A Comarca da Sertã nº129 11-02-1939

omaria
E E —
DIRECTOR, EDITOR Cuando Parata da Tilva Coreia
E PROPRIETARIO
“ea 2 AVENÇADO
FUNDADORES
DR. JOSÉ CARLOS EHRHARDT.
DR. ANGELO HENRIQUES VIDIGAL
ANTONIO BARATA E SILVA
DR. JOSÉ BARATA CORREA E SILVA
EDUARDO BARATA DASILVA CORREA
Composto & Impresse
1939
ê a, T
[E Repacção E ADMINISTRAÇÃO E] ert <a GRAFICA DA SERTA
|RVA SERPA PINTO-SERTA á : gar | | Largo do Cuafariz
é PUBLICA-SE AOS SABADOS RE o Ret ER annE RriaoO Dera e e SERTÃ
ANO : Hebdomadário regionalista, independente, defensor das interêsses da comarca da Sertã: concelhos de Sertã, E 11
j “Nº 129 O Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei; e freguesias de Améndoa e Cardigos (do concelho de Mação) o A
SS A O ; ; E
Notas…
Ná sessão de 3 do corrente,
AY na Assembleia Naciomost.
engenheiro Belfort
queira, depois de breves considerações-
justificativas, enviou
ma mesaum projecto de lei
referente à electrificação geral
lo País. Néle se autoriza o Go
sé aaprovar a associação das
jaras Municipais com entidaarticulares
c idoras da
ia eléctrica quando tenha
fim o estabelecimento de li-
[5 de repartição e de redes de
Iribuição bara serviço público
lualmente de centrais elécaa
o o O
ORAM convidados os accio-
=> nistas da Eléctrica Ser
* lapinense. pará, em assembleia ge
ral de xs do corrente, pelas 1
“horas, aprovarem as contas de
“1998; não havendo número fir
td arecinião transferida para 3
de Março à mesma hora.
MODAPR GAARA
: fo
E E ciganos, que afluum à
ertã de tempo a tembo,
especialmente na ocasião das
eiras e grandes mercados, têm
alraz de’si a fama do roubo, dos
mil eum lôgros para explorar,
por meio de artimanhas, a gente
deboa fé e os incautos, surri-
Piando aqui e além o que podem
e usando até da violência para
eguirem os seus objectinos de
* rapina, São conhecidos por tóda
q gente pela sua vida nómada, pesuas
manigâncias, trapaças e
ústes, que os tornam temidos,
pelosseus trajes miseráveis, transldndo-
se em carroças puxadas
“baralimárias nojentas e acampam,.,
cam armas e bagagens, próximo
dos caminhos, em barracões ou
heiros, Eira aí sem quar:
Egeneral, contando com a carie
e clemência das populações.
is, geralmente, os ciganos,
ao chegarem à Sertã, fazem var,
lhacoito no alpendre da.capela. de
to Amaro, junto da “entrada
sunovimentada da uila e dali
irradiam para a pedincha, para
a leitura da sina, para o roubo e
para a traficância fgnóbil. E não
estd certo que se. lhes permita a
paragem no perímetro da vila e
muito menos a recolha sob telhas
radas, que devem ser raspeis
sp, Reruo assim o exigem o
nosso decôro e os sentimentos relipiosos
e morais da dapidoção
I vila; porque o estendal de mi
ia não deve ser tolerado na
td e muito menos naquele
dPhio.a q)ue causa uma impresdetestdvel
a quem aqui vem.
“4 Por consequinte, – serias uma
lida de grande alcance que os
anos, ao entrarem aqui, fosenxotados
para longe, para
ide não fizessem dano.
“Há poucos dias, em Viseu,
ciganas, pelo processo do
tonto do vigário, -apanharam-a
uma viúva joias e dinheiro no
– Valor de q contos!
o.
Inferêsses cifadinos
ARA muitos dos nossos leitores, ainda
mesmo para aqueles que mais se
preocupam com os interêsses da
nossa terra, talvez constitua uma
revelação a notícia que hoje lhes danos
e que podemos garantir com todos os
foros de veracidade, que não admite contestação:
a Câmara Municipal estã empenhada,
a fundo, na abertura de uma nova artéria
citadina, tendente, sobretudo, ao descongestionamento
da Rua de Cândido dos Reis. Para
tal fim já há mais de um mês se dirigiu
à entidade competente, única que pode satisfazer
esta tam legitima aspiração.
Infelizmente — e só temos que o lamentar
— não têm os nossos leitores, de há meses
a esta parte, sido informados por nós do andamento
dos trabalhos camarários e das resoluções
mais importantes, de modo que, assim,
deixam de estar ao facto da trajectória
da governação administrativa e perdem como
consegiência o interesse pela vida municipal.
Vagamente, por intermédio de qualquer
amigo mais em contacto com a Câmara,
podem conhecer uma ou outra resólução;
satisfazer qualquer curiosidade de momento
e mais nada, salvo quando se trate de assunto
que directamente lhes diga respeito. A nós,
porém, não cabem culpas por tais faltas de
informação. A nossa missão é pôr o público
ao facto do que se passa, com a maior segurança
e exactidão, mas para isso é precisu
que encontremos facilidades nas fontes
de informação, o que nem sempre sucede,
Mas vamos adiante,
De diz para dia vai-se notando que a
Rua de Candido dos Reis, óu Rua do Vale,
a sua estreiteza para satisfazer ao movimento
de veículos que se opera nos dois sentidos,
insuficiência que mais se acentua por a
Rua do Castelo, demasiadamente ingreme,
estreita e dé mau piso, ser inacessível a veiculos
de qualquer categoriae a Rua de
Jóaquim Nunes (Rua do Vale de S. Pedro)
além de ter uma entrada muito acanhada ser,
práticamente, um bêco sem saída,
Pela Rua Cândido dos Reis faz-se, por
assim dizer, todo o movimento, é a sua artéria
central e principal, a coluna vertebral da
Sertã, troço da estrada 59-2.*, suportando todo
o trânsito pára as povoações e freguesias
que ficam a norte da vila e para todo o concelho
de Oleiros, O incremento notável que
têm tido as indústrias de resinosos o de carvão
nós últimos anos, nas freguesias ao nor
te da Sertã e naquele concelho, tem avolumado
o sAfeço da referida estrada, congestionando,
por isso, o movimento da Rua Cândido
dos Reis, cuja faixa de rolagem é de
413 m, na parte inferior, 45 m. na média e
4,8 m, na superior!. Assim, não é raro ver
as camionetas com os rodados sôbre os passelos
para carregar ou descarregar, porque
de contrário não poderiam passar outras.
Perpendiculares à mesma rua existem várias
rincipal artéria da Sertã, é insuficiente pe-
A abertura de uma nova artéria, na direcção aproximada gul-norte da vila da Sertá,
trará q descongestionamento da Rua Cândida des Reis, e favorecará, em larga
escala, a aquisição e aproveitamento de terrehos para edificações urbanas
|
| ruelas e travessas, que nela lançam avultado
número de peões por ser, justamente, a
rua principal e em dias de intenso movimento
não deixa de constituir um perigo
para os transeúntes e em especial para as
crianças. A Rua Cândido dos Reis, porque
nela se concentra quási todo o movimento
comercial e industrinl, bem lhe podemos
chamar a nossa Rua do Ouro,
Tôdas estas razões apresentou a Câmaraà
Junta Autônoma das Estradas, para
justificar a abertura duma nova estrada ou,
melhor, de uma avenida, como natural desvio
da estrada 59-2,º,
Mas a Câmara só atendeu à necessidade
de descongestionar a Rua Candido dos Reis?
A Câmara foi mais longe e viu que o
traçado de uma nova artéria —e não o aproveitumento
de qualquer outra— facilitaria o
alargamento da área urbana, trazendo, sôbre
si, a construção de novos edifícios é o embelezamento
da vila. Pôs imediatamente de
parte a ideia de se apróveitar a Rua Manusl
Joaquim Nunes para o desvio, porque entendeu
que esta não apresenta quaisquer condições
vantajosas e, pelo contrário, com o
seu alargamento e prolongamento, não só
não proporcionaria a constrição de novos
prédios urbanos, mas implicaria a expropriação
de diversos terrenos de preço elevado,
prejudicando, desnecessariômente, os
seus possuidores, ça
Qual é então o objectivo da Câmara Municipal?
Verificando-sé que à vila se encontra
apertada entre a Ribeira Grande e o Monte
do Outeirinho, o desvio seria praticado pela
encosta ocidental dêste Montee do Monte da
Fonte da Pinta, abrindo-se lurga margem
construções junto à nova estrada, que sairia
do fundo da Rua de Candido dos Reis (ou
Rua do Vale), tornearia a margem esquerda
da Ribeira Pequena, pela propriedade de
E o Lopes, seguindo, como úcima se diz, peas
encostas do Outeirinho e da Fonte da
Pinta, curso da Ribeira e podia ir findar no
Alto de Santo Antônio (Cimo da Vila) ou
Largo dos Paços da Concelho, parte norte.
A única obra de arte a construir será, sómente,
um muro de suporte, pouco além do
fundo da Rua do Vale, ponto de partida, com
a ao dêsse muro tirar ao morro da
propriedade de João Lopes o aspecto desagradável
que hoje apresenta a quem visita
a Sertã vindo dos lados de Tomar.
Eis, a traços largos, o projecto da Camara
que é, sem dúvida, grandioso e econômico,
podendo a sua consecução marcar para a
Sertã uma nova era de progresso, rasgando
novos horisontes aos seus destinos. –
O facto indubitável e êste: a Sertã precisa
de uma nova artéria, de uma nova aveunida
para descongestionara Rua du Vale,
que não pode suportar todo o tárasito,
E. BARATA
Pp OSTAIS “ste” lindos vistas
M UITO concorrido foi o
mercado de sábado passado,
primeiro do mês. Estava
cá muita gente. Na Alameda
Salazar apareceu clevada quantidade
de cabeças de gado bovino
e suíno, havendo exemplares de
grande beleza, Fez-se muito me
gÓcio,
O Secretariado de Propaganta
Nacional promoveu
um lindíssimo espectáculo
no Teatro Nacional de Almeida
Garreit, na noite de 4 do cor
rente, de homenagem a Monsan»
to, da nossa Província, classificada
como aldeia mais poriuguesa.
Fez-se a entrega solene
do «Galo de Prata», simbolo. da
distinção conferida, ao grupo folclórico
de Monsanto, o qual será
colorado no- próximo dia 3 de
Maio. Realizam-se então, ali, festas
da mais estranha bizarria,
que hão de “atrair milhares de
visitantes.
O nosso jornal projecta urganizar
uma excursão, para aqueludata,
de pessoas du Sertã, que
deve’ visitar Monsanto e euiras
terras dignas de se verem e admirareni.
ERR et
ME A
Is passar junto da casa
da srº D. Luiza
Mendes, na estrada naciona!, À
entrada da vila do lado de Santo
Amaro, há de notar que ali
se anda a construir mm muro dê
vedação para evitar que os veis
culos, dada a estreireza da estras
da naquele local, encoberto de
bnais a mais com a referida ha«
bitação, se despenhem na levada
o que já sucedeu diversas vezes,
Somos leigos, confessamos, em
obras de engenharia, mas naus
podemos contordar com o traça
do déste muro, que apresenta uma
acentuada reintrância, de tal for«
ima ainda torna inqprovei-
’tável uma boa parte da faixa
ide rolagem, quanda seria de
aconselhar que se procurasse ”
jalargar tanio quanto possivel q
curva é o pedaço de estrada pas
ralelo à levada até Junto do mus
ro da fonte da Boneca, Nunca
vimos vedações destas em parta
nenhuma,
Além disso o aspecto da estras
da, com o muro assim, fica sem
estética alguma, com um aspec-
10 desagradável,
Não se poderia ter feito antes
o muro para lá da levada, se
guindo junto a esta e a ela paralelo
e de forma que descrevesse
uma curva suave em direcção à
ponte?,
Mesmo nós temos a impressão,
que talveê o futuro venha a con-
Jirmar em breve, de que o muro
em construção pode evitar que os
veículos automóveis se despenhem

na levada, mas há de muitas ve.
ver o embate déles, tam
daiperritaadaa. fare, fa7 ça, copia
“propriedade de
“oliveiras,
“de oliveiras,
“do Covão,
o dia 26 do próximo sm
E Fevereiro, pelas 12
porta do Yribunal Judicis
desta comarca, se ha-de pro;
ceder à arrematação em has:
ta pública dos prédios abaixo
designados e pelo maior
lanço oferecido, arrolados
nys autos de falência em que
é requerente Estabelecimen-.
tos Jeronimo Martins. & Fi-.
lho e falido Armando Simões,
da Silva, casado, proprietário, |
morador no logar das Saruadas
d’Aquem, APEPRIA de
Aa a saber: .
*—Uma casa de arrecadna
com dois andures, nas
Sarnadas Aquem, freguesia
de Alvaro, descrita na Conservatória
sob o: n.º 6:484. Vai
pela primeira vez á praçasmo
no valor de 500800…
2º — Uma propriedade de
cultura e estrumeira, no logar
das Sarnadas d’Aquem,
freguesia de Alvaro, descrita
na Conservatória sob o nº
26.830, Vai pela primeira: vez
à praça em 25800,
» 3º À oitava parte duma
semeadura
«om oliveiras e castanheiros,
sita à Várzea, descrita no Conservatória
sob o n.º -26.485,
Vai pela primeira vez êste direito
em -2.900$00.
4º — Uma conrela com
sita ao Alqueive
da Avô, limite de Sarnadas
d” Aquem, descrita na Conservatória
sob o n.º 26.831. Vai
pela primeira vez à praça no
valor de 650800.
“5º — Uma courela de mato,
eita ao Vale dos Covos, limite
da Portela, descrita na Conservatória
sob o n.º 26,481.
Vai pela primeira .vez á praça
em 150800.
6.º— Metade deuma courela
sita ao Fundo
limite do Sobral
de Baixo, fest na Cânservatória
sob o n,; 26.488, Vai
pela primeira vez à praça em
Po.
E —Uma courela com. olioo
na Tordalinha, denominada
«Alqueve do Avô»,
descrita na Conservatória sob
0 nº26,486. Vai pela, primeif’Ta
vez à praça em 950400.
º— Uma courela de cas
nheiros e mato, à Costa do
Vale da Nogueira, limite das
Sarnadas d’Aquem. Descrita
nia Conservatória sob o nº
26.892. Vai pela primeira vez
á praça em 150800.
São por êste meio citados
quaisquer credores incertos
para assistirem à praça,
Sertã, 20 de Janeiro de 1939
Verifiquei
O Juiz de Direito,
– Armando Torres Paulo
“O Chefe dar. Secção,
José Nunes
“Francisco Mateus
Solicitador Judicial
SERTA |.
| ANUNCIO
(2.º publicada
Por éste se anuncia que no
dia 12 do
Fevereiro, tor dose: horas, ú
orta do Tribunal. Judicial des-
“ comarca ‘se há-de proceder
arrematação em hasta publimados
e pelo maior “preço que
Ea oferecido acima dps valoires
respectivamente ossadas
PREDIOS |
1º Uma tera de semeadura,
oliveiras e“mato, no Carvalho
Bastos, limite de Pêro Gonçalves,
descrita na Conservaiória de Mação
sob o n.º 7.097. Vai pela terceira
vez à praça por qualquer
valôr oferecido.
– 2º — Uma terra de semeadura,
com oliveiras e mato, no sítio dos
“Sobreiros Longos, limité de Pêro
Goncalves; descrita na Conservatória
de Mação sobon.º 7.092.
Vai pela terceira vezá praça por
qualquer valor oferecido.
3.0— Uma terra de semeailura,
nos Sobreiros Longos, limite de
Pêro Gonçalves, descrita: na-Conservatória
sob o n.º 7.093. Vai
pela terceira vez à praça por que
alquer valór oferecido.
— Uma terra de mato e
tanchoeiras, no Vale dos Corvos,
limite de Pêro Gonçalves, descrita
na Conservatória de Mação
sob o uº 7.094. Vai pela terceira
vez à praça por qualquer valôr
oferecido.
5º — Uma terra de semeadura,
na Lameira do Póço, limite de
Pêro. Gonçalves, freguesia de
“Amendoa, descrita na Fapsirua
tória sob o n.º 7.095. Vai pela
terceira vez.à , praça por qualquer
valôr oferecido. Penhorados
na execução por custas contra
Luiz Alves, do Chão de Codes,
freguesia da Amendoa.
São por estescitados quais
quer credores incertos para assistirem
à arrematação néêste
aiunciada,
Sertã, de Piada de 1939.
Verifiquei
* Ouiz’ de o
«Armando Torres Paulo
O Chefe da 3.º Secção, «interino
» Armando António da. Silva
corrente mez del
ca, dos brédioS a seguir , desi-|-
“gúrança e comodidade que
ALBANO LOURERÇO n SILVA
ADVOGADO.
SERTA” :
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próprio para venda à chavena.
* Mantêm-se os preços e condições tabllótidas
Dirija-se V. Ex.* sem demora, a
A PERNAMBUCANA, L.ºa
Bacosiizno: acosifitiznar
ma ão Soo ni
(CARREIRA RAPI
ag Cas entre Serti-Lishoa, Sertã Alvaro es Sertã: Fedrigão Pequeno
mi nm ‘ E ita
Comunica aos Ex.”=º clientes qua desde o dia 17 de Maio iniciou, aos DOMINGOS e 4. a FEIRAS
uma nova carreira, além da que já está estabelecida entra Lisboa — Alvaro & vice versa
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; H. M,
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Chegada a Santarem 9-15j Chegada ao Cesteiro . 15-50
Sada 9-205 » Sertã 16-55
Saida 17-30
» – Perne 10-00 » Sernache 17-50:
» — Torres Novas 10-35 Saida 18-00
>». Tomar 11001 9 Ferreira doZezere 18-55
>» Ferreira do Zero 11-00 : : Saida: (19-00
o » Tomar 19-40
Sernache 13:00 » Torres Novas: 20-25
» Sertã 2 B-90 » Pernes apra
Sal, Epson Santarem 21-40
aa 14-00 » Cartaxo 22-10
Cesteiro 15-05 » Vila Franca 23-10
»: Alvaro 1a:108 » Lisboa 0-10
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“Madeiras = aponta Rm ratttoho do. Bomjardim
das considerações sôa
festividade da Senhora
mo semanário, e atribuiei
pró prio atitudes nomondo
para nôs sô
uinhez. Presunção e água
ta cada qual toma a que
Chama-lhe insolência pordesmentimos
categóricaente
as suas falsas afirma-
Nós desufiâmo-lo a pro-
, mas êle preferiu char
atitude nobre ao fácto
r êle criticado a actuação |
diversas comissões encarda
organização. da
tividade da Senhora da
nfiança, e falar na nossa
uinhez e vaidade peshamou
reles ao nosso esrito.
Os termos que nêle
regâmos eram todos cor-
, contrastando, justamencom
os do seu.
izo sr. Gustavo Alves que
lgumas das suas afirmações
ão do dominio público, Ignoêste
sr. que nem tudo o
é do dominio público
sponde à verdade ? E, se
ctos expostos eram do
pínio público, que necesdade
tinha êle de os publi-
‘? Nós continuamos a afirr,
sem receio de desmen.
sério, que são falsas as
afirmações.
o podemos dizer que não
verdade que um párotivesse
qualquer conver-
| a propósito das graves
irmações feitas pelo sr, Gusvo
álves, mas o que podeos
certificar — e certifica-
Ds—é que o dito sr. falta à
srdade quando diz que um
os sinatários lhe fez as afirmações
a que êle se refere.
‘E-nos licito, portanto, pensar
que também não houve pá-
Foco algum que com êle tivesfalado
no sentido que êle
quere dar a entender.
” Osr. Gustavo Alves julgou
rir-nos falando dos nossos
azeres da «horta».
Se êle soubesse quanto nos
gulhamos de cultivar as
ras que nossos honrados
8 nos legaram, e de sermos
o mesmo modo de
ida que êles tinham E reo
er, Gustavo Alves que
tem toda a gente se pode or-
Ulhar do mesmo…
final, o sr. Gustavo Alves
da prova do que afirmou,
, com êste artigo pomos
onto final na discussão, por
não termos encontrado nêste
a correcção que lhe supuamos.
edrógão Pequeno, 18 de Ja-
Jesé Amaro
Domingos Costa
tal
a »
R.—Nôs, por nossa parte,
nos, nestas colunas, ponto
al a êste assunto.
CR ani aa
Afranós da
(NOTIGIARIO DOS NOSSOS CORRESPONDENTES
Filarmónica
VILA DE REI, 21—Procedeu-se ontem, pel s 19,30 horas,
à eleição da nova direcção da Sociedade Filarmónica
Vilaregense,e não no dia 15 do corrente, como dissemos,
visto não comparecer um numero de sócios suí cie te par:
constituir a ass:mbleia,
Foram eleitos para presidente, tesour iro e secretário,
respectivamente, os Ex.mºs Srs, Joaquim Martins Rolo, Felisbelo
Cardoso Costa e Casimiro Alves da Silva.
Apôs a eleição, a Filarmónica executou alguns ordinários
dedicados aos vilaregenses que mais se tên salientado
em prol da colectividade, tocando, também, ao encerramento
da sessão, o hino da sociedade.
Falecimentos
No dia 24 do mez findo, faleceu, em Abrunheiro-o-
Grande, freguesia da Fundada, o sr, Joaquim. Aparicio, pai
do sr. Joaquim Aparício da Silva, conceituado comerciante
nesta vila, a quem «A Comarca da Sertã» apresenta sentidos
pêsames.
Faleceu, tambem, no passado dia 18, pelas 12 horas,
com 75 anos, a sr. Maria de Rolo e Sousa, mãe do nosso
amigo sr. João Martins Rolo e sogra dos srs. António Lopes
Martins e Joaquim Nunes de Sousa.
O funeral teve lugar no dia seguinte com missa de
corpo presente, encorporando-se nele pessoas de todas a
classes sociais, Fez-se representar a filarmónica desta localidade,
ca
Crónica do roubo
MADEIRA, 26 – Varios e constantes roubos tem sido
ultimamente praticados nesta localidade, especia/mente nas
capoeiras, currais de gado e casas de campo.
Ontem, às primeiras horas da manhã, o propriétario
José da Silva, foi encontrar dentro de uma capoeira, de
onde os larapios lhe levaram 2 coelhos, um cão pertencente
a Antonio Brazuma, solteiro, trabalhador,
Como a porta se encontrava fechada, presume-se que o
autor do roubo foi o dono do cão, do qual já havia suspeitas,
sendo hoje prêso e remetido á séde do concelho para
averiguações.
“A COMARCA DA SERTA”
Comarca
CAVA (MADEIRA), 4-0 temporal fez-se aqui sentir a
valer, tendo havido grandes prejuizos na agricultura. Devido
ao temporal desabou um palheiro e um cural, pertencentes
a Albino Autunes, desta povoação, No curral encontrava-
se uma junta de bois. que por pouco não ficou soterrada,
visto que, precisaniente quando à dono ía a entrar, as
paredes comrçaram a desmcronar-se e o proprio Antunes
P Tr ponco que não foi atingido, valeu-lhe ter fuy do imediatamente,
Depois, para retirar os bois, foi prec so desmoronar
uma outra parede interior.
—Esteve -bastanie doente o sr, Manoel Alves Camelo,
proprietário, residente aqui, que felizmente se eucontra
melhor. Foi visitado por seus filhos srs. Eduardo Alves e
Vergilio Alves, empregados no comércio, residentes em
Lisboa.
) C.
asgop
O Pêso val ter água potável graças ao auxilio
do Estado Novo
PESO, 6—Acub: de ser-nos concedida pelo Estado a
comparticipação de 30.53,5800 para o abastecimento de
agua potavel a esta aldeia. Tão grande e agradavel nticia
ceusou como é natural a mais viva sati-fação entre os seus
habitantes, E’ que este importantissimo melhoramento que
agora vai realizar-se graças ao auxilio financeiro do Estado
era uma das nossas mais urgentes necessidades, e vinha
constituindo desd> tempos remotos um problema de dificil
solução em virtud: da falta de recursos monetários, o que
portanto não admira que só agora vá tero tão desejado
epilogo. O chafariz ficará situado vo centro da aldeia e no
local onde existem ainda os velhos casarões pertencentes
aos herdeiros da sr.º Maria Mana e que agora vão ser demo
lidos. Aquele recinto ficara transformado num belissimo
largo, e nem outro mais apropriado poderia ter sido escolhido
para aquêle fim,
Filarmónia de Vila ae Rei
Porter adoecido o seu ilistre director sr Joaquim
Martins Rolo não se exibiu ontem nesta aldeia como era de
esperar com viva ansiedade a banda musical de Vilu de Rei,
ficando assim adido o dilo concertc para logo que «ua Ex,
se restabeleça da doença que o acometeu, Ao sr. Joaquim
Martins Rolo que nesta freguesia gosa da maior estima é consideração
daqui lhe endereçamos os nossos votos de prontas
melhoras.
—Causou geral regosijo nesta localidade a tomada de
asgom Barcelona pelos nacionalistas espanhois. Para assinalar tão
grande feito queimaram-se inumeros foguetes,
Igreja Matriz da Sertá DOENTE Excursão artistica a Sobreira
Para as obras de repara- Foi operada a uma hernia, Formosa & Figueiró dos Vinhos
ção foram recebidos mais os há poucos dias, em Lisboz, a
seguintes donativos: de um sr*D. Maximina Nunes da
Mata, do Bailão, cujo resultapes
& Irmãos, Megaza, 500800 do foi muito satisfatório, fe- | excursão da Tuna do Sertapatrício
residente em Vila
Bocage, 5008400; dos srs, Lee
Manuel Domingos, da mes- | lizmente,
ma localidade (todos de Afri- | Desejamos o completo e rà- | Brupo infantil da Sertã, não
e
ecrologia
Faleceram
Lourenço, de Tomar,
Em Portalegre, a sr D. Julia
Ventura Nunes, de 48 anos,
casada com o sr. Viriato Nu
nes Crespo, professor primário,
cunhada do nosso amiso
sr. Capitão José Joaquim
—No dia 3 do corrente, no
Hospital local, onde se encontrava
há muitos mese, a
se* Guilhermina do Carmo,
de 49 anos, desta vila, mai du
Bombeiros Voluntários.
nes Lourenço.
Farinha, do Pampilhal.
nense.
Completando a informação
que demos no número passado,
devemos esclarecer que a
nense Foot-Ball Club e do
900004 aRDaD DEDUVOD Doado JBncvocDonDoa
Missa
Sufragando a almado
sr. Joaquim António
ca Oriental), 100800. pido restabelecimento da en- Se limita, por agora a Figuei- Nunes, natural do
ferma
Legislação
Três importantes decretos
foram publicados na pretérita | Foi nomeado presidente, | data da sua realização em Fisemana;
um, tratado de orga- | substituto, da Câmara Muni-
3000000 00000n0000000000 cnoovosaavao | FOrMOSa,
rô dos Vinhos, mas também
à vizinha vila de Sobreira
O espectáculo em Sobieirá
não estando ainda fixada a
Chão da Forca, falecido
recentemente em
Lisboa, manda o BR. Gâmara Municipal de Oleiros | Formosa realiza-se àmanhã, | pandel Luiz, por in- cumbência da familia,
rezar uma Ea
A E na capela de Santo gueiró dos Vinhos. Amaro, nesta vila,
nizacão corporativa da La- | cipal de Oleiras, o nosso ami- | O programa, cuidadosamen- | no próximo dia 17,
voura — regras a que devem go sr. José Pereira Rei. te elaborado,é o seguinte que, | pelas 10 horas, agraobedecer
a constituição e q e O como é natural, pode ainda | decendo a comparênfuncionamento
dos Grémios | — Foi aberto concurso para | sofro qualquer alteração: cia de tôdos os amie
Casas de Lavoura —; outro |O provimento do cargo de Che- t2 PARTE— TUNA; — Apresenta- | 808 dO falecido a ês=
visando a resolver o proble- | fe de secretaria da mesma | ção—Hino do Sort nense- Zarogosa,
ma da carne da especie suira, | Câmara,
concedendo facilidades de pagamento
para a que for distribuida
ou vendida aos que, Sopa dos Pobres | Jaime Lopes Dias, Te’xeira.
por força das circunstancias,
p. d., Texidor—Canção Veneziana—
lume da Etnografia da Beira do dr,
2º PARTE —RANCHO INFANTIL;
tepiedosqg acto.
Petrela – Rapsó lia de cantos popula- ano osdanagos LenoGaDa nose senscenenoaa
Bogas asooncuna nasonaoBo snvsenvsasas | Fes da Beira Baixa, extraidos do 2.º vo-
Cursos -nocturnos
de; Instrução Primária, pre-;
tenham de armazenar em Movimento de Dezembro — Sertã, marcha — Revonda, canção; | paração para os exames de
quantidade superiores às normais;
e outro que determina
caso de miséria
namos a atenção das
caridosas para o viver
oso da Maria do Ilheu,
a infeliz entrevada de
Antônio, que nos dizem
ecer no maior abanmiséria,
coberta de
| deitada sôbre umas
Ppôdres, desgraçada
doença e a falta de re-
Ma possivel internátal?
E
1
4
Na Pensão José Pedro depôsem
sebressalto os proprietários
e os hospedes, entre
os quais se encontrava o
Os sinos tocaram a rebate,
conseguindo muita gente, com.
“belar o sinistro, | pobrezinhos,
RECEITA; Cota mensal de do qiosto, RSS regedor ie
E ç 1 um anonimo, 100300; cotas di- to pet , ogue: e, canconeta ci 5-
pose BARRA, a versas, 267450; da era D. Gui- Raia O deita-gatos, canconeta cómi- | &
erior orientacão à Direcção | lhermina L. Portugal Durão, | |, PARTE-TUNA— :
Carai dos Serviços Pecuários. | 30800; do sr. Eugénio Leitão, | colecção de doe a da
Dêles nos ocuparemos deti. |3 meses, 15800; da Câmara | valsa, Teixeira — p. d, – Encornação”
damente nos próximos núme- | Municipal, 70800; da C, A. P.| Nos intervalos a Tuna executará
a E 1. 195800; do sr, Governador | números ligeiros,
Civil, para melhorar a sopa | oonscocososoonansassasos coconaoaaaso
nos dias de’Natal e Ano Bom,
200800; da Câmara Municipal,
Por Gardigos idem, 100800; da Administra- APRENDIZ
ção do Concelho, 100800. So-| admite-se um ou mais, na
À a ,
clarou-se um incêndio, que | D.. a blg E a Gráfica da Sertã, dando-se
arrobas de batata e 1 cesto | logo de entrada, pequeno orna
hortaliça; de 3 anônimos, | denado, Igualmente se admichouriços
e outros têmperos | tem raparigas, que –
o ilustre médico de Cardigos, | para as sopas do Natal o pi o
aEr,R Rdr , JAosdé a de Mat6os Raatidnho , | pBromi, de anddi veorsgo s, varias por ganhar ; tdo 3800 a 4800 por dia, ogerio Ú
rua. Supomos que nada te-‘ DESPESA; Distribuiçãdeo | “””º”eesterunvososaasensogtosamo
nha sofrido, RE diária a 45 indigentes,
565860. e :
A Direcção agradece, muio
seu esforço e dedicação, de- | to reconhecida, im nome dos
ses de aprendizagem podem
Fi Di
, E
Murmúrios de fonte, canção- Fado — | postos escolares e admissão
ao liceu, português, francês, ma«
‘emática, desenho, escrituração
comercial e dactilografia,
Das 20 ás 23 horas.
Nesta Redacção se informa,
Francisco Nunes
Corrêa
MEDICO
Consultas das 12 às 15 horas
Consultório e residência:
RUA DE OUREM
(á Praça da Repúbli- ScEaRT)Ã
MEDICO
Consultório e residência:
Rus ido Soalholro—SERTA.
—No dia 5, pelas 20 horas,
nesta vila, onde residia hã
27 anos, o sr. Antonio Farinha
Lourenço, de 68 anos,
comerciante, natural das Fontainhus,
freguesia da Varzea
dos Cavaleiros, que deixa
viuva a sr.º D. Rosária Nu-
Era pai das sr. D. Maria
Ermelinda e D, Leonilde Nsnes
Lourenço, da Se.tã, irmão
dos srs. José Farinha Lourenço,
do Lobito, Manoel Fax
rinha Lourenço, das Fontainhas,
D. Maria Farinha Lourenço,
da Varzea dos Cavaleiros
e cunhado do nosso
amigo sr, Adelino Lourenço
O funeral realizou-se no dia
seguinte com grande acoma
panhamentc, encorporando-se
a Irmandade do S. S,e a Fis
larmónica União Sertagi-
A’s familias enlutadas
apresentamos a expressão
muito sentida do nosso pesar,
sr? Lidia do Carmo e do sr.
Amaro Barata, irmã do sr.
Artur de Olíveira Barata, da
Sertã e dos nossos amigos
srs. Carlos Martins, de Oliveira
do Hospital e Jacinto
de Oliveira: Barata, cem cujo
funeral, além de muito povo,
tomou parte um piquete dos
Consultas todos os dias, das
12 às 15 horas,
MR == fe tão –
Um CENTEI
COMARCA DA SERTA’
Francisca Tomé, que sê engontra” internâdo no hospital, conta a sua vida
a “A Comarca da Sertã”
Fez antes de ontem 108.
anos—9 dúziasl—o Franeisco
Tomê, aquele simpático vélhito
que caridosamente foi
recolhido no nosso hospital
hã muito tempo. Vê-o, de fugida,
a gente da vila, quando
êle se dispõe a vir por aí
abaixo, muito trôpego, arrimado
ao seu bordão, de grandes
barbalhas grisalhas, casaco
comprido e chapeu de
côco já safado pelo uso constante,
abas amolgadas pelos
muitos cumprimentos,- porque
o nossu Tomé é todo mesureiro,
notando-se logo que:
privou com pessoas decentes
e educadas. :
Dispusemo-nos a ouvir o
Francisco Tomé e fomos,
por isso, ao hospital precurálo;
estava êle tranquilamente
sentado num bancó do jardim,
a fumar a sua cigarrada.
Saiidâmo-lo, e logo o-homemzito
se levantou:presto,
como se tivesse metaded:a:
idade, descobrindo se respeitosamente,
j
—Queremos que nos conte
a sua vida, dissemos-lhe em
forte metal de voz, porque o
nosso entrevistado, coitado,
ouve mal. E à série de pre- de
guntas que lhe fizemos, diznos
êle com tôda a calma;
com a maior presença de espicito,
ligando as ideias: sem
titubear: pa
— Nasci no Alcaide, do concelho’do
Fundão, sou filho
de pai incóguito e quem me
criou já morreu hã muitos
anos… Andei na escola com
o Conselheiro sr, João Franco.
Estive aqui, na – Sertã,
muito tempo, tendo trabalhado
por conta do- empreiteiro
Manuel Alves, do Cimo
da Ribeira, que tinha a seu
cargo a construção de um
troço da estrada de Castelo
Brancço à Sertã. Teria eu; en-:
tão, 57 anos. Há que “tempos
que isso lá vai! E’ “decorrido”
meio século… Depois estive,
quási Sempre como pastor, a”
servir em casa dos srs, Zuzimas,
Sebustião do Pinhal, José
Nunes e Silva, dr. Peixoto
Correia, José Correia, Fernando
e Gustavo Bartolo, tcdos
cà do concelho. Todos me
tratavam bem. E
É prossegue, agora saiidoso
dos seus tempos de rapaz,
duas lágrimas, como pérolas
brilâantes, a bailarem-lhe nos
olhos, na reconstituição de um
longinquo passado: . |.
— Tinha 22 anos quando
assentei praça
Branco, no 8 de Cavalaria;
depois fui para Lisboa; pará
u Guarda Municipal, de que
era comandante o General
Macedo, onde estive até. aos
40 anos. j a
Antes de vir para o hospital
andava a pedir esmola.
Foi o sr Augusto Rossi, que
então era provedor e o sr,
em “Castelo
lhes pedi nada!
—E vocemecê gosta de cà
estar?
— Gosto, sim sr, aqui têmme
tratado sempre bem; mesmo
eu não tinha quem ime
remediasse. Mal posso andar,
tenho o corpo muito utormentado;
nunca tive nenhuma
doença perigosa e cà estarei
até Deus Nosso Senhor
me chamar a contas… Na
volta das luas é que me incham
os pés, mas isto é da
velhiçe. Como bem, graças a
Deus não tenho fastio. O único
mal que tenho, sr., é sentir
o corpo abalroado da velhice…
–Já usa barba hã muito ?
— Uso barbas hã poucos
anos, O sr. dr. não quere
que eu as corte e não hã
outro remédio, que a gente
tem de fazer a vontade a quem
deve obrigações! Ele, logo que
eu para aqui vim, me disse
que a despontasse aqui de
roda, mas mais nada…
O centenário Francisco Tomé
—A vocemecê há-de-lhe custar
estar sempre aqui…
— Isso é verdade, sim sr.
mas cu mal posso andar…
Gostava de sair para arranjar
algum pataquito para os
cigarritos, que eu gosto mui-
-to de fumar;não estranho a
falta de comida, mas a falta
de tabaco…
E prometemos dar-lhe dinheiro
para tabaco, tôdas as
sémanas, sempre, do fundo da
assistência do jornal, evitando
que o pobre homem, vergado
ao pêso dos anos, ande por aí
“a mendigar uns cobres para
matar o vició que há-de morrer
com êle,
Com que alegria êle acolheu
a nossa oferta, não se
cansando de agradecer! Fize-
‘mos um cigarro que lhe oferecemos.
A satisfação indizivel
que sentiu ao saborear as
primeiras fumaças, vendo as
espirais de fumo a evolar-se,
refletiu-se bem na nossa alma
e como êle sentimos, então,
um momento de prazer, aque- dr. Angelo Vidigal que tiverum
dó de mim… que eu não
le que nos é proporcionado
ao praticarmos uma acção boa,
– Funcionalismo
Por ter terminado !
comissão de ERES Fi PM
ção de Finanças de Oleiros,
regressou à Sertão aspirante
gr. Manuel Milheiro Duar-
— – —Foicolocado secretário de
‘inanças em Vila d| o tBeido
tônio Verças Nunés.
oo pooooao Han oo vooonanogpaossasaa
“Interêsses de Amêndoa |
O sr Ministro das Obras Pi
blicas e Comunicações concedeau
comparticipação de
Esc. 21:75280 Pa SR o tá
Anxilio ao nosso jornal
“Muitos dos nossos presados
assinantes e amigos nos
vão dando a indicação de novos
àssinântes, competindonos
agora fazer referência aos
srs. Luiz Ribeiro Vaz, de So.
breira Formosa, Antônio Fernandes,
do Sobral, Jacinto Barata,
de Pedrógão Pequeno,
José C. Martins Leitão, de
Lisboae Luiz Lourenço, de
urenço Marque
todos,
s” mento das ruas da Amêndoa.
decimentos,

os melhores agra-
Tal Judicial OR
Fevereiro
Julgamento
Dia 1— Acusado pelo Ministério
Público respondeu Domingos
Francisco Barata, casado,
de 44 anos, motorista e
proprietário, natural e morador
na Sertã, caucionado, por
no dia 4 de Dezembro do
ano findo, pelas dezoito e
meia horas, nesta vila, quando
conduzia o seu automóvel
33609 e subia a Rua do Vale,
ao entrar na Rva de Sertório,
tazendo a curva fora de mão,
com excesso de velocidade,
com a luz dos farois ao máximo
e omissão dos necessários
sinais acústicos e ainda
por inconsideração e negligência,
haver atropelado o comerciante
desta vila, sr. José
Ventura, que veio a falecer
victima das graves lesões recebidas
e resultantes, como
consegiiência necessária, da
violência do embate.
Julgada procedente a acusaçãoe
o arguido autor do
crime do artigo 368.º do Código
Penal, como efeito da sua
negligência e da autoria material
das transgressões dos
artigos 31, 61 n.º 1 e4,5882.º
e 64 do Código da Estrada,
aprovado pelo Dec. 18.406 e
punidos pelo artigo 144º do
mesmo Código e Decreto
26.929, de 25 de Agôsto de
1936; eatendendo a que a seu
favor militam as atenuantes
de bom comportamento anterior
alegado, a de ser um
bom chefe de familia, a de
possuir carta de condução de
eutomóveis há perto de 12
anos sem nunca ter tido qualquer
dissabor, a de nunca ter
“sido condenado por infracção
das regras de transito, foi condenado
na penade sete meses
de prisão, igual tempo de multa
a dois eseidos por din,
das multas de 100800 pelas
transgressões dos art.” 36 e 61
e no impedimento de conduzir
por oito dias, na de 25800
pelas dos art.t 58 e 64, 500800
escudos de imposto de justiça,
estas e aquelas com osacréscimos
legais, importancia devida
aos peritos e em vinte e
cinco mil escudos de indemnização
à viúva e filhas da vitima;
mas tendo em considefraçãoo
número e a importância
das circunstâncias atenuantes,
a ausência de agravantes
quanto ao crime, pois
só há quanto às transgressões,
a da acumulação que
não pode ser agravada, como
se infere da leitura dos ar.
tigos 33 e 36 do Codigo Penal,
e o preceituado no art.º
22 do Dec, n.º, 1 de 15 de Setembro
de 1892, foram substituídos
quatro meses da pena
de prisão por multa a
doze escudos por dia.
S0B0naDaGooa BAonDOs Dados novo pnanoa
O duplo Centenário
Nas capitaisde tôdas as provincias
está prevista a organização
de grandes festas populares
destinadas a conservar
e fixar as tradições, usos,
costumes e trajos característicos
do povo português, que
tendem a desaparecer mercê
de circunstancias várias,
Entre o programa das festas
devem figurar exposições
etnográfiças, paradas
folclóricas, feiras regionais é
outros actos festivos tendentes
a criar nas populações o
culto das suas riquezas expressivas
e tradicionais e o
sentimento da conservação
do pitoresco e do carácter nacional.
As festas devem ainda abranger
comemorações civicas, religiosas
e uctos solenes em
ue se celebrem às plórias
us provincias e os padrões
têm,
históricos que nelas se con-
Notas ao correrd.a pena
Cardigos não podia ser
previlegiada e escapar à fúria
dos vendavais e às chuvas
intensas que nos últimos
dias teem visitado a região.
A passagem das rajadas violentas
tem sido assignalada
por vários prejuizos materiais,
destacando-se a derrocada
de uma das artísticas
cruzes de marmore da Ordem
dos Templários que encimava
a empena do sul do transepto
da formosa matriz desta
vila.
Quem mais sofre com este
cataclismo é a classe trabalhadora,
a cuja crise já nos
referimos em passadós números
dêste jornal. Não podemos
deixar de afirmar que
esta crise se vai asravando
de dia para dia.
Há necessidades inadiaveis
a que seria de justiça recorrer
para se dar trabalho a
quem o solicita.
E os anos vão passando, os
trabalhos na região abandonados
ou adiados, o comêrcio,
indústria e agricultura
sofrendo, e o proletariado esquecido
—todos lutando com
as consequências dêste abandono.
E cá continuamos prégando
no deserto.
* de
No passado sábado celebrou-
se em Cardigos o casamento
do nosso amigo sr
Ramiro Cardoso Nunes com
a Ex.” Sr.2 D. Josefina Car
doso, sobrinha do nosso amigo
Rev.º Padre António Joaquim
Cardoso, em cuja companhia
residia de hã alguns
anos a esta parte. Este sr,
foi um dos padrinhos, bem
como um dos irmãos do noivo,
residente em Africa, representado
pelo nosso amigo
o sr, Alberto Tavares, de madrinhas
as Ex.mºs Sr,’s D. Lucina
Cardoso Mendese D, Amália
Cardoso, respectivamente
tia dos noivos e irmã da noiva.
Os noivos são dotados dos
melhores dons de carácter e
coração e dignos de tôdas as
venturas — que sinceramente
lhes desejamos.
a *
Encontra-se em Lisboa, onde
foi consultar um especialista
de doenças de olhos, por
motivo de um acidente em
uma das vistas a Exma Sr.
D. Maria do Ceu Cardoso Tavares
Fernandes, acompanhada
de seu esposo o nosso
amigo sr. José Fernandes,
residentes nesta vila,
Muito do coração desejamos
um feliz e rápido restabelecimento
de saude à ilustre
enferma,
% *
Tem estado em Cardigos o
nosso amigo sr. José Maria
Tavares, de Azenhas do Mar,
com sua Ex.”* esposa, a quem
muito respeitosamente cumprimentamos,
mw *
E para terminar permitamme
que chame a atenção das
mães (hoje tanto em evidência
e com rázão) para um
facto simples na aparência
mas que revela os sentimentos
de uma formosa alma de
criança— sem dúvida educada
por uma carinhosa e boa
mãe—, e de que fui testemunha.
Ei-lo: po ,
Seguia pela estrada fora
um ancião octogenário, alque.
brado, amparando-saeo in
uma benção
em comp ensação, numa a
ça de Deus— que tudo vê…
DA Pra “a ; à E
A
Po,
Sa
Va a
e
&
onoDaDa,
2% 42%
= Madi
o
& o
%,
Vindo de Ferdando Pó encontra-se”
em Sobreira Formosa, de visita a sua
familia, o nosso presado ussinante sr,
Domingos Alves Cruz. a quem apresentamos
boas-vindas,
bordo do «Angola» partiu
para a Beira o nosso presado assinante
sr José da Craze Silva, funcionario
da Companhia de Moçambique. Dese-:,
jamos-lhe óptima viagem e muita saú-
E
Whl Estiveram: em Pedrógão Pequeno,
0ssrs, Verissimo Duarte Xavier e
António Rafael Baptista, de Lisboa, no
Cabeçudo, os srs, Capitão J, Antão Nogueira,
com seus filhos e Acacio Graça,
com sua «sposa, de Lisboa, na Sertã, o
sr. Capitão J, Joaquim Lourenço, de
Tomar.
– WI Com sua esposa encontra-se n»
Porto osr. dr. José Carlos Ehrhardt.
ANIVERSÁRIOS NATAL.
CIOS
| 12, Carlos António de Sousa, menina
Guiomar, filha do sr. João Casimiro
e D, Ernestiva Marinha David,
Lisboa — 14, D. Maria Eugênia Dias é
menino Abilio, esposa e filho do sr
António Dias, Outeiro da Lagoa — D.
Maria de Jesus Farínha, Lisboa—
Henriqueta Ribeiro Tasso de Figue)
redo, lomar — 15, Filipe Nunes Barata,
Lisboa — 17, D. Laura Morais
Carneiro de Moura, D. Cristina Cal-.
deira Ribeiro, dr. Francisco Nunes Cor=
rêa, Rogério Pedro Farinha é menino:
Ernesto, filho do nosso director — 20,
Adrião Farinha,
Parabens,
S099900H0 oanaoono:vonDaoDa cnocBavay’
Sobreira Formaga
Pedido de Casamento
Para o sr. Julio Franco. de. E
Matos, conceituado comer
ciante nesta vila, foi | pedida
em casamento a gentil menina
Olinda de Nazarét Ribeiro
Esteves Ferro, filha
muito querda do sr. AgostinhoFerro
e da sr.* D, Tereza
Ribeiro, de Gavião de Rodão.
nd
A noiva, que alia. a uma, :*
grande gentileza pessoal, ex- 7
cepcionais dotes de espirito e; à
coração, pertence a uma ilus- 4
tre familia do concelho dê
Rodão.
O noivo, filho do sr. Fla-.,
miano Ferreira de Matos e
da sr” D. Justa d’Almeida:
Franco de Matos, importans;;
tes e conceituados comerciantes
e proprietários nesta vis» =
la, é um comerciante activo e; –
trabalhador. ”
Aos simpáticos noivos, tão.
dignos de serem felizes, desejamos
do coração as melho–:
res venturas. tes
O enlace deve realizar-se». =
ainda êste ano. Ea
Cc.
Este número foi visado de…
Comissão de Censura
de Castelo Branco
OM à
atas,

Ao tirar o lenço de um dos |
bolsos para limpar o nariz de ?
um pingo teimoso—fructo da á
idade e da humidade do tempo—
a bengala escapou-se-lhe
da mão e resvalou para uma
valeta, Um garoto que a distancia
brincava com outros À
rapazinhos da mesma idade, |
viu num relance a atrapalha- |
ção do pobrezinho ao preten.. +
der apanhá-la, e num impul- Aa
so rápido, deixou à brincade- |
ra e correu pressuroso aerguer
a bengala que entregou |
a seu dono,
E encontraram-se, dele. E
Abençoada ‘creançal
olhaves e dois sorrisos —o
criança revelador da alegria |
que lhe ia na alma pelo pra .
zer do dever cumprido na ‘
linda acção que praticou, eo
do ancião numa emoção, de.
agradecimento que exprimia ue sem dbvidá
deverá fructificar um dia, |
separável bordão,
1939 — Janeiro,