A Comarca da Sertã nº212 03-10-1940

@@@ 1 @@@

 

 

FUNDADORES -;
ao Dr. José Carlos Ehrharat ——
— Dr. Angelo Henriques Vidigal —
et “siitônio Barata e silva. e
Dr «Josó- -Barata. Corrêa e Silva |
“os | *Edqardo Barata da Silva Corrêa

A rsesdto

 

O LiiDIRROTOR, EM TOR PRRDERISHAR EO sa

E Loluando Panata da fila Coícia * TIP. PORTELA FENÃO |
Sp ri REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO. e ERAS st
GI|RUA SERPA PINTO-SERTAÃ ih 7
º É a | | TELE FONE Ee
«, PUBLICA-SE. ÀS QUINTAS FEIRAS 112 :

ANO V. | Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarea da Sertã; concelhos de Sentã ‘á iTUBL O
N.º 212 | Oleiros, Proença – “ã= ova e Vila de Rei; e freguesias de Bmêndoa e Peep (do conselho de Mação) “1940

Notas …S DE OUTUBRO. DE 1940

covenosotgoa traça

cidade de ondres repre-
senta a unidade e não
E ser considerada pela fôr
ça das suas muralhas, mas
sim pelo povo que vive dentro
delas. Londres tem sido ata-
cada nos seu edifícios históri
cos nos seus museus e nos
sens pontos mais vitais. No
entanto prevalece nela sempre
aquêle espírito indómito do
povo inglês que nada é capaz
de diminuir. Haverá sempre
uma Inglaterra firme perante
o Mundo, como símbolo da
Cidadela da Liberdade — a
nossa: aReriga Pátria».

oiro” vg. rasos) quraces

(Du n recente discurso de S. M.
o Rei Jorge VI)

— re
Ar UMA pequenita da pera fi-

ida num orfanato de
Lisboa, dirigido por religio»
sas, onde cuidarão dela com
– especiais desvélos, educando-a
e preparando-a para a vida.
Aos I8 anos porque já está
completa a sua formação mo»
ral e intelectual pode a edu-
canda sair do orfanato.

Com a interterencia de tam
belos institutos de caridade
cristã quantas bairezas e de-
gradaçô s se evitam, quantas
raparigas do povo, de gente
humilde, alcançam uma vida
digna fugindo à prostituição
que tam cêdo as espreita ?P

Porque é sabido que quan-
doa fome on a miséria entram

pela porta, a virtude sai pela |

janela !
Brief) sp

PRE Cos dos principais gé-

neros no mercado de sá-
bado. 28 de Setembro: bata-
tas, 6800 e milho, 8850 o al-
queire; ovos,
frango, 3850 e 4800; galinha,
7850 e 8800; sardinha, 2850
ecarapa, 3800, o quarteirão.

4 Dag
EM Espanha começou a ser

aproveitada a palha de:
arroz para o fabrico de papel.

to GD opa

STEVE últimamente em
Castelo Branco a compa-

nhia Mirita Casimiro-Vasco

Santana, que levon à cena
«Olarê quem brinca», peça de-

sempenhaia primorosamente,

provrcando intensa hilarieda-
de pela gtaça de que se reves-
te pelo imprevisto vivacidade
e animação

Foium espectáculo em cheio,
como cheio estava o teatro,
onde não havia um só logar
vago.

Nós então. cá pela Sertã é
que já há muito não gozamos
um bom espectáculo teatral.
Nem bom nem mau, nem de

2850, a dúzia;|

abnegação pela
E 4

DMIRAVEL Hecobagãd!
Não hã exemplo, na história, de
uma revolução planeada com a
vrdem, o civismo e a perfeita
consciência dos próprios direitos e deve-
es como essa que na madrugada de 4 de

Outubro de 1910 rebentou em Lisboa. .

Grande e admirável povo êste! À revolu-
ção, àparte certus incidentes e episódios
caracteristicos de tôdas as situações an9r-
mais, não cometeu um crime, não consen-
tiu um atentado às pessoas e às proprie-
dades dos cidadãos. Durante a luta, as
tropas e êsse incomparável povo réepúbli=

cauo de Lisboa portaram se com uma bra- |

vura é um hercismo tais que, só recordá-

lo, um grande contentamento nos envai-

dece… Rasgos de valantia, acções auda-
ciosas, actos de. Rana coragem .e

graniso trágico da fuzilaria — prodígios
nunca vistos — para espanto das próprias
fôrças da Natureza! Fora da luta, termi-

nada a heróica e homérica batalha, tudo.

e todos procuraram restabelecer a norma-
lidade; na esperança de uma paz nova e

redentora, que à nação e ao seu povo |

rrouxesse a felicidade prestígio Exemplo
admirável — porque nunca, em parte algu-

ma, em tempo algum, a história lembra:
vu descreve que umas instituições políti=:

cas vêlhissimas, com mais de oito séculos,
como eram essas que em 6 de Outubro de
1910 fôram destruídas, calssem tão calma
mente, tão crdeirawente, tão pacificamen-
‘e! Não há memória, Nem mesmo a do
Brasil, que tem servido, e com justa ra-
zão, para modêlo de rescluções rápidas.
A República em Portugal estava fei-
ta, edificada Bastava maugurá-la, e, para

nele se entrar e das suas janelas gritá la :
e prcclama la, feltava, apenas, abater al .

causa da Justiça que é é al

“dos ca ihões, dá
chuva incandescente. das granadas. e do |

SENAs

Rai

“guns tropêços que se erguiam… Feliz-
mente ôsses cairam de pôdres.

Concluída a acção militar, a icidide
brilha em festa— canta a sua epopeia.
Não há ódios, porque, em geral, não há
contra quem ós exercer.

: O povo — que inigualável e valoroso
povo! Foi êle próprio quem, depois de
verter O seu sangue generoso pela Repú
blica, veio dar ordem e paz à Revolução,

para garanti la uo respeito próprio e no
do estrangeiro,

E andavam as «tubas», lá de muito

‘ longe, a trombetear ane eramos um pais
| de selvagens..

Calbhiadores: e ignórantos)

Nós, os portugueses, que tão famoso

exemplo estávamos, patenteando. á Euro
“pa inteira, à Terra inteira !

ram vigiados, pelo povo. Éstes últimos
queriam: gratificar 0. óptimo serviço pres
tado pelos populares; mas: os populares
É rejeitaram, honorários, dizendo :-— «Não;
-cumprimos, apenas, o nosso dever!»

– Sim, cumpritam o seu dever; Tódos
êstes factos causaram uma impressão de
” assombro, de admiração, em todos os ci’
“dadãos estrangeiros residentes em Lisboa.
E’ que os estrangeiros viram clára
“mente, em: todos-os nossos actos, aquêle

imenso desejo de dignificar a nossa histó
ria, aumentando a com mais umia cintilan’
te página que só tem similares nos. povos

sublimes!

sempre, sempre, para glória da humaniga-
de e honra de FRANÇA. É

e irínco Santos

uma companhia nem de ama!
dores. Pobreza franciscana !- |

Se por cá aparece qualquer –

casa, “indiferentes a tudo, fa-
gindo de gastar uns tostões! mal através dos livros gue le:

Não é preciso ir mais longe: mos; e já np falamos na ar-

quando muito, conhecemos

que a FRRNbaÇÃO 1 universal proclama

Uina raça assim: “não morre. liver da

UA A música, ento em tamento etadidad ou quero

companhia, mesmo de revis-
ta — o género mais avreciado
pelo povinho — já se sabe que,
na maior parte dos casos Da-
ra salvar a despesa, tem de.
andur de porta em porta, com
o chapéu na mão, q PRA os

bilhetes! .

y

Há muita gente deal. de:
facto, que dá todo o valor ao |
bom teatro, mas não pode gas-
tar um centavo além do estric-
tamente indispensável e,. para |
equilibrar o orgamento casei.
ro, sabe Deus a quanto se su»
feita, que privações passa!
Em compensação há muitos |
que não dão o mais pequeno.
aprêço a qualquer manifesta |
ção de arte, seja teatro, cine-

é quási sempre muito pequena
a assistência às sessões de ci-.
nema eaté aos próprios con-
certos dados pela Filarmónica,
“não obstante êstes serem de
‘graça, como.se sabe.

Bem sabemos que as ses=
sões de cinema não são muito
baratas, visto. que o teatro,
“onde se realizam, não tem
‘actualmente condições de de-|
fesa e, mesmo, são muito ele-

vados os encargos. Mas a ver-|

| dade é que o cinema é uma ar-|

I te maravilhosa, altamente ins

trutiva.e educativa ; só o cine-
ma nos proporciona o meio de |
observarmos. outros países,
cidades, rios, povos, costames
e monumentos, outras faunas
“e floras que nos são absolu-

te, prôpriamente dita, que o
“Cinema nos oferece, executada
“por actores, bailarinos, acro
batas e músicos, na fiel e per-
feita reprodução da vida de
todos os:seres animais. :
O-cinema, indiscativelmente,
é hoje um explêndido meio de

cultura e distracção e, como.
tal, necessário a todos aquê-

les que desejam aprender al-
gama Coisa. ai
Ea
S Termas-da Fonte Santa
de Monfortinho foram clas-
Sifícadas oficialmente sede de
uma zona de turismo, mercê
das qualidades terapênticas
das suas águas e das instala-

ções que possue, tam boas co-

mo as melhores que existem
em qualquer outra estância.

valor, conferindo lhe,

UM funcionário, que aí está
desempenhando umas fan

ções especiais, precisou de um .

“Vantomóvel para o sem serviço

ealugouo ao primeiro moto:
rista que apareceu; dispôs do
veículo das 9,30 às 18 horas
do mesmo dia, percorrendo,
com paragens alternadas e
prolongadas, apenas, 56 qui-
lômetros.

– do regressar à Sertã exigi-
ram-lhe 146800, ou seja 56800
pelo percurso — que gastoa
duas horas a vencer—e 90800
pela demora!

Quere dizer, aquêle fancio-

nário despenden muito mais .

com o veículo parado do que
durante o tempo em que o uti-
lizoul…:

Apanhou uma boa lição e lá
dirá para os seus botões que

e e

– da Sertã, que possue na-
ma sua propriedade um pi-
nheiro bravo, agora classifi-

‘se isto não é o pinhal =

Era O próprio povo quem BEpaRiA Asunpijai qa.
nte se encarregava de: guardar as|
| propriedades alheias Os bancos, casas de

crédito, estabelecimentos comerciais, tan: ro Roi uma senhora ,

to de nacionais como de estrangeiros, fo-.

cudo de «interêsse público», –
de que aquêle exemplar não –

pode ser danificado ou des-

truído sem risco de aplicação…

de sanções.

Isto equivale a dizer que a –
proprietária não pode vender ‘
a árvore classificada se, um .
dia, por imposição de nature- :

necessidade.
Julgamos da maior vantas

gem dar tôda a possível pro-.
tecção às nossas matas, so-
bretudo às árvores de espécies

raras, isto é, Aquelas que mais

“lza. económica, disso tivesse.

se distingam pela sua corpus
lência ou beleza, acantelando-
-se contra os seus inimigos,
bárbaros arboricidas que se :

dicomprazem, até, na destruição
“lidos mais lindos exemplares, |

numa sanha feroz de maldi..
ção contra seres que «u Natu-

reza magnânima nos oferece
e cuja utilidade muitos desco+ :

nhecem.

Mas, sempre que haja neces-.-

sidade de dar especial pro-
tecção às árvores existentes

em propriedades particulares, .
seria de todo o ponto justo :

pagar-se ao proprietário o seu
ainda;
um prêmio, que o estimularia
a zelar e defender essus pres
ciosidades,

Há muita gente que tira bons:

Quantos se desfazem deias par

ra fazer face aos encargos —

hoje tam avultados—das pro»
priedades rurais.

Ainda não há muitos dias
que o «Século» dizia que o
rendeiro da quinta de Malha –
pão vendeu um sechlar e enor-
me sobreiro por 900800, árs
vore que produziu nada mes

lucros da venda das árvores, .

nos de quarenta e dunas tone-:

ladas de lenha!a venda das árvores, .

nos de quarenta e dunas tone-:

ladas de lenha!

 

@@@ 1 @@@

 

A Comarca da Sertã

di

CO

por F. de Pina Lopes

Ҽ

lo que aqui se vem dizendo, é capaz de | pouco, alguns dos rendeiros, pela sua

querer concluir haver da minha parte
má vontade contra os proprietários ru=
rais, e desconhecimento das dificulda-
des que a tôda a hora assoberbam a
vida dos agricultores, sem dúvida vers
dadeiros beneméritos da Pátria. Mas
tais conclusões seriam completamente
descabidas.

– Pois que, sem deixar de reconhe-
cer tôda a justiça na protecção que o
Estado deve prestar âquêles que cari-
nhosamente amanham a terra, também
muito me interessa a situação das clas-
ses trabalhadoras da minha província
que, a-pesar-da sua indiscutível vita-
lidade, me parecem um pouco diferen-
tes daquelas outras que hã meio sécum
lo habitavam a Beira Baixa,

De resto, não pode desconhecer as
vicissitudes da agricultura quem, como
eu, nasceu e foi criado junto da terra
(1), como filho de lavrador, embora
modesto, que sou, mas tambés; descen=
dente de abastados lavradores e cria-
dores locais,

E’ que então havia all. um regime
económico-social, de tal maneira bem
constituído, que não existia um único
pobre a pedir esmola de porta em por-
ta; a terra produzia em abundância pa-
ra todos e a todos dava permanente
ocupação.

Daquela maneira, o operariado ru-
ral ganhando o bastante para sustentar
a família adquíria — e pontualmente
pagava — os géneros de que carecia;
a população era sadia e alegre, o agti-
cultor tinha fácil colocação para os
seus produtos, a vida decorrida sem
sobressaltos de maior e o bem-estar
de tôdas as classes era assaz evidente.

Mas com o processo, hoje muito
correntio em certos pontos da Provín-
cia, do arrendamento de vastos tratos
de terreno e, pior ainda, com a retira-
da dalguns dos seus proprietários para
os grandes centros, onde as rendas se
escoam quási mesmo sem êles darem
por isso, o rendimento não chega para
benfeitorias nos prédios e, portanto,
para dar trabalho aos rurais (2).

; Daí, o desemprêgo aumenta, os
produtos dificilmente se colocam, pela
falta de poder de compra, a alimenta-
ção do povo torna-se deficiente, e O

pauperismo físico vai ganhando terre=

no, a pontos de namerosos mancebos
»— como sucede mais ou menos por
tôda a parte — se verem rejeitados pe-
las Juntas de Inspecção Militar, o que
noutros tempos raras vezes ali sucedia,
a não ser por… artes mágicas.
An

DA

Encontramo-nos, portanto, num ver-
dadeiro círculo vicioso: as terras não
produzem, porque são mal agricultadas
e os rendeiros não as melhoram, nem
sequer estrumam capazmente por ca-
rência de gados em quantidade necesm
sária; mas não há gados porque as tér-
ras não possuem humidade bastante
para produzir bons pastos durante uma
“grande parte do ano; e não há humida-
de, exactamente pela manifesta falta de
cÂrvores“ que se nota em extensos tra-
tos de terrenos.

1

Marco Postal |

Sr. Carlos Barata-UVigi=Songo (An-.

gola) — Visto que não deseja que en-
viemos á cobrança os reeibos da sua

assinatura. conforme. carta do sr,:
Eduardo Girão, de Ambriz de Jalho ‘

de 1939, agradecemos-lhe que nos re-

meta fandos para regalarização da |

mesma o mais de-pressa possível; en-
contra-se liquidada até ao n.º 192 E!
de 50300 o custo de cada série de 80
números,

Sr. Eduardo Girão-Ambriz (Ango-
te) — Conforme sua carta de Jalho de
1939, não enviamos á cobrança o rex
cibo da sua assinatara; agradecemos-
lhe, por isso, que nos envie fandos
com a maior urgência, tanto mais que
a sua assinatdra se encontra paga
sômente até ao nº 175, achando-se
nesta data, publicado o nº 211 Como
sabe, o casto é de 30800 por série de
50 números.

Sr. Isidoro Farinha Alves-Lourenço
Marques — Permitimo = nos lembrar=
lhe que a saa assinatara se encontra
ligaidada até ao n.º 200. São tais os
– encargos que oneram a pablicação
dêste jornal que não podemos, de
forma alguma, dispensar o seg valio-
so auxílio e bem assim o de todos os
nossos amigos.

Sr IS

Ãos nossos prezados assi-
nantes do Brasil

abaixo indicados, pedimos a favor
de regularizarem as sas assinataras
com a maior urgência, porque, são
tam clevados os encargos da mana-
tenção dêste jornal e, partical irmena

que não nus é possivel esperar inde-
finidamente pelo dinheiro,
Como sabem, a remessa de fandos

fraca resistência financeira, vendem aos
açambarcadores os seus produtos ao
desbarato, porque, dotados duma inex-
plicável descontiança que só os preju=
dica, não se associam aos G:émios e
Casas de Lavoura, que os podiam p-o-
teger. E aviltam, assim, pelo seu pro-
cedimento, o valor dos géneros reco-
lhidos pelos próprios proprietários que,

assustados com a instabilidade dos

preços, acabam por vender também ao
desbarato. Fer

Depois, porque não existe um Guar-,

da Rural que a todos imponha o res=
peito devido pela propriedade alheia
(a fome é inimiga da virtude), os furtos
de azeitona, de bolota e de outros pro-

dutos da terra surgem, nalguns pontos,

em condições assaz escandalosas, exa-
ctamente por escassear o trabalho E

o que muito ainda tem valido para ate-

nuar a situação precária va classe ru-
ral, môrmente em certas épocas do
ano, são os trabalhos públicos de tôda
a ordem que se vêm realizando por ês-
se pc ís fora, e que muito para apreciar
será que continuem, e mais se intensi=
fiquem, sendo possível.

Mas o aumento da produção agri-
cola também precisa ser acentuado, e
esta defendida dos agentes externos
incluindo, em certos termos, a defesa
contra os coelhos, que nalguns pontos,
e em especial nas. proximidades dos
terrenos coutados, causam incalculá-s
veis prejuízos a algumas culturas mais
tenras.

E’ verdade que o exercício venató-
rio representa o delírio de numerosos
grupos de estranhos caçadores — ama-
dores ou profissionais — quedurante os
meses de Setembro a Janeiro infestam
os campos da Beira Baixa.

Mas temos de convir que é extre-
mamente pesado, para os lavradores,
especialmente para os que cultivam as
terras junto dos coutos de caça, o en-
cargo de forçadamente sustentarem
aquela verdadeira praga rovdora (3),
simplesmente para regalo de estianhos,

 

(1) Em Escalos de Baixo, concelho
de Castelo Branco, a terceira dentre as
24 freguesias rurais do concelho, senão
em benefícios materiais recebidos (ain=
da não tem luz eléctrica nem telefone,

a-pesarsde estar instalada junto duma.

estrada internacional), pelo menos em
contribuição predial rústica que paga
ao Estado, à Junta de Província e à
Câmara Municipal; nêste particular só
tem à sua direita 5. Vicente da Beira e
Malpica. –

(2) Sei que há excepções, e por si-
nal bem honrosas, pois proprietários
conheço eu que inventam trabalho para
“dar que fazer aos rurais da sua fregue-
“sia, junto-dos quais vivem todo o ano.

(3) Êste assunto foi bastante bem
tratado no VI Congresso Beirão pelo
Dr. José Ramos Preto, iavrador e abas-
tado proprietário na Beira Baixa e no
Alto Alentejo.

pode ser feita directamente, ou, para
maior comodidade, por intermédio do
nosso Cobrador geral nêsse País,
Ex.mo Snr. Adelino Ferreira, R. das
Florentinas, 213/229- Recite-Pernam-
buco. – j Ra

A segair aos nomes, indicamos até
que n.º as assinataras estão pagas::

Snrs. Alberto Ramos, Recife, n 0
188; Albino Ferreira da Silva, Reeif>,
104; Alfredo Ferrcira, Pará, 174; Al-
fredo Murqaés, Reéite, 168; Américo

Dias, Recife, 98; António Araújo, Olin=

da- Pernambaco, deve desde 0 n.º 170;

António Gonçalves de Olipei a, Ma-

nãos, deve desde o nº 117; António

Martins Leitão, Recife, 180; António.
Silva, Belém-Pará, 166; Aagusto Ber=
nardo Alves, Recife, 186; Francisco
Alves Carvalheira, Pará, deve desde

o nº 160; Padre Joaquim Castanheira,

S. Paulo 168; Joaquim »edro alves,

Pará, deve desde o nº 174; Jusé Pesa
tana dos Santos, Paraíba do Nurte
n.º 156; José ixodriga:s Recife no
138, Júlio Mendes de Uliveira, Niteroi,
deve desde 0 n.º 162; julio Mendes de
Oliveira, deve desde o n.º 162; Ma-
noel Baptista, Pará, deve desde o
n.º 173; Manoel Marçal Farinha, Cea-
rá, n.º 161; Manoel Martins, Rio de
Janeiro, deve desde o nº 139.

O custo da assinatara é de Ese.
50900 por série de 39 núme:os.

to dp geo

OS AMIGOS DA «COMARCA»

O nosso amizo sr Siríaco
Santos, do Outeiro da Lagoa,

te, a expedição para o estrangeiro, ! indicou para assinants o sr dr.

José Maria dos Santos de Lis
boa. Agradecemos,

Beira Baia a era a gra Aus males amos” Henrique Pies de Moura,

, “> «fto. último, das notas do notário
Quem tiver a paciência deier aqui | E como se tudo isto ainda fosse

sempre devidamente arrumada,

“dêle, pelo sócio gerente José An-

terá em favor dos sócios, indi-

” Sucessores, Limitada

“Por escritura de 14 de Agos-

desta comarca, Dr. Flávio Antó-
nio Francisco dos Reis e Moura,
entre D Laura Morais Carneiro
de Moura. V.º de Henrique Pi-
res de Moura, por si e como re-
presentante legal de suas filhas
menores, Noémia Morais Carnei-
ro de Moura, de 16 anos e Irene

Mo ais Carneiro de Moura. de |,

14 anos, e José Antonio Farínha,
solteiro, maior, empregado co
mercial, todos moradores na Sere |
tã, foi constituída uma socieda-
de por quotas, de responsabili-
dade 1 mitada, regida pelos se-
guintes Artigos:

 

Primeiro — Esta sociedade a-
dopta a denominação de «HEN-
RIQUE PIRES DE MOURA,
SUCESSORES, LD º,» tem a sua.
sede nesta Vila, à Rua Serpa
Pinto e a sua duração é por tem-.
po indeterminado; . os

Segundo — O seu objecto é.
a compra venda e exportação |
d: azeites e o seu início conta,
se de v nte de Janeiro último;

Terceiro — O capital social,
integralmente realizado, é de,
CENTO E DEZ MIL Est UDOS
e cor esponde ás seguintes q a-
tro quotas: D Laura Morais.
Carneiro de M ura, QUAREN-:
TA MIL ESCUDO »; José Antó
tóni: Farinha QUARENTA MIL
ES. UDOS; Noémia Morais Car- |
neiro de Moura, QUINZE MIL.
ESCUDOS; e Irene Myrsis Car-
neiro de Moura; QUINZE MIL
ES. UDOS;

Paragrafo Unico — Qualquer
dos sócios podera fazer à caixa
social os suprimentos que se re-,
putem necessários, cujo lança-
mento e levantamento será feito

com prévio acôrdo entre todos |

os sócios, mediante acta a lavrar
no respectivo livro; Eis
“Quarto — À perência da so-
ciedade -erá exercida pelos só.
cios D. Laura Morais Carneiro
de Moura e José António Fari-
nha, sem prestação de caução; |

Paragrafo Primeiro — A es
crita da sociedade, que an .ará

fica a cargo do sócio José Antó-
nio Farinha;

Parágrafo Segundo — Para
obr gar a sociedade, são neces:
sárias as assinaturas dos dois
gerentes;

Parágrafo Terceiro — Fica
expressamente vedado à gerê –
cia assinar, pela sociedade, le-
tras de favor, fianças, avais ou
outros documentos ou contratos.
estranhos a ela,

Parágrafo Quarto Actva

e passivamente será a sociedade |

representada em Juízo, ou fora

tónio. Farinha, que todavia não
poderá propor acções presecutó-
rias Sem prévia deliberação a
constar no livro de actas;
Quinto — À ces ão de quo-
ras, no todo ou em parte fica
dependente do consenti – ento da
s-ciedade, que, contudo, terá
direito de preferência que rever-

v’dualmente, não o usando a so-
ciedade;

Parágrafo Primeiro — Para
a opção servirá de base o valor
que a quota tiver no último ba-
lanço, fechado e aprovado, ou,
na falta dêste, pelo valor nomi-
nal dela;

Parágrafo Segundo — Se
qualquer sócio pretender aban
donar a sociedade, poderá fazê-
lo recebendo da sociedade o que
lhe pertencer em face do último
balanço aprovado;

Sexto — O brlanço geral e o
inventário da sociedade serã da-
do anual ente, no dia 31 de,
Dezembro e será fechado e assi
nado até ao dia trinta e um de
Janeiro seguinto;

Setimo — Os lucros liquidos
apurados, dep isjde retirados cin-
co por cento pura o fundo de
reserva legal, serão distribuídos
por todos ns sócios na propor-

ção das suas quotas;

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DONGURSDUSELOBESasONA” 1.

Gimnásio e Gampo

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Admissão à Universidade

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“INTERNATO E EXTERNATO“

E PEÇA O NOSSO REGULAMENTO ILUSTRADO É

DESGNSDASDS sscasncascar

Parágrafo Unico — Os pre-
juízos, se os houver, serão su-
p rtados na mesma propurção;

Oitavo — A sociedade não se
dissolve por morte cu interdi-
ção de qualquer «os sócios, fi-
cando-lhe, porém, reservado o
dircio de amsrtizar a quota do
só io falcci o ou interdito se não
lne convier a permanência na

sociedade dos seus herdeiros.

Parágrafo Unico — À amor-
tização, a fazer se naquelas con-
dições, se-lo-à pelo valor da
q ota, nessa altura, segun o ba-

lanço, e o pagamento dela, não:

sendo convencionado a pronto,
será feito no prazo de três me-
ses a contar da deliberação para
esse fim;

Nono — Se a sociedade se
dissolver por qualquer dos mo-
tivos e fundamentos legais, far-
se-á a sua liquidação pela forma
como os sócios deliberarem em
acta que será eXarada no livro
competente, e, na falta de acôr-
do. proceder se-á- à liquidação
judicial.

Decino — Em tudo o mais
que fica. omisso regularão as
disposições da Lei de onze de
Abril de mil nov centos e um e
e tôdas as demais legais

Sert, 21 de Setembro de 1940,

O ajudante do notário Dr.
Flavio A Francisco dos Reis e
Moura, (a) /osé Ferreira Junior

CONTRIBU.ÇÃO INDUSTRIAR
EDITAL

“Manuel Pereira, Chefe da
Secção de Finanças do von
celho de Sertã
Faz público que de harmonia

– com o disposto no artigo 7.º do Des

creto-Lei nº 24916 de 10 de Ja-

neiro de 1935 e dentro slo prazo
de 15 dias que se começam a con.

tar da data do presente edetul, p)

idem os contribuintes menos os da

cla. de Padarias de todas as fre

guesias dêste concelho sujitos Q

Contribuição Industrial Grupo UÉ:

tomar conhecimento das importân

cias do rendimento tributável fina –
do pela Com sad» resp:ctiva e apres
sentar no mesmo prazo quaisquer
reclamações para a m:sma Comig
sã», sôbre as importâncias fixadas

As reclamações lavr «las em pus
p+l selada devem ser assinados ps
lo interessado ou a seu rÔjo dado
perante Notário quando não sou»
ber escrev-r,

E para que chegne as cunhect-
mento ds todos, se pigs wo pres
| sente edital e outros de igual teor
| que vão ser afixids nos lugares
t de «stilo,
| Secção de Finanças do concelha
(de Sertã 28 te S.tembro de 1940.

O Chef: da Secção de Pinangas,
“M. Pereira

 

@@@ 1 @@@

 

Toponímia Gitadina

O RATES
B propósito da recente alte-
ração do nome da antiga
Avenida Baima de Bastos
recebemos as duas cartas
que seguem |. E

Sertã, 26 de Setembro de 1940

«.. Sr. Redactor do Jornaí
«Comarca da Sertão

Meu presado amigo

Li com grande satisfação a
carta do Ex.mº Sr. Pare José
– Farinha Martin:, publicada no
n.º 210 do seu conceituad» Se-
manário e 19 do corrente enal-
tecendo e relembrando os rele-
vantes serviços prestados pelo
falecido Conselheiro Baima de
Bastos

Os mortos são esquecidos de-
pressa, p r isso é consolador,
que alguns velhos, que ainda
restam de tempos já remotos, re-
cordem os que deixaram boa
memória de si, e nesse número
se encontra sem dúvida o ho-
mem que pela sua posição e fino

trato gozava das simpatias de

tôda a pente e que muitos favo-
res dispensou a todos, que lhos
solicitavam e mu tos foram, como
bem diz o Sr Padre Farinha na
sua carta,
A Sertã muito lhe ficou deven-
do pelo interêsse que tomou em
tudo que respeitava ao seu de-
senvolvimento, avultando, como
benefício primordial a modifica-
ção do traçado da e trada de
Tomar a Cast-lo Branco, que,
não passando pela vila atraves-
sou uma ponte sôbre a ribeira,
seguindo prla margem esquerda
em direcção ao logar da Abegoa-
ria. a.
“Foi muito debatida (e disso
me lembro bem) a questão ma

“na dêste traçado que era a pas-
“Sagem obrigada da estrada pelo
* interior da vila, em que todos cs

habitantes estavam empenhados,
“mas grandes [ôram as dificulda.

“des que se levantaram pelo M’-

nistério das Obras Cúblicas sob
pretex’o’ de economia. mas tôdas
“foram vencidas pela obstinada
deligência do dedicado advoga-
do da nossa causa. |

Com a mo ificação concedi-
da e realizada poude a Sertã
possuir a sua melhor rua em li-
nha recta e macdamizada, em
substituição de uma tortuosa vie-
la.

Êste relevante serviço foi por
mim salientado em carta que há
tempo di: igi à digna Câmara Mu-
nicipal, d fendendo a opinião de
que não devia ser substituido O
nome daio ao antigo Trincheta,
por uma antiga Câmara Muni
cipal, ne» mesmo pelo de —
«Gonçalo Caldeirac, herói de

Aljubarrcta que melhor (julgava ‘
eu) poderia ser dado à parte da.

À Comarca da Sertã

As festas em honra de S. Miguel o.
Santa Justa Vindimas — Agricul-
tura — O tampo

CAVA, 24 — Realizaram-se no passado domingo e
segunda-ieira seguinte as tradicionais festas da Cava em
honra de S. Migael e Santa Justa, Santos da Maior e
nais jastificada devoção dêste povo laborioso, honesto
e bom. do

As festas tinham e têm, de há muitos anos, um ca-
rácter acentuadamente religioso e popular, para as
quais concorrem sempre por sabscrição todos os filhos
desta terra. alguns dos quais têm situação de destaque
fora da localidade.

Havia sempre missa ao domingo da festa na linda
capelinha de S. Migael e Santa Justa, acorrendo inúme-
ros dev tos desta povoação e de outras próximas Infe-
lizmente, desta vez, a festa teve apenas um carácter po-
palar. Não foi celebrada missa, com bastante desgôsto de
todos aquéles que possuem ama alma simples e a mais
acrisolada fé em Deus. O digno presidente da comissão
das festas, sr. Adelino Murtins da Silva, chegou a pôr à
disposição do Rev.“ Pároco da Madeirã a importância de
200800 para obras de caridade para que a Cava não fix
casse pr vada da missa em tam solene dia. O Rev.” Pá-
roca declarou, porém, não | oder aceitar essa oferta por
estar superiormente proibido de praticar aquêle acto
religioso na Cava.

Povo ordeiro e disciplinado, o da Cava não dis
cute nem critica o facto, esperando, somente, que as Aq-
toridades Eclesiásticas se dignem examinar o assunto
com tôda a ponderação, clarividência e boa-vontade

As festas populares decorreram com a maior ani»
mação possível, tendo sido abrilhantadas pela Filarmós
nica Oleirens>, que tocoa um belo e escolhido reportório
que maito agradoa. Lançaram se maitos foguetões; hou=
ve bailes e descantes populares até de manhã, sempre
entre a maior alegria, ama linda e vistosa iluminação à
ven-Ziana, que foi geralmente elogiada e digna do mes
lhor aprêço Também os pobres não foram esquecidos :
todos êles receberam diversos géneros e dinheiro para
que, nos dias de festa, não lhes faltasse O indispensável,
para que, enfim, tipessêm também ans dias de coniô:to e
satisfação. E’ assim o bom povo da Cava; sabe paten-
tear, praticamente, os seus sentimentos de piedade cris-
tã. A comissão das Í-stas é digna dos melhores elogios
pela boa ordem e compostura que sempre reinou e como
tado decurrea. A povoação estava ornamentada de mai-
tas bandeiras nacionais e da Fundação.

De Lisboa veio uma grande excursão, quási, na
sua maioria, composta de filhos da terra.

— Tivemos o grande prazer de abraçar na Cava O
sr, Raál Pereira da Silva, que, com sua Ex.ua Espôsa,
sr. D. Maria Emília Alves Pereira da Silva. veio assistir
às nossas festas e visitar a família. O sr. Pereira da Sil=
va é um grande benemérito e conquistua aqui as maiores

“Simpatias pela saa afabilidade e b:ndade. Leus lhe con-
-Ceda, bem como a sua Ex.ma Espôsa, tôdas as felicidades
de que são dign:s e oxalá que nus visitem por maitos
“anos, dandv, assim, grande satisfsção a tôda esta gente. .
| —— Sairam já para Lisboa muitos forasteiros, entre .
“os Auais os srs. Vergílio Deniz e espôsa e David Alves e
“cespõsa ‘ Es e ,

– = às vindimas terminaram; alguns proprietários
ficam bem de vinho; no que respeita à produção de p nho
o ano não foi maito mau relativamente a ouiras regiões;
os milhos estão quási todos recolhidos e a colheita é boa.
E dane também bom fe jão e foi regalar a colheita de ba»

— O tempo tem refrescado bastante; as noites e as
manhãs já se apresentam am poaco Írias, ;

C.

Através da Comarca |

(Noticiário dos nossos correspondentes)

inauguração da nova igreja
naroquial

ORVALHO, 22 — No próximo dia 6 de Outubro terá
logar a inauguração da nova igreja paroquial, que acaba
de ser constiuída nesta progressiva localidade.

O novo templo é um elegante e amplo edifício, que
faz honra à terra que o edificou. Servirá para atestar às
gerações vindoiras a fé que animava os actuais habitantes
desta pitoresca aldeia, pois todos êles contribuirão, na mem
dida das suas posses, para levantar esta nova casa do Se-
ngor. Que o Todo Poderoso se digne camular de benefi-
cios todos os que por qua quer forma trabalharam pata se
tealizar tão grandiosa obra. É

Espera-se que a festa da inauguração seja muito
concorrida. Como preparação para a festa haverá um trí-
duo, prêgado por um dos Padres da Companhia de Jesus.
A festa constará de comunhão geral, Comunhão solene das
crianças, Missa cantada e Te-Deum em acção de graças.
E” possivel que também haja procissão, mas isso, ao que
nos consta ainda não está a-sente..

Nos últimos tempos tem-se trabalhado afanosamen-
te para ultimar alguns serviçs que estão ainda um pouco
atrazados, entre êles a elevada tôrre, que vai atingir uma
altura respeitável, o que não podia deixar de ser, visto o
edifício ter, no cume, catorze metros de altura. Espera-se
que fique concluída na próxima semana.

C.
e
Ego

RIBEIROS ( Vila de Rei), 13 — Graças à politica
construtiva do Estado Novo, muitos benefícios se tem 1e-

: Cebido em todo o País destinados à solução de importantes

problemas de interesse local e até regional.

O Ministério das Obras Públicas pela Direcção dos
Melhoramentos Rurais, tem distribuído importantes verbas
destinadas a auxiliar a iniciativa particular, sem as quais
séria impossível a efectivação de melhoramentos de tôda

-a ordem que, embora se devam em parte à iniciativa par-

ticular, nunca êles seriam levados a efeito sem o auxílio
oficial que constítue simuliâneamente um estímulo para
aqueles que muito amam a sua região e se dispõem a tra»
balhar com dedicação no sentido de a engrandecerem.
Também nesta aldeia se vão iniciar muito em breve
os trabalhos para exploração de água e reparação da fun-
te pública. Para a 12 fase dêsses trabalhos foi já conce-
dida, pela Direcção dos Melhoramentos Rutraís, ama ver-
ba de 3.931400. >entimo-nos radiantes de satisfação por
vermos que vai ser, enfim, solucionada uma instante ne-

| cessidade que por mais de uma vez aqui temos abordado,

pondo em relêvo a sua importância a favor da sanidade
pública, visto que no inverno, quando chove, turva-se a
ápua da fonte que abastece esta povoação, tomando uma
côr argilosa que a põe com mau sabor, devido certamente
às impurezas que recebe arrastadas pelas águas pluviais.
Ora isto deve ser muito prejudicial à saúde pública, e já

“se não justifica numa época de progresso como esta que

atravessamos, que ainda estejamos sujeitos a tais incon-

gruências o a
— E, pois, legítima a nossa aspiração de possuirmos |
“boa àgua para abastecimento da povoação, e é justificável

o nosso contentamento por tér chegado a hora da solução
de tão magno problema, ;

” Bem merecem, portanto, os nossos louvores e a
nossa gratidão, os homens que superiormente dirigem a
política do Estado Novo, os quais conduzem a sua acção
administrativa de molde a não deixarem no olvido as al-
deias portuguesas ainda mesmo as mais reconditas e desde
longa data desprezadas.—M, S. B. ),

(De «A Gazeta das Serras»).

CONSELHO MUNICIPAL

O Conselho Municipal reúniu
no sábado passado e não no dia
26, como estava anunciado, por
falta de número.

EE AA Abertura solene do Tribunal
+ AGENDA «

ANEL

Judicial desta Comarca

A* semelhança do que sucedeu
em todas as outras comarcas do

rua que vae do Miradouro «Cal- |

deira Ribeiro» até à porta do
Castelo único vestígio que do
mesmo chegou aos nossos dias,
tan’o mais que a alcaidari: dês-
te cast ly por muitos anos foi
apanágio da família Caldeira.

Em reiôrçn da autorizada opi-
nião do Ex ”º Sr Padre Farinha,
vinha pois silicitar a V. a pu.
blicação destas linhas, o que de
veras agradece

o amigo dedicado e obg.º
Eugênio A. de Carvalho Leitão

Meu querido Amigo

Eduardo Barata

Concordo absolutamente com
a opinião do nosso ilustre con.
terrâneo Padre Farinha, quando
lamenta a ingratidão dos serta-
nenses. agora patenteada, apa-
gando de uma das melhores ar-
térias da Vila, o nome do pres-
timoso cidadão que, em vida se
chamou Baima de Bastos. Se ti-
vessem reflectido um pouco re-
conhec:riam, de-certo, que foi
ê’e que” deu comêço ao modes-
to progresso e desenvolvimento

“ção predial rústica (no ano pas
| sado foi de 37′,.) e de 15 /, sô-

 

Deliberou :

Aprovar as bas:s do orçamento
suplementar para O corrente ano;

Votar as percentagens adício-
nais às contribuições do Estado,
nos termos do ertigo 602 º, a co-
brar no próximo ano de 1941,
tendo siduv aprova a a percenta-
gem de 35%, sôbre a coutribuí-

bre a contribuição industrial (no:
ano passado foi de 16“/,), man-
tendo-se as restantes.

DLBID— ;
Festa a M. Sr.’ da Graça

Na Senhora dos Remédios rea.
liza-se no próximo dia 13, domine
go, à costumada festividade a N.’
Sr.º da Graça, que consta de mis- |
sa, sermão e procissão.

A’ tarde deve efectuar-se a
venda das tradicionais fogaças,

Dá o seu concurso a Filarmó
nica local.

ESCrEca a reis arao SITIO mera
a

da Sertã, bem patente à vi ta de
tôdas as pessõas que a visitam.

Sou como sempre, com a mais
elevada estima

Amigo Grato e Dedicado

Outeiro de Alagoa, 22-9.º40
i

 

Siriaço Santos

“filhos, de Faro; na Arnoia, o

Mendonça David; do Outeiro
ida Lagoa, para o Pôrto, com

Encontram-se: na Sertã, o
sr. Ernesto E. de Carvalho
Leitão e espôsa e asrº D. lre.
ne Cid, o sr. Eutíquio Belmon

boa asrº D. Maria de Jesus
Baptista, de S. Martinho do
Pórto e o sr. Engenheiro Joa-!
quim Barata Corrêa, espósa e.

sr. Carlos V. Sousa da Ca-
nha, de Lisboa; no Chão da
Forca, o sr [José da Concei-
ção Nunes, de Lisboa.

-—Encontram-se nas termas
de Monfcrtinho o sr. dr Car-
los Martins.

— Retiraram: de Aºlvaro pa
ra Lisboa o sr. Alfredo de

sua família, o sr. Eduardo
Martins; e da Sertã para Lis-
boa os srs. foaguim dos San-
tos e espôsa e Francisco Fer
reira Leitão.

– —Esteve em Amioso o sr.
Domingos dos Santos, de Lis

boa.
«epa

FALTA DE LUZ

Por virtude de avaria no mo-
tor. a Sertã esteve mergu’hada
em completa escurivão nas noi-
tes de sexta-feira e sábado da
pretérita semana.

Pelo’ mesmo motivo não hou
ve sessão de cinema na noite de

 

sábado.

País, procedeu-se, antes de on-

tem, pelas 15 horas, à abertura.

solene do Tribunal Judicial desta

b
On comarca.
;te de Lemos e espôsa. de Lis-,

A” sessão, presidida pelo M.”º
Juiz, sr. dr. Armando Tôrres Pau-
lo, tendo como secretarios os srs.
dr. Albano Lourenço da Silva é
P.º Francisco dos Santos Silva,
assistiram algumas senhoras,

advogados, médicos, todos os

funcionários judiciais e outros,
representantes das diversas asso
ciações locais e bastantes cava-
lheiros, alguns de Sernache do
Bomjardim. Nas bancadas en-
contravam-se bastantes pessoas.

Usaram da palavra o sr. cr.

Juiz de Direito, o sr dr. Rúben

de Carvalho, Delegado do Pro-
curador da República e o sr. dr.
Albano Lourenço da Silva, advo-
gado escolhido pela respectiva
Ordem, que desenvolveram bri-
lhantemente, fundamentando – o
com conceitos do mais alto in-
terêsse, o tema sôbre a acção da
Justiça e a função social que lhe
incumbe desempenhar.

Os discursos foram escutados
com a maior atenção e muito
aplaudidos.

Dag

Em benefício dos Bombeiros
Uoluntários da Sertã

Um anónimo entregou à As-
sociação dos Bombeiros Volun-
tários da Sertã o importante do
nativo de 500800.

 

Transgressões nos trans.

|» portes emi automóveis

pesados

Foram estabelecidas as seguin- |
tes multas por transgressões nos
transportes em automóveis pe-

|sados:

Pela exploração de transportes
colectivos: em automóveis ligei-
ros, a multa de 250800; em au-
tomóveis pesados, sem a devida
concessão, 500800. Num e noutro
caso os veículos ficarão apreen-
didos até à resolução co tribunal
quando o seu proprietário não
queira depositar voluntariamente
a multa,

Pela utilização, na exploração
de uma concessão, de veículos:
sem a devida licenca, 100$00; por
cada passageiro além da lotação
fixada, 25800; e pelo excesso de ‘
carga útil, a multa, expressa em
escudos, qe resultar da aplica-
ção duma fórmula estabelecida
na portaria agora publicada.

Será autoado e prêso pelo cri-
me de desobediência o condutor
que se recusar a levar o veículo *
à pesagem nas balanças privati-
vas da polícia de viação etrân-
sito ou em quaisquer outras que
não distem mais de 500 metros
do local onde se ceu a interven-
ção da autoridade.

Bt 0) 4d

Festa no Seminário de Ser
nache do Bomjardim

No Seminário das Missões de
Sernache e com a presença dos
professores e aluncs houve, no
dia 15 do findo mês, a fes a de
inauguração de uma gruta onde
se venera uma lindíssima imagem
de Nossa Senhora de Lourdes.

te) so

Protecção à arboricultura

Como já aqui dissemos, foi.
classificado de «interêsse público» –
um formosíssimo pinheiro manso.
que a srº D. Msria josé Corrêa
e Silva, da Sertã, possue na sua
propriedade «a Aveleira, próximo.
da estrada municipal que liga a
Sertã a Pedrógão Pequeno.

Para se aquilatar do valor da-.
quêle exemplar, que deve ser ve-
lhíssimo e, tanto assim que, se-
gundo oúvimos dizer há anos, o
tronco se encontra carcomido in-
teríormente, passamos a dar as
suas mais im portantantes e notá-
veis características:

Diâmetro a 1,30 m. do solo —
1,00 m; circunferência a 1,30 m.
do solo—3,22m.; altura do Fuste
—18,30m ; diâmetro mécvio da
copa — 20,00 m.; altura total,

30,50 m.
Adap

O Credo da Mulher

1.º Creio no amor todo pode-
roso; E

2.º Creio que é cego, volúvel,
csprichoso, exigente, tirano, ze-
loso, exclusivista, inconsegiiente,
feito por mal;

3.º Creio que foi encarnado no
matrimónio para padecer e mor-
rer no lar; o

4.º Creio nos seus martírios,
nas suas ditas e na sua injustiça
final; o
5.º Creio que o talento, a dis-
crição e a bondade da mulher
podem triunfar do seu abandono;

6.º Creio que êste triunfo é o
maior a que pode aspirar a mu-
lher neste mundo;

7.º Creio que a beleza e.0
amor não são senão a primavera
da vida, e as suas recordações a
dita dos que envelhecem unidos
e o tormento dos que morrem ses
parados;

8.º Creio que é preferivel ser
enganado a enganar, e que vale
mais a morte do que a traição
quando se ama; É

9.º Creio que-o perdão é filho
do amor. que o maior castigo da
ingratidão é o remorso;

10.º Creio que, quando o cos
ração deixou de bater aos impul-
sos do amor, deve extinguir.se
a vida. Creio tudo o que o meu
sexo me manda querer.

 

Condessa de Villers de Villers

 

@@@ 1 @@@

 

DO PÓ DOS ARQUVOS| À

Outubro de 1914 — Deixou a
regência da Filarmônica Patriota,

desta vila, o sr; José Queiroz;
que por perto de 9 anos esteve 31

frente daquela sociedade. Bom
cavaqueador e bom companheiro;
incapaz de uma deslealdade ou
dum desprimor, deixou aqui ami-
gos que muito admiravam as be
las qualidades do seu carácter.
Como músico revelou-se sempre

um bom ensaiador e elevou al

sociedade que regia à aliura das
melhores da provincia, Por vezes
apresentou números interess:ntes
de música, que a sua batuta fazia
desempenhar com correcção e
gôsto, sendo por isso. ouvido
sempre com admiração.

30 de Setembro de 1914—Ter-
minou o prazo fixado pela Cã-
mara Municipal de Proença-a-
Nova para a caiação dos prédios

da vila, tendo sido poucos os

munícipes que cumpriram aquela
deliberação.

Outubro de 1914 —- O Govêr-
no, a pedido da comissão de
subsistências, telegrafou a todos
os agentes consulares em Ingla-
terra e Noruega para que infor-
mem como ali regul m os preços
correntes do bacalhau, a-fim de
se verificarem convenientemente
as contas que deverão apresentar |
os importadores daquêle género.

Outubro de 1914—O Govêrno
resolveu que a verba de cinco
mil escudos, orçamentada para
os festejos do aniversário da Re-
pública, fôsse oferecida às nações
aliadas para os feridos da guerra.

Outubro de 1914— À fôrça da
Guarda Republicana da Sertã fi-
cou constituída por um. alferes,
um sargento, um cabo de cava-
laria quatro praças de cavalaria
e cinco de infantaria, |

Outubro de 1914 — Na distri-
buição de fundos para a constru-
ção de estradas no nosso distrito
foi contemplada com LI contos a
estrada n.º 119, que daqui con-
duz a Oleiros. Esta verba foi di-
vidida por dois lanços, sendo um
de seis contos do Alto do Cavalo
a Sendinho de Santo Amaro e
outro de 5 contos desta povoação
a Oleiros. Com esta dotação,

devida aos esforços e influência.

do governador civil do distrito,
sr. dr Francisco Rebêlo de Al-

buquerque, ficou concluída a li-]

gação entre a Sertã e Oleiros.
ep

«Nossa Senhora de Paris»

Anuncia-se para o dia 12 do
corrente a exibição, no nosso
«écran», do sensacional filme
«Nossa Senhora de Pari:», rea-
lização de William Diertele;

CrOIO
TRIGO PARA SEMENTE

Na previsão de ser impossível
conseguir-se a importação de trie
gos exóticos e tão já reservadas
quantidades dos melhores trigos
colhidos nas diversas regiões do
país para serem fornecidos aos
produt res que dêles careçam pa-
ra as suas sementeiras, ao preço |
da tabela oficial. As respectivas
requisições podem ser formuladas
nas secretarias das Delegações
da F. N P. de Trigo. O seu pa-
gamento poderá ser efectuado
nos termos do Decreto-Lei n.º
30.651, de 13-8-940 CampRahA
ao Trigo 1940/41.

cinta gprtago
A ACIDES DOS VINHOS

Tendo em atenção o volume
da colheita vinícola do ano pas»
sado e a escassez € elevado prê
ço, no mercado, do ácido tartá-
rico, agravados pela dificuldade,
senão impossibilidade, da sua
importação, foi superiormente de-

terminado que a acidez mínima |

dos vinhos comuns, de pasto ou
de consumo, seja reduzida para

2,2 gramas por litro, expressa em.

ácido o

 

Este nmero foi visado dela
Comissão da Censura
de Castelo Branco

 

A comarca da Sertã

a o motor do aparelho em fun:
E! cionamento, necessário se torna
‘ deixá-lo aquecer, para o que são euficien-
tes: 5 minutos. Durante êsse tempo, o pi-
loto, instalado aos comandos, expesri
menta as rotações que em terra dá o
motor, tendo em atenção que essas ruta-
ções são aumentadas com o aparelho em
| vôo, ou seja, quando o aparelho está li-
“vre do solo e pode navegar. Observa as
“as rotações que nos aparelhos entre 40
‘e 120 H. P. (Cav. vap.) oscilam entre
1.800 e 2.500 p. m., necessário sc torna
“Observar se 08 maguetos funcionam, e,
assim, obriga-se o motor a funcionar du.
rante uns segundos só com um mágueto
e depois durante o mesmo tempo só com o Ente AMC, se eva experimentar 0s
lemes — de direcção e profundidade. ‘
| Estandu o aparelho apto para a MERCER necessário se torna colvcá-l:
bem de frente contra o vento na parte nuigias: |

do aéródromo ou pista destinado à des-
colagem—ou seja a metade da esquerda
porque a outra metade é destinada à
aterragem.

A manobra da descolagem é de to-
das a mais difícil de aprender,.

Com doçura ou lentidão vai-se em-
purrando o manípulo du gás até ser atin-
gido o máximo, deslizando o aparelho
pelo campo fora, e, com o «manche» em-
purrado à frente, obrigando se v apa
relho a erguer a cauda até que êle a o.
pelo campo roiando paralelamente ao e AR

solo, mas sem Ass pagio se da tinha de Trimotor irocher, dba esquerda para a direita: D. Maria Colaço
terra. 5 | “Geada Silva Reborddo, Americo kebordao Corrêa e esposa,

“nossa patrícia D, Fernanda Carvalho Rebordao, mo-
Ao tentar-se eae ou seja, logo > Gmtânos iba de ums page pnentinania
que se obriga o aparelho a deslizar pela pista, tirará o piloto o azimute do terreno;
leva-se sempre o aparelho de cauda erguida, rolando sempre com mais intensidade
até que, atingida. a velocidade suficiente, se pusa docemente o «manche» para 0 obri- |
gar a descolar, Mas seguidamente dá se-
-lhe a mão para planar, é ou, seja, voar pla-

 

o topo abater Refiordão Coriêa no aviao . E Bida
prestes 4 Para: do campo de Luando

 

 

deficiência de motor, não tem a neces-
sária fôrça para planar, a queda efectua-

que vai dentro nada sofrem porque se
dará uma aterragem mais ou menos nor-
mal sem prejuizos de maior; pelo con-
trário, o planar de um aparelho a plenu
gás, logo após a descolagem, dá-lhe uma
velocidade suficientemente garantida

ara cabrar e elevar-se até à altura da li-

nha de vôo que escolhamos para efec
“tuar a viagem. .

Na manobra da descolagem 08 pós deverão actuar em acção rápida. no sentido

de que o ponto notável do terreno, ao fundo da pista, se conserve no ãagulo—azimu

te—feito entre o terreno, a vista do aviador é âsse mesmo, ponto notável: e para lá se
dirigirá o aviador que, com os pés, con-
servará a linha recta necessária.

No ar não devemos voar a menos de
400 pés — aproximadamente 125 me-
tros-— e, quando se tratar de observar .
uma cidade, está determinado que os vôos
se não façam a menos de 600 metros de
altura. :

Ao descolar-se é necessário obrigar,
como se disse já, que o avião plane a de
terminada mas reduzida altura da linha
de terra, com o gás a pleno para que se
adquira uma velocidade determinada.
mas já no ar, Quando o avião de-ccla há –
que impedi-lo de subir e a conservação –
assim, a determinada altura do s«lo cha

 

O:piloto-aviador Rebordão Corrêa Junto do trimotor «Eochera,

 

O mesmo aviador, acompanhado das. senhoras. indicadas no
oliohe n.º 2, após um vôo

| ma-se «planar»; não devemos consentir que o aparelho se desloque para qualquer la-

do, como é tendência dêle, quer impelido por vento qner por qualquer circunstância
de pêso ou má posição do «manche» ou tirante dos pedais.

Numa descolagem. é necessário conjugar o8 comandos é o «manche», muito em-
purrado, proibe o avião de subir e, muito chegado atrás, o aparelho terá um movie
mento de cavalo, seguindo pelo campo fora aos saltos que são provenientes da pouca
velocidade e dos massiços que sempre existem nas pistas não cimentadas,

E’ à partida, na descolagem, que as taltas dos pilotos teem originado mais catãs-
trofes: — o esquecimento de rolagem suficiente ou de vôo em plano ao longo do cam-
po para aqnisição de velocidade e, ainda, após tais POR o vôv cabrado-=vÔo com
o avião muito empinado ou puxado..,

Quando se deseja levantar-vôo de um terreno ou pista muito curta tom que haver
uma acelaraçã: rápida e total do matar, rolando-se com a cauda do aparelho bem alta,
visto que, quanto mais alta estiver a cauda na rolagem, mais velocidade adquere o avião
que, puxad» depuis repentina mente, dá oa efeitos essenciais a uma descolagem de ter-
reno curto. Pelo “contrário, se o terreno é mole, convém uma Felagem de cauda baixa

no com o terreno a pouca altura. Esta |
manobra é essencial porque se o avião, por

-se perto do solo e o avião e v pessoal |

Roe ro pres riray

peotirança de assinaturas nºs

Colónias Portuguasas

Avisamos os nossos estimados
assinantes das Colónias Portu-
guesas, que não têm na Metró-
pole qualquer pessoa encarrega-‘
da de liquidar as assinaturas, que
vamos proceder à c brança na
forma habitual e segundo os
meios de que dispomos: para
Angola. vor intermédio d» Ban-
co de Angola e, para s restantes
Colónias, por intermédio do cor-
reio.

Esperamos que todos, em seu
próprio interêsse, não protelem
os pagamentos, o que origina
aumento de despesas, nem se
recusem às liquidações, o que
nos caus: sério pr juízos e enogr-
mes: dificuldades, agravadas, de
há um ano a esta parte com o au-
mento fabuloso d’ preço do p:-
pel de impressão.

Lembramos a todos que, sem
o seu auxílio, o jornal não pode
viver.

Para quem está longe da sua
terra, «A Comarca» é uma
carta de família que se recebe
«com alegria, que mitiga as suii-
dades e suavisa a nostalgia da
terra natal!

Que cada um, em suma, com»
preenda a finalidade da existêna
“cia dêste hebdomadário,

BOA

finipersário da proclamação
da República

Passa, depois de âàmanhã, o
30.º aniversário do movimento –
glorioso que implantou a Repú-
blica em Portugal, data que se-
rá comemorada, na Sertã, con-
forme o costume: alvorada pela
Filarmónica local e lançamento
de foguetes e morteiros; nos .
edifícios públicos será hastea ‘a

da Cadeia Civil terão melhoria
de rancho.

As repartições públicas estão |

4 encerradas. a

5 dé e Outubro

Cómo foi festejado, na Sertã,
o aniversário da Procla.
‘mação da República em 1914

Um grupo da Guarda Repu-
blicana e Fi-cal solenizou com
um bodo aos pobres a memória
dêste dia.

A” 1 hora da manhã houve
uma salva de 21 tiros de dina-
mite e pela madrugada as duás
bandas de música, Recreio Ar»

‘tista e Patriota, percorreram as

ruas ao toque da Portuguesa.
Ao meio-dia foi ditribuido o
bodo a 65 pobres dos mais ne-
cessitados. Constou de 1 pão,
500 gms de arroz e 250 gms de
bacalhau. Durante a cerimónia to-
cou vários trechos a Filarmónica
Patriota, Falaram sôbre o objeçe
to do dia os srs. dr, Bernardo de
Matos, administrador do conce-
lho, dr. Nunes Corrêa, delegado
e dr. Ehrhardt, facultativo mu-
nicipal.

“A” noite houve iluminação na
Alameda da Carvalha, música é
foguetes, atraindo bastante gente
que ali se demorou ao som da
música.

Algumas casas particulares e .
us edifícios públicos enbandei-
raram e à noite iluminaram as
suas fachadas.

(Da Voz da Beira)
rose
Assinatura liquidada

O sr. Joaquim Ventura, de
Lisboa, liquidou o seu débito de
4800. Agradecemos:

CEE é
Dear cum erre

mas sempre longa, Só des
pvis se puxa — e o aparelhg
dá-nos a entender quando é .
que o deveremos auxiliar na
ascensão.

Américo Vaz Rebordão Corrêa,

– piloto aviador elvil.

a bandeira: nacionsl e os prêsossos