A Comarca da Sertã nº180 22-02-1940

@@@ 1 @@@

 

Dr.

 

FUNDADORES
— Dr. José Carlos Ehrhardt. ——

— Dr.

Angelo Henriques Vidigal —

—— António Barata e Silva, ——
José Barata Corrêa e Silva

Eduardo Barata da Silva Corrêa |

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO a

E Coluanolo Shanata ola Jilva Coreia TP. PORTELA FEUÃO

O —- REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO CASTELO

A ; BRANCO

MI |RUA SERPA PINTO-SER TA RAN,

> ; E TELE FONE

« PUBLICA-SE ÁS QUINTAS FEIRAS 112

E !

ANO IV | Hebdomadário regionalista, independenté, defensor dos interêsses da comarca da Sertã: concelhos de Sertã | pavio do

Nº 180 | Oleiros, Proença io ova e Vila de Rei; e freguesias de Améndoa e Gardigos (do conselho de Mação ) 1940.

Notas o 0 c|

 

 

 

EM 17 do corrente completaram-
-se cinco anos sôbre a data
em que o sr. General Carmona

foi reeleito para a suprema ma-.

gistratura do País.

– S. Ex.*, pelas suas virtudes
morais e cívicas, abnegação e alto
espírito de sacrifício, é sincera-
mente amado por todos os por-
tugueses. “Ao seu patriotismo, in:
teligência e superior equilíbrio se
deve o conceito em que Portu-
gal é tido hoje no Mundo. E
ainda sob a actuação do sr. Ge-
neral Carmona que Portugal tem
gozado um período de tranquíli-
dade e de disciplina, razão fun-
damental do nosso ressurgimento
e prosperidade.

O País inteiro, por isso, e por

da Suécia a pedir-lhe so»
corro, auxílio claro, decisivo,
porgue o fim da resistência
milagrosa talvez esteja a apro:
«imar-se. E êsse período era,
por certo, mais que uma sú-
plica: um aviso.

Respondeu a Suécia que não
queria envolver se na guerra,
afirmação que nada tem de
axiomática, pois a Rússia ha
de se atirar a ela como gato a

bofe, segundo seu intento, fa-

gendo-lhe, ainda, pagar cara a
ajuda encapotada feita à Fin-
lândia.

“Ontem foi a Polónia, âma
nhã hão de ser a Suécia, a No-
ruega, a Romênia. etc., etc.
estonteadas de medo, vítimas
imoladas aos imperialismo rus:
so ou germânico, tam certo é
que aquelas noções estão den:
tro dos apregoados e apeteci-
dos espaços vitais !

A Europa assiste impávida
e serena — como dizia aquele
poeta muito nosso conhecido
— qo festim de Baltazar, um
festim monstro, brutalíssimo,
que consiste no estrangula-
mento das pequenas Nações

Refeitas elas dc primeiro
susto, não lhes teria a voz da
razão aconselhado a unirem-se
para enfrentar tôdas as even-
tualidades ?.

captou

Junta Provincial de Beira
Douro representou ao sr.
ministro da Jastiça pedindo
a simplificação dos inventá-
rios de menores, de forma a

assegurarem-se os direitos dos:

órfãos, néles interessados Re-
clamou-se a isenção de tôdas
as custas para inventários
guando o quinhão hereditário
não atinja cinco contos e que

-— Sejam reduzidas para metade

quando não exceda o dôbro,

 

que pd o sentimento da de E

 

 

par TEU a Pinlôndio à o

 

 

 

ÓGÃO PEQUENO

0 cônsul romano, Aulo Cúrcio, seu fundador — 498 anos sob 0 dominio
árabe — O Cabril— À Senhora da Confiança e a sua fradicionall romaria
A isreja mafriz de S. João o a do Priorado ou do Crafo

EDRÓGÃO PEQUENO é povoação ami isstna da Beira Baixa; dizem ter sido seu funde-
dor o cônsul romano, Aulo Cúrcio, 150 anos antes de Cristo. Foi tomada pelos árabes a
4 de Agosto de 718, que a possuiram durante 498 anos até que, por D. Afonso II, ela foi
Peqn ui aa aos mouros, em 13 de Março de 1216.

Não consta que: tivesse foral velho, mas D. Manuel concedeu-lhe foral novo

Lisboa, a 20 de Outubro de 1513. o.

a FRIO Eulorado, do Crato, a que pertenceu Spréschiava o vigário para o qual a vila con:
tribuía-com 120 alqueires de trigo, 60 almudes de vinho,| uma

– Carga de uva. preta, dois cântaros de azeite e 6,000 réis em di-
nheiro..

 

 

 

 

 

, em

 

 

 

Pedrógão Pequeno dista 11 quilómetros da sede do
concelho e comarca; chamava-se, antigamente, Pedrógão do
Crato ou do Priorado, por ter sido uma das 12 vilas sujeitas
à jurisdição do Grão Priorado do Crato, que tinha seu repre-
sentante na Ordem. de Malta.
a esta vila situada numa das posições mais pitores-
rito de Castelo. Branco, sobranceira ao rio Zêzere,
idades da sua margem esquerda, quási em frente de
g ande. Entre estas duas vilas está a célebre ponte,
E do Cabril, sôbre o Zêzere, de três arcos, tôda de alvenaria,
“construída na época da usurpação filipina em Portugal. E? ma-
ravilhosa e de um pitoresco invulgar a paisagem do Ca a
onde o rio Zêzere se estende sôbre o seu leito convulsg,
guezagueando por entre penhascos e alcantiladas monta ao
A uns 400 metros de distância da vila de Pedrógão Pe-
quo, numa das mais altas montanhas desta região, ergte-se
igreja de Nossa Senhora da Confiança, onde anualmente se
celebra, nos dias 7 e 8 de Setembro, uma das melhores festi-
vidades do distrito, a cuja romaria concorre grande número de
romeiros de tôdas as vilas e aldeias circunvizinhas,

Esta igreja é cercada de frondoso arvoredo silvestre) tor-
nando o sítio fresco e delicioso no verão. Dêste ponto désco-
brem-se muitas outras terras, desfrutando-se, também, maravilhosa paisagem. Próximo do local da
Senhora da Conti-nça, ao fundo de um extenso despenhadeiro serpenteia o Zêzere, manso e sere-
no durante o verão, para se tornar bravo e rugidor na quadra das chuvas, fazendo. ouvir a grande
distância o sussurro cantante das suas águas.

E? bonita a igreja da Senhora da Confiança, com seus três altares, ostentando no altaremór

a imagem de Cristo Crucificado. Foi seu
fundador um vigário desta vila, de nome.
João da Costa; mas ignoramos em que
data fôsse edificada; sabemos, porém,
que é muito antiga. Existe 2 uma cruz
de relíquias, avultando entre elas a do
Santo Lenho, que, outróra, era exposta à :
adoração dos devotos, em dia de Santa
Cruz.
à igreja matriz da vila é um templo
muito vasto, de -cuas naves ede estilo
manuelino; possue cinco altares. E’ dé
apreciável valôr artístico, todo entalhado .
e de. grande trabalho, o altar-mór. Os
restantes são dedicados ao Espírito San-
to, Nossa Senhora do Patrocinio, Nossa .
Senhora das Almas e Coração de Jesus
Ao lado esquerdo da mattiz está a capela do Santíssimo, construída há pouco mais de 40 anos.
Além da igreja matriz de S. João. B ptista, padroeiro da freguesia, existem mais quatro:
Nossa Senhora dos Aflitos, Santo António, S. Sebastião e Nossa Senhora da Confiança, de que já
falámos

Pedrógão Pequeno — Pelourinho –

Pedrógão Pequeno — Uma rua da vila

Pedrógão Pequéno! foi sede de úm antigo concelho q que se suprimiu em 1834: tinha então

E Câmara “Municipal, instalada num bom edifício,

“com seu juiz ordinário e respectivos escrivãis.
“Tem Misericórdia, que noutro tempo foi
regularmente rica, a pesar-de em determir ada
época, ‘por má administração, lhe ter sidg se-
questrada uma importante verba, tendo, por jêste
motivo, ficado reduzida a pouco mais de uma
quarta parte dos seus primitivos fundos. O hos-
pital da vila era mantido pela Misericórdia é foi
edificado em local aprasível, sobranceiro à pila.
José Antunes Martins, natural de Madeirã, lggou
a esta instituição quando do seu falecimento. em
1916, importante quantia, com a obrigatoriedade
de no referido hospital serem internados os dpen-
tes necessitados da sua terra natal. Se a citada
d sposição estam pn ária se cumpriu, ignorâmo-lo,

a] lápis

A” estamos outra vez à his

dalada.

4 via pública continua sa
jíssima, vergonhosamente cheia
de lixo, de papéis e de cascas
de laranja,

Muita gente despeja o lixo
para a rua, dela, indecorosas
mente, faz monturo, com ou
sem consciência, mas absolu=
tamente despreocupada eZcon=
vencida de que ninguém o pos
de impedir.

Ah! Se as posturas fôssem
aplicadas com aquele rigor
que se recomendava,. outro:
galo cantaria.

Passam carroças condazin-
do estrume, largando-o aos
pedaços, por ai fora, sem a
mínima cautela, como se se ese
tivesse em casalório ordinário.

Durante dias e dias não se

vê nenhum varredor a tratar

da RR pee das Tuas princis

 

tal o estado de imundície q que.
chegaram; dizem-nos, e cremos
Ser assim, que os moradores .
das casas continantes deitam
nelas tudo, absolutamente ta-
do, de que se querem desfazer.
Chegou a um estado de por-
caria essa travessa que muitas
pessoas no lo têm apontado,
protestando, indignadas, cons.
tra êle.
A propósito de cascas de la=’
ranja: no sábado, uma mus
lherzita já de idade, ao descer
uma das escadas da Praça da
República, escorregou e icaiu
desamparada magoando» “Se
muito.

gde
ESTAMOS no ano das festas |
comemorativas dos Cente- .
nários, em que a Sertã tem
parte activa, honrando-se de
servir de palco a parte das ces.
rimónias do Distrito. 2
Por isso vimos lembrar à
Câmara a vantagem e absoln- .
ta necessidade de se caiarem
todos os prédios e muros que
ainda o não foram logo que o
tempo melhore.
Vão ha tempo a perder e é
preciso que os sertanenses não
se envergonhem, não córem de
pejo. apresentando habitações
sujas e mal cuidadas ao receu

ber os visitantes ilustres. Apres

sentemo nos sem grande laxo,
sem riqueza mas com a cara
lavada, para que da Sertã se
fique fazendo bom juízo.
E? de supor que até Outubro,
mês das comemorações no nosa
so concelho, fiquem reparadas
tódas as calçadas e passeios,
assunto que não pode ser ess
quecido.

Se, porventura, ha um outro.
possuidor de prédio a viver:
com dificuldades e que, pos
sivelmente, não tenha dinheiro
para o mandar limpar e caiar,
podia a Câmara auxiliá-lo do
modo mais conveniente.

 

Escola de Pedrógão Pequeno

 

An na 3, a pagina)

 

(Continua na 4,2 página)

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(0 er aaa Iscaermecems

MINISTÉRIO DO COMÉRCIO E INDÚSTRIA

JUATA MACINAL DOS RESINOSOS

CAMPANHA DE 1940

RESINAGEM DE PINHAIS
(Decretos N.ºs 28:492 e 30:254)

; 1) — As dimensões máximas das feridas para faea são,
no ano de 1940, as seguintes:

 

Largura……… cc. M centímetros
Proiundidade,……….. 15 »
Altura: ;
1 ano……. RR »
Do » e sa so 55 »
MD a DO »
e on Sa .. 60 »
Total RINS 220 E)
= NA medição da largura das feridas é sempre admitida a tole»
-rância máxima de 1 centímetro e na medição da
prolundidade a de meio centímetro.

 

– 2)-— Não poderão fazer-se prêsas de dimensões inferiores a
10 centímetros, nem resinar pinheiros com menos de 30 centímetros
de diâmetro na altura do peito (a 17,30 do solo), salvo, nêste úl’iimo
caso, quando se trate de árvores para desbaste ou corte final.

Eº ainda permitido resinar pinheiros com menos de 30 e mais
de 25 centimetros de diâmetro na altura do peito (a 17,30 do solo)

dêsde que a exploração para resinagem dêsses pinheiros tenha sido
iniciada antes de 1940,

3) — Salvo quando se trate de árvores para desbaste ou corte
final, não poderão fazer se novas feridas na base de cada pinheiro
sem que as anteriores tenham sido exploradas pelo menos durante
3-anos, mas a exploração do primeiro ano de uma nova ferida deve
ser simulíânea com a do quarto ano da ferida anterior; podem, no
entanto, explorar se simultâneamente duas feridas no mesmo pinhei-
– To, independentemente dessa restrição, quando êle tenha atingido
40 centimetros de diâmetro na altura do peito (a 17,30 do solo).

4) — Pelas feridas praticadas em contravenção no disposto
nos n.º 1,2 e 3 serão responsáveis:

Re industriais de produtos resinosos, quando os traba-

lhos de resinagem estejam sendo efectuados por capa-

tazes ou empreiteiros inscritos na Junta a seu pedido ou
por quaisquer pessoas que trabalhem por sua conta e
sob as suas ordens;

b)-—tôdas as pessoas que, embora: não inscritas na unid
estejam procedendo a trabalhos de resinagem;

e “d—os proprietários dos pinhais que os estejam resinando

por cua conta,

5) — Os responsáveis incorrerão numa multa nunca inferior
a 800 por cada ferida ilegalmente praticada, podendo esta multa —
tiatando- se de industriais inscritos na Junta — ascender a 50,000800.

Lisboa, 25 de Janeiro de 1940.

Junta Nacional dos Resinosos
Rua Mousinho da Silveira, 54

LISBOA

3) — Terra de mato e pinhéiros,
no sitio do Sobral, limite dito.

E” sanhorio deste prazo Guge

ANUNCIO

Faz se saber ques no dia 2 do
próximo mez de Março, pelas 12
horas, à porta do Tribunal Judi-
cial da comarca da Sertã, se hã
de proceder á arrematação em
hasta pública dos prédios a ses
guir designados e pelo maior lan-
ço oferecido acima dos seus res-
pectivos valores:

Primeiro—O dominio útil de
um prazo constituido pelas se-
guintes glebas:

a)—Casas de habitação é quin
tais, no Seixo Fundeiro;

b)-—Terra de cultura, no aitio
do Vale da Pereirs, limite dito;

O)-—Terra de linia e olivei-
ras, uo sitio do Chão da Ravolta,
mesmo limite;

d)—Terra da sobreiros e mato,
no sitio do Barroco ou Sobreiro
do Barroco, limite dit ;

e)—Terra de cultura e matos,
no Rbriro da Fonte, mesmo li
mts :

f) J 3 T nt
neBore Fo: ne Riber

Fonte

hairos

3 Í ?

BT. i cultura e úlivela
tos, à Scbreira d Corvo cu So-
breira des Cobras, límite dito;

hb)—Terra de cultura. mato e
oliveiras, no sítio do Vale da
Tropa, mesmo limite;

i)—Terra de muto e pinheiros,
DO sitio dos Gamesis ou Gameal
Pequeno, limite ditc;

 

tavo José da Silva Bartole, da
Sertã.

Vai pela segunda vez á praça
no valor 3.643960,

Segundo— O dimíio útil de
um prazo foreiro aos herdeiros
do Doutor Júlio Peixcto, da At-
noia, constituido por uma só gle-
ba, a saber;

Terra de cultura e mato, à Ri-
beira Velha, limites do Seixo Fun-

| deiro.

Vai pela segunda vez à praça
no valor de 1.684910,

Penhorados nos autos de exes
oução bipotecaria que corre seus
termos pela segunda secção des
ta Secretaria Judicial, e em que
são exequente : Carolina de Je-
aus e marido Manuel Mertin: Dies,
moradores pa vila de Pedrogam
Pequeno, e executados: Martinho
Nunes e mulher Maria de Jesus
Miguel, proprietarios, moradores
no Seixo Fundsiro, freguesia do
Castelo.

Sertã, 12 da Fevere ro 2e 1940.
Verifiquei
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O Chefe da 2º Secção,
Angelo Soares Bastos

A Comarca da Sertã

ANUNCIO

2.º publicação

Faz-se saber que no próximo
dia 24 do corrente mês de Feve-
reico, pelas 12 horas, 4 porta do
Tribunal Judicial da comarca da
Sertã, se há-de proceder à atre-
matação do dominio útil a seguir
designado e pelo maior lanço cfe.
recido acima do seu valor.

PRAZO

| O domínio útil de um proze

anuclmente foreiro em querenta
| ros e cento oitenta oito milli
tro; de pão mesudo de trigo e
centeio e meia galinha, composto
pelas seguintes glebas: A

1º — Terra com oliveiras ne
Corga da Presa, limite do Vols
de Agua, fregues ia de Proençraa=
N va.

9,2 — Ums terra de meto, no
O vão da Gela, limite dito.

3º — Terra com uma oliveira,
na Coferreira, limite dito.

42 — Una tira de mato no
msmo limite.

5º — Uma casa que serve de
palbeiro no povo, limite da Vele
de Agne,

Vai rela primeira vez à praça
no valo: de-mil quatro centos
dezu: sete escudos e vinte oito
centavos, (1.417928)

E’ senhorio directo dêste pras
zo Francisco Pires de Moura, e
encontra-se descrito nos autos de
inventário orfanológico por óbito
de Domingos Pedro Rosa, sole
teiro, morador que foi no luger
do Vale de Agua, freguesia de
P.oençãe?-Nova e em que é ca-
beça de orsal António Pedro Ro-
sa, morador no lugar do Serimó-
gão, da mesma freguesia e que
à praça nos termos do artigo
1.402,º do Código de Processo
Civil.

A sisa é paga pr inteiro pelo
arremetente,

São citados por êste meio
quaisquer cróior:s incertos,

“Verifiquei
O Juiz 1.º substituto,
Carlos Martins
O chefe da 2.º secção,

a) Angelo Soares Bastos
ANUNCIO
2.º Publicação

Faz-se saber que pelo
Tribunal Judicial do Julga-
do Municipal de Oleiros,
única secção da Secretaria
Judicial e autos de acção
especial de despejo que os
autores José Pereira Rei e
mulher Maria da Conceição,
proprietários, residentes na
vila de Oleiros, movem con-
tra o réu Pedro Ubirajara
Ferreira, solteiro, maior, pa-
deiro, residente que foi na
mesma vila e presentemente
ausente em parte incerta,
correm éditos de trinta dias,
a contar da segunda e última
publicação do presente
anuncio, citando o referido
réu para no prazo de cinco
dias, findo que seja o dos
éditos, contestar, querendo,
o pedido na referida acção
ou entregar o prédio arren-
dado, que consta de uma
pequena casa tórrea, desti-
nada à indústria de padaria,
sita na Travessa da Deveza
desta vila, sob pena da mes»
ma acção se haver pcr con-
fessada, seguindc=se os ul-
terioros termos da Lei até
final,

Oleiros, 8 de Fevereiro
de 1940.

O Chefe de Secção—Jvão
Texugo de Sousa.

Verifiquei.

O Juiz Municipal — 4. P
Pinta.

Sertê, 1 de Fevereiro de 1940.

 

— AOS ——
possuidores de lãs

AVISO

Os Ministérios do Comércio e Indústria e da Agricultura, sob
proposta da J. N. P. P., fixaram em portaria os preços base das lãs
nacionais nos seguintes números:

Preços médios por arroba de lã em bruto

Lãs brancas, do tipo merino corrente e de 45%
de rendimento na lavagem a fundo

Lãs pretas ou saragoças, do tipo merino corrente e
de 450/ de rendimento na lavagem a fundo 130800

Lãs churras de 40h de rendimento na 1» ivegem
a fundo : 8080 )

ACRN, E. P paia Eadlireo Eno da lavoura, publica a ta-
bela dos preços que devem ser at’ibuídos a cada um dos citados
tipos de lã, consoante o rendimento que sida lote possa dar na la
vagem a fundo.

Preços médios por arroba em bruto

150800

Rendimentos | Lãs brancas | lãs pretas | lãs churras |) Rendimentos | lãs brancas | lãs pretas | Lãs chunras
em La F. jmerino coreente merino corrente; tipo médio |] em L, a. jmerino corrente merino corrente, tipo médio
33º… | 109898 | 95828 | 65898 || 45º .| 150800 | 130800 | 89897
349/0…| 113832 | 98817 | 67898 || 400. .| 153$31 | 132882 | 91497
350/0 ..| 116865 | 101$06 | 69898 || 470. | 156865 | 135471 | 93498
360/0 ..| 119898 | 103895 | 7198 || 480 .| 159$98 | 138460 | 95498
370/0…| 123$32 | 106883 | 73498 || 49º. .| 163831 | 141848 | 97498
380/0…| 126865 | 109872 | 75898 || 50º. | 166865 | 144837 | 99498
390/0.. | 129898 | 112861 | 77898 || 510/,. .| 169898 | 147826 | 101897
40%… | 133832 | 115850 | 80800 || 520/0. .| 17383! | 150815 | 103897
410/0…| 136865 | 118$38 | 81$97 || 530/0..| 176804 | 153803 | 105897
42º/0…| 139898 | 121827 | 83897 || 549. .| 179898 | 155492 | 107897
430/0+..| 143831 | 124816 | 85$97 || 550 .| 183831 | 158881 | 109897.
449…| 146865 | 127805 | 87397 po 186814 | 161$70 | LIL$97

Só se estabeleceram os diversos preços a a’ribuir às ‘ãs na-
cionais em função do rendimento em lavado a fundo po que, at nta
a grande heterogeneidade de tipos que hoje se encont am no fato
de cada produtor, não foi possível fazer ainda uma classificação es-
tandardizada das diversas classes de lã pr duzidas em Portugal;
Todavia, considerando a correlação dos valores que em condições
normais se estabelecem entre os variados tipos de lã, a fixação dos
preços base para as três categorias citadas equivale a uma deter-
minação de preços para os restantes tipos que possam ser consirados.

A J. N. P. P., sempre que surjam dúvidas na apreciação do
preço que deve ser atribuído a qualquer partida de lã dos produto-.

res, estã em condições de, a pedido dos interessados, fazer o exame |

das lãs em questão e a determinação do seu protáiei o Fen due to
na ca a fundo.
“Lisboa, Janeiro. de 1940

“Junta Nacional dos Produtos Pecuários
R Castilho, 20 — Telef. P.A.B. X, 51 183/4

 

N. R.— Os iuiado es a quem ni a bi cação dêsta
aviso, ea conservá- to é a-fim- de Ruca que convenh», concultem

ANUNCIO

ANTUNGIO
(2º Publicação)

 

 

Faz-se saber que nc dia 24 do
corrente mê: de Fevereiro, pelas
12 horas, á porta do Tribunal Ju-
dicial desta comarca da Sertã so
há-de proceder à arremateção em
hasta pública dos prédios abaixo
desigaados, e pelo meior linço
oferecido acima dos respectivos
valores.

Primeiro—O direito e acção à
metade de uma terra de cultivo
com arvores de fruto, oliveiras e
um palheiro, no aitio denominas
do o Fundo da Corga, limite das
Rabacinas, vai pela segunda vez
á praça no velo: de 63580.

Segundo—Uma morada de ca
sas com andar e loja, no lugar
das Rabacinas, freguesia dos
Montes da Senhora, val pela ses
gunda vez à praça no valor de
230800.

Penhorados nos autos de exe.
cução por custas e aêlos que cors
re seus termos pela segunda seo-
ção desta Secretaria Judical, e
em que rsão sxequente o Digno
Agente do Ministério Público, e
executados Bernardino Rodrigues
e mulher Maria Mendonça, morke
dores no lugar das Rabaoinas,
freguesia dos Montes da S nhora,

Sertã, 12 de Fevereiro de 1940,
Verifiquei
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O Chefe da 2.º Secção

 

Faz-se saber que pela se-
gunda secção da Secretaria
Judicial da comarca da Ser-
tã e nos termos do artigo
864.º e para os fins do arti-
go 865.º ambos do Código.
de Processo Civil, ecrrem
éditos de vinte dias, a con-‘
tar da segunda publicação
do respectivo anúncio, ci=
tando quaisquer crédores
desconhecidos nos autos de:
execução por falta de pagas
mento de imposto de justi=
ça, multa e acréscimos le-.
gais em que são exequente
o digno Agente do Ministe-
rio Público e executado Ma-
nuel Augusto, casado, pe:
dreiro, murador no lugar da
Foz Giraldo, freguesia do:
Orvalho, concelho de Olei-
ros, para no prazo de dez
dias, depois. de findo o pras
zo À s editos, deduzirem os.
seus pedidos do pagamento,
indicando a natureza, mon-
tante e origem dos seus cré.
ditos e oferecendo logo as

 

Angelo Soares Bastos provas,
E Sertã, 3 de Feveteiro de
Norberto Pereira 1940,
Cardim Verifiquei
SOLICITADOR ENCARTADO O Juio fo Subsiiio
BESSA as :

Carlos Martins
O Chete da 2º Secção,—
Angelo Soares Bastos,

Rua Aurea, 139 2.º D.º
TELEFONE 27111

LISBOALISBOA

 

@@@ 1 @@@

 

EA

“ Bopti lde 1
* tónio, Manoel Jacinto, José da

CEEE EEE ETR aerea:

Freguesia do Cabeçudo

 

Subscrição aberta para a compra

de uma bandeira dedicada a N.

Sr.2 da Piedade, euja festivida-

de se realiza, no último domin-

go do mês de Agosto, naquela
– localidade

Manoel Maria, João Maria, Jo-
sé Maria e José Ferreira da Sil-
va, 108 cada; Maria de Lourdes
e Silvina da Silva, 5$ cada; Da
vid Garcia e anónimo, 208 cada:
José António Ma tins, 128, Car-
los Costa, 108%; Joaquim: Ferreira,
Armando Mateus, José Martins,
A. Nunes dos Santos, Joaquim
Marques, António Marques, [a-
cinto Lop:s Bernardino Joaquim
de Melo Valdemar A. Martins,
58 cada; Rosa H, Ferreira e Emí
lia Ferreira, 1850 cada; Jaime
Henriques, 10$; F. dos Ramos
Madeira, 58; ]. Francisco Gies-

“tosa, 38; Chica Henriques, M.?
José F. Henriques e M.? Cândi-
da dos Santos, 2850; M.º Odete
Antunes, 2$; António Henriques,
1850; António Tavares e Henri-
que Gomes, 1$ cada; Maria Mira

“António d’s Cazinhas, Joaquim
Ferreira, Matilde Ferreira e J.
Maria Pessoa. $50 ceda; Virgi-
nia Pires, António Rodrigues,
Maria Matilde, Joaquim Soldado,
João Ferreira Manoel Lopes,
José Ferreira, Martinho Vitória,
António Maria, José Nunes Da-
niel dos Santos, 1$ cada; ). Mor-
gado Pessoa, Joaquim Gomes,
Maria Martinha e A. Lopes Ber-
nardino, 1$50 cada; A. Florindo
da Silva e António Mendes, 28
cada; Joaquim Mendes, 2850;
Crisóstomo Vitória, $20; P.º Jo-
sé Martins, 7; José Boeiro, José
Marcolino, José Ferreira (filho),
António Antunes Américo An-

* tunes, António da Martinha, Ma-
ria da Conceição, António Maria.

Edviges do Canto, Mariana- de

Feste, Mer les, ; É
ista, Matilde Lura, Luiz An

 

“Antônia e António Ferreira, 850

– cada: Antônio Louro, 880; Leo-

nor Ferreira, José Mendes, Ma-
riana de Jesus, Joaquim Nunes,
António e José Araújo, 1850
cada.

Soma, a transportar, Escudos
560870.

HO to

Armando Carvalho da
Encarnação

Foi nomeado chefe da secre-
taria da Câmara Municipal de
Vila Nova da Barquinha o sr.
Armando Carvalho da Encarna-
ção, que durante alguns anos,
exerceu as mesmas funções em
Figueiró dos Vinhos.

Deseiamos- he tôdas as pros.
peridades.

—* oro
CINEMA

A «Pátria Filmes, Ld.’> aprex
senta-nos, nas próximas sessões
os seguintes filmes: «Raínha Vi
tória», «Branca de Neve eos sete
Anões» (versão portuguêsa),
«Atrás da Linha Maginot», «UÍ-
timatum», «Gunga Din», «Três
raparigas modernas» e «Fogo».

Películas, tôdas elas, revela-
doras de uma arte magistral, que
hão de merecer todo o interêsse
do público.

rosa
PUBLICAÇÃO RECEBIDA

Da Junta Nacional do Azeite
recebemos o.IV folheto de di-
vulgação, intitulado «Poda da
oliveira», por J. Mira Galvão,
Doutor em Ciências Agronómi-
cas por Itália e engenheiro-agró-
nomo.

Pelo grande interêsse que êste
folheto tem para os olivicultores,
começaremos, dentro em breve,
a fazer a sua publicação integral,

Agradecemos, .

“António |

A Comarca da Sertã

AEE

PEDROGÃO PEQUEN

(Gontinuação da primeira pagina)

Pedrógão Pequeno deve possuir 400 fogos e aproximadamente 2,000 habitan-

tes.
Ea 1860 mandou o Govêrno construir a estrada que a liga a Sernache do Bom-
jardia. Em tempo inicicu-se a construção de outra estrada que sevia conduzir de Pe-
drógão Pe.
queno a O
Madeira,
freguovia
que hr fica
à distância
de 10 qui-
lômetros.
Apena: se
construi
ram una
três mil!
metros de
via, tendo
paralizndo
a sua Cons ?
trução há
algumas
dezenas de
anos.
Com a
sua conclu-
são, mui-
tissimo vi-
riam a lu-
crar, não só Pedrógão Pequeno, mas ainda outras localidades de relativa importã
na vida da comarca da Sertã: Vale da Galega, Fronteiros, Fontainhas, Bra vo, Ped
gueira, Arrochela, etc. localidades desprovidas de meios de comunicação, apenas dêrm

vidas por caminhos vicinais, onde o pinheiro abunda, constituindo riqueza aprecia
da região.

 

Pedrógão Pequeno — A ponte sôbre o Cabril

progressos alcançou no último quartel do
seculo passado e (princípio do actual, em

levados a cabe, naquele temp», contam:
“se, entre outros, a estrada para a Sanho-
“ta da Confiança, a capela de Santa Mar
garida, a magoulfica casa da escola e
tras edificações urbanas, que muito valo-
rizam a vila, vivendo um período bast:
te áureo. O comércio tambem se tinha
desenvolvido a par-de outras terras de
maior importância e hoje encontra|se
mais ou menos decadente.

As actuais vias de comunicação ca-
recem de reparações, bem como alguns
dos seus edificios, envelhecidos pela acção do tempo. Pedrógão Pequeno é fertil em
géneros agricolas e desfruta situação privilegiada que a natureza lhe legou.

São dignos de visita os seus arredores, entre ôles o Cabril e o sítio da Senhdra
da Confiança, onde a paisagem é maravilhosa e extasiante.

Que obra formidável não seria a das quedas de água ali começada a construir,
se não tivesse sido atrofiada à nascença e que grande incremento viria dar a esta re-
gião tão cheia de pitoresco e encantamento, mas ignorada pela maior parte dos por-
tugueses habituados a viajar!

Pedrógão Pegueno — Trecho do Rio Zêzere no Cabtil

O povo de Pedrógão Pequeno é afável e hospitaleiro e a sua terra deve mere-
cer mais atenção dos Poderes Públicos que ultimamente a têm esquecido.

VENANCIO ALVES

 

 

Diversas notícias

Como o estado de guerra pro=
voca a diminuição de algumas
receitas Oo sr. ministro das Fi-
nanças, no intuito de manter o
equilíbrio orçamental, tomou as
seguintes resoluções: Restabele
cer o imposto de Saivação pú-
blica, que recai sôbre os venci-
mentos dos funcionários públicos,
calculando o seu rendimento em
40 mil contos; agravar os direitos

| de exportação, calculando êsse

agravamento em 10 mil contos;
lançar um imposto sobre lucros
excepcionais derivados do estado

mil contos; proceder a nova ava-
lisção do desenvolvimento de

cula obter SO a 60 mil contos.
As taxas do imposto de Salva-
ção Pública a aplicar sôbre os
vencimentos dos funcionários do
Estado, nos termos do disposto
no artigo 4.º do decreto 30.251,
sãn as seguintes: de 2º, até 1.0008

 

mensais; de 3’/ até 2.0008; de

| 4º/o até 3,0008; de 5% até 4,0008; |

de 6º/ até 5.0008; de 7º/ até’7.0008;
de 8º, de mais de 7.0008,

-— O dono do prédio onde
existirem árvores alheias poderá
adquirí-las pagando o seu valor.

Ore

Diz-se…

— Que a caçada aos gaumbozinos
foi do mais feliz resultado ; o Amtl-
car, principal interessado e o maior
entusiasta, teve a sensação agras

 

belo ex mjlar que havia caido
num saco…

— Que o Zé Marques já fuma a

 

de guerra, que deverá produzir 10.

alguns rendimentos, em que cal-

sua cigarrada e com tal po e que
| até parece um respeitável cidadão,
“muito senhor do seu nariz, ».

— Que nos foi entregue um bi-
| lhete cópia doutro, que é um pri:
mor de lingu gem: «Senhor Camba
faça favor de entregar a quantia
de 6 sacos de carvão de brazeira a
conta emporta em 60500 pode en
tregar o senhor Guilhermino pora
António Ribeiro Pedro Sobrewra
Formosa Pucariço. É

Repórter Melro

dável de apalpar a penungem dum |:

 

HORA DE VERÃ

À hora de Verão será resta
lecida à meia-noite de 24 para 25
do corrente, o que se faz êste
ano com grande antecipação para
harmonizar a hora em Portugal
com a de França, Inglaterral e
Espanha.

Anteriormente, esta deliberação
era tomada em Abril,

SH OLS

AGRADECIMENT

Olinda de Jesus Nunes Carva-
lheira e família vêm, por êste
meio, apresentar os seus agrades

 

| cimentos a tôdas as pessoas que

se interessaram por sua irmã,
Maria dos remédios Carvalheira,
durante o período da doença, que
a acompanharam à última morada
ou que lhe dirigiram condolências.

Agradecem, dum modo espe-

Cial, ao Ex.”º Sr, Dr. Rogétio

Marinha Lucas o cuidado e zélo
com que tratou a doente.

Sertã, 15 de Fevereiro de 1940, |

4

um SE Ss, (8 na,
| Ed es Pega Pai? Tea “ea df a

1

à AGENDA É

ss E (oo, 8
Cs aa a a E ea ea

Estiveram na Sertã o sr.Luiz
Neves e sua filhinha Maria
Elvira do Carvoeiro. e

— Com sua esposa e filhos
retirou, para Tomar, o sr.
Crispim Casimiro.

Aniversários natalícios:;

12, Manuel Luiz, Lisboa; 22,
José Félir àos Santos, Lagos;

 

’26, D. Helena Vidigal Mari-

nha, Pedrógão Pegueno e me-
nino Carlos Alberto, filho do
sr, Carlos Firmino du Silva;
27, D. Angela Marinha David
Rodrigues, esposa do sr. Joa-
quim Nunes Rodrigues, Pe-
arógão Pequeno.

Ç Parabens

 

 

A nuneio
2 Publicação

Faz se saber que no dia nove do
próximo mêz de Março, pelas 12
horas, à porta do Tribunal Judis
cral desta comarca da Sertã, se há-
de proceder à arrematação em has«
ta publica do direito e acção á sua
meação que o executado Francisco
Afonso, viuvo, morador no lugar
da Azinheira, freguesia e concelho
de Oleiros, tem nos seguintes bens:

8)— Um pipo do quatro almudes,
um pote de barro, de cinco alquei-
res, já usado, uma pequena arca
de madeira de p nho e um cobertor
de lã, já usado. Ç

b) — Uma casa de habitação com
loja e sobrado no lugar da Azinhei-
ra, freguesia de Oleiros, É

c) — Uma casa terrea sita na
deinheira, freguesia de Oleiros. >

d)— Uma casa que serye de pas
lheiro no lugar da Azinheira.
e)— Um pequéno curral coberto
de colmo, no lugar da Azinheira.
f)— Um sessenta avos de um las
gar de desfazer azeitona, situado,
ao Fundo da R beira da Azinheira.

g)—Terra de mato e árvores, na.
Relva da Sobreira, e
h)—Terra de mato e pinheiros
sita na Courela de Aveiro, no Ria.
beiro,

1) — Terra de cultura, oliveiras
mata, no Ribeiro
j) — Terra de cultivo, oliveiras,
na Courela da Horta. o
k) — Terra de cultivo, oliveiras,
sita à Gola ; E
—Terra de cultura e oliveiras,
sita à Tapadinha, :
m)— Uma terra de cultura e olia.
veiras, sita ao Pontão, limite de
Azinheira, :
O reterido direito e acção vai.
pela primeira vez à praça no valor
de 3.700800, (tres mil e setecentos
escudos) e foi penhorado nos autos.
de execução por custas e selos em.
que são exequente: O digno Agen-:
te do Ministério Público e executas-
do: o referido Francisco Afonso,
cuja execução corre seus termos pes
lasegunda secção desta Secretariu
Judicial.
– Sertã, 7 de Fevereiro de 1940,
Verifiquei aa
O Juiz de Direito !
Armando Torres Paulo.
O Chefe da 2.º Secção,

Angelo Soares Bastos

»

E Iavradores e Agricultores
Plantaí arvores!

Que vende Antonio José Batiss
ta de Melo—LAGOAS-—Coime |
bra. ne

Viveirista autorisado. Possue
nos seus viveiros as melhores
variedades de Laranjeiras, Oli-
veiras, Pereiras, Macieiras, Amei-
xieiras, Videiras, Barbados ame-
ricanos, roseiras. etc. Fornece
plantas fortes a frutificarem no
mais curto espaço de tempo,

Peçam Catálogo n.º 42 que se envia grátis,

@@@ 1 @@@

 

RUM DE LISOS

* Ao receber hoje «A Comar-
CA. >», fiquei estarrecido de-
aPois: de ler a entrevista do
“men preclaro amigo e confra-
Saio É Es é 4
de, Repórter-Melro com o sr.
q» Sempre há coisas nesta vi-
da! a da
= Porque não tinha la honra
“ude conhecer, pessoalmente, o
“sr. Félix, pratiquei ama inde-
licadeza com sua senhoria,
poissthenão apresentei; como
é damais rudimentar educa-
“ção, os meus cumprimentos,
“nem indaguei dasua preciosa

“sande. *
“Pois É odio:
; seu gerente efectivo,
para maneguindemontráana
estação esquentadora que se
apra Ao o
Mas q:em me havia de dizer

rev E

autêntico patricio ?

que estava na presença de um.

Eu, se não fosse como Deus

“Nosso Senhor imecreou, um
facanho púnco previsto tinha

“osuevenside – reconlieter no sr..

felix Sum autentico Sertanen-

 

” Ehi’gue vanto ddzorbe se en-
contra assimúma figura tira

 

“o dascaneta:
pertar a: dttnpao dos
W“ponto de’o” quererem elevar
esquintincência da moda, se-
ão; ertã e suas redondes

 

“MASsisti’ tom espanto meu,
és instâncias do meiu correli-
gionário Diogenes ‘e ás recu
sas; sob várias evasivas e pre-

tertos, do sr: Peévide; e, con=

fesso.o francamente,;-não meti
a minha colherada no assun-

toy: por uma questão de boa |

educação. Com. bastante pesar
eu lastimo-hoje o facto.

e. posso descortinar que o
sriPéliz era um autêntico Ser»
tanense, juntava às instâncias
do. meu amigo Diógenes, as

minhas, e com a minha auto-
ridade de patrício já maduro,
convencê-lo-ia a aceitar a pro-
póstu, ‘a todos os títulos hon
rosa, não só para sua Senho
ria, como para a Sertã e seus
arrabaides de mundial nomea-
da: Chão da Forca, Castelo
Velhos; Vaguinhas;, etc. etc

Tive, porem, ocasião de ve-|-

rificar:de viso que o sr. Pevi-
de é, como afinal todos os
meus patrícios, modesto em
extrenio, não querendo dar
nas vistas, nem chamar sobre
sias atenções lisboetas

Mas agora, «a sangue frio,
vejo que o meu correligioná-
rio Diógenes, com uma lanter=
na na mão por tóda esta Lis-
boa, não encontrava figura
mais gentil — fisicamente fa-
lando—para o seu ambiciona.
dó manequim, do queto sr.
Félix (com ou sem Pevide)

E só de pensar, com todo o

men bairrismo, do que seria a

Rua Augusta no dia da inan-
guração do manequim nas
montras da «Old England», me
rebentou o cós das ciroulas!
Fenha paciência o sr. Pevi
de, mas se cá o agarro outra
vez nesta cidade de alfacinhas,
não me passsa já despercebi-
do e deito-me a êle, mesmo À
dentada como o fez aos pretos
em” Mºfricã o nosso patrício

Lopo Barriga de-saudosa me.

moria-enei-de obrigá-lo a mas
nequizar a sOld England» na-
ma das proximas estações,
para: edudio e satisfação das
gentes. patrícias.
Assim seja .
dedo João Sertã

 

Este número foi visado pela
— Comissão de Censura
– de Castelo Branco

lisboetas |

“mesma vila. =

 

A Comarca da Sertã

 

Os amigos da. “ Gomarea ”

Datada de 31 de Janeiro, rece-
bemos do nosso prezado assi-
nante e amigo sr. José Maria
Teodoro, residente na Roça Pon-
ta Figo (S. Tomé), uma carta
muito cativante, de que nos per-

| mítimos transcrever os séguintes

períodos :,
« «Nesta data mando otdem à

| Companhia Agrícola das Neves,

séde em Lisboa, para lhe man

dar a importância de 25800 para
pagamento da assinatura de «A
Comarca» do primeiro semestre
do corrente ano. Peço-lhe des-
culpa de não ter respondido ha
mais tempo, mas nem sempre ha
oportunidade para o fazer, pois
nestas terras são bem poucas as
horas que temos disponíveis para
cumprir deveres como êste. Não
podendo deixar de aproveitar es-
ta para o elogiar pela maneira
como o nosso jornal, «A Comarca
da Sertã», defende e acarinha o
regionalismo e interêsses dos con-
celhos de que é defensor, ficando
V…. certo que, sempre que pos-
sa, indicar-lhe-ei pessoas que O
queiram assinar. Desejando mui-
tos anos de existência ao vosso
jornal, subscrevo-me com a má-
xima consideração e estima – De
V. .., etc. José Maria Teodoro».

Muito e muito reconhecidos,
agradecemos as palavras de inci-
tamento e apoio moral que nos
são dirigidas e tomamos no de-
vido aprêço o prometido auxílio.

x

+. Osr. João Lopes da Mata, de
Lisboa, indicou-nos, como assi-
nante, O sr. João Rafael da Mata,
da mesma cidade; o sr. José Pe-
dro, do Outeiro da Lagoa, indi-
cou-nos o sr. José da Mata An-
drade, de Lisboa; e o sr. Manoel
dos Santos Carvalho, de Figueiró
dos Vinhos, os srs. drs. Alberto
Teixeira Forte e João Tendeiro e
a Agência do Banco Espírito, da

Muito agradecidos.
ros

“NASCIMENTO

– Teve o seu feliz sucesso, em
29 de Janeiro, a sr.* D. Júlia Sa-
raiva de Campos Neves de Oli-
veira, dedicada espôsa do nosso
amigo sr. Alberto Carlos Neves
de Oliveira, distinto professor
primário em Santo Estêvão – Ta-
vira.

Mãi e filho encontram-se de
óptima saúde.

As nossas felicitações.

Strip o :
Henrique Pires de Moura

Sulragando a alma do bene
mérito sertanense sr. Henrique
P. de Moura, e conforme pedido
do Revd.º Artur Mendes de Mou
ra, de Sernache do Bomjardim,
que à «Sopa dos Pobres», pres-
timosa instituição de caridade lo=
cal, entregou a quantia de 100800,
por nosso intermédio, foi rezada
uma missa na Igreja Matriz, em
8 do corrente, 32.º dia do fale-
cimento, a que assistiram todos
os protegidos da «Sopa» que o
puderam fazer.

; —et-4) 40-—
Pelourinho de Pedrógão
– Pequeno |

4 Junta de Freguesia mandou
proceder ao levantamento do Pe-
lourinho, ha tempo destruído.

As obras ficaram concluídas na
pretérita semana.

Gogh tp

António Farinha Portela

Passou, em 17 do corrente, o

“primeiro aniversário da morte

dêste bemquisto cidadão, pai dos
srs. Manoel Farinha Portela gran-
de benemérito e prestigiosa fi-
gura do Pêso, Antoxino e Amé-
rico Farinha Portela, comercian-
tes em Angola, Eugénio Farinha
Portela e João Simões Portela,
do Pêso,

“Ipressuroso; e se não se sentisse

Cardiguense Tre

Na passada quarta feira, 17
do corrente, faleceu no logar de
Lameirancha, freguesia de Car-
| digos, João Matias, mais conhe-
cido por João Veríssimo, de ses-
senta e seis anos de idade.

Fez parte da expedição co-
mandada pelo Coronel Galhar- |
do, que se cobriu de glória, há

algumas desenas de anos, na

parte o Capitão Mousinho de,
Albuquerque que se celebrisou
no heroico e épico feito da pri-
são do Gungunhana, que está
ainda na memória de todos.

O João Veríssimo tomou par-
te em vários combates em que
as armas portuguesas, sempre
vitoriosas, se cubriram de glória.
Contava êle que na batalha, de
Coslela, fôra ferido um expedi-
cionário, também fiiho de Car-
digos, Manuel Gonçalves — fale-

metropole; — e que os pretos en-
contrados mortos no campo de-
pois da victoria dos portugueses,
eram em tão grande quantidade
que, para passarem as tropas
vencedoras, fôra necesssário em-
pregar algumas manadas de bois
para desobstruirem o caminho.

Também dizia que após a sua
chegada à Africa os chefes da
expedição lhe preguntaram em
que se empregava na metrópole. E
como respondesse que na agri-
cultura, trabalhando com bois, o:
encarregaram de algumas mana-
das dêstes animais, que amansa-
va, colhendo-os a laço. Que um
dia, ao querer subjugar um ani-
mal possante, fôra derrubado;
mas que erguendu-se, o domara,
mas sair de rciresca contuso e
com algumas lesões, de que so-
frera tôda a vida; mas que se
sentia orgulhoso pelos serviços
prestados á Pátria. E que se um

| dia, a Pátria de novo reclamasse |

o sei sacrifício, ele acorreria

com fôrças, mandaria o único fi
lho que Deus lhe dera, para o
substituir.

Também dizia que fora um
dos companheiros de Mousinho
quando êste aprisionou o Gun-
gunhana. Que tendo aprisiona-
do um dos filhos do soba, Go
dide, êste, aterrorizado, dissera
que indicaria o sítio onde se es-
condia o pai, se o não matassem,
a ele, Godide. E tendo-se-lhe
prometido que a vida lhe seria
poupada, levou-os à choça, onde
o Chefe dos Vatuas orava aos
seus idolos, Ao saber o fim com
que O procuravam, disse, procu-
rando ser altivo: .

” — Que emquanto tezava, nin-
guem poderia por-lhe a mão.

Foi então que se deu o lance,
que fez de Mousinho um heroi
celebrizou o seu nome, e contri-
buiu para a completa submissão
dêsses povos revoltosos.

Apraz-nos citar aqui os no-
mes dos conterraneos compa-
nheiros do João Matias, que pela
sua bravura em Africa, e cum-
primento dos seus deveres, bem
merecem es’a homenagem.

Foram :— Manuel de Carvalho
Manuel Dias Rosa e
Manuel Gonçalves.

Este ultimo lá derramou o seu
[sangue no campo da batalha, e
o João Matias, arrúinou a saúde;
mas sem pensões nem recom-
pensa ‘de- espécie alguma, todos
felizes por terem cumprido seu
dever para com a Patria,

Foi ontem o enterro do «Ve.
rissino». Lá foi para o Cemite-
rio acompanhado por algumas
pessoas amigas e pelo sacerdote
que para êle invocava o descan-
so eterno.

Faltaram as descargas d’honra
do estilo quando se trata do en-
terramento de herois; mas não
lhe faltaram as rajadas de neve
e vento a cobrirem, como se
fôssem flores simbólicas brancas,

 

Campanha contra os Vátuas, O
Africa, e de que fazia também |

cido depois do seu regresso àº

ro

 

Temos um passeio público
decente para apresentar — o
Adro da Igreja Matriz — cujo
alindamento se deve à actual
Câmara e isso é alguma coisa
para uma terra que, possuindo
alguns bem bons pela sua ams
plidão, não dispunha, contudo,
de um único nas devidas con-
dições

page egg

realizador do filme que on-

tem se exibia no nosso
écran – Barnabé —- tendo como
protagonista o grande jactor
cómico Fernandel, é o portu-
guês Aires de Aguiar, que ha
bastantes anos reside em Fran-

“ça, onde realizou outros de

nomeada.
—rtef) ag

JUNTA NACIORAL DOS PRODU-
TOS PECUÁRIOS

Inscrição de gado bovino para consumo

Avisam se os interessados de
que as Comissões de Abasteci-
mento de Carnes dependentes
da Junta Nacional dos Produtos
Pecuários recebem, desde já,
inscrições para entrega de gado
bovino adulto e adolescente des-
tinado ao consumo público.

As inscrições serão feitas por
declaração, pelos lavradores e
pelos negociantes de gado, em
papel comum, e delas deverá
constar: Nome e morada do de-
clarante; se é lavrador ou nego»
ciante de gado; número, espécie
€ sexo, raça, idade e pêso limpo
aproximado das reses que dese-
ja inscrever; local onde se en-
contra o gado inscrito; data a
partir da qual as rezes inscritas
ficam à disposição da comissão ;
indicações que deseje fornecer
sôbre a forma de liquidação dos
lofnecimentos: a dc
E rose

 

O petróleo e a gasolina aca-
bam de sofrer os aumentos de,
respectivamente, $15e S$25 por
litro, sendo os seus preços, ago-
ra, de 13875 e 3805.

A pedido do Instituto Portu-
guês de Combustíveis, as bom-
bas distribuidoras de gasolina
devem continuar a ter a taboleta
existente em 26 de Agosto de
1939 com o preço que vigorava
naquela data (28-0) e, ao lado
ou por baixo, outra com os di-
zeres «aumento autorizado $25».
Os vendedores de petróleo de-
vem, igualmente, ter afixado:o
preço vigente naquela data e uma
taboleta suplementar com os di-
zeres «aumento autorizado 815».

Peg 4
Interêsses do Município

No dia 14, o sr. Manoel Fi-
gueiredo Fontaínhas, de Castelo
Branco, ariematou o fornecimen-
to de carnes verdes ao nosso
concelho, durante o corrente ano,
pela importância de 13500300.

— A lírma Lourenço Simões &
Reis, de Lisboa, foi a única con-
corrente à empreitada do calce-
tamento das ruas da séde do con-
celho e esgôtos das águas pluviais
na Rua Cândido dos Reis, cujo
prazo, para a entregaide propos-
tas, terminou em 13 do corrente,

tes os ecos dos rugidos das fe-
ras vencidas nos sertões!
Que grandiosas salvas !
Paz à sua bela alma!
=

Esquecia-nos dizer que a Rai-, A er
| que, pois foi o autor do sermão da

| beatificação do Papa Pio V, (Dicionã-

| rio Bibliográfico ?).

– Ros srs. dr. José de Oliveira Xas –

| vter e João de Oliveira Xavier ap’esen-

nha D. Amélia, à- chegada dos
expedicionários à metropole, ti-

vera palavras muito amáveis:

para o nosso conterrâneo colo-

cando-lhe ao peito uma meda-,
lha, de que muito se orgulhava. ;

Cardigos

 

o ataúde e a ulular nos cipres»

1940-Janeiro, 19 Dil,

 

Sagas

Mais Notas… à Lápis |]

teus foi nomeado arcebispo de Goa,

 

| declarando que: — vocaç
-predilecção, nem queria sôbre si

ERA: RR do cf

=aNecrologia

 

Monsenhor Sebastião de
Oliveira Xavier

Faleceu em 9 do corrente, na sua
casa da Fundada (Vila de Rei), Monse-
nhor Sebastião de Oliveira Xavier,
grande filantropo e amigo dedicadíssi-
mo do seu concelho, onde a sua morte
causou profunda mágoa.

Era irmão dos srs. D. Mateus de
Oliveira Xavier, patriarca das Indias e
dr. Aniceto de Oliveira Xavier, já fa-
lecidos, Dr. José de Oliveira Xavier e
João de Oliveira Xavier, residentes na
Fundada.

Monsenhor Sebastião de Oliveira
Xavier nasceu em 4 de Agosto de 1866, .
contando, portanto, 73 anos Procede
da família Silva e Rodrigues ou Jorge
Rodrigues, em evidência no Pêso em
épocas passadas. Dali casou para a
Re’va, D. Maria Rod igues, que foi
maãi do 1.º capitão da Relva, Bernardo
António Jorge, do sargento-mór de Vila
de Rei, Francisco Aniónio Rodrigues,
do P.º João António Baplistae de Ana
Maria Jórge e Rodrigues, bisavó de
Mer. Oliveira Xavier, que viveu no
Pêso, para onde casou aí por 1730.

Mgr. Oliveira Xavier era espírito
muito vivo; cursou em Coimbra até
1888, época em que, por suzestão de
um seu parente e amigo da família, O
muito virtuoso e ilustre missionário,
P.e Sebastião Apaiício da Silva, ainda
vivo, com quási 100 anos, que vinha do
Oriente e logo para lá voltava, resol-
veu acompanhá-lo com destino à vida
missionária. Deu, por isso, entrada no
seninário de Macau, onde com a cate-
goria de perfeito dos estudos, fez O
curso teológico e foi ordenado de pres-
bítero aí por 1891 ou 1892, Como co-
nhecesse muito bem a lingua chinesa,
o seu bispo, António de Medeiros, en-
Viou-0 para as missões da província

Chinesa de Alinan, onde se demoruu até

1898, data em que seu irmão D. Ma-
teus de Oliveira Xavier, ao tempo rei-
tor do seminário patriarcal de Goa;
tendo sido nomeado bispo de Cochim,
o requisitou para seu secretário. Trans-
ferido para Cochim, desenvolveu ali
grande actividade como professor das
escolas católicas e sobretudo e princi-
palmente na construção da nova e bela
catedral, em substituição doutra que
um tufão tinha arrasado. Por ali se de-
morou cerca de 10 anos, até que, por
morte do grande arcebispo D. António
Sebastião Valente, o seu irmão D. Ma-.

“patriarca

 

tado parnhas responsabilidades. Não se livrou, .
porém, de, durante uns dois anos, set
governador da hoje extinta diocese de.
Damão, por morte do seu último bispo, |

D. Sebastião José Pereira, de Proen=

ça-a-Nova.

Como em 1921 tinha sido, em Roma,
nomeado Protonotário apostólico das
Indias, com a dignidade de Monsenhor,
que tinha anexas, entre outras regalias,
a do uso de mitra branca e a de poder,
aplicar o santo Sacramento do Crisma
nos países missionários, muito lhe va-
leu isso para desempenho das suas no=
vas funções e mais tarde para auxiliar
seu timão, já muito gasto, nas visitas
pastorais da arquidiocese de Goa.

“Em 1929, por falecimento de seu ir-
mão patriarca, depois de regulada a
situação em Goa, resolveu regressar
aos pátrios lares para gozar o merecia
do repouso da velhice, depois de 42
anos de operosa vida missionária, Esta-
beleceu residência na sua casa da Fun-.
dada, onde viv:u ainda uns 10 anos,
bastante alquebrado de saúde. a

Sem: fôrças já para trabalhar, so=-
corria com os seus recursos tôdas as
obras de interêsse local: igreja, cemi-
tério, escolas da sua freguesia; igreja.
do seminário de Alcains, com 45 con-
tos, igreja de Vila de Rei, 20 contos,
posto de socorros médicos cirúrgicos
de Vita de Rei, 3 contos, etc.

| NOTA — Eº o último de uma série
ininterrupta de padres, sobrinhos uns
dos outros, cujo primeiro se crê ter sim
do D. Alberto da Silva, nomeado ars
cebispo de Goa, por Bula de Inocêncio
XI, de 18 de Março, de 1685. Data es- .
ta que se encontra ainda no Pêso numa
lápida invertida na parede da antiga –
casa, que foi solar da família, onde
também estava o escudo e b asão das
suas armas episcopais. Armas dos Silm
vas: um leão de púrpura em campo de
prata; assim se encontra também em
Goa no seu túmulo. Este brasão foi
deitado a baixo por mão sacrílega sob
O pretexto de que ia ser lançado um
tributo a esta matéria colectável, o
que inutilizou uma memó ia veneranda,

D. Alberto da Silva nasceu em 1635
e faleceu em Goa um ano depois de all
chegar em 8 de Abril de 1688. Depois
do seu óbito saíu nomeado, cumulatim
vamente, Governador Geral do Estas

 

do da India, diz a lápida do seu túmus
lo. Devia ser pessoa de grande desta=

tamos as nossas sentidas condo ‘ênctias,

8
Em Sobreira Formosa faleceu o 8r,
Manoel Lopes Pires, ajudante da far»
macia, de 41 anos, casado com a gr,8
D. Maria do Carmo Pires.