A Comarca da Sertã nº223 19-12-1940

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FUNDADORES
— Dr. José Carlos Ehrhardt —

— Dr. Angelo Henriques Vidigal —
— antónio Barata e Silva —
Dr. José Barata Corrêa e Silva.

Eduardo Barata da Silva Corrêa”

O q meme

O mais lindo presépio…

Notas os

Boas Festrs | Boas
Festas!
A Redacção de «A Co-

marca da Sertã» apre-|

senta respeitosos cum-
primentos de Boas Fes-
tas a todos os seus ami-
gos, assinantes, anunci-

antes e colaboradores,

desejando a todos um
Natal muito alegre e feliz,
não esquecendo, nos
seus votos sinceros, OS
amigos que mourejam
porterras longínquas na
luta pelo pão de cada
dia e a quem as neces-
sidades da vida não per-
mitem o confôrto espiri-
tual de passar esta qua-
dra festiva junto dos
“ Seus entes queridos.

‘ Bote 0) rap

NOUTRO logar publicamos

o plano de acção da Jun-
ta de Província no próximo
ano

Dêle temos a destacar o in-
terêsse que manifesta pela crias
| ção do bicho da sêda, indispen-
sável à restauração das famo-
sase formosas Colchas de Cas-
telo Branco, iniciativa que me-
rece ser apoiada com entusias-
mo porque é uma arte bela que
deve ressurgir. maravilhosa
nas snas concepções, é uma in-
dústria caseira de utilidade
prática e rendosa sem similar.
Para a criação do bicho da
séda é indispensável a planta-
ção da amoreira, raríssima na
nossa região; esta falta, aqui
ou noutro gualguer ponto da
Província, propõe-se a Junta
remediá-la, fornecendo as plan
tas a quem as reguisitar.

4 Junta de Província dedica
especial e louvável cuidado à
assistência médica em prol das
populações rurais, traduzido
na criação de diversos postos,
gue já há muito se encontram
a funcionar em diversas loca-
lidades, e ontros serão criados
no próximo ano, para o que
nas bases orçamentais figura
a verba precisa para subsiaiar
quatro freguesias que queiram
abalançar-se à construção de
edifícios apropriados para os
instalar.

dé Porque não precuram cer-
tas freguesias da nossa comar-
ca, aquelas que vivem mais
afastadas dos centros de so-
corros, aproveitar-se da con-
cessão com o auxílio das res-
pectivas Câmaras Municipais?
Uma tentativa em tal sentido
«quem o pode negur?— teria,
por ventura, o melhor êxito, e
os povos beneficiados bendi-
riam, eternamente, os que ate-
nuassem a sua situação an-
gustiosa causada pela falta de
recursos e afastamento dos
metros onde eaiste assistência
médica. q
” Q plano da Junta de Pros

| tendes baptizar já, — na esperança de uma ielici-

O EE DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO Ra :
É Cuando Barata da Filva Conia | Ê Tp PoEA na
( | | m |ICASTELO
= Roo REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO —— j + BRANCO
w| | RUA SERPA PINTO-SERTÃ a aa af
Go] rei À F E J|TELE FONE
«| | PUBLICA-SE ÀS QUINTAS FEIRAS , tn SIR
ANO V | Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarea da Sertã: concelhos de Sertã Ens EA
“Nº 223 | Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei; e freguesias de Amêndoa e Gardigos (do conselho de Mação) 1940

RA ‘s boas Mais

ta Cura
A figura simbólica que o represen-
tava dispunha-se já, de cajado na des-
trabarba, longa e alva, roupagem rôta e expres-
são triste de desiludido, para abandonar a Terra.

Não lhe tinham sido indiferentes os impro-
périos da Humanidade chamando-lhe Ano Mau,
ansiando pelo bambino seu sucessor. Sem ran-
cor, deixando mesmo transparecer na face uma
ternura quási paternal, monologava:

— «Humanidade desvairada e volúvel: Es
forcei-me para te proporcionar um ano feliz; não
o cosseguí em absoluto, mas a minha protecção
evitou cairem sobre ti grandes e numerosas ca-
lamidades.

Os que me sucederem não se esforçarão
menos para te trazerem dias venturosos; mas tu
— Humanidade perversa — irás agravando a tua
situação para com a Providência se não cumpri-
res aquela ordem divina—Amai-vos uns
aos outros!…

O Século XX que, sem o veres raiar, pre-

(Care o ano de mil oitocentos e noven=

dade fácil, conquistada sem uma parcela de sa-
crifício, — de Século de Luz, será, por tua pró
pria culpa, de luz, mas de luz sinistra, feita do
clarão de milhões de fogueiras, altas como mon-
tanhas, alimentadas por tesouros de p:eciosida-
des que gerações passadas, em vários sectores
— artes ciências, ideais, etc. —tão carinhosa-
mente reiiniram !!>»
e w se

O dia 24 de dezembro apareceu mais alegte
para todos os corações.

O sol rompeu facilmente a ligeira neblina e
aquecia, desveladamente, os pobresinhos/…
Quem subisse, manhã alta, aos Moínhos de Ven-
to, elevação a dois passos da pequena e linda
aldeia do Pêso, não ficaria indiferente. Notaria,
— relanceando a vista pelo panorama surpreen
dente que dali se disiruta, tendo por fundo a
altiva e graciosa Serra da Melriça, — que algo
de muito especial envolvia os campos e, princi-
palmente, os numerosos povoados que de lá se
avistam,

(Acolá e mais além lindas moradias atesta-
vam o amor dos seus filhos, aumentado em ter-
ras longínquas, pelos lugares onde nasceram e
viveram infância despreocupada).

O vozear dos seus habitantes misturado com
o-toque dos pífanos e cantigas dos pastorinhos,
faziam chegar aos ouvidos do observador uma
sinfonia bárbara e desordenada que lhe propor-
cionava momentos de prazer espiritual.

A nossa pequena aldeia, já referida, movi-
mentava-se desusadamente.

Durante a tarde o sacristão, sr. Gesteira,
artista decorador por temperamento, fez desper-
tar a atenção de todos, principalmente do rapa-
zio que brincava no adro.

Sobraçava, com afã, objectos ocultos, entrava
e safa da igreja, fechando cuidadosamente a porta.

Se algum do grupo pretendia segui-lo, a re-
preensão era certa!

A? noite os serões à lareira animaram-se de
uma sã alegria.

Nas casas remediadas, as tigelas sôbre as
fogueiras mostravam as filhós de côr de oiro,
bailando desordenadamente pela efervescência
do azeite puríssimo da região ou impelidas pelo
garfo da cosinheira, depois da massa espalmada
sôbre os joelhos cobertos de alva toalha de linho.

Aºs onze horas os sinos repicaram festivamente,
anunciando, para breve, a Missa do Galo. Meia
hora depois igual aviso partiu do alto da tôrre
quando estradas e atalhos se enchiam de fiéis
distantes.

Pouco depois dêste, o último rematado por

três fortes é compassadas badaladas.

portuguesas e seus filhinhos

Em casa de meus Pais, neste momento, to-
dos, (incluindo alguns visinhos), estavam à la-
reira, onde as brazas crepitavam!….

Minha Mai toma-me pelo braço e, depois de
me agasalhar, diz: — «Vamos, meu filho, ver o
Menino Jesus». |

Uma grande fogueira iluminava o adro, fa-
zendo projectar nas paredes da igreja, em formas
gigantes, as sombras dos que a ela se aqueciam.

[=] Ro * %

O templo, pequeno para a multidão, tinha
uma beleza especial que a sua arquitectura sem
opulência, — ao sabor de artistas que lhe deram,
sem dúvida, o melhor do seu saber,— em dias
vulgares nunca atingiu, |

Minha Mai ficou num lugar que me permi-
tiu, ocupar, junto dela, o estrado de um altar e,
por isso, num plano mais elevado, conveniente
á minha pequenez.

A missa começou á meia noite com o ritual
das grandes sclenidades, sentindo-me, nesse mo-
mento, comprimido a um peito santo e ouvi di-
zer: «Reza, meu filho, para que o Menino Jesus
te acompanhe sempre». PR

O sacristão sempre buliçoso € afegre olhava
de quando em quando, com ar de suptrioridade,
para um pano adamascado, já sem côr definida,
estendido ao alto do lado do Evangelho, con-
victo de que ali se ocultava a sua obra prima.

Quando o Gloria in excelsis Deo ecoou
festivamente, em notas prolongadas, por tôda a
igreja, O pano caiu quási misteriosamente !…

Q céu e o múndo, com todos os seus es-
plendores concentrados em três metros quadra-
dos se tanto, revelaram-se aos meus olhos pe-
queninos e ao meu espírito em botão !… –

Montanhas atapetadas de fina relva reiiniam,
do sopé aos mais elevados píncaros, mil asracti
vos, cuja recordação a minha alma tem guarda-
do com singular carinho, através de muitos anos.

Dispersos, pelas extremidades, moínhos,
casas, pastores com os seus rebanhos, searas
verdejantes dentro de pequenos pratos e vian-
dantes por caminhos tortuosos formavam o com-
plemento do último plano. |

O primeiro era bem diferente e deixou a mi-
nha alma em êxtase !… |

Numa pequena manjedoura com palhinhas a
esmo, repousava o Menino Jesus de bracinhos
levantados,—o primeiro gesto, talvez, de oração
ao Paí, pela Paz na terra aos homens.

Desse corpinho roxo e nú ndo na uma

claridade suavíssima que, reflectindo-se na Vire
gem e S. José, que o ladeavam, dava
junto um ambiegte divino | |
Figurantes’entre os quais se destacavam
pastores, uns com ofertas, outros tocando gaitas,
ficavam, alí junto, de joelhos, estáticos, receben-
do, também, uma parte dos fulgores daquêle
Astro celeste !… |

nono %

O presépio que os meus olhos viram seria
uma obra de arte?

Pela concepção e detalhes, era-o, de facto;
pelos motivos ou figuras que o povoam, — ex-
cluindo evidentemente, a Virgem, S. Joséeo
Menino, — não passava de uma porção de bone-
cos de estampa ou esculturas desajeitadas que o
autor improvisara á pressa ou pedira a vários,
como melhor recurso, em meio tão pequeno, para
completar a sua obra. |

Muitas vezes me tem sido possível admirar,
por esse mundo fora, obras primas, cuja fama é
universal; mas nenhuma se radicou tanto-no meu
espírito como, em mil oitocentos e noventa e tal,
o presépio do sr. Gesteiralll…

Lisboa, Natal

Ano dos Centenários

Artur Farinha da Silva

Esse CON=

atcoroos Yncocotoso oq) snes Bboseas

le. d lápis

víncia é digno de atenciosa.
leitura e reflexão, concluindo-
se, em resumo, que ela condi
ciona tôóda a sua acção a mes
lhorar a vida dos povos da:
Beira Baixa, Provincia portu-
guesa de lei, onde o homem
luta com desespêro, denodadas
mente, para tirar do solo o
seu sustento, valorizando a
terra ea pequena indústria,
num esfórço heróico e quiçá
sobrehumano, indiferente a
canseiras, encarando resolutas
mente sacrifícios e contrarie-
dades.
GD pu

amoreira, cujas fólhas são

o melhor de todos os ali-
mentos para os bichos da sêda,
é a branca (Morus alba, Lin.)

Pró

NO mercado de sábado pas-
sado cotavam se os ovos
a 5850 e 6800, a dúzia, notan-
do-se a costumada abundância,
o centeio a 12800 e o milho a .
10800, o algueire; as laranjas
a 1850, as tangerinas a 8850
(grandes) e as maçãs de 3$00
a 5800 — conforme o tamanho
e qualidade—o quarteirão.
“ A sardinha que aparecem era
de ínfima qualidade.
Havia muitos perús, que se
via mesmo que estavam bas-
tante chatiados! (Que fino !).

e pa

ISTO passou-se cá na Sertã,
há anos ;

— Venho dar-lhe os pêsames
ar êste faustoso acontecimen-
to

E êsies dcis diálogos:

— Então, sua sobrinha está
melhor ?

—Está melhor, sim, devia
ter sido um flatoaustérico !

%

Um freguês para o caixeiro
da lojas :

—Para a outra vez não jun-
tem os pacotes de chá com os
de café, porque o chá toma
cheiro,

— Sit, Sr.

Passados minutos estava o
caixeiro a fazer a conta: tan-
to de sabão, tanto de chá, tan
to de café…

—Lá está, você, a teimar, q
vôr-me o chá ao pé do cafél…

td

QUEM, no passado sábado,
deu uma volta pela praça
devia ter reparado na express
são fisionómica de três pobres
perús, que denotava um ar pun-
gente, uma profunda tristeza,
alheios a tado que se passava
à suagolta… Lá diriam, de
si para si, que não estavam .
ali para coisa boa, que o Nas
tal está à poria e os homens

são insaciáveis de bons pitéus |
+ E

Este número foi visado pela
Comissão de Censura
de Castelo Brancoa
Comissão de Censura
de Castelo Branco

 

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CARREIRAS:
am Branco — Sertá — Pigueiró dos Vinhos — Coimbra

 

Companhia de Viação de Sernache, Ld.º e Viação
Castanheirense, Ld.º, avisam o público de que principia-
ram em 9 do corrente mês de Setembro, com a combinação
dos respectivos horários, as carreiras que fazem a ligação
entre Castelo Branco e Coimbra:

ÁS SEGUNDAS, QUARTAS E SEXTAS

CHEG. PART.
Castelo Branco 9-00
Sobreira Formosa ll-00 1l-lo
Proença a Nova 11-30 11-40
Sertã 12-30 13-00
Sernache do Bonjardim 13-20 13-55
Figueiró dos Vinhos 14-15 14-25
Coimbra 16-45
ÀS TERÇAS, QUINTAS E SÁBADOS
CHEG PART.
Coimbra 11-50
Figueiró dos iubos l4-05 14-25
Sernache do Bonjardim 15-07 15lo
Sertã 15-30 15-50
Proença a Nova 16 24 16 35
Sobreira Formosa 1655 17.05
Castelo Branco 19 00

 

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por serem seleccionados escrupu-
losamentoe da produção própria

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e a ao Cesteiro ;
Chegada a Santarém E 9,15 Sertã 1655
Saída 9,20 Saída 17,30
» Pernes 10,00 > Sernache : 17,50
» Tofres Novas 10,35 — Saída 18,00
s “Polnal 11,20 » Ferreira do sino o
» Fereira do Lozero 11,00 Ra su 19.40
» Sernache 13,00 » Torres Novas 20,25
> Sertã 13.20 » Pernes 21,00
Saída 14,00 >» Santarém 21 40
» Cesteiro 15,05 é q. 2a 10
? > ila França 23,10
> Alvaro dois » Lisboa 0,10

Foram estes horários estabelecidos de rm com as necessidades da região, evitando
assim um menor dispendio de fempo às pessoas que os seus afazeres chamam à Capital, pelo que

esta Companhia espera que os seus tlientes correspondam a mais esta vantagem, não eixando
de utilizar 0s seus cars,

Garage em Lisboa: pe venida Almirante Reis n.º 62-H
“ Feletono, 4 5503

 

|[BENEFICÊNCIA|

Um anónimo enviou-nos a im-
portância de Esc 40800, sendo
20400 para um prêso da cadeia
civil e 20800 para dístribuir, em
partes iguais, por dois pobres,
muito pobres e doentes. .
Agradecemos em nome dos
contemplados.

 

ANUNCIO

(1.º Publicação)

Fez se saber que no dia 4
do próximo mês de Janeiro,
pelas deze horas, à porta do
Tribunal Judicial desta co-
marca, se há de proceder à
arrematação em hasta pú-
blica do prédio a seguir des-
crito, penhorado na execu-
ção sumária que, José Ta-
vares Mouta, da Sertã, move
contra António Ferreira
Pimpão e mulher Maria Au
gusta, do logar da Hordade,
freguesia da Sertã:

Prédi

asa de Nsbitação com
tôdas as euas dependências
e logradouros e terra de cul-
tura, mato e oliveiras, sita
na Barroca da Carvalha, li
mite do Picôto, freguesia da
Sertã, inscrita na matrizs’b
08 ro 9º 192]4-urbano, é
4 284, metade-rustico,e d: a-
crito na Conservatória sb
o nº 28469, Vai pela pr:
meira vez à praça LO valor
de mil dusentos o oitenta es
cudos. — 1.2808 O

Sertã, 7 da D zembro de 1940,
Verifiquei, .
O Juiz de Direito,
Armando Tôrres Paulo
O Chefs da 3.º Secção, Int.º,
Armando António da Silva

Professor Particalar Diplomado

de instrução Primária, Ade
missão ao Liceu e Postos
de Ensino por preços módi-
cos

Informa-se nesta Redac.
ção.

Jorge Marçal

MÉDICO

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gos, das 15 às 17 horas.

 

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Comarca da Sertã

Colégio Niarquês E Pombal E

(Para os dois sexos)
(O colégio de maior frequencia em todo o Distrito de Leiria) &
Sede do Centro Extra Escolar n.º 2 da Mocidade Portuguesa

DIRECTORES:

Dr. José dos Santos Alves
Dr. Saul Pires Machado
Frederico de Sousa

Ceus 1º, do

1ELEFONE 50

P OM B AL Alvará 238

Fundado em 1930

Instrução primária — Admissão aos Liceus — Curso completo dos Lis

e 3.º ciclos) — Aptidão à Universidade — Lavores -—

Cursos rica de trancês, inglês e alemão — Música — Óstimas

instalações — Laboratório de Ciências Físico -Químicas — Gimnásio
— Campo de Jogos

Ano lectivo de 1929-1940 — (Continuação)

Aprovações obtidas nos exames de Julho de 1940

Instrução primária
9 CLASSE
José Figueiredo, Júlia Guilhermina |

naldo Jorge Marques Serrano.
4,4 CLASSE

António e Marques Serrano |
(distinto), António Rai Blane de Soa- |
sa (distinto), Eduardo Antanes, Emí- |
dio Pereira de Castro Soeiro Gandra |

3.º ANO

Carlos Augasto Monteiro *, Inês da
Estrêla Marçal *, José Rai dos Santos
Moreira e Sousa—l4 valores, Manuel

Lopes Junqueira (Ciênc «Mat. e Dese-
nho), Manael Lopes Pinto — 14 valo-
res **, Manqael Pedro dos Santos — 13
valores, Maria Augusta Henriques Lo-
pes — 13 valores, Maria do Carmo €,

to*, Maria Margarida Blanc de Sou-
sa— 14 valoras, Ramiro Ferreira
Mendes — 12 valores.

6.º ANO

Aibino Alves Bebiano *, Albina Rox
drigaes da Silva (Port. “Latim e la-
glês) **, Erminda da Conceição (Port.-
Latim e Mat.) Fernando Moreira
Henriques Serrano — 12 valores,

Pereira Soeiro Gandra, Maria Tereza
Mendonça Martins de. Lucena, Rei»

Joaquim Alves — 13 valores, Mandel ‘roz de Sousa Pinto, José Alves dos

: Santos Valentim **, José Rodrigues ‘

e Lencastre e Queiroz de Soasa Pinm

 

i (distinto), Júlia Gailhermina Soeiro
‘ Gandra, Olinda Rodrigues. Não houve
| exclusões.

Admissão aos ‘liceus

Adalzina Natércia Loureiro, Antó-
i nio Jorge Marques Serrano, António
| Rui Blanc de Sousa, Emídio Pereira
| de Castro Soeiro Gandra, Francisco
| José de Soveral Martins Rodrigues
| Pereira, Manuel Francisco, Manael
da Mota Longo Gonçalves, Ramiro ,
Luiz Baptista Simões.

CURSO DOS LICEUS

Francisco Manuel de Menezes Falcão
(Port-Lat.mHist «Mat.), Francisco dos .
Santos Almeida — 14 valores **, lrene .
Pires de Morais (Port=Latim) nx »loão
Paulo de Cabedo e Lencastre e Quei=

Valente *, Manuel Alves de Figueiredo:
(Mat.) **, Manuel Carvalho de Araújo
Leitão **, Manuel Lopes Pinto (Port.- ‘
Latim e “História) **, Maria Amália .
Macedo Alves*, Maria de Lourdes
Simões Pires Machado **, Mário da
Silva Castelão *, Mário Teixeira — 12.
palores **.
7.º ANO

Fernando Manuel Varela Pinto *, E
João Pimentel Neves *, José António ,
de Almeida — 14 valores, Maria de
Lourdes Caldeira (Lat. 15-Fil, 11-Li- :
trat. Port. 13) **.

* A estes alunos falta ama disciplina, a fazer em Outubro, para cu

tar O ciclo respectivo.

** Alunos maiores ou emancipados.

RESUMINDO: — Alunos matriculados no ano lectivo de 1939 –
1940, 95. Aprovações, em Instrução Primária, 10; em Admissão aos

Habilita para cs exames |

Liceus, 8; 1.º ciclo exame completo, 7; com dependência de-uma cas
deira, 3. 2.º ciclo, exame completo, 7; com dependência de uma cadeira, |

dência de uma cadeira 2; em exame por cadeiras 1. Transitaram de
classe 44 Deixiram de fregiientar o colégio, 5, Perderam o ano 6
alunos: 2 de Admissão aos Liceus; 1 do 1.º ciclo; 3 do 2º ciclo,

As aulas reabrem em 7 de Outubro. — As matrículas devem ser feitas
até 20 de Setembro, para boa organização dos horários, aceitando-se
também inscrições para lições de Piano, Solfejo, História da música e har-.
monia, a ministrar por uma distinta professora diplomada com o curso |
do Conservatório, — Pedir informações.

 

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@@@ 1 @@@

 

 

Por |. Ribeiro Cardoso
Presidente da Junta de Provincia da Beira Baixa.

 

A Colcha de Castelo Branco é tilha ‘

– Jegitima do linho e da sêda que o bi-

cho cria a preparar 0 caixão onde quem
re ficar sepultado.

Parece que não hã registo do seu
nascimento, mas por indícios seguros
que algamas conservam, a lembrar ve-
lhos possuidores, parec poder afir-
mar-se que.viera ao mundo das reali-
dades aí pelo século XVII ou talvez
mais para além.

Pobrinha de nascimento, enfeitava-
-se de simples roupagens, mas ficava
tam linda e garrida, que tôdas as mo-
ças casadoiras a queriam no seu bra-
gal. Veio depois a Indiana a disputar-
lhe primasias, mas ela, consciente do
próprio merecimento, aparou o dese-
nho do vestido, alindou as suas côres,
e ficou maravilha a prender os olhos

eg macae

 

gulosos do belo nos esplendores da
arte.

Colchas de noivar, pobres ou ricas,

* havia-as em todos os recantos da Bei-

ra, e transmitiam-se de geração em ge-

ração, como património sagrado. De-

– descalabro do seu património artístico.
O. bric-a-braquista farejou negócio na
compra: e tantas se foram para não
mais voltar,

Querer fazer O ressurgimento da in=
dústria caseira exige canseiras e amor.
– A das Colchas de Castelo Branco não
– havia morrido de todo, mas andava

tam mal tratada no desengonçado dos
desenhos e falta de gôsto na combina-
“ção de côres, que são autênticos ma-
marrachos as confeccionadas moderna
minte com sêda vegetal,

Foi mister começar pelo princípio,
pela sêda e pelo linho, pelo desenho e
pelas côres,

Foi necessário ver e rever, estudar
– € comprar centenas de exemplares es-

palhados pela Província para se apu-
rarem modêlos dignos dê serem repro-
duzidos O estudo técnico das colchas
o está fazendo o bom amigo Dr. Fran-
cisco de Proença de Almeida Garrett,
cm paciêcia de beneditino e bom
gôsto de artista, aguarelando os exem-
plares que marcam fases diversas na
evolução da indústria.

Se não fôra o seu exemplo e incita-.

“pois veio a ruína da família rural e o.

IV

(Continuação do número

221)

mento, bem nos quere parecer que a
Junta de Província haveria desistido
do seu empreendimento. Para obtenm
ção da sêda na suavidade das côres
que uma boa colcha exige, valeu à Jun
ta o saber de experiência feito do
Exm,º Senhor António Francisco: No-
gueira, que sem conhecer pessoalmente
nenhum “dos membros da Junta com
gentileza cativante, desinteressada-
mente nos quis auxiliar.

Para ambos os melhores agradeci-
mentos da Junta de Província da Bei-
ra Baixa.

%

Logo que hajam sido seleccionados
12 modêlos, se fará a sua reprodução
a côres em album marcante por bom
gôsto artístico, reproduzindo-se os de-

 

ALUNAS DA ESCOLA DE COLCHAS DA PROVINCIA DA BEIRA BAIXA

senhos litográficamente, em tamanho
natural.

Com êstes elementos e com a exis-
tência no mercado de sêda animal em
côres apropriadas, que a Junta se pro-
põe assegurar, podem as raparigas ri-

cas e pobres da Beira e de todo o

País, com as suas mãos gentis, fazer
renascer a sua Colcha de noivar. .
A bordar e a sonhar consumirão

horas da sua mocidade, possivelmente.

as mais felizes da sua vida, por serem
cheias de fagueiras ilusões geradas no
anseio da felicidade e do amor.
x

No concelho de Castelo Branco não
encontro registo de haver sido centro
afamado de produção de sêda. No en-
tanto, na sessão da Câmara de 16 de
Agosto de 1802 aparecem nomeados
inspectores para a plantação de amo-
reiras, na cidade, Simão. da Costa Caln
deira; em Alcains, Agostinho Simões
Coslho, capitão da ordenança; em Es-
calos de Cima, Manoel Ferreira; na
Lousa, o alferes Luiz Rodrigues; na
Mata, José Nunes de Sousa; em Esca-
los de Baixo, Joaquim Fernandes Mon-
teiro; no Salgueiro, Manoel da Silva;
em Caiede, José Ribeiro Galveias, o
velho; em Monforte, o capitão Manoel
Dias Farinha; em Malpica, o capitão
Manoel Lnpes Siborro.

(Continua)

sa, am 8
des + a %, OQ, e
” neo ta Sad? figa?

É ? AGENDA £

é a a ea aa E

a,
* Po,
Pa * fa

“Estiveram na Amieira (Alen-
tejo) srs. Francisco P. de
Moura e espôsa e Acácio J.
Soares Ribeiro e espôsa.

:—Encontra-se na Sertã a
sr.º D. Judite P. Tasso de Fi.
gueiredo Couceiro de Albu-
guerque, espósa do sr, Gene:
ral Couceiro de Albuguergue,
de Lisboa.

Aniversários natalícios :

Hoje; Eonnd ndo Lopes da
Silva, Mopêa (Africa Orien
tal); 20, D. Noémia Leitão Ri-
dbeiro de Matos Neves; 21, P&
Antônio Bernardo, Sernache;
£3,dr. Rogério Marinha Lucas.

a Parabens
$i Sta

José dos Santos Pedro

“Foi promovido a 2.º Cabo do
Ro Regimento de Cavalaria 7, aquar-
” telado em Belém, o nosso pre-
“zado amigo sr.. as dos Santos
edro, natural do Rico da

SEARA ALHEIA
OS HIPÓCRITAS

P. Manoel Bernardes
(1644-1710)

E”. hipócrita o mercador, que
dá esmola em público, e leva
usuras em oculto; é hipócrita a
viúva, que sai mui sisuda no gese
to e hábito, e dentro em casa vi-
ve como ela quere e Deus não
quere; é hipócrita o sacerdote,
que sendo pontual. e miúdo nos
ritos e cerimónias. é devasso nos
costumes; é hipócrita o julgador,
que, onde falta a esperança do

| interêsse, é rígidosobservador do

direito; c hipócrita o prelado,
que diz que faz o seu ofício por
zélo da honra e glória de Deus,
não sendo senão pela hofra e
glória própria; é hipócrita o que

não emenda em si o que repreen-.

de nos outros, o que cala como
humilde, não calando senão como
ignorante, o que dá como liberal,
não dando senão como avarento

solicitador das suas pretensões,
o que jsjua como abstinente, não
se abstendo senão como miserá-.

vel. Seria nunca acabar pôr em
resenha estas capas de virtude

cobrindo o vício. Está logo o
mundo cheio de hipócritas, e.
-. | quási todos são cireneus que, les
Ro Vando a cruz, não 1 morrem nela,

“A Comarca da.

JULGAMENTOS |

[15 dias de doença co

Reusados pelo Ministério Público ;
responderam, no-Tribanal Judicial |
desta Comarca :

No dia 4 — Ratino | Martins David;

de,

Província

 

“No dia 3 de Dezembro reúniu

dos Fronteiros, Ireguesia de Pedrógão | O Conselho Provincial para apto-

Peqaeno, do crime de violação da men,
nor cega Maria Santa. Absolvido.

— No dia 5 — António Loges, traba-
lhador e múlher, Deliina de Jesus, do

Dão, concelho de Oleiros e Augasto

Laiz, trabalhador e mulher Maria Rom
sa, do Mosteiro, do mesmo concelho,

ano, os primeiros haverem olendido,
nolantária e corporalmente, os segun»

dos e êstes por haperem ofendido |

aquêles, também volantária e corpom
ralmente. Os réus Delfina de Jesus e

António Lopes foram. condenados,

respectivamente, nas penas de 40 e 50

dias de prisão, convertidas em igaal .

tempo de malta a 10$00-diários, seis e
cinco dias de malta a um escudo, ou
seja nas maltas de 406800 e 305800,
500800 de imposto de jastiça, aquelas
e êste com: os legais acréscimos e so=
lidariamente nos emplamentos devi-
dos aos peritos. Os puras dois réus
foram absolvidos;

– — No dia 6 — Domingos Gonçalves
Pereira, trabalhador, de 69 anos e
sea filho, do mesmo nome, de 26 anos,

tdo Cardal, freguesia do Estreito, de

haverem agredido, em 13 de Jalho do
corrente ano, no logar do Brejo, da
mesma ireguesia, Maria Rosa, casada,
daquêle logar do Cardal, a quem caum
saram ferimentos quê condicionaram
impossibilidade
de trabalho nos primeiros 5. O pai oi
candenado em 30 dias de prisão, 5
dias de muita a 1600 e 500800 de im»
posto de Justiço, e O filho, em 40 dias
de prisão, 6 dias d
500800 de imposto de Jastiça e ambos
solidariamente nos emolumentos devi

| dos aos peritos, 100500 ao seu dejen=

sor oticioso e em 200800 de indemni-
sação à olendida.
– No dia 7 — Sebastião Farinha, sol-

teiro, de 21 anos, serpente de pedeiro,;

dos Faleiros, ireguesia do Cabeçado
e morador, antes de prêso, em Lis-
boa, por haver, em 22 de Julho do
ENE ano, subtraído a Eduardo
Lopes André, solteiro, ianileiro e re=
Sidente em Sernache, a quantia de
836300. Condenado na pena de 35 dias
de prisão, 5 dias de malta a 1800 é
500800 de imposto de Justiça, êste e
aquela com os legais acréscimos,
emolumentos devidos aos peritos e
50400 para o deiensbr ofícioso e na
indemnisação de 85 $00 a favor do
queixoso.

— No dia 7 — Luiz Mendes, da Por»
tela dO Outeiro da Lagoa e seu filho
Alvaro Mendes Leitão, do mesmo lo-
gar, de haverem cortado e sabtraído
iraudalentamente am | pinheiro no va»
lor de 10800 dam pin al pertencente a
José Leitão Dias, situado janto daquê-
le logar. O primeiro foi condenado
na pena de 30 dias de prisão, 5 dias
de malta a 1900 diário e 200900 de
imposto de Justiça ei o segundo, na
pena de 6 dias de prisão, convertida
em igual tempo de malta a 10400 diá-

rios, 3 dias de malta a 1400, ou seja.

na malta total de 635400, 200800 de im=
posto de Justiça, Este e aquela com Os

legais acréscimos e|-solidariamente |
em 61800 de emolumentos para o sed:

defensor ofícioso e 50400 de indemni-
sação ao queixoso, dio a pena sus-
pensa por dois anos, quanto ao álti-
mo. suspensão que não abrange 0 pan
gamento do imposto de Justiça e res
pectivos acréscimos.

— No dia 9 — Adelino António Dias,
casado, trabalhador, do Mosteiro,
concelho de Oleiros, de, em 1 de Se-
tembro do corrente ano, haver agrex
dido José. Alves Sequeira, do mesmo
logar, causando-lhe númerosas e gran
ves lesões, que condicionaram 30 dias
de doença com impossibilidade para
o trabalho durante. o mesmo tempo.
Condenado. na pena ide 8 meses de
prisão, convertida em igual tempo. de
malta a 10600 diários, 40 dias de mul-
ta a 1800, ou seja na malta total de
2..440800, 500800 de imposto de Jasti-
ça, êste e aquela com os legais acrés-
cimos, emolumentos devidos aos pex
ritos, 50800 para o sea dejensor Ofim
cioso e 200500 de indemnisação ao
queixoso .

— No dia 9 — Domingos Lourenço,
de 51 anos, agricaltor, do Vale Vera
gão, freguesia do Carvalhal, de, em
Ouztabro findo haver agredido: Artar
Coelho, seu sobrinho com-um paa de
que se manira, causando-lhe – lesões
que prodaziram 15 dias. de doença
com impossibilidade para o trabalho
nos primeiros 10. Absolvido. :

AP Dag

RADIODIFUSÃO!

O sr. dr. Antunes Guimarãis,
ocupando-se há poucos dias, na
Assembleia Nacional, do decreto

de 14 de Setembro último que

estabeleceú o novo regime de

Radiódifusão, disse que anterior-

mente se havia <onsiderado. ser

ela um factor precioso de cultura,
facilitando-se a sua entrada em:

todos os lares, mesmo nos mais
humildes, sem constituir encar-
gos nem dar margem a [iscaliza-
ções vexatórias; que o decreto
em. vigor tornara a taxa extensiva
a todos os aparelhos existentes
em cada habitação e que as CO

por, no dia 24 de Julho do corrente | foco,

“muita a 1300,

Si

var as bases do orçamento e mar-
car o plano de acção da Junta de

‘ Província no futuro ano. Usou da

palavra o Senhor Presidente que.
disse o que foi a acção da Junta
sob os diversos,
aspaetos da sua actividade. A tra-.,
cos largos vincou a acção da
Junta nos festejos provinciais co

memorativos do Duplo. Centená- |

tio e frisou que a Junta havia
dispendido a verba do orçamento
para tal votada, em duas cbras
destinadas a honrar a nossa Pro-
víncia — a publicação de uma

obra de alta cultura. que está.

aparecendo sob a rúbrica «Subsi
dios para a Ristória Regional da
Beira Baixa», e a criação de uma.
escola de bordados para O tes-|
surgimento da indústria caseira.
das cochas de Castelo Btanco.

A Junta está satisfeita com o
resultado obtido pela escola de

bordados que teve o condão de.

ganhar as simpatas de toda a
gente que se interessa a valer pe-
los nossos valores artísticos, e
Se a iniciativa merecer a aprova-

cão do Conselho, a escola de |

bordados ir-se à deslocando poi

todos os concelhos da Província

no intuito de habilitar núcleos ce
rapa! igas bordadoras que, com
ciência e consciência, saibam re-
produzir os velhos modêlos das
nossas colchas. Ainda a iniciati-
va do ressurgimento das colchas
de Castelo Branco teve O condão
de chamar à vida uma outra in-
dústria caseira, de velhas tradi-

ções na Beira Baixa. Rifiro-me à

criação do bicho da sêda que
ainda hoje se pratica em algumas
freguesias da Serra, sobretudo
na freguesia do Estreito. A Junta
para estimular a

tar o plantio de novas amoreiras,

| fornecendo as necessárias plantas:

a quem’as requisitar. Sob o as-

pecto da assistência a Junta man-:

teve e procurcu dar incremento

à sua obra Colônias Balaea es—
que se pode afoitamente: dizer
que honram a nossa Província.
O resultado benéfico das Colônias

pode ver-se no reiatório publica-

do pelo Dispensário de Pueri-
cultura «Dr. Alfredo Mota».

Mas mais além foi ainda a
acção da Junta na sua missão de
bem-fazer em prol das popula-
ções rurais e assim vem ela ese
timulando a obra da assistência
méaica, prccurando que os Pos-
tos Médicos que tem espalhado
pelas nossas freguesias Venham
a ser instalados em edifícios p:ó
prios, com todos os requisitos
para a sua eficiência. Tiês fre=
guesias requereram êste ano a

comparticipação. da Junta para a

indústria da
criação do sirgo propõe-se inci=.

fim destinados — Lardosa, Pêso
: de Vila de Rei e Cazegas — Nas.
* bases orçamentais que a Junta,
submete à vossa. aprovação, figu-.
ra a verba necessáia para subsi-
diar quatro freguesias, que,. no,
ano de 1941. queiram também |
abalançar-se à construção de edi-
“ fícios apropriados aos: nossos.
Postos Médicos.

A verba destinada a nen:
mínima para as necessidades da.
Província, mas avultada na ex’-
“guídade das nossas possibilidades .
| orçamentais, será distribuida-no ..
– próximo ano como nos anterios .
res, com aquêle critério de justi=.
ca que sempre tem norteado a.
“Junta de Província.

No. próximo ano o plano de
actividade da Junta será conti-.
nuar a executar a sua obra de;
“cultura, é procurar por todos os,
meios ao seu alcance o progres-
so económico da Beira Baixa,
colaborando .com os organismos
do Estado para que as aspirações
que se esboçam em diversos con-.
celhos tenham realização ime-.
ciata.

: À Junta espera que o Conselho –
Provincial aprove a sua acção, e.
lhe marque novas directrizes, se.
| assim o entender por bem.

Tomou depois a palavra o Se-
nhor Engenheiro Melo e Castro
que disse ser a Junta de Provina-
“cia merecedora dos melhores elo-
gios pela acção inteligente que:
põe ao serviço da nossa Provin-
cia, e muito era de louvar a ini=
ciativa da criação de escolas de:
bordados nos diferentes conce-:
lhos. Como Director da Escola
Industrial de Campos Melo, de
Covilhã, desde já oferece a sua
colaboração para a escola de bor=
dados poder já funcionar no pró.
ximo ano, na Covilhã, como com-
plemento da aula de desenho que .
existe na Escola Industrial que.
dirige.

O Senhor Presidente agrade.
ceu as palavras do Senhor En-.
genheiro Melo e Castro e esclas..
receu que o programa da criação .
e funcionamento das escolas de
bordados será devidamente estu |
dado, observando que a Junta ne- :
cessita apetreçhar se com a es-
colha de modêlos de colchas a.
reproduzir e com as matérias pris
mas indispensáveis, como seja
linho e sêdas naturais e só de-
pois disso conseguir poderá res
solver sôbre a criação de novas :
escclas, ficando, no entanto O
Conselho certo que a Junta ema.
prega’á os seus melhores esfor- |
‘ ços para que no próximo ano ao |
! menos duas escolas funciônem na –
Província. e

(continua) |

pa de edifícios a êsse.

comemora

+ Neérologia

No dia ti do corrente faleceu,
no logar do Chão da Forca (Ser-
tã) onde residia, a sr.? D. Ceci-
lia de Jesus, de 93 anos de ida-
de, naturel das Cimadas, fregue-
sia de Proença-a-Nova, viúva do
Manoel da Silva, mãi dos
ses. Francisco da Silva Martins
do Chão da Forca e António da
Silva, de Lourenço Marques, e
avó do sr. Engenheiro-Agróno-
mo Alvaro Martins da Silva, de

“| Lisboa, a quem apresentamos as

nossas sentidas condolências.

O funeral efectuou-se, no dia
seguinte, com ao acompa-
nhamento. –

braniças deixaram de ser feitas
mensalmente, passando a semes-
trais ou anuais, o que se torna
incomportável para a maioria dos
subscritóres, apontando, aínda,
entre outras considerações, que o
mesmo diploma cria dificuldades
ao comércio da especialidade. .

O orador terminou por pedir
ao Govêrno que suspenda a exes
cução do decreto aludido e no
meie uma comissão para estudar
0 assunto, sit e

Supa dos Pobres

| Movimento de Setembro |

Receita: Cota mensal de um –
anónimo, 100800; cotas diversas, –
195850; recebido da Câmara Mus :
nicipal, 70800; idem da sr? D..
Guilhermina L. de Portugal Du-
rão,. 30800. Soma, 395800. Gé-
neros: de um anônimo, meio al.
queire de batatas.

Despesa: pão, batatas, horta-.
liça, arroz, carvão,- cozinheira e.
impressos, 385825.

Movimento de Outubro

Receita: Cota mensal de um
anónimo, 100800; cotas diversas, –
180850; recebido da Câmara Mus
nicipal, 70800; idem do sr. Ge. -.
neral Couceiro de Albuquerque, |
20800; idem, da sr.* D. Guilhers
mina L. de Portugal no 308.
Soma, 400850.

A Direcção agradece, múito re.

conhecida, em nome dos pobre-
nos su

 

@@@ 1 @@@

 

Carestia dos ovos e fal-
“ta de manteiga

No último mercado venderam»
“se ovos a 6800 a dúzia, o que é
um desalôro, tanto mais tratan-
do-se de um artigo de primeira
necessidade e, por conseguinte,
indispensável, especialmente a
doentes. “
Se as autoridades competentes
pusessem côbro a êste desmando,
que não se justífica, usado por

alguns gananciosos que, nesta:

época, próximo do Natal, sabem

“o quanto aqrêle artigo é procu-
rado, agiriam em conformidave
com a lei, que não permite o au-
mento exagerado dos géneros
alimentícios, e teriam o incondi-
cional apoio dos consumidores,
que não podem admitir extor:ões
de qualquer ordem.

Algumas pessoas se nos quei-
xaram do abuso e cá estamos a
juntar-nos ao protêsto geral de

– Quem reclama com razão.

E

Há muitos dias que sé vem no-

tando completa faita de manteiga
nas mercearias locais, o que cau-
sa sérios transtôrnos. Sabe-se,
contudo, conforme nota forneci-
da à Imprensa pelos Serviços de
Fiscalização da P. S. P., que não
há açambarcamento do artigo na
principal região produtora, de-
vendo o facto atribuír se a várias
causas, entre as quais a grande
falta de leite e a dificulvade de
obtenção de margarinas estran-
geiras,
– São conhecidos os preços de
venda a retalho e, sempre que o
vendedor peça mais caro, devem
os consumidores queixar-se.

eb D pago
O eterno desmazêlo

Das carroças que conduzem es-

trume dentro da vila caiem, mui-
tas vezes, pedaços dêle para os
pavimentos.
* Os condutores podiam evitar
isto desde que usassem certa cau-
tela ao carregar as carripanas.
Porque o não fazem ?

“E” uma porcaria espalhar o es-
trume nas calçadas e produz pés
simo efeito.

Drop
CANTINA:
Depois de âmanhã, sábado,

desenrola-se no nosso «ézran» o
filme emocionante e arrebatador
-— MOBILIZAÇÃO GERAL —
onde se mostram as angústias e
sofrimentos que à Humanidade
foram impostos pela m bilização
para o actual conflito A paz em
perigo, as complicações interna-
cionais, as horas de incerteza
dum imundo em armas, enfim, a
Mobilização Geral. Tem, como
principal protagonista, o célebre
artista Eric Von Stroheim

. Para o próximo dia 30 anun-
cia-se um filme de permanente
gargalhada — UM PAR DE CI

GANOS —, em que figuram Stan !

Laurel é Oliver Hardy (Bucha e
Estica), azes impagáveis do riso.

«Dr

$

Desastre na caça –

Na companhia dos srs. Isidro
Lopes e Francisco Gomes Bar-
roso, da Várzea dos Cavaleiros,
and-va, no dia 11, à caça, pró-
ximo daquela aldeia e aí por vol-
ta do meio-dia, o st Fiancisco
Rafael Baptista, comerciante, des-
ta vila. Ao querer disparar um
tiro, servindo-se do cano esquer-
do da sua espingarda, o que era
“a primeira vez que fazia naquêle
dia, a arma rebentou junto à cu-
latra, ficando o sr. Baptista feri-
do. na face, no pulso esquerdo e
na perra esquerda. Felizmente,
os ferimentos não foram de gra-
vidade e a vítima pôde regressar
à Sertã conduzindo o automóvel
em que se tinha transportado,

A

A Oomaróa da Sertã

Comemorações Centenárias

 

Visitemos agora o Pavilhão da Coloniza-
ção :

A” entrada vemos baixo-relêvos representan-
do a Fé e o Império que juntos andaram e se
espalharam pelo Mundo. E

Em várias salas representam-se por meio de
mapas, baixo-relêvos, quadros, tapeçarias, pai-
néis, a obra formidavel da Colonização portu-
guesa em todos os Contirentes

Acolá está o mapa em que o Mundo apare-
ce dividido em duas partes, pelo Tratado de
Tordesilhas, uma para Portugal outra para a Es-
panha que após nós se lançara tambem nos des»
cobrimentos,

Entremos agora no Pavilhão do Brasil.

Esta grande nação sul-americana exemplo
portentoso da nossa vocação colonizadora, filha
do nosso sangue e do nosso esfôrço civilizador,
não podia deixar de se representar e lá está por
isso o seu pavilhão onde se retratam os varia-
dos aspectos da pujante vida da nação brasileira.

Mais adiante a Casa de Santo António, evo-
cação da casa medieval de Lisboa, homenagem
ao grande luminar da Egreja e glória nacional.

Passemos, agora, em rápido relancear de
olhos, pelo Bairro Comercial e Industrial que é
a reconstituição dum bairro da velha Lisboa e
onde se apresentam ao visitante algumas mani-
festações de actividade comercial e industrial do
presente.

Agora segue-se o Pavilhão de Lisboa :

Nêle está representada em pinturas, relêvos
e azulejos a Lisboa do passado e em projectos,
desenhos, plantas a Lisboa do futuro.

Visitemos agora o Pavilhão dos Portugue-
ses do Mundo:

Eº o gráfico representativo, em côres e ima-
gens, da actividade dos portugueses pelas cinco
partes do Mundo, onde deixaram, bem visivel,
a marca indelevel do seu génio e da sua influên-
cia, no dominio cientifico, literário, militar e es-
piritual. nes

De tão funda influência basta citar o caso
de em vocabulários de distantes povos do orien-
te haver numerosos vocabulos de origem portu-
guesa,

Entremos agora no Centro Regional.

Nêste recanto da Exposição se reproduziu
com sugestiva arte e expressão local a vida e
costumes das provincias portuguesas. Pode bem
dizer-se que está ali um resumo do Portugal
bucólico.

Segue-se agora a Secção da Vida Popular,
cheia de interêsse onde estão representadas as
artes e ofícios populares que são a própria vida

anónimas creações de beleza.

Visitemos agora a Nau Portugal que se en-
contra perto :

Eº uma admiravel reconstituição de um dês-
ses galeões po’tugueses das carreiras para a India.

Penetra-se no seu bojo, entra-se no cama-
rim, com lavores doirados, de pôpa, percorre-se
o convés e, de súbito, numa absiração de espíri-
to, parece-nos ver povoar-se a nau dessas figu-
ras rudes dos esforçados marinheiros portugue-
ses dos Descobrimentos, faces requeimadas pe-
los soes de ásperas e tormentosas viagens, cor-
| tadas de cicatrizes de mil batalhas. o vento ruge
nas enxárcias e o mar raivoso dos segrêdos que
‘lhe arrancam açoita raivosamente o costado da
| fragil embarcação, mas aquêles homens têm no
peito um coração intrepido uma fé viva, confiança
no seu capitão, e, parece-nos, então, ouvir, do-
minanio o bramir das vagas reboar estentórea,
“acolá no castelo da pôpa, a voz do comandante :
: «Não hajais mêdo portugueses é o mar que tres
me debaixo de vós»!

Acolá está o Padrão dos Descobrimentos
em forma de p:rôa avançada sobre o mar, tradu-
zindo a própria projecção da Raça no Mundo,
onde estão esculpidas a figura do Infante D. Hen=
rique, à frente seguido de todos aquêles que co-
laboraram na obra formidavel da expansão.

Agora visitemos a Secção Colonial:

tivos das nossas provincias ultras-arinas e a re.

económica da Nação e tantas vezes constituem

Nela se encontram os pavilhões representa |

produção daiguns dos aspectos característicos |

Discurso proferido pelo sr. dr. Rúben de Carvalho,
Delegado do Procurador da República da Comar-
ca, na sessão solene realizada nos Paços do
Concelho, em 2 do corrente, para encerrament
das festas no nosso concelho E

 

(Conclusão)

| das nossas colónias, designadamente uma rua

m Macau e um grupo de aldeias indigenas.

Em cada Pavilhão se apresenta com cartas
em relêvo, iluminadas, ilustradas e comentadas
a geografia política, social fisica e económica
de cada colónia.

Acolá erigiu-se o Pavilhão das Missões
Católicas homenagen à sua alta e benéfica
missão civilizadora.

Mais alêm o Pavilhão da Caça onde se apre-
sentam, figuradamente, exemplares da fauna co-
lonial e episódios de caçadas.

Mais alêm o Pavilhão das Artes Indígenas.

E, finalmente entremos no Pavilhão de Por-
tugal 1940 quer dizer na própria actualidade.

Nêste Pavilhão se documentam, em mos-
truários, gráficos e gravuras as notaveis realiza.
ções do Estado Novo que marcam, em verdade,
na nossa História, uma fase de renovação e pro-
gresso, uma verdadeira Restauração !

»* * x

E agora, ao abandonarmos a Exposição ma-
ravilhosa, depois desta visita relampago, volte

mo-nos aínda uma vez: está ímersa num mar de!

luz, traços incandescentes sublinham os relêvos
e contornos dos Pavilhões, acolá, no meio da
Praça, está a formosa fonte luminosa que eleva
no espaço os seus irizados repuxos de agua que
logo recaiem em aljofrada nevoa, transparente e
imponderavel, nas aguas quietas do Tejo pousa,
cintilante de luzes, a Caravela, símbolo de Por-
tugal Navegador, as pedras seculares dos Jeró-
nimos que a patine do tempo enegreceu e que a
profusão dos focos coloridos matiza de estra-
nhas tonalidades, parecem rememorar aquelas
épocas passadas em que, naquela pequena praia,
Portugal embarcou para a Aventura Heroica da
Conquista do Mundo !

Saimos com o espírito ainda vibrante da
emoção recebida naquelas horas de inesquecivel
beleza que acabamos de viver e vimos meditan-
do na impressionante grandeza do passado por-
tuguês

‘ Quasi se nos afigura impossivel que um pe-
queno país de escassa população, haja construi-
do Império tão vasto e longínquo, percorrendo
tôdas as estradas do mando, entre mil perigos e
dificuldades, desbaratando coligações de inimi-
gos, colonizando terr:s distantes, e, então pen-
samos que se houve alguem que chamou à irra-

diação grega pelo Mediterraneo o «milagre gre

go» nós bem p’deremos chamar à irradiação
portuguesa pelo Mundo o «milagre português».

Portugal acaba, pois, de celebrar, jubilosa-
mente, os seus oitocentos anos de vida nacio-
nal, a sua formação e expansão pelo Mundo, a
realidade do seu génio creador e civilizador
triunfantemente afirmada contra todos os derro-
tismos e afirmações dum sectarismo desnaciona-
lizador.

E não houve nesta atitude de Portugal egois-.

mo e indiferença pelo imenso drama que se es-
tá desenrolando no Mundo, não, Portugal sente
profundamente essa tragédia duma guerra cruen-
tissima e devastadora em que monstruosas má-
quinas de destruição trituram vidas sob o seu
peso, em que jorram do ceu torrentes de fogo
que calcinam e destroem aldeias, vilas e cidades,
em que, diariamente, se engolfam nos abismos
do mar, riquezas e vidas incontaveis, e, acolhe

‘ afectuosamente aqueles que vêm fugidos dos
: seus lares destroçados.

Ofereceu até impressionante contraste esta
atitude dum Povo que em Paz, com confiança,
com firme desejo de trabalho e colaboração, com
elevação de espírito, festejou as datas mais glo-
riosas da sua vida.

Jovens da Mocidade Portuguesa :

Em vós, gerações recem-chegadas à Vida,
portadores duma alma embrionária, em vós con-=
fia o Portugal do Presente que está lutando e
trabalhando para conservar e engrandecer o pa-
trimónsio que lhe foi legado, em vós confia para
assegurardes no Futuro a continuidade de Por-
tugal Eterno !

“Sertã, 2 de Dezembro de 1940.

Rogério M. Lucas, dr. Francisco | António A. Craveiro. Substitu-

Club Sertaginense

Resultado das eleições, efe
ctuadas no domingo transacto,
dos Corpos Gerentes e Mêsa da
Assembléia Geral para o ano de
1941:

Direcção — Efectivos, dr. An-
gelo H, Vidigal (Presidente), dr

 

N. Corrêa, dr. Flávio dos Reis e
Moura e José Fernandes Lopes;

‘ Substitutos, Aníbal N, Corrêa,

Joaquim da Silva Lourenço, Ce-
lestino P Mendes, Alcino M. Ba-
“rata e Armando A. da Silva.
i Conselho Fiscal — Pl-ctivos,
António Barata e Silva (Presi-
| dente), Francisça P, de Moura €

tos Acácio f. Soares Ribeiro,
Manoel António e José Ferreira
Júnior. Mesa da Assembléia Ge-
ral — Efectivos, dr. José C Ehr-
hardt (Presidente), Abilo R Lo

pese E Ba ata da Silva Corrêa |
Substitutos, Eugénio A. de Car-
valho Leitão, Olímpio A Cra-
veiro e Joaquim F, Monteiro.

 

Nolasalápis

 

(Continuação)

APROXIMA-SE o Natal, a

festa da Família por ex-
celência, e nesse dia todos as:
piram a juntar-se no lar pas
terno, logar dulcíssimo onde
se mantêm as mais puras e
ternas afeições. Ão redor da
lareira os velhos recordam os
tempos saiidosos da meninice

ca e candura, miram os brin-
quedos que o Menino Jesus, na
noite da véspera, descendo pes
la chaminé, sorrateiramente,

há tantos cristãos sem o acons
chêgo do lar no dia de Natal!

pensamento nas mãise nas es=
vôsas! Tantos pobrezinhos, a
tiritar de frio, sem um caido,
sem um carinho!

Que cada um de nós alivie,
dentro do possível, us sofri-
mentos alheios no dia de Na-
tal. Praticaremos a obra mais
grata aos olhos de Deus.

piridaep
OS AMIGOS DA «COMARCA»

A ilustre Direcção do Colégio
de Nun’Alvares, importante es-
tabelecimento de ensino primário
e secundário de Tomar, enviou-
nos a importância de Esc 100800
como auxílio ao nosso jornal.

Um prezado assinante e amigo
remeteu-nos 10$00 para nos au-
xiliar na compra do papel de im-
pressão.

terável dedicação.
proa

A (querra

te nada, o podia prever quando, há

trechadas, tinham nas mãos uma ma-
tinuarem a invasão do Egito e ataca-

rem o canal de Suez, vibrando um ru-
de golpe na Inglaterra.

isto ?

terra sagrada da pátria lhes exigiu pa-
ra a sua defesa e integridade. São, as-

consciência do seu valor: batem-se
galhardia que assombra; há uma fôrça
dinâmica a arrastá-los para a luta, O
desprendimento pelo perigo e pela
morte, um sópro heróico a dominá-los,
que contagia os soldados na frente de
e outros irmanados nos mesmos senti=
ra querida.

cidade e espírito resoluto, proverbial
em si, surpreenderam os italianos no
bém uma admirável organização mili-
momentos oportunos.

Deslocarem-se em silêncio através
do deserto, na escuridão da noite ou

tânicas e o seu admirável engenho, en=
genho que excede tôdas as expectati-

armas a valentia e magnífica organiza-
ção do exército italiano, que tem a coa

valor, o marechal Graziani, que é, in=
na Itália.
Nós, como portugueses e, por cora

ue mais feriram ‘a nossa atenção nos
últimos dias.

4

DrOIO

BOAS FESTAS

amigo sr. Artur Farinha da Sil.

mentos de Boas Festas. Re
Agradecemos q retribuimos,

 

eos pequenitos, cheios de gra-:

viera depor nos seus sapatitos!.
Mas, por esse Mando fora,.

Tantos soldados, na frente.
de batalha, lutando pela des.
fesa das suas pátrias, com o .

Agradecemos, de-veras reco-‘
nhecidos, estas provas de inal..

Os fados correm agora propícios a
ingleses e gregos e nada, absolutamen-.

menos de dois meses, a Grécia foi in-.
vadida pela Itália e as fôrças do mare –
chal Grazziani, bem fortíficadas e apem.

gnífica posição estratépica para con-.

O que podemos conjecturar de tudo
Que os gregos, senhores de uma :
história duas vezes milenária, encar=
nando todo o heroísmo dos seus ante-.
passados, não trepidaram, desde o pri- .
meiro momento, nos sacrifícios que a :
sim, OS pequenos povos, quando têm a :

sem vacilar, sem desânimo, com uma:

combate e os civis na rectaguarda, uns |
mentos de abnegação e amor pela ter-
Os ingleses, mantendo aquela tena-
deserto da Líbia, numa acção que rem.
vela não só muito heroísmo, mas tam- –

tar, pronta a agire a revelar-se nos .

deitadas e imóveis à torreira dum sol .
abrazador,evitando, com a sua aviação, .
que a aviação italiana descobrisse a .
aproximação do ataque, prova a ex- ‘
traordinária resistência das tropas bri-

vas, E mais sobreleva êstes feitos de ‘

mandá-lo um homem de comprovado .

dubitávelmente, uma glória da moder. :

seguinte, absolutamente neutros, limi- –
| tamo-nos apenas a registar os factos

O nosso prezado assinante e |

va, de Lisboa, teve a gentileza |
de nos enviar os seus cumpri-.i-.