de 1984 — Idem idem, 21 800300
(20.800300, subsídios recebidos da Câma-
ra Municipal e 500300, subsídio recebido
da Junta Geral do Distrito). Abastecimen-
to de água à sede da freguesia. 50 000300
(comparticipação do Estado, 26 173500).
Construção do 1.: trôço da E. M. de liga-
ção de Sobreira Formosa coma E N.
12-1.º, 110 000800 (comparticipação do
Estado, 59.700800). –

Ano de 1985 == Calçadas, exploração
de águas, reparação de caminhos, etc,,
38276870 (37 376870, subsídio recebido
da Junta Geral do Distrito) Iluminação
pública da sede da freguesia, 800800 (sub
sídio recebido da Câmara Municipal). Conta
trução do 2.º trôço da E M, de ligação de
Sobreira Formosa com a E. N 121,
100 000800 (comparticipação do Estado,
49,887300).

Ano de 1936 — Pagamento de renda
de casa do açvugue, BOOB00 Organização
de estudos para os quaisse pediu a com-
participação do Estado, 30 826800. Ilu=
minação pública na sede da freguesia,
800809 (subsídios recebidos da Câmara
Municipal). Construção do 8.º irôço da E,
M, de ligação de Sobreira Formosa cora
a E. N. 12-1.º, 60 000500 (comparticipação
do Estadc, 32.880800). Construção do 1.º
trôço do caminho vicinal de Sobreira For-
mosa a Cunqueiros, 90 000800 (com parti –
cipação do Estado, 47,046800).

Ano de 1937 — Construção de calça-
das na sede, 4 701340. Calçadas, explora-
ção de águas, reparação de caminhos, etc,,
4 000800. Iluminação pública da sede da

 

da cara do açougue, 500300 (subsídios re
cebidos de Câmara Municipal). Constru-
ção do caminho vicinal que ligou as po
voações de Atalaias com a E. N. 14 1.º,
75 000800 (comparticipação do Estado,
39.229875)

Ano de 1938 — Melhoramentos diver-
sos, 80 489895 Iluminação pública na se-
de da freguesia, 1,0008300 (subsídios rece-
bidos da Câmara Municipal). Abasteci-
mento de água à povoação de Oliveiras,
17.500800 (comparticipação do Estado,
9 957535) Abastecimento de águas à po-
voação de Penafalcão, 16 OC0800 (com
participação do Estado, 7 424800),

Ano de 1939 — Abstecimento de á-
guas à povoação de Atalaia do Ruivo,
20 319815 (subsídios recebidos de particu-
lares, 11.880300; comparticipação do Es-
tado, 8 439815) Execução de melhoramen-
tos diversos comparticipados pelo Estado,
subsídio recebido de particulares, 32 2902.
Melhoramentos diversos, 26 312880 (sub
sídios recebidos da Câmara |Municipal).
Abastecimento de água á povoação de
Puenriço, 14,984800 (comparticipação do
Estado, 7 814500).

Ano de 1940 — Melhoramentos diver-
sos, & 618800 (subrídio recebido da Câma-
ra Municipal) Empedramento do 1.º lan-
ço da E, M. de ligação de Sobreira For-
mosa com a E. N, 12 1.º 54.629890 (com-
participação do Estado, 22.844590). Abas
tecimento de águas à povoação de Ata
laia de Estêvão Vaz, 10.310800 (idem,
5.153800) Construção do 2º trôgo do ca:
minho vicinal de Subreira Formosa a Oun-
queiros, 96 7008 (idem, 51.9738). Abaste
cimento de águas ás povoações de: Su-
bral Fernando, 19 466% (idem, 9.7828);
Fróia, 22 048800 (idem, 11 035800); Mas
xinis: 20 27530 (idem, 11035800); Figuei-
ra, 15.123800 (idem, 7,9189300)

Bendimento do imposto de trabalho
nos anos de 1928, 1930, 1931, 1938, 1984
e 1985, 20 978310.

RESUMO
Subsídios recebidos da Junta Geral

(Continaa na 4.º pagina)

além de se exigir a apresenta- | quisesse deitar foguetes, de-

Note-se bem: prejuízos ma-

ção da respectiva e indispen- | Via fazer mma declaração por | teriais e morais.

o escrito, a entregar à Antori-
panier ui e trmedE nt dade Administrativa, tomando

Já aí se tem passado casos

Antoridade Policial, passada a responsabilidade por todos tem que o emprêgo do foguete

mediante despacho do Govêr

R os prejuízos materiais e mo» | mostra que algumas pessoas
no Civil, quem, de dra àvante, lrais a que desse cansa.

têm mentalidade de cafres!

“.- ad lápis

NO próximo dia 15 efectua-
-se, na Sertã, a tradício-
nal feira anual.

Os

TEMOS suportado um frio

glacial, que nos obriga a
mobilizar sobretudos, capotes,
camisolas de lã e tôda a espé-
cie de abafos. Dir-se-ia que es-
tamos nas vizinhanças dos
polos…

Sentimos nma irresistível
atracção para a brazeira om
para a lareira; buscamos ali o
aquecimento, uma temperatura
morna e quási embriagante,
que nos predisponha a vencer
êste frio insuportável.

Os dias são de um sol lindo,
doirado,e tôda a gente se sens
te ávida de o gozar como a
mais bela carícia que a Nata-
reza nos pode agora oferecer.

Há telhados onde a geada
não se chega a derreter, onde
os raios do sol põem cintila»
ções argênteas,

HO

UNS rapazes, sócios do Clab

Sertaginense, quizeram ora
ganizar um baile na noite do
dia de Natal. Tantas dificul-
dades lhes levantaram para q
cedência do salão, que êles ti»
veram de desistir. E não nos
parece que isto esteja bem, :

Respeitando um determina-
do número de condições que
se impõem, deve facilitar-se
tudo o que possa contribuir
pára manter o grau de rela
ções de convívio e amizade ens
tre tôdas as famílias da Sers
tã que podem fregilentar o
Club, mantendo se a sociabili=
dade que sempre aqui existin
eera digna de admiração das
quéles que para aqui vinham.
a residir on nos visitavam.

O Ciab não tem, como única
fanção, proporcionar aos só-
cios um convívio cotidiano
agradável entre si, umas hos à
ras de entretenimento pelo jô-
go ou pela leitura; am dos ;
seus fins, por certo o mais im=
portante sob o ponto de vista
social, é estabelecer a aproxis
mação entre tôdas as famílias,
facultando-lhes umas horas de
alegria uma vez por outra,
para que, assim, melhor se
conheçam e estimem. Essabona
vivência é necessária por alta-
mente educativa,

Prender-se, a gente, tom
teias de aranha, é coisa que :
deve ser banida dos nossos
hábitos, dos habitos das pes-
soas que se presam e que não
têm cabeça só para pôr o cha-

péu.

DO ENTE

Encontra-se doente, em Lis-
boa, o nosso amigo sr. Carlos
Matias, importante industrial no
Faval, freguesia do Troviscal, q

quem desejamos prontas melho«

ras e rápido regresso,

RR iframe rd PSTdo regresso,

 

 

@@@ 1 @@@

Dao cc SRT 57 TOR

António Caldeira Firmino, Chefe da Secretaria da

Câmara Municipal e Recenseador Eleito-
ral do Concelho da Sertã,

FAÇO SABER, nos termos e para os efeitos
do n.º 1º do art” 8º do Decreto-lei n.º 23.406, de
27 de Dezembro de 1988, que no próximo dia 2
de Janeiro têm inicio as operações para organi-
zação do recenseamento politico do próximo

ano, –

Assim, pelo presente, convido os indivíduos
de ambos os sexos com capacidade eleitoral
nos termos do referido Decreto, a inscreverem-
se:como-eleitores, desde 2 de Janeiro a 15 de

Março.

Para a inscrição deve-se ter em vista -os seguintes preceitos

1.º— São eleitores da Assemblea
Nacional e do Presidente da Pe-
públicas. N

A-—Os’ cidadãos portugueses do
sexosmusculino, maiores ou eman
cipados, que suibam ler é escrever,
domiciliados no concelha há muis
de seis meses ou nele exercendo
funções públicas. no dia 2 de da
neiro anterior à eleição;

11 Os cidadãos portugueses do
sexo masculino, maiores ou eman
cipados, domiciliados no concelho
há mais de seis meses que, embo
ra não saibam ler e escrever, pa
guem ao Estado e corpos adminis
trativos, a um ou a outros, quantia
não inferior a 100500 por tudos,
por algum ou alguns dos seguintes
impostos: contribuição prediul con
tribuição industrial, imposto pro-
Jfissional, imposto sôbre aplicação
de capitais, á

NOTA— À qualidade de contri=
buinte prova-se pela inclusão no
mapa enviado das Repartições de
Finanças ou pela exibição dos co
mhscimentos que a comissão eleito
ral da freguesia nverbará no pro
caso ou verbete do interessado,

1H— Os cidadãos portugueses do
sexo feminino, maiores ou emanci-
pados, com curso especial, secun
dário ou superior, comprovado pelo
diploma respectivo, Jomiciliados
no concelho há mais de seis meses
ou nela exercendo funções públicas
no dio 2 de Janeiro anterior à
eleição,

NOTA Dstak habilitações pro
vamimão pela exibição do diploma
do curso, da certidão ou da públi
ca-forma. respectiva perante aco
missão referida, o

4 prova de saber ler é escrever
tuz-se:, ,

Duo exibição de diploma de
qualquer exame público, feita pes
rante a citada comissão; ‘

b)- Por requerimento escrito, e!
assinado “pelo próprio, com reco:
nhecimento notarial da letra e as-
sinatura;’ NS ,

c)—Por requerimento escrito,
lido e assinado pelo próprio perante
a comissão aludida ou algum dos
seus membros desde que assim seja
atestado no requerimento e auten

bsédio da assistência pública ou
da beneficência particular e espe
cialmente os que estenderem a mão
à caridade;

11—Os pronunciados por qual-
quer crime com trânsito em jul
gado;

Hi— Os interditos da adminis.
tração de sua pessõo e bens, por
sentença com trânsito em julgado,
os falidos não rehabilitados e em
geral, todos os que não estiverem
no gôzo-dos seus direitos civis e
políticos;

1V— Os notôriamente reconheci
dos como dementes, embora nd 1 es
tejam interditos por sentença.

3º— As relações dos eleitores a
inscrever são orgunizadas pelas
comissões eleitorais das freguesias,

Ip elo Regedor, presid:
da, Junta e por um delegado da
autoridade administrativa do con
celho, e é perante elas que os indi-
véduos devem fazer a sua inscrição.

4º— Até 10 de Abril, os cida
dãos podem verificar em cada con
celho ou bairro se vão incluídos
nas relações referidas no número
anterior e reclamar perante a reg=
pectiva comissão do concelho, do
recenseamento, a sua inscrição com
mo eleitores,

NOTA Para efeito de recla-
mação, os interessados, de 11 a 1
de Maio, podem examinar as có-
pias dos «recenseamentos originais
afixados à porta da Secretaria da
Câmara Municipal.

As reclamações, que não podem
dizer respeito a mais do que um
cidadão, serão interpostas para os
auditores administativos nté ao dia
20 de Mnio e terão por objecto:

a) — Eliminação no recenseamen=
to dos cidadãos indevidamente inga
critos;

b)—Inscrição dos cidadãos que,
tendo requerido a sua inscrição ow
devendo ser inscritos oficioaamente,
deixarem de o ser,

5.º-— Os diplomas, certidões é
públicas formas e demais documenu
tos necessários à inscrição dos. ci-
dadãos nos cadernos eleitorais e à
instrução das reclumações, serão
obrigatória e gratuitamente passa-
dos em papel sem selo, dentro dos

 

ticado com’o’sêlo branco vu a tin-
ta de óleo da Junta,

NOTA-A inclusão dos indivt-
duos: nas “relações dos chefes das
repartições ou serviços públicos
civis, militares ou militarizados.
com indicação de saber ler e escres
ver, é prova bastante para efeitos |
de recenseamento, 7

2.º Não podem sar inscritos:

I=0s que recrberem algum su

prazos marcados no citado Decreto-
lei, mediante pedido verbal dos
próprios interessados, incorrendo
as entidades que demorarem ou
não entregarem tais documentos,
nas penalidades correspondentes ao
crime de desobediência qualificada,
6,º— Em tudo que não fôr ex.
pressamente regulado no citado
Decreto lei, vigorará na parta
aplicável, a legislação vigente.

Na Secretaria da Câmara Municipal e nas

sedes das Juntas de Freguesia, onde funcionam
as Comissões Eleitorais, dão-se os esclareci-

mentos necessários e, para geral conhecimento, |

“| Postais com vistas da Sertã

publico o presente edital, que-vai ser afixado nos:
lugares públicos do costume
Paços do Concelho, 20 de Dezembro de 1940′

Antônio Caldeira Firmino

EDITAL

Recenseamento Militar

António Caldeira Firmino,
Cheíe da Secretaria da Cà-
mara Municipal do Concelho
de Sertã:

Faz saber que todos os
mancebos que, no próximo
ano de 1941 completarem:
20 anos, e que sjam nato
rais dôste Concelh , =à
brigados à participar ne-ta
Srgretaria, durante o próxi
mo mês de Janeiro, que che
garam à idade de -s1em in
vritos no Recensean ent
Militar.

Igual participação deve
ser feita pelis pa; , tuto
um pessoas de ques e
e bos dependam q
faz público, par: o mb:
mento dus Intriess
para que quaisquer pos»
possam apresentar » esc]
recimentos que julgareu
convenientes

Sertã, 28 de Dez mb
1940.

O Chefe da Secretaria
Antonio Caldeira Firmino

 

ANUNCIO

Nos termos do art.º 19 do
decreto com fôrça de lei de
3 de Novembro de 1910 se
faz público que, por senten
ça de 6-de Dezembro de
1940, que transitou em jul
gado, foi decretado o di=
vórcio dos cônjuges Maria
de Jesus, doméstica, do Ve-
nestal, freguesia da Sertã,
e Joaquim Araujo Júnior do
Casalinho, freguesia do Ca-
beçudo, desta comarca,

Sertã, 19 de Dezembro de 1940,
Verifiquei,
O Juiz de Direito, 1.º Subst.º
Carlos Martins
O Ohefe da 8.º Secção, int.º,
Armando António da Silva

 

MATRIZES PREDIAIS
EDITAL

Manuel Pereira, Chefe da
Secção de Fi do Con-

celho de Sertã

 

Faço saber que, nos ter-
mos do artigo 14º do decre-
to n.º 2822), de 24 de Nc-
vembro de 1937, as matri-
zes prediais rústica e urba
nas deste concelho estarão
patentes paraexame dos con
tribuintes durante o mês de
Janeiro.

E para constar se passou
êste e outros de igual teor
que vão ser afixados nos lu-
gares de estilo.

Secção de Finanças d
Concelhu de Serta 23 de
Dezembro de 1940.

O Chefe da Seca ,— M.
Pereira.

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Viagem de Negócios!

 

(Uma história de há 22 anos)
IV
(CONTINUAÇÃO)

ATAQUE de ums violência
inaudita, continuou o nar-
rador, em que os alemãis empre-
garam fôrças extraordináriamente
sup riores às inglêsas e portu-
giesas que guarneciam a frente
atacada, ou sejam sete divisões
al:mãs em primeira linha e cinco
em apoio, contra duas divisões
inolesas e uma portuguesa em
primeira linha e duas inglesas em
reserva.

—4 E como se comportaram as
nossas tropas? preguntou outro
passageiro.

— Colhidas de surpresa, con-
tinuou o oficial, sem reservas
que lhes valessem, atacadas por
um inimigo nur êricamente su
perior e dispondo das vantagens
que sempre resultam da ofensi-
va, e numa fase crítica como era
a dos preparativos da rendição,
as tropas portuguesas portaram-
se o melhor que foi possível para
sslvar o brio do Exército. Re-
sistitam o mais que puderam; ti-
veram porém que ceder a um iri-
migo tam forte e aguerrido, mas
o mesmo sucedeu, apesar da su-
perioridade das condições, às tro-
pas inglesas que guarneciam os
setores vizi hos do nosso. A
dircita da 40,º divisão inglesa foi
completamente destroçada, tendo
os alemãis penetrado até Bae-
S.inteMaur. A 55.º divisão agii-
entou-se melhor, conseguindo os
ingleses retomar, em contra ata-

* que, posições inicialmente per-

didas,

Praticaram actos de verdadeiro
heroismo e abnegação.

Houve unidades que se agien-
taram até ao esgotamento das
munições; outras que só cederam
quando a maior parte dos seus
efectivos (nalguns casos a quási
totalidade) estavam fora de com-
bate, mort’s ou feridos pelo fogo
do adversário Como exemplo,
pode citar-se o major Xavier da
Costa, comandante do batalhão
d: infantaria 29, no sector de
Fausquissart, em Red Hoase:
quando viu a unidade do seu co-
mando aniquilada e portanto anu-

 

lada a sur acção como ‘coman-
dante de batalhão, juntou-se aos
poucos soldados que lhe restavam
ea seu lado combateu, até que
foi posto fora de acção, tam gra-
vemente ferido, que os alemãis,
ao aprisionarem os restos do ba-
talhão, o deram por morto! Mas,
como disse, frisou Silva Santos,
trata-se apenas de um exemplo,
porque muitos outros actos de
bravura e heroísmo se praticaram
nesta memorável batalha,

—Simplesmente admirável, dis-
se Alvaro enxugando uma lágrima
que, furtivamente, lhe deslisava
pela face.

E no nosso sector, continuou,
até onde conseguiram penetrar os
alemãis ?

— Uns oito quilómetros em
profundidade, até às proximida-
des da ribeira de La Lawe, res-
pondeu Silva Santos.

— E foram muitas as baixas
sofridas pelas nossas tropas ? pre-
guntou outro passageiro,

— Cêrca de 600 mortos e 6.600
prisioneiros !

Uma impressão de tristeza se
apossou de todos os ouvintes da
trágica narrativa. Durante algum
tempo reinou silêncio no com-
partimento.

Subitamente sentiu-se a reacção
dos freios opondo-se à acção do
vapor da máquina, a marcha do
comboio a deminuir gradualmen-
te, as linhas de desvio a repro-
duzirem-se à direita e à esquerda,
o choque dos rodados de encon-
tro aos contra-carris Mais um
derradeiro arranco e o comboio
estacou.

«.« Entroncamento! gritou a
voz cantante e arrastada do car-
regador, demora trinta mina-

4 *

Alvaro apeou-se da carruagem
e dirigiu-se ao bufete a tomar
uma cerveja, pretexto para sacu-
dir da imaginação o negro qua-
dro tam nitidamente traçado pelo
tenente Silva Santos.

Continua

CASAMENTO

No passado dia 23 efectuou-
se, na igreja matriz da Sertã, o
casamento da menina Amélia de
Jesis Lopes, da Senhora dos Re-
médios, com o sr. João Luiz,
pedreiro, do Chão da Forca.

Foram padrinhos por parte da
noiva, a sr.” D. Docelina do Car-
mo Lopes, de S. Domingos de
Carmões e seu irmão, sr. Ma-
noel Francisco Lopes, de Mer-
ceana e, por parte do noivo, O
sr. Francisco Rafael Baptista e
espôsa, da Sertã.

Os noivos ficaram a residir no
Chão da Porca,

Desejamos-lhes muitas felici-
dades.

O sa

BENEFICÊNCIA

Um anónimo enviou-nos 20800
com destino à Sopa dos Pobres,
imoortância destinada a melhorar
a sua refeição no dia de Natal.

O nosso amigo sr. Manoel Lo-
pes Júnior, conceituado comer-
ciante em S. Domingos de Car
mões, entregou-nos 30800, sendo
10800: para aquela instituição e
20800 para o Hospital,

Agradecemos, muito reconhe-
cidos, em nome dos beneficiados.

rose
Bombeiros Voluntários
da Sertã

Com destino a esta simpática
Corporação entregou-nos 20800
o sr. Manoel Lopes Júnior, de
S. Domingos de Carmões, Agra-
decemos,

CORREIOS

A camioneta que traz o correio
da manhã chega à Sertã às 10,10
horas, Dando-se o caso de, muis
tas vezes, se verificar a distri=
bilição da correspondência de-
pois das 13,30, isto é, três horas
depois, tôda a gente estranha o
facto e julga ser possível reme-
diar tal inconveniente,

O público, interessado no caso,
gostaria que lhe dessem uma
explicação.

*

Assinantes do nosso Jornal,
residentes em Angola, queixam-
«se de que o recebem com gran-
de alrazo e até — o que se torna
incompreensível — deixam de o
receber.

Não sabemos a que atribuir
estas faltas, que tanto nos pre-
judicam, mas, pelas queixas que
desde sempre temos recebido,
parece concluir se que o serviço
dos correios, em Angola, anda
muito desalinado,

rare
MISSA DO GALO

Como de costume, houve Missa
do Galo na noite de Natal, a que
concorreu elevado número de
fiéis, não obstante o tempo es-
tar muito frio. Algumas dezenas
de crentes se aproximaram da
Mesa da Eucaristia

A missa foi acompanhada a
órgão e côro por um grupo de
meninas. Os altares tinham um
aspecto deslumbrante e na cape-
la lateral esquerda foi armado

um interessante presépio,

A Comarca da Sertã

Através da Comarca

(Noticiário dos nossos correspondentes)

VILA DE REI, 19 — Numa escarpada rocha da
serra da Fóôrca, vai Vila de Rei erigir e inaugurar no
próximo dia 25 o sea padrão das comemorações cente-
nárias.

O sítio adequado para tal é bem escolhido, vendo-
se de quási tôdas as habitações desta Vila, divisar-se-á
também a longa distância.

Precedida de uma sessão solene na Câmara Ma-
nicipal e a acompanhar o brilho daquela cerimónia, vai
também Vila de Rei prestar o seu preito de homena-
gem aos dois proeminentes valtos da nossa história con-
temporânea, Sua Ex. o Presidente da República. Gene-
ral Carmona e Saa Ex? o Presidente do Conselho, Dr.
António de Oliveira Salazar, inaugarando na sala das
sessões desta Câmara os retratos dos ditos Estadistas.

Em Vila de Rei e mórmente na sede do concelho,
são ainda indeléveis os traços característicos das obras
do Estado Novo, o que não obsta a que o povo, êste bom
povo da nossa terra, qu: vê e clama pelas suas maiores
necessidades, não venha calorosamente assistir em mas-
sa e aclamar as altas individualidades a homenagear,
porque delas, na emergente situação em que se encon=
tra a Europa nos tem sido dado disiratar a paz, 0 sos-
sêgo e o conceito mandial,

— Nam dia do pretérito mês de Novembro, na ca-
pela de N, S. da Gaia, consorciou-se o sr. Rafael Cam»
pino, filho do sr. Joagaim-Nanes Campino, competentis-
simo notário em Fale com a sr.? D. Alda de Castro, filha
do abalisado clinico dr. Eduardo de Castro.

Noivo e noiva são dotados de primorosas quali«
dades, pelo qae conjuntamente com os nossos parabéns
lhes vaticinamos am iataro de ridentes felicidades.

— À tratar dam caso de venda fictícia, em que são
argúidos Laísa Maria, do Escalvadouro e João Antanes
Segando, da Aveleira, permaneceu aqui alguns dias o
agente Canha, da Policia de Investigação Criminal de
Lisboa.

Embora não obtivesse a confissão do delito, é opi-
nião geral que se dea o facto apontado,

— A Direcção da Filarmónica de Vila de Rei, nox
meoa seu Delegado ao Congresso da Federação das Co-
lectividades de Educação e Recreio, o nosso presado
conterrâneo sr, Isidro António Gaio, tenente da Compa-,
nhia de Saúde.

Por todos os motivos, a escolha não poderia ser
mais acertada,

— Na última reiinião do Conselho Manicipal, de-
liberou a Câmara dêste concelho contrair am emprésti=
mo para aplicar no abastecimento de ágaas e calçadas
da sede do concelho.

— Continuam as sementeiras do trigo e centeio,
mas devido ao elevado preço dos adabos quimicos ficam
incaltos alguns tratos de terreno, pois o agricultor, não
podendo com tal elevação, deixa de semear, o que na
PECRUÇÃO afectará bastante a economia do nosso con-
celho,

por alto preço assim como o bacalhaa, o que afect
grandemente algamas classes. *

De «A Gazeta das Serras»
ustoz

ÁLVARO, 25 — Quando brincava próximo da-sua
residência, caiu de um muro o menor José Lourenço, filho
de Aníbal Lourenço, da Póvoa da Talvinheira. Partiu um
braço e teve que ser transportado para o hospital de S.
José, em Lisboa, onde ficou em tratamento, sendo grave o
seu estado, =

«sex

PEDROGÃO PEQUENO, 25 — Regressou a Lisboa
o Sr. Américo Barbosa e Silva, espôsa e filhos que, antes
de salr, distribuiu 125 páizinhos aos alunos das duas es-
colas desta vila.

—Na sala da Janta de Freguesia houve um bôdo aos
pobres mais necessitados da freguesia. x

A Junta de Freguesia contribuiu com a importância
de 260$00 proveniente do legado «João da Cruz e Silva»,
A Câmara Municipal do Concelho da Sertã com 100800. O
Sr. João António Henriques Serra, de Lisboa, com 300800.
E o Sr. Manuel Ramos, de Lisboa, com 300$00 para os po-
bres e 50$00 para a Caixa Escolar da Escola Masculina
de Pedrógão Pequeno.

— Esteve em Castelo Branco o Sr. P.º Serafim Serra,

—Regressaram a esta vila as Exm as Srs D. An-
gela Vidigal Nunes Marinha, D. Eugénia Leite Ferreira
Vidigal e D, Maria da Luz Costa.

—Encontra-se nesta vila com sua espôsa e filhos o
Sr. Capitão Raúl Ferreira Vidigal E

o
ueçez

CASTELO, 26 — A passar as férias do Natal, acom-
panhado de sua Espôsa, encontra-se na sua casa do Cas-
telo o nosso amigo Sr. José António Fiel, distinto profes-
sor oficial em Tomar, e que no princípio do ano lectivo
foi nomeado Director da escola masculina da freguesia de
Santa Maria dos Olivais, da mesma cidade,

Congratulando-nos pela distinção conferida, aliás
justa e merecida, enviamos-lhe um abraço de parabens,

—No dia 7 do corrente realizou-se na Paroquial do
Castelo o casamento da menina Marcelina Nunes de Oli-
veira com o sr, Alberto Nunes, marceneiro, desta freguesia.

Foram padrinhos a sr.3 D. Maria de Oliveira Batise;
ta e seu esposo sr, Francisco Batista de Brito eo sr. Elias
de Oliveira, tios e irmão da noiva ea sr? D, Adelina
Fernandes.

Pelos tios da noiva foi oferecido um primoroso copo
de água, e à noite um jantar em casa dos pais da noiva.

—Regressou à sua casa da Selada a sr.* D. Maxi
mina David Fernandes, viúva do nosso saiidoso amigo sr,

— À sardinha, peixe dos pobres, é aqui vendida

Inácio Fernandes.

Es Comemorações do Natal

Na véspera do Natal a Juven-
tude Católica Feminina distri-
buiu cêrca de 150 peças de ves-
tuario (casacos de malha, vesti=
dos de flanela, camisas, saias,
etc.) a crianças, velhos e doen-
tes, para a confecção das quais
foram oferecidos retalhos e cor-
tes por muitas senhoras e alguns
comerciantes. No dia de Natal
ofereceu um lanche a 120 crian-
ças, 100 delas pcr à Ca-
tequese; o lanche era composto
de pao, marmelada, rebuçados É
ervilhanas, para o que contribui:
ram diversas pessoas,

No mesmo dia, as senhoras da
Acção Católica ofereceram vinho
e filhós aos prêsos da Cadeia
Civil,

A Câmara Municipal distribuiu
200800 pelos pobres mais neces-
sitados da freguesia da Sertã,

A Administração do concelho
entregou 200800 ao Huspital,
100$00 à Sopa dos Pobres,
100800 à Pilarmónica local,
10U$00 aos Bombeiros Voluntá-
rios e 100800 à Casa do Povo
de Sernache do Bomjardim.

Nesta localidade foi distribuí-
do um bodo aos pobres mais
necessitados, composto de bacas
lhau, arroz e pão.

ema
a a a a a

“a f
4 AGENDA
a a a a a
Encontra-se no Cabeçudo, com
sua espôsa e lilha, a passar as
festas de Ano Novo junto de seus
ais, o sr. António Graça, de
Lisos, que tivemos o prazer de
abraçar na Sertã,

Aniversário natalício :

br menina Ivone Magalhãis Mie
randa,
Parabens

algumas popoações do
concelho de Proença-a-lo-
Da grassam infensamente a
febre carbunculosa e a dis-
fomatose hepática nos ga-
dos caprino e ovino

Informam-nos que nalgumas
povoações do concelho de Pro-
ença-a-Nova estão grassando,
com grande intensidade, a febre
carb À ea di he-
pática nos gados caprino e ovino,
registando-se já um elevado nú-
mero de cabeças atacadas.

O sr. Veterinário Municipal da
Sertã, por ordem superior, per-
correu uma grande parte das áreas
atacadas, A febre carbunculosa
oferece grande perigo porque
ataca, inaistintamente, animais e
homens; é, sobretudo, gravíssimo
ingerir carne dos animais infe-
ctados,

O sr. Delegado de saúde da-
quêle concelho aiz que tem apa-
recido muita gente com o car-
búnculo, o que é atribuido ao
contágio dos animais e por isso
foi encerrado o talho municipal
de Proença-a-Nova,

Para evitar grandes prejuízos
naquelas espécies pecuárias e pes
lo que respeita à febre carbun-
culosa seria conveniente, em
absoluto, que os proprietários,
como medida preventiva, proce-
dessem à vacinação e, como mes
dida terapêutica (isto é, o trata-
mento durante a doença) man-
M injectar aos animai
soro anti-carbunculoso.

A distomatose, conhecida vul»
garmente por papo, é uma doen=
ça parasitária, cujo agente (para-
sita) vive nos canais biliares; é
de fácil tratamento e não é con-
tagiosa.

As áreas infectadas estão sob
a vigilância intensa das qutori=
dades sanitárias competentes.

 

Pagamento de contribuições

Todos os contribuintes, resi-
dentes fora do concelho, podem
liquidar as suas contribuições en=
viando, directamente, ao sr. Tes
soureiro da Fazenda Pública, va-
le do correio da importância que
a elas diga respeito, Não se de»
vem esquecer, porém, de juntar,
à importância do vale, oitenta
centavos, para lhes serem devol-
vidos os recibos sob registo.
Desta forma ficam com a certeza
de ue o dinheiro chegou ao séu
destino e que a contribuição fol
liquidada em tempo devido,

eta
NASCIMENTO

Em Aldeia Formosa (Angola
teve o seu feliz sucesso, dando
luz uma menina, a srº D, An=
tonieta da Costa Ventura Sequei-
ra Grilo, espôsa do nosso estia
mado assinante sr. Júlio Luiz
Sequeira Grilo, ;

Mai e filha encontram-se, fes.
lizmente, bem. :

DO
E’ amigo dedicado da
sua terra ?

Indique-nos, como assinantes,
todos os patrícios e amigos que
ainda o não são,

O valor e o bom nome da gua
terra dependem, em grande par«
te, da propaganda que dela se
fizer nêste semanário.

Ceia ade

Professor Particular Diplotado

Habilita para os exames
de Instrução Primária, Ade
missão ao Liceu e Postos
de Ensino por preços módi-
cos,

Informa-se nesta Redação

 

@@@ 1 @@@

 

Arão do Bio da Sae las Call Branco Es lápis

Por

atingir

Como já se disse, a freguesia
do Estreilo está ali hum refolho
do Muradal, braço slongado da
Gardunha que se levanta altanei-
ra a querer.fazer frente à Estrêla
majestosa. E? por natureza pobre
o si terreno, e tornou-se mise-
rável aqui há. poucos anos quan-
do um fungo maligno inutilizou
o castanheiro que vegetava fron-
doso por encostas e ravinas,
sempre lindo, mesmo quando os
frios do outono o despiam do
seu frito e folhagem. Morta essa
fonte de riqueza a miséria esten-
deuso seu manto sôbre o Estrei
to e as demais populações ser-

– fanas.

À terra começou a desvalori=
zar-se, Aparte as pequenas lei-
ras que o trabalho de séculos
conseguiu fecundar nas margens
das.correntes de água, e uma ou
outra pequena mancha de olival

espalhada pelas ravinas abriga-
das, dos ventos nocivos e expos

A Comarca da Sertã.

|. Ribeiro Cardoso

Presidente da Junta de Provincia da Beira Baixa
NOSSA 2 x E
gr 4) (Continuação do número 223)

E porque esta atrofia da popu-
lação ?

À quem como nós conhece o
viver das populações serranas,

-a resposta salta dos lábios, inci-

siva e cortante, com aquêle grau
de certeza que órça pela tangen-
te das verdades axiomáticas — a
fome !

ESTREITO

1931 = inspeccionados 25 apurados 8 isentos 17
1 8

1B2- > » RES

[93d cesto nxpar lho PD ca ind eih
AO ata do AG
(0355 sina 23, Ta ssaho dog?

O agregado populacional do
Estreito vive ainda de todo iso-
lado no seio da sua montanha,
delinhando lentamente, mas afer-
rado à ilusão de que para-breve
está a maré cheia do seu contens

CENTRO DE UMA COLCHA DE CASTELO BRANCO

ta aos raios bentazejos do sol, 0′

tamento pela solução dos seus,

resto, que são quatro quintas par-=: problemas vitais. O anúncio do
tess do seu’alfoz, está de mato ‘ comêço, a curto prazo, dos tra-

maninho onde a urze e a esteva
crescem à maravilha, e o pinhei-
ro alcança pujança que o:faz ár.
vore frondosa. Não têm os natu-
rais.podido aproveitar a aptidão
cultural da-sua charneca por um
conjunto de circunstâncias, em
que:são factores primaciais a fal»
ta de recursos próprios, a carên-|
cia de vias de comunicação e a
nenhuma assistência por parte
dos poderes públicos para a va
lorização das suas matas.

é aqui há poucos anos des-
trula-se, pelo fogo o pinhal que
levara anos a criar, para calcinar
a terra para a sementeira de uns
míseros alqueires de centeio,

Hoje ressalva-se o pinhal para
o destinar à resinagem de morte,
preparando-o para. o sacrilício
em que faz de carrasco o venda-
val das invernias rigorosas, À
charneca que podia “ser riqueza
para as populações serranas, é!
simples manto de miséria que
não consegue encobrir o defi-
nhamento da sua população.
– Aslição quê nos dá à estatísti-
ca “do recenseamento militar da
freguesia do Estreito nos anos
de 1931 a 1935, ensina que mais
de metade dá sua população foi
relagada pata o serviço das
armas, 42 w478n 1

balhos de construção da estrada,
que vai da sede do concelho à]
capital da Província, anda a al-
voraçar-lhe’ esperanças, que os
técnicos da Junta das Estradas
teimam em ceifar, adiando sine
die o seu início com o fundamen-:
to em altas congeminências de
engenharia,
seu problema florestal, que

afinal é o problema Horestal da,
bacia do Zêzere que vai do nor-
te do concelho de Olciros até
aos confins de Vila de Rei, nu-
ma facha de mais de 100 quiló-
metros de comprimento, infegra-
da tôda’no património de uma
poeira de pequenos proprietários,
emperrou na Direcção dos Sera
viços Florestais, por não ter per-)
nas a sua burocracia para saltar
a montanha da dificuldade de
não haver na lei parágrafo que
autorize o dispêndio com a guar-
da dos polígonos organizados
por particulares em regime flo-
restal, muito embora em zona
que é de manifesto interêsse pú-
blico manter arborizada |

No entanto… tarde é o que
nunca chega, e felizes são os que
conseguem viver a vida, dulcifi-
cando-lhe as agruras, com o bál-
samo das ilusões.
O o (continua)

CR re

e erre cer
pTastrução
Por portaria de 10 de Dezem-
bro foi colocada na situação de
inatividade, a pertir de 11 de
Outubro, sendo contados para a
sua’aposentação 20 anos de ser-
viço, D Eugénia-da iedade de
Mousinho Dias Reis, professora

» — Foi nomeada regente do pos»
to escolar da Catraia Cimeira,
freguesia de Montes da Senhora,

» (Continuação)

A casa comercial dos srs.
Assis Lopes & irmão, im-
portante estabelecimento de fa-
zendas anexo à Praça da Re-
pública, esteve, nos últimos
dias da semana finda, exposta
uma linda mobília de quarto,
de linhas modernas perfeitís-
simas, num conjunto impecá-
vel de utilidade e beleza, tra-
balho de Mário Matias da Sil-
va, artista que revela- gôsto e
aptidão, rivalizando, em per-
feição e preços, com os melho-
res e mais ajamados marce-
neiros da Província.

E sem interêsse particular
temos o prazer de registar o
facto, porque se trata de um
artista que, sem favor, honra
a sua profissão e a sua terra,

Ho
Regionalismo

(Continuação da 1,3 pagina)

do Distrito, 1.400800. Subsídios
recebidos de particulares para
melhoramentos, 44. 170800. Sub-
sídios recebidos da Câmara Mu-
nicipal, 218 574885. Comparti-
cipações recebidas do Estado,
405.241815. Importâncias apro-
Ximadas dispendídas na execu-
ção de melhoramentos, Escudos
1.6645592$90.
E

Dos melhoramentos mencio

“|nados neste mapa encontram-se

concluídas as terraplanagens e
obras de arte dos 1.º, 2º e 3.º
trôços da E, M. de ligação de
Sobreira Formosa com a E. N.
12-1,* e empedrado o 1.º lanço
na extenção de 2.270”, faltando

“| empedrar na me-ma estrada cêr-

ca de 6 quilómetros. Também
estão concluídas as terrapluna

|gens e obras de arte dos cami-

nhos vicinais de Sobreira For-
mosa à Cunqueiros, 1 “e 2.º trô-
“ços, e dos de ligação das povoa-
ções de Atalaia com a E N
14-1:º, faltando o seu empedra-
mento na extensão de cerca de
5 quilómetros. Os caminhos vi-
cinais mandados construir por
esta Junta ficam com a largura
de 5 metros em atêrro e 65” em
trincheira ou seja a largura das
estradas municipais. Encontram-
se também “concluídas as obras
de abastecimento de águas às
povoações de Oliveiras, Pena-
falcão, Pucariço e Atalaias do
Ruivo e de Estêvão Vaz. Em
execução, o abastecimento de
águas a Sobral Fernando, Fróia,
Maxiais e Figueira

Sobreira Formosa, 12 de No-
vembro de 1940.

O Presidente da Junta,

José Ribeiro da Cruz
ga

pilesro logia
esmas esa sm
João Farinha Leitão

Em Lisboa, onde se encontrava
desde Maio último, faleceu, no
passado domingo, o nosso pre-
zado assinante sr. João Farinha
Leitão, natural da Codeceira, des-
Br oficial da Alfândega de

uanda.)

Deixa viúva asr.º D. Arminda
Gonçalves e duas filhas, as gr.”*
D. Maria Arminda e D. Maria

Julieta Gonçalves Leitão, e era

irmão dos nossos amigos srs, Jo-
sé Farinha Leitão, da Codeceira
e Guilherme Farinha Leitão, de
Luanda. O extinto era muito es-
timado pelas suas qualidade de
carácter.

A” família enlutada apresen-
tamos as mais sinceras condo-

D Silvandira Gomes Nunes,

— Foram colocados os seguin- |
tes professares na escola do Mos»

“feiro Oleiros), D Angelina da Na- |

tividade Lérias e na do Outeiro da ,

da escola de Cau bas, concelho
de Oleiros, À

| de Cal

Lagoa (Sertã), Eduardo António
Laet, Co) Earão Ani

lências.

Este número foi visado pela
“Comissão de Censiura
de Castelo Branco

IGREJA MATRIZ DA PREQUESIA DA CUMIADA

BRINDES

Da importante Tipografia Por-
tela Feijão, de Castelo Branco,
recebemos, uma magnílica agen-
da e dois bonitos calendários
para o corrente ano, que muito
agradecemos.

rute

OS AMIGOS DA «COMARCA»

O Rev.º Alfredo Corrêa Lima,
de S. Facundo (Abrantes), teve
a amabilidade de nos enviar 58
como auxílio ao nosso jornal.

Um amigo indicou-nos, para
assinantes, os srs. dr. Carlos
Ferreira, José Arsénio Nunes e
Manoel Farnha, de Lisboa e
também o sr António Vaz nos
indicou, para assinante, o sr. Ma
noel Gomes, da mesma cidade,
– Agradecemos, sinceramente pe-
nhorados.

+

GRALHAS

No editorial do penúltimo nú-
mero, O mais lindo presépio,
saíram algumas gralhas verda-
deiramente pavorosas. Citemos
as principais.

O 2.º período deverá ler-se:
«A figura simbólica que o repre-

* | sentava dispunha-se já de cajado

na destra, barba longa e alva,
roupagem rôta e expressão tris-
te de desiludido, para abando-
nar a Terra». Onde está «gigan-
tes» deve ler-se «gigantescas» e
deverá ler-se «corpinho róseo e
nú» em vez de «corpinho roxo
e nú», o que é um tremendo dis-
parate !

Que nos desculpe o autor, nos-
so amigo sr. Artur Farinha da
Silva, esta série de mutilações
involuntárias ao seu explêndido
artigo.

Or

CINEMA

Depois de amanhã, sábado,
exibe-se no nosso écran a me-
lhor comédia dos célebres cir-
mãos Marx» — HOTEL DOS
SARILHOS, — filme de constan-
te gargalhada pelas imprevistas
diabruras cómicas.

Os três insuperáveis cómicos,
nesta comédia, que foi o grande
êxito de Broadway, conseguem
fazer rir o público até às lágri-
mas com os seus inimitáves
“Bags «

Se a alegria é a saúde do es-
pírito, é aproveitar a oportunida-
de de ver êste filme.

Oro
Estação dos Correios da Sertã

Sob esta epígrafe recebemos
do Secretariado de Propaganda
Nacional a seguinte informação :

Em referência a local publica-
da em «A Comarca da Sertã» de
5 do corrente (Dezembro), pre-

guntando quando será aqui cons» | )
truído um edifício para C. T. T., | neces-itam.
comunica nos a Administração |

“Atrazo na publicação do jornal

Geral dos C. T. T. que a estas
ção desta localidade foi reinsta
lada em boas condições no ano
findo, não se justificando assim

a inclusão do edifício no Plano ,

de Construções já aprovado,

Bebedeira que sai cara…

Dissemos, no último número,
que o automóvel do sr. Isidro da
Conceição Lopes sofreu grossos
prejuízos no día em que aquêle
sr. foi ao Troviscal. com sua fa-
mília, visitar o sogro. Deixara o
veículo perto dum caminho, em
sítio ermo e à noite fôra encon-
trá-lo ao fundo de uma ribancei
ra, quási num feixe.

Horas antes tinham passado
junto do carro, perdidos de bê-
bedos, dois rapazes, ambos com
o mesmo nome e a mesma idade,
Manoel Nunes, de 20 anos, um
do Trovscal e outro da Ribei-
rinha, daquela freguesia, que se
lembraram de empurrar o carro
de escantilhão, por ali abaixo…
Se bem o pensaram, melhor o fi
zeram! Ainda quizer m suster a
marcha: impetuosa do veículo,
mas como? Nem éles próprios se
sustinham nas pernas…

Os pais dos rapazes conhecedo-
res do caso, apresentaram-se ex=
pontaneamente na Administração
do concelho e pagaram os pre-
juízos e as despesas dêles resul-
tantes, no total de 2 580500, re-
cebendo o sr. Isidro a i» portân-
cia de 1.900800 das reparações a
efectuar.

Bem pode ser que a fição fique
de emenda aos dois rapazes, que
inventaram uma maneira diabó
lica de festejar o Natal de 1940 ,.

SO
AS FERIAS DOS OPERÁRIOS

O sr. engenheiro Higino de
Queiroz e Melo, ilustre serna-
chense e digno presidente da
Comissão Administrativa da Pun-
dação Nacional para a Alegria
no Trabalho, anunciou, numa
entrevista concedida ao «Diário
da Manhã» dois factos de alta
importância que hão de verifi-
car se dentro de pouco tempo: o
alargamento das colónias bal-
neures infantis, no próximo
ano, a 2.000 filhos de trabalha-
dores rurais e filiados nas Casas
do Povo; e a breve transforma-
ção do Lugar ao sol, da mata
da Caparica numa autêntica cida-
de de férias, que, significativa-
mente, passará a chamar se Ci-
dade da Alegria —e onde ha-
verá piscinas, campo de jogos,
«rings» de patinagem e, a-par-
dos grandes pavilhões, pequenas
casas de duas e três divisões
que se poderão designar por
«pavilhões familiares».

E” significativo um resumido
balanço da actividade da FP. N.
A. T, levada a efeito no dectr-
so do verão findo :

1.147 crianças beneficiaram das
colónias balnegres infantis; 522
trabalhadores e pessoas de suas
famílias beneficiaram do Lugar
ao Sol da mata da Caparica; e
ali se serviram a colonos e visi=
tantes 25.270 refeições.

Bem hajam todos aquêles que
dispensam o melhor do seu efôr=
ço a favor da assistência às clas-
ses trabalhadoras, que tanto dela

rose

Por virtude das festas do Na-
tal e Ano Novo, o nosso j rnal
saiu com um dia de atrazo nesta
semana