A Comarca da Sertã nº185 28-03-1940

@@@ 1 @@@

 

FUNDADORES
= “Dr Jósé Cários Ehrharat —
— Dr. Angelo Henriques Vidigal —
o António Barata e Silva ——
Dr. José Barata Corrêa e Silva

|
Eduardo Barata da Silva Corrêa
|O | | prrecTOR, EDITOR E PROPRIETARIO | aaa
DI) Couro Bonato ola fila Cria TP. PORTELA FRUÃO
O REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO —— CASTELO]
a BRANCO
= Re Rr TELEFONE
«< PUBLICA-SE ÁS QUINTAS FEIRAS | 112 td
ANO IV | Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarea da Sertã: concelhos de Sertã E ga é
Nº 185 | Mleiros, md ” du ê Vila de Rei; e freguesias de Amêndoa e à Cardigos (do conselho de Mação ) op

4

 

Notas …

CONSTA NOS que a Câmara |

Municipal dispõe de al-
guns milhares de escudos para
embelezamento da Alameda
Salazar, que merece,realmente,

pelas suas condições — ampli |
tude, situação à margem da

ribeira Grande e topografia—

ser devidamente aproveitada | .

em formoso parque, como pou
cas terras podem possuir.

– Se a Câmara actual fez, com
tam bom êxito, o ajardina-
mento do Adro, que satisfaz
os mais exigentes, mesmo os
sempre prontos a criticar tudo,
quando nunca deram provas
de saber fazer coisa alguma
de jeito, não resta dúvida de
que também pode levar. por
diante um melhoramento im
posto, desde há muito, Ro
urbunização da Sertã,

Depois podemos dizer, «

dois bons passeios públ

Considerando: inconciliável,

naquele caso, o aproveitamento
da Alameda para mercados de
gado e feiras, preguntará o
leitor como se há de descalçar.
a bota. A nosso ver isso não
será difícil: aexpropriação de
um terreno próximo da vila e
à confinar com a recta do Pi.
nhal dá solução ao caso, E’
muito possível que a Câmara
já tenha estudado um plano
gue ajuste os interêsses econó-
micos ao embelezamento da
Vila, uns e outros de impor
tância para a população.

A) gp

sr. Chefe da Circunscrição
dos Correios, Telégrafos

e Telefones teve a amabilidade
de nos informar que, relativas
a à abertura das praças,
10 do corrente, para con-
dido de malas de correio en»
tre Castelo Branco e Sertã fi-
caram desertas as relativas a
condnções entre Castelo Bran-
co e Sobreira Formosa e entre
Sertã e Sobreira Formosa e
obtido o menor preço de 94870
para a condução directa entre
– Castelo Branco e Sertã; o mes-
mo senhor, em defesa: “dos inte
terêsses do Estado, está pro-
curando obter contratos par-
ticalares, por enquanto de na-
fnreza confidencial.

tag

em, execução do decreto- lei

º 27.279, de 24 de No-
veibro de 1936, estabeleceu-se
no dec nº 27. 882, de 21 de
Julho de 1987 que a elabora-
ção do terto para o livro único
do ensino primário se fizesse
por meio de concurso público
entre escritores portugueses e
firaram-se os prêmios a atri-
buir aos originais que mereces»
sem aprovação. De facto foram
recebidos bastantes originais,
mas nenhum se julgou digno
de aprovação; e porque urge

resolver êste problema foi aus

torizado o Ministro da Edu-

pação Nacional a nomear uma:

opera

|Aee

aliança tranco-britânica cafon

deu se progressivamente a to-.

dos os dominios, , monetário e
financeiro, militar, económico é

até soc’al. Orivu-se, para assegurar o me-.

lhor possível a cooperação económica en-
tre os dois países, um vasto sistoma de
comissõas e de organismos superiormente
dirigido pelo Conselho Supremo constituido
pelo presidente do Conselho francês é pe-
lo primeiro ministro britânico assistidos
dos seus respectivos colaboradores. Ao
Conselho Supremo competem as decisões
de caráter geral e a indicação das direetri-
Zes, ouvidos 08 ministros interessados dos
dois paises.

 

zação de todo o tra-

balho prático. A esta Comissão: aliada cor-

respondem Comissões nacinnais: em Fran.
ça, a Comissão dos programas e compras alia-

dos que funciona juntc da Presidência do
Conselho, e, na Gran Bretanha, organis-
mos similares. A Comissão de Coordenação

| constitui para determinados objectivos:
executivos aliados; existem já, por exem=>

plo, executivos para o bloqueio, para o:
armamento, aviação, reahastecimento,
marinha mercante, etc, Estes organismos
estão em cuntacto permanente Cum 08 mi
nistérios nacionais interessados,

Cada um dôstes ministérios, ttanicês
ou britânico, envia o seu programa de

1940.

A Cooperação Económica dos Aliados

(Enviado pela FE da Fan em Portugal)

==

pras, aliada que, depois de examiná-lo, o

remete à Comissão de ordenação frane

co- britânica. |

Esta, por sua vez, estabelece os pro-
gramas comuns o fiscalisa a sua execução

| pelos executivos que são secundados pe-

las missões de compra francesas e britã
; |
O Ministério dás, Finanças eo Soruiê de

– trocas intervôm nas questões de financia-
| mento e troca, do passo que o Ministério
da Marinha mercante acciona o orgênia-,
-mo aliado que se ocupa do emprêgo da,
tonelagem disponível para assegurar o|
* transporte das mercadorias compradas.

“Uma Comissão de Coordenação Saias ea- |.
zada da organ senvolvimento. Os acôrdos firmados re-
centemente entro os ministros do arma-

Esta organização está em pleno de

|
mento des dnija paises destinam-sa a esta

belecer uma colaboração industrial para
os programas de fabricação. O acôrdo co
mercial de 16 de Fevereiro é o comples

mento dos acôrdos financeiros concluídos

em dezembro entre Londres e Paris. Tem
por objectivo e por efeito reduzir conei-
derávelmente as medidas de restrição im-

postas ao comércio franco-britânico ao

começar a guerra e constitue uma nova
base de colaboração aplicável não apenas

na guerra mas também no após- guerra.
j |

Ee

compras à Comissão de Rai e com+

(Le Mois)

 

de reconhecido mérito, para a
elaboração e ilustração – “dos
textos do livro único destina
do ao ensino primário elemens
tars
epa

A cotização para o Fundo do

Desemprêgo relativa a
empregados de hotéis, rêstan-
rantes, casas de pasto, pene
sões, cafés, pastelarias e simi-

lares, deverá incidir sóbre as

seguintes bases:

limite a alimentação — sôbre
1008; quando a remuneração se
limite às dádivas dos clientes
— sóbre 2008: quando da re-
muneração façam parte das
dádivas dos clientes e a ali-
mentação — sôbre 3008 (2008,
gorgetas, mais 100% alimenta-
ção;) quando da remuneração,
além das dádivas dos clientes
e da alimentação, façam. parte
ordenados —sôbre 3008 e mais
ordenados recebidos; quando
a remuneração se limite ao
ordenado — sóbre o ordenado.

Este número foi visado pela
“Confissão de Censura

de Castelo Branco

comissão de pedagogos é ar-:
tistas, escolhidos de entre os

ficando-se, contudo
| maior afluência de fiéis, demons-
trativa de uma maior “religiosi-

 

Vida Li

As solenidades dos Ramos, da

| Semana Santa e de Domingo de

Páscoa, na Sertã, revestiram-se
da habitual magnificência, veri-
êste ano,

dade do nosso povo ou, talvez,
do anseio que o anima, da Té

sincera que lhe vai na alma, le-
vando-o a implorar a protecção
| divina para o Mundo, dominado,
es nota, pelo pavor da guer-
Quando a remuneração sel

A gente da freguesia da Sertã
e de muitas outras em volta des-

locou-se em massa para tomar

parte nas pomposas cerimónias
e supõe-se que na procissão do
Entêrro do Senhor tomaram par-
te mais de 4.000 pessoas. Foi
grandiosa e impressionante, en-
tre outras, aquela procissão, com
muitas e muitas centenas de to-
chas acesas. marcando um con-
junto de admirável imponência.
Notou-se muito respeito e silên-
cio absoluto.

O serviço de policiamento,
muito bem dirigido, foi confia-
do a um grupo de legionários.

A Igreja Matriz estava explen-

digna decorada e iluminada, .

 

Os amigos da “Gomarça”

O nosso amigo sr. Artur Pa.
tinha da Silva, de Lisboa, teve a
amabilidade de nos indicar, co-
mo assinantes os seguintes srs.:
António José de Oliveira, Profes-
sor Gabriel da Silva, Luiz Mar-

tins Cardoso, António Lopes Jú-

nior e a Leitaria Estrêla, de Lis-

“boa. Também o nosso amigo sr.

António de Oliveira V. Tavares,

de Cardigos, nos indicou o sr.
Manoel Pires Júnior, do Sipote.

A ambos ficamos muito gratos.
gpa

João Mateus Bártolo

Foi colocado na Lardosa, Cas-
telo Branco, êste nosso amigo,
inteligente e abalisado professor
na vila de Proença-a Nova.

Gg
«CIDADE DE TOMAR»

Com a publicação do n.º 262,
de 17 do corrente, entrou no 6.º
ano de publicação êste nosso
simpático colega, que valorosa-
mente vem defendendo os inte-
rêsses da cidade e concelho de
Tomar.

Que conte muitos e felizes
anos, são os nossos votos, |.

“0.0. a lápis

PARE CENDO que não, ne
há na Sertã quem pense
que a obrigação de ligar à rê=

| de de saneamento é uma coisa

que só sai aos outros. como q
sorte grande da lotaria. E cos
mo achem pouco continuar a
deitar pela janela fora tôda a
espécie de águas sujas, têm
ainda um buraguinho na pa-
rede da casa por onde escora
rem para a rua as imundícies
dos currais postos debaixo das
mesmas telhas.

Muita gente vê, cheira e
admira. Só não vêem, nem
cheiram, nem admiram os que
devem pôr-lhe ponto.

Pois é verdade. No ano dos
Centenários ainda há disto na
Sertã!

aorta

UM decreto agora publicado |

“cria, junto da Presidência

do Conselho, o Gabinete de
Coordenação dos Serviços de
Propaganda e Informações,
que é constituído pelos direc-
tores do Secretariado de Pro:
paganda. Nacional e dos Ser-
viçosde Censura e pelo presia
dente da Comissão Adminise
trativa da Emissora Nacional
de Radiodifusão, servindo de
secretário sem voto o chefe dos
Serviços de Imprensa do Seu
cretariado,

O artº 4.º do aludido decre-
to torna obrigatória a remes-
sa ao Secretariado de Propas
ganda Nacionol de um exem»
plar de tódas as publicações
periódicas editadas, no pró-
prio dia da sua publicação,
nos termos e com as formali-
dades constantes do artº 7.º
do decreto n.º 12,008, de 29
de Julho de 1926, e com as cos
minações nêle estabelecidas.

erp

CONFORME nota que nos
foi enviada pela Legação

da França em Lisboa, a Maris
nha Francesa interceptou, de
1 de Setembro de 1939 a 10 de
Fevereiro de 1940, as seguin-
tes quantidades de mercado»,
rias, expressas em toneladas:
Carvão, 12 854; combusti-
veis líguiídos, 36. 6406; víveres

‘e forragens, 228.714; minérios

e metais, 123.583; produtos
interessando a indústria quis
mica, 26.741; matérias gordas,
40.801; borracha 2.619; téxu
teis, 44. 966; madeiras, 8.375,

Ore

ALGUEM nos diz para lem-
brarmos à Câmara o quão
seria vantajoso lançar, no
Adro, uma camada de areia
branca do Rio. Ficaria muito
mais bonito aquele passeio e
atê os canteiros ou placas ajars
dinadas se destacariam, apre
sentando-se um conjunto har«
mónico e agradável.
Porque concordamos com o

alvítre, aqui o du no

* camente,

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Sernache do Bomjardim….cccsserersecs 19,30 19,35
Senti carecas siena do RE 19,55

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Sertã e 000 *”%00 009000 b0 . 5,15
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Aldeia Cimeira… sºcco cosressesra sessao 6,05 6,05
Figueiró dos Vinhos… …..ccssesessoos 6,20

TABELA DE PREÇOS DE BILHETES SIMPLES

Figueiró dos Vinhos
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3800 1850 Ponte Bairrada
4850 3800 . 1850 Carvalhos
6300 4350 3800 1850 Sernache
9300 7<50 6$00 4300 3800 Sertã

 

Figueiró à Coimbra, H2$50; Sertá a Coimbra, 28550; Sertã a Coimbra (ida e volta) 40550
“CRIANÇAS DE 4 À 10 ANOS PAGAM 1/2 BILHETE

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A Comarca da Sertã

 

Notas do conter da pm Através da Comarca

PAX!

“Domingo de Pascoa.

Hoje, ao levantar-me da cama,
tive a impressão de que deveria
estar um dia lindo.

– Ao penstrar no meu escritócio
tive a grata surprêse de ver sôbre
a mesa onde escrevo, algumas
rosas brancas levemente carmi-
nadas, numa cápsula de granada,
vasia de metralha, a servir de ân-
fora, que mãos carinhosas saben
do o quanto sou apaixonado por
flôres, lá foram colocar.

Bem haja essa alma amiga!

Os sinos da tôrre alta repica-
vam festivos.

E eu fui-me até à igreja para
onde os meus sentimentos de ca
tólico me convidavam.

A luz do sol entrava a jorros
coada pelos vitraes.

Os altares replectos de flôres
brancas, a sobre sairem do verde
das folhagens, brilhavam num en-
canto. E

Velas de cêra branca ardiam e
consumiam-se em holocaasto na
chama fúlgida que subia para o
ceu.

As meninas da Cruzada e da

“Catequese envoltas nos seus ves-
tidos brancos, toucadas de bran-
co, com a sua bandeira tambem
branca, com um quadro onde a
Virgem lhes sorria, assistiam nu
ma compostura atraente e edifi-
cante ao Santo Sacrifício.

Eram igualmente brancas as
vestimentas do sacerdote que no
Altar celebrava e evocava as ce-
rimónias e mistérios da Ressur.
reição.

Numa visão suavíssima quiz
ver que era resplandecente de al-
vinitente brilho a túnica do Sal-
vador Divino ao ressurgir do tú-
mulo…

E linda, linda a Padroeira nas

* Suas roupagens de alvura imacus

» lada, cinturada do azul claro das

“Alturas, com uma revoada de an-
jos de asas cândidas a acompa-
nha-Lz, sobre uma nuvem de ar-
minhcs que reverberava fulgõres,
aureolada de estiêlas, subia, eles
vava-se, a ascender num extasi,
pata os ceus…
“Meu Deus! Como é formosa a
Vossa e nossa Mãi Santíssima !…

Ah! Eu via tudo branco como
o Lábaro da Paz que o Redemp-
tor vei trazer ao mundo!

E penso que, se na invisibili-
dade das alnas n s fosse pe:mi
tido apercebêr ou descort nar
uma côr, se pudessemos pene-
trar nos arcanos dos mistérios,
nós a visionatiamos pura e clara,
como as azas alvíssimas dos an-
jos, ou como as pétalas dos lírios
aromatisados de que nos fala a
Bíblia, ou como os raios pratea
dos dos luares nas noites dese
lumbran’es.

E de regresso a minha casa,
nio remanso agasalhado e pacífico
de meu lar, onde escrevo — asós
comigo e com as almas de meus
antepassados que eu julgo me
acompanham sempre a inspirar
o que de bom ha em meu ser —,
ao olhar para as rosas— belas por-
tuguesas — que alegram e perfu
mam este ambiente, eu pergunto:
Porque não hade a humanidade
ressurg’ndo para o bem, desfazer
a atmosfera de Ódios, sepultar
nas profundesas dos abismos as
metralhas assassinas e mortiferas,
e engrinaldar com rosas brancas
simbólicas da paz e do amor—
as cápsulas das granadas vasias,
a embélesar à vida, a alegrar os
espíritos numa aleluia de bençãos?

Cardigos, 1940 – Março
Oliveira Tavares Junior

St Did

Quere fazer melhor venda dos
artigos do seu comércio

e produtos da sua indústria ?

Gastando uma insignificância,
pode anunciá-los na «Comarca
da Sertã»,

Efogado

— CASTELO, 17 — Ainda não foi encontrado o cadá-
ver de Joaquim Nunes, solteiro do lugar do Casal dos
Ferreiros, da freguesia da Graça, que a semana anterior,
ao atrevessar o Rio Zezere, no sítio da Barca do Bispo,
num pequeno barco, caiu ao rio.

O desditoso rapaz era negociante de gado suíno, e
ao que ouvimos era portador de quantia ainda avultada.

O tempo

Depois de alguns dias de belo sol voltou a invernia
que muito está atrazando os trabalhos agricolas.

N. da R. — Notícia provinda da Graça (Pedrógão
Grande), de 18 do corrente, inserta no «Diário de Notícias»
de 23, diz: «Após aturadas pesquisas levadas a efeito nas
margens do rio Zêzere, entre a «Barca do Bispo» e a pon-
te da Bouçã, foi encontrado por seus cunhados, José Luiz
Nunes e António Godinho da Silva, o cadáver do desditoso
negociant> de gados sr, Joaquim Coelho Nunes, do Casal
dos Ferreiros, desta freguesia, que havia perecido afogado
ao atravessar aquele rio num pequeno barco, no local com
nhecido por Barca do Bispo, conforme noticiâmos. O ca»
dáver, qu: foi encontrado entalado no tronco dum salguei-
to, no sítio conhecido por Barcaia, apenas tinha agarrado
um pedaço das calças e as botas» ;

Cotejando esta notícia com a do nosso digno Cor-
respondente do Castelo, tira-se a ilacção de que alguém,
sabendo que o negociante era portador de dinhelro, con-
seguiu descobrir o paradeiro do-cadáver e despojou-o do
casaco para praticar o furto, pormenor que não deverá
passar despercebido às autoridades, restando, mesmo, sa-
ber em que condições ocorreu o desastre, se, de facto, se
trata de desastre, |

o
cego

MADEIRA, 20 – De visita às suas famílias, encon»
tram-se nesta localidade: D. Maria Rosa Salgueiro Silva,
Dr. Pedro Pita e espôsa, Dr. Afonso Lourenço da Silva,
Dr. José Dias Garcia e espôsa e Vergílio Dias Garcia, Na
Vinha Velha, o sr, Dr. José da Silva,

— Na semana finda, os lagares de azeite termina»
ram a sua laboração, Devido à grande demora da azeitona
nas tulhas, o azeite que até fins de fevereiro era de fina
qualidade, apresentava nos últimos dias altas graduações.

(Noticiário dos nossos correspondentes)

Para Castelo Branco partiu a Sr.2 D. Maria do Ro-
sário Carronda, distinta professora oficial desta vila. |

Encontram-se aqui a passar as férias os srs. Dr,
João de Barros Morais Cabral, espôsa e filhos; Capitão
Raul Ferreira Vidigal, espôsa e filhos, da Pontinha, Lisboa.

cegos

VILA DE REI, 17 — Uma caterva de pedintes, ci-
ganos e tôda a casta de maltrapilhagem, infesta êste con-
celho em quantidade e talvez qualidade assustadora. | |

Nestas proximidades tem-se dado roubos de ani-

mais; aqui assaltaram a igreja paroquial, entrando pelo.

telhado duma dependência, roubando apenas as esmolas
contidas numa caixa. Ê

– Pelas-trazeiras, e por uma janela do arquivo, pene-
traram também no edifício dos Paços do Concelho, visitan-
do as secretarias da Câmara e Finanças, sendo também a
colheita pouco elevada. |

Tentaram arrombar o cofre da Câmara, para O que |

o deitaram a terra, fazendo-lhe um pequeno rasgão na
chapa de trás, não conseguindo ver coroados de êxito os
seus intentos. é !

Também assaltaram a paroquial do Pêso e o pôsto
de socorros da Casa do Povo,

Por êstes factos, êste povo anda um pouco sobres-
saltado, o que lhe faz vêr em cada desconhecido um la-
drão, tendo-se dado peripécias de fazer suar alguns, |

— A subida de diversos artigos começa a dificultar
a vida, que se agrava com a falta de dias úteis de traba-
lho, que a chuva impertinente tem dificultado, |

Gado bovino, suíno e equídeos tem tido grande su-
bida de preço. E

Enfim, é o primeiro passo para a subida do calvário
duma vida anormal. É – se

‘ — No passado dia IU foi a banda de Vila de Rei
abrilhantar a procissão dos Passos, que se realizou em
Carvoeiro, do concelho de Mação. ,

Os carvoeirenses receberam e trataram com galhar-
dia todos os componentes daquela, pelo que todos regres-
saram gratos e contentes. se

— A gripe tem por aqui feito bastas visitas, pelo
que é tratada atenciosamente, não tendo sido os seas
efeitos de maior gravidade. |

— Causou aqui dolorosa impressão a sorte da he-
róica Finlândia, mas como têm ruído os maiores impérios,

ceZox

PEDRÓGÃO PEQUENO, 17 — Sairam para Lisboa,
donde deve partir brevemente para o Pará, Brasil, o nos-
so prezado amigo sr, Afonso Lourenço da Silva.

so Leninista.

De A Gazeta das Serras

praza a Deus nos seja dado vêr ainda’por terra o colos-
Cc

FUTEBOL

No passado domingo houve,
no campo de jogos local, o anun-
ciado desafio de futebol entre os
grupos do «Recreativo Proen-
cense Foot-Ball Club», de Proen-
ça a-Nova e da «Académica», da
Sertã.

Pelo primeiro alinharam: Má-
rio, Pedro, Bernardo, Acácio,
Farinha, J. Mart’ns, Pardal, Tin-
teiro, José, Domingos e Rôlo e
pelo segundo: Orlando, Aníbal,
Henrique, Saldanha, Egas, An-
gélico, Zéca, Jorge, Sousa, José
Nunes e Peres; os dois últimos
só entraram na segunda parte,
contribuindo esta circunstâcia,
talvez para que finalizasse a pri-
meira parte com o resultado de
Sala favor de Proença. No se-
gundo tempo a situação inver-
teu-se e, enquanto os de Proens
ça não conseguiram meter um
úunico «goal>, os da «Académi-
ca» furaram as redes adversárias
nada menos de 5 vezes, alcan-
cando, por isso, o grupo local
um resultado muito apreciável,
ou seja 6 a 5a seu favor.

À chuva incessante que caiu
durante a tarde impediu a pre-
sença de muita gente e, pela
mesma razão, como é óbvio, o
desafio não despertou interêsse.

Serviu de árbitro Joaquim Fer=

reira Monteiro.

OQ jôgo começou cerca de uma
hora depois da que estava anun=
ciada, o que motivou justos re-

aros de muitos espectadores; a
alta de pontualidade torna-se
prejudicial e é um mau prece-
dente.

<ffo fp
Publicação recebida

Do nosso prezado patrício e
amigo sr José Nunes Costa, de
S. Tomé, recebemos um exem-
plar do número único comemora-
tivo do 35.º aniversário da Às-
sociação dos Empregados do Co-
mércio e Agricultura de S. To-
mé, que apresenta magnífica co-
laboração,

 

“Agradecemos, reconhecidos,

Ed a aa aa Pa a
4 AGENDA +.
aaa “e & E ai es A e Ed es “”

Estiveram em Pedrógão Pe-
queno os srs. Isidoro Freire e:
seus filhos Casimiro e Fran-
cisco Freire e o sr. Veríssimo
Antunes Xavier, de Lisboa.

— Encontram-se: no Cabe:
cudo, com sua espôsa e filhos,

do Vale Carvalho, o sr. Antó-
nio Nunes e em Entre-a-Serra,
o sr. António Dias, todos de
Lisboa.

— Partiram para Lisboa, on-
de foram passar as férias da
Páscoa, os srs. àr. Armando
Tórres Paulo, espôsa e filho
e osr. dr. Rúben de Carvalho;
e para Alviobeira, com sua es-
posa, o sr. Manuel Pereira.

Aniversários natalícios:

 

28, D. Maria Helena T. Fi-
gueiredo de Faro Viana, Lis
boa; 1 de Abril, menina Maria
Delfina, filha do sr. António
Barata e Silva; 2, [José A, Ale=
xandre Júnior, Lisboa.

Parabens
E a

DOENTES

Em Pedrógão Pequeno, onde
foi passar a Páscoa, foi vítima
de uma queda, de que resultou
fractura e luxação dos ossos do
pé direito, a sr.* D. Maria An-
gela Marinha de Morais Cabral,
dedicada espôsa do sr. dr. João
de Barros Morais Cabral, meri-
tissimo Juiz de Direito da comar=
ca de Leiria,

— Têm estado gravemente ens=
fermas a sr? D. Bárbara Cra-
veiro, mãi dos srs. Olímpio e
Antônio Craveiro e a menina
Valentina Rosa da Silva, filha do
sr. José Lopes da Silva.

Fazemos sinceros votos pelas

o sr. José Alves; na Marinha 4

melhoras dos doentes,

| fizer nêste semanário, –

CINEMA

As sessões ordinárias de ci.
nema que de há um tempo a esta
parte se efectuavam a 21 de cada
mês passam novamente a ser a

|22; êste mês não houve sessão

por, aquele dia, ser o de 6.º fei-
ra Santa. |

Para a exibição de Abril cons-
ta-nos que a Pátria Filmes, Ld.º,
de Lisboa, nos apresentará «Atrás
da Linha Maginot», filme de fla-
grante actualidade, cujo entrecho
descreveremos em um dos Eis
ximos números.

— eo . |
Reparação das calçadas
da Sertã |

A firma Lourenço, Simões &
Reis, Ld.º, de Lisboa, represen-
tada pelo seu sócio sr. José Au-
gusto Simões, arrematou a em-
preitada do calcetamento. das
ruas da Sertã e esgõtos das águas
pluviais na Rua Cândido dos
Reis. |

As obras começam dentro e
breve. |

grega |

Manucl Fernandes

Acompanhado de sua espôsa
e filhos, embarcou para Louren-
go Marques, em 9 do corrente,
a borde do «Colonial», o nosso
amigo e prezado assinante sr.
Manoel Fernandes. 1.º guarda-
fios dos Correios e Telégrafos
daquela cidade, que esteve al-
guns meses de licença na Moti-
nhosa (Oleiros). |

Desejamos-lhe, e bem assim a
todos os seus, uma óptima viagem
e tôdas as prosperidades. |

Bra |
Eº amigo dedicado da
sua terra ? |

Indique-nos, como assinantes,
todos os patrícios e amigos que
ainda o não são. |

O valor e o bom nome da sua
terra dependem, em grande par-
te, da propaganda que dela se

 

Vasilhas de cimento arma-
do para vinho

 

Um assunto que merece ser ponderado
pelos vinicultores desta região

Os nossos vinicultores desde
sempre, provavelmente, têm usa-
do tonéis de madeira de castas
nho para a conservação do vi=
nho. Hoje, em muitas regiões do
País, e no Ribatejo verificâmos
lo, está introduzido o uso de cus
bas em cimento armado que
apresentam, sôbre aqueles, a
apreciável vantagem de ser mui-
to mais económicas, o que torna
consequentemente fácil a sua
construção resolve com simplici-
dade o problema da conservação
do vinho nos anos em que haja
super-abundância.

A construção do vasilhame em
castanho torna-se muito dispen-
diosa, já pelo custo da madeira,
que pouco a pouco vai rareando,
já pelo gasto com a mão de obra
e falta, por vezes, de operários:
especializados na arte de tangas
tia; com a construção de depósi-
tos ou cubas em cimento armado
desaparece o receio que o tonel
ou-pipo estoire, que rache uma
aduela, que estale o fundo, que
o bolôr da madeira passe ao vi-
nho, etc.. E’ evidente que a cu-
ba de cimento requere especiais
cuidados na construção, que só
pode ser confiada a operários
especializados; assim, o revestie
mento interior com o silicato de
potassa ou a pincelagem com
ácido tartárico terão de ser feis
tas com cuidado. O custo da cu=
ba em cimento regula entre 3 e
4 escudos o almude. Pode muito
bem fazer-se cimento armado
sem se desperdiçar nem ferro,
nem cimento, contando simples-
mente com o necessário.

No nosso concelho há operá-
rios especializados na constru=
ção de cubas de cimento armas

do, que até agora já fizeram al-

guns trabalhos; e foi um dêles
que nos falouçnêste assunto, con-
fiando-nos os elementos neces»
sários para a construção das cu-
bas, os quais forneceremos a.
quem no-los pedir.

Pelas razões expostas deve
concluir-se que a madeira de
castanho é mal empregada em
vasilhas para conservação de vie
nho e terá mais útil aproveitas
mento na construção de edifícios
ou de mobílias.

ANTINGIO
2º Publicação

emma

 

Por ôste Juizo e terceira
secção, correm éditoa de vin=
te dias a contar da segunda.

publicação deste anuncio, ci=;

tando os credores desconhe-
cidos. para no prazo de deg
dias, findos que sejam os és
ditos deduzirem o seu pedie
do nos autos de execução.
por falta de pagamento de
multa, impôsto de justiça e:
acréscimos legais, em que. é
exequente o Ministério Pú=’
blico e executado Joaquim
da Costa Ferreira, solteiro,
jornaleiro, do logar dos Es-
cudeiros, fréguesia de Ser-
nache de Bomjardim, desta
comarca.

Sertã, 13 de Março de 1940,

Verifiquei +.

O Juiz de Direito, *:
Armando Torres Paulo

O Chefe da 3,º Secção, int.”, |
Armando António da Silva

Postais com vistas da Sertã

(EDIÇÃO PRIMOROSA)
Vendem-se nesta Redacção
Colecção de 7 postais — 5860

@@@ 1 @@@

 

“A ComarcadyVerta.

 

Mao EM

7.º CONGRESSO BEIRÃO

Estão lançados os caboucos da
grande parada espiritual do Re

gionalismo beirão. Começam já-

a repontar os primeiros traba:
lhos de Organização, os preli-

minares promissores da magna.

demonstração regionalista das
Beiras, que as: suas élites, sem
excepção, começam a acarinhar
com aquele entusiasmo que não
tem igual em quaisquer outras re-
giões de Portugal.

| Cada Congresso regionalista
é: não só uma festa da família
beirôa, mas um potencial de fôr-
ça, de unidade, de consciência e
de inteligência que não pode dei-

xar de. desvanecer uma Nação.

em que o espírito de derrotismo
e. o criticismo duma falsa des-
crença, constitui o único sentido
de superioridade que boa parte
dos homens cultos contumazmen-
te gostam de alardear.

Há uma legião de portugueses
que não descrêm, que há 25
anos iniciaram a campanha re-
gionalista das suas províncias,
que vão realizar o 7.º Congres
so, nêste ano das festas cente-
nárias, e que em cáda uma das

paradas magníficas da sua inteli-

gênciae sentido construtivo, pro-
curam sempre atingir, e cada
vez mais, aquela ascenção gene-
rosa e altiva que não:se fica em
em palavras e é a reprovação de
“todo o negativismo nacional nos
domínios da cultura, e da activi-
dade material e espiritual da
Nação. :

Esta legião de portugueses que
cada dia cresce em número e va-
lor, que alastra a sua fé e a mo-
cidade do seu espírito pelas ci-
dades, vilas e aldeias das três
províncias beirôas, e pelas ter-
– ras irredentas da velha Beira
Histórica, é o escol dos portugue

ses estreitamente unidos no cul-.

to do seu regionalismo, e não
há já que distinguir se há ainda

diferentes pusilânimes, ou entu-

siastas; as adesões crescem; ser-
se beirão é ser regionalista, é
ter crença emDeus, na Pátria e
no. Futuro, é sentir-se forte e
construtivo, inimigo de todo o
derrotismo, Sansão pelo domínio
das contraricdades, orgulhoso,
alegre e confiante pela plenitu-
de moral que lhes dá a consciên-
cia da suafôrça e o culto inte-
gral dos seus Deveres.

Já os jornais das nossas Pro-
víncias se apompam em trilações
de entusiasmo pelo 7.º Congres-
so de Viseu: o Jornal de Estar-
reja entre os primeiros, no seu
número de 3 de Fevereiro, co-

munica aos séus leitores a fé do.

seu valoroso Director que não
esmorece e dá lição aos novos;
por tôda a terra beirôa esvoaça
a primavera da velha raça, que
só é velha pela idade; e quando

 

assim remoça ou vibra a fé nu-
ma idéa ou num movimento, é
que não se estancou nem dege-
neroufnesses homens, o dinamis-
mo viril que enfeixou de glórias
a História de Portugal, e de lan-
ces de epopeia as estirpes comu-
nitárias da nossa raça.

Viseu inaugura também, ao
mesmo tempo que o 7.º Con-
gresso regionalista, o primeiro
monumento em Portugal ao re-
cuado antepassado da história
luso-hispânica.

– Nunca dois acontecimentos
tam diferentes e tam distantes

um do outro — quási dois milé-.

nios — coincidiram melhor no
plano de uma idéa única.

No coração das Beiras, por |

terras de Viseu, diz a tradição
que se afirmou o valor do povo
luso comandado por Viriato; que
por ali dealbou com a luta con-
tra o romano, O primeiro surto
de independência, e o primeiro
frémito da Pátria.

“ Eram lusitanos os guerrilhei-
ros de Viriato, e lusitanos se

chamaram os que constituiram a.

Nação Portuguesa,

As Beiras fôram a parte oci-
dental dos territórios peninsula-
res onde se agruparam uma par-
te dos filhos dêsses lusos pasto-

ires que do cajado fizeram a sua

arma de guerra e de vitória, com
que Afonso Henriques forjou o
sceptro do primeiro monarca lú-
sitano.

E é na Beira, coração da Pá-
tria e centro da Lusitânia, quê
os beirões, os descendentes mais
directos dos mesmos lusos, cele-
bram o seu conclave da Paz e
Civilização, ao mesmo tempo
que nêsse ambiente simbólico de
luz, consciência, fôrça e realida-
de soberanas, erigem um monu-
mento ao longínquo guerreiro

precursor da Nacionalidade lu-

so portuguesa. a
No fundo, os imponderáveis

da raça, os incoercíveis da his-.
tória, digressos pelos séculos e.

territórios hispânicos, guiados
pelos. infinitos do espírito e pe-
los incognoscíveis da sobrevi-
vência, encontrando-se. por fim,
como os pequenos ribeiros das

cordilheiras e das planícies, na
mesma confluência, o Centro, a.

Pátria, o Verbo…
Viseu, Viriato, a festa centená-

ria, o Congresso Beirão, a ro |

maria coincidente dos menos mis.
turados representantes da velha
progénie lusitana num conclave
regionalista, como afirmação de
Fé, de Orgulho, de Vitalidade
Nacional, de perfeita integração
nos rumos da Tradição e da His-
tória. — Por Viseu! Pelas Bei:
ras! Pela Raça! Pela Pátria |

(Do «Boleiim da Casa das Beiras»)

BENEFICÊNCIA

O sr. General Couceiro de
Albuquerque entregou-nos 40800
para os pobres protegidos por
êste jornal. |

– Um generoso anónimo reme-

teu-nos 20800 pa-a distribuir. em

partes iguais, por uma vêlhita:
muito pobre e doente e por uma.

rapariga tuberculosa, que já pelo
Natal de 1939 lhe tinham mere-
cido especial desvêlo.
Os nossos sinceros agradeci-
mentos. .
afengu cpu

INTERESSES REGIONAIS

O sr. Ministro das Obras Pú-
blicas e Comunicações concedeu
as. seguintes comparticipações :
à Câmara Municipal da Sertã,
para abastecimento de águas às
povoações de Ramalhos, 4.8608,
e de Ameixoeira, 3.74683; e à Jun-
ta de Freguesia de Sobreira For.
– mosa, para abastecimento de

água à povoação de Froia,
Hh035800,

 

Preguntas.
(Continuação do n.º 179):
CC por Silvério Rosa

Oras Porque é que os viajan-.

tes marítimos quando, ao pôr do
Sol, fixam atentamente o hori-
sonte, vêem o mar côr de oiro e
o. Sol e-seus raios de côr verde ?

IO — Porque é que as perdi-
zes, quando andam relvando nas
devezas, escolhem sempre para

vigia uma das suas irmãs, que,

inteligentemente, se coloca num
ponto elevado, espreitando para
todos os lados ?

Li — Porque é que o pinhão, |

sendo um fruto tam pequeno, é
dotado de uma asa seis vezes
maior do qu: essa rija semente?
12 — Porque é que os rouxi-
nóis há muitos anos, deixaram
a nossa região ?
(3 — Porque é que as catedrais

para.o Oriente ? AR

 

Prezadíssimos assinantes , atenção !

Tomamos a liberdade -de cha-
mar a vossa atenção para O se-
guinte: Estamos a proceder à
cobrança, periódica, das assina-
turas, esperando que todos, pa-
gando os recibos ao ser-lhes
apresentados, nos auxiliem no
estôrço que estamos dispenden-
do para manter a publicação de
um semanário que é o melhor
defensor. da nossa região e da
nossa terra, um jornal que é de
vós todos..

Não terá êle, por certo, quali-
dades apreciáveis, mas possui
uma que o vosso critério consi-
dera de merecimento: dá-vos
notícias frequentes da região, da
pequenina aldeia, como se se
tratasse de uma carta de família.

O papel de impressão, ami-

£os, de Outubro de 1959 até

agora subiu 81º/e!!! Comprá-
mos naquela altura algum a 2860
o quilograma e agora, com mui-
ta dificuldade, obtivemos uma,
pequena quantidade a 4$70! Os
nossos fornecedores ainda não
conseguiram que a fábriça satis-

fizesse uma. encomenda por nós |

feita há 2 meses!

Não vimos implorar misericór-
dia, nem solicitar. uma esmola
ainda que aceitemos todo o auxi-

lio e a ajuda que nos for prestado

como prova de dedicação e boa
vontade. E” que não somos or-
gulhosos !

O que pedimos à vossa bene-
volência é que pagueis os reci-

|bos e nos indiqueis mais assi-

nantes; assim iremos vivendo e
suportando os contratempos ac-
tuais com a energia e coragem
necessárias.

Cumpre-nos dar uma explica-

ção aos. nossos assinantes: -ale-

guns há que, com apenas um re-
cibo, não pagam os números
publicados até ao príncípio dês-

te mês; por isso e pelas razões

expostas, resolvemos passar dois,
mas’fica entendido que, se al-
gum discordar do pagamento dos
dois recibos — não obstante a
cobrança ser adiantada — pode
devolver o 2.º que não toma-
remos o facto como desconside-
ração. Nós sabemos que alguns
vivem com dificuldades. Há tam-
bém outros assinantes. a quem,
tendo pago em Dezembro ou ja.

neiro últimos, as assinaturas, va- |

mos enviar novos recibos; o ca-
so explica-se: é que alguns dês-

ses pagamentos foram feitos.em.

ocasião posterior à fixada, isto
6, tratava-se de recibos apresen-
tacos — quási todos — pela se
gunda vez, visto que na primei-
ra não se tornou possível rece-
bê-los — os destinatários não fo.
ram encontrados ou por qual-
quer outro motivo —; de resto,
note-se, os números abrangidos
nêsses recibos já estão publica-
dos,

Supomoster-nos explicado com
clareza, para que não sejam des-
virtuadas as nossas intenções,
conduzidas sempre por um ca-
minho recto e digno.

À Administração
Age Pete

Fiscalização do Sêlo
Com vista às casas comerciais
Consta que estão a ser orga-

nizadas brigadas de fiscalização
do sêlo, com o fim de percorrer

| várias localidades do País, para

inspeccionar directamente algu.
mas casas comerciais que pos-

| suam recibos e outros documen-

tos comprovativos de despesa,
sem estarem devidamente sela-
dos, sucedendo, até, existirem

nas mesmas condições extractos |
de factura sem terem coladas as
‘estampilhas fiscais correspons

dentes à importância da factura
original, estando, assim, sujei-

: tas, ao levantamento de autos
e as igrejas matrizes antigas.
têm tôdas o altar-mór virado,

para aplicação da multa e demais
sanções penais estabelecidas pes
lo decreto-lei n,º 28,221. :

+ ELecroio pio

APÉLO)

“ Fernando Martins Farinha
Carvalho

Causou dolorosa impressão a
morte, ocorrida em 16fdo cor-
rente, de Fernando Martins Fari-
nha Carvalho, de 15 anos, dile-
cto filho do nosso amigo st.
Demétrio da Silva Carvalho.

O Fernando estava há três
anos empregado na casa comer-
cial do sr. João Henriques dos
Santos, de Coruche, que lhe de-
dicava a mais terna afeição, co-
mo de resto conquistara a estima
de tôda a gente daquela vila; é
que o Fernandito era muito bem
educado, afável e dotado de a-
preciáveis qualidades de traba-
lho. Viera para a Sertã, no dia
9, atacado de gravíssima enfer-
midade, daquelas que raras ve-
zes perdoam; foram improfícuos
os recursos da Ciência, os des-
vêlos do seu médico assistente e
o carinho da família, que tanto
o estremecia, para o salvar. No
meio: de tanto sofrimento ainda
se alimentou a esperança de umas
melhoras; ténue foi essa espe-
trança. O Fernando estava irre-
mediávelmente perdido.

O falecimento deu-se ás 4 ho.
ras de sábado, 16, e o funeral
efectudu-se ás 19 horas do mes=
mo dia, sendo extraordináriamen=
te concorrido de pessoas de tô-
das as categorias sociais; nêle
tomou parte a Filarmónica União
Sertaginense, que executou uma
marcha fúnebre. Durante o tra-
jecto organizaram-se idiversos

quatro dos antigos companhei-
ros de escola do extinto: Arlin-
do Craveiro, Lauriano Ferreira,
António Milheiro e Aníbal Rí-
beiro.

O simpático moço era entea-
[do dasr,* D, Maria da Piedade
Carvalho e irmão da sr.? D. Ma-
ria Margarida Farinha Carvalho
e dos srs. José e Orlando Mar-
tins da Silva Carvalho, da Sertã,
do sr. Armando M. da Silva
Carvalho, de Belas, da sr.? D.
Maria Fernanda Carvalho Re-
bordão Corrêa, espôsa do sr.
Américo Vaz Rebordão Corrêa,
e do sr. Francisco M. da Silva
| Carvalho, de Luanda (Angola).

Foram recebidos muitos tele:
gramas de condolências, sobre-
tudo de Coruche e entre êles um
dos Empregados do Comércio.

À tôda a família entutada, de-
signadamente a. seu extremoso
pai e nosso amigo Demétrio da
Silva, Carvalho, profundamente
magoado com tam rude golpe,
apresentamos a expressão do
nosso pesar,

Maria da Conceição Farinha

Em 20 do corrente faleceu, na
Várzea dos Cavaleiros, a sr.?
Mária da Conceição Farinha,
o com o sr. Zacarias Mar:
çal,

Contava 24 anos de idade e
deixa um filho recémnascido; era
irmã da menina Maria da Luz
Farinha e do nosso amigo sr.
José António Farinha, comer-
ciante, da Sertã, da sr.“ Emília
da Conceição e do sr. Manoel
Farinha, da Várzea dos Cavalei-
Pos
A” família enlutada apresenta-
mos sentidos pêsames.

“MERÇADO DE 25

Preços de géneros: batata, en-
tre 10 e 12300, milho, 11800,
centeio, 12800, cada 13,554 1,
(alqueire); ovos, 2859 a 2870 a
dúzia; galinha, 8 a 93850; grão e
feijão encarnado. 3800 o litro.

teia
«Soiréc» Dançante

-Promovida por um grupo de.
estudantes, realizou-se no salão
do Club Sertaginense, no pas-
sado domingo, uma «soirée» dan-
cante.

Deu o seu concurso a, Tuna
do S. F. Club, Foram servidos

 

um chá € uma abundante ceia,

 

o últí i ; ú ;
a i ção, que se realiza de 20 a 25

 

VIDA MILITAR

Mancehos do concelho da Ser-

tã apurados no ano de 1939

Pertencem à Encorporação,
que se realiza de la 5 de
Abril próximo, os seguintes :

R. Cavalaria 7, Lisboa: Al-
varo Rodrigues, António Coelho,
Candido Ferreira Alves, Eduardo

Nunes, José António Farinha,

José Dias, José Ferreira Custó-

|dio, José Fernandes Calado, José
Louro, José Maurício Leitão, José

Pedro; R. Artilharia Ligeira
4, Leiria: Adelino Ferreira da
Silva, Alcino Nunes dos Santos,
José Luiz; 2.º G. C. Subsístên-
cias, Lisboa: Silvestre Nunes;
G. A. C. Aeronaves |, Cascais:
António Ferreira Leitão, António
Nunes Vaz Martins, José Serra;
R. Cavalaria 8, Castelo Bran-
co: António Alves. Mateus, An-
tónio Fernandes, Ernesto Ferrei.
ra José Alves, José Antunes, Jo-
sé Francisco, José Rodrigues; R.
Infantaria 15, Tomar: António
Ferreira Pimpão, António Nunes
Costa, António dos Santos, José
Francisco Peres. José da Silva
Luciano Júnior, Manoel António,
Orlando Martins da Silva Car-
valho; B. Caçadores 6, Castelo
Branco : José Farinha; G. C. T.
Automóvel, Lisboa: José Fari-
nha; R. Infantaria 1, Lisboa:
António da Silva Nunes, Hen-
rique Antunes; B. Telegrafis=
tas, Lisboa; João Lopes Júnior;
R. Engenharia 2, Lisboa: Ane
tónio Lopes.

Pertencem: à 2º encorpora-

de Qutubro próximo, os se.
guintess

R. A. Ligeira 4, Leiria: Al-
bano Lopes, António Nunes, José
Luiz Martins; R. Infantaria 15,
Tomar: Alvaro Ferreira, Antóu

| nio Nunes Calvário, António Nus

nes Miguel, António dos Santos,

Francisco Mendes, José Nunes

Serra, José Pedro dos Santos,
Manoel Clemente dos Santos; 2 ?
G. C. Subsistências: Joaquim
da Costa Baptista; G. 4, C. A,
n.º 1, Cascais: Anibai Nunes
Branco, António Martins, José
dos Santos; D. 4. Engenharia,
Lisboa: Joaquim Farinha, Olívio
Caldeira.
—getndpesag—

Esgôtos

Recomendação ás donas de
casa da Sertã

A tôdas as donas de casa da
Sertã que têm os seus prédios
ligados à rêde de esgôtos vimos
expressamente lembrar, mais
uma vez, a conveniência de evi=
tar o lançamento, nas pias, de
trapos, sobejos de comida, lixo,
entulhos, areias, rôlos de cabelo
e, duma maneira geral, quais.
quer substâncias sólidas que pos=
sam originar a obstrução ou da-
nificação das canalizações ou
da fossa.

O ano passado, por exemplo,
notou se que na fossa aparecia
grande quantidade de farrapos;
retinidos, dariam para fabricar
dezenas de colchas… Éste ano,
então, o volume de trapos tem
aumentado imenso, prova de que
há muito pouco cuidado; como
consequência sucedeu há dias
verificar-se que um trapo impe-
dia o funcionamento da báscula
que na fossa, faz a distribuição
para as duas secções da depu-
radora.

E” de interêsse comum que os

esgôtos funcionem devidamente;

e isso pode e deve conseguir-se
com um pouco de cautela, colo-
cando-se até, para maior segu-
rança, ralos no fundo das pias
de cozinha. Como acima dize-
mos é essencial evitar o lanças
mento de matérias sólidas; por
outro lado é medida de boa pru:
dência deitar água, muita água,
nas pias, o que não é difícil nu«
ma terra onde há tanta, terrá em
que as sopeiras se pelam por ir
à fonte!