A Comarca da Sertã nº137 08-04-1939
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RECTOR, EDITOR
— Êsluanto Parata da Tina Correia
= | REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO — Ea |
À SERPA PINTO SERTA’ |
E PROPRIETARIO
ua,
des
Ceiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei; e freguesias de Amêndoa e Cardigos (do conce
DR ANG
ANTONIO: BARATA
BARATA CORREA E SILVA]*
EDUARDO BARATA BaSILVA CORREA)
DR. JOSÉ
domadário regioualista, independente, dejancor dos interêsses da comarca da Serta; concelhos de Sertã,
o de Ma
EE
pitas…
MASSA hoje muis um ani-
me-sário da Batalha de
, em que trobas portuga
ara O Sem valor co
oÃsmo, oferecendo resistên-
mos telões no seu brutal
“Não o conseguiram re-
onque foi desencadeado
1a violência esmagadora,
nóle entraram forças ex-
dindriumente superiores, ao
que as nossas, munerica-
pequenas, eram restos de
ão, que hnvia suportá-
diversas vezes, longa per-
na nas trincheiras. Mas,
antes mostraram que
cumprir o seu dever
“trágicas circunstâncias.
oi inútil o seu sacrifÃcio
Humanidade e para a
ação.
E: ,
| Pátria contempla, altiva, o
rço daqueles que a honra-
sa luta tremenda.
Fuemo-nos, respeitosos, pe-
a memória daqueles que
ram para sempre no 9 ce
7 que se feriu uma das
“batalhas da Grando
onde entraram soldados
DRA PARARAGMAAAAO
FONSTANTEMENTE se
verificam actos de van-
o nas nossas | estradas:
cos partidos e derrubados,
arrancadas e arremessa-
para longe, ber. as revolvi-
Pe estragadas pelos rodados
‘ ros e mesm taboletas des-
ja liro e à pedra, tudo re
do uma fúria de destruição
ninosa e revoltante, que me
issimo castigo.
Descobertos, em qualquer tem-
os autores destas broezas, há
lhes aplicar rigoroso castigo,
O nunca mais se acaba com
la maldade, que só nos enver-
tudo isto se vê mais que
cia: uma faltajde edu-
e civismo que só a escola
qa
À feita a ligação da es-
pa de io Ama-
a estrada nacional. Cons-
lo depois o edificio para «
ão e arrecadação das
Públicas e seu parque no
cemitério e feito que seja
desuo aquele edificio até
a da estrada, ao longo da
da, como está projectado;
ficará aquela entrada da
ue a J. A. E. tem alinda-
l arvores e roseirais,
lho constante, metádico
, digno de admiração e
a E se
Ee
Colégio de Instrução Secundária na Sertá
SCREVEU o sr. Director dêste semaná-
rio um artigo publicado no seu nú-
mero 134 sob a epigrafe Jnstrução e
Educação que veio ao encontro do
sentir da populacão sertaginense tra-
zendo mais uma vez à tela da discussão, com
tóda a oportunidade, um assunto de magno
interêsse local, já várias vezes ventilado mas
ainda não encaminhado no sentido prático
das realidades,
Um colégio de ensino secundário na Ser-
tã é, na verdade, um problema de actividade
máxima que se impõe à consideração de
quantos se preocupam com a instrução pú-
blica da região e mais directamente dos que
aqui têm filhos para educar e lançar na vida
com suficiente bagagem de conhecimentos e
aptidões,
Cada vez mais a luta pela existência se
torna à spera e penosa, e ninguém tenha
dúvidas de que nelas irão vencendo os que,
pelo seu apetrechamento cultural, se mos-
trem capazes de maior resistência ao emba-
te das competições,
é Mas—preguntarão muitos—tôda a gen-
te terá, então, de doutorar-sé para romper no
caminho das actividades sociais?
Nem tanto.
Os cursos superiores são, até certo pon-
to, a porta aberta para posições interditas
uos que os não possuem. E dizemos até cer-
to ponto porque, já hoje, se verifica a inca-
pacidade, cada vez mais acentvada, de absor-
ção que essas posições oferecem à totalidade
das massas escolares lançadas anualmente em
sua demanda.
A? margem delas, porém, existe ainda
largo campo onde os que não chegam às al-
tas instituições de ensino, têm de procurar
arrumação segundo as suas tendências e
méritos, tomando algum dos rumos que se
franqueiam à imperiosa necessidade de ga-
nhar o pão.
Contudo, quer tentando ingressar em
carreira publica menos exigente de habilita-
ções culturais, quer procurando colocação
no comércio, indústria, artes ou outros mis-
teres, ai dos que se apresentarem falhos de
instrução, pelo menos sem aquele minimo
que já se exige e verifica indispensável aos
que ambicionam lIégitimumente . elevar-se
dentro da esfera em que actuem ou encon-
trem trabalho.
Seja qual for a tunção do homem ou mt-
lher na repartição, estabelecimento, fábrica,
oficina ou atelier, em qualquer servico, pro-
fissão ou meio em que desenvolva actividade,
«s malores vantagens morais e materiais que
dela possam resultar —inclinar-se-ão para
aqueles que, por uma melhor preparação hi-
terária ou cientÃfica saibam | ou mereçam
colhê-las. Os outros — coitados: — irão fi-|
caudo para trás acorrentados perpétuamer
te à sua ignorância e subalternidade que ar-
rastarão como pesada grilheta sem remédio.
à Que devem portanto fazer os que te-
nham filhos?
Educá-los instrutivamente. quanto: lhes
permitam as circunstâncias econômicas ou
comporte o sacrifÃcio. Só assim cumprirão O
seu dever de pais. Será esta a melhor e
mais sólida cota-hereditária que poderão ie-
gar-lhes, a única, afinal, que não se perderá
pela vida fora,
Aqui estã pois a causa justificada da
necessidade dum colégio de instrução secun-
dária nesta-vila, A a
Centro populacional de relativa impor-
tância, a Sertã, precisa, quanto antes, le dar-
lhes atistação. Assim, o reclamam dezenas de |
rapezes e raparigas que carecem de es-!
tudar mas não podem, para. êsse efeito, |
deslocar-se daqui. Outras empresas de maior
tomo a nossa terra tem levado a cabo através
da sua persistência » vontade, De resto não
é preciso ser profecta: para augurar compen-
sadora frequência a êsse colégio.
Não serão apenas as novas gerações da
vila, aliás bastantes, a procurá-lo, As localida-
des limitrofes, onde-as modernas concepções
da vida vão alastrando -e progredindo, dar-
lhe-ão também largo contingente.
Este conjunto de razões que dão no pro-
blema importância e vitalidade, asseguram-
lhe completo êxito como: operação lucrativa
para os que na sua solução -empenharem
trabalho ou capital. 1
Haja quem, revestido de tenacidade, pos-
sa enfrentá-lo que não temos dúvida em
que o resolverá plenamente, Los que deso-
jam ver os filhos armados para as batalhas
da existência, cumpre animar qualquer iti-
ciativa que surja no caminho das. realize-
“ções, facilitando-as e apoiando-as na medida
máxima das suas possibilidades, na certeza dé
que receberã generosa retribuição a curto
prazo. E’.a sua conveniência. imediata ou
próxima que o manda,
E os departamentos oficiais como verão
a questão? Ã
Não temos que hesitar na resposla.
Vê-la-ão com a simpatia que sempre me-
receram os esforços colectivos: pelo bem co:
mum, ;
|
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|
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SILVANIO
Sertã-Enfrada da vila do lado de Santo Amaro
tompusto e Impresse é
FUNIADORES
DR. JosÊ CARLOS ENRHARDT
ELO HENRIQUES VIDIGAI
E; SILVA
açao
| Emp†do Ohafariz
SERTÃ
ção )
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pn
cu
|
abre
E Primavera lem-se
l sentado fria, fraldeira,
douco comvidativa a digressões
à campest Misto. lentamente
OMeÇANI JOL OS CAMPOS CO»
brir-se de flores -mimosas é sine
gelas «as drvores q tousar-se de
folhas, Ã
dinda não Rá muitos dias que
grandes camadas, de geada quei-
maram os bainigis é osvinhedos,
causando méstes, especialmente,
dano de vulto. a,
É nestas duas últimas semanas
iem chovido a bom chover, apa-
recendo o so! raras vezes, como
envergonhado, por entre nuvens;
numa saiidação cerimoniosa;
moja dizer-nosque 0! sou Pomer ;
comunicativo não tardará, que
sua influência Irará a todos lar
gas benesses, obrando prodÃgios
à face da Terra.
o
| DVERSIDADE é o tÃtulo
do famoso filme que se
exibe na Sertã no próximo dia
ds
A critica tem tecido os maio-
res elogios a esta produção cine-
matográfica, ial osucesso que
tem alcançaio em todo o Mundo,
Leiamos o que nos diz o «Sé-
culo»: ã o
«Esta pelÃcula, cuja – projecção: *
dura perto de 3 horas, forma
agradavel contraste com certa ese
pécie de filmes, nos quais a acção
Se circunscreve a meia dúzia de
ambientes, quando não a menos,
e em qu o movimento se manies
ta num sacrÃficio humilhante ds “
leis do teatro.
Anthuny Ailverse felo com»
trário é uma fita cheia de dinas
mismo, de acção, de variedade,
Romance opulento de imaginação, –
deu azo a que o realizador Mer:
vyn Le Roy passeasse os seus qr»
fistas com a liberdade e locais da |
uma novela de Júlio Verne, Qra
na Tiália, orà em França, nas
Africa ou va América, as jigua..
ras movenso entre mil peripecias,
dor um perÃodo de cerca de trims
ta anos. Narrar a históriu da fis
ta é tarefa incombativel com as
nossas condições de espaço, Infors
mamos, contudo, que cla decorre
nos fins do sómulo XVII e prin,
cÃpios de XIX ie que a sua inter:
pretação emprega mumerosos ar»
tistas, dos quais o activo Frede.
aich March. se distingue na figu-
ra do protagonista, romantica.
mente biografado nesta novela…
em Imagens, onde se mto olhou a
despesas, Com March contrace-
nam a prometedaro Ola dese
Havillan, o correcto Claude Ainins o,
e mais algunas dezenas do ir
ténpretes—), N. Go. et
Ny
mortos
dnbodo bp ancioso babe
| Este número foi visado pala
= Qomissãn de Censura +
“4 Castelo Granço€œ4 Castelo Granço
@@@ 2 @@@
13 horas, .
ril, pela o
abelecimento Ra er “ Composta dos ex-empregados de A BRAZILEIRA, L.,
Joaquim Ferreira e Joaquim Duarte, que passou a explorar
negócio de CAFÉS CRÚS E TORRADOS.
os é À Ventura, sito
adMido dos Reis tia? Aa
ser vendidos em almoeda,
jde do Porto, rua dos Cle
gos, 84-86, e rés:
aria da Conceição Costa
“Ventura, viúva e suas filhas
“Gabriela: da Conceição Ven-
tura e Antonieta Cristina da
Costa Ventura, solteiras, mo-,
“ radoras na vila da Sertã.
– São por este – meio citados
quaisquer credores incertos
para assistirem à almoeda,
; Sertã, 20 de Março de 1939
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4″ 19,004 6
da A
da A
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Várzea, Caxeiro, Vale
Meio o Vale da Urva Cingi-
uesia ce Vila de Rei, dirigi:
x. Senhor Ministro do Is
intermédio do Senhor Bover-
strito, a representação que
ndo para efetuarem os actas
Civil na sedp da freguesia
: Ministro do Interior
f Excelência
bitantes das povoa-
árzea, Caxeiro, Vale
ra do Meio e Vale da
meiro, fregueia «
o de Vila de Rei, Dis-
Iminitealivo de Cas-
anco, compreendendo
individuos e 51 fogos, ou-
, muito resp iitosamente,
esença de V. Ex para
Oseguinte:
-À distância entre as
das pavoações é mvito
tena entre si e entre clas
de da freguesia do Peso
icente ao mesmo cone.
à distância é, apenas, de
lilómotros, emquarto que,
ância entre as mesmas
ções e Vila de Rei,
«lo concelho, é dc 10 qui-
8, pão havendo estra-
as caminhos de mau
irregulares, absoluta-
à intransitáveis no in-
Às fregucsias de Pêso
la de Rei, do concelhy
Ome, são confinantes;
Desde de há muitos
que os habitantes das
Iciunadas povoações per-
eligiosamente, Ã ju
ição da freguesia do Pêso,
igreju matriz celc-
Os actos. do culto e a
istem, sepiiltando, con-
ntemente, no cemitério
eguesia do Pêsv, os seus
08,
ado assim, entendem os
os habitantes, que su
em a mesma petição
Sua máxima fôrço, que é
Oda a Justiça conceder-
“necessária autorização
realizarem os actos de
sto Civil na mesma fre-
do Pêso e não em Vi-
ei, pois que, conforme
em, sendo a distância en-
8 duas povoações e a se
Concelho nala menos
quilómetros, os sinata-
ara legalizarem a sua
ção civil e religiosa, es-
pendente daquela como
le Lei, (nascimentos, casa-
s e Óbitos), têm de per-
r a apreciável distância
quilometros, que tantos
“que medeiam, com-
dendo ida e volta, das
voações a Vila de Rei
O, Ã o passo que sendo
os actos civis realiza.
Pêso só teriam de
ter 4 quilómetros,
* outro lado, a obrigato-
ide de percorrer as 20
etros excedentes, en-
volta a Vila de Rei
ter a documentação
a respectiva Conser-
Sd ca caca
Es
Concelho da Sertã
Movimento demográfico
Durante o ano de 1938 houve
683 nascimentos, 184 casamen-
tos e 401 óbitos,
Em Janeiro de 1939— Nascimentos,
casamentos c óbitos: Cabeçudo,
31,2; Carvalhal, 42,2; Castelo,
5,5,2; Cumeada, 3,1,9; Ermida,
21,1; Figueiredo, 20,0; Mar-
meleiro, 4,0,1; Palhais, ga ass
Pedrógão, 3,3,2; Sernache,12,5,8;
Sertã, 207,5; Troviscal, 21,0,2;
Várzea, 43,8.
Total, 90, 29, 35.
Em Fevereiro de 1939-— Nascimentos
casamentos e óbitos: Cabeçudo.
5,1,3; Carvalhal, 1,1,0, Castelo,
3,3; Cumeada, 1,3,0; Ermida,
0,10; Figueiredo, 2,0,0, Mar-
meleiro, 1,2,3; Palhais, 3,23;
Pedrógão, 8,24: Sernache,
3,10 8;Sertã, 12,10,13;Troviscal
43,4; Varzea, 8,3,5.
Total, 49, 39, 48,
PBEDBABOnDBo abADOnnaanaa conpagaanaaa
DOENTES
Estiveram gravemente enfermos, en-
contrando-se, agora, um pouco melho-
Yes, o que nos apraz registar, a sr D,
Maximina Amália Marinha David, es-
posa do sr. Carlos Ferreira Duvid, de
Pedrógão Pequeno, o sr, Manuel Ra-
mos, de Lisboa e o sr, P.º Manuel Mar-
tins, do Troviscal,
Felizmente também se encontra um
pouco melhor, motivo porque abando-
nou o leito, a sr? D. Virginia Baptista
Manso, espôsa do sr. Antônio Alves
Manso, desta vila.
lmejamas opronto restabelecimen-
to de todos,
JBPDDBBanaBodannocaGaDoo sBovacascovo
Imprevidência fatal
Manuel Morgado, um lavrador que
reside no Pêso teve a infeliz ideia de
colocar sôbre o estrume que conduzia
num carro puxado a muvres, uma sua
filhinha de tenra idade, que, por vir-
tude dos salavancos, se despenhou.
passando-lhe uma das rodas por cima
& decepando-lhe a cabeça,
Uma estupidez tam lamentavel co-
mo digna de censura.
DAE AGO AR marta Aa
Estudantes
Já estão na Sertã todos os estudan-
tes que freque tam os liceus e outros
institutos de ensino do PaÃs, que vieram
passar as férias da Pascoa com as
familias.
Que todos sejam bemvidos e que
ao regressarem levem a força de von-
tude precisa para vncerem a étape
final do ano leciivo para alegria das
familias e satisfação dos amigos,
BOBDnIOnoanO eso cavavoo anos so a0aDoa
cri
No passado dia 28 faleceu em
Queluz o nosso prezado assinante sr,
David Lourenço Real, viúvo, comerci-
ante, natural de Alvaro, de 59 anos de
idade, que, pelo seu fino trato, quali-
dades de trabalho é honestidade, gran-
geara a simpatia dos seus conterrâneos
€ firmara o seu nome no meio comercial
de Lisboa,
A sua morte foi, por isso, muito
sentida,
Era pai da menina Pepita Pilar Real
e do sr, Manoel Joaquim Lourenço Real,
aluno do Instituto Superior Técnico, e
irmão dos srs. António, Albano e Ade-
lino Lourênço Real e Augusto Antão
Real, comerciantes, respectivamente,
em Barreiro, Lisboa e Palmeia e Mano-
el Lourençe Real, empregado comercial.
O Ffuncral, extraordinariamente con-
corrido, saiu da sua residência para o
cemitério do Alto de S, João.
A familia enlutada apresentamos
sentidas condolências.
»
“Excursão Mansano
E’ no dia 3 de Maio que se
realiza em Monsanto —a Al-
deia mais portuguesa de Por-
tugal—a aposição do « Galo
de Prata», que lhe foi confe-
rido pelo Secretrriado de Pro-
paganda Nacional,
Desejam muitas pessoas da
Sertã, e possivelmente de fo-
ra, visitar a tÃpica e formosa
aldeia nêsse dia e, assim apro-
veitar-se-ia o pretexto para
organizar uma excursão imais
completa, visitando-se outras
terras, para o que se aluga-
ria uma camioneta.
O itinerário: compreende,
possivelmente; Sertã (saida),
Castelo Branco, Monsanto,
Manteigas, onde se passaria a
primeira noite; travessia da
Serra da Estrela, Gouveia,
Coimbra e Sertã. A demora
em cada uma das principais
localidades do percurso, co-
mo Castelo Branco; Monsan-
to, para a visitar detidamen-
te e assistir a parte das fes-
tas; Covilhã, para percorrer as
suas fábricas e Coimbra, pa-
ra distrutár os seus panora-
mas e ver os seus museus, se-
rá fixada oportunarnente.
O trajecto não se pode fa.
zer em menos de dois dias,
No próximo número que-
remos apresentar informa-
cões mais minuciosas relati-
vamenite ao percurso e preços
e bem assim quanto às condi-
ções em que é feita a inscrição,
que pode abranger pessoas
não só da Sertã, mas de cutras
localidades,
Aceitam-se desde já, nesta
Redacção, inscrições, mesmo
a tÃtulo provisório.
Figueiró dos Vinhos, 18.3-39,
Lavra entre a popilação dalguns
logares dêste concelho, grande descon-
tentamento e indignação, pelo facto
que vamos expor:
—Muitos contribuintes, de vez em
quando, necessitam de vir tratar dos
seus negócios à sede do concelho, pes-
soas simples e de boa fé. Ora, há aqui
uns individuos que, mal vêem as pes-
soas, (e andam sempre alerta) imedia-
tamente, as abordam e armam em in-
formadores e procuradores vigarisando,
assim, os pobres desgraçados.
Há poucos dias, deu-se o caso se-
guinte;—Veio à vila um pobre homem
miseravel, casado e com filhos, logo
apareceu um dêsses procuradores, com
ares de importância, de bengalão e
charuto (o procurador-mor) que lhe
praguntou ao que vinha! O homem con-
tou-lhe — «quero dar baixa da minha
indústria e o sr, Secretário disse que
tinha que fazer um requerimento…»
Oh! diabo diz o do bengalão!… Isso
não se faz com menos de 60800; não é
iba! Judicial
Julgamentos em Feverairo
2 Manoe! Catarino, casado,
negociante do Pucariço, tr.
guesia de Sobreira Formosa,
acusado de, tendo sido devi-
damenteintimado para compa-
recer no dia 14 de Dezembro
do ano findo no Tribunal de
1º Instância do Contencioso
das Contribuições e Impostos
do concelho de Proença-a-Nova
afim-de depor como teste-
munha num processo de trans
gressão, haver faltado sem
motivo justificado, tendo co-
metido o crime de desobedi
ência. Condenado na pena d:
3-dias de prisão, convertida
em igual tempo de multa a
10800: por dia, 6 meses de
muita a 1500, 200800 de imposto
de justiça com os acrescimos
legais e 20800 ao defensor
oficioso,
2— Antero Marques, casudo,
de Proenca-a-Nova, acusado
do crime de orensas corporais
na pessoa de David Gonçalves
Tavares, a quem causou, volun-
tariamente, 10 dias de doençe
com impossibilidade de tra-
balho nos primeiros 5, na vila
de Proença-a-Nova, em 24 de
Dezembro findo. Condenado
na pena de 25 dias, convertida
em igual tempo de multa a
13800 por dia, 4 dias de muita
a 2800 por dia, ou seja na
multa total de 333800, 200800
de imposto de justiça com os
acréscimos legais, importância
devida aos peritos e 20800 ao
defensor oficioso e 100800 de
indemnização ao ofendido,
3— Luisa Salsa, do Alvito
da Beira, de haver, no dia 26
dinheiro e não quis saber;
Passados dias, rapa de um postai
sebento que trazia no bolso e escreve
«Apresente-se ca, > seu requerimento
não foi atendido, traga dinheiro porque
tem que fazer outro»,
O desgraçado ao receber êste postal-
telegrama, poz-se a caminho Procurou
pelo do bengalão e a custo conseguiu
falar-lhe. (SuaEscelência não fale à to-
dos). Resposta pronta e imediata: «Isso
não foi comigo, ponha-se a mizxer, se
não mando-o prender. Isso não se tra-
tou comigo…»
Leitores! vós daisme razão… E!
infame. roubar assim, Em vez de
tal procurador (desencartado) andar
fumando charuto e armado de benga-
lão, bom seria que fosse trabalhar,
(mas isso é coisa que nunca fez), Que
pena!,,. Como gostariamos de estar no
logar do pobre desgraçado vigarisa-
Of.
Nêsse caso, perdidc o dinheiro, teria
mos ao menos o prazer de medir as
costas a êsse procuador com o seu pró-
prio e respectivo bengalão,
melhor remédio, seria sem duvida,
do, Castelo, pelo
ofensas corporais na pessoa
de Alberto Nunes, causando-
12 Outubro findo, subtraido
fraudulentamente 2 cabazes
de medronhos, no valor de
20500, pertencentes a Bernar-
dino Nunes. Absolvida.
3— Faustino Henriques An-
tunes, casado, jornaleiro, do
Casal dos Bufos e Maria
Madalena Barata, caaada, do
mesmo logar, de, em 6 de
Dezembro findo, no sitio. da
Limeira, se haverem recipro-
cadamente ofendido, volun-
tária e corporalmente, ficando
ambos feridos com lesões, qu:
produziram ao primeiro três
dias de doença e à segunda
10 dias de doença, com im-
possibilidade de trabalho nds
primeiros oito. O primeiro
foi condenado na pena de 20
dias de prisão, convertila
em igual tempóô de multa a
13800 por dia, 3 dias dé mul-
taa 3800 por dia, ou seja
na multa total de 260800,
200500 de imposto de justiça,
este e aquela com os acrés-
cimos legais, importancia
devida aos peritos, 50300 ao
defensor oficioso e 100800 de
indemnização a Maria Mada-
lena Barata, Esta foi absolvida,
6— João Fernandes, casado,
jornaleiro, de Pedrógão Pe-
queno, por, em 8 de Janeiro
findo, haver ofendido voluns
tária e corporalmente António
Lopes Pesssoa, causando lhe
10 dias de doença com “À
ssibilidade de trabal!
primeiros cinco, ndenado
na pena de 10) dias de prisão,
convertida em igual tempo da
multa a 10800, 3 dias de multa
a-2$00, ou seja na multa total
de 106500, 200309. de -imposte
de justiça com os acréscimos
legais, . importância devida
aos peritos e 100800 de imde-
mnização ao queixoso,
24 Manoel Aires, propris
etário, da Estrada, freguesia
crime de
lhe lesões que produziram
nove dias de doença com
impossibilidade. de “trabalho
nos primeiros cinco, Absolvidy.
24-— José Francisco do Nas-
cimento, também conhecido
por José da Curgeira, casado
proprietário. do logar e fre.
guesia da Isna, de
cometido o crime de furto
previsto e punido velo n.º 1
do “art.º
Penal, por ter colhido, desde
1934, durante 3 anos, a azei-
tona de uma olivelra perten-
cente a Daniel Dias de Matos
e D. Belmira Ribeiro da Cruz, E
de Sobreira Formosa— Abs
solvido,
haver
41º” do Coódig>
brincadeira, ,, O homemzinho chorou,
maldizendo a sua sorte, Então, o se-
nhor procurador, por especial favor,
diz — sdeixe cá E e va-se embora
descançado, que cà trato disso (Era
generoso reduziu logo a importância Ã
metade). O contribuinte, já meio satis-
feito, entrega o dinheiro e vui-se embo-
ra! Sabem os leitores que aconteceu ?
Coisa simples O falso procurador, sal-
tando de contente abotuou-se com o
se «o
se lê, «o que
fazer com que o do bengilão, e os seus
dores também,
mudassem de planeta,,.
subordinados,
Na carta publicada no n.º 135, onde
V. mencionou». deve ler-
que V. não mencionou», «quantos
cafés tais palavras», deve ler-
tos cafés me custariam tais
Se «quan-
palavras»
25 — Antônio Lourenço,
solteiro, maior; agricultor,
do Espinho Grande, Proença-
a-Nova, por infracção do dis-
posto no art.º 20,º do Regula-
mento da caça. Absolvido,
21— José Rodrigues da
Munta, solteiro, de 27 anos,
agricultor, do Vale do (Jrou,
Recordação.
Era à tardinha |… 0 mar,
verde esperança,
freguesia de Vila de Rei, da
prática do crime de ofensas
corporais por, nc dia 27 de
Novembro findo, haver ofen-
dido voluntária e. corporal-
merite António da Silva Pra-
cana, com uma pedra que
segurava numa das mãos,
“do Registo Civil, cau-
laço das citadas
es uma apreciável per-
mpo e consideráveis
inerentes a uma for-
cão, que os sina-
vinha oscular a praia com teruura,
abraçados os dois, pela cintura,
Falávamos de amor, todo bonança…
Causando-lhe lesões que lhe
produziram 18 dias de doença
com impossibilidade de tra-
balhc nes primeiros 8. Con=
denado na pena de 40 dias
Com grande acompanhamento reali-
2nu-se, no domingo pass do, nesta vila,
9 tuneral de um recêm-nascido, filho do
sr. César Lopes, oficial de deligências
do Tuixo. Lembras-te?… Como é doce esta
: RR lembrança |q i id:
umÃlima e de O pequenino caixão era conduzido que no meu 1% & Pprisao, convertida em
0 RES it q ) peito desde então, perdura igual te
PRO NA A ane DARE vi ia da tm EMO o prazer dessa ventura, ns Os 8 TRI a
12500 por dia, 6 dias dé mu-
Ita a 3800, ou seja na multa
total de 498800. 500800 de im-
Posio de justiça com os.
acréscimos Jegai; importan.
cia devida aos peritos, 100800
ao detensor oficioso e 200800
conduziam ramos de flores. delicioso Bem, quando se a IQRAÇA.,,
A Filarmónica União Sertaginense
executou uma marcha duranteo trajecto, | | 5 ni
7 : Não supunha que o amor tivesse
na minha alma o encanto duma prece,
nos teus olhos a luz que me sorri,
os, mal podem
“indevidando – se,
deferimento desejado.
ntas. pa-| V. Ex, interpretando osen-
dio onlra) a Da ie DER AA |
ea CHoA, de e RD a Masdiviso-te a graça transcendente. . e indemnização ao ofendido. as
is | Novo tem o maior culto e | Sê 08 meus lábios te beijam docemente Ego sp Pe parte
stão | admiração, não negurá aos si.| 08 tOUS braços me prendém sempre a 41)… SCONCESSÃO .
parda à Ma páddo Qua * Lisboa, ; E Foi éoncedida licença à José hutus
a sal EMO DENTO QUO ad E ct SS de e INSS Oosiouaa dELCHAD diet Mtiaitivçao MEO ns
o merece controvérsia TZIDRO AATONIO GAvO [nes io Chão curativos Agron
= x
E É e as
: RE
j Raia dede e INSS Oosiouaa dELCHAD diet Mtiaitivçao MEO ns
o merece controvérsia TZIDRO AATONIO GAvO [nes io Chão curativos Agron
= x
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j Raia de
@@@ 4 @@@
Cid Lo
Impressões da Madeira
* Em missão de serviço da
casa que represento, fui por
ela tonvidado a ir à Madeira
e Açóres; missão que com
agtádo aceitei, pois ambicio-
nava conhecer aquelas nossas
pal s insulares. 8 de Ja:
ne tôdas as horas da ma-
aaa orreram na azáfama dos
Bi parativos de viagem; 14
oras, ala para bordo do va-
r «Lim: », pequeno barco
a†Companhia Insulana de
Navegação, barco que deslo-
ouco mais de 7 mil tone-
ladas.
f Mt imengo do caes é já
enórme; há o primeiro sinal
para saida das pessoas que
não seguem viagem, há abraços
e vêem-se pa lágrimas |
cm senhorasjmenos corajosas;
15 horas e o «Lima» larga p.- |
ra O 8 cruzeiro dos Açóres,
lá “vai como embalado por
mão piedosa, há ecênos de
e o caes parece
agora
Barra fóra e o panorama
agora disfrutado é lindissimo
eamossa querida Lisboa lá
nosifica já longe, já mal se
percebe, Ê
“Algumas horas de anda-
mento e o mar aparece-nos
com’a sua ondulação larga e
os primeiros enjôos aparecem;
uns recolheram-se já aos ca-
marotes, donde não sairam se
vão no Funchal, outros procu-
ramos pontos mais arejados
para resistirem ao enjôo; de
cêrea de ‘ 50 passageiros, (2.º
classe) apenas aparecemos Ã
mesa uns doze.
Asdistracções a bordo são
sempre as-mesmas: os jogos
doshurro, da suéca, das da-
mas, do dominó, etc; as pri-
meiras impressões colhilas
entre; os – passageiros que
se alham intervogadorament.
acabam ao fim de porcas ho-
rasi de viagem, tornamilo-se
depois.uma famÃlia, passando
a uma convivência como se
fossem já velhos amigos.
Terra à vistal é o grito que
chama tôdas os atenções; pri-
meiro, Porto Santo, depois a
Ilhá da Madeira, a nossa Ma-
deira de encantos e belezas,
ue apenas nos dista do Con-
tinéhte 525 milhas. E
é arquipelago, que nos,
ituado no oceano entre
“eBº 7’ de longitude. oci-
il “de Lisboa, tem uma
cubanos de 870 quilômetros
quadrados, tendo por si só
a Madeira 815; é bastante
montanhosa, sendo†o ponto
maisialto (Pico Ruivo) com
2.200 metros de altitude; a cos-
ta-meridional oferce: alguns
abrigos importantes como o
“porto 1 pare Segundo
o cénso de 1930, » arquipéla-
pa “210.220 habiifidtes, ca-
endo à cidade do Funchal
24.298; 0 seu porto é dum mo-
vimênto extraordinário e bas-
que a alfandega da
ra é à terceira em mo-
viménto do Pais; grande cen-
tro de turismo, em virtude
da dra situação previlegiada
e eus encantos naturais.
A João Gon-
gulves Zarco em 1418, ela é
salpicada de casas que cinti-
lam’á luz doirada do sol, num
vasto anfiteatro montanhoso.
De olhos fitos no oceano,
Tã está Gonçalves Zarco a
lembrar-nos os tempos das
deseo 8 em que os nave-
– gadores lusitanos foram os
Primeiros a sulcar estas pa-.
ragens, com o fim único de
ndecer a sua Pátria.
Madeira é rica, rica em
ens, desde o verde dos
is aos canaviais do
“donde se perde a vis-
ta ao a: eh oceano; a
dim de algodão em ra-|,
Casamento
No passado dia 30, realizou-se,
na Praia do Ribatejo. o casamen-
tada srs. D. Hortense Pereira
Alves, gentil filha do sr. Filide
Alves e da sr* D,ºHortense Pe-
reira Alves, proprietários na-
quela localidade, com o nosso
amigo sr. dr. Francisco Nunes
Corrêa, médico na Sertã. é
Foram padrinhos, da noiva,
seus pais e do noivo sua irmã e
cunhado, sr.º D, Elvira Nunes
Corrêa da Cruz e marido sr.
Luiz da Cruz, industrial na Praia
do Ribatejo.
Terminada a cerimónia nupcial,
que se realizou na residência do
sr. Luiz da Cruz, foi ali também
servido um finissimo copo de
água, em que se trocaram afec-
tuosos brindes pelas felecidades
| dos noivos. .
Na corbelha viam-se lindas e
(valiosas prendas.
| Aos noivos desejamos tódas as
iuenturas de que são dignos pela
‘sua primorosa educação, qualida-
des de carácier e coração.
PODBaDDboDo DonpoDonco na sDaoDanaaanD
! g
DP» 2% PM 24
E%, do 0 ES
PR Pa Da Dea
g Ã
‘AGE NDA;
8 5
E E % 4%,
eat en as Pa
x
E)
E
Cos
age a 47
ANIVERSÃRIOS NATALI-
cros
Amanhã D. Maria Eugénia
de Mendonça David, de Alvaro;
D. Eulalia Garcia Leite e Silva,
de Lisboa; 11, D. Gertrudes Pes-
tana dos Santos Casimiro, de
Sacavem; 17, Carlos dos Santos.
Parabens.
QDoDaNcagopo oDaD no nano cascacasananco
or Sernache
‘ Logo que foi conhecida, nesta
ihcaidado , a notÃcia da tomada
ae Madrid. pelas tropas de Eran-
co, o pessoal das dive sas secções
da casa bas Serra, incluindo o
de serviço de camionagem da
ompanhia de Viação de Ser-
che, L.º, dirigiu-se, em massa,
casa do seu patrão sr. Libânio
az Serra afim-de felicitálo
por aquela vitória da Espanha
Nacionalista.
| So Exs, deveras sensibilizado
por tão alta prova de dedicação
e estima, mandou que a todos
fósse servido vinho do Porto e
bolos, concedendo feriado a todo
o pessoal. nd 1
op
Dr. João de Barros Morais Cabral
‘ Foi promovido a Juiz’de Direito de
1.º classe e transferido de Chaves para
Leiria;.o nosso amigo sr, dr, João de
Barro; Morais Cabral, magistrado inte-
gro e:sabedor,. que na Sertã goza da
maior estima. 205% ê
Ao sr, dr; Morais Cabral apresenta-
mos sinceras felicitações,
balho da mulher madeirense.
E’ ainda digno de registo o
caraterÃstico meio «Je trans-
porte na Madeira, puxado a
gado bovino ou solipedes, a
que chamam zorras, para o
transporte de mercadorias e
uma espécie de trenós sôbre
patins de madeira com solas
de aço, sobre os quais assen-
taa carrosseria de verga, de
côres claras, com toldos em lo-
na, que o turista aproveita
para os seus passeios na ci-
dade,
Se visitar a Madeira, não se
esqueça de ir à pechina (Lido)
numa manhã de sol, e também
do Monte, Câmara de Lobos,
Ribeira Brava, Machico, Ca-
macha, etc.;e de qualquer dês-
tes pontos dirá para consigo:
—E de facto bonito!
Lisboa, 1b de Março de 1939,
er coisa,
a ndo
FRANCISCO PEDRO
A COMARCA DA SERTA’
Bolinho do io Poguono (Adro de Palhais
Um acto censuravel
A proposito da noticia com
êste titulo publicada no «Sécu-
lo» de 31 de Março, à -cêrca-
do Pelourinho de de Pedró-
gão Pecjueno (Sertã), Gusta-
vo Perfeito Sequeira Alves
fez declarações falsas ilu-
dindo aquele jornal que na
sua boa fé fez a publicação,
declarando:
«Tendo discordado da ma-
neira como, Ã margem da le-
galidade e contra as regras
da arte, nma comissão restau-
rara aquele monumento, re-
solveu apear-lhe o capitel, o
que fez publicamente e es-
pontaneamente confessou ao
referido Agente, que contra
êle não tomou nenhum pro-
cedimento».
Fomos ouvir o sr. Secretà –
rio da Junta de Freguesia
que nos disse ser abominável
tal noticia e nos deu us se-
guintes informações:
«O Pelourinho de Pedro-
gão Pequeno foi restaurado
pela comissão Adiministrati-
va da Junta de Freguesia, em
1932.
Para tal restauração fui fei-
taa maquete respectiva em
que trabalharam os srs. co-
ronel Afonso de Dornellas,
dr. Luiz Chaves, do Museu
Etnológico, e Alvaro dos San»
tos Silva, todos de Lisbya,
pessoas autorizadas na ma-
téria.
A destruição foi feita na|
noite de 22 de Fevereiro, não |
apeando o capitel, mas dei- |
tando a» chão o capitel, es |
fera terrestre e esfera armi-
lar, pelas 21 horas, como con-
fessou no terceiro depoimen-
A Junta de Freguesia re- |
juisitou umagente da P. 1.€.|
em 23. O Agente sr. Armelim
chegou em.6 de Março. |
Interroga em 7 o Gusta-|
vo, Artur Antunes Batatae |
outros que negam ter feito a |
destruição do dito Pelouri-|
nho. |
As investigações continuam |
com o depoimento de muitas |
testemunhas que afirmam que |
sô êles o podiam «iestruir de- |
vido a procedimentos antcerio-|
ves, |
O sr. Armelim volta a ouvir |
o Gustavo e o Artur no dia 13
que regam ter sido êles que
destruÃram o Pelourinho. Foi
então que o sr. Ãrmelim re-
solveu metê-los n1 cadeia no
dia 13’à noite, e só então o
Artur, ao ver que iam para a
cadeia, é que diz que era me-
lhor confessar a verdade.
| tão», já terem de
| rigorosamente punido
Fizeram o terceiro depoi-
meuto, só então confessando-
se autores do crime, que até
ali atiraram para cima de
pessoas de bem.
Onde está a publicidade
do acto ?
Onde estã a espontaneida-
de da confissão ?
Porque foi louvado o refe-
rido agente?
Mas o processo já se en-
contra na Comarca da Sertã.
correndo os seus trâmites,
Em Lisboa pode
«Século» «que na sua boa fé
julgou estar diante de uma
pessoa que confessasse a ver-
dade, por aqui nãvl porque já
ê conhecido de sobêjo.
Mais não disse o sr, Secre-
tário da Junta e nada mais é
preciso para aquilatar da
verdade.
* *
Lisboa, 28 de Marco de 1939.
Ex.â€Âº Senhor Presidente da
Junta de Freguesia de Pe-
drógão Pequeno
Felicitamos V. Ex.?, assim
como a dignissima Junta, por
termos tido conhecimento pe-
lo jornal «A Comurca da Ser-
berto os
o do Po
utores da destru
lourinho da Terca que nos foi |
berço.
Solicitamos : c*o obsé-
quio de irem perante as au-
toridades competentes para
que os mesmos autores sejam
como a sua reconstrução.
Com os nossos respeitosos
cumprimentos, nos subsere-
vemos com a muis elevada
consideração de V. Ex, etc.
aa) Anibal dos Santos Me-
deiros, SerajÃm dos San-
tos Medeiros, Adeiino dos
Santos Me
E *
Os autores da destruição do Pe-
lourinho foram enviados a Juizo
A Junta de Freguesia de
Pediógão Pequeno, a quem
pertence a guarda e conser-
vação do Pelourinho, enviou
a Juizo Gustavo Perfeito Se-
queira Alves e Artur Antu-
nes Barata, autores da sua
destruição. Os réus devem
ser pronunciados dentro em
pouco.
Sopa dos Pobres
Movimento de Janeiro
RECEITA; Cota da Câmara
Municipale da Administração
do Concelho, 120810; de um
anómino, 100%00; cotas diver-
sas, 262800; do sr: José Antônio
Beirão, de Outubro de 1938 a
Dezembro de 1939, 150800; do
sr. P* Ramalhosa, 100800.
Soma, 732800. Géneros: de
diversos anóminos: 3 kg de
chibato, 10 litros de azeite e
hortaliças; de D. Maria dos
Anjos Martins, 1,2 k de tou-
cinho.
DESPESA: Distribúição de
sopa diária a 45 indigentes,
952800.
obndasBassas abadobáiaudacasbonssanso
Hora de verão
No proximo dia 15, ás 23 horas, os
relogios serão adiantados 60 minutos,
entrando-se, assim, na hora de verão,
99009C000 A nnnno ooo assava sos voonavao
Domingo de Pászoa
Hoje celebra-se, na nossa Igreja
Matriz, missa cantada, havendo depois
procissão da Ressurreição e sermão
O templo foi aberto ao culto no do-
mingo passado,
José de Oliveira Tavares Júnior
Completou 80 anos de ida-
de, no dia 22 de Março, o nos-
so bom amigo e distinto co-
laborador, s1, José de Olivei-
ra Tavares Júnior, de Cardi-
gos, alma de eleição, carácter
bondosissimo, venerado pela
familia, estimado e admirado
por aqueles que, vomo nós,
muito spreciam a nobreza
dos seus sentimentos e pre-
sam a sun amisade,
O sr, Oliveira Tavares, não
obstante a sua idade, revela-se
através da sua colaboração
(poesia ou prosa, que cultiva
com igual mestria), profun-
damente moralisadora, sempre
na defesa dos sãos principios,
um espÃrito moço, sedento de
Justiça e de Bondade,
Ao sr. Oliveira Tavares
apresentamos as nossas feli-
citações e respeitosos cumpri-
mentos.
SEna Gaga aDaL Do005 on boas sono sonooo
Baneficência
Com destino à Sopa dos Pobres re-
cebemos do nosso amigo (sr, Manuel
Braz, de Lisboa, a quantia de 5500,
Muito agradecemos.
iludir o |
Ex.â€Âº Sr. Director do Jor-
nal «A Comurca da Sertã»
Como filho dessa terra,
[ache-me com direito a apon-
tar perante o seu jornal o es-
tado de abandono em que se
encontra o adro de Palhais,
Quando pela última vez fui
a Palhais, minha terra natal,
ao chegar ao ádro logo re-
parei no estado de abandono
em qie se encontram duas
árvores, que dentro do peque-
no Adro estão crescendo pou-
| co a pouco, pvis foram estas
pequenas arvores postas em
1915 por mm e por todos os
meus colegas da escola “sob
a direcção do nosso querido
professor—sr, João Nunes de
Matos —,. Pois estas à rvores
[estão ainda pequenas a-pesar-
de já passarem tantos anos,
pois a terra aonde estão é po-
bre e além di o Adro tem
2, e as à guas
vão levando a ter-
ando as pobres árvo-
pedras, o que nos
causa grande mágoa, como
filhos di terra, principalmen-
judármos a plan-
temos co-
verno
se que lá as
cordação.
Pois o nosso Adro, a-pesar-
de ser pequeno, e’mal zelado,
bem podia tomar outro as-
pecto, mesmo sem os Poderes
Públicos dispensarem qual-
q uer verba -pois bastava que
a Junta de Freguesia, de’acô:-
do com o povo, o tratasse
melhor.
mo +
Começando pela entrada
nascente, construindo-se ali
uma pequena escada — com
meia dúzia de degraus— esta
s altura para se aterrar
|
|
|
|
|
|
|
|
|
até ao centro do Adro, isto é
onde actualmente existem as
2 árvores, pois estas com o
aterraniento ganhariam ou-
tro aspecto, cuja terra para
o atêrro podia ser tirada al-
guma nu parte norte do Adro
pois que esta se encontra
mais alta e assim ficaria O
Adro com outro aspecto mais
gradável.
| Na parte poente o caso é,
| mais complicado, sendo a sai-
da do lugar da Tira pelo Adro,
onde os habitantes do lugar
deitam mato na rua e passan-
do todos os peões e veÃculos
pouco vão enchendo o Adro
de mato, o qne é bastante de
lamentar em pleno século X X.
Também na parte poente se
xando uma passagem ao lon-
go dum muro ai existente,
para saida dos peões e veicu-
los do lugar da Tira.
Com esta vedação e com o
aterramento, o Adro ficaria
mais pequeno, mas também
ficava mais bem ornamenta-
do e assim deixaria de ser
passagem de animais, pois
muitas vezes acontece que os
rebanhos passam por entre
o povo, o que hoje não é ló-
gico,
Para algumas despesas que
aparecessem poder-se-ia lançar
um vpêlo a todos os filhos da
freguesia que se encontram
ausentes, tanto na Metrópole
como no Ultramar, pois estou
certo! que todos contribuiriam
con a sua cota, e decerto to-
dos os meus conterrâneos,
âmanha, lançariam mãos Ã
obra para bem «da nossa fre-
guesia de Palhais e assim fi-
caria embelezado para sempre
o nosso Adro em volta do
templo, onde, a todos nôs, foi
dado o nome.,
Pedindo desculpa do espa-
ço que lhe roubei, sou com
tôda a consideração
De V, Ex
Attº e Obg:
Lisboa, 3-3-939.
Jôsé Antônio Aelxandre Junior
dali para o Adro, a pouco e,
podia fazer uma vedação, dei- .Jôsé Antônio Aelxandre Junior
dali para o Adro, a pouco e,
podia fazer uma vedação, dei- .