A Comarca da Sertã nº221 05-12-1940
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– FUNDADORES
— | Dr. José Carlos Ehrhardt —
a
— Dr. Angelo Henriques Vidigal —
—— António Barata e Silva -——
Dr. José Barata Corrêa e Silva.
Eduardo Barata da Silva Corrêa
00 anos são passados sóbre
– O grito de revolta que os
conjurados do Palácio dos
Almadas lançaram contra o
domínio estrangeiro.
4 alma de Portugal não po-
dia por mais tempo suportar
os verames e opressões que
haviam tornado tam negro e pe-
sado o seu cativeiro de 60 anos!
O patríotismo viril e a sêde
de liberdade despedaçaram,
para sempre, as grilhetas hor-
ríveis que haviam redozido um
povo heróico à situação de-
* gradante ae escravo.
O povo português nasceu
para ser livre. O amor da Pá-
tria conserva-se néle tam puro
gue nada o poderá manchar.
” Eutando sempre, através da
sua História, contra a tirania,
– Portugal soube conquistar o
“respeito dos ontros povos el
impor-se pela sua formidáve
cbra de Civilização em todos
ae os continentes. E
te
vrador, começou a apa-
“nhar a azeitona.
“De bva qualidade é ela, mas
tum ponca que se podem con-
siderar satisfeitos aquêles que
cótiverem o azeite necessário
rara o gasto de suas casas
dirante um ano.
O pior é para os que têm de
Comprar, pagando por êle um
bim preço.
Perante a escassa produção,
0s ranchos, êste ano, reduzem»
sea meia dúzia de homens e
mulheres. Nem as cantigas.
alegres, nem os búzios atroa-
cão os ares, dando uma nota
de vida e de contentamento. E
as filhós, afinal, hão reduzir-se
a uma simples pinga!
CHrOO
DIZiA-NOS, há dias, uma se-
nhora muito respeitável e
de certa idade, que aqui vive
há muitos anos:
—Dantes, na Serta, existia
grande animação, porque tô-
das as famílias, sem excepção,
se. davam muito bem umas
com as outras, a ponto de pa-
recerem nma só família; as
festas eram Ffregiientes, as
réliniões marcavam pela dis-
tinção e harmonia entre todos!
Hije é o que se vê: cada fami-
lia vive quási exclusivamente
consigo própria e para si, a
gue não é estranho certo egoís-
mo; como sea Sertã fôsse uma
“rande cidade, como se nin-
guém se conhecesse…
dquela senhora, que viveu
uúgui uma época feliz, não dei-
Za. realmente, de ter certa
razão.
Neste mundo é assim: tudo
muda com o tempo!
Este número foi visado pela
— Comissão de Censura
de Castelo Branco |
EE es testa freguesia:
“da por aí, um ou outro la-|
O nosso inquérito às Juntas de Freguesia da Comarca da Sertã.
Depõem, hoje, os srs. P* João Martins e Fernando da Costa
Lima, dignos Presidentes das Juntas de Freguesia, respectiva.
mente de CASTELO e CARVALHAL, (concelho da Sertã).
A e
««. Sr. Director do Jornal «A Comarca
da Sertã»
Em resposta à carta de V. de 2 de Outubro
do ano corrente, venho informar V. do seguinte:
Durante a vigência do Estado Novo não
houve nesta freguesia quaisquer melhoramentos,
comparticipados pelo Estado, a não ser a estra-
da da Póvoa à sede desta freguesia, prestes a
concluir. E
Da Câmara Municipal teem vindo alguns
subsídios, com o producto dos quais se tem pro-
cedido ao consêrto de vários caminhos, alguns
dos quais quási intransitáveis.
Melhoramentos de grande utilidade para
1.º — Prolongamento da estrada que partin-
do do Castelo, sede da freguesia, vá entroncar
com a estrada que se dirige a Figueiró, Coim-
bra, etc,
2.º — Ampliação do actual cemitério, de
dimensões acanhadas, para o serviço desta fre-
guesia, em virtude do aumento da população.
3.º — Construção duma casa para nela se
celebrarem as sessões da Junta de freguesia, com
uma dependência anexa para o serviço do Re-
gisto Civil.
4.º — Construção duma casa para residên-
cia do respectivo Pároco.
São estas as necessidades que reputo de
mais urgência e de utilidade para esta f.eguesia.
Com a maxima consideração me subscre-
vo, etc.
O Presidente da Junta,
P.º João Martins
««« Senhor Director do Jornal
«A Comarca da Sertã»
Em resposta à circular de V. pela iniciativa
em vosso conceituado jornal, no inquérito ás
Junta de freguesia, exponho quais os melhora-
mentos públicos realizados nesta freguesia, e
importância das verbas adquiridas durante a vi- |
gência do Estado Novo. Ainda as obras em
cons’rução, e as que aguardam subsídio necessá-
tio para o seu início.
Os melhoramentos obtidos foram:
1º — Construção da ponte no ribeiro
1.000$00
do SeSMO Ga un
2.º — Reparação da fonte da Varzea
so under els a 53800
3º — Caiação do Cemitério 550800
4,º — Móveis para a sala das sessões
Mun ao 150800
5.º — Consêrto na casa paroquial 830$00
6.º — Caiação e limpeza na habitação
RG 2 ca: 118800
7.º — Captação de água, beneficiação
na fonte do Sesmo . … 568300
8.º — Construção de um Aqueduto no
lupór Go Viseit. ir. 308800
9,º — Reparação no mobiliário da Es-
cola do dd o es 422890
10º — Reparação de caminhos . |, 845800
11.º — Construção de um muro junto
da Escola «o chca e E 255800
12.º — Despesa feita no posto Esco-
lar do Viseu. da 50880
13.º — Captação de agua e benefícia-
ção com lavadouro e bebedouro :
950800
na fonte de Aldeia Fundeira .
14,º — Construção de um Aqueduto na
passagem pública no ribeiro do
Sesmo . 450800
15.º — Construção de uma fonte, com
lavadouro e bebedcuro, no lu-
gar do Viseu Cimeiro . . 585800
“Receitas obtidas . É
1.º — Da Câmara, em 1933. . 200800
2.º — Importância do braçal, cobrado
pela Junta 1935. cc. 965800
3.º — Recebido da Câmara em 1938. 2.000800
4º0— > » » » 1939. 1 300300
5º — » > » >» 1940. 1.000800
6º — Sepulturas vendidas . . 700800
7.º — Pedido aos habitantes desta fre-
guesia para início da ponte do
Tibeiro do Sesmo. . v.
8.º — Multas aplicadas pelo Ex.”º Sr,
Delegado Especial do Govêrno,
a: alguns habitantes desta freg.*
404800
800800
Ohras em construção
Fonte do Ramalhos administrada pela Câ
mara de comparticipação do Estado.
Melhoramentos pedidos que aguar»
dam comparticipação do Estado
Fonte do Sesmo, em 1934.
Edifício da nova Igreja em 1940,
Reparações a efectuar
Alargamento do Cemiterio, que é muito
pequeno para a actual população.
Repar.ção de Fontes em todos os lugares
que ainda não obtiveram ê-se benefício e que na
sua totalidade constituem um perigo para a saú-
de pública.
Reparação de caminhos que pela escassa
verba aínda não puderam ser reparados e a cons-
trução de uma estrada que facilite melhor servi-
dão aos habitantes do lugar du Viseu, pois a
actual é de péssimo transito.
A actual Comissão Administrativa unída
no desejo de proporcionar aos habitantes desta
freguesia o melhoramento dos seus logradouros
comuns, de que tanto necessitam e a que tem
jús, pelo eterno e pesado fardo de contribuintes,
mas sómente lhes é possivel ir satisfazendo essas
necessidades pelas de maior urgencia, pelo ra-
teio da insuficiente verba que vem recebendo da
Câmara e que é atribuida ás freguesias pelo ar-
tigo 641.º do Código Administrativo.
Carvalhal, 10 de Novembro de 1940.)
| O Presidente da Junta,
Ad
nr
Fernando da Costa Lima
Õ DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO ea
q Coluando Sonata da Silva Coricia : TI. PORTELA FENÃO
q — REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO —— CASTELO
a | | BRANCO
=| SUR É TELEFONE
«4 PUBLIC -SE ÁS QUINT S FEIR S 112
ANO VW | Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarca da Sertã: concelhos de Sertã | aca d á
Nº 221 | Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei; e freguesias de Amêndoa e Gardigos (do conselho de Mação ) | 1940
o L e
Notas . . REGIONALISMO «.. a lápis
O àr. Maiwald, comissário
do Reich para os certa-
mes internacionais, que recen-
temente visitou a maravilhosa
Exposição do Mundo Portus
guês, afirmou: A obra admi-
rável realizada à beira do Teu
fo vem do seio da própria na-
ção. Às suas raízes mergu-
lham, fundas, na alma do
País, na sua tradição, na sua
História, em tôda a riqueza
do passado, naquilo que tanto
representa para a fôrça dum
povo».
Belas e justas palavras, que
traduzem uma inteira consas
£ração ao nosso esfórco.
«Bio
O concelho de Castelo Bran-
co está a proceder-se à
vacinação anti-rábica dos câis,
como se tem feito em muitos
outros do País.
Assim se evita a raiva, um
dos jiageios mais horrorosos
para a humanidade. E
d E não vai sendo tempo de
adoptar iguais medidas no
nosso concelho, onde há tanto
cão sem açamo por criminosa
negligência dos donos e em
manifesto desrespeito à lei ?
Ei dd
ARA um concurso, realiza
do há poucos dias, de se-
tenta vagas de aspirantes de
Finanças, apareceram dois
mil concorrentes, entreosquais
muitos doutores…
Consideramos isto mau sina
toma.
Num pais, onde todos que-
rem ser «mangas de alpaca»,
desprezando as actividades
produtoras— comércio, indúss
tria, agricultura, etc. —ou por
«snobismo» ou por mandriice,
ou ainda porque o trabalho é
considerado sujeição imprós
pria, que belisca com os pseu-
do-pergaminhos e estnltas vais
dades, hemos de concluir que
a craveira normal se arrasta
na inépcia, na verdadeira incas
pacidade, renegando todo o
esftôrço de que dimana a ri-
queza e bem-estar colectivos.
Todos querem ser alguém |
Os próprios pais, quando are
tistas, são capazes de se des=
fazer da courela para que os
filhos tirem um curso superior,
na suposição tola de que é es«
sa a única forma de ganhar
muito dinheiro! Mas, em mui.
tos casos, êles são uns paras.
sitas da sociedade, uns vicio
sos, cujo único prazer é andar
de lombo direito, desconhecens
do que o trabalho, mesmo hus
milde, tem os seus encantos e
compensações,’
<t EDatag—
A bartir de 28 do findo mês
a Comissão de Abastes
cimento de Carnes em Lisboa
pagurá o preço do gado bovi-:
no na base de 95800 a arroba
de 1.º qualidade.ase de 95800 a arroba
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Castanheirense, Ld.º, avisam o público de que principia-
ram em 9 do corrente mês de Setembro, com a combinação
dos respectivos horários, as carreiras que fazem a HigAção
entre Castelo Branco e Coimbra:
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Castelo Branco 9-00
Sobreira Formosa ll-oo 1l-lo
Proença a Nova 11-30 11-40
Sertã 12-50 13-00
Sernache do Bonjardim 13-20 15-55
Figueiró dos Vinhos l4-15 14-25
Coimbra 16-45
ÁS TERÇAS, QUINTAS E SÁBADOS
CHEG. PART.
Coimbra 11-50
Figueiró dos Vinhos l4-05 14 25
Sernache do Bonjardim 15-07 15lo
Sertã 15-30 1530
Proença a Nova 16 24 16 35
Sobreira Formosa 1655 1705
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= Tom 11,20 » Ferreira do a o
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> Sertã 13,20 » Pernes 21,00
Saída 14,00 » Santarém – 21 40
» Cesteiro 15.05 2 ia Be 10
>» ila Franca 23,10
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De 1 de Novembro a 30 de Junho, efectua-se
às 2.58, 3,ºº € sábados. às 4.88, 6.º q sábados.
Este horário anula todos os anteriormente aprovados
todos os dias excepto aos domingos.
De 1 de Julho a 30 de Outubro, efectua-sa
De 1 de Novembro a 30 de Junho, etectua-setua-se
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A Comarca-da Sertã
Através da Comarca
(Noticiário dos nossos correspondentes)
CARDIGOS, 28 — Faleceu hoje nesta vila com uma
septicêmia a sr.2 D. Clementina Barata Dias Aparício,
com 54 anos esposa do sr. Pedro António Aparípio pro-
prietário. Deixa dois filhos menores. Era nataral da Isna
d Oleiros. A saa morte causou profundo pesar na ireguex
sia pois era muito sociável. Era tia do sr. Tenente-Curo-
n | Laiz Aparício e do rev. Dr. José Aparício, de Lisboa;
d» rev. P.e Luiz Aparicio, de Torres Novas e do sr. An-
túnio Laiz da Mata de Envendos. ;
O enterro realizado hoje 20, foi imensamente con=
corrido, Teve missa de corpo presente, finda a qual se-
guia o funeral para o cemitério.
ga —Deu à luz uma criança do sexo feminino a sr.?
D Aurora Martins Alves Tavares, esposa do sr. Mário
de Oliveira Viegas Tavares, vogal da Camara Municipal
desta vila. Mai e filha encontram-se bem.
SB
e
Ktç*oz
“NESPERAL, 22 — No dia 17 do corrente mês de
Novembro realizou-se o Casamento do Aspirante a Ofi-
cial Miliciano em serviço na Covilhã, António Mendes
Nunes desta freguesia do .Nesperal, com Sr.2 D. Lacília
Bastos Dias natural de Coimbra, e actualmente proles-
sora de Ensino Primário no Rio Fandeiro. Este casa-
mento decorreu num ambiente familiar e maito íntimo
d vído á saúde precária da Mai da noiva Sr.? D. Catari=
na Bastos Dias Serviram de padrinhos por parte da
noiva: seus tios Sr.: D, Candida Costa e marido sr. Ver-
po Costa e do noivo: O pai da noiva, Sr. Gailhermino
ias ea mãi do noivo, Sr.º D. Maria Amélia Mendes
Após o casamento foi servido aum almôço numa
quinta que os pais da noiva possuem em S. João, em ca-
ja casa foi também real’zado o registo civil. O almôço
“Toi fornecido por am dos melhores hoteis de Coimbra e
servido por pessoal do mesmo hotel, retirando os noi-
vos para a Covilhã. :
Apresentamos aos recém-casados os nossos vox
tos de felicidades.
—Também no dia 19 se consorciou em 2.3 nupcias
o homem mais velho desta Ireguesia, pois conta 91 anos
já feitos. E” o sr Joaquim Vitória, natural do Robalo de
Baixo, tendo casado pela 1.2 vez para o Nesperal, cá pix
-pendo sempre. Viávo’ há cêrca de 20 anos, vivia com
Matilde de Jesus desde então. Há poucos anos e devido
a esforços conseguiram que cazasse civilmente, não se
electuando a cerimónia religiosa, por êle não conseguir
a dispensa de proclames.
Casaram agora, êle com 91 e ela com 55 anos de
idade. Saíram da Igreja maito satisfeitos, merecendo ain-
da os nossos parabens. !
— Ainda não demos a notícia do provimento da
nossa escola. Está provida dêsde os primeiros dias lecti-
vos, com a Ex.ma professora Sr.2 D. Angelina Lérias
Morgado, que já o ano passado aqui regea, e êste ano
com júbilo do povo desta aldeia voltamos a sentir o pra»
zer de a ver trabalhar sempre com mais entusiasmo
pela instrução. Embora tarde, dirigimos a S. Ex.2, os
nossos amáveis cumprimentos.
– —Começou-se já aqui a apanha da azeitona dei-
xando os lavradores bastante desanimados pela escas-
sêz da prodação,
Duarte,
Mercado Bittencourt
Em sua sessão, realizada em
27 de Novembro, a Câmara Mu-
n cipal de Ser:ã tomou conheci-
mento da solução dada pelo Sr.
M’aistro do Int rior ao incidente
entre o Clube Bomjardim, pro-
prietário do mercado Bittencourt
e a Cânara Municipal
— Como se sabe, o incidente foi
suscitado por uma representação
dirigida aquêle Ministro, e assi-
nada pelo Sr. António Coelho
Cuimarães, como Presidente da
Direcção, e pelos Srs. A. Carva-
“lho e João Carlos de Almeida e
” Silva na qualidade de represen-
tantes da Comissão de Melhora.
mentos agregada ao mesmo
“Sua Ex.º o Ministro decidiu
que o contrato anteiior era de
manter, menos nas cláusulas que
jan de encontro aos preceitos
novos estabelecidos no Código
A Iministrativo, e conseqiente-
mente ordenou que a arrecadação.
e cobrança de taxas e impostos
no mercado passassem a ser fei-
tis pelos serviços camarários e
não pelo Clube, e, como êste
f.cto envolve encargo para o
Município, mais ordenou que de-
rerá forçosamente mosificar-se,
em justa med da, a percentagem
nos rendimentos do mercado que
aié aqui era atribuída à Câmara,
Segundo o contrato anterior a
percentagem da Câmara era de
55:/, e a do Clube, 45’/,
A =) so
Major Salvador Teixeira
No dia 30 do mês findo dei-
xou de exercer as funções de Go-
vernador Civil de Bragança o sr.
M»jor Salvador Teixeira, cargo
que exerceu durante alguns anos
com invulgar competência, num
estôrço aturado e persistente de
bem servir a Nação e os mais le-
gitimos interêsses do seu distrito.
O ilustre Sernachense deixa li-
gidas, ao seu nome, obras de
grande vulto; a sua acção há-de
ser recordada, para sempre, pela
população do distrito, como a
mais duradoura e importante con-
seguida nas últimas décadas e
que só um homem enérgico, sen-
sato e patriota, como o sr. Major
Teixeira, podia conseguir.
S.-Ex.º assumiu o cargo de 2.º
Comandante do Batalhão de Ca-
cadores n.º 10, aquartelado na-
quela cidade.
Ao sr. Major Salvador Teixei-
ra apresentamos os nossos cum-
pimentos. |,
| Comemorações Centenárias
O encerramento das festas
no concelho da Sertã
Realizou-se na 2.2 feira, dia
2, pelas 16 horas, no salão no-
bre da Câmara Municipal, a ses-
são solene de encerramento, no
nosso concelho, das festas come-
morativas dos Centenários da
Fundação e Restauração da Na-
cionalidade.
Presidiu à sessão o sr. dr.
“Armando Tôrres Paulo, meritis-
simo Juiz de Direito da.comarca,
secretariado pelos srs. drs. Car-
|mara Municipal e losé Carlos
Ehrhardt, médico municipal da
sede do concelho, aposentado.
No espaçoso salão encontra
vam-se bastantes pessoas do
maior destaque do nosso meio,
funcionários públicos, «Mocida-
de Portuguesa», os professores
da sede do concelho e de algu-
mas escolas limítrofes, acompa-
nhados de seus alunos, e bas-
tante povo.
Fazia a guarda de honra um
piquete de bombeiros, sob.o co-
mando do sr. Joaquim Ferreira
Monteiro.
Usaram da palavra os srs. dr.
Rúben de Carvalho. Delegado
do Procurador da República, que
proferiu uma brilhantíssima ora-
ção, o Delegado do Director Es-
colar, António A. Lopes Manso,
e dr. Carlos Martins. Os orado-
res, escutados com o maior agra-
do, descreveram o significado
das Comemorações Centenárias,
que todo o País festejou com o
mais profundo sentimento pa-
triótico, referiram-se a essa ma
ás crianças de hoje, homens do
porvir, as pesadas responsabili-
dades que lhes cabem para man-
ter, intacta, a gloriosa herança
recebida dos nossos Maiores,
que assombraram ‘o Mundo com
os seus feitos heróicos.
Os discursos foram sublinha-
dos com es’rondosas salvas de
palmas e entusiásticos vivas à
Pátria, ao Govêrno da Nação e
aos srs, Presidente da República
e dr. Oliveira Salazar.
Cá fora, no átrio, a Filarmó-
nica União Sertaginense execu-
tou os Hinos Nacional e da Res-
tauração.
N. da R.— O discuso do sr.
dr. Rúben de Carvalho cons-
titue, a-par-de uma magnífica
peça de oratória das mais be
las que até hoje temos tido o
prazer de ouvir, uma elogiien-
los Martins, Presidente jda Cã-
Dia da Imaculada Conceição
O dia 8 de Dezembro é con-
sagrado à Imaculada Conceição,
Padrorira de Portugal.
Noutros tempos, os portugue-
ses dedicavam especial venera-
ção à Virgem Santíssima e a ela
se dirigiam, com todo o fervor,
implorando protecção para a sua
Pátria.
Vai êste ano reviver-se a sole-
nidade das épocas passadas. Os
bispos portugueses querem cele-
brar, neste ano áureo dos cente-
nários da Fundação e Restaura
ção de Portugal, com especial
esplendor, a festa da Imaculada
morado festivamente. Os isinos
repicarão, sobretudo ao meio-dia,
promovendo-se em tôdas as igre-
jas fervorosas comunhões gerais
e a umaiZhora conveniente cele-
bra-se uma função religiosa em
honra de Nossa Senhora.
ge E) ig
Recenseamento Geral da Po-
pulação do Pais
Vai proceder-se em 12 do cor-
rente ao Recenseamente Geral da
População, que comporta uma
série de informações importan-
tíssimas para a vida do País.
E”, por conseguinte, um acto
grave, requerendo de nós todos
grande ponderação, clareza e,
especialmente, absoluta veraci-
| dade.
ravilha da Exposição do Mundo!
Português e à sua alta finalidade .
nacional, lembrando, por tios, | al
Não se trata de aumentar os
| impostos, como podem supor os
ignorantes, mas dar ao Estado
os elementos necessários para se
aquilatar com consciência do po-
tencial da Nação e orientar a
acção governativa no campo so-
«ot Dag
Marco Postal
Sr. João dos Santos- Leó-
poldville: Recebemos a sua pre-
zada carta de 30 de Outubro, de
que retirámos um cheque de
Esc. 60800; descontado o sêlo
de um escudo, ficaram 59800. A
assinatura está liquidada, por
conseguinte, até ao n.º 264. Agra-
decemos, de-veras reconhecidos,
“a sua atenção.
CEE DU aaa
te lição de amor pátrio. E”
nosso intento publicá lo e só
a pobreza de espaço nos im-
pede de o fazer hoje, como
desejávamos,
Conceição. Não só em Lisboa, |
mas em tôdas as paróquias do
Patriarcado, o dia 8 será come-
DIRECTORES:
Dr. Saul Pires Machado
Frederico de Sousa
CLASSE INFANTIL
Maria Helena de Paiva Parada.
1.2 CLASSE
Alfredo do Carmo Andrade, Antônio
José Guarda Ribeiro, António Maria de
Carvalho dos Santos, Maria Lucília
Antunes Lagõa, Maria Tereza Dâmaso
António da Conceição.
1.º ANO
Armando Mendes Varela, José Gui-
lherme das Neves Tomaz Agiia, Ma-
nuel Francisco Ferreira, Maria Emília
Guarda Ribeiro, Humberto Luiz da En-
carnação Rebêlo da Silva.
2º ANO
Adelino Rocha de Matos, Alexandre
Moreira Henriques Serrano, Américo
da Silva, António Alves do Rêgo Serm
rador, António Gumersindo Paiva Pa-
rada, Carlos de Sousa Baptista Ride,
Carlos Lopes, Carlos Pais de Moura,
Fernando Gaspar Ribeiro Guerra, Joa-
quim das Neves Mendes Pimentel, José
Dr. José dos Santos Alves P 0 M B Â L Alvará 238
Colégio Marquês de Pombal
(Para os dois sexos)
(O colégio de maior frequencia em todo o Distrito de Leiria)
Sede do Centro Extta Escolar n.º 2 da Mocidade Portuguesa
7ELEFONE 50
Fundado em 1930
Instrução primária -— Admissão aos Liceus — Curso completo dos Li-
Ceus 1.º, 2º e 3.º ciclos) — Aptidão à Universidade — Lavores -—
Cursos práticos de trancês, inglês e alemão — Música — Ótimas
instalações — Laboratório de Ciências Físico Químicas — Gimnásio
— Campo de Jogos
4.00 lectivo de 1939-1940
Transitaram às classes imediatas, os seguintes alunos:
INSTRUÇÃO PRIMÁRIA
24 CLASSE
Artur Gonçalves da Silva, Carlos Al-
: berto Mendonça Martins de Lucena, Es-
: ter Carvalho dos Santos, Francisco Jo-
‘sé de Cabedo e Lencastre Águas de
Amorim Pessoa Varela Pinto, José;
Oliveira, Maria Alcina de Soveral Mar=
| tins Rodrigues Pereira, Maria Tereza
: de Paiva Parada, Victor Manuel Pinto
; de Cabedo e Lencastre.
CURSO DOS LICEUS
Fernando da Silva Castelão, José Gon-
çalves Duarte, José Gonçalves Monteim
ro, José Lourenço Gonçalves, Luiz
Fernando, Maria Celínia Santana dos
Santos Silva, Maria Eduarda Alves Ri-
beiro, Maria Margarida Teixeira Lei- |
tão.
4,º ANO
José Ricardo Monteiro, José da Silva
Córado, Luiz António Ferreira Baptista
Marques Batoque, Manuel das Neves
Mendês Pimentel. –
5.º ANO
* Luiz Filipe de Menezes Falcão, Ma-
ria Emília Santos Moreira e Sousa,
Vasco Goucha Jorge.
Obra das Mais pela Educa-
ção Nacional
‘O DIA DA MÃI
A IIl Semana da Mãi que se
realiza em Portugal vai efectuar-
se de 8 a 14 de Dezembro, como
nos anos anteriores; e também
como em 1938 e 1939, o demin-
go da referida Semana será em
todo o País o Dia da Mãis.
Ora, por impressionante coin-
cidência, nêste ano gloriosamen-
te evocativo de 1940 o domingo
destinado à consagração mater-
nai caí precisamente no dia 8,—
o dia de Nossa Senhora da Con-
ceição, Padroeira de Portugal e
a mais gloriosa de tôdas as Mais
Êste será, pois, ainda mais um
motivo para que todos os portu-
gueses, mais pequeninos aos
mais velhos, tenham nesse dia as
suas expansivas manifestações de
dade piedosa, por Aquelas a
quem devem a vida.
Bem sabemos que estas pala
vras não podem ter o condão de
acender êsses sentimentos de
amor filial naqueles que tenham
a desdita de não os sentir; mas
aqui estamos a lembrar a quan-
tos privarem com crianças, —
Pais, simples parentes, ou Edu-
cadores,— que incutam no espís
rito dos pequeninos e dos ado-
lescentes o seu dever de muito
carinhosamente se manifestarem
a suas mãis nesse Dia, que lhes
é- consagrado e que para Elas
poderá ser da mais inolvidável e
consoladora doçura.
A Direeção da
Obra das Máis pela Educação Nacional
ro
Salazar disse : «Somos mais.
Somos melhores»
PORTUGUESES |
Provai-o ao Mundo preenchen-
jido com verdade os boletins do
8.º RECENSEAMENTO GERAL
“DA POPULAÇÃO, que forne-
icerão a Salazar elementos para
| Se ocupar dos interêsses da vos-
| sa Família e do vosso Trabalho.
ternura, de gratidão, ou de sau-
Associação dos Bombeiros o-
luntários da Sertã
Convocação da Assembleia
Nos termos do art.º 10.º dos
Estatutos convoco a Assembleia
Geral ordinária para o próximo .
dia 8 de Dezembro, domingo,
pelas 19 horas, a-fim-de se pro.
ceder à
Eleição dos Corpos Gerens
tes e Mesa da Assembleia Ge.
ral que hão-de servir durante
o ano de 1941,
“Conforme o disposto no art.º
11.º considera-se constituída a
Assembleia Geral quando esteja
presente mais de metade dos.
sócios; mas se êstes se não reii«
nirem em tal número à hora aci-
ma designada, funcionará uma
hora depois com qualquer núme-
ro de sócios.
Sertã, 30 de Novembro de
1940,
O Presidente da Assembleia
Geral, — José Tavares Monta.
<egr ED pego
BENEFICÊNCIA.
Com destino à Sopa dos Po-
bres enviou-nos a importância
de Esc. 50400 o nosso presado
assinante sr. Alberto Farinha de
Oliveira, residente em Leópold-
ville (Congo Belga).
Em nome da prestimosa insti=
tiição de caridade, apresentamos
agradecimentos.
E «saga ÉD pe
OS AMIGOS DA «COMARCA»
O sr. Francisco Pedro, de Lis-
boa, indicou-nos para assinante
o sr. António Cristóvão Mendes
Barata, da mesma cidade e O sr,
Alberto Pires Dias, de Coruche,
indicou-nos os srs. Abílio da
Silva Dias e José de Oliveira |
Guerra, também de Coruche.
Agradecemos, muito reconhece
@@@ 1 @@@
Os livros — sua aqui-
sição económica
Para os estúdiosos, para os
que têm necessidade de se dis-
trair com as boas leituras, tem
surgido um óbice quási sempre
irremovível: o custo elevado dos
livros.
Para prova vemos que a maio-
ria das pessoas, desejosas de
aprender alguma coisa ou distrair
o espírito através das leituras que
mais as deliciem, recorrem à pe-
dincha constantedelivrosâquêles
que, dispondo de melhores con-
dições materiais, os podem obter
facilmente, quando a verdade é
que tôdas prefeririam formar a
sua livraria ou uma modesta bi-
blioteca, tendo sempre junto de
si esses companheiros e amigos
afectivos, que são os livros de
bons autores.
A leitura é um explêndido en-
tretenimento e uma fonte inexgo-
tável de lições proveitosas. Entre
nós, o livro tem sido até hoje
um objecto de alto preço, que só
um outro mais feliz adquire para
seu proveito, guardando-o ciosa-
mente, numa estante especial,
não vá o diabo dar-lhe sumiço. ..
E chega-se a esta conclusão
paradoxal: os livros têm sido
caros porque se vendem pouco e
vendem-se pouco porque são ca-
ros…
O problema, ainda que mal se
acredite, encontrou já uma fácil
e feliz solução:
Na Rua do Ouro, 140-1.º, em
Lisboa, fundou-se a CASA DO
LIVRO que se dedica à venda
de Livros em Saldo.
Qual é, então, o fim desta
casa ?
Tornar o livro acessível a tô-
das as bôlsas, estimular o gôsto
pela leitura, aproximar os bibli-
ófilos dos seus autores preferi-
dos e facilitar enfim, o conheci-
mento de todos os autores, dos
mais antigos aos mais modernos,
numa palavra: vender o livro,
qualquer que seja, por metade do
-Seu preço normal.
A CASA DO LIVRO tem pos-
to à venda muitas obras dos
melhores autores com o descon-
to de 50/51
O alcance económico desta Em-
prêsa excede tudo quanto se pos
deria conceber; se ela prosperar,
como fácilmente se depreende,
poderemos dizer que grande par-
te do público português já não
tem razões para se queixar do
elevado custo dos livros. Se de
dra avante não alargar os seus
conhecimentos literários é, sim=
plesmente, porque… não quere.
x
A «Casa do Livro» teve a gen-
til: za de nos oferecer duas obras
magníficas e de grande interêsse
actual: «Duplo Centenário» e
«Civis… Defendei-vos>; a últi.
ma é o único manual ne defesa
contra ataques aéreos que existe
escrito em português, sendo de
3300 o seu preço.
Os nossos agradecimentos e
damos-lhe os parabens por tam
explêndida iniciativa.
Gps
Edifícios dos C. E E
Éste ano ainda devem ficar
concluídos muitos edifícios dos
C. T. T. em diversas cidades de
2.º ordem e vilas do País.
A Sertã, terra que aspira a pro-
gredir, também precisa dum bom
edifício para o mesmo fim.
Quando chega a sua vez?
4 Did
CAIS
“Andam. por essas ruas muitos
cáis sem açamo.
Nã: será possível obrigar os
donos a cumprir a lei?
Essa gente não consegue com-
preender que tem a estrita obri
gação de respeitar a segurança
de outrem e que os cãis podem
passar o tempo nos quintais ?
A Comarca da Sertã
A Griação do Bicho da seda
Colchas de Gastelo Branco.
Por J. Ribeiro Gardoso
Presidente da Junta de Província
da Beira Baixa
III |
Como ressurgiu na Itália a criação |,
do bicho da sêda
Na «Voz do Campo» do benemérito
quotidiano «A Voz» de 5 de Junho pas- ;
sado, lemos uma notícia assinada por ,
A. X. F,, que não resistimos à tentação :
de transcrever :
«O dr. A. Tartufoli, na Itália Agrico-
la, e com o título: Chegou-se à metia !,
O preço remunerador dos casulos, diz ‘
o seguinte :
Após um decénio a sericicultura na-
cional regista finalmente pela vontade
do Duce e com uma oportunidade de
anúncio realmente benéfica, o preço
base dos casulos de sêda absolutamente
remunerador.
Vicissitudes graves de ordem econó-
mica atingiram grâvemente, durante o
último decénio, a produção da sêda em
todo o mundo.
Deram-se tais oscilações nos preços,
quê se chegou a um nível inconcebível
de 2 liras (2480) por cada quilo de cam
sulos no ano de 1934, o que foi um
apaixonado tormento de um país, como
a Itália, que tinha vencido batalhas e
realizado afirmações, durante séculos
neste sector.
Hoje em consegiiência de uma justi-
ficada relação entre a produção e o
consumo, e de uma diversa classifica-
ção dos preços de tôdas as matérias
primas, de acôrdo com as categorias
interessadas, que mereciam um prémio
de reconhecimento dos seu votos, por
terem sempre e com a maior tenacidade
e fidelidade resistido, o Duce maniou
e o Ministro da Agricultura anunciou
que o preçO base dos casulos de sêda,
êste ano, será de 15 liras cada quilo,
no estado fresco (21800).
Para os que, como nós, escreveram
constantemente nestes últimos anos
sempre que se tornasse necessário para
suavizar as amarguras ou para colorir
côr de rosa ou tornar lisonieiras as
perspectivas futuras, é hoje dia de
festa, quando se regista a sábia e opor»
tuna decisão do Duce, decisão que é
capaz de levantar a nossa sericicultura
aos níveis tradicionais da produção.
As posições estão tranqgiiilas, as me-
tas atingidas, porque a decisão do Dace
corresponde ao voto corporativo, que
muito recentemente se afirmara na se-
de da Comissão para regulamentação
das actividades produtoras da sêda. –
Portanto a resposta dos produtores
não pode e não deve ser senão uma!
Empregar nas criações até ao último
grama de sementes de bichos de sêda
de que se disponha; aproveitarem hon-
ra do insecto sericíjeno tôda a fôlha
das amoreiras, onde quere que elas es-
tendam ao sol os seus braços robustos!
Quinhentos e cingiienta mil onças de
sementes estão prontas, demonstrando
uma providencial e instintiva previdên-
cia desta indústria, a respeito de um
Consumo que no ano findo não passou
de 460 mil onças.
Não são demais, mas são 90 mil on-
ças a mais que têm de se criar e levar
a bom fim, para se conseguir uma co-
lheita abundante e necessária.
Uma tal existência de sementes de
bichos da sêda permite a reconquista
gradual das sirgarias perdidas, até ao
ponto de se terem ao serviço da pro-
dução de sêda os milhares de famílias
que a abandonaram e que de-pressa
mostrarão as suas possibilidades de
acção, e ao mesmo tempo que se prova
o pleno domínio dos que se lançaram
na produção da semente, ganhar-se-á na
qualidade do produto e no rédito uni-
tário da quantidade.
A campanha do sirgo, da qual apenas
nos separa um mês, encontra: o País no
pleno conhecimento de tôdas as bases
necessárias para trabalhar vitoriosas
mente. Desta forma a sericicultura vol-
ta a apanhar o sea ritmo passado, co-
mo actividade fecunda e benéfica, capaz-
de compensar convenientemente o bre-
ve mas activo esiôrço de trabalho
que exige.
Deve poder registar se, como em
um harmonioso desenvolvimente de um
acontecimento salutar, esta nova rea-
lidade que foi oferecida pela brilhante
inteligência do Duce e pela tenacidade
dos seus Ministros, que sabem que a
sêda é corrente de um tráfego insupe-
rado e insuperável, ao longo de tôdas
as vías do consumo textil do mundo, e
uma afirmação integral de italianidade.
À sêda tornará a pesar em centanas
de milhões na balança dos pagamentos
no activo do nosso comércio com o es-
trangeiro, trazendo valores e determi-
nando vigorosas possibilidades no trá-
fego e na indústria,
Agora entre nós, onde em 1931 se
publicou o decreto n.º 20 691, com a
melhor legislação sôbre o fomento de
sericultura e a cultura da amoreira, que
é hoje absolutamente letra morta, im-
portaram-se em 1934, mais de 899-tos
‘ neladas de fios de sêda no valor de
23 000 contos, e em 1939 ainda 782 tos
neladas nó valor de mais: de 17 mil
contos. No entanto entende-se dispen«
sável fazer reviver a sericicultura».
(Continua)
Cobrança de assinaturas
Enviâmos para o correio à
cobrança, os recibos dos nos»
| Sos prezados assinantes de
Lisboa, Província e também
dos que residem em localida-
des da Gomarea onde é pos=
sível adoptar o mesmo prom
cesso de recebimento.
A todos pedimos a melhor
boa vontade na liquidação e
lembramos-lhes que as devo»
luções causam-nos graves
transtôrnos, além de despezas
que um pouco de atenção e
benesolência poderão evitar.
K alguns dos nossos assi-
nantes enviamos mais de um
recibo pela necessidade de
actualizar e regularizar as
assinaturas, eujo pagamento
é adiantado,
Gonfiadamente, agradece-
mos a consideração que se
dignarem dispensar-nos,
A Administração
ASSOREAMENTO DAS BEIRAS
Poucas são as pessoas, na Ser-
tã e arrabaldes, que, tendo obras
a fazer nas suas propriedades à
margem das ribeiras, não utili-
zam estas para lançar os entu-
lhos de que não necessitam.
Os leitos, das duas ribeiras
que atravessam a Sertã, “dentro
da área da Vila, apresentam acer-
vos de entulho «mais ou menos
consideráveis e em diversos pon-
tos. As nossas ribeiras servem,
ainda, para despejar tôda a es-
pécie de porcarias e todos os
objectos inúteis que há em casa.
A ribeira pequena, então, sob
êste ponto de vista, apresenta |
um aspecto detestável, sobretudo
próximo das pontes.
Sabemos que as ribei
pejos seja de quem fôr e de quem
quere que seja e, assim, é-nos
lícito preguntar por que é que os
guar’a-rios não intensificam a
fiscalização, como lhes incumbe,
de molde a impedir o assorea-
mento total, que traz, como con-
segiência, a irregularidade dos
álveos?
A não ser que cada um tenha
o direito de fazer o que quere,
ainda lhe sobrando tempo…
SHI
CINEMA
Exibe-se, depois de âmanhã,
sábado, no nosso cinema, a in-
teressante película «Campeão à
fôrça».
E’ uma comédia divertida. Fer-
nandel, um tímido guarda-noc-
turno, tem, um dia, de inventar
um irmão gémeo para se justifi-
car, de certa deserção do seu
posto, junto do patrão. Daqui
resulta êle viver dois papéis
absolutamente antagónicos e que
lhe permitem mostrar o seu ta-
lento de verdadeiro actor que é.
Mais tarde vê-se obrigado a con-
correr a uma corrida de automó-
veis, cena que resultou em cheio.
O filme tem óptimas situaçõe:,
«gags», equívocos, diálogos es-
pirituosos e duma comicidade
irresistível. Fernandel marcou
triunfantemente uma posição.
Em papéis secundários vemos:
Armand Bernard, Monique Rol-
land, Pierre Stephen e Pasquali,
que empregam todo o seu saber
para desenhar, com propriedade,
as suas personagens, nem sem-
pre favorecidas pelos papéis que
lhes competiram. * |
ra
Quere fazer melhor venda dos
artigos do seu comércio
e produtos da sua indústria ?
Gastando uma: insignificância,
pode anunciá-los na «Comarca
da Sertã»,
rasqnão
podem ser aproveitadas para des- |
Viagem de
Negócios!
7 (Uma história de há 22 anos)
I
Ro se sabe, em 9 de Mar-!
ço de 1916 a Alemanha de- |
clarou guerra a Portugal alegan- |
do, entre outros motivos: termos
permitido a passagem de tropas
inglêsas pela província de Mo-
cambique; proibido o abasteci-
mento de carvão aos navios ale-
mãis; permitido aos navios in-
glêses uma prolongada perma-
nência em portos portuguêses;
consentindo que a Inglaterra uti-
lizasse a ilha da Madeira como
base naval; vendido canhões e
‘ outro material de guerra às po-
tências aliadas e um contra-tor-
pedeiro à Inglaterra; e, por últi-
mo, termos apresado, em 23 de
Fevereiro do referido ano, e ocu-
pando militarmente, os navios
mercantes alemãis que se encon-
travam ancorados nos portos
portugueses.
Para fazer face à situação o
Parlamento e o Govêrno toma-
ram, como se impunha, diversas
providências, umas de carácter
político, outras de caracter eco-
nómico e ainda outras de caracter
militar. Entre as da última cate-
goria conta-se a que convocou
para as escolas preparatórias de
oficiais milicianos todos os di-
plomados pelas escolas secundá-
rias e superiores do País, uma
das. primeiras medidas atinentes
à intervenção de Portugal na
Grande Guerra.
x
* *
Alvaro da Cunha tinha então
24 anos. Acabara com distinção
o curso de matemáticas e colo-
cara se, como professor auxiliar,
num dos liceus da capital. Dese-
joso de constituir família, tinha
casamento ajustado com uma se-
nhora de boa educação, mas de
precos meios, filha de um fale.
cido oficial do Exército.
Inspeccionado aos 20 anos,
Alvaro fôra rejeitado para sol»
dado, facto que intimamente o
contrariara e que, até certo pon. .
to, se devera a influências da
mãi, D. Maria da Cunha, que
nunca pudera afazer-se à idea
de ver o ai-fesas do filho de
espingarda ao ombro, obedecen-
do a vozes de comando.
a»
%
O estado de guerra modifica-
ra. pouco a pouco, todo o equi. –
líbrio da sociedade. Não hoúve –
sector algum que deixasse de
sentir a sua moléfica influência. .
Uns, sacrificaram as suas posi-
ções, o seu bem-estar, a saúde,
e até a própria vida; outros en-
tão acachapinaram-se, explo-
rando com usura o precioso fi-
lão que tam inesperadamente se
lhes apresentava dedicando-se
a negócios da China e enrique-
cendo subitamente.
Alvaro contou-se entre os do
primeiro grupo. Reinspeccionas
do, Íf.i apur:do para a arma de
Artilharia, não tendo surtido
efeito as fortes cunhas que a
mãi, embora contra a sua vonta-
de, empregara em seu favor.
Cursou, como soldado, a Es-
cola Preparatória de Oficiais
Milicianos. Passados cêrca de
seis meses foi promovido a as-
pirante a oficial e, alguns meses
mais tarde, a alferes. Bio
*
(Continua)
WVotas a lápis
(Continuação)
sr. dr. Oliveira Salazar,
ilustre Presidente do
Conselho, receben um telegra
ma de muitos refugiados da
guerra, que recentemente dei-
r*aram o nosso País, em que
se exprime tôda a gratidão e
o maior reconhecimento pela
hospitalidade dispensada. No
coração de tantos infelizes,
vítimas da maior e mais ator-
mentadora catástrofe, ficará
gravada, para sempre, a dul
císsima lembrança da sua pas-
gem por Portugal, que osten-
ta em seus brazões os primo-
res da mais bela e cativante
fidalguia.
rot
O sábio dr. Reding, que se
encontra em Lisboa pros-
seguindo os seus estudos só-
bre a luta contra o cancro,
afirmou: que o «cancro do
sol», que atinge em Portugal
centenas de indivíduos, snjei-
tos, pela sua profissão, a uma
longa permanência ao sol, po-
de evitar-se, substituindo as
boinas ou barretes pelos cha-
véus de abas largas; que o
alcatrão e seus derivados são
substâncias que provocam o
cancro numa larga percenta
gem equeo tabaco é um on-
tro factor propício ao terrivel
mal.
Como o saber não ocupa lo-
gar, agui ficam estas ligeiras
observações de um homem que
se entrega desveladamente ao
estudo de uma doença horro
rosa, porventura a mais cruel
para a humanidade.
Postais com vistas da Sertã
(EDIÇÃO PRIMOROSA)
Vendem se nesta Redacção
Colecção de 7 postais — 7400
Oficina de Chapelaria
Abriu na Sertã, em frente da .
Praça da República, uma oficina
de chapelaria, de que é, proprie-
tário o sr João Martins Pinhei |
To, rapaz simpático, que veio de.
Envendos propositadamente ese
tabelecer-se na nossa terra.
Merece que o público o auxilie .
eficazmente no seu empreendi-
mento; êle marca, sem dúvida,
uma melhor posição na vida in. |
dustrial da Sertã, que neste ponto
está muito atrazada. Dar todo o
apoio àqueles que para aqui vêm
exercer a sua actividade é um
dever de todos nós; sem esse
apoio, sem estímulo sério, sure
girá o de-ânimo, sossob ando as
iniciativas lançadas sob os me-
lhores auspícios e num momento
de inegável coragem
Tôda a gente pode ali comprar
ou mandar fazer os seus chapéus,
de qualquer qualidade que seja,
consertar, transformar, lavar e
tingir, aproveitando, tanto quan:
o possível, os chapéus já usa-
os.
À tantas vantagens há que
acrescentar uma outra, a econo-
mia, certamente não menos im.
portante. Ê
Para a Praça da República fi.
cam agora debruçados três bons
e modernos estabelecimentos :
além da oficina de chapelaria, a
Salsicharia da firma Simõe: &
Pires, L.* e o estabelecimento de
fazendas dos srs. Assis Lopes &
Irmão.
Ao sr. João Mart ns Pinheiro
dE tôdas as prosperida-
es.
epa
“O Leão dos Mares”
No Politeama está sendo exi-
bido um filme, recentemente vin=*
do de Inglaterra, que já conquis=
tou as simpatias do público ci
néfilo da capital. Intitula-se «Leão:
dos Mares» e mostra exuberante-
mente o formidável poder e in.
tiro domínio da Grã-Bretanha ‘
em todos os oceanos,