A Comarca da Sertã nº181 29-02-1940

@@@ 1 @@@

 

Dr.

 

FUNDADORES
Dr. José Carlos Ehrhardt —

—— António Barata e Silva —— |
– José Barata Corrêa e Silva

Eduardo Barata da Silva Corrêa E

Angelo Henriques pligel

é

F

 

 

 

 

 

 

 

o DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO o
o Eotuanolo SDanata da Filva Coreia TIP. PORTELA uia |
5 —— REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO — 7 [castELO
Él|RUA SERPA PINTO-SERTÃ pe
>. E TE TELE FONB|
< PUBLICA-SE AS QUINTAS FEIRAS 112
jus dd
ANO IV | Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarea da Sertã: conelhos de Sertã, | RV ERR IN á
“Nag | Oleiros, Proença-a-flova e Vila de Rei; e Meaquentos, de Emenda e Cardigos (do conselho fe Mação) | 1940
do | | ECA o SAO

 

 

 

 

Notas

A preiérita semana, o Go-
vêrno, pelo Fundolde Me:
lhoramentos Rurais, concedeu
mais 1 210184800 para a efe-
ctivação de melhoramentos pú-
blicos em vários distritos do
País. E
Em todo o território conti-
nental está-se operando uma
transformação radical; são
centenas e centenas de contos
“ que chovem continuamente pa-
ra acudir a regiões, a povoa-
ções, a lugarejos, favorecen-
do-os com obras de utilidade,
tam importantes e valiosas
que. ha bem poucos anos, elas
seriam consideradas uma pues:
ril fantasia!

Muitas dessas terras come-
caram a sentir os efeitos da
— Civilização e, por conseguinte,
“- a compreender que não é inú-
tilo fo co que o Estado lhes

 

 

 

 

Terras ha gue. não cons egui
“ram todas on mesmo grande
SR das suas aspirações; mas
as culpas cabem a elas pró-
prias e não ao Govêrno; pronto
sempre a satisfazer os pedi-
dos justos dentro do limite
das possibilidades.

4 dd

LGUEM nos informa que,

“-nocemitério municipal, ao
abrirem-se as sepulturas para
fazer novos enterramentos, não

ha o devido cuidado com os |

ossos, praticando-se o desaca-
to, involuntário sem dúvida,
de se pisarem, porque ficam
espalhados à superfície da
terra enquanto a sepultura não
se fecha.

A profanação, que só aligno-
rância se pode atribuir, não
deve ser consentida; nada cús-
tava ao coveiro arrumar eui-
dadosamente os ossos ao fundo
da sepultura. O sr. vereador
dêste pelouro talvez não esteja
a par do antigo e condenável
hábito; assim, temos a certeza

de que tomará as devidas pro-,

vidências para acabar com êle.
Que nós tenhamos de andar
aos pontapés pela vida fóra,
paciência! Mas ao menos, des
pois de morios, deixem-nos em
paz!

rp :

EM tôdas as escolas do País
do um peditório; no
dia 2 de Março, para as crians
ças fenlandêsas, louvável e hu-
manitária iniciativa da «Mo-
cidade Portuguesa».
Um tostão é quanto se pede.
Por pouco que seja repre-
senta uma grande prova de
“afecto, de carinho, de amisade
“enternecedora, das crianças de
um pequeno pais para outro
mais pegueno em população, a
infeliz Finlandia
Que as crianças de todos os

países, de todas as raças e de
todas as côres, peçam a Deus
que as inspire na obra do Bem
e na prática das Virtudes; far

 

vo; glória de Salazar, está

mem de:

 

) Pelourinho dg P8 rã Pequeno ol e on o 0 1]

Do

Pelourinho de Pedrógão Pequeno.

O Pelourinho, simbolo das regalias de Pedrógão Pequeno, que um,

E

STA ainda na mente de todos o desacato prRticado há cêrea de um ano,

 

desaparecera, mas que depois numa época de ressurgimento de novo se res
taurou, como tantos por êsse país fora dizia na sua linguagem muda, mas eloquente,
que Pedrógão acompanhava a Ansiacde progresso que se nota em tôdas as terras e

que estava incondicional.
mente ao lado do Estado
Novo, restaurado o passa-
do que ncs fez grandes. |

Porque êle falava alto,
porque gritava contra O
desleixo de tantos, porque
êle era a doiumoad sincera
de um princípio nobre e
patriótico que se impunha
aos cretinos, vá de destrul-.

 

 

“que o Entado N No

a dar tanto dinheiro para
restaurar êsse passado glo-
rioso, e qne a Junta de
Freguesia que havia restau-
rado o Pelourinho de Pe-
drógão Pequeno, não fazia

o

seu lugar o Pelourinho de sua Terra, como foi publicado na «Comarca». Nessa E
afirmâmos que Deus não dorme, reafirmâmo-lo hoje de novo.
O ilustre Presidente da Junta, sr. Dr. Abel Carreira, pondera, reflecte e satis-

faz tamanho rasgo de solidariedade que lhe prestam à le e aos outros membros da
Junta actual,
Ai está satisfeito o vosso desejo ardente, pedroguenses amigos da vossa Ter-

ra Natal, quer os que habitam aqui, quer aquêles que aguardam na Capital ou nas

 

PELOURINHO

cinco partes do mundo, porque os há lá por certo.

Desde ontem, 19 de Fevereiro que se ergue de novo o Pelourinho de Pedrb
gão Pequeno, no Largo de 8. Sebastião, rodeado de olaias, plátanos e chorões.

Logo que a Junta de Freguesia repôs o Pelourinho no seu lugar, o povo,
medida que sabia e o via restaurado, nãc ocultava a alta satisfação que lhe ia na alm

Mais uma vez trinofou & justiça, o bom senso’s à opinião gera! de uma Fre

guesia inteira.
“Fevereiro, 20

mais do que seguir a lição
de Salazar!

E’ que a verdade eja
luz do meio dia, sol em ple-
no zénite, fazem mal ás in-
toligências mediocres e abs
olhos estrábicos que |
vâem prêôto onde os outrps

 

– vêem branco e que tudo fa

zem para sati-fazerem
suas birras.

A Freguesia protesta
em pêso..

Os muitos pedroguenses
ilustres e de convicções
qua jâmais esqueceram | 2
Terra Natal que lhes foi
berço, protestam com tô-
“das as veras do seu coração
— para que se faça justiça e
para que seja reposto

so

JUNO

 

 

zendo calcar nos seus corações ,

em botão os sentimentos de.

ódio, de vingança e de ambi
ção que transformaram o ho-
hoje em monstro res
pelente e maldito!

Que, quando forem homens,
as crianças de hoje se estimem
admirem e protejam, trabas |
lhando todos, os homens de ,
todos os continentes e nações, |

para o fortalecimento do: bem |

supremo que é a Paz, no
objectivo de diminuir os sofri-
mentos humanos e na conquis-
ta da verdadeira Felicidade.

Ge
BENEFICENCIA

O sr. Engenheiro Joaquim Ba:
rata Corrêa. digno director das
estradas do distrito de Faro,
mandou entregar 50800 à Sopa
dos Pobres e igual importância
ao Hospital,

Bem haja,

Instr Ne des

Ê
| Da conceituada firma comer=
cial é industrial, Moura & Leitão,
Ld.º, com séde na Rua da Assun-
“ção, ’99. 2.º, Esq., em Lisboa, de
| que é sócio O nosso prezado pa:
itrício e amigo sr. Ernesto E. de
‘ Carvalho Leitão, recebemos a
lista das cotas de laboração que
cabem às diferentes fábricas de
resina do País e o regulamento
do regime de obtenção de gema.

Na impossibilidade de, por

 

|falta de espaço, publicarmos na

íntegra os citados regulamento e
lista, tanto mais que, tanto um
como outra, são demasiadamente
extensos, fimitamo- nos a dar nota
das cotas de laboração (em qui-
logramas de gema) que cabem
às fábricas instaladas na área da
Comarca da Sertã:

Oleiros: Augusto Fernandes,
500.100; João Henriques da Cone

 

 

ceição, 121.000; Proença-a-No-
va: V.? de Joaquim Martins Pe-
reira & F.S, 344.100; SertQ:
Carlos Joaquim Matias, 117.800;
Manoel Joaquim Nogueira & Ir-
mão 473.900; Augusto Fernan-
des, 142.500; José Martins Man-

so, 103.300; Coripanhit de Pros

dutos Resinosos, 270.200; José |

Leitão Nunes, 94.700; Sociedade

de Produtos Retitokos da Beira
Baixa, Ld.º?, 364.200; Vila de

Rei: Companhia de Produtos
Resinosos, 194.800.
Pertencem todos à 3.º zona,
Aº firma ofertante apresenta-
mos agradecimentos pelos va-
liosos elementos que nos facultqu.

Lp
FEIRA DOS PASSOS

Realiza-se no próximo dia|9,
na Alameda Salazar, a tradício-
nal eira! dos Faisos,

 

“la 50 milhões de anos!

 

 

… a lápis

 

 

auxílio estrangeiro à Fin
landia, feito dos mais di-
versos modos, está produzindo
seus frutos. Se os finlandêses
conseguem aguentar-se na ses
gunda linha de defesa — oque
é de esperar se tiverem. ajuda
eficaz — os bolchevistas levam
uma tareia mestra.

Os pobres soldados TUSSOSs,
atirados estipidamente para o
matadouro como escravos e
em obediência à megalomania
dos tiranos, devem estar sa-‘
tifeitos com a felicidade que
lhes tem proporcionado o de
raíso vermelho!

“Auxílio em têrmos à Rendisa
e mártir Finlandia só os ins.
glêses e francêses o têm presa.
tado. Os outros países; que na
S. D. N. tanto prêgaram con
tra a brutalidade russa. têm
dispensado quási só apoio mos.

“ral, o que realmente tem valido À

de muito à Finlandial

Garganta, gar,
garganta !

 

eta

A Suécia Já recebem 2 Prit

ra compensação da ter=
minante declaração de neutra-
lidade: a Rússia, muito recos
nhecida pela sua atitude, mix
moseou-a com umas ameiras
que, por poucas, não deixaram
de ser um bom presente para
as primeiras impressões! Atê

ver, só bombardearam uma ci-

dade, destruindo dezenas de
casas e ferindo muita gente. ‘

Das atitudes dúbias resultam
estas vantagens! Cada qual
tem o que merece |

HOLA

UMA noticia de Estocolmo

diz que, num filão de hn. .
lha, foram encontrados dois
fósseis de peixe. E logo apa-
receram sábios bisbilhoteiros
e coca-bichinhos a indagar do
acontecido, atirmando que as
impressões deixadas na rocha.
pelos esqueletos, segundo seus.
cálculos, devem ter sido feitas s

 

A Ro
nes,

Para impingir carapetões.
tremendos à gente, não ha nin
guém como êstes sábios de
uma figa!

«rosa

« BARNA BÉ» foi um filme

que mereceu gerais ençó-

mios do público cinéfilo. O es=

pectáculo da noite de 21 não
esquece.

Impagável cómico aquéle
Barnabê,quenos fez rir à bafi«
deiras despregadas. E para.
esquecer mágoas afugentara
neura e desvanecer o torpor de
alma não ha nada melhor do
que uma boa fita cómica!

Enfim, uma fita. que é um
desopilante de primeira Ore
dem!

Bar-na-bé!!! Um nome à ale
tura, uma glória da arte das
imagensle
tura, uma glória da arte das
imagens

@@@ 1 @@@

 

o

2

 

OS ESTABELECIMENTOS

DE

 

António da Silva Ldir neo

e: São os que mais barato vendem e maior sortido têm :::

OS MELHORES AFÊS

 

Lote «Famílias || Lote

“kilo 5$00 |

mn. 1
Kilo 8400

Lote «Extra»
kilo 12800

 

“Fazendas de algodão, lã, linho e sêda — Sottido completo de
mercearias de 1,º qualidade — Papelaria, miudezas e muitos
; quiros diNEos — Depósito de tabacos e fósforos : : ::

 

Ferragens, adubos, Dis de vidro e camas de ferro — Materiais de construção
canalizações, manilhas, etc. — Adubos «Nitrophoska» da Soc. de Anilinas, Lda

 

Enssimo aroma do CHÁ LICUNGO delicioso paladar. Peso liquido em pacotes de origem, dêsde $80
– Kilo 40800 — Desconto aos revendedores

CA DE ar rms

 

Corrêspondente da Companhia de Seguros PORTUGAL PREVIDENTE e do
BANCO NACIONAL ULTRAMARINO

 

TELEFONE, 6 — RUA CANDIDO DOS REIS = SERTÃ

 

 

 

l | HuMoRIsM o |

Ela, para o marido — 0º Car-
los, tn já não tens comigo as
atenções que tinhas antiga

“mente!

Ele — Já viste aleném correr

atrás de um eléctrico depois |

de o ter apanhado?
rare
Companhia Bléctrica das Beiras

À. Companhia Eléctrica das
Beiras abriu concurso para o for-

necimento de 60.000 metros cú

bicos de brita para a construção

“da barragem de Santa Luzia.

O caderno de encargos acha-se
patente njo escritório daquela
Companhia, na Lousã.

Parece que se encontram quási
montadas as máquinas para dar
início à construção da barragem,
que deve 1 ar concluída Arda
este: ano.

 

7 Acidente

Em Alvaro deu-se uma ex-
plosão que teve sérias conse-
quências: quando se aquecia à
lareira em casa do sr, José Cris-
tóvão o menor José Alves, filho
de João Alves, do Carril, deixou
cair inadvertidamente um explo-
sivo que trazia no bolso, o qual,
rebentando, foi ferir gravemente
a dona da casa, D. Maria de
Jesus Cristóvão.

rd

Inferêsses da freguesia
da Sertã

Da: comparticipação de Esc.
10.475800, concedida pelo Funs
do de Melhoramentos Rurais á
Câmara Municipal da Sertã, para
abastecimento de águas às po-
voações de-Calvos e Carnapete,
coube 5.124800 à primeira e
4.351$00 à segunda.

ros.
ACTIVIDADES LOCAIS

Uma das indútrias marcantes
da Sertã é a de sapataria. A ca-
sa mais importante e que hoje
se impõe pela óptima apresenta-
ção do calçado. solidez no la-
brico e exportação, seja qual fôr
o género, a-par-do elevado cré-
dito de que desfruta, é a Sapa-
taria Progresso do sr. Casimiro
Farinha.

A prova do que dizemos —
que está fora do limite dum sim-
ples reclamo comercial (porque
não nos encomendaram o sera
mão), mas porque se trata de
uma actividade que honta a nos-
sa terra – está no facto de, aquela
casa vir aumentando extraordi-
náriamente a sua exportação, nos
últimos meses, sobretudo para
Lisboa e Colónias,

 

ANUNCIO

Fiz.ge saber que no dia 9 do
proximo mez de Março, pelas 12
horas, á porta do Tribuns! Ju.
dicial da comerca da Sertã, se
hgsde proceder à arrematação do
dominio util a seguir designado
e pelo maior lanç» oferecido noi-
ma do seu valor.

PRAZO

O dominio util de um prazo
anualmente foreiro em quarenta
litros e cento e oitenta ja oito
mililitros de pão meado de trigo
e cenbtio e mela galinha, come
posto pelas seguintes glebas:

1.2 — Torra com oliveiras na
Gorga da Prezs, limite do Vale
de Agua, fr-guesia de Proença
a Nova.

2.º — Uma terra de mato, no
Covão da Gola, limite dito.

3.º — Torra com uma oliveira,
na Coferreira, limite dito

4º — Uma terra de mato no
vesmo limite, :

5.º — Uma casa que serve de
pilheiro no povo, limite de Vale
de Agua,

Vai pela segunda vez á preça
no velor do setecentos e vito os
cudos e sessenta e quatro centhe
vos, “08404.

E” senhorio directo deste pra
zo Francisco Pires de Moura da
Vila da Sertã e encontra-se des
crito nos autos do inventario or=
fanologico por óbito de Domin=
gos Pedro Rosa, solteiro, moraes
dor que foi no lugar do Vals de
Agua, freguesia de Proença a
Nave, a 9 cabrça do ca al Anté-
nio Fedro Rose, morador no lu-

gar de Serimogem, da mesma |

freguesia, e vei á praça nos te.-
mos do ertigo 1.402 do Cóligo
do Processo Civil,

A saisa é paga por inteiro pelo
arrematante, São citados pjor
este meio quaisquer credores ins
osttos.

Sertã, 26 de Fevereiro de 1940.

Verifiquei
O Juiz 1.º substituto,
Carlos Martins
O chefe da 2.º secção,

a) Angelo Soares Bastos

“La National”

SEGUROS DE VIDA

“ROYAL EXCHANGE”

Seguros de automóveis, in-
cêndios, agricolas, desasires
no trabalho, cristais postais,
X acidentes pessoais. X

“sAÇOR EA NA”
Seguros de incêndios, auto=

móveis, acidentes pessoais,
agrícolas, cristais e postais,
e

 

Como a areia através dos
dedos… assim se esvai
o dinheiro e nada fica para
o Futuro! Para reter al-
guns grãos, que cimen-
tarão, com senso prático
e previdência, a segurança
dos que lhe são queridos

SEGURE A SUA VIDA
Agente na Sertã Eduardo Barafa

 

A nuneio
1.º Publicação

Faz-se saber que no dia 9 do
próximo mês de Março, pelas 12
horas, à porta do Tribunal Judai-
cial desta comarca se ha de pro-
ceder à arrematação em hasta púx
blica e pelo maior lanço oferecido

acima dos seus respectivos valores,

os prédios a seguir designados :

— Um olival e testada de muto
no Vale da Barroca, fregues’a de
Pedrógão Pequeno. Vai pela pris
meira vez à praça no valor de dois
mil setecentos e trinta e seis escu
dos e oitenta centavos — 2,7303880,

92º— Uma terra com oliveiras
na Costa do Fojo, da mesma fre-
guesia, vai pela primeira vez à
praça no valor de cento e oitenta e
seis escudos — 186500

3.º— O direito e acção a metade
de uma terra de muto e pinheiros
ao Estreitinho, da mesma freguesia,
vai pela primeira vez à praça no
valor de oitenta e oito escudos (me-
tade) — 88500.

— Uma terra de cultura com
oliveiras na Costa do Fojo, da
mesma freguesia, vai pela primeira
vez à praça no valor de seiscentos
e desasseis escudos — 616500,

5º—O direito e acção a metade
de uma casa de habitação com al-
tos e baixos, currais, palheiros e
quintal com árvores de fruto, no
Roqueiro, da mesma freguesia, vai
o referido direito e acção pela pri-
meira vez à praça no valor de mil
escudos — 1,0009800.

6º—O direito e acção a metade
de uma propriedade que se compõe
de terra de cultura, videiras e mato,
ao Cascalho ou Ribeiro, da mesma
freguesia, vai o referido direito e
acção à metade, pela primeira vez
à praça no valor de quatro mil e
oitocentos e quitro escudos —
4.804800.

—O direito e acção a metade
de uma terra de cultura, videiras é
mato e árvores de fruto, ao Serras
do, da mesma freguesia, tai o rea

ferido direito e acção à metade,

pela primeira vez à praça no va-
lor de três mil e oitenta escudos —
3.080800.

8º-— O direito e acção a metade
de uma terra com castanheiros,
sita ao Vale, da mesma freguesia,
vai o referido direito e acção à mes
tade, pela primeira vez à praça no
valor de cento e trinta e dois ese
cudos — 132500.

9º-— Uma terra de mato e pi
nheiros, sita na Carreguinha, da
mesma freguesia, vat pela primeira
vez á preça no valor de quatros
centos e quarenta escudos — 440800,

Penhorados nos autos de execu=
ção fiscal admimistrativa que a Fas
zenda Nacional move contra Joana
Barata, viúva, residente no lugar
no Roqueiro, freguesia de Pedrógão
Pequeno, cuja execução corre seus
têrmos pela segunda secção desta
Secretaria Judicial. São por êste
meto citados quaisquer credores in-
certos ou desconhecidos para assis-
tirem à arrematação nêste anuncio
anunciada.

Sertã, 20 de Fevereiro de 1940

Verifiquei
O Juiz de Direito
Armando Torres Paulo
O Chefe da 2.º Secção,
Angelo Soares Bastos

 

 

RELÓGIO

Perdeu se no Largo Fer

reira R’b iro, junto da Pens |

são Moderna, na passada
2º feira, dia 26. Marca «Zs
nith» com capas de aço.
Dão-se alviçaras a quem
o entregar nesta Redação.

 

Norberto Pereira
Gardim
SOLICITADOR ENCARTADO

BANANAS

Rua Aurea, 189 2.º D.

TELEFONE 27111
LISBOA

 

A Comarca da Sertã

 

 

 

 

pm
AFIRMO!

Estrela

GARANTO!

que é no festaurante

Valmor

 

 

do público em

 

 

Rua Actor Taborda,

pe

Onde se come e fornecem almoços e jantares ao do-
micilio com mais asseic e economia
Sérviço esmerado de cozinha com pessoal de
competência. O seu proprietário agradece a visita

tratado com todas as atenções pelo pessoal da casa.
ABERTO TODA A NOITE
AURELIO ANTU ES BARATA

geral que será

2a 24-Tel. 4 1359

 

 

o)

 

Se V. Ex. está compra-
dor de Carnes de Porco,

verdes, salgadas, fumadas
e ensacadas, não deixe de

consultar os preços da
SALSICHARIA DA BEIRA

DE

SIMÕES & PIRES, R.ºº
Praça da Republica- Sertã

 

ANTNGIO

 

Faz-se público que no fdia 2
do proximo mês de Março, pelas
12 horas, á porta do Tribunal
Judicial desta comarca, se há-de
proceder á almoeda em hasta pú.
blica, pela segunda vez, dos mó-
veis penhorados na execução por
custas e sôlos, em que é exe»
quente o Ministério Público e
executado Adelino Gomes «O
Rai doa Fadistas», e mulher Mas
ria da Assunção, do logar do
Uazal dºOrdem, fréguesia do Ca-
beçudo, desta comaros, aquêle
prezo nas cadeias civiz desta co-
marca, cujos bens serão postos
em praça por metade do valôr.

Sertã, 19 de Fevereiro de 1940,

Verifiquei |
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O Chefe da 3.º Secção, int.º,
Armando António da Silva

 

dm er RE

PROFESSOR

com larga prática de ensino, ex-
pla ensino primário, secundá-

frio (1º e 2º ano), admissão

aos liceus e curso de regentes
escolares.

Dão se informações nesta Re-
dacção,

 

ANUNCIO

Fazes saber que no dia 2 do
próximo mez de Março, poles 12
horas, à porta do Tiibunal Judi-
cial da comaroa da Sertã, se ha.
de proceder à arrematação em
hesta pública dos prédios & se=
guir designados e pelo maior lan-
ço oferecido acima dos gens res=
pectivos valores:

Primeiro—O dominio útil de
um prazo constituido pelas se.
guintes glebas:

8)—Casas de h.bib.çã
tais, no Seixo Fundeiro;

b)—Terra de cultura, no sitio
do Vale da Pereira, limite dito.

c)—Terra de dot e olivais –

e quia-

ras, Do sitio do Chão da R volta, .

mesmo limite;
d)—Terra d» sobreiros e ma

no sitio do Barroco ou Sobreiro sa

do Barroco, limite dit :

)—Terra da cultura e matos, –

no Ribeiro de Fonte, mesmo. de
mite;

Fonte, limite dito;
g)—Terra de cultura e oliveia.

ras, à Sobreira do Corvo ou So-.

breira das Cobras, limite dito; |

hbJ-Terra de cultura, mato e
oliveiras, no eitio do Vale da
Trapa, mesmo limite;

i)—Torra de mato e p’nheiros,
no sitio dos Gameais ou Gameal
Pequeno, limite dito;

3) —Terra de mato e pinhéiros,
no sitio do Sobral, limite dito.

E” senhorio deste prazo Gne :

tavo José da Silya Burtolo, da
Sertã,

Vai pela segunda vez á praça
no valor 3.643560.

Segundo— O dominio úil da

um prazo foreiro aos herdeiros –

do Doutor Júlio Peixctc, da Ar-
noia, constituido por uma só gla=
ba, a saber;

Terra de cultura e mato, à Ri
beira Velha, limites do Seixo Fun-
deiro.

Vai pela segunda v:z á Ria
no valor de 1.684810.

Penhorados nos autos de exe.
cução hipotecaria que corre seus

termos pela segunda secção dese

ta Saoretaria Judicial, e em qua.
são exequente: Carclinã de Ju.
sus e marido Manuel M.-rtin. Dito,
moradores pa vila de Pediogam

Pequeno, e executado: M.rtinbo :

Nunes e mulher Maria de Jesus

|M: pie propristarios, m: radores

no Seixo Fundsiro, fregues’a do
Castelo.

Sertã, 12 ds Rotiroro ‘e 1940,
Verifiquei
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O Chefe da 2º Secção,

ângelo Soares Bastos

Obras literárias

Dos melhores autores à
venda na Livraria Portella
Feijão (Sucursal)

CASTELO. BRANCO

 

 

+

f)—Terra de mato o binbaltoa
na Horta Fundeira ou Ri beiro da

@@@ 1 @@@

 

– do edifício.

A Comarca da Sertã

 

NOTICIAS DE
FIGUEIRO DOS VINHOS

16 de F evereiro

 

Consta nos que foi nomeado
Chefe da Secret ria da Câmara
Municip:sl do concelho de Vila
N. da Barquinha o Ex.” Sr. Ar-
mando Carvalho da Encarnação,
nosso presado assinante, que des»
de 1932 vem exercendo idênticas
funções nêste concelho com o
maior zêlo e competência. Cum-
primentando aquêle senhor, dese=
jamos-lh: que a sua vida profis-
sional lhe continue como até aqui
como deseja e merece.

— Dêsde 29 de Maio de 1936,
data do misterioso incêndio que
destruíu o edifício dos Paços do
Concelho, as repartições públi-
cas, na sua maior parte, têm es-
tado instaladas em casas particu
lares «incómodas e sem condi-
ções» como por exemplo o Tri-
bunal. Porém. a Câmara, que
tem por presidente o Ex.Ӽ Sr.
Dr. Manuel Simões Barreiros,
procurador à Câmara Corpora-
tiva e por vogais os Ex 7º Srs,
Dr. Joaquim A. Tomaz Morga-
do, advogado, comandante da
Legião e Conservador do R. Ci-
vil e Manuel dos Santos Abreu,
abastado proprietário e antigo
presidente da Câmara e adminis-
trador do concelho, sempre no
cumprimento do seu dilema «tudo
pelo concelho» com enorme sa-
crifício e máxima boa vontade,
procurou pôr têrmo a tal situa-
ção vexante e, assim, começou
por reconstruir o antigo edifício
«encontrando-se já devida e cô-
modamente instalados» o Tribu-
nal Judicial que ocupa todo o úl-
timo andar e a Conservatória do
Registo Civil, que ocupa duas
adivisbes do 2º.
“A secretaria da Câmara e Re-

– partição de Finanças com a tesou- |
alunos da escola do Carvalhal. .

“faria também funcionam dentro

Dentro em breve, certamente,

instalar-se-ão as restantes repar-
tições, como a Conservatória R.
Predial que se encontra numa
casa particular, uma divisão que
não deve ter mais de 16 metros
quadrados, etc…

Honra à nossa Câmara e para-
bens à população do concelho.

— Em substituição do Ex.”º Sr,
Dr. Alberto Teixeira Forte, dis-
tinto advogado com escritório na
R. Dr. Martinho Simões, desta
vila, foi nomeado sub-delegado
do P. República nesta comarca o
Ex.Ӽ Sr. Dr, Henrique Lacerda.

— Continuam a registar-se nes-
ta região os assaltos a estabele-
cimentos, propriedades, ete., pelo
que, cada vez mais, se está re-
gistando a falta da G. N. R. que,
segundo nos informam, deve vir
em breve para êste concelho.

— Foi nomeado médico vete-
rinário municipal o Ex.”º Sr. Dr.
João Leal Silva Tendeiro, jorna-
lista e colaborador dos melhores
jornais e revistas portugueses e
brasileiros.

C,
eta apago
aa se ET) s8 sa Ea
GS o use) o 4» é»
O to fa? a RP &

» AGENDA É

ai “es Ea e es f Ce ea a
Encontram-se na Sertã as
srºº D. Laura Saidanha Firs
mino, com sua filhinha de 18
mêses e D. Marta Pires Cal-
deira, respectivamente, esposa
e mãi do sr. dr. Antônio Cal-
deira Firmino, chefe da secres
taria da Câmara Municipal.
-— Encontra-se no Cabeçudo,
– Com sua esposa e filho, o sr.
a António Martins, de Lis-
0a.

Aniversários natalícios:

 

27, menino Fernando, filho
do sr. José António Martins,
Lisboa; 5 de Março, José Bo-
telho Mourão e Demétrio Car
valho.

Parabens

 

 

Através da Comarca

 

Gatunagem desenfreada

Pz5SO, 17 — Na noite de 9 do corrente os gatunos
assaltaram sem que fossem pressentidos a igreja matriz
desta localidade para o que arrombaram uma das portas.
Uma vez dentro do templo remexeram todos os paramen-
tos que deixaram em perfeito desalinho certamente em
busca de dinheiro, Outros objectos do culto foram tam»
bém encontrados fora do lugar. Apenas pilharam algum
dinheiro e carne de esmolas. Na escola do sexo masculino
cometeram igual proeza furtando algum material escolar
no valor de algumas dezenas de escudos.

-— Em inspecção à nossa Casa do Povo esteve no Pêso
na passada 5.º Feira o sr. Dr. Martinho. O ilustre vezitante
vinha acompanhado do sr. tenente coronel Guedes de Cas-
teio Branco, e depois de proceder ao exame da escrita e
ter feito a vistoria ao Posto Sanitario e obras da séde em
curso, manifestou a sua grande satisfação pela boa orga-
nização daquela instituição Corporativa, tecendo a pro-
pósito, os maiores encómios à sua Digm.: Direcção. Sua
Ex.2 retirou no mesmo dia para Sernache do Bomjardim.

C.
csSoz

PEDROGÃO PEQUENO, 20 — Hã dias que está a
funcionar o Posto Escolar do Vale da Galega, melhora-
mento levado a efeito pelo Estado Novo.

— Já está instalada a cabine telefónica na estação

casa da Praça Angelo Vidigal,

Em breve será aberta ao público; e, se o não foi há
mais tempo, — porque há muito tempo a [Junta de Fregue-
sia vem tratando dêste melhoramento com as instâncias
competentes — é porque, sendo a antiga casa, onde funcio-
nava a estação telefono-postal, de acanhadas dimensões,
lá não podia ser a cabine colocada, combinando a Junta,
com o Exm.º Director, a sua colocação na ocasião em
que a estação tivesse de ser mudada, pois disso se vim
nha tratando hã alguns meses. fo

Cabe aqui um merecido voto de louvor à actual

ra, Carlos Ferreira David e Angelo Ferreira Vidigal, em
conseguirem tão útil melhoramento, bem como à maneira
como providenciaram ás instalações da nova estação,

sia não faz nada!

— Regressaram, de Lisboa, à Várzea Fundeira, os
nossos presados amigos José Ferreira Vidigal e Antonio
Ferreira:Vidioal. Í

– — Estiveram nesta vila, Os srs. José Martins e Fran-
cisco Martins, de Moscavide.

– — Também esteve alguns dias entre nós, o nosso
presado amigo e capitalista sr. Manuel Ramos, de Lisboa.
Mais uma vez se não quis esquecer dos pobres e assim
soubemos que distribuiu algumas centenas de escudos a
alguns lares em que só havia pobreza e miséria.

— Deixou 10 quilogramas de arroz, para a sôpa dos

– Para a escola masculina de Pedrógão Pequeno,

120m de riscado para batas para os alunos, 60m para a
escola feminina e 120m para a escola dupla do Carvalhal.

Belos e generosos exemplos são êstes a contrasta«
rem com alguns de tão mesquinha baixesa de sentimentos
que há cá pela terra.

(Noticiario dos nossos correspondentes)

telefono-postal desta vila, que se acha actualmente numa

Junta de Freguesia composta pelos srs. Dr, Abel Carrei- :

E até para que se não diga que a Junta de Fregus |

 

GASAMENTO

Reparação das calçadas
da Sertá

Como dissemos no último nú-
mero, a firma Lourenço, Simões
& Reis, de Lisboa, foi a única
concorrente á empreitada do cal-

Realizou-se hoje nesta vila de Pedrógão Pequenb o; cetamento das ruas da sede do

casamento da menina Ofélia Fernandes David, filha de
Antonio Fernandes David e da Sr.’ Maria Adelaide Fer-
nandes, desta vila, com o sr, Luiz José, filho de José An-
tonio e da Sr.2 Umbelina da Silva, dos Ramalhos, da fire-
guesia do Carvalhal. Foram padrinhos por parte da noiva,
seu irmão Antonio Lourenço Fernandes David e a Sr.2 D.
Maria da Natividade Sequeira Alves e por parte do noim
vo, Manuel Antonio da Silva e D. Maria da Silva, do Car-
valhal. E E :

O almoço a que assistiram muitos convidados foi
em casa dos pais do noivo, nos Ramalhos e o jantar em
casa dos noivos nesta vila onde ficam residindo.

Desejamos muitas felicidades de que são dignos.

C.

sSox

CABEÇUDO, 21 — Esta madrugada, pelas 2 horas,
deu-se por um incêndio nas dependências da habitação |do
Rev.º Pároco desta freguesia, José Martins da Silva, posm
sivelmente propagado pelas brazas do forno, e que se Es-
tendeu à casa de arrecadação de lenha e curral de um byr-
ro. O alarme foi dado pela criada Maria Rosa; acudiu mui-
ta gentê das imediações que, em duas horas e depois| de

‘ bastante trabalho, conseguiu dominar o fogo, O burro foi

salvo a custo, sendo pequenos os prejuízos materiais, mas,
certamente, seriam grandes e incalculáveis se o fogo se
houvesse pegado a uma pilha de lenha sêca, de sôbro,
existente perto do forno.
— Encontra-se um pouco melhor o Rev.º Padre Jo-

sé Martins da Silva, mas, por enquanto, não pode sair|de
casa. Desejamos as suas breves melhoras.
“— Vai muito adiantada a sementeira de batata de
sequeiro. É

cegos

PROENÇA-A-NOVA, 21 — Acha-se quási concluido
o edifício escolar na sede dêste concelho, e com as obras
que agora se realizam espera-se a abertura das aulas, no
referido edifício, em Outubro próximo. Com a conclusão
dêste grande melhoramento, fica esta vila com as escolas
higiênicamente bem instaladas e as criancinhas com um
grande recinto para recreio.

— Com o fim de angariar fundos para a sua Assom
ciação, promoveram alguns rapazes, sócios do G. Recrea-
tivo, desta vila, uma récita, no dia 4 do corrente mês, A
casa estava literalmente cheia e os rapazes souberam de-
sempenhar bem o seu papel.

— Com 71 anos, faleceu nesta vila, no dia 1 do cor-
rente mês, a sr.2 D. Augusta da Conceição Barata, espô-
sa do sr. David Barata, A falecida era mãi dos srs. Anto-
nio Barata, digno Director do Distrito Escolar de Santa-
rém, David Barata Júnior, comerciante em Lisboa, José
Maria Barata, comercianto em Portalegre, Manuel Barata,
comerciante no Pará, Brasil, sr.ºs D. Maria Augusta Bam
rata, D. Leopoldina Barata, D. Ilda Barata e D. Maria do
Rosário Barata. : o

A’ familia enlutada envia,
seu cartão de sentidos pêsames,

 

«A Comarca da Sertã», o
E:

 

 

CASA DAS BEIRAS

Freguesia do Cabeçudo

a

 

Ariieenolo gi

 

A «Casa das Beiras», organis-
mo número um do regionalismo
português, como já lhe ouvimos
chamar, verdadeiro organismo de |
utilidade pública, passou a ser,
no biénio de 1940-1941, confor-
me salientámos já num dos nos-

localidade

Subscrição aberta para a compra
de uma bandeira dedicada a N.
Sr.2 da Piedade, euja festivida-
de se realiza, no último domin-
go do mês de Agosto, naquela

Tenente-coronel João Fran»
cisco Xavier Franco

 

Em Lisboa, onde se encont
va acidentalmente, faleceu

 

mado assinante sr. João Francis-

sos números anteriores, superior.
mente dirigida pelos srs. Coronel
Lopes Mateus, Presidente do Con-
selho Regional; Dr. Domingos
Pepulim, Presidente da Direcção;
e Dr. Vasconcelos Carvalho, Se-
cretário Geral.

Mas isto, que é já muito, não
é ainda tudo. A «Casa das Bei
ras», repetimo-lo também, vai
entrar numa fase ainda mais ac’i-
va, ainda mais profícua e ainda
mais prestigiosa Para não enu-
merarmos senão um dos sêéus
trabalhos mais imediatos e mais
salientes, a «Casa das Beiras» vai
organizar o seu VII Congresso
Beirão, a realizar no ano de 1940,

comemorativas do duplo cente-
nário.

VII Congresso Beirão, exposi-
ções de arte, exibições folclórie
cas, obras na séde, festas bri-
lhantissimas —eisuma pálida ideia
do que vai ser o presente ano na
«Casa das Beiras», Casa de pas-
sado glorioso a que a inteligên-
cia, a actividade e o desassombro
do Coronel Lopes Mateus coa-
djuvado por também ilustres e
valiosos colaboradores, como os
mencionados, e outros, vão im-
primit um brilhantismo e um sen-
tido de utilidade altamente hon-
rosos para a colectividade. para
os seus dirigentes e dirigidos,
mas, principalmente, para as nos
sas Beiras!

 

Do «Diário de Coimbra»

em Viseu, integrado nas festas:

Transporte (do último núme-
ro), 560870. Ana do Pilheiro,
Manoel João, João Antunes, An
tónio Bolor, José Araújo, Antó-
nio dos Ramos, Mariinho Antu-
nes, José Martíns, 1$50 cada;
Nicolau Pires, Adelino da Silva,
Francisco do Casal e Mariana
do Casal, 3800 cada; Joaquim
Morgado, Joaquim Ferreira, An-
tónio Marques, José Santo e An-
tónio (filho), 850 cada; José N.
Galvão, Manoel Marcelino, An-
tónio Lopes, Adriano, José Fer-
reiro, Emídio, Maria Candeias,
Joaquim Pedro, Joaquim Olivei-
ra, Angelo Rafael e Ana Bolor,
1800 cada; José Joaquim e Ade-
lino Ferreira, 820 cada; Clotilde
M. Pestana, 2850; Ernesto Ra-

Nunes, Matilde Ferreira, Joaquim
Soldado, José Bernardo, Maria
Pedreira, Antônio Costa e João
Baptista, 1300 cada; João Costa,
Guilhermino, António Lopes,
João dos Santos, José de Olei-
ros, António Araújo, António
Ribeiro, Lídia, Augusto Lopes.
José dos Santos e Maria de Je-
sus, $50 cada; Joaquim Costa,

José Arnauth, Manoel Nunes,
José Firmino, Antônio José, 1850
cada; João Bernardo, António
Pegro e Lopes Marçal, 3800 ca-
da; António Marçal, 6800; José
Ribeiro, Francisco Fernandes e
Manoel Nunes, $80 cada; Joa-
quim Catraia, 820,

 

fael 2800; Alfredo da Silva José

co Xavier Franco, tenente-coro-
nel de Infantaria, reformado,
85 anos de idade, natural
Amioso, pessoa muito bondosa
e altamente considerada no nas-
so concelho.

O extinto deixa viúva a st.?
D. Maria Adelaide Xavier Fran-
co eera paí da sr.? D. Maria
Xavier Franco, de Amioso e do
sr. Nícolau Xavier Franco,
Porto.

D. Laurinda da Gonceiçã
Braz Gardoso

Vitimada por uma peritonite
aguda, faleceu, no dia 31 de Ja-
neiro, em Lisboa, a sr.? D. Lau-
rinda da Conceição B. Cardos
que, em 17 de Dezembro último,
se havia consorciado com o nos-
so estimado patrício e amigo sr.
Mário Bernardo Cardoso, e
pregado do comércio. À sua
morte casou profunda conster-
nação.

Era filha do nosso bom amigo
sr. Manoel Braz, empregado
comércio, também residente em
Lisboa.

O funeral foi extraordinária-
mente concorrido.

Sufragando a sua alma, reza-
se, no próximo dia 3, uma m
sa na capela de Santo Amaro.

Martinho Mendes Barata

Em 19 do corrente faleceu, em

 

Soma, à transportar, 1,3018970,

Lisboa, o sr, Martinho Mendes

 

 

| concelho e esgôtos das águas

pluviais na Rua Cândido dos
Reis, cujo prazo, para a entrega
de propostas, terminou em 13 do
corrente.

*

A 1.º fase dos trabalhos de
calçada a realizar nas ruas da,
sede do concelho e esgôto das.
águas pluviais compreende. as
ruas que vão designadas, indi=.
cando se as superfícies das cale ‘
çadas a levantar (por metros
quadrados): rua Cândido dos
Reis e Largo do Chafariz, 670
(passeios); rua do Sertório, 570;
rua em frente do Adro, 230; Lar-=
go das Acácias, 505; travessa das
Acácias, 106; rua de Ourém, 209;
ruas da Praça, 578; rua Serpa
Pinto, 659; Praça Velha, 234;
travessa do Forno, 149; rua da
Botica, 168; rua da Imprensa e li-
gação com a rua Cândido dos
Reis, 199; rua e largo Dr. San-
tos Valente, 331; travessa do De-
niz e ligação ao largo Dr. San-
tos Valente, 265; rua do Forno,
268. Total da superfície da cal=
çada a levantar, 5 54172,

A base de licitação é de Esc.
98.845$29. e

Os trabalhos deverão começar
no prazo de 30 dias a contar da
data da consignação e concluí.
rem-se até 31 de Dezembro de
1940, ficando sujeito à multa de
5º/, sôbre o valor da empreitada
se o exceder. A pedra para bri=
tar deve ser de granito, escolhia
da entre a mais dura das pedrei-
ras e não será geladiça ou atas
cável pelo ar ou pela água; será
de quartzite branca, extraída das
pedreiras existentes junto do Rio
Zêzere, a 14 km de distância;
nos passeios laterais da rua Cân=
dido dos Reis empregar-se-á
calcáreo branco das pedreiras de
Chão de Maçãs Os passeios fi.
carão com uma só inclinação e
as ruas farão um arco de círculo
com a flecha igual a 1/50 da
corda; construir-se à em seguida
a calçada por fiadas rectilíneas,
com a largura uniforme e fazen=
do um ângulo de 45.º com o
eixo da rua.

As obras começarão pela rua
Cândido dos Reis, Sertório. até
ao Adro da Igreja Matriz, des
vendo nestas ruas estar acabã=
das até ao último dia de Setem-
bro de 1940, por motivo dás Co= .
memorações Centenárias.,

te Det

À epitálio par nl do ll

Roger Roy, no «Gringoire»,
propõe, para o túmulo monumen-
tal que Staline talvez nunca ve-
nha a ter na Praça Vermelha de
Moscovo o seguinte epitáfio :

— Com a sua política — cos
briu-se de bairesa. :
— Com o seu regime— cos
briu se de sangue. dp

— Com a Polónia — cobriu –
se de vergonha, :

— Com a Finlandia — cd

 

brin-se de ridículo, a
SRA o al É É = É

 

 

&

Barata, de 66 anos, comerciante,
natural do Sobral.

O extinto deixa viúva a sr”
D. Laurinda Amália Macedo Ba.
rata. Era estabelecido, há mais
de 30 anos, no largo de Santa
Bárbara e foi presidente da Ase
sociação dos Vendedores de Ví=
veres a Retalho.

O funeral, muíto concorrido,
realizou-se, no dia imediato, da
Rua Passos Manoel, 7, para O
cemitério do Alto de S. João.

A’s famílias enlutadas apre-
sentamos as nossas sentidas cons
dolências, | ;

@@@ 1 @@@

 

500400 e do sr. Vergílio J. Al-

nes e Silva, 1 cesto de hortaliça

dos agricultores, Dr. Rúben de

4

 

Sopa dos Pobres,
MOVIMENTO

Dezembro : Receita: cotas di-
versas, 236300; cota mensal dum
anónimo, 100800; Câmara Mu-

nicipal, 70800; donativos recebi=|

dos dos srs. Governador Civil:
do Distrito, 150800, do sr, José
Farinha, do Rio de Janeiro,

ves, do Congo Belga, 80800;
cota da sr.? D. Guilhermina de
Portugal Durão, 30800; soma,
1.166$00; géneros: um cesto de
hortalíça e 1 litro de azeite de
um anónimo, em sufrágio de al-
ma; da sr. D. Adelaide Pedroso
P. Franco, 5 litros de azeite: de
vários anónimos, hortaliça. Des-
pesa: distribuição de sopa a 45
indigentes 476870.

Janeiro: Receita: Cotas di-
versas, 187800; cota mensal de
um anónimo, em sufrágio da al-
mã. do sr. Henrique P. de Mou-
ta, 100300; do sr. Padre António
P. Ramalhosa, para melhoria da
sopa em dia de Carnaval, 1008;
do sr. Padre Artur M. de Mou-
ra, 100800; do sr. Eugénio Lei-
tão 30800; da sr.” D. Guilher-
mina de Portugal Durão, 30800;
soma, 647500, géneros: de um
anónimo, 1 litro de azeite e 700
gms. de toucinho; das sr. Nu-

e, de diversos anónimos, porções
de hortaliça. Despesa: distribui-.
ção de sopa a 45 indigentes,
722810.

A Direcção agradece, muito
reconhecida, em nome dos po:

brezinhos.
ota

Comissão Venatória

Foram nomeados, para faze-
rem parte da Comissão Venató-
ria do concelho da Sertã, os se-
guintes srs Dr. Carlos Martins
(presidente nato), José Farinha
Tavares, como representante

Carvalho Dr. Francisco Corrêa
e Abílio Lopcs,
0) td

ANSTRUÇÃO

Foram transferidos, a seu pe-
dido, para as escoias que vão
indicadas, os seguintes professo-
res: srs. D. Noémia Granado
Ferreira da Silva, do Cabeçudo
para Vila Marim, Mesão Frio;
D. Maria do Rosário Carronda,
de Pedrógão Pequeno pare Al-
canena; Sílvio Alves de Sousa,
de Sobreira Formosa para o
Cartaxo, devendo manter se nos
actuais logares até ao fim do
corrente ano lectivo.

Foi provida definitivamente
no posto escolar do Carvalhal
Fundeiro, freguesia do Trovis-
cal, a regente sr? D, Autora
Levita Serra.

-<fBege Depp

Suspeita Infundada

Uma rapariga da Herdade,
Emília de Jesus, solteira, de 22
anos, filha de Domingos Pires e
de Joaquina de Jesus, com quem
convive, encontrava-se no perío-
do final da gravidez e até à últi-
ma pretendera encobrir a falta,
ocultando o seu estado das pes-
soas das suas relações e até da

família. Na madrugada de 17 do |
corrente foi acometida das dores

de parto .e nem assim se sentia
com coragem para pedir socôrro;
uma sua irmã, Maria de Jesus,
foi ter com ela ao leito e rápi-
damente compreendeu que algu:
ma coisa de anormal se passara:
a Emília tivera um filho, que es-
tava morto a seu lado.

Havendo desconfiança de que
a morte tivesse sido propositada,
foi o pequenino cadáver trans.
portado para a Sertã; pela autó-
psia verificou se que a criança
nascera morta. A Maria de Je-
sus, por ter sido considerada
encobridora ou conivente, che
gou a ser detida para averigua-
ções.

A parturiente, bem como seus

A Comarca da Sertã

 

PROBLEMAS DA ACTUALIDADE

 

 

 

 

Defesa passiva das populações civis contra Os ataques aéreos

Conferência proterida em 9 de Outubro de 1937 pelo capitão Eduardo
Ventura Reimão, no Centro Alentejano, por iniciativa do Grémio
Técnico Português — (Especial para a «Comarca da Sertã»)

VI II

(Continuação do número 177)

AS cidades e nas povoações importantes não

é possível recorrer se à construção de

abrigos isolados.

A solução consiste então, segundo o mes-
mo autor, em proteger convenientemente e a tôda
a altura do prédio, uma pequena fracção da área
do mesmo, formando abrigo, onde os moradores
de cada andar se refugia:iam em ocasião de petigo.

As vantagens desta solução seriam as
seguintes :

1.º — cobertura resistente de superfície re-
duzida, única para todos os andares e portanto
económica ;

— 2.º — rapidez de acesso ao abrigo em cada
andar, sem sair de casa; –

3.º — poucas pessoas em cada abrigo;
4,º — constituir o conjunto da cobertura e
das paredes laterais do abiigo um todo solidário,
de uma estabilidade completa mesmo no caso de

ruína da parte do prédio não protegida.

Como a acção dos gases se fará sentir,
pelo menos, até ao terceiro andar, os abrigos si-
iuados nos andares inferiores da construção de-

verão ser providos de dispositivos especiais con- –

tra os gazes.

Poderão também util zar-se as caixas das
escadas para abrigo dos moradores do prédio,
desde que a sua construção obedeça às normas
que fôrem indicadas, Iacombustíveis e rígidos no
seu conjunto, não seria de temer a sua derrocada
mesmo quando se verificasse a do prédio.

Tanto num caso como noutro, as paredes
verticais servirão, de alto a abaixo, de protecção
contra o sópro e de para-estilhaços.

As vantagens especiais da utilização da
caixa da escada são as seguintes:

1º — permitir a renovação do ar pela par-

te superior;

2.º — assegurar aos seus ocupantes a pos-
Sibilidade de atingirem a parte superior, onde o
ar estará isento de gazes tóxicos, ‘

O acesso ao abrigo, em cada andar, deve- Ê

rá ser feito em chicana. ds
: A protecção dos prédios já construídos te-
rá que ser estudada para cada caso especisl. As-

sim, uma parede divisória, reforçada com um ta.

bique de belão armado’a ela juxtapusto, consti-
tuírá protecção eficaz contra os estilhaços e o sô-
Pro; este processo poderá aplicar-se também às
paredes da caixa da escada, que fâcilmente se
poderão reforçar. Em todo o caso, será sempre
preferível construir sôbre uma parte do prédio já
existente uma cobertura protectora, assentando
sôbre paredes verticais de espessura suficiente.
Como disse anteriormente, uma bomba ex-

plosiva lançada por um avião é capaz de atraves.
sar de alto a baixo um prédio de construção vil- |

gar, exploiindo apenas na cave ein contacto cum
o solo. Isto importa dizer que se o prédio tiver
uma estrutura ou esqueleto de betão armado as
coisas se passarão de forma muito diversa, pora
que as possibilidades do betão armado não po-
dem comparar-se às dos outros materiais geral.
mente empregados nas construções. so
Se um prédio com estrutura de betão ar-

mado fôr atingido na sua cobertura com uma in-‘
| cidência de 70.º a 90.º, a bomba não poderá des-

viar-se: perfurá lo-á então como uma bala de
pistola perfura um vidro. ‘

Fortemente amortecida pela primeira resise

tência encontrada, prosseguirá no entanto a sua
marcha e depois de uma série de perfurações e
de amorlecimentos provocados pelos diversos pas
-vimentos sobrepostos parará em determinada al-
tura para, finalmente, explodir.

– Os efeitos produzidos pelas percussões su-
cessivas da e bertura e dos pavimentos e pela
explusão são fun ão, evidentemente, da carga éxe
plosiva, do pêso do projéctil e da espessura e na-
tureza dós pavimentos. A inércia da cobertura e
dos pavimentos do prédio é que absorve, neste

-gidas em todo o seú perímetro»…

 

caso, a maior parte dos esforços de percussão;

« daí resulta que não é muito de temer o derruba-:

mento das vigas e das colunas, ainda mesmo.
quando sejam atingidas pela bomba no seu trã-.
jecto e que fiquem, por êsse facto, aluídas.

Às deformações permanentes nos pavimen
tos serão tanto melhor localizadas quanto mais
honogénea fôr a massa de que forem formados e
a acção sôbre as vigas e-as colunas será tanto
melho: repartida quanto maior fôr o número de:
apoios das respectivas lajes, convindo que estas,
sejam cobertas por nma camada de areia para au-,
mentar a inércia do pavimento e favorecer a sua
resistência à percussão.

O prédio poderá também ser atingido la-
teralmente ou ainda nos seus alicerces. No pri-
meiro caso, duas h-póteses hã a considerar :

1.º — a da bomba atingir a parede do pré-
dio, com um ângulo de incidência igual ou me-
nor do que 20.º.-Então a bomba ricocheteará,
não deixando, no enianto, dé produzir alguns es-
tragos na construção. ; ba

—- 22- a da bomba entrar por um vão de
porta ou janela, produzindo no interior do prédio
estragos idênticos aos que produziria se o atin
gisse penetrando pela cobertura. | ae

Cómo a área ocupada pelos vãos da fa-
chada representa sensivelmente metade da ocupa-
da pelas partes Cheias, segue se que haverá uma
probabilidade contra duas da bomba penetrar no

– prédio por um vão; no caso de um ataque lateral.

E’ de notar a influência benética das saca-
das de betão armado, que constituem verdadeiras
viseiras de protecção para os vãos que lhes ficam
colocados inferiormente.

O caso de um ataque pelos alicerces veri-
ficar se à quando a bomba, ao atingir a base da
construção, prosseguir a sua marcha ao longo dos
alicerces, explodindo por fim nas melhores con-

“dições de atacamento. o Eus a
Poderá diminuir-se o efeito do atacamento

do terreno enchendo a parte que fica em cc

cto com a parede com pedra britada de grossura.

variável, cujos vazios facilitarão a expansão dos
gazem, OD Snes o cido NINO a q ORG DO
– “Poderá também revestir se uma parte do

passeio da rua com uma soleira de bétão armado.

de espessura conveniente, reduzindo-se assim.
notâvelmente, os efeitos da penetração.

Para reduzir ao mínimo os efeitos da bom
ba, é pois conveniente dar aos alicerces do pré-
dio um forte jorramento para o lado exterior, o
que determinará o desvio da bomba e a sua ex:
plosão em condições mais favoráveis para o prédio.

Convirá ainda construir sob o prédio uma
soleira géral de protecção, de betão armado, que

terá por fim não só protegê-lo contra o atacamen- |’

to do solo p« duzido pela explosão das bonibas,
mas também permitir o repartimento, em mélho-
res condições, da carga suplementar e imptevista
que O ferreno seja obrigado à Suportar,.

(Continua)

 

ERRATAS — No número VI, na seganda coluna,
onde se lê: «Para poderem fazer a ligação completa da
armadura antes da betonagem, empregam suportes mem
tálicos entre as quadrícalas, com um afastamento nos
dois sentidos de 91,em5 e 15,mmo, com o afastamento de
22,Cm8». deverá lêr-se: «Para poderem fazer a ligação
completa da armadura antes’da betonagem, empregam
saportes metálicos entre as quadrículas, com um aias-
tamento nos dois sentidos de 91,674 Em toda a cobertam
ra há estribos de diâmetro compreendido entre 6,mm3 e
15,mmo, com o afastamento de 22,emg». É

– No número VII, na primeira coluna, onde se lê;
«Sob o ponto de vista da protecção aérea, os prédios
com estratura de betão armado pois oferecer»… Deve-
rá lêr-se: «Sob o ponto de vista da protecção aérea, os
prédios com estrutura de betão armado poderão pois
oferecer»… e na segunda coluna, onde se lê: «.. .abrim
gos elevados isolados, afastados das construções, protem.
deverá lêr-se:
<.. «abrigos elevados isolados, afastados das construções,
protegidos em todo o-sea perímetro»… –

 

 

| tães da esquadra com que Pedro —
| Alvares Cabral descobriu o Brasil |

 

CEREgEaAa a a

MADGASO

A propósito do artigo que pu-
blicámos, no n.º 179, sob a epí-
grafe «Madagascar je Moçambi-
que», que gentilmente nos foi
enviado pela Legação da Repú-
blica Francêsa em Portugal, diz-
nos um amigo nosso de Li boa,

Il que muito prezamos, que a ilha
-de Madagascar foi descoberta em
1500 pelo português Fernando

Soares e que os portugueses lhe

“chamaram ilha de S. Lourenço.

Dos elementos que obtivémos
e que nos parece interessante ar-
quivar nestas colunas, não só por

“aquila ilha estar ligada à história

gloriosa das descobe:tas dos por-

“tugueses, mas tambem porque

êstes assuntos suscitam sempre

natural curiosidade, conclue-se

não ter sido Fernando Soares o
descobridor de Madagascar.

“A grande ilha, situada no
Oceano Indico, separada, do con-
tinente africano, pelo canal de
Moçambique, era conhecida pelos
antigos pelo nome de Mênuthias.
Às relações dos árabes e dos chi-

jneses com os povos de Mada-

gascar são confirmadas pela nar-
rativa de Marco Polo, que escre-
veu em 1298, e que foi o primeiro.
geógrafo que deu a essa ilha o

Inome de Madagascar, ou mais

exactamente um nome parecido
‘com êste. Na livraria de el-rei D.

Duarte guardava-se uma tradu-
ção manuscrita de Marco Paulo
em linguagem, como se vê do

catálogo dos livros do uso dêste
rei, e no tempo de D. João II,
Pero da Covilhã, chegando a So-
fala, teve notícias de Madagas-
car pelos mouros que lhe cha-
mavam Ilha da Lusa; foi, porém,
Diogo Dias, irmão do célebre
Bartolomeu Dias, o primeiro pora.

| tuguês que visitou esta terra, des

cobrindo-a

 

 

o dia 10 de Agosto

 

era um dos cap:

e que na viagem da América para
“a India foi salteada por um mé-
donho temporal que fez sosso=
brar quatro naus e separou umas.
das outras, as que escaparam ao
naufrágio. Passado algum tempo
foram-se encontrando êsses na-
vios dispersos até Moçambique,
excepto Diogo Dias, segundo
conta Gaspar Correia, nas Lens
das da India.

“Parece não haver dúvida algu.
ma de que a ilha de Madagascar
foi descoberta pelos portugueses
em 1500. Portugal nunca tomou

| uma efectiva posse desta desco=

berta, embora fizesse tentativas.
de exploração e colonização. Os
holandeses tambem lá quizeram
estabelecer-se, mas os mais per-
sistentes foram os franceses, que
a partir de 1642, quando já en-
fraquecido o nosso poder marí-
timo e colonial, se estabelece
ram com feitorias comerciais em
Forte-Delfim, ligando-se com os
indígenas.
Por diversas vezes os franceses
haviam infrutiferamente tentado
intervir na colonização desta
grande ilha, até que em 1886
conseguiram impôr o seu prote-
ctorado ao importante reino dos

“hovas, é 10 anos depois subme-

teram-na ao seu completo doe
mínio.

Madagascar é uma das mais
importantes possessões da França

 

 

Homenagem

Ao nosso prezado amígo sr. ‘

major Salvador Nunes Teixeira,
ilustre governador civil do dis-
trito de Bragança, foi ha dias,
naquela cidade, prestada uma si-
gnificativa e calorosa homenagem

por motivo da passagem do 7.º,
aniversário da sua investidura na

chefia do distrito.

E? sabido que o distrito de.
Bragança, sob o pulso enérgico, :

extraordinária fôrça de vontade
e labôr do sr. major Salvador
Teixeira, subordinados à maior

 

pais, vivem na maior miséria,
segundo nos dizem,

 

dedicação pela causa nacionalista,

lentrou numa fase de progresso

“de indiscutível valor. Por conse-

‘ guínte, a manifestação foi de in-
teira justiça e mostrou a gratidão
do povo do distrito, representado
pelo presidente da Câmara Mu-
nicipal, sr. coronel médico Fran-
cisco Martins Morgado e pelos
membros das juntas de freguesia.

Aosr. major Salvador Teixeira
apresentamos as nossas felicita-
ções.

 

Este número foi visado pela
| Comissão de Censura
| de Castelo Branco

| Movimento Demográfico do pelas suas grandes riquezas nas

e turais.
” Concelho da Sertã | e
Durante o pretérito ano de a
1939 houve, no concelho, 755 DOENTES

nascimentos, 187 casamentos e
376 óbitos.

Em Janeiro registaram-se os

Encontra-se doente, após parto
prematuro no sábado passado, a

ea g sr? D. Laura Saldanha Firmino,
seguintes nascimentos, casamen

Ryce dedicada esposa do sr. Dr. An-
RR a | tónio Caldeira Firmino, digno
Carvalhal, 2, 2, 5; Castelo, 3, 4, chefe da secretaria da Câmara
3; Cumeada, 5, 1, 1; Ermida, O | Municipal
1, O; Figueiredo, 3, 0, 1; Palhais, | a :

1, 3,0; Pedrógão, 3, 2, 8; Ser-! — Tem estado doente a sr.º D,
nache 16, 2, 7; Sertã, 19, 4, 16; Agueda Leitão.

Troviscal, 5, 1, 3; Várzea, 2,2,| Fazemos votos pelas rápidas

 

 

E | 2; totais, 63, 23, 48.

‘ melhoras das enfermas,as,