A Comarca da Sertã nº211 26-09-1940

@@@ 1 @@@

 

FUNDADORES
— Dr. José Carlos Ehrhardt —
.— Dr. Angelo Henriques Vidigal —
—— António Barata e Silva —
Dr. José Barata Corrêa e Silva

Eduardo Barata da Silvá Corrêa

O a | Composto e Impresso
DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO NA

E Cuando Panata da Jlva Coeia TIP. PORTELA FENÃO

E —— REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO —— EBUNCO

> TELEFONE
« | PUBLICA-SE ÁS QUINTAS FEIRAS 112

ANO NV | Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comara da Sertã: concelhos de Sertã | a ad o
Nº 211 | Oleiros, Proença-a=[lova e Vila de Rei; e freguesias de Amêndoa e Gardigos (do conselho de Mação) | 1940

a

PRESAS STAR

Notas …

 

cerco ta ce.» ooº eu. eo se. 080.

« ORDEM, estabilidade e tra-
dição. Mas, eguilíbro
incomparável entre os concei-
tos da Autoridade e da Liber-
dade. Re:peito inalterável pela
lei, pela categoria, pela hierar-
quia e pela disciplina. Mas
também culto quási religioso
pelos direitos eminentes do
Homem Dieu et mon droit…

O Inglês é sincero e fervero-
samente religioso. Os princi=
pros da sua fé são inabaláveis.
Quando Jaime Il pretendia
passar por sôbre as doutrinas
e a disciplina do anglicanis
mo, os Lords admoestam-no,
respeitosamente de que se es-
tão praticando actos, «que mo-
lestam as crenças, a que êles
queriam mais que à própria
vida» Unção quási igual ins-

pira a acção política superior |

Estado britânico. Orien-
na um sentimento purita-
no, um sentido religioso da
Democraciu. a

“Os próprios interêsses são
” defendidos de forma a irma-
“nar-se, fregiientemente, com os
princípios humanitários …
Quém ousa ver sômente o fac-
tor económico, onde prevale-
cem o direito, a justiça, o res-
peito e o amor da humanida-
Er Honny soit qui mal y pen-
Ser…

Armando Marques Guedes — «A
Aliança ingiêsa» (Notas de
História Diplomática).

ig ED

VINDIVAS! Começa dentro

“de breves dias, na nossa
região, a azáfama das vindi-
mas, porventura a mais ale-
gre, viva e pitoresca de todo o
ano; em bulicio só lhe excede
a apanha da azeitona.

4 vindima oferece, nos seus
aspectos, guadros de admirável
beleza, a que os feixes da luz
solar dão uma encantadora e
suave policromia. E além da
luz int nsa e, côres variadas,
não lhe faltam as tonadilhas
das raparigas por entre o vai-
“vem da apanha e condução
dos cachos loiros, que hão de
produzir o afumado e capitoso
vinho, que a incidência dos
raios luminosos assemelha a
opala.

Depois, em dornas postas
sôbre carros de bois, faz-se o
transporte para os lagares,
onde os homens expremem a
uva, rednzindo-a a môsto.

E lá para os fins de Outu-
bro já se fazem as primeiras
provas de água-pé espumante,
agradabilíssima à vista e ao
paladar. que nem só os devo-
tos de Baco sabem apreciar .

HO dep ;
S eleições administrativas,
que deviam realizar-se em
Outubro próximo, foram adia-
das para 1941, após a publi.

cação da redacção definitiva
do Código Administrativo,

es

Caiações

Sertã, conquanto ainda não completa-
mente caiada, oferece já um aspecto
bem diferente daquêle que sempre lhe
conhecemos: suja, detestável na fi-
sionomía do seu casario, quási todo

velhíssimo, mal cuidado, índice de relaxamento

e desmazêlo da quási maioria dos proprietários
para quem o gasto de algumas magras dezenas
de escudos na compra de cal representa coisa
supérflua!

. Desde os telhados, onde se desenvolvia a
mais variada flora, eté à fachada principal — já
não falando nas fachadas laterais e posteriores
e logradouros — só havia sujidade, porcaria e
mais porcaria. Dir-se-á que isto é mal de quási
tô ias as terras da Beira Baixa, onde se apontam
a dedo os prédios bem caiados ou pintados !

E que seja? Que nos importa o desleixo
dos outros? Re

– A Sertã, como sede de concelho e comarca,
centro de uma região comercial e agricola das

mais importantes da Província, fulcro de nume-
rosas estradas, quási tôdas de movimento inten-
so, uma delas internacional, se não dispõe de
muitos prédios modernos e luxuosos, mas, sim,
de casas antigas e modestas na sua quási totali-
dade, tem o dever de se apresentar limpa. de-
cente, acolhedora, para que, quem a visita, fique
bem impressionado e possa dizer: — A Sertã é
uma terra muito antiga mas as suas casas estão
bem caiadas e as ruas limpas.

Já que não é possível modificar de um mo
mento para outro a estética de muitos prédios —
que uma estúpida tolerancia e falta de gôsto per-
mitiu con truir — ao menos que êles se conser-
vem brancos de cal sem exteriorizar mcles, sem
vegetação frondosa nos telhados !

Para que a Sertã visse resolvido o proble-
mas das caiações foi preciso que a actual Câma-
ra Municipal acabasse com a complacência tam
prodigamente usada pelas suas antecessoras, que
se limitavam a publicar editais que os muníci-
pes —- quási a maioria — não lia ou, se lia, fazia
de conta que não lia, porque os considerava le-
tra morta!!!

O munícipe dizia para os seus botões: —
Ra sim, rala-te, a imposição não passa do pa-
pelis:
4 Câmara actual, honra lhe seja, a pouco
e pouco, persistentemente, primeiro a bem e de-
pois pela coacção, obrigou cada qual a cumprir
o seu dever, convencida de que para um teimo-
so se tem de ser teimoso e meio, doa a quem
doer !

Muitos proprietários, habituados a fazer o
que querem, acabaram por compreender que, jo-
gar as cristas, quan’o a lei não lhes dá arri-
mo, tem inconvenientes sérios e além disso tame
bém já devem saber que duro com duro não faz
bom muro | :

Os poucos, a quem ainda falta caiar as suas
casas e muros, se o não fizerem até ao último
dia do mês em que estamos, já sabem o que os
espera. .

E” só lerem com um poucochinho de aten-
ção a nota emanada da Câmara que publicamos
noutro logar.

Imprensa Regionalista

Muito se tem escrito nos últimos meses,
sobretudo depois do fabuloso aumento do preço
do papel — a raiar por 100’/, do que corria an=
tes da gu:rra — e enormes dificuldades, ainda,
para o obter, por pobreza da pasta — matéria
prima importada quási tôda da Finlândia, da No-
ruega e da Suécia, económicamente na mão da
Rússia ou da Alemanha — na vida deficitária ou,
antes, definhada que leva a Imprensa Regionas
lista, digamos, antes, Pequena Imprensa,

&

 

=
a

PÁGINA DA S

ea =

EMANA

E o que faz ela ou tenta fazer para dar
solução ao problema ?

Nada, absolutamente nada.

Cada pequeno jornal, que muitos, teimosa-
mente estúpidos, julgam só servir para lisonjear
tolas vaidades ou escada de espiral para os guin-
dar ao palanque de uma balofa importância so-
cial, apregoando méritos que não têm, pobres de
saber e inteligência e falhos de carácter e que
outros consideram detestável porque os fustiga
e açouta sem contemplação, fazendo os arripiar
caminho, aquêle caminho cheio de escabrosida-
des, indiferente a escrúpulos de qualquer espé-

“Cie, cada pequeno jornal, dizemos, se honesto e
digno, representa uma fôrça enorme ao serviço
da grei, da região que serve, da Pátria, enfim,
das boas e justas causas,

Se todos vissem isto, se compreendessem
o alto e importante papel que ela desempenha
na sociedade de nossos dias, não lhe regateariam
o auxílio que ela merece e a que, incontestâvel-
mente, tem direito. SR agi IA ni Pon cata

O que precisa, pois,

de fazer para continuar a existir ?

Partindo do princípio de que a união faz a
fôrça, ele necessita, indiscutivelmente, de se con-
gregar e, furmando um corpo homogéneo, em
que há um só desejo e uma única aspiração, pros
ceder ao estudo cuidadoso de todos os proble-

gumas directrizes que se podem e devem consi-
derer de carácter genérico.
Num Congresso, possivelmente a realizar
– no centro do País, em que tomariam parte repre-
sentantes de tô’a a Pequena Imprensa, podiam
trocar-se impressões da maior importância, de-
batendo-se, entre outras, as seguintes teses, que
nos permitimos expor :

a) Aquisição do papel de impressão sob
preços únicos para qualidades iguais;

b) Conseguimento de uma disposição legal
que permitisse a cobrança coerciva de dívidas
resultantes de assinaturas, de anúncios ou outras
publicações;

c) Fixação de uma tabela única do custo
dos anúncios judiciais ou de quaisquer repartições
oficiais, com a obrigatoriedade de pagamento
das importancias que dissessem respeito a essas
publicações;

d) Pagamento, por parte das repartições
oficiais, de quaisquer notas ou informações, quan-
do o texto não se considere de interêsse geral;

e) Subsídio anual a conceder pelas Câma-
ras Municipais aos jornais existentes na área dos
seus concelhos, impendendo sôbre êste a obriga-
ção de publicar, gratuitamente, tôdas as delibe-
rações tomadas em sessão.

Lembramo-nos, agora, dêstes pontos, que
consideramos de cap tal importância para a exis-
tencia da Pequena Imprensa, mas é intuitivo que
outros, de grande magnitude surgiriam e seriam
tratados no decurso do Congresso.

Depois, uma comissão escolhida pelo Con-
greso avistar se ia com as entidades oficiais com-
petentes, submetendo os projectos ao seu estudo
e aprovação.

A Pequena Imprensa deve compreender que
se torna impossível uma exi-tência desafogada,
livre e digna, se não criar meios de defesa, se
não procurar vencer as enormes dificuldades que
actualmente a assoberbam.

De contrário terá de continuar uma vida
vegetativa, agilentando-se a balões de oxigénio,
estiolando-se a pouco e pouco até morrer, salvo
se preferir a subserviência e a indignidade, ven-
dendo-se por um prato de lentilhas ao primei-
ro que apareça. Isto, realmente, pode não ser di-
fícil: há muito quem a queira e possa comprar,

 

À sem receio de que o dinheiro vil da mercância

a Pequena Imprensa,

mas que lhe respeitam, assentando, ainda, nal-|

 

“AS últimas semanas tem-se
registado uma percenta-
gem elevadíssima de desastres
graves de viação, uns, quási a
maioria, por excesso de velos
cidude e outros por imprudên-
cia de peões, que nunca mais
aprendem a andar nas ruas e
estradas, ou por descuido im-
perdoávei de mãis de família,
que deiram as crianças brin-
car no próprio leito das es-
tradas.

Os automóveis não foram
feitos para acompanhar car-
ros de bois, mas a verdade é
que tódas as cautelas são pou-
cas e que quem os conduz tem
de se precaver contra a impru-
dência dos peões, que, na ge-
neralidade, são de uma igno-
rância inadmissível.

TODA a gente sabe
nho está caro.
Pois, não obstante, rara é a
semana em que se não apre-
sentem, no nosso Tribunal,
quatro, cinco e mais indivi-
duos, vítimas de bordoada, a
requererem exame de corpo de
delito.

Reiinem-se todos na melhor
harmonia, como bons pândes
£os que são e depois, borrachos
de todo, discutem, zangam-se
e há pancadaria de molho que
é uma consolação! As mulhe-
res tomam parte activa no rega-
bofe e aleumas batem mesmo

quê o vi.

orecord na bebedeira. levando

os homens à paredel…

Finalmente tudo isto não é
mais do que resultado do mau
uso do vinho.

A gente dos nossos campos,
geralmente, alimenta se mai,
passa dias e dias sem beber
vinho, de modo que, ao mais
pequeno excesso, não se agiien-
ta. a pinga cai-lhe na fra-
queza.

ro

TOMOU posse do cargo de

Inspector do Ensino Par-
ticnlar o professor sr. dr. Car:
los Moreira.

SCE

lhe escalde as mãos abjectas

Mas punhamos de parte tam
ruim ideia, que não queremos
de forma alguma admitir.

Gostaríamos por agora, sim.
plesmente, de ouvir a opinião
dos nossos ilustres colegas acêr-
ca de um assunto de tanta opors
tunidade, de magno valor para
quem defronta. graves responsa-
bilidades, sem qualquer compen-
sação que não seja a consciência
do dever cumprido e a satisfa-
ção intima de que algum pro-
veito se tira da defesa dos sãos

princípios e das causas justas e
aliada

Eduardo Barata causas justas e
aliada

Eduardo Barata

 

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A Comarca da Sertã

 

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lhores e os únicos

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que rivalisam com
os ao estrangeiros

ENCONTRAM SE À VENDA EM TODAS AS BONS CASAS

CRIA GÕE O

A Câmara Municipal pede-nos
a publicação da seguinte nota:

Em sua última sessão, realizada
em 28 de Agosto, a Câmara abor.
dou o assunto das caiações como
mostra o seguinte esxcerpto da ata :

A Câmara verificou com satisfas
ção que a, grande maioria da. po»
pulação da vila soubs compreender
o pensamento da Edilidude, em as
sunto tão importantes para a estéti
cacbeleza du nossa terra como é o
da curação das casas e muros, que
em grande parte apresentavam as-
pecto verdadeiramente esnonder
tante,

Há um ou outro pro prietário que
contínua a comprazer se na feal

dade exterior dos seus prédios, e.

procura furtar se ao dever para
com a sua Vila bem digna do es
fôrço de todos.

Não é em atenção a êstes, mas |
por deferência para aquêles que,
a pesar da sua boa vontade, não |.

puderam completar as caiações no
pruzo primeiramente designado,
que a Câmara estabelece um novo
prazo que terminará improrrogo-

velmente em Ea de Setembro so :

gimo,

Dentro dêste nitro dbvêm alan
convenientemente reparadas, rebo-
caudas e cutadas tólas as construm
ções que ficam dentro duma zona
que abrange tôda a parte norte da
Vila, desde Santo António à Pras
ça da República, e tôdas as cons.
truções que se av’stam desta Pra
ça, das estradas N.º 12 22 e Ra
mal Nº 59-2,º para a Sertã, e do
Adro da Igreja Mairiz e ainda
tódas us construções, confinando
com vias públicas, que ficam para
poente duquelus estradas e Rua
Cândido dos Reis.

Aos que persistirem em não dar
0 seu concurso para o embelezamen:
to da sua terra, serão aplicadas
as sanções previstas na lei.

“| funeral,

+Necrologia

 

D. Maximina Nunes da Mata

No Bailão (Cabeçudo) faleceu
no pretérito domingo, a sr.º D.
Maximina Nunes da Mata, sol-
teira, de 55 anos de idade, irmã
da sr.º D. Clotilde Nunes da Ma-
ta Pestana, do Bailão e do sr.
José Nunes da Mata, residente no
Brasil, sobrinha do sr. Almiran-
te José Nunes da Nata, da Pare-
de e tia da sr. D. Maria Emília
da Mata Pestana e do sr, Ma:
noel da Mata Pestana, do Bailão.

A extinta era dotada de bonis-
simas qualidades de carácter e
coração. A sua morte foi verda-
deiramente sentida, tendo o seu
que se realizou no dia

imediato para o cemitério do Ca-
| beçudo, sido muito concorrido;
nêle se encorporou muita gente |
da freguesia do Cabeçudo e bas-
tantes pessoas da Sertã e Serna-
che do Bomjardim. O corpo fi-
‘cou depositado em jazigo de fa-
mília.

A? ilustre família enlutada apre-
Games, os nossos, sentidos pê-
sames. É

PRENSA PARA NENE

em bom estado, vende se,
“Informa:

José Augusto de Oliveira Pires
‘ CARDIGOS–Beira Baixa

| Sardinha fresca

R cb diariamente E gé
nio Nunes, o único negocian
te de peixe desta vil+, ven
dendc-a a qualquer hora e

aos melhores preços.

CARREIRAS:
Castelo Branco — Sertã — Figueiró dos Vinhos — Coimbra

Companhia de Viação

de Sernache, Ld,º e Viação

“Com alvará, hidráulica, |-

Castanheirense, Ld.º?, avisam o público de que principia-
ram em 9 do corrente mês de Setembro, com a combinação
dos respectivos horários, as carreiras que fazem a ligação
entre Castelo Branco e Coimbra:

ÀS SEGUNDAS, QUARTAS E SEXTAS

CHEG. PART.
Castelo Blanco 9.00
Sobreira Formosa ll.oo ll-lo
Proença a Nova ll-5o 1140
Sertã 12-30 13-00
Sernache do Bonjardim 13-20 13:33
Figueiró dos Vinhos 14-15 14-25
Coimbra 16-45
ÁS TERÇAS, QUINTAS E SÁBADOS
CHEG. PART.
Coimbra 1150
Figueiró dos Vinhos Mo5 1425
Sernache do Bonjardim, 15-07 15lo
Sertã 15 5o 1550
Proença a Nova 16 25 1635
Sobreira Formosa 1655 1705
Castelo Branco | 19 oo

Junta Nacional do Azeite

Redução das taxas dos
lagares. Assistencia té.
cnica

A Junta Nacional do Azeite
perante as perspectivas do escas-
sez da oclheita que se avi duha,
spresentcu a Sua Excelência o
Ministro da Esonomia uma pro-
posta de alteração temporaria das
taxas que inoidem sobre as prer=
aas dos l:gares de azeite, com O
fim de atenust cs encergos que
no presente eno de contra-safre
oneram & produção.

Esta propoatr mereceu 8 Apro-
vação de Sua Exolônoia o Mi
nistro, pelo que à emelbanç: d

procedimento adoptado em 1939.
em relação á c9 lheita de 1938.39, |

a Junte Nacional do Azeite ape-
na cobrará na prexims campsnhe
oleícole, metedo da taxa que em
face da lei ccmpetirie a cada | –
gar.

O. mo nos esnos enteriores, to
dos os lagares que tr. balhem,
seja quel fôr o aúmero de dias
de trabalho ficam obrigados ac
prgrmento da taxa.

Para a isenção do pagamento
da taxa dos lagares que cão trê-
balham é necessário que cs res-
ponsaveis pele sua exploração» fo
çam à Junta a reepe:iva prt’-
cipação até 30 de Novembro, »
qual deverá ser devidamente crn-
ficmada com atestado das aut: r’-
dades admin.strativas locais sté
28 de Fevereiro de 1941,

Além destas medidas, a Junt:
Nacional dc Azete, tendo em
onsidereção varias reco am ções
recebidas e o resultado dos «s
dos & que proced=-u, obteve egusl-
mente a aprov ção de Sus Ex-
cel8aj, o Ministro p ra ums
proposta de redução a 100800,
da taxa que incide ac bre as pren-.

| aas hidráulicas mecânicas de cin

chos, exclusivamente destinadas
à 2.2 pressão,

Esta última medida, reduzindo
a metade a Lex d 200500 que
incidia sobre as prensas ds cin
cho, teve por fim promover o
mais perfeito esgotamento dos
b-gaçoa e tornar insis ju-ta a dis
tribuição da tax», Terá osracter
permanente e entrará em vigor
já na proxima campenho,

*

Finalment: a Junta Nacional
do Azeite comun’ca ans proprie-
vários do logares, que DO decuie
so da campanha que se avisinha
prestará assistencia Léonica gra-
tuita a todos os que eolicitem o
seu concurso para a resolução de
qualquer probiema oleícole, comu

instalações, das suas condições
de laboração, eto,

Junta Nacional do Agzeito, 19
de Sstembrc de 1940,

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mestralmente ou divididas por nove prestações mensais, acrescidas da impor-
tância trimestral de 15400 para os alanos do 4. ‘ e 5.º anos e da de 20500 pa-
ra os alanos do 6.º ano que têm de Ireqiientar os trabalhos práticos nos la
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noiva, seu irrão e cunhada, “r:

sa, representados pelo sr | ão

che do Bomjaccim.

 

“dos pais do noivo antes da cei |
“mónia religiosa e, depois desti.

damente agradecemos.

Quasi dg

1

Saiidade! gósto amargo

SAUDADE.

de infelizes,

Delicioso pungir de acerbo espinho,

Que me estás repassando o íntimo peito
Com dor, que os seios d’alma dilacera,
—Mas dor que tem prazeres; — Saiidade!

Misterioso númen, que a

viventas

Corações, que estalaram, e gotejam,

Não já sangue de vida, mas delgado
Sôro de estanques lágrimas; — Saiidade!
Mavioso nome, que tam meigo soas

Nos lusitanos lábios, não sabido

Das crgulhosas bôcas dos Sicambros,

Destas alheias terras; —

Oh Saiidade!

Mágico númem, que transportas a alma
Do amigo ausente ao solitário amigo,
Do vago amante à amada inconsolável,
E até do triste, do infeliz proscrito,

—pDos entes o misérrimo

na terra

ão regaço da pátria em sonhos leves.

“Almeida Garrett — Camões, Canto I

CASAMENTO

Na igreja paroquial da Sertã
realizou se, no preiérito sábad>,
o enlace matrimonial da sr? D.
Albertina Alve: Rodrigues, do
Venestal 2om o sr Alberto Alves
Augusto propretá io, do Cimo
da Ribei a.

Foram padrinhos, po: parte da

Daniel Rodrigues e espôsa, do
Recife Pernambuco (Basil) re-
presentados pel» sr. An’ónio Fer-
reira Vidigal e es Ô:a, acidental

mente na Vá z:a (Pedrógão Pe

queno) e, por parte do noivo, o
sr. Aniónio Alves Calado e espô .

Maria Lopes e csçõ3a, de Serna

Serviu-se um almôço em casa

um opípaio jantar em casa ca
mãi da noiva, a que assistir m
muitos convidados, trocando se
afectuosos b’indes.

Os noivos ficam a residir no
Venestal.

Aos nubentes alm:jamos tôdas
as venturas de que são dignos.

et O td
Um campo de aviação na Sertã!

Pregunta-nos o nosso patrício
Américo Vaz Rebordão Corrêa
piloto-aviador civil de Luanda
um gran e entusiasta pela aviação:

«À Câmara não poderia cuns-
truir um campo de aviação na]
Sertã? Bem sei que teria de ex-
propriar terrenos e ficarir caro
mas sempre seria um melhora-
mento («e importância e poder
«Seia montar uma esccla de pi-
lotagem. Até eu aí iria de avião»
logo que pudesse aterar Um
campo de 60 a 800 metros por
300 ou 40) seria talvez o suficien-
teo.

pt Pego

Reúl Pereira da Silva

Acom »anhato de sua espôsa
sr? D. Maia Emília Alves Pe.
reira da Silva e do sr. David
Alves, esteve ni Sertã vindo da
Cava e de passagem para Lisboa,
onde re ide, o sr Raúl Pereira
da Silv?, ilustre Procidente do
Instituto de Cultu a Pritguesa
em B uxelas Bélgica

S. Ex.* que teve a amabiliva-
de de nos visitar, entregou-nos o
impor’ante donativo de Escudos
50800 para os pobres nossos pro
tegidos, gentilz’s ue penhora

rose
Inferêsses regionais

À arrematação da empreitada
de construção do lanço de E. N
n.º 54-2.º, entre as proximidades
da Sertã e Santo António do
Marmeleiro, anunciada para 11
do corrente, foi feita pelo sr.
Manoel Farinha, de Proença-a-
Nova.

Assistência técnica aos
vinicultores

O Regente Agrícola da Junta
Nacional do Vinho, que aqui
se demora até aos fins de Ou
tubro, não só vem prestar assis-
tência técnica a todos os vinicul-
tores dêste concelho, durante a
laboração dos seus vinhos mas
ainda aos dos concelhos de Olei-
ros, Froença-a-Nova e Vila de
Rei, o que nos compete esclare
cer.

A Agência Concelhia da refe-

rida Junta nesta vila presta tôdas.

as informações que lhe forem so-
licitadas. Nela se encontra à vene

da metabisullito e gêssso para

tratamento dos mostos na presen-
te campanha. a.

O referido funcionário visitou
já mui as adegas do concelhojda
Sertã,
Consta-nos que alguns vinicul-
tores não têm accite de bom
grado as instruções que aquêle
funcionário, com tôda a delica.
deza e proficiência, lhes tem de-
sejado ministrar, teimosamente
apegados a velhos sistemas que
a prática e a técnica há muito
condenaram.

Achamos imprópria tal atitude,
porquanto o interêsse dos vini-
cultorcs é produzir bons vinhos;
essa é, também, a conveniência
do País pelo alto valor que êles
representam paria a economia

nacional.
imo GD ope

Tudo que quizer sa-

ber é só preguntar !
Temos a resposta
na ponta da língua!
(Secção humorística)

| P-—Porque é que por cá há su.

jeitos com a barriga tam grande

e, de tal forma descou passada,
que se vê crescer dia a dia?

R Uns porque têm o rei na:

dita e outros, porque a época da
engorda começou mais cêdo êste
ano. .

P-—Há alguns estrangeiros na
Sertã ?

R—–Sim: 1 inglês (António
Lourenço, o correeiro); 1 francês
(Bonaparte); 1 monhé e alguns

espanhuis, chineses e marroqui-

nos…

P- Encontrei num jornal o
termo <«editorialista»; existe êste
termo ?

R— Não, o editor de tamanha
calinada precisava de estar a pão
e água três dias…

P-—Que espécie de gado exis-
te na Rússia em mais abundân-
cia ?

R—O Janino, segundoga opi-
nião de uma pessoa muito enten-
dida nestas coisas…

P—Qual é o móvel mais có-
modo para repouso ?

R—O chasse-lona, segundo a
opinião da mesma pessoa…

Repórter Melre

| Espõsa. |

Htravés la Comarea

(Noticiário dos nossos Correspondentes)
Festa a N. S, da Confiança
PEDRÓGÃO PEQUENO, 9 — Rea-

lizou-se nos dias 7 e 8 a festa de Nos».

sa Senhora da Confiança que foi mui-
tissímo concorrida. O arraial estava
suficientemente iluminado e o fogo d:
artifício, prêso e do ar, que se quei-
mou na noite do dia 7, fabrico do pi-
rotécnico João Nunes e Silva (Maljom
ga) da Sertã, agradou bastante.

Abrilhantaram a festa duas Filar-
mónicas :a desta vila e a de Pedrógão
Grande, tendo esta executado um gran-
de e bem elaborado reportório que sa-
tisfez plenamente,

Fazía-nse acompanhar do seu estan-
darte e dos directores srs, José Pires
David e Armando Canelas,

A de Pedrógão Pequeno pena é
que não tenha um regente competente,
como por diversas vezes tem tido, pois
que os seus executantes não são dos
piores, atendendo ainda que têm poum
cos ensaios.

O estandarte não chegou ainda a
ver a luz do dia, a-pesar-de, para êle
se fazer uma subscrição para a qual
contribuímos, embora com modésta
quantia.

Exeursão de Lisboa

Na manhã de ontem, chegou aqui
um grupo de 23 excursionistas de pe-
drogaenses residentes em Lisboa, e que
fizeram uma grande surpreza às suas
famílias que os não esperavam.

Passada a festa sairam à meia-noim
te para a Capital.

Entre outros vinham os srs. Capitão
Raúl Ferreira Vidigal, Amadeu Mari-
nha David, Jorge Antunes Duarte, Fer-
nando Antunes Duarte, José Serra,
Raúl Duarte Araujo, Guilhermino da
Silva Barata, etc.

— Encontram-se a passar o mês de
Setembro nesta vila o sr, Dr. João de
Barros Morais Cabral e sua Espôsa e
filhinhos; a Espôsa e filhos do sr. Ca-
pitão Raul Vidigal e Veríssizio Duarte
Xavier; na Várzea Fundeira, Os srs. An»
tónio Ferreira Vidigal e Espôsa e Ar-
tur Ferreira Vidigal, de Lisboa.

— Sairam para a Capital onde vão
visitar a Exposição do Mundo Portu-
guês, os srs. Manuel Lopes e Epôsa,
desta vila; José Antunes Amaro, da
Várzea Fundeira; Domingos Costa, da
Várzea Cimeira e Fausto Santana e

RE

%*

Melhoramentos Pró-Pedrógão Pen
“* queno,

Transporte é – 3 660885

Sub-ídio da Junta de Fre-
guesia . ç a – 2.000500
José Martins, Nesperal ‘ 20800

Antonio Fernandes Costa,
Pedrógão Pequeno. 5 5300

Francisco Alves da Silva, k
Pedrógão Pequeno . 5$00

Atransportar . . 5.€90$85

Ofereceram materiais:

As Ex.mas Senhoras D. Angela Vi-
digal Nunes Marinha, uma prancha de
carvalho e D. Angela Freire Costa, 5
kilos de ferro; Acácio Rodrigues de
Carvalho, uma carrada de pinheiros
para andaimes e Gustavo Perfeito Al-
ves, duas pranchas de carvalho.

Cc.

zegez

NESPERAL, 10 — De visita a seus
Irmãos, Filhos e Sobrinhos, que se
encontram na sua casa a passar a
estação calmosa, tivemos o prazer de
cumprimentar a srº D Maximina da
Fonseca, seu esposo sr. José Henri-
ques da Fonseca e o sr. Aliredo da
Fonseca, de Lisboa.

— Também se encontram de visita
ao sr. José Martins e sua espôsa D.
Alzira Martins, a sua irmã e canha-
da sr.2 D Elvira Martins ea sr.? D
Isaura, seu esposo e Mademoiselte
Idalina, de Lisboa,

— Junto da família veio também
gozar a sua licença o sr. António do
Carmo Lopes, empregado na Compa-
nhia de Seguros: «A Mundial» de
Lisboa.

Para todos, os nossos cumprimenn
tos,

— Também cumprimentâmos o sex
minarista sr. José Mendes, que do Ses
minário dos Olivais veio passar as
férias junto de sua família, à Moita.

— Continua em vias de restabeles
cimento a sr,2 D. Cacilda Mendes Lo-
pes, Exma espõsa do sr. João Lopes,
digno Regedor da freguesia.

— Encontra-se de cama, com uma

: infeeção nam dedo q sr. José Pedro
Alves. Foi ocasionado por um golpe

com uma machada quando tirava cásm
ca de ans sobreiros. :
Ros doentes desejamos rápidas

melhoras.

— Continaa bastante impressiona-

“da a população desta aldeia com o

desastre ocorrido no dia 4do corren-
te, onde perderam a vida dois pobres
trabalhadores, por terem ficado sou
terrados, como já noticiamos.
Ainda mais impressionante é, por
além de deixarem as viúvas e filhos
equenos, apesar-de que a sua cons

: a; como chefes de família, deixava

A Comarca da Sertã

Volasa lápis

(Continuação)

BM consegiiência do que aqui

dissemos no último númes
ro acêrca da imperfeita arru=
mação dos vendedores nos mer
cados semanais, que chegon a
ponto de se tornar quási im-
praticável o trânsito, já no úl-
timo sábado um assalariado
da Câmara se ocupoan parcial-
mente do caso, Torna-se, po
rém, necessário lembrar, mais
uma vez, que é vantajoso alte
rar tôda a actual disposição,
aproveitando o melhor possível
o espaço existente.

rt) dep

A abertura dos estabeleci-

mentos de ensino está
para breve. Setembro vai fin-
dar

Os professores, sobretudo os
primários, depois das férias
grandes, que lhes retempera-
ram o corpo e avigoraram o
espírito, encontram-se aptos a
a iniciar, de novo, a sua nobi-
líssima missão: formar cida:
dãos úteis a si próprios, à so-
ciedade e à Pátria, preparan
do-os para lutar, dignamente,
pela vida, hoje tam cheia de
abrolhos.

O professor primário, que
uns olham com indiferença e
outros com admiração e res-
peito, é aquêle fancionário
público, quási sempre mal pa-
Z0, que despende uma soma
enorme de energias e faz os
maiores sacrifícios para bem
se desempenhar das suas fun-
ções.

Enormes são as suas res.
ponsabilidades. Tam grandes
que, bem pode dizer-se, nas
suas mãos está exclusivamen-
te entregue a formação da mo-
cidade, das crianças de hoje,

Ed homens de âmanhã, como sa.
“Subscrição aberta pela Comissão de

crifício e esfórço dos quais a
Pátria conta para viver hon
rada e dignamente.

ego 6) da
INSTRUÇÃO

Poi criado um posto escolar
duplo no logar da Roda, fregue-
sia e concelho de Oleiros.

— Foi colocado na escola do
Orvalho o professor sr. José Do-
mingos Rodrigues.

— Foi transferida para o posto
escolar da freguesia de Sarnadas
de S. Simão, concelho de Olei
ros, a regente sr.? D. Maria dos
Anjos Afonso de Azevedo.

Este número foi visado pela
Comissão de Censura
de Castelo Branco

maito a desejar, ter ocasionado-o de-
sastre a imprevidência deles.

Nem os avisos de quem ali passa-
va os levou a precaverem-se da mor-
te que tão traiçoeiramente os esprei-
tava. Ontem, por ser o 7.º dia, rezoda-
se missa pelas almas deles.

Foi a primeira vez que na nossa
freguesia ,se juntaram dois cadaveres
no mesmo entêrro. Ê

Esse
José Martins

PROENÇA-A-NOVA, 22 — No lon
gar do Cabeço do Moínho, desta fre
gaesia, falecea no dia 18 o sr. José
Martins, pai do sr. Padre António Al»
ves Martins, pároco de Lourenço Mar-
ques, do sr. dr Juaqaim Alves Marx
tins, notário em Santarém, do sr. Sex
bastião Alves Martins, proprietário e
tio do sr. Bispo de Bela, D. José Al-
ves Martins, do. sr. Padre Sebastião
Martins Alves, pároco e arcipreste de
Nisa, do sr. António Martins Alves,
proprietário e 2ºtio do sr. Padre
Anibal Alves Martins, missionário em
Angola

O funeral foi precedido de missa
de corpo presente e serão celebradas
exéquias solenes ao 7.º dia.

O falecido foi sempre bom cristão
eera dotado de muita honestidade.
Paz à sua alma. E

«A Comarca da Sertã» apresenta
à ilustre família enlatada a expressão
muito sentida do seu pesar,

ô
THEE ERa Dea

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5 8
As a” a

Estiveram : na Sertã, osr.
‘ António Marques Gasparinho
‘eespósaeo sr. Raúl Gagean;
“na Herdade, com sua espôsa

e filho, o sr. José Manso, to-
dos de Lisboa.

— Retirou do Outeiro da La-:
£0a para Lisboa, com sua fa-
mília, o sr. Luiz Henriques
de Sá.

—De passagem para Caste-
lo Branco, vimos na Sertã,
acompanhado de sua esrôsa,
o sr. Jacinto Pedro de Lisboa.

Encontra-se em Oleiros,
com sua família. o sr. Antós
nio Ventura, de Lisboa.

—Da Valada, onde esteve alx
guns dias com sua espôsa e
ifilhas, retirou para Lisboa o
sr. Joaquim Nunes.

—Encontra-se em Alvaro’o
sr. Alfredo de Mendonça Das
vid, de Lisboa.

Aniversários natalícios :

25, menina Maria Edite Va-
lente Nunes, Lisboa; 26, D.
Maria Constância Brandão
Lopes, Pedrógão Pequeno e
D. Maria do Carmo Magalhãis
Miranda; 1 de Qutabro, meni-
nu Maria Nazaré Sacramento
Dias, Outeiro da Lagoa.

Parabens
gg 0) rag

à Acção Regionalista da “Cr-
marca da Seria”

Escrevem-nos vários leitores e
amigos apoiando, sem reserva, o
editorial publicado no n.º 209 —
Estrada 54 — 2º — Trôço da
Sertã a Santo Antônio do Mara
meleiro =, da pena do nosso pre-
zado colaborador Silvânio.

Este artigo, temos a certeza,
foi devidamente apreciado por |
todos aquêles que vêem no pros-
seguimento da E. N. nº 54-2.
uma condição indispensável para
o progresso e desenvolvimento
económico dos concelhos de Sera
tã, Vila de Rei e Mação

Torna-se, agora, preciso cons
gregar os melhores esforços para
levar a cabo, sem demora, a con.
clusão da referida estrada

eo OD gp

Abertura solene dos Cribu-
nais Judiciais |

Determinou o sr. Ministro da
Justiça que, «a partir do correna
te ano, seja celebrado com a de-
vida solenidade o início dos tra-
balhos dos Tribunais ludiciais,
de forma a exaltar a sua alta fun
ção social e a fortalecer no espí-
rito público o respeito e o pres-
tígio que deve rodeá-la»,

A abertura solene realiza-se
no dia 1º de Outubro e a ses-
são, na Sertã, tem logar à: 15
horas, devendo proferir alocu-
ções, ocupando-se especialmente
d: missão confiada aos Tribunais
e da maneira de bem a desem-
penhar, ossrs. drs juiz e De-
legado.

data popa
DESASTRES

Em 18 do corrente. no sítio da
Gr: nja, à Póvoa da Ribeira Sar
deira, estavam 4 operários pro-
cedendo ao arranque de um so-
breiro, sendo um deles, Adelino
Henriques, solteiro, da Lameira
da Lagoa, atingido por uma per-=
nada, vindo a falecer horas de=
pois. ;

Em Cardigos, uma pequenita
de 5 anos, Palmira Martins, fi.
lha de Adelino Martins já fales
cido, quando brincava com ous
tras crianças, caiu dum muro a
que subira por ter sido empurs
rada, ficando com o braço es-
querdo fracturado O médico lo=
cal prestou os necessários socor=
TOS,

”sários socor=
TOS,

 

@@@ 1 @@@

 

A Comarca da Sertã

FruZi. o TrUZio cs

—Quem vem lá?

—Sou eu, seu criado.

— Faça favor de abrir e entrar.
—Ah! é o meu amigo, muito

folgo em o ver nesta sua casa. |
Queira sentar-se e esteja à sua,

vontade. Então lá por casa, O

familiar todo bem, não é verdade? ,

—Vamos vivendo, graças a
Deus.

-—Queira o amigo dizer a que’

devo hoje o prazer da sua sem-
pre amável visita !

—Hoje venho assim um pou-
co a envergonhar-me; mas, com
franqueza, desta vez o amigo não
me tratou com aquela franqueza
e lealdade que sempre tinha usa-
do para comigo.

—QOra essa, ora essa; deve
haver algum mal entendido, ou
grossa intriga, pois não me acu-
sa a consciência de haver prati-
cado acto algum, que de longe
ou de perto, tenha ofendido o
meu amigo.

—Sim sinl…
querem ficar em pé, como gato,
mas olhe que eu. sem ser ginja,
já os vou conhecendo de gin-
geira.

—Mau, já me não está a agra-
dar a conversa. Faça favor de di-
zer os motivos da sua queixa,
que eu aqui estou para lhe dar
tôdas as explicações e satisfa
ções que forem justas.

—Eº sôbre a conversa que ti-
vemos há tempos, ali em baixo
na Deveza, e que o amigo assim
mandou lá para o jornal, tôda
ínteirinha, tudo tal e qual como
eu disse. Ora aquilo não é cousa
que se faça!

—Mas porquê ?

—DQra porque! Devia-me ter
dito que era para mandar para o
jornal, pois, se o soubesse, teria

usado duma linguagem mais fi-.

na, mais apurada, de modo que
tôda a gente ficasse sabendo que
eu também sei falar à política.

= Oh! meu amigo, estava tudo
muito bem e tanto estava bem
que veio publicado em letra re-
donda; é mais uma prova de
que o amigo fala sempre bem,
mesmo. quando não fala à poli-
tica.

—Pois não sabe quanto fiquei
arreliado e abnrrecido ao ler as
sim aquilo; olhe que até lhe cha-
mei alguns nomes feios e não
foram poucos

—Amabilidades, certamente, a
que já estamos acostumados; pois
ainda não há muito que um cer-
to sujeito, depois de nos acusar
de crimes gravíssimos (que nun-
ca cometemos, nem sequer sabe-
mos como se cometem), teve a
penhorante gentileza de nos cha-
mar só vigarista e salteador.

– Podia ser pior!

—Vejo que está a levar a con-
versa para o lado da brincadeira,
mas olhe que hoje não venho
para festas.

—Oh! Oh! agora vejo que
ainda não está satisfeito com as
explicações que lhe dei.

—Não estou satisfeito e nem
sequer lhe disse ainda o motivo
principal da minha queixa.

— Então faça favor de dizer.

—Eº que em vez de dizer o
meu nome, o nome da pessoa
com quem teve a conversa, disse
apenas que conversou com al-
guém, como se eu não tivesse
nome.

— (Agora é que êle me apa-
nhou, que eu não lhe sei o nome;
sei apenas que começa por Xis,
mas não sei se é Xispe, se é
Xisto. .) Com que então o ami-
go ofendeu-se por lhe chamar
alguém.

— Se lhe parece!

—Pois olhe que não foi por
mal e, quando nós dizemos aí
guém queremos significar uma
pessoa de muito respeito, muito
honrada, muito sensata, isto é,
uma pessoa com boas qualidades,

Pois seja lá tudo isso como

Fazem-nas e.

| diz, ou como quiser; mas eu cá
| tenho o meu nome.
| -—Sim, agora já percebo, que-
ria que mandasse para o jornal
“o ses nome todo,
– Ora nem mais nem menos.
—Mas o seu nome todo…
| com franqueza… o seu nome
todo… o amigo tem um nome
um pouco exquisito é. com fran-
queza, na ocasião… só me lem-
brei que começa por Xis, mas
para não dizer um nome errado,
com franqueza… (que atrapa
lhação).

—Com franqueza com fran:
queza e não sai daí mais nada!
Não se lembrou, nem se lembra
ainda do meu nome todo, pois
olhe que é bem conhecido.

— Sim, concordo que seja bem
; conhecido lá no sítio, nos seus
aposentos e redondezas interio-
res dos sobreditos, não é assim ?

— E? assim mesmo.

-——Mas devemos concordar que
um noine exquisito nem sempre
nos ocorre. Ora vamos ver se é
assim: Xispe Vicêncio da Fon…
Fonseca. Agora julgo que acer=
tei, Xispe Vicêncio da Fonseca,
é assim não é verdade ?

E” quási assim, mas em vez
de Xispe é Xisto. em vez de Vi-
cêncio é Vicente, quanto ao Fon-
seca está bem.

— Ora, até que enfim, descul-
pe esta falta de memória, Xisto
Vicente da Foneca, e é real-
mente um nome bonito, pois fi-
que descansado que nunca mais
me esqueço e hei de repetir mui.
tas vezes: Xisto Vicente da Fon:
seca. Agora estão feitas as pa-
zes; o amigo desculpe-me tudo,
porque tudo foi feito na melhor
das intensões e sem espírito de

para o jornal. O sr. Xisto anda
sempre bem informado.

—Sim, o que eu não souber
escusado é preguntar a outro.

— Então faça favor de dizer.

—Sim, sr. mas primeiro ainda
desejava que me esclarecesse sô-
bre um ponto que é o seguinte:
Eº se devo falar à política, ou
assim como nós cá fal mos uns
para os out os

—Oh, sim, Xisto, para que eu
lhe possa responder com assêrto
à sua pregunta seria convenien-
te que me desse alguns exem-
plos do seu falar à política.

— Quantos queira. Olhe se eu
for alí ao talho para comprar
língua de vaca, falanio à polí-
tica digo: Faça favor de me dar
meio quilo de idioma de vaca;
se precisar falar do caminho que
passa ali ao lado da vila digo :
a nossa via da rectaguarda.

—Basta, basta, isso sim é ca-
paz de sa’r papa muito fina e,
talvez, nem êles lá entendam ; é
melhor falar esta nossa lingua-
gem de todos os dias para que
todos entendam. Vamos então
ao que importa.

— Sim, senhor, mas (olhando
para o relógio) hão de ser ape-
nas duas ou três coisas, porque
está chegada a minha hora. A
primeira é que consta que o
Ex.mº Director das Obras Públi-
cas no Distrito, que por motivos
muito estranhos à sua vontade,
talvez devido aos grandes tra-
balhos a que obrigaram as fes:
tas do duplo centenário na Pro-
víncia, não pôde até agora con-
cluir a rectificação do estudo da
nossa estrada «Oleiros-Foz Gi-
raldo», virá muito brevemente
ultimar aquêle serviço. À segun-
da é que há por aí agora água a
rodos em todos os cantos da
vila, o que trás muitas criadi-
nhas e até algumas filhas de fa:
mília de cara à banda, rogando
diabos e satanazes à Câmara e
aos camaristas e a todos os que
mandam lá nessas cousas,

-—2(O)ra esa, ora essa, então por-
quê, sr. Xisto?

—l(Ora porque ha de ser?
Lembram-se dos bons tempos em

 

ofensa. Vamos então ao que mais ||
importa e que é para mandar

JAZZ-BAND

Pessoas de boa vontade estão

jazz-band. Não duvidamos do
êxito da iniciativa porque aqui
não faltam elementos para o con-
segu’r e, além disso, é um meio
onde existe verdadeira vocação
para música. A” pessoa que, na-
turalmente está indicada para o
organizar, não escasseia compe-
tência nem qualidades de traba-
lho.

Um grupo musical desta natu-
reza não é dispensável na Sertã,
onde a realização de um baile
torna necessário contratar umfjazz
de fora, o que representa encar-
go demasiadamente pesado.

A organização de um jazz-band
na Sertã, sempre defendida por
nós, tem interêsse económico. pa-
ra os seus componentes, além de
representar uma finalidade edu-
cativa e um belo meio de dis-
tracção.

Não nos podemos alongar mais
sôbre êste assunto.

Por hoje queremos, apenas,
exteriorizar a nossa satisfação ao
darmos esta notícia e declarar
que a ideia nos merece a maior
simpatia e todo o apoio, tanto
mais que pode vir a representar
um óptimo elemento para a me-
lhor propaganda da nossa terra.

ot tap
TRANSCRIÇÃO

E” transcrita do nosso prezado
colega «Gazeta das Serras», de
Pampilhosa da Serra, a corres-
pondência de Vila de Rei inseri-
da no último número, o que, por
lapso tipográfico, não foi men-
cionado na parte final da mesma,
como costumamos fazer.

+ Oo

Cardigos .

A” Junta de Freguesia de Car-
| digos foi concedida a verba de
| 18.562$00, pelo Fundo do De-
semprego, para construção de
uma casa de habitação destinada
à professora de Chaveira

erro

Abastecimento de água a Vila
de Rei

Pelo Fundo do Desemprêgo
foi concedida a verba de 282018,
à Câmara Municipal de Vila de
Rei, para captação de águas des-
tinadas ao consumo da Vila,

que para irem buscar um canta-
rinho de água ali ao Ramalhal,
ou à fonte das freiras, gastavam
horas esquecidas conver:ando
(já não digo com os namorados,
ou derriços, porque isso nunca foi
permitido pelos bons usos e cos-
tumes cá da vila) mas com as
vizinhas, companheiras, com as
amigas, confrontando o modo de
proceder dos p-trões desta com
os daquela, comentando os ca-
sos ocorridos na rua de cada uma,
dando algumas demãos ao cabe-
lo, etc, etc, etc.. E depois, des-
culpando tôdas as demoras,
(sem mentira é claro) com a fal-
ta de água na fonte. Aquilo é
que eram tempos, dizem elas, e
eu, no fundo, acho lhes uma cer-
ta razão.

razão?! Pois olhe, cá pela mi-
nha parte fico inteiramente con-
vencido de que, achando-lhes o
sr Xisto razão, é porque elas
realmente a têm. Isto agora não
tem graça nenhuma, Chegar ali
à porta da rua, de relâmpago,
nas barbas dos patrões sem po-
der pôr a mão no cabêlo, sem
dizer ai, num aí encher o cânta-
ro e voltar logo para dentro, é
uma chatice das maiores que
por cá têm aparecilo. Não, isto
assim não pode ser… logo que
acabe o ano.. Atéà primeira
Vá com Deus, amigo Xisto.

G.

procurando formar, na Sertã, um |

interêsses da freguesia de

— O quê, o sr. Xisto acha-lhes |

RACE CACOS EURICO Drseças REA,

“À Beira Baixa a cultura da ferra Alguns males e remédios

 

Desnecessário se me afigura estar
aqui sobrecarregando o quadro com
côres ainda mais negras, por se tratar
dum caso, de tal maneira evidente, que
por si só entra pelos olhos dentro de
quem quiser observá-lo com tôda a
imparcialidade.

Mas sempre acrescentarei que bas-
tantes das árvores, que hoje brilham
pela sua ausência, foram arrancadas
durante a grande guerra, verdadeiro
negócio da China para aquêles que,
aproveitando a confusão de momen-
to estabelecida, e a liberdade de tran-
sacções de que disfrutavam, tiveram
óptimo ensejo para realizar, mesmo à
custa da economia rural do país, al-
guns negócios de costa arriba.

E porque no cérebro esquentado e
ambicioso de muito boa gente, pode
existir a presunção de novamente vir»
mos a ter carência de combustível, não
é de admirar que alguém esteja — pelo
menos in mente — já antegozando a
aproximação de uma nova degolação
dos inocentes.

Reportando-me, especialmente, à
chamada região raiana da Beira Baixa,
cabe dizer aqui que as importantes
obras de irrigação que se estão levan-
do a efeito nas Campinas de Idanha,
com base numa tese de Lopes Galvão,
aprovada em 1929 no Congresso de
Castelo Branco, vão remover funda
mentalmente os inconvenientes apon-
tados, na parte a ser irrigada. E’ esta
uma obra eminentemente beiroa—e por
isso mesmo merecedora do meu maior
carinho, como regionalista que sou —
porque, além de realizada nas Beiras,
foi concebida por um beirão (1), estu-
dada por beirões (2), aprovada por um
Ministro. beirão (3;, e superiormente
sancionada por um Presidente de Con-
selho, também beirão (4),

Mas as chamadas Campinas de Id.-
nha são vastíssimas, e não é só a
raia que está desarborizada; na região
compreendida entre aquela zona e a
parte serrana também existem, aqui ou
ali, algumas manchas de bom terreno
onde as árvores são assaz raras, como
ainda sucede noutras regiões beiroas,
estranhas à Beira Baixa (5).

Desta maneira, a exploração da ter-
ra não poderá ser completa em certas
zonas territoriais, por não ser acom-
panhada em grande escala, pela criação
de gados, tam necessária à produção
de estrumes,

” Por seu lado, essa mesma criação
não pode ser feita em vantajosas con-
dições, pela carência de árvores que
produzam frutos, e promovam as con-
dições climatológicas propícias à pro-
dução de boas pastagens durante uma
boa parte do ano, bem como à manu-

RO da sanidade regio-
nal. ;

Mas, quanto especialmente à Beira
Baixa, é na zona cerealífera raiana que
a falta de arborização se faz mais in=
tensamente sentir, talvez porque a
maior parte do concelho de Idanha, que
fica a leste do Ponsul, constitua a cha-
mada grande propriedade, em poder
dum reduzido número de proprietários,
todos pessoalmente criaturas de=veras
estimáveis, mas os quais, com poucas
e honrosas excepções, talvez não de-
diquem à cultura da terra tôdas as aten-
ções e carinho de que a mesma é me-
recedora.

tenção, senão mesmo, sendo possível, .

por F. de Pina Lopes

E:

– Dizem então, a título de desabafo,
que na Campina é seis meses inverno,
Mas um pouco morosos, como são
algumas vezes, em tôdas as manifesta –
ções de progresso e de solidariedade
para com o seu semelhante, não parc-
cem muito apressados em dar um pas-
so decisivo para que o inverno atenue
a sua rudeza, e para que o inferno —
que o é mais verdadeiramente para as
classes laboriosas — se transforme, se-
não em autêntico paraízo, pelo menos
em atenuado e passageiro purgatório

E aquilo que, mormente no verão,
vem sendo insuportável e árido deser=
to, assim continuará, possivelmente,
até que a sua transformação venha a
ser superiormente imposta,

Desta maneira a terra não produz
aquilo que pode e deve produzir, ao
mesmo tempo que a região se vai um
tanto ou quanto despovoando.

Senão vejamos: a densidade da po-
pulação no continente, entre 1920 e
1930, aumentou de 8,3 habitantes por
quilómetro quadrado. Pois no concelho
ae Idanha-a-Nova, embora tôda a mar-
gem direita do Hônsul esteja suficien-
temente povoada e arborizada, êsse
aumento não foi além de 1,7, enquanto
nos concelhos limítrofes atingiu: Pena-
macor, 3,4, Fundão, 5,5 e Castelo Bran-
co, 9.40). —-

Assim, o concelho de Idanha sómen-
te conseguiu, em todo o distrito, su-
plantar dois concelhos da Charneca :
Ródão e Oleiros, visto que até Vila de
Rei, Sertã e Proença-a-Nova, onde as
florestas de pinheiros são extensas, o
excederam de forma bem sensível, mó;-
mente o primeiro dos três (7;.

(Continua)

(1) Lopes Galvão.

(2) Pais Clemente e Mário Fortes.

(3) Joaquim Abranches. :
(4) Doutor António de Oliveira Sa-
azar.

(5) Não me refiro nêste trabalho ao
revestimento florestal da parte Oeste
da Beira Baixa por que o Dr. José Ri-
beiro Cardoso, presidente da Junta de
Província, anda empenhado em resol-
ver satisfatôriamente.

(6) O concelho de Belmonte regista
7,2 e o da Covilhã 89. .

(7) Este aumento é representado
por números absolutos, estranhos à
área territorial abrangida por qualquer
das outras Circunscrições Administrati=
vas do País. Mas se quisermos fazer a
comparação detalhada, durante quási
todo um século (1838-1930), obteremos
as seguintes percentagens, bastante
: elogiientes, no aumento total da popu-
lação da Beira Beixa, quer em relação

quer à média geral do país;

 

AVEIRO. ss sedes TOM)
Castelo Branco…. 103,9º/
Coimbra. 6 0h
Guardas ss cs S190/
Niseus ac So 48,40%
Todo o Continente. 97,5

Contudo, a partir de :900, sem al-
, teração na ordem ocupada pelos de-
mais distritos beirões, o distrito de
Aveiro passou à direita do de Castelo

: Branco.

 

Cobrança de assinaturas nas
Colónias Portuguesas

Avisamos cs nossos estimados
assinantes das Colónias Portu-
guesas, que não têm na Metró-
pole qualquer pessoa encarrega-

vamos proceder à cobrança na
forma habitual e segundo os

Angola, por intermédio do Ban-
co de Angola e, para as restantes
Colónias, por intermédio do cor=
reio.

Esperamos que todos, em seu
próprio interêsse, não protelem
os pagamentos, o que origina
aumento de despesas, nem se
recusem às liquidações, o que
nos causa sérios prejuízos e enor-
mes dificuldades, agravadas, de
há um ano a esta parte, com o au
mento fabuloso do preço do pa-
pel de impressão.

Lembramos a todos que, sem
o seu auxílio, O jornal não pode
viver. E

Para quem está longe da sua
terra, «A Comarca» é uma
carta de família que se recebe
com alegria, que mitiga as saii-
dades e suavisa a nostalgia da
terra n:tal!

Que cada um, em suma, com-
preenda a finalidade da existên-

 

dêste hebdomadário,

da de liquidar as assinaturas, que :

meios de que dispomos: para!

«Varanda dos Rouxinóis»

| Depois de amanhã, sábado,
exibe-se no nosso cirema êste
interessantefono-filme português,
encantadora comédia desportiva
“de Leitão de Barros.

Desempenham os principais
– papéis a grande actriz Maria Mas
tos, os apreciados cómicos An-
tónio Silva, Costinha e Alegrim
e ainda outros: Madalena de
Sotto, Noé de Almeida, Oliveira
Martins e Dina Tereza.

*

Palavrinhas de amor
Quem não gosta de ouvir ?
Têm aroma e sabor

Até mesmo a fingir

Da «Canção da Varando»

te OD dd
Dr. Matias Farinha

À bordo do «Carvalho Araújo»
embarcou, na 2.º feira, para Vila
Franca do Campo-llha de S. Mi-
guel (Açõres), o nosso amigo sr,
dr. Matias Farinha, onde vai de

, sempenhar o cargo de Conserva –

dor do Regi to Predial.
Agradecemos os seus cumpri.

mentos de despedida, fazendo

votos pela sua saúde e maiores

 

prosperidades.

aos demais quatro distritos beirões, |