A Comarca da Sertã nº161 07-10-1939

@@@ 1 @@@

 

DIRESTOR, EDITOR

 

— — ——— REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
RUA SERPA PINTO-SERTA

Eduardo Parata da Filva Qntia

E PROPRIETARIO |

 

 

PUBLICA-SE AACS SAFRADOS

ace |

 

AVENÇADO

 

EU NB’A DORES
DR, JOSÉ CARLOS EHRHARDT
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ANTONIO BARATA E SILVA
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NA

| BRAFIGA DA SERTA

 

 

 

Largo do Chafariz |-

 

SERTÃ

 

 

“ANO IV
Nº 161

ORA E

 

Notas…

 

 

Conselho Municipal, em
É sua reiinião de 30 de

Setembro, deliberou:

1) Abrovar as bases do orça:
mento suplementar para o cor-
rente ano;

2) Votar iguais bercentagens
adicionais às contribuições do
Estado para a gerência da Cá-
mara Municipal em 1940;

3) Autorizar a venda, em has-
ta pública, de 130 metros qua-
drados de terreno, no Monte de
Santo António, junto ao terreno
de Manuel Nunes Ronpiço.

ODARARRRARREE CADA

& E oscilações de produção de
azeitona de ano par ano,
a escassez de mão de obra, a de-
ficiente capacidade de laboração
dos lagares e ainda por vezes a
“necessidade de garantir a conti-
nuidade do seu trabalho durante
os dias chuvosos, podem em al-
guns casos jushficar uma certa
demora entre a data da colheita
ea moenda da azeitona: Não
convém, porém, como adiante ve-
remos, exagerar éste periodo de
espera, que em casos normais
não deve exceder 4 a 5 dias, sen-
do no entanto variável com o es-
tado de maturação e de sanidade
da azeitona e com os processos de
colheita, limpeza e transporte,

4 apanha das azeitonas, num
estado de maturação excessiva e
por vezes pouco sãs, junta aos
maus tratos a que se sujeitam
com certos processos de colheita
condenáveis, e a um entulhamen-
to prolongado e pouco higiémico,
é quanto basta para que o azeite
resulte demasiado ácido e falho
de iqualidades organolépticas que
o devem caracterizar como ali-
mento de primeira ordem.

Julgam muitos, que na afina-
ção da qualidade do produto
não tem influência a longa con-
servação em tulhas, de azeitonas.
excessivamente maduras e pcr
vezes já deteriorada, ou pelo me-
nos pensam que dessa brática re-
sulta um aumento de rendimento
em azeite.

Tal convicção é absolutamente
errónea conforme provam os tra-
dalhos de investigadores de reco-
nhecida autoridade, e urge desfa-
2é-la, para bem da olivicultura
nacional, indicando os imconve-
ntentes daí resultantes.»

(Do folheto de divulgação «O
Azeite», colheita, transporte e
conservação da azeitona, — da
Junta Nacional do Azeite.)

ney

OI entregue ao Direstor
geral da Fazenda Pú-
blica o produto da subscrição a
Javor da compra do Palácio da
“Judependência, na importância
de 1.223.945$75, incluindo a ven-
da de sélos comemorativos da
Independência de Portugal,

ZÓLIIADOS.

Oleiros, P

Ê

Heldomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarca da Sertã: concelhos de Sertã,
cença-a-Nova e Vila ie Rei; e freguesias de Amêndoa e Gardig

E

 

os (do concelho le Mação )

A.
Outubro

1939

MEDA DORA is

 

 

alma de eleição, figura prestigiosa
de português de lei, o principal
obreiro do ressurgimento na-
cional, o Chefe Querido de to-
; Em dos os portugueses d’Aquem e
d”Além-mar, êsse homem cuja ascendê cia
seria necessário todos a conhecessem, visi-
tou pela segunda vez a Colónia de S. Tomé e
Principe.

Pelis 11 horas de 2 do corrente apareceu

à vista da cidade de S. Tomé, o vapôr «Colo-
nial», que conduzia o Venerando Chefe do
Estado e S. Ex.º o Sr. Ministro das Colónias
e seguindo-o–a-. pouca distância os avisos
«Bartolomeu Dias» e «Afonso de Albuquer-
que», que comboiavam e prestavam a guar-
da de honra a S. Ex.
– Logo que fundeou ao largo da baia Ana
de Chaves, seguiram para bordo a apresentar
cumprimentos de bôas vindas a Sua Excelên-
cia o Senhor Presidente da República, o
Governador da Colónia, Major Sr. Ricardo
Vaz Monteiro, acompanhado do seu chefe de
gabinete, Sr. Jorge Ferreira.

Na ponte-cais e imeliações, ia-se acumu-
lando mriita gente, que vinda de todos os
pontos da Ilha, quási atingiam o dôbro da
multidão que se juntou em 1958, quando da
1.º visita de Sua Excelência. |

– Ouvem-se salvas de bordo dos navios de
guerra. É S. Ex o Sr. Presidente da Repú-
blica que larga do «Colonial».

Principiam chegando gasolinas. Das ca-
nôas, es pescadores, que formam o cortejo ma-
ritimo em dongos, manifestam-se em entusi-
ásticas aclamações, agitando bandeiras e dan-
do vivas.

Sucessivamente veem saindo de bordo
dos gasolinas que atracam e seguidamente se
afastam, várias entidades oficiais, jornalistas
e momentos depois desembarcam as Esposas
de Suas Excelências, o Sr. Presidente da
República, Ministro das Colônias e Governa-
dor da Colônia, a Esposa do ajudante de
carnpo de S. Ex.?, o Sr. Presidente da Repú-
blica, ajudantes e secretários de S. Ex.* o Sr.
Presidente e Ministro. so

A receberam as Esposas de S. Ex.* esta-
vam na Ponte dé desembarque, as Ex.” se-
nhoras que compunham a comissão: D. Al-
bertina Gonçalves, D. Albertina Palma Sales
Gomes, D. Albira da Cruz Alvura, D. Maria
da Encarnação Albuquerque, D. Maria de
Jesus das Neves Graça, D. Maria de Jesus
Correia Lopes, D. Maria José de Albuquerque,
D. Sara Costa Gomes da Silva, além de mui-
tissimas senhoras que se interessavam que
as homenagens a prestar às Ex.”*º esposas
de Suas Ex.* o venera ndo Chefe de Estado e
Mini tro das Colouias, se revestissem daque-
le carinho e entusiasmo próprios da mulher
portuguesa.

As manifestações dos indigenas que se
encontram nas canõas são agora mais entu-
siásticas e vibrantes, transmitindo-se o seu
entusiasmo às pessoas que se encontram em
terra. E’ que se aproxima da ponte o. gasoli-
na onde veem Suas Ex.* o Sr. Presidente da
República, Ministro das Colônias Governa-
dor da Colônia, Chefe da Casa Militar de S.
Ex.?, Chefe do Gabinete de Sua Ex.* o Minis-

 

 

| tro e Secretário de Sua Ex* o Governador,

 

 

“IMPÉRIO CObONIAL PORTUGUÊS

ti DE JULHO DE 1939

A apoteótica recepção feita pelo povo de S. Tomé
a Sua Excelência o Senhor Presidente da República

(Do correspondente de “A Comarca da Sertã” em S. Tomé)

=

Momento deveras impresionantes, êste,
quâsi indescriptivel, a que inclusivé o jorna-
lista foge aos seus deveres profissionais, con
tra o seu desejo, mas para vibrar também
com a multidão nos entusiásticos vivas.

De bordo do gasolina, Sua Ex.* o Sr. Pre-

sidente da República, fazendo a continência,

agradece comovido as manifestações. Palmas,

muitas palmas, inuitos vivas calorosos a Suas
Ex” o Sr. Presidente da República, Minis-
tro das Colonias, a Salazar, ao Estado

Novo, ao Governador, à Colonia, a Portu-

gal, etc.
Suas Ex.Ӽ, que mostram visivelmente a

sua comoção pelo acolhimenta feito, desem .

barcam, e as manifestações redobram, atingem
o auge, quando o Sr. Presidente da Repúbli-
ca desembarca, ouvindo-se os sinos das igre-
jas e das capelas em seus repiques festivos,
associando-se ao júbilo do povo e de tôda a
populacão Santomense, representada pelas
suas respectivas freguesias e Câmara Muni-
cipal, na Ponte. À artelharia de terra salva
a S. Ex.* o Chefe do Estado, que entre a mul-
tidão, consegue a custo sair da ponte acom-
panhado do sr. Ministro, sr. Governador da
Colónia e respectiva comitiva. E

Logo que o Venerando Chefe da Nação
chegou à Praça da República, a Banda da
Mocidade Portuguesa. tocou os primeiros
compassos do Hino Nacional. Sua Ex. passau
em seguida revista às guardas de honra,
composta pelo corpo de Polícia Indigena, co-
mandada pelo seu comandante, capitão Vas-
co Fernandes Lopes, Mocidade Portuguesa,
comandada pelo tenente sr. José Rodrigues
Ricardo e Corpo de Bombeiros, comandado
pelo sr. José Bretes.

Após Sua Ex.* ter entrado no Palácio, as
guardas de honra e as crianças das escolas
desfilaram em frente ao Palácio do Govêrno
em continência a Sua Ex.”

Seguiram-ss: os cumprimentos no Palá-

cio do Govêrno, depois de que teve logar a
ceiimônia do descerramento da placa que dá
ao Pargrme o nome de «Parque Desportivo
General Carmona».
Na rua Silva Lagos, junto ao Parque, faziam
a guarda de honra o Corpo de Polícia Indi-
gene, o pelotão armado da Mocidade Portu-
guesa e do lado contrário o Corpo de Bom-
beiros e os grupos desportivos devidamente
equipados.

Depois d’: uma pequena alocução feita
pelo sr. dr. Alvaro Henriques da Silva na
qualidade de Presidente da Câmara, manifes-
tando o agradecimento de todos pela honra
da visita eo profundo respeito e admiração
pelo muito querido Venerando Chefe de Es-
tado, Sua x.” o sr, Governador da Colónia,
convidou a esposa de Sua Ex.“ o sr. Presiden-
te ao descerramento da placa, o que nova-

mente deu logar a mais vivas, mais aclama-‘

ções que se sucedem como num marulhar de
ondas.

“ Durante o percurso da Praça da Repú-
blica para o Palácio do Govêrno, assim como
dêste para o Parque Desportivo, que foram
feitos a pé, cujas ruas se encontravam ata-
petadas coin musgo verde, das janelas cho-

| (Continua na 4º página) :

 

«a lápis

 

 

S mercados de 4º feira

tém vindo, desde há

tempo, tomando um certo desen-
volvimento, afluindo maior miú-

mero de vendedores, mais fartu-

ra e variedade de géneros.

Dizem-nos, a propósito, que se
u Câmara suprisse, durante de-
terminado longo periodo, o paga-
mento das taxas, a expansão do
mercado, no dia citado, tornar»
se-há considerável, com o que o
público seria beneficiado, por-
quanto se verifica que o mercado
de sábado não satisfaz inteira-
mente a população que dêle, se
serve, sabretudo aquela que não
tem terras de cultura.

Aqui fica exposta a lembran-.
ca, razodvel sem dúvida e que

ficaria bem à Câmara tomar na
devida consideração.

AABRARRERARLAODORAAAAANEETA

A colheita do milho, na nose

sa região, foi éste ano
extraordinariamente abundante.

Escassa é a prolução da uva;
os lavradores, porque as vindi-
mas estão à porta, preparam
cuidadosamente as vasilhas para
a recolha do mosto.

E para o S. Martinho abrem-
se já alguns pipos e fazem-se as
primeiras provas da capitosa e
aromática dgua-pé, com as cas-
tanhas assadas à mistura, uma
petisqueira convidativa a que
se não resiste!

Corre agora o tempo de feição
para a agricultura e consola nos
ver as ohveiras carregadinhas de

fruto, a maior riqueza dos nos-

sos sítios.

(Retardado)

ARARAS,

“vontade e mais consi-
deração belo-público, não podia
a Eléctrica dar-nos luz ao anoi-
tecer e não esberar que a. noite
fechasse?

Verifica-se esta triste coisa;
cada vez estamos pior servidos
de luz eléctrica e não há casa al-
guma que se dispense da necessis
dade de possuir, em mobilização
permanente, candeeiros de todos
os géneros, formas e fritios, O

E um poucochinho de boa

que causa prejuizos e transtornos *

de tóda a ordem. Quando a luz
aparece nus ruas, já a vila está
há muito, na moór parte das ve-
ses, mer gulhada em escuridão.

O gre custará preparar tudo

na Central para que haja luz

eléctrica antes de desaparecer a

do dia?

Não será tempo de acabar com
tanto desmazêlo ?

Bem prega Frei Tomaz…

FDA AO

Este número foi visado pela
Gomissão de Censura
de Gastelo Braugo

 

E +Braugo

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ese e im dg mt Sim

A COMARCA BD: A.

 

 

ANUNCIO

(1.º Publicação)

No dia 15 do próximo mez de
Outubro, pelas doze horas, à
porta do Tribunal Judicial desta
comarca, se
arrematação do imóvel abaixo
descrito, penhorado na execução
fiscal administrativa, em que é

exequente a Fazenda Nacional e

execuentado Fernando Mateus
Muralha, casado, morador nu
cidade de Lisboa a saber:

O direito e acção d quinta par-
te deum campo que compõe de
terras dd cultura, oliveiras, cas-
tanheiros, pinheiros, outras dr-
vores, mato e casas, currais e
palheiros, sito na Povoinha ou
Lameira, freguesia e concelho de
Oleiros. Inscrito na matriz pre-
dial da freguesia de Oleiros sob
o artigo 14.711 -A- desoito desa-

* uove avos. Vai pela primeira vez

à praça no valor de oito mil
quinhentos sessenta e um escudos
evintee cinco centavos — 8.561825

São por êste meio citados
quaisquer credores incertos

– para assistirem à arremata-

ção nêste anunciada.

Sertã, 31 de Julho de 1939
É Verifiquei
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
O Chefe da 3.º Secção, interino,
Armando António da Silva

 

 

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TOMAR ||

 

 

 

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VINCI

A Junta Nacional do Vinho
tem como missão, zelar os
interêsses da vinicultura.

Em anos de abundância, co-
mo o de 1938, foi com a Junta
que os vinicultores se encon-
traram; se não fôsse a sua
acção decisiva, terieis vendido
o vosso vinho por uma ridi-
cularia, mas a J. N. V. veio
em vosso auxílio tomando as
necessárias providências.

Facilitou-vos os financiamen-
to, estabelecendo prêços justos-
e deixou-vos a liberdade de
venderem o vinho a quem
mais oferecesse no mercado
livre, compremetendo-se a re-
eebê-lo no caso de o não te-
ren conseguido.

Se não fôsse a acção da
J. N. Y. terieis sido forçados
a entregá-lo por prêços irri-
sórios, que nem sequer cobri-
riam as despesas feitas com os
amanhos culturais.

A Junta tem-vos dado sem-
pre com a melhor boa vonta-
de, a assistência “técnica de
que tanto necessitais, porém,
esta, nem sempre tem sido
«compreendida por alguns vi-
nicultores, os quais julgam
que para a obtenção de um
bom vinho basta a aplicação
das correcções prescritas pe-
los técnicos, e isso não é o
suficiente.

Para que a presente cam-
panha seja coroada de pleno
êxito, há que proceder imedia
tamente e com o maior cui-
dado, à limpesa e desinfecção
do vasilhame e do restante
material vinário e na devida
altura fazer as necessárias
correções dos mostos. Evitais,
assim, que, se repita o sucedido,
no ano passado, em que mui-
tos vinicultores tiveram de
entregar os seus vinhos à
Junta para os distilar, em
virtude de se terem alterado,
o que em grande parte teriam
– evitado se oportunamente ti-
vessem procedido à conveni-
ente lavagem do vasilhame
e à desinfecção e correcção
das suas massas vinárias. E,

assim, aconteceu que vinhos |

da última colheita entregues
à J. N. V. com destino à quei-
ma, foram pagos por. prêço
inferior aos que poderiam ter
sido se fôssem para consumo,
por exemplo.

À Junta por um vinho bran-
co ou palhête com 12.º, desti-
nado à queima, pagava 8440
cada duplo (20 litros), e pelo
mesmo vinho aprovado para
cônsumo, 9436, havendo, por-
tanto, uma diferenca de 496
por duplo, o que em grandes
airoeno é bastante apreciá-
vel.

Atendendo a estas ea ou-
tras circunstâncias a J. N.V,,
a exemplo do que tem feito
nos anos anterióres, envia
junto dos vinicultores interes-
sados técnicos que lhes pres-
tarão GRATUITAMENTE tó-
da a assistência necessária.
Eles vos ndicarão cono de-
veis tratar do vasilhame,
quais as correcções de mostos
a fazer mediante o resultado
de análises, enfim, todos os
esclarecimentos de que neces-
sitardes.

Nenhum dêstes serviços é
pago, e sempre que dêles ne-
cessiteis não tendes nais que
dirigir-vos às Delegações ou
Agentes Concelhios para pre-
venirem os técnicos, os quais
se deslocarão às vossas ade-
gas sem qualquer dispêndio
para vos.

: Tomar, 10 de Setembro ide
1939.

Ds Regentes Agrícolas

José Alves Mousinho Almada- |

nim
Henrique Caeiro Fernandes

flfranés da

Comarca

 

 

Festa a Santa Rita

CASTELO, 12 — Foi muito concorrida e decorreu na
melhor ordem esta festividade, realizada no dia 3 do: cor-
rente na linda capelinha junto da povoação dos Moleiros,
que, à sua padroeira consagra enternecida e parti ular de-
voção. :

Houve missa solene acompanhada a órgão e canto,
sermão, procissão e ladainhas.

O sermão foi pregado pelo Rev’º P.º Hipólito Gonçal-
ves, que se houve muito bem e com geral agrado de tôda a
freguesia, que, tem pelo seu zeloso Pároco a mais dedicada
estima,

O arraial encontrava-se bem ornamentado com ordem
e bom gosto, bem como as barracas da quermesse e das fo-
gaças.

Na da quermesse notámos muitos e vistosos brindes, e
ua das fogaças algumas de valor.

filarmónica do Carril que satisfez plenamente.

Com vista aos Srs, mordomos devemos dizer que cau-
sou reparos, e justos, a extravagante ideia do fogo preso,
que, contra os mais elementares principios e regras da
coerência e mais alguma coisa quer de motu próprio, quer
de encomenda, nunca se devia ter levado a efeito sem pré-
vio conhecimento do respectivo pároco.

Parece-nos.

Ou não?

Modo de ver, talvez — mas que não deixaremos pas-
“sar sem o nosso protesto, na qualidade de paroquiano do
Castelo.

Bem sabemos que foi queimado a determinada dis-
tânciá da capela, mas é certo que, atenções sendo sempre
bem cabidas; nunca ficam mal a ninguém, sobretudo quan-
do devidas. E o nosso prestigieso qároco bem as merece pe-
lo seu aprumo moral e religioso.

Diversas

Este ano têm afluido a esta freguesia muitas famílias
de fóra, umas naturais, a matar saudades dos seus — ou-
tras estranhas, atraídas pelos bons ares e águas de que a
nossa previlegiada região é pródiga,

— Encontram-se: No Mourisco, acompanhado de sua
esposa, que, daqui é natural, o nosso bom amigo st. Aniónio
Rafael Ferreira, um dos mais antigos e ilustres redactores
do «Século», O nosso amigo conta nesta freguesia as
maiores simpatias e sincerissimas amisades,

Na mesma localidade, o snr. Abilio Matias, acompa-
nhado de sua esposa e filha, z

Na Povoa da Ribeira Sardeira, a passar algu nas sema-
nas com sua mãi e avó, as snr.’* D. Maria e D. Mariana
Bianco, esposa e filha do nosso bom amigo snr. Cândido
Blanco.

Na mesma localidade, acompanhado de sua esposa,

Durante o dia e noite foi o arraial abrilhantado pela:

 

(N9TISIARIO DOS NOSSOS CORRESPONDENTES)

o nosso amigo sr. António Luiz da Silva.

Nos Moleiros, o snr. Francisco de Sousa Cunha e espo-
sa —na Arnoia, o snr. José Andrade Santos, aplicado estu-
dante do 6.º ano dos liceus, e as meninas Maria do
Patrocíno, Maria do Carmo e Maria Tereza, filhas do nosso
amigo Sr. José Andrade; na mesma localidade, a Sr.? D.
Carlota Silva acompanhada das interessantes meninas Maria
Adelaide e Maria Luiza, sua neta e sobrinha —na vivenda
«Guida» em casa de seu tio Dr. José António Ferreira, o Sr.
Dr José Teixeira, que, êste ano, concluiu com muita distin-
ção a sua formatura na Faculdade de Direito — no Castelo,
a Sr? D. Maria de Oliveira Baptista, esposa do nosso amigo
Sr. José Baptista de Lisboa. C)

x
ESSO

MADEIRÃ, 21 — Quando ontem cerca das 16 horas
regressava de uma sua propriedade, foi acometido de uma
congestão celebral, o Rev.º Pároco desta freguesia Sr. P.
Manuel Tomé da Silva, E

O enfermo que foi encontrado caído no caminho, foi
conduzido a sua casa, sendo hoje socorrido pelo Sr. Facul-
tativo Municipal interino deste concelho. à

Desejamos ao ilustre enfermo um breve restabelemento,

Falecimento

Faleceu na Vinha Velha, o sr. Alexandre Alves Bara-
ta, casado, proprietário.

O seu funeral que se realizou ontem, constitufu uma
verdadeira manifestação de pesar encorporando-se no prés-
tito numerosas pessoas, não só da freguesia como de fó-

Chefe de família extremoso, deixou na maior desola-
ção a sua esposa e seus filhos, Sr. Alberto Alves Barata e
D. Amélia, Ermelinda e Maria Amélia.

c
Ponte sôbre o Zêzere

MADEIRA, 21 — Como oportunamente noticiámos,
foi feita uma subscrição pública, para ss levar a efeito a
construção de uma ponte para peões, no sitio da Cossarã,
limites desta freguesia e de Portela do Fojo.

Essa subscrição, não tem tido o êxito que se esperava,
mas, a comissão não desanimou e assim já den início aos
respectivos trabalhos de construção, erguendo se já nas
duas margens do Zêzere, os respectivos pilares.

um melhoramento muito importante e assim apela-
mos para tôdas as pessoas amigas das suas terras que são
beneficiadas com este melhoramento, para que concorram
com o possível para que a comissão possa levar ao fim o

 

seu empreendimento,
(C.)

 

no.

ENCOMENDAS

CHE L., que lhe garante a
modicidade de preços, segu-
rança e rapidez e a certeza de

Doc0L

FAÇA À EXPEDIÇÃO DAS SUAS | ros, Alvaro e Pedrógão Peque-| salves Rei, do Mourisco; João

Lopes da Mata, dc Lisboa e
Luiz Martins. de Proença-a-

Telefones n.º: Sertã, 5; Ser-, Nova.
por intermédio da COMPA- | “ache. 4; Tomar, 70; Santa-
NHIA DE VIAÇÃO DE SERNA- rém, 200; Lisboa, 4 5508. Es

ososaa Carreira de Camionetes de pas-

Muito obrigados.

sageiros entre Sertã e Figueiró

que elas chegam ao seu desti-
no sem o mais leve dano.
Consulte o nosso escritório
em Sernache do Bomjardim e
qualquer dos nossos agentes
do percurso de Lisboa à Ser-
tá, em Proença-a-Nova, Olei-

 

Os amigos de “A Comarca”

Tiveram a gentileza de nos
indicar novos assinantes os
nossos amígos sra. Manuel Jo-
sé, do Caramulo; José Antu-
nes Amaro, da Várzea (Pe-
drógão Pequeno), José Gon-

 

dos Vinhos

Deixou de ser agente na Ser-
tã, da Empresa concessionária
daquela carreira, o nosso amigo
sr. Manuel António, comerciante,
tendo sido substituido pelo sr.
Adrião Farinha.

 

Sob os mal firmes pês
E soltas para o fundo

 

 

se desagrega a terra

O CALVÁRIO

Ao alto de um cêrro ingreme, escalvado e pardo
Adonde sô viceja-—e desoladamente
A rama da carrasca e a folha hostil do cardo;

Revelação abrupta e trágica e óbumbrante
Em cuja penedia aspêrrima e mordente
Jamais se viu e ouviu que um passarinho cante…;

Que ao escalá-la alguém-curvado, exausto, arfando —

as pedras vão rolando.. ;

Está pregado ao vil suplício de uma cruz
—Sob o céu mudo e longe… e Sob o sol jocundo—
O que ensinava o bem, perdoando o mal -Jesus.

Ao cimo de inimiga e desafiante crista
Que quanta mais luz tem, mais dá sinistra guerra,
Mais apavora todo o coração e a vista…;

O dôce e novo Deus do amargo e velho mundo!

AUGUSTO GIL

1

Cobranças

os recibos respeitantes aos
nossos presados assinantes de
Lisboa e dentro em pouco re-
meteremos, também, para o
correio, à cobrança, os dos
nossos estimados assinantes
da Provincia e Comarca (lo-
calidedes por onde é possível
cobrá-los), contando, nós des-
de já, com o melhor acolhi-
mento de todos, evitando de-

vados prejuizos.

Pedimos áqueles que resi-
dem em localidades onde não
existe estação para manda-
rem fazer o pagamento logo
que recebam o respectivo ayvi-
so da estação que serve a sua
área.

Finalmente devemos infor-
mar todos os nossos amigos e
assinantes que não permitindo
a Administração Gera! dos
Correios, Telégrafos e Tele-
fones, o envio de recibos com
unidades de centavos dife-
rentes de O ou 5, vimo-nos
forçados a substituir os ha-
bituais recibos de 9499, cor-
respondente a 18 números,
por 11400 escudos, correspon-
dentes a 20 números; desta
forma não hã qualquer pre-
juizo para os nossos assinan-
tes, subsistindo 1$00 para
despesas de cobrança, como
anteriormente, Verifica-se que
o escudo de diferença, nos
actuais recibos, abrange mais
dois números.

ODORPAREEA OD DRGRA EE OODADDAAREO CATANO CREAM RAEM

Festas em Proença – a – Nova

As;srandes festas que se
realizaram em Proença-a-No-
va, domingo e segunda feira,

| 24e 25 de Setembro, a que fi-

zemos devida referência, pro-

tante prejudicadas com a chu-
va quecaiu no último dia, e,
por tal motivo, o desafio de
futebol entre os grupos da
Sertã e daquela vila esteve na
iminência de não se efectuar.
O resultado foide 3a 2a ta-
vor do team sertaginense.
Daqui bastântes pessoas
acompanharam os jogadores,
assistindo, ainda, a alguns
números dos festejos.

ogd900000090 DG0DYCODDDRO dGnDaADOnDaAM

Nascimento

No passado dia 26, em Tomar
teveo sei bom sucesso dando
à luz uin interessante rapazis
nho, a sr? D. Maria Ilda Ga-
meiroó de Almeida Barata Cor-
rêa, esposa do nosso patrício
e distinto notário naquela ci-
dade sr. dr. José Barata Cor-
rêa e Silva, irmão do nosso
Director. .

Mãi e filho passam bem.

Aos papás daqui enviamos
os nossos sinceros parabens,
com votos de mil felicidades,
para o Bébé, jue vai chamar-
se José Eduardo.

Este número foi visado pela
Comissão de Gensura
de Castelo Branco

AADODDALAESDDRLREED EAR ADA GAR COVARDE LALERAEAEAAEEAEAADEEA GOOD AAA

Postais ilustrados

[Com vistas da Sertã

á venda nesta redacção

 

Já enviâmos para o correio

voluções que nos causam ele-.

movidas pelo Grémio Recrea-.
tivo Proencense, foram bas- |

eme de ne PASO SE

@@@ 1 @@@

 

pesca

ms gen ei a imp

pa e

Eres e ag

Ea
Eu
fi

 

e mmegan nom copos va

 

 

“A COMARCA DA’ SERTA

 

 

 

A acção de “A Co-
marca da Sertã”

Lisboa, 6 de Setembro de
1939

…Sr. Eduardo Barata da
Silva Correia—Diírector de «A
Comarca da Sertã»—Sertã

.«. Senhor

A Comissão de Melhora-
mentos pró-Freguesia aa Cu-
meada, na sua última reunião
apreciou a forma como o jor-
nal da directoria de V… se
ocupou dos assuntos tratados
por esta Comissão junto dos
Senhores Governador Civil
do Distrito, Presidente do
Município e Delegado Espe-
cial do Govêrno.

E com a mais viva satisfa-
ção que os signatários vêm
dar público testemunho do
seu agradecimento às entida-
des superiores do seu distri-
to, .pelo bom acolhimento

-que se dignaram dispensar a

esta Comissão; bem assim o

“interêsse com que acolheram

as tão justas como modestas
pretenções que formulámos
em nome da freguesia da Cu-
meada,

Esta Comissão sabe que
todos os problemas de inte-
rêsse regionalista merecem
a melhor atenção e solicitude
por parte de «A Comarca»; e
os cumeenses residentes em
“Lisboa, por intermédio desta
Comissão, agradecem a V…
a hospitalidade concedida
a todos os assuntos que se

prendem com a sua acção

Com os protestos «da nnssa
muita consideração nos subs-
creyvemos de V. Ex. Atº Mt.

ob..

Manuel Luiz Rosa
Eugénio Nunes Farinha
António Joaquim Marques

José Pedro Pires

Antônio Nunes
Jacintho Pedro

% x o

O Sr. Joaquim Nunes, pro

prietário da Casa Triunfo, de

Lisboa, em carta que nos es-
creveu em 10 de Julho, elogia
“o nosso estôrço em defesa do
progresso e grandeza da re-
gião que servimos, tendo em
mira o bem-estar de todos os
conterrâneos.

Mostra a sua gratidão por
nos termos interessado, a
seu pedido, pela criação de um
posto escolar no Viseu Fun-
deiro, que tam grandes bene-
fícios traria às criancinhas e
que se encontra há meses a
funcionar, por sinal em casa
do signatário, segundo diz.

x x xa

Escreveu-nos do Pará, onde
reside,o Sr. Antônio da Silva,
testemunhando a sua satisfa-
ção pela reportagem da fre-
guesia do Pêso, donde é na-
tural e diz não ter palavras
com que possa exprimir a
sua tam grande alegria por
ver enaltecida a sua querida
terra natal, terminando por
pedir a Deus que conserve o
nosso jornal por dilatados
anos.

O

Festas da Cava

Em 1 do corrente ttveram lo-
gar na Cava as tradicionais
festas religiosas a S. Miguele
Santa Justa, dando o seu
concui’so a Filarmônica Olei-
rense.

800008000045080000000000800000000090

instrução

Foram criados postos esco-
lares em Vale do Souto, fre-
guesia do Mosteiro e Estevez,
freguesia do Peral.

 

I

 

“Império Colonial Português

(Continuação da 1.º página)

viam flores, mostrando-se sempre intensa vi-
bração patriótica, sucedendo-se as: aclama-
cões impeteosas, arrebatadoras, numa apo-

teose a Sua Ex? o Sr. Presidente da Rzpú-

blica, sendo assim uma marcha triunfal ta-
petada de flores que das janelas eram lança-
das, sendo por vezes acariciadas algumas
criancinhas pelo Sr, General Carmona, que
sensibilisado e comovido, nêsses entes pe-
queuninos testemunhava a sua gratidão e sa-
tisfação.

Depois desta cerimónia, seguiram Suas
Ex,’* e comitiva para o Morro da Trindade,
onde no Chalet do Govêrno, foi servido o
almôço.

Os jornalistas seguiram, uns para a Roça
Aguá-Izé, outros para o Rio do Ouro, de on-
de regressaram satisfeitissimos, como sem-
pre assim sucede aos que visitam essas pro-
priedades, a primeira administrada pelo sr.
João Antunes Amaro e a seginda pelo sr,
Antonio Manuel da Fonseca, roças modelares
e que caprichâm por bem receberem.

Cortejo Alegórico & Parada Agro-Pecuária

 

Verdadeira marcha triunfal, apeteótica,

foi o dêste cortejó, durante o qual o Vene-
rando Chefe do Estado foi constantemente
vitoriado.. –

O Sr. Presidente da República saiu do
Palácio do Govêrno para a tribtna levanta-
da na Avenida Antônio José de Almeida, nu-
na vitória forrada de seda branca e puxa-
da, por uma parelha de éguas, cedidas para
êsse fim pela Companhia da Ilha de S. Tomé.
No percurso, que seguiu pela Rua General
Calheiros, Praça da Repúbiica, e Rua Can-
dido dos Reis, o carro presidencial foi pre-
cedido de batedores e ladeado por dois ca:
valeiros à estribeira e escoltado por um
grupo de cavaleiros.

Depoís da chegada de Suas Ex. à Tri-
buna, teve início a abertura do desfile do

gado com o jôgo de cabrestos e uma manada |.

de touros pretos, seguindo-se:

1.0 — Desfile de gado bovino mirandez,
alentejano, turino e mestiços criados na
Colônia.

– 2º — Desfile do gado eguariço de cria-
ção em manada e estabulalo. conduzido à
mão e grupos de poldros e poldras.

-3.º — Gado muar.

k.º — Gado asinino,.

Terminado o desfile do gado, iniciou-se
o cortejo dos carros alegóricos, da ‘ agricul-
tura, com os seus respectivos ranchos, pre-
cedidos peles Bandas de Música.

Apresentou a Companhia da Ilha de S.
Tomé os seguintes carros:

“Uma serraria com uma tora de madeira
e respectivas serradores, fazendo tâboas com
serrões. ;

Uma oficina com os respectivos barcos
de carpinteiros e aparelho de tornear ma-
nual, levando o pessoal trabalhando.

Taboleiros de secagem de cacau ao sol
com coberto para guarda dos mesmos,

Um secador de lousas, com fornalhas
para lenha, funcionando com ancinhos.

Um separador tarára para café.

“Um carro com quatro colunas, as
quais eram encimadas por uma enorme cápsu-
la de cacau, dentio dela indo umas rapari-
gas (mulecas) que atiravam flôres e bom-
bons para a Tribuna.

A Roça Agua-lzé, apresentou uma ca-
mionete, representando o mato com os ser-
viços da colheita e quebra de cacau,

A Roça Vila Conceição, uma camionet.,
com a máquina descascadora de banana, do
invento do proprietário da mesma Roça. –

A Roça Milagrosa, um carro represen-
tando o mato com diversas árvores.

A Roça Monte-Café, montado numa ga-
lera, um enorme açafate, cheio de fruto e
enteitado com flores, bonito trabalho e que
revelou esplêndido gôsto artístico,

A Roça S. Nicolau, uma camioneta, re-
presentando o mato com uma plautação de
quinas. se

A Comissão das Festas, num carro apre-
sentava uma Praia com uma cubata de an-
golar, uma palmeira derrubada e a respec-
tiva canôõa de pesca com o seu pescador
dentro. E
A Roça Laranjeira e Roça Diogo Nunes,
propriedades do sr. Elias Lopes Rodrigues,
apresentava ntm carro a apanha e fabrica-
ção do andim e azeite de palma e numa ca-
mioneta, a fabricação da aguardente pela
cana sacarina o respectiva destilação, com
trapiche, etc.

A Companhia Agricola Ultramarina, uma
camioneta, guarnecida de cacau e com sa-
caria pronta para embarque, empilhada.

Seguiram-se três carros da Sociedade
Agricola Val-Flôr, Limitada, representando;

 

1.º — A Roça Rio do Ouro, numa camio-
neta, a pilação de café, constando de: máqui-
na despolpadôra, classificadora, ventilador
e peneiro e por fim a mesa de escolha com o
respectivo pessoal.

02º —- A Roça Bela Vista, numa camio-
neta, máquina de palma, com esterilizador,
separador de andim, elevador para o mesmo,
despolpador, prensas, filtros e saída limpido
pronto para embarque.

O 3.º —A Roça Diogo Vaz, representada
numa lancha (a Val-Flor) pelas quais são
feitas as conduções marítimas, dada a distân-
cia a que se encontra aquela propriedade.

-. Estes primorosos e admiráveis trabalhos
foram da autoria do sr. Conde Moura Trin-
dade, distinto mecânico da casa Val-Flôr e
artista muito hábil,

De todos os outros carros, com excepção
do da Companhia Agricola Ultramarina, fo-
ram incansáveis de trabalho e bom gôsto em
tudo o que se viu.

Às constantes manifestações eram trans-
bordantes de alegria, de sincero entusiasmo
e reconhecimento. S. Tomé, vivia suas horas
de intensa vibração patriótica, ue recónheci-
mento pala honrosa visita, que, pela segunda
vez, fazia o Venerando Chefe do Estado a
esta Colónia, mostrando nas suas manifesta-
ções a sua gratidão, o seu portuguesismo.

Findo o desfile cios carros, regressou
Sua Ex.* o Sr. Presidente da República,
acompanhado de S. Ex.” o Ministro e Go-
vernador da Colónia, da Tribuna para o Pa-
lácio com o mesmo cerimonial da chegada,
seguindo pelas ruas António José de Almei-
da, Avenida Barão de Agua-lzé e Largo Vas:
co da Gama (Palácio). –
| E, mais uma vez, todos unidos, como se
um só fôssem, soltam vivas calorosos duran-
te o trajecto de Sua Ex.”, vivas frenéticos e
emocionantes. As aclamações atingem o de-
lírio.

Depois do banquete no Palácio do Go-

verno, tee logar pelas 22 horas o cortejo lu-

minoso, que foi de um realce e luzimento
entusiasta. Mais uma vez os Senhores Presi-
dente da República e Ministro das Colônias,
numa demonstração da coesão que une to-
dos os portugueses para uma ipaíior eleva-
ção da Pátria foram deliranteimmente vitoria-
dos pelo povo, componente dêste grandioso
cortejo.

Abria o terno de corneteiros do Cor-
po de Polícia, seguindo-se a Câmara Muni-

cipal e autoridades adininistrativas, funcio-

nários, Associação Comercial e Industrial,
Associação dos Empregados «io Comércio e
Agricultura, Colonos, Banda «la Mocidade,
população escolar da (idade e Freguesias,
população escolar da Associação de Socorros

“Mútuos da Trindade, Banda de Bonibeiros

Csrpo de Bombeiros, Associação de Socorros
Mútuos da Trindade, Associações Des porti-
vas, Porta-Estandartes e réspectivas escoltas
das 1i freguesias, população da Colônia e
respectivos grupos musicais e regionais,
Corpo de Polícia Indigena.

O Senhor General Carmona e Senhores
Ministro das Colônias e Governador da Co-
lônia, com suás esposas, agradeceram das
janelas do Palácio essa demonstração de ca-
rinho, dando ensejo a delirantes ovações de
todo o povo que assistia e estacionava em
frente ao Palácio.

A” frente do terno de corneteiros dirigia
o itinerário, uma carrinha tôda iluminada a
capricho pelo Chefe dos Serviços Eléctricos
da Colónia, sr. Camilo Mangeon e na qual

seguia o. seu proprietário sr. Amilcar Mar-

tins, secretário da Administração do Concelho.
Assim terminaram por cerca das 24 horas
com êste cortejo, os festejos do din 2 do cor-
rente, em honra dos Senhores Presidente da
República e Ministro das Colónias.

Dia 3

 

“A’s 11 horas, teve logar a cerimónia do
descerramento da lápide e retrato na sala de

– Lavores Femininos D. Maria do Carmo Viei-
ra Machado.

À’s 13 horas, foi prestada homenagen a

SALAZAR no Hospital Central Dr. Oliveira

Salazar e seguidamente o descerramento da
lápide e retrato na Maternidade D. Maria do
Carmo Fragoso Carmona, actos a que assisti-
ram Suas Ex,’* os Senhores Presidente da
República e Ministro das Colonias.

– – Pelas 15 horas, na povoação do Pantufo,
assistiram Suas Ex.”º, suas esposas e tôda a
comitiva à grande festa cívica e religiosa, à
vigorosa Paráda do Trabalho, ao Desfile dos
Operários e trabalhadores eà homenagem
prestada a Viaira Machado no Bairro Doutor
Francisco Vieira Machado.

Esta homenagem traduziu o agradeci-
mento da Colônia à orientação governativa

 

de Sua Ex.º em benefício de
S. Tomé e Principe, e parti-
cularmente à iniciativa da
construcão do bairro da po-
voação maritima do Pantufo,
que se deve ao mesmo Exmº
Senhor. Nas manifestações
que se fizeram naquela po-
vonção, mostrou-se que na
Colónia existe o verdadeiro

espirito missionário que sem-.,

pre presidiu à obra da colo-
nização portuguesa, motivo
porque se realizou uma para-
da de trabalho e cânticos re-
ligiosos.

O sr. Presidente da Repú-
blica, chegou à povoação do
Pantufo por cerca das 16 ho-
ras, acompanhado pelo sr,
Ministro das Colônias e pelo
sr. Governador da Colônia.

Chegado à Tribuna, explen-
didamente ornamentada e a
fino gôsto decorada, Sua Ex.*
ouviu uma alocução feita pe-.
lo tenente sr. José Rodrigues
Ricardo, que das obras foi
incumbido como capitão dos
Portos, interino.

Esta versou sôbre o si-
gpificado da homenagem
prestada ao Ex.Ӽ Sr, Minis-
tro, o interêsse dispensado à
população nativa com a conse
trução da capela e do pri-
meiro bairro que em S. To-
mé e Principe se levanta pa-
ra os seus naturais.

O sr. Capitão dos Portos lou
as seguintes palavras que se
encontravam escritas em gran-
des letreiros: — Deus— Pátria
—Tradição— Autoridade —Fa-
milia — Trabalho — que pela
população foram repetidas u sa
a uma.

Finda esta alocução foi
prestada homenagem à Ban-
deira Nacional, icada num
mastro colocado no lar-
go principal e em frente à
Tribuna, ocasião essa em que
foi entoado o Hino Nacional
pela população, acompanha-
do pelas Bandas de Música da
Mocidade Portuguesa e ds
Corpo de Bombeiros.

Terminada esta cerimônia
procedeu-se ao descerramen-
to da lápide que dá ao bairro
o nome do «Doutor Vieira
Machado».

O descerramento da lápide ;

foi feito pela esposa do sr.
Ministro, por convite do lix Mº
Sr. Governador da Colonia, à

qual assistiram Suas lix.* da .

Tribuna.

Seguiu-se uma alocução pe-.

lo Missionário Martinho Pinio
da Rocha, traduzindo o senti-
mento cristão dos portugue-
ses naturais de S Tomé e
Principe, o seuamor á Pátria
e à tradição, mercê da acção
missionárin protegida e im-
pulsionada por Sua Ex.º o
Governador da Colonia:

Terminada a alocução fize-
ram-se ouvir cânticos religio-
sos entoados por tôdas as ii-
mandades.

Em seguida desfilaram pe-
la frente da Tribuna todos os
operários e trabalhadores que
formam a «Grande Parada
do Trabalho».

Finalmente realizou-se a ce-
rimonia da bênção das canda;
dos pescadores, e terminada
esta cerimonia religiosa, Suas
Ex.’* retiraram-se da Povoa-
ção do Pantufo por cerca das
17 horas, seguindo para o Pa-
lácio do Govêrno, de onde sai-
ram para embarcarem para
bordo pelas 13 horas.

À ponte estava repleta de
gente, tendo o sr. Presiden-

te da República uma afectuo-.

sa despedida por parte do po-
vo de S. Tomé, ao embarcar
para prosseguir a sui viagem
para a Colonia de Moçam-
bique.

009808000 4200U02G0DGO osdordoaaddasca

Beneficência

Para os pobres, nossos pro-
tegidos entregou-nos o sr.
General Couceiro de Albu-
querque a quantia de 25%00.

Agradecemos, muito reco-
nhecidos,

 

 

 

 

 

j
»