A Comarca da Sertã nº186 04-04-1940

@@@ 1 @@@

 

= FUNDADORES —.
— Dr. José Carlos Ehrhardt —

‘— Dr. Angelo Henriques Vidigal — *
ao António Bardi é Silva: o
Dr. José Barata Corrêa e Silva

Eduardo Barata da Silva Corrêa

À

O:

 

| : Composto e Impresso |
O DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO “NA |
a Louando Parata da Tilva Coreia TIP. PORTELLA FENÃO |
O) | REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO —— CASTELO]
Z – BRANCO
WI |RUA SERPA PINTO-SERTAÃ o TR
sé, e – TELE FONE|
« PUBLICA-SE ÁS QUINTAS FEIRAS e.
ANO IV . Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarca da Sertã: concelhos de Sertã | a Ma LÊ
Nº 186 | Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei; e freguesias de Amêndoa e Gardigos (do conselho de Mação) | 4,940

 

Notas Ee

DIÁRIAMENTE a Inglaterra

tem, navegando em todos os|
mares, excepto o Báltico, onze!

milhões de toneladas de mari-

nha mercante! |
Este número formidável ex.

plica a razão porque algans’

barcos ingleses têm sido tor-
podeados e muitos outros ava-
riados ou afundados pelas mi

“nas submarinas alemãs

E’ que nenhuma ontra na-
ção tem tantos barcos em to:
dos os oceanos. Além disso os
seus estaleiros não descansam;
nêles se trabalha febrilmente e
dia a dia novas unidades es-
tão sendo construídas, deitan-
do-se umas ao mar para novas
quilhas serem assentes e ini-
ciada a construção de mais
vapores !

A Inglaterra é, de facto, um
grande e poderoso país!
E ainda bem que a à

ODOS os portugueses resi-

dentes no estrangeiro e que
não tenham regularizada a sua
situação militar poderão visi-

tara Mãi Pátria durante. o

corrente ano por motivo do
duplo centenário.
to (De
M grupo de sertanenses
projecta para Maio, uma
excursão, em camioneta, ao
dlentejo e Algarve,
Vamos a ver se esta não fi-
cará também, em águas de ba-
calhau !

+ Se
BNTRE os «Prémios Liter

rios Nacionais 1939», cria-
dos por iniciativa do Secre-
tariado de Propaganda Nacio-
nale agora distribuidos, coube
o «Prêmio Camões», na impora
tância de 20 contos, ao escri-
tor inglês John Gibbons, que o
acaso levou a Coleja, pegue-
nina aldeia do Alto Donro.
logarejo encientado escondido
na dobra de um monte.

Foi ali que o grande escri-
tor, grande até na sua modêés-
tia e na sua simplicidade, se
inspirou para escrever formo-
sas páginas que são um hino
à candura e bondade daquela
gente trabalhadora, morige-
rada no viver. RE

Gibbons suportou ali, talvez
porgue conheça a alma dos

simples e dos humildes, tôda |

a falta de comodidades a que
não está habituado, conseguins
do entender os habitantes e
fazer-se compreender sem que
soubessem, o escritor, uma pa-
lavra portuguesa e êles qual
quer vocábulo inglês.

Parece inacreditável isto,
mas é a verdade; afirmou-o

êle com desvanecimento e com |

Íntima satisfação, como talvez

jamais honvesse experimentas

do na sua vida de escritor,

afeila às estranhas sensações |
; — OL

H transcrito do nosso colega

<O Comércio», de Lisboa;

peditorialguehojepublicamos,

 

Mis Mov Rios

À hora presente um dos assuntos que
está na ordem do dia consiste no fa-
cto de ter-se como criminoso o co-
merciante que aumenta os preços de
venda dos artigos existentes em ar-

mazém… é Por que há-de na realidade consen-
tir-se que o comerciante eleve o preço de venda
de um produto, com o pretexto de estar travado
um gravíssimo conflito internacional, se êsse
produto, havia sido adquirido por dado preço
anteriormente e nada mais pagou pelo facto do
conflito haver deflagrado ?

À’. primeira. vista, e sobretudo para as

pessoas dotadas de raciocinio simplista, elevar

hoje os preços, em relação aos preços de ontem,
de 5, 10 ou 15%, SÓ porque a guerra surgiu,

pode parecer um acto abusivo e condenável. E

então clama-se: — é a ganancia que leva o co-

 

merciante a aproveitar o momento para auferir
” | mais lucros e colher maiores e ilicitos proventos. :
| Os Govêrnos, símbolos da ordem; os Govêrnos,
aos quais cabe a: manutenção do equilibrio so-

cial, não podem permitir semelhante abuso e de-
vem pois, pela acção persistente da polícia, im-
pedir a prática de actos tão repulsivos. Só assim

é possivel evitar perturbações profundas na eco-

nomia do País e proteger os orçamentos domés-
ticos das famílias remediadas, isto é, da grande
massa populacional.

No entanto o problema deve se: visto com
menor sentimento’e mais raciocínio. Os fenóme-
nos sociais e económicos são imensamente com-
plexos nas suas reflexões. Não é fácil prever on«
de se fará sentir uma alteração de preços. muito
embora .se fixe o ponto inícial de aplicação. E
assim, por esta razão, as modificações que so-
fram as tarifas de transportes internacionais — e

| êste caso é um simples exemplo — produzem as
Imais longínquas e complexas repercussões em

vastíssimos sectores mercantis dos países forte.
mente importadores: Resulta desta circunstancia,
desta imensa elasticidade característica dos fenó-
menos económicos, que a acção enérgica das vá=
rias polícias — é ímpotente para travar a marcha
firme das ondulações do mercado originados na
mobilidade dos preços. E se o ambiente de guer-
ra se vier a formar, porque nós, felizmente, ain

da nem sequer o sentimos, impossível será deter

as várias economias dentro de compartimentos:

estanques, pondo-as a coberto das prováveis per=

turbações que as torturaram durante a guerra de

1914, A experiência adquirida na grande guerra

deu valiosos ensinamento para poderem evitare.
se, com medidas oportunas e sensatas, os abusos.
criminosos então praticados. Nada mais repu-
ghante, na verdade, do que à custa da dôr, do
sofrimento e do sactifício de milhares e milhões

de seres humanos, que se batem para defender à
justiça, a liberdade e o direito, alguém enrique-
cer, beneficiar,

As fortunas que assim foram acumuladas

durante a grande guerra, mesmo que 25 anos tes
nham já decorrido, não podem considerar-se
isentas de riscos grandes. Os Govêrnos, nesta
hora grave que o mundo vive, têm de as apro-
veitar em benefício das classes empobrecidas an-
tes de se acumularem sôbre estas mesmas clas-
ses novos e dolorosos sacrifícios. Se assim não
fôr feito, bem ferida ficará a equidade e mali-
gnas consegiiências advirão para a ordem social

 

o Di Fido: ão

Pelo DR. CAETANO BEIRÃO DA VEIGA

 

interna dos vários povos. Os chamados novos
ricos, aquêles que amassatam as suas riquezas
com o sangue generoso da mocidade sacrificada

«na grande guerra, devem ter justificados receios

de que a hora de liquidação de contas se esteja
aproximando com velocidade vertiginose.

E, inadmissível que abusos-idênticos aquê-
les em que se geraram os novos ricos de 1918 vol=
tem a repetir-se e uma novíssima casta dêstes pa-
rasitas se sobreponha à maior extensão da misé-
ria social. Mas daí a ver-se em todo 0 comer-

” ciante que aumenta o preço da sua mercadoria

um novo rico em gestação, vai uma diferença
imensa. Pode até suceder que o comerciante que
eleva o. preço da sua fazenda, embora a merca»
doria já estivesse armazenada e liquidada antes
do início da actual guerra, colha prejuízos e não
lucros, onde antes, com os preços reduzidos,
obteria lucros indiscutiveis. E

“E se não, vejamos porquê. Suponhamos

“que determinada mercadoria foi adquirida à ra-|
zão de 100$00 escudos por unidade. O comer- |

ciante, dentro de um meio económico estabiliza-
do, se vender cada unidade por Esc. 120800;
lucra Esc. 20$00 por unidade. Este lucro é real
porque poderá dentro desta hipótese, repôr a
sua existência em mercadoria ficando ainda, no
seu cofre, com Esc. 20800 por cada unidade per-
mutada e reposta.

Mas se, ao vender a existência que possuia,

se der uma subida nos preços de aquisição da’

dita mercadoria, o comerciante, embora lucre nu-.
méricamente através da-sua contabilidade, perde |

efectivamente, porque se lhe reduziu o potencial
económico mercantil.

E assim admitamos que o preço de aquisi-

ção de mercadoria se elevou, durante o período

de esgotamento da existência, para Esc. 140800
por unidade. O resultado é evidente: para re-
pôr a sua fazenda o comerciante terá, por cada
unidade, de despender não só tôda a importân=
cia recebida pela venda, mas ainda mais Esc.
20800.

OQ comérciante, embora registe no crédito
da sua. conta: de Gafihos e Perdás um lucro de
20″/o terá no seu poteficial económico uma redu-
ção de. 20º/;. Ora o lucro não se mede pela quan-
tidade-maior ou menor da moeda, mas sim pela
elevação do coeficiente do potencial económico
do comerciante. Logo o comerciante que eleva o
preço de venda das suas mercadorias ena medi-
dacdo necessário para restabelecer o seu «stock»,
não é um Sanancioso, não é um criminoso, não

“é um cidadão que mereça-ser perseguido pela

polícia qual perigoso malfeitor.

” um homem que excerce honestamente
a sua profissão-e. afinal, um cidadão útil, pois,
procedêndo de forma inversa, em pouço tempo
cessaria o exercício da sua actividade benélica.

Se generalizarmos esta hipótese a todos os
comerc’antes, o resultado será a suspensão da
função comercial. E, nêste caso, quem poderá
prever a extensão da calamidade económica ?

Mais novos ricos não. vias mais falências
e misérias comerciais também não.

Caetano Beirão da Veiga

Professor dos Institutos Superior de Ciências
Económicas e Financeiras e Superior Técnico

OS AMIGOS DA-<«COMARCA» jo sr José Antunes Xavier, da [mingos Albino, da Sertã, os srs.

Foram indicados os seguintes
assinantes: pelo sr. Joaquim N. Ro=
drigues, de Pedrógão Pequeno,

mesma vila; pelo sr, tenente Al-| Bernardino L. António Leitão,
ves Pereira, da Castanheira (Et-
mida), o st. Constantino Neves,
do mesmo logar; e pelo st, Do-

dos Casais e José Lourenço, dos
Carvalhos.
Agradecemos, reconhecidos,

… a lápis

OS emigrados russos resi.

dentes em Berlim, espe-
cialmente os que tomaram par-
te activa na luta contrã o co-
munismo, receberam ordem de
despejo, tendo de abandonar,
dentro de poucos dias, aquela
capital !

Vá lá um fabiano ser juiz

numa festa daquelas. ..’
—Aup Qrgeg

/Z-NOS um amigo que valia
a pena todos os pros
prietários de prédios da Sertã
colocarem caleiras nos telhas
dos, não só porque os benefi-
ciavam, evitando que a água

“caída dos beirais deteriorasse

as paredes e as portas, mas
também porque os passeios se-
riam acessíveis aos transeun-
tes mesmo quando a chuva
jôsse copiosa.

Aqui fica a ideia que é rã.
zoável.

rose –

EM Lisboa continua a repres-
são contra os açambarca-.
dores. Estão a ser estudadas.
bastantes justificações acêrca
de aumentos de preços e têm.
sido enviadas para as autori-
dades da província notas dos.
preços de azeite pedidos pela:
lavoura local. e
O consumidor de Lisboa,
que tenha conhecimento de ca
sas comerciais onde a batata
da colheita passada esteja ja
ser vendida por preço superior
a 90 centavos o quilo, pode
comunicá-lo à Polícia para o
necessário procedimento.

Gtepag—

S Aliados parecem dispose
tos a dar nova directriz

às hostilidades, saindo, cha-
memos-lhe assim, do torpor ou

quási absoluta inércia que se,
tem verificado na frente oci-
dental desde o princípio da

guerra.
A luta tem sido áspera no
campo económico, mas a vizis
nhança da Alemanha com pais
ses neutros obrigados às mai.

duras pressões não permite.

bloqueá la com o rigor deses
Jodo. | a
“ Reynaúd, novo presidente do:
Govêrno Francês, declarou há

pouco que a guerra tem de ser

feita em todos os domínios.
Quererá isto dizer quea Frans
ça ea Inglaterra, fartas de ese
perar a formidável ofensiva
germânica, desde há muito
anunciada, estão dispostas,
elas próprias, a tomar essa
iniciativa? E’ o que parece
conciutr-se.

Se não é possível fazer já a

paz em condições honrosas

então a guerra terá de ser cons

duzida com vigor, procurando
rapidamente, pela fórça, o que
nunca se pode conseguir com
panos quentes! |

Do mal,o menos! Para gran»
des males.,» ESmal,o menos! Para gran»
des males.,»

@@@ 1 @@@

 

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o e Ê Es
vinte de Abril proximo, por dose ns Do E SITE 2
horas à porta do Tribunal Judi- | o 25 E So eo z ,
cial desta comarca se hade pro- | 5 & E S =| a +a Q
ceaer é arrematação em hasta pu- TE x e Es H D,
blica dos predios-abaixo mencio- | 0 O As Ss a IR
nados e pelomaior preço que fr|G EL DS
oferecido acima do valor indios | E == S es n Eí
do. Es es. 2 o
PREDIOS aa Sa
O [Hm
1.º—terra com castanheiros na Ê e o Ibi
Barroca do Vento freguesia de e — ne
Sobreira Formosa, inscrito na 5 2
matriz respectiva vob o ertigo so a] M
40.343 e descrita na Conservató- O Em El
ria sob o numero 28.055, vai pre) – EO us | Iz,
la primeira vez á praça nº valor É em Ea E mA
de 236554. =
2º—terra de pinbel, na Bar- A O
roça do Palrão, inecrito na mas : 4 Mit A 1)
triz respectiva sob o artigo 40.170 a do so |Mz
e descrito na Conservatoria sob 8 o
o numero 28056, vei pela pri- é 4 Dl x
meira vez á praça no valor de R É
492880. é =
3º— Terra o cliveiras nas P.. A =

 

dras Brancar, inscrita na matriz
“respectiva sob o artigo 40,270 e
descrita na Conservatcria sob o
numero 28 057, val pola primei.
ra vez à preçavo valrr de 1089492
4,º— Casa de habitrção, nas
Pedras Brancas, inscrita na ma-
triz sob o artigo 534 e dssorita
na Conservatoria sob o numero
vai á preça no valor de 1.620500.
6.º—Casa de palheiro nas: Pe-
dras Brancae, inscrito na matr Z
respeotiva sob o artigo e desori-
to na Cohservatoria sob o nume-
ro 28.059, vei pela primeira vez
á praça no velor d= 160500,
Predios estes penhorados nos
autos. de execução que Joaquim
Antonio Serafim, cassd», da vila
de Proença à Nova, move contra
José Cardoso e mulher Joaquina
Ribeiro, das Padras Brancas,
São por este citados quaisquer
credores incertos pera assistirem
à arrematação.

Sertã, 28 de Março de 1940.

Verifiquei
O Juiz de Direito,
“Armando Torres Paulo
O chefe da 1.º secção,
Jozé N nes

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guns grãos, que cimen-.
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[duna Nacional do Azi

COMUNICAÇÃO

A Junta Nacional do Azeite
comunica a todos os ollvicult:-
res, que acaba de publicar ma ;

| um folheto da sua série Folhetos

de Divulgação, sôbre & Poda d.
Oliveira, destinado à diatribu’-
ção gratuita. Com êste, são O
seguintes, og folhetos já publi»

cados:

I—O azeite-—colheita, transe

| porte e conservação da azeitona,

II — O azeite — instalação do
Ingar, preceitos de extração.

II — Velor alimentar 6 toras
peutico do azeite pelo Prof. Fer-
teira de Mire.

IV—Poda da oliveira pelo Eng.

vão.

de divulgação da poda racional
da oliveira pelo olivicultor e pu:

tas.
– Remete-se: também a quem a
psdir a Iista dos Podadores de
Oliveiras, habilitados pela Bri
g idas Técnicas do Ministério de
Agricultura, em colaboração com
esta Junta,

A publicar brevemente:

O olival—cultra e grangeic.

A oliveire—doenças e aciden
tes de vegetação,

A da e tratamento do !
azeite,

»

A Junta Nacional do Azeite
presta nos olivicultores todos ce
esclarecimentos. de ordam técn’.
ca de que necesgitem:

Projectos de instalação de la
gares.

Pareceres para modificação de
lagares antigos,

Indicações áceroa do dabrieo à e
conservação du ez ie,

Assistencia técuivi Bo: pice
prietários de lagarss durauie b
época de laboreçac.

Indicações para a esu lha de
azeites e preparação de lotes.

bação, podas e tratamento dcs
olivais,

“Os folhetos acima indicados
remetem-se, sem qualquer encar=
go, a todos os olivicultores que
por um simples bilhete postal os
requisitem á

Junta Nacional do Azeite

92º-——LISBOA.
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Agrônomo Dr. José M. Mira Gal-.
V—O João da Fonte—Novela.

Rus Rodrigo da Fonseca, 15.

bliciata Anibal Campeão de no H

Conselhos sobre cultura, adu-

A Comarca da Sertã

Companhia Viação de Sera, Lina

(CARREIRA RÁPIDA)

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H.M. | H. M.
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; egada ao Cesteiro
Chegada a Santarém 9,15 Som 1 655
Saída 9,20 Saída 17,30
» Pernes 10,00 > Sernache : 17,50 –
» Torres Novas 10,35 “o Saída 18,00
E Tomar 11,20) > Fereiia do pm inss
> Forreita do lero. 11,00 » Tomar o 19,40
»- Sernache 13,00 » Torres Novas 20,25
>» Sertã 13,20 » Pernes 21,00
al >» Santarém 21,40
Celeiro: Saída Fe > Cartaxo 22,10
E , > Vita Franca 23,10
e Ea 15,15 » Lisboa 0,10

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Dm e 19,05 19,05
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Sertã . e a 19,55. Fa

ET hs, 5.8, 6.4 e sábados. Cheg. | Part.
SM 5,15.
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6800 4350 3$00 1850 Sernache

9800 7450 6300 4800 3$00 Sertã

 

Figueiró a Coimbra, 12850; Sertã a Coimbra, 21950; Sertã a Coimbra (ida e volta) 40850
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ER rs

Rafa a Boi

(Elementos colhidos em

Sant’Ana (Cumeada) e |
amavelmente fornecidos |.

pelo Rev,”º Sr, P,º Isidoro
Farinha).

ORAÇÕES

Contra os medos

Lo’as sagradas armas de Jesus Cristo vou armado
Com o leite da Virgem Maria vou borrifado,
Lom o sangue de Jesus Cristo lavo meu corpo |
Que eu não seja ferido, mem cativo, mem morto. !

Por bons caminhos irei,
Bons e maus encontrarei :
Os hons me veião

Os maus me não encontrarão
Valha-me Jesus Cristo

E mais São Francisco.

Rimance de Santo António

“Oh meu heato Santo António
Que no ceu «sendes> 0 rei.
Nascido da flor da palma
Remédio pata a nossa lei.

= E estou preso e estarei
E às presenças de El-rei irei
E à justiça rigorosa.

— Se me quereis ouvir,

Esse homem que levais

Não fez o delito que «cuideis >»,
— Esse homem outro matou

No seu quintal o enterrou.

— las iremos à cova do morto
Que êle dirá quem o matou.

Ele pla boca do Espirito Santo falou:

— Esse homem não me matou,

Eu 0 sinal lhes dou,

Antes me aconselhou

Como o bom pai que me criou.

– O homem que mal me queria

Levai-lo na companhia ate

Mas manda meu sagrado «Marias»
Que eu não descubra mais!

Deite-me à benção, meu pai,
Não me esteja demorando

Que quero ir para Paula (Padua)
Pregar o meu sermão

Às gentes que lá estão
Maravilhas canfarão.

— (juem dera a um pai

Tet um filho desta sorte –

Veio de Paula (Padua) aqui
Só-pira o livrar da morte.

(Deve estar incompleto. Aoram
decia a indicação de qualquer
versão completa que seja conhe-
cida na comarca da Sertã).

Rimance de Belem
(Conhecida por «Oração a São José»)

São José mais a Virgem
Os dois vão p’ra Relem
Ambos vão cantar os Reis (Vão p’ra cantar os Reis)
Cantamos nós tambem.
São José vai engjado
Porque vão pras montanhas
À Virge vai bem alegre (A Virgem vai bem contente)
Leva Jesus nas entranhas
Ergueram-se as tres Marias (Ajuntaram-se as
tres Marias)
Numa noite de Natal
À cata de Jesus Cristo
Nunca o poderam achar.
Foram acha-lo em Roma (Foram dar com êle
em Roma)
Revestido num altar
Nissa nova quere dizer
Nissa nova quere cantar,
Calix douro tem na: mão
À hostia quere consagrar
“São João ajuda à missa (São José ajuda à missa)
São Pedro muda o missal (A Virgem muda o missal)
Qh que capela tão honita
Ouro tão bem empregado
Onde Jesus Cristo andou
Nove meses encerrado,

(Oh meninas desta ferra
Vinde ver que grande festa
Um menino como o sol
Mastido de uma donzela).

Ei

Registo duas versões, a da Cumeada
ea da Sertã. A da Cumeada é a que
vai transcrita, A da Sertã é em tudo.
idêntica à da Cumeada eom excepção
dos versos que vão entre parêntesis e
tem além da da Cumeada a última

quadra, Poda

Jaime Lopes Dias,

 

PROGRESSO

A Comarca da Sertã

DA REGIÃO

A principal finalidade da Companhia de

Viação de Sernache, Ld.º:
convenientemente e valorizar, sem-
pre e cada vez mais, tôda a região

servir

— Vai pedir-se a modificação do ho-
rário da carreira Sertã – Castelo
Branco, que implicará, depois, a
mudança de horário no’percurso
entre Sertã e Coimbra.

Todos aqueles que vivem no;

nosso meio ou os que a êle se
deslocam para visitar a família,
tratar dos seus negócios ou, atraí-
dos pel:s belezas naturais, aqui
vêm fazer a uma digressão, co-
nhecem de perto a acção altamen-
te valiosa que a Companhia de
Viação de Sernache Ld.º desem=
penha na região, contribuin do,
iniludivelmente, para a sua pros:
peridade e engrandecimento, a
tal ponto que, bem pode dizer-
-Se, à vida dos nossos centros de
comércio de indústria ou agricul-
tura, depende, em grande parte.
da manutenção eficiente dos sete
viços de transporte daquela im-
portantíssima emprêsa,

As camionetas encarnadas gal-
gam aceleradamente as nossas
estradas num vai-vem contínuo,
trazendo e levando passageiros
e mercadorias para as nossas vi-
las e aldeias e para os grandes
centros sed

Conlôrto, absoluta comodida-
de, segurança e rapidez definem
tôda uma larga actividade, uma
orientação verdadeiramente me-
tódica, que não tem, nem pode
ter, somente, um fim mercantil;
há nela o desejo de servir bem,
de contribuir para o progresso e
propaganda destas terras, pondo
de parte a baixa exploração.

Que o digam todos se isto não
é verdade. À Companhia de Via-

Ição de Sernache tem o seu nome
| firmado; não precisa de reclames.
“| Ela impõe-se à consideração ge-

ral pelo papel importantíssimo
que desempenha no enriqueci-
mento da região comarcã; êste é,
pois, o seu melhor reclame.

«A Comarca da Sertã» exte-
riorizando-o seu pensamento no
capítulo de transportes diz o que
é de justiça e traduz a opinião
geral, ‘

i j o SR ]

“Na carreira Castelo Branco-
-Sertã entrou ao serviço uma no-
va viatura, marca «Diamond», de
30 logares, um dos melhores

chassis americanos; caracteriza-,
se pelo luxo e confôrto que ofe-
Teçe.

x a

A gerência da Companhia,

preocupada, sempre, com os in-.

Condução de malas de eer-
reio entre Tomar e Sertã

cha-se aberto concuso para | £

a tomada de lanços, destinado à
condução de malas de correio
entre Tomar e Sertã, em camio-
neta, ida e volta, todos os dias,

sem base de licitação, realizan-

do-se a praça na estação dos

Correios da Sertã pelas 12 horas

no próximo domingo, 7.

Os licitantes devem fazer-se
acompanhar dos seus fiadores
idóneos. As demais condições
do concurso estão patentes na-
quela estação e serão lidas no
acto da praça. :

RU Da

José Diogo da Conceição

Foi nomeado professor da es-
cola primária de Sortelha, distri-
to da Guarda, devendo tomar
posse no início do próximo ano
lectivo, o nosso amigo sr. José
Diogo da Conceição, que provi-
soriamente exerce o magistério
na Lardosa, Castelo Branco.

Às nossas felicitações.

 

Este número foi visado pela
Comissão tle Censura
de Castelo Branco

terêsses e regalias do público,
vai agora pedir a modificação do

Castelo Branco; êste trajecto, até
agora feito em cerca de 5 horas,
passará a ser de 3,30h., ou seja
no regime de aceleramento de
marcha. Pretende-se, e isso é O
ideal, fazer uma ligação da car-
reira Castelo Branco-Sertã com a
da Sertã Figueiró dos Vinhos-
“Coimbra.

A camioneta, em vez de sair
da capital do distrito às 6, par=
tíria às 9, dando, por conseguin-
te, ligação com o comboio que
ali chega às 8,58 procedente da
Guarda e com passagem, entre
outras terrasjimportantes, por Co-
vilhã e Fundão; passava por isso,
em Sobreira Formosa às 11 e em
Proença-a-Nova às 11,30, che-
gando à Sertã às 12,25 horas,
Com êste horário de volta os
passageiros que tivessem de se
deslocar às sedes de concelho ou

curso, teriam tempo de sobra pa-
ra tratar de assuntos nas -repar-
tições públicas e dos seus negóe=
cios, 6 que com dificuldade se
pode fazer agora em que a ca-
mioneta parte da Sertã às 13,40,
havendo sômente a demora, aqui
de 1,99:

Sendo deferida esta justa e lou-
vável pretenção, entende-se ne-
cessária a modificação do actual
horário entre Sertã e Coimbra:
em 3 dias por semana (3.º, 5.

às 12,30 e chegada a Coimbra às
16,30, para os passageiros apro-
veitarem os comboios entre Porto
e Lisboa; a partida de Coimbra
seria, nos dias imediatos, às 12
horas, chegando à Sertã às 15,35,
dando, assim, logar a que se
aproveitasse a camioneta Sertã-
«Castelo Branco. Por conseguinte
‘manter-se.ia o horário em vigor,
para os outros dias, no trajecto
Sertã Coimbra.

Estas modificações oferecem
uma perspectiva interessante :
num só dia, rodeada de c;modi-
dades e por preço módico, uma
pessoa podia fazer o trajecto da
Guarda a Coimbra sem se fatigar

 

e sem demoras inúteis e aborre-
cidas nas terras do percurso.

E) Ss Es sm ss sa
dA S Y, é $
Ed “e O fo? fa? Sa ta?

* AGENDA É


8 sa ea sa 2 sa a
UEC UE UCA
ta? ta o? o? a? ad

Estiveram na Sertã os srs.
José da Costa e Carlos Costa,
de Lisboa, José Luiz, da Cha-
musca e no Troviscal, o sr.
José Diogo da Conceição, da
Lardosa,

— Encontra se na Sertã o
sr. Engenheiro-agrónomo Rei-
naldo Lima da Silva, de Alve-
ga (Abrantes).

Aniversários natalícios :

Hoje, Albino Heitor Cravei-
ro, Tete (Africa Oriental); 6
D. Maria José Corrêa e Silva;
7, António A. Craveiro; 9, Má-
rio Bernardo Cardoso, Lisboa;
10, D. Maria Eugênia de Men-
donça David, Alvaro.

ParabÉns

Inauguração da Cabine Tele-
fónica em Pedrógão Pequeno

Foi inaugurada, na 2.º feira, a
cabine telefónica de Pedrógão
Pequeno, de que faremos desen

 

mero.

horário da carreira entre Sertã e.

da comarca, abrangidas no per-

e sábados) a saída da Sertã seria

volvido relato no próximo nú-:

 

Uma obra gigantesca

“Um novo lipro |
de Jorge Ramos

que interessa a todos os cato-
licos e a todos os judeus!

De JORGE RAMOS, nosso
colaborador, vai eparecer dentro
de dias, um novo livro gue se-
rá posto à venda em todas as
livrarias do paiz: «A MITO-
LOGIA ARIANA e o PLÁGIA-
TO JUDAICO», obra dum estu-
dioso e destinada aos estudio-
sos — para professores e estu-

 

dantes, intelectuais e pensados.

res. E’ um trabalho formidável
de argumentação crítica que le-
vou dois anos a preparar reque-
rendo um esforço exaustivo para
acumular a considerável docu-
mentação de mais de quinhentas
obras em italiano, alemão, gre-
go, holandez, francez, sueco, in=
glez, espanhol, etc. etc. sobre
historia, latinidade, germanismo,
problemas de raças, etnologia,
estudos antropológicos, etc, O

livro oferece a curiosidade de.

estar repleto de indicações uti-
lissiímas sobre tudo o que se
tem escrito sobre as origens
da raça ariana e sobre a vida
dos judeus. E’ um documenta-
rio colossal COM REVELA.

ÇÕES SENSACIONAIS e onde
se apontam pela primeira vez,
factos misteriosos de enorme va-
lor histórico. E’ um profundo
trabalho filológico, riquissimo de
notas etmilógicas é com estudo
sério e muito completo da histó-
ria de tôdas as raças semíiticas e
de tôdas as raças arianas com
apontamentos sobre as mais an-
tigas religiões do mundo, mito-
logia persa e hindu, ensaios so-
bre brahmanismo e bridismo,
historia da mitologia escandina-
va, etc. etc, O volume é enri-
quecido com documentos inédi
tos sobre a vida primitiva dos
povos do Oriente e descreve
com larga soma de pormenores
as tradições, os cultos e os mi-
tos dos eslados. E” estudada am-
plamente a influencia da infiltra-
ção judaica na história da Sue-
cia e de Roma e descrevem-se
costumes pitorescos, tradições
deconhecidas, episódios que li-
gam a História de todos os po-
vos antigos à mitologia ariana,
E? ainda um estudo sobre a Ci-
vilização e sobre a Raça Branca
focando a luta eterna entre o

Ocidente e o Oriente, entre a |.

Europa cristianisada e o asiatis-
mo imperialista, entre o espirito
catóiico e as ideias racistas, en-
tre o mundo latino e o universo
judaico.

Deste livro fez-se gigantesca
tiragem para poder vender-se ao
preço irrisorio de 5800. O vo-
lume é prefaciado por um lente
da Universidade de Coimbra e
notabilissimo poligrafo.

Pedidos à LIVRARIA BER-
TRAND — Chiado, Lisboa.

Leiam «A Mitologia Ariana e
o Plagiato Judaico». .

— eo Es
Anda gente nôste mar de existência,
Navegando o barco do trabalho,

Para colher as pérolas de orvalho,

Que tanto brilho dão à consciência.

É quando mostra mais transparência

0 dol, sôb o qual segue o longo atalho
O baixel que regressa ao agasalho

Do pório do descanço e da clemência,

Turvase 0 tempo, brame a tempestade,
Envolvem-se as estrêlas em negruta, (!)
E muda-se a noite a doce claridade…..

Uma vaga lhe abre a sepultura:
Levando na fria asa uma saiidade,
“ Mum brando vôo que bem pouco dura,

(Imitação de o Sonêto de Gomes de Amorim)

Sirtaco Santos

(1) E” êste o meu caso, pois estive 4
anos cégo, esperando a maturação
das cataratas — um horror |

5% &

sa mermo ae nat OGU “q mca anamaria seremos

Apicultura

«Abelhas… abelhas… abelhas…»

– À Primavera está à porta e as
abelhas já andam de flor em
flor. Os senhores apicultores que
quizerem experimentar as col-
meias moveis é agora a ocasião
de as adquirirem e de as povoa

FEM,

Numa quinta, no recanto de
um modesto quintal, a colmeia-
movel tem sempre lugar.

Se o ano decorrer favorável
nos fins de Junho, uma simples
colmeia poderá produzir «um als
gusires de mel ou sejam 15 qui-
los!

O nosso País tem um clima
privilegiado para o desenvolvis
mento da apicultura.

z

A colmeia poderá ser cons..
truída na localidade, com boas
madeiras e por um carpinteiro
hábil. Entretanto, como várias
pessoas, se nos têm dirigido
para que lhes indiquemos as me-
lhores casas da especialidade
citaremos a do sr. P.º Manuel
Tavares de Sousa, de Rio Mau
(Douro) como a de mais confian-
ça, das que temos conhecido,

x

A Câmara Municipal de Mas
ção manifestou já O seu interêse
se na propaganda da apicultura,
adquirindo 3, tipo «Lusitana»
que mandou distribuir pelas ese
colas de Vale de Cardigos,
Envendos e Mação. Esta últi-
ma foi assaltada um dia.

(O mel é doce… e os gulo-
sos são muitos…)

Urge mandá-la povoar, pois é
um belo meio de propaganda
para as crianças.

*

Dizia-me há tempos, pessoa
amiga : — Não compreendo o al=
cance da sua propaganda em fas
vor da colmeia de madeira,
quando no meu tempo, honve .
sempre mel fabricado nos cortie
ços…

— Eº’ que o meu Amigo dese –
conhece que as abelhas, nas col=
meias móveis, produzem 12 ve-
zes e meia mais mel do que nos
cortiços !…

— Pela razão…

— Da cera moldada, que ines
troduzimos nas colmeias moveis,
facilitar o trabalho das abelhas. |

— Mas… :

— Atenda: As obreiras, para
fabricarem 400 gramas de cera, .
deixam de fabricar cinco quilos
de mel…

— Mas isso é contra a indúse
tria das velas de cera…

— Não é bem assim…

Nada tem que ver uma coisa:
com a outra…

Cardigos, 18 de Março.

Antonio Viegas Tavares
(Da 57.2 Comissão Regional Apícola)
gota) ep
Quere fazer melhor venda dos

artigos do seu comércio
e produtos da sua indústria ?

Gastando ‘ uma insignificância,
pode anunçiá-los na «Comarca
da Sertão.

ted a

E’ amigo dedicado da
sua terra ? fe

Indique-nos, como assinantes,
todos os patrícios e amigos que
ainda o não são.

O valor e o bom nome da sua
terra dependem, em grande par
te, da propaganda que dela se
fizer nêste semanário.

 

Postais com vistas da Sertã

(EDIÇÃO PRIMOROSA)
Vendem-se nesta Redacção
Colecção de 7 postais — 5860. 5860.

@@@ 1 @@@

 

Umimportante invento

O uso do gás-água, carburante na-
cional, vai revolucionar, projun-
“damente, a indústria de trans-

portes pesados. – O invento deve-
se ao sr. José Gonçalves Baptista,
de Bela Vista, Ferreira do Zêzere.

 

“Tivemos agora ocasião de apre-:

ciar uma modificação, muito in-
teressante, numa camioneta de
carga pertencente à Companhia
de Viação de Sernache, Ld.?, de
Sernache de Bomjardim.

Substituída a gasolina pelo
gasogénio, produto da combus-
tão do carvão vegetal, sem qual-
quer modificação nos motores a
gasolina vulgarmente usados,
vai-se operar uma importante re-
volução na indústria dos trans-
portes, verificando se uma apre-
ciável e importantíssima econo-
mia e, por outro lado, a valori-
zação da cepa, de que se extrai
o chamado carvão vegetal, exis-
tente nas nossas serras em larga
abundância.

“O sistema a gasogénio é sim-
ples: compõe-se de um gerador

onde se fabrica o gás, utilizando.
uma mistura de ar e vapor; êssc

gás passa, seguidamente, por um

filtro e por fim vai ter ao motor, |

accionando-o com a mesma efi-
ciência do que a gasolina.

Na camioneta a que nos refe-
rimôs há, porém, uma innovação
muito importante – ihvento do sr.
José Gonçalves Baptista, de Bela
Vista, Ferreira do Zêzere – posta
em: prática com os mais lison-
geiros resul’ados, depois de um

estudo aturado e profundo de:

muitos meses consecutivos, a par-
de pacientes investigações cien-
tíficas: o gasogénio inventado
pelo sr. Baptista apresenta cara-
cterísticas diferentes dos vulgares
gasogénios aparecidos nos mer-
cados. Assim, enquanto até ago-
ra se tem seguido o uso do ga-
sogénio a sêco, com filtros de
pano, o sr Baptista aplicou com
óptimos resultados um gasogé-
nio a húmido, com filtros por
substâncias líquidas e matérias
poro as. No gasogénio a húmi
do emprega o vapor de água; as
vantagens dêste processo . são
matifestas, pois que, enquanto o
gás a sêco tem cêrca de 990 ca-
lorias, o gás a húmido produz
cerca de 1.500; ora se o gás da
gasolina tem pouco mais ou me-
nos 1.700 calorias, fácil é calcu-
lar à vantagem do processo apon-
tado e descoberto pelo sr. Baptis-
ta, que já requereu o registo de
patente, dando ao seu’invento a
simples denominação de gás-d-
gua. ESP

E” bom notar que o invento|

do sr. José Gonçalves Baptista
não implica maior gasto de car-
vão, que se calcula ser de um
saco vulgar para 100 quilómetros
de: percurso, havendo sempre, é
em qualquer caso, vantagem em
empregar gasolina nas subidas
de grande declive, o que é faci-
limo, visto que o motor é o mes-
mo, como já dissemos.

Dentro de pouco tempo pode-
tão os proprietários de camione-
tas mandar fazer as modificações

em Bela Vista, Ferreira do Zêze- |

re e colher elementos nos escritó-
rios da Companhia de Viação de
Sernache, Ld.º.

Vai a nossa região ver valori=
zadas as cepas do seu solo, pois
é delas que se extrai o melhor
carvão como fôrça motriz.

É Arte fp pa
Interêsses regionais
Foram concedidas as seguin-
tes comparticipações: de Escudos,
3.542$09, à Câmara Municipal
da Sertã, para construção de uma
variante ao caminho vicinal de

ligação da estrada nacional n.º |
12-1.º ao Mosteiro da Senhora |
“dos Remédios; de Esc. 5 223300, |
à Comissão de Melhoramentos !.
de Amieira, concelho de Oleiros, |

para abastecimento de águas à

povoação de Sendinho da Senhorg |’

A Comarca da Sertã

AM tributação Le Fç

 

La. magnifico discurso proferido, ha tempo, na Assem-

bieia Nacional, pelo ilustre deputado da Nação sr.

dr. Artur Duarte, a propósito da apreciação da Lei
de Meios, transcrevemos do «Diário das Sessões» Os sêx
guintes periodos:

«Tratando-se da terra e do aumento da taxa da con-
tribuição predial, a qual se estabelece no artigo 3.º, ha, na
realidade, que chamar a atenção para êste aspecto melin-
droso e delicado da tributação da terra portuguesa.

E” que nós constatamos que já hoje, em grande parte,
a terra está sendo tributada por um rendimento que os

| seus proprietários dela não obtêm. O rendimento colectá-

vel de um grande número de propriedades é superior ao
rendimento real e efectivo dessas propriedades.

E nêste momento, em que se faz uma revisão das
matrizes, será necessário chamar a atenção para a forma
como essa revisão é feita.

* Já aqui foi dito por mais de uma vez que os preços
médios adoptados para a determinação dos rendimentos
da’ propriedade rústica são nitidamente superiores aos
preços reais por que o lavrador a obtém. Assim, por exem»
plo, na propriedade constituída por vinha tomou-se por
preço médio o quantitativo de $80 por litro de vinho em
avaliações recentes, quando é certo e sabido que nunca 6:

lavrador nos últimos anos obteve êsse preço de $80 por –

litro, que é o preço do retalhista e que não deve ser tido
em conta para determinação do rendimento colectável da
propriedade. : :

Mas ha mais: existe um outro problema que me.

parece de uma certa gravidade e importancia. –

Como. V, Ex.:s sabem, o proprietário da terra, gran- .

de ou pequeno que seja, tem o hábito natural da economia,
talvez resultante de saber quanto custa extrair da terra

algum- lucro, e acresce que êsse lucro realizado pelo prom
prietário da terra é em geral invertido na própria terra e.

empregado na-propriedade,
Mas
desde que êle melhore a sua propriedade-imediatamente

vem o fisco promover a avaliação dessa propriedade me-
lhorada, ‘E’ porque se os exemplos não demonstram, por

vezes ilustram e esclarecem, repito aqui um caso que-:já
apontei. Uma propriedade comprada no período em que a
propriedade atingiu o mais alto valor, em 1924 ou 1925, foi

adquirida por um determinado quantitativo e destinada à
“cultura do trigo. Em certo momento os donos dessa pro-

priedade entenderam que deviam ensaiar nela a cultura do

arroz. Pois tanto bastou para que a respectiva repartição ç

de’ finanças promovesse imediatamente uma avaliação
dessa propriedade, porque a cultura nela dominante pas-

sara a ser mais rendosa, Claro está que quando essa pro- –
priedade deixar de estar afecta à cultura do arroz, porque

põe-se hoje ao proprietário, êste problema: –

. e o problema do trabalho pata

 

de tempos a tempos tem de se deixar descansar a terra, e

| regressar à. cultura do trigo, não lhe vai ser deminuído o
‘* rendimento colectável, Portanto, o proprietário está pe-

rante êste dilema : ou deixa permanecer a propriedade no
estado em que se encontra, e vai procurando tirar dela o

| que ela pode dar, e neste caso não lhe é aumentada a con-

tribuição predial, ou faz nela melhoramentos de qualquer
ordem, e desde logo a maior valia que dela procura ex-

“trair vai ser absorvida, em parte, pela contribuição predial.

Parece-me que isto tem sôbre o proprietário da

terra um efeito desmoralizador e leva-o a deixar ir em-

pobrecendo-a sua propriedade, só extraindo dela o que ela
dá dia a dia. E
Conseqiientemente, as grandes plantações de aryo-
redos e outros melhoramentos, a defesa da propriedade
por meio de valados, etc. tudo isso se vai abandonando:
pouco .a poco e a terra tambem, pouco a pouco, vai em:
pobrecendo. so x

Sr. Presidente: se por um lado se realizam grandes
melhoramentos públicos, de que resulta um aumento de

riqueza nacional, por outro lado a economia privada vai,
– abstendo-se de contribuir e promover o desenvolvimento.

da riqueza… :
– B’cultura da terra e o aproveitamento dos seus

“produtos é um: concurso-que não pode ficar deserto, e:a

lavoura portuguesa é das primeiras actividades a sentir Os,
efeitos da guerra, a sentir os efeitos da alta de preços, À
lavoura utiliza o ferro, a lavoura utiliza Os adubos, a la-
voura utiliza as máquinas agrícolas, tudo produtos de iim-
portação, tudo produtos que sofreram já: as altas de pres
ço. No meio desta tragédia e desta hesitação em que vive,
o múndo, ainda os preços agricolas são os que se mantêm

mais constantes. A lavoura está já pagando mais. caro |
tudo quanto necessita para o amanho da terra, mas ainda:
“não teve a compensação nem’a poderá ter facilmente na

elevação dos:preços. i
“=. Mas a lavoura não pode deixar de exercer a sua

| actividade, e o aproveitamento da: terra é um concurso

” que, como já disse, não pode ficar deserto.

Nestas condições parece-me que deve ser prestada.

| toda a atenção a êste problema da terta portuguesa, por-
* quanto se por um lado necessáriamente as obras públicas
“ hão-de absorver.menos mão de obra com à mesma verba

dos anos anteriores, por outro lado tambem a actividade
dos particulares ha-de deminuir, e ser portanto restringida
a absorpção da mão de obra; e o problema do desemprego
odos agrava-se; E êsse é

“que tem de ser indiscutivelmente resolvido.

– Quero com isto’dizer que me parece que não devem
ser impóstos à terra. portuguesa: sacrifícios que vão
além das suas possibilidades. À

 

 

Cobrança de Dívidas Mais Notas… à Lágis

“* Instrução

 

Conforme dispõe o novo Có-

Por portaria de 11 de Março E

 

digo do Processo Civil, «é per-
mitida a coligação de autores
contra um: ou vários réus, e é
permitido a um autor demandar

conjuntamente vários réus por

pedidos diferentes, quando a cau-

sa de pedir seja a mesma e úni-

ca, ou quando os pedídos este-
jam entre si numa relação de
dependência».
Também podem «coligar-se
vários autores ou demandar-se

conjuntamente vários réus, em-
bota a caúsa de pedir seja dife-

rente, quando a procedência dos
pedidos principais “dependa es-
sencialmente da apreciação dos
mesmos factos ou da interpreta-
ção € aplicação das mesmas re-

gras de direito, ou de cláusulas

de contratos perfeitamente análo-
gos»,

eia
Calendário

O nosso amigo sr. Demétrio
da Silva Carvalho, agente dos
receptores «Philips» na Sertã,
ofereceu-nos um bonito calendá-
rio para o corrente ano. Agra-
decemos,

 

HFECTUA-SE êste mês o re-

lare da tara militar que,
raté 30 de Março, podia ter
sido paga em dôbro.
—* eres

-sação de ver êste mês o formi-
dável filme «Atrás da linha Ma-
ginot».,

Ele constitui, sob todos os
pontos de vista, um inquérito ao

excepcional interêsse, grandeza
e emoção pelo poder bélico que
as suas imagens dentinciam, é O
mais completo oú, pelo menos,
um’ dos mais completos docu-

exército francês, passando em
revista as poderosíssimas armas
de que dispõe para fazer frente a
tôdas as eventualidades.

A «Pátria Filmes, Ld.º> não
se poupa a esforços para nos

 

| proporcionar Dons filmes; desta.
‘ forma compete-nos corresponder.
‘ E? êste mesmo o nosso interêsse,

 

IMAGENS DA GUERRA.

“das Neves, d

‘a sua aposentação 31 anos de
iserviçõ. O CO É RR

“ais do Timba Maginot”

O nosso público vai ter a sen- |
“poderio militar da França. Tem

mentários sôbre a célebre forti-|.
ficação fronteiriça da França e)
da organização admirável do.

 

 

foi colocada na situação de inãe- |
tividade a partir de 28-7-934, |

D. Olímpia Amélia Abranches

 

Os postos escolares devem co-
meçar a funcionar até 17 de Mar-
ço de cada ano se for dia lecti-
vo; em caso. contrário êsse; fun-
cionamento inicia-se no primeiro

dia de aproveitamento escolar

seguinte.
“Os regentes dos postos: já no=

meados,. que não: entraram: emp |
“exercício: até 17, deviam tê-lo |

feito até 1 de Abril, primeiro dia |

lectivo: após: as férias. :
Valores Declarados.

Foi restabelecida. a aceitação

de cartas, caixas e encomendas
com valor declarado destinadas
ao Estrangeiro, india Portugue-
sa, Macau e Timor. À aceitação
ficará condicionada à declaração,
por parte dos remetentes, de que
se sujeitam aos riscos de guerra.

COM.OS SERVIÇOS SANITARIOS NAS LINHAS FRANCESAS, .

Durante a cerimonia de entrega de 20 ambulancias automoveis o

erecidas à França pelas suas colónias, um.

general condecora um capitão médico françês

DUPLO GENTENARIO

pa todos os portugueses pen-
sem e sintam que as festas
de 1940 são dêles e para êles..
“O Duplo Centenário de 1940
será, além de um acto político de
interêsse universal, dado o papel
que o nosso país representou na
história da civilização; além de
um acto cultural de expressão
ecuménica, caracterizado pela os-
tenção internacional dos congres-
sos e das manifestações do es-
pírito; uma festa popular, festa
dás ruas e das praças, dos cam-
pos e do mar, em que vibrarão
a alegria a espontaneidade, o vi-
gor, o entusiasmo ardente, o ins.
tinto heróico do povo português.
A celebração dos nossos oito
séculos de Nação livre não cons-
titue uma solenidade local e res-
trita: é uma festajnacional. Reali-
Za-se não apenas em Lisboa, mas
em todo o País, de norte a sul,
no continente, nos arquipélagos
adjacentes, no Império colonial,
e procura unir, no mesmo senti-
mento de pátria, tod s os portu
gueses dispersos no Mundo.
Se infelizmente nos felta am
biente europeu -e a culpa não é
nossa —, não deixa entretanto,
de constituír admirável espectá-
culo para o Mundo, o de uma
nação que, em meio da crise e

da perturbação geral, festeja tran-

quilamente os seus oito séculos

de existência. Poder fazê-lo, ques

rer fazê lo na actual conjuntura,
significa fôrça, vitalidade, cará-

ter, confiança nos próprios des-
| tinos, grandeza de ânimo, exema.

plo de virtudes cívicas e de co-

ragem moral.

Júlio Dantas
reg) ag
Reciamações

‘* Queixa-se-nos um: habitante.

do Montinho (Sertã) que, de há.
m mês a esta parte, vem rece- |
endo a sua correspondência

com muita irregularidade, tarde.
je a más horas e, mesmo assim,

a entrega não é feita pelo distri=

buíidor da área, mas por qual-
quer pessoa que nada tem com
jêstes serviços. O reclamante tem
-Sido prejudicado com estas fal=

tas, completamente injustificáveis

segundo alega e que dantes não.
‘Se verificavam. .

Com vista ao sr. chefe da Es-

tação dos Correios local.

*

Informa-nos o sr. Manoel Nu-

nes, do Montinho, que, há pou-

ico tempo, seu pai, o sr. José
Nunes, de 80 anos, do mesmo
logar, foi atropelado na Aveni-
da Baima de Bastos por Joaquim
Jorge, solteiro, do Mosteiro Ci-
meiro da Senhora dos Remédios,
que alí andava fazendo exerci-
cios de ciclismo; o atropelado
ficou muito conuso e teve de
recolher à cama durante 15 dias.

Há naquela avenida uma casa

“de bicicletes de aluguer; muitos

indivíduos procuram treinar-se,
mas achamos inconveniente que

“| aquela artéria seja escolhida pa- .

ra campo de manobras em vir.
tude do seu grande movimento,
o que pode trazer sérias conse-
quências para os peões que por
ali passam e até para os próprios
“ciclistas, a quem um elementar
bom senso aconselha tôdas as
cautelas e a prática num local
de reduzido movimento, como,
por exempio, a Cervalha.

| Com vista a quem de direito.
E pe am

Dr * D, Maria Emília Bel:
chior Rossi

Foi transferida, a seu pedido,

de Murça para Vila Flor, a dis-

tinta notária e advogada, sr.’ dr,?

D Maria Emília Belchior Rossi,
filha do nosso amigo sr. Augus-
to Justino Rossi, chefe da secre-

taria da Câmara Municipal da

Sertã, aposentado