A Comarca da Sertã nº127 28-01-1939

RESTOR, EDITOR E PROPRIETARIO
“Pduando Panata da Tilva Coreia
—— REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses do
Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei; e freguesias de Amêndoa e Cardigos (do co
AVENÇADO
RIR
comarca da Sertã: cong
DR. JOSÉ CARLOS EHRHARDT
DR. ANGELO HENRIQUES VIDIGAL
ANTONIO BARATA E SILVA
| DR, JOSE BARATA CORREA E SILVA
EDUARDO BARATA DA SILVA CORRE
elos de Sertã,
ncelho de Mação)
Composto e Impresse
NA “
GRAFIA DA SERTA
Largo do Gliafariz
SERTÃ
28
1939
O Regulamento do Imposto
A Prestação de Trabado
nosso concelho, para o ano
ente, foi aprovado em sessão
Conselho Municipal de 15 de
Novembro findo.
Omapa respeitante ao lançaento
do Imposto será organizaaté
ao fim de Maio e depois,
editais, anunciar-seá que o
esmo estará patente, durante 15
“dias, na Secretaria da Câmara
contribuintes o poderem
minar. Feitas as alterações
provenientes de reclamação, será o
o organizado definitivamen-
– O Imposto será pago numa só
Erico, durante o mês de Seé
ERRO
OM uma rapidez verdadei-
= ramente fulminante, que
‘ demostra magnífica prepara-
“ção militar, os nacionalistas têm
levado de vencida vs «vermelhos»
euns após outros têm sido consewidos
todos os objectivos no sector
da costa mediterrânia.
-E’ de supor que Barcelona não
prolongada resistência;
endo assim pode-se contar com o
“Próximo fim desta guerra horrorosa,
sorvedouro brutal de vidas
= eriquezas, de energias criadoras,
transformou a Espanha nu-
Parera sangrenta, onde os homs
se degladiam com uma ferocídade
brutal.
* Barcelona é agora o principal
bjectivo dos nacionalistase a sua
à posse representa para as tropas
Eranco mais um valioso triunfo:
Barcelona, com efeiso, é o prineiro
porto do país vizinho, ao
morte da costa oriental, a segun-
3 d j lade em população e o prin-
E centro da indústria fabril,
* *
ça
“4 tomada de Barcelona, dada
ga depois de ag Ag esta nola,
causou grande alegria na
Sertã, como era de esperar.
“Se aprovada a postura para
automóveis de praça
da Sertã,
AE
ARO
“O Elrapetro do Volga» é o
filme maravilhoso que será
ba Egetado no nosso écran na
noite de 22 do próximo mês de
0, do de Cinzas,
indo, por certo, uma noite
acção e arte admirável, de
os cinéfilos hão-de tirar o
or partido e que o público,
modo geral, apreciará em
seu valor, porque se tralivamente,
de uma fita exta-
a o sr. Manuel Tosoa,
de Lisboa, que ac:
har. contrato com o Gré-
GORE
f ita é exibida em
ense para a orgasal
E “spectánlios
O pleno uso de um direito con
do pelo Código Administrativo, |
lançou a nossa Câmara Municipal
o Imposto de Prestação de Tra- |
balho, cujo primeiro Regulamento,
aprovado pelo Conselho Municipal em sessão
de 5 de Setembro de 1938, entrou em vigor
em 15 do mesmo mês.
A liquidação voluntária do mesmo Imposto,
relativa a 1938, fixou-se entre 15 de
Outubro e 15 de Novembro.
Diz o artº 603 do Código Administrativo:
«O Imposto de Prestação de Trabalho, que poderá
sempre ser vemido a dinheiro, consiste no serviço
de pessoas, animais e cousas do concelho em
um dia do ano.
«$ 1.º São obrigados ao pagamento do Imposto
de Prestação de Trabalho todos os chefes de |
familia re. sidentes ou proprickirios na circunscrição
municipal:
«r.º Por si e por cada um dos membros da sua
família ou domésticos de vinte eum cinquenta
anos de idade, que residirem na área do concelho e
jotas… mposto 00 Traba
feri- | forma que, ‘a Câmara, em relação às
[aplicou o imposto. base
forem varões válidos;
«2.º Pelos carros, carretas, animais de carga,
de tiro ou de sela que empregarem habitualmente
na circunscrição.
«$ 2º Ficam isentos do Imposto:
«r.º Os chefes de família com mais de cinco
filhos legítimos a seu cargo, quando pagem anualmente
ao Estado menos de 300800 de contribuições
directas;
«2.º Os indigentes.
«$ 3.º A tarifa de remissão do Imposto de
Prestação de Trabalho será elaborada anualmente
e junta ao orçamento ordinário do concelho.
«$ 4º O mapa do lançamento do Imposto estará
patente, durante quinze dias, na respectiva secretaria,
para os coniribuintes o poderem examinar,
o que se anunciará por editais.»
A quem competia fazer o recenceamento
para que a Câmara pudesse organizar os
mapas de lançamento do imposto? A’s Juntas
de Freguesia. Mas as Juntas de Freguesia
do concelho da Sertã, umas por timidez,
outras por negligência, não quiseram fazer o
recenseamento ou fizeram-no em péssimas
condições, numa base injusta, falha de critério,
sem o apuramento consciencioso de tódos
os elementos que deviam servir para a
aplicação equitativa e racional do tributo. De
|
|
Er
freguesias
de que não recebeu quaisg Jer elementos,
ão às outras aplições
dadas pelas
mento eleitoral e em rela
cou-o consoante as inforn
Juntas.
A verdade é que, em qualquer dos casos
têm sido apresentadas numerosas reclamações.
que o sr. Presidente da Câmara, dentro
de um espirito conciliador e justo, pretende
atender, atenuando, tanto quanto possivel,
os efeitos desastrosos causados pela falta de
informações ou por informações deficientes
e erradas, procurando que o imposto, no ano
decorrente, assente numa base de perfeita
Justiça.
Quando as Juntas de Freguesia se não
encarregassem dos serviços de recenseamen
to, seria de todo o ponto justo que êles fôssem
confiados a pessoas de absoluta idoneidade
moral,
Todos nós sabemos bem que o cumprimento
de qualquer: lei tributária importa
sempre uma certa dificuldade, uma má vontade
e indisposição da parte de quem lhe está
sujeito. Ora convém, precisamente, que se
suavise a faceta odiosa da lei, harmonizando
a sua aplicação com os princípios rigidos que
a regulam.
À lei é dura, mas é a lei A lei não estã
divorciada da Justiça; muito antzs pelo contrário,
fundamenta-se nela.
Após a Revolução do 28 de Muio passou
a haver a honestidade administrativa e os
dinheiros públicos têm uma aplicação rigorosa,
que salta aos olhos dos mais incrédulos.
Dantes existia no espirito do povo uma
atmosfera de acentuada desconfiança quanto
no destino que levava o seu dinheiro, impressão
que ainda não desapareceu comple:
tamente. Por isso mesmo e já que não é possivel,
dum fôlego, reduzir os tributos gue
oneram o povo, alguns quási incomportáveis
para parte da população rural, ao menos que
a sua incidência seja feita dentro da mais
estricta imparcialidade e incontroversa Justiça.
Porque, incontestavelmente, o povo verà
depois, em obras palpáveis, em melhoramentos
materiais de valor, de absoluta necessidade,
por que sempre aspirou, que não
foi inútil o sacrifício que lhe pediram.
Companhia Eléctrica das Beiras
Val ser financiada pela Gaixa Nacional
de Crédito
Pela portaria de 17 do corrente,
publicada no «Diário
do Govêrno» II série, nº 14,
foí autorisada a Companhia
Eléctrica das Beiras a contratar
com a Cuixa Nacional
de Crédito um financiamento
de 15 mil contos para realização
das obras da barragem
de Santa Luzia.
Este financiamento, e a
emissão de acções que segundo
nos consta será. brevemente
oferecida ao público,
asseguram a realização
do maior aproveitamento hidro-
eléctrico português, iniciativa
de portugueses que
vai ser realizada pela Compadivisão,
ser RURa taçes
| nhia Eléctrica das Beirus,
Matrizes prediais
– Encontram-se em reclamação
as matrizes prediais.
Todos os contribuintes, quer
por compra, quer por herança,
que desejem passar os prédios
para seus nomes, devem
fazê lo durante êste mês.
Sô são mutáveis os prédios
que nas matrizes estejam inscritós
em artigos inteiros, os
que já se encontrem traccionados,
ou os que, fraccionados
agora, tenham uma
àrea para cada fracção igual
ou superior a 5.000 metros
quadrados. Para êstes últimos
é necessário requerer a sua
Os prédios urbanos podem
raccionados, seja qual
for o seu tamanho. À
Os beneficios do Estado Novo
A palavra Estado Novo é aquela
que, na nossa mente, nos traduz o bem
comum de todos os portugueses, e o
progresso da mais rudimentar aldeia à
mais nobre Cidade,
Para o Estado Novo, foram escolhidas
as mais nobres inteligências, cheias
de boa vontade, para levar os benefícios
até as povoações mais afustadas,
Estas. minhas simples palavras que
traduzem o agradecimento de todos os
habitantes da povosção do Brejo da
Correia, e das povoações: circunvizinhas,
são dirigidas a sua Ex.º o diguissimo
Administrador Geral dos Correios
e Telêgrafos, por ordenar que na dita
povoação fosse colocada uma caixa de
correio, melhoramento que se realizou
no dia 1 de Janeiro crente, e que deu
motivo a grandes manifestações “de “ale-
* Viva o Estado Novo,
” Sernache do Bomjardi :
neiro de 1959, pe RA
Erancisco Inácio Correia
ando-se no recenseagria’e
geral contentam=e= n=.t.os.,. ..
LGUNS matulões que
E não têm que fazer passam
as manhãs de domingo a
exercitar-se, em velocipedes alugados
para ial fim, na estrada
nacional e na avenida Baima de
Bastos, entre as duas pontes, ixcomodando
as pessoas que por
ali transitam e com visto de as
atropelar.
Ora êstes meninos não podiam
ir antes treinar-se para aestrada
de S. João do Couto? ‘
o
E Direcção da Casa do Povo
de Sernache do Bomjardim
vai promover, no Teatro
Tabordu da localidade, uma «série
de conferências culturais, públicas,
dedicadas à população: de
Sernache e das localidades próximas.
E’ de esperar que elas terão o
seu início muito em breve.
am AL
tes de 88 0 número de quiomóveis,
camionetas e
motos-manifestados na Camara
Municipal do nosso. concelhoe,
nóle existentes, até ao dia 15 do
corrente, data em que terminou o
prazo para tal efeito.
DA ARORAGAAT RA
OR tódas as ruas da vila
se vêcm espalhadas cascas
de laranja, em tal quantidade
que bem pode dizer-se que
muita gente não come outra coisa!
As ruas são consideradas logradouro
de muitos, que assim. pros
vam o pouco respeito que mantêm
pelos outros habitantes e que muns
ca mais se desapegam de hábitos
innatos de desleixo e sujidade, tam
cararterísticos do seu viver,
Ser porcalhão ao máximo é à
prazer de muita gente que não
conhece outro melhor: ser asseado!
Uma simples casca de laranja
é uma ratoeira armada a – quals
quêr transeúnte descuidado,
OC
[pias ira > esta
semana diversos julgas
mentos em Tribunal Colectivo na
nossa Comarca, cujas sentenças
publicaremos no proximo número,
em virtude dea falta de espaço
verificada nêste.
oo
ASSOU na 3.º-feira o 51º
aniversário da fundação
do Grémio Sertaginense; associação
recreativa que honra a
Sertã, instalada explendidamente
em edifício proprio, quovos’sertaginenses
souberam” erguer num
gesto que muito os ennobrece, a
atestar o seu bairrismo,o seu
amor á terra-mãi. É
ARE
Ol aberto um crédito espex
cial da quantia de É Ne
77-500800, destinadao ocorrer a
espesas com ajudas de custo e
subsídios de marcha pela elabos
ração dos estudos relacionados
com a lei do povoamento floréstal,
mio
E Trans
Obrigações dos contribuintes
durante o mês de Janeiro
Contribuição industrial
PARTICIPAÇÕES sôbre a cessação
do exercício do comércio ou indústria,
no praso de 15 dias, a contar daquele
em que o facto se dê,
RECLAMAÇÕES pedindo a anulação
das contribuições dos que cessaram
e .xercicio do comércio ou indústria
antes de 1 de Janeiro.
Estas reclamaçõe» são apresentadas
até ao dia 1 de Abril, são feita- em
papel selado e com a assinatura do reamante
devidamente reconhecida.
PAGAMENTO até 30 inclusivê, por
uma só vez, das colectas inferiores a
200800. Idem das 1.º prestações das
semestrais e trimestrais iguais ou superiores
a 100500. A falta de pagamento
da 1.º prestação importa a cobtança
Era de todas as prestações em divida,
Imposto profissional
“Os mesmos prazos para as participações,
reclamações e pagamento da
contribuição industrial,
Contribuição predial
PARTICIPAÇÕES dentro de 15 dias
da data em que os prédios urbanos vagarem
à
RECLAMAÇÕES até 30 sôbre qualqner
facto matricial, para o que as matrizes
estarão patentes vos contribuintes
durante êste mês.
RECLAMAÇÕES até 1 de Abril pedindo
a anulação da contribuição predial
referente aos prédios urbanos que
no ano de 1938 estiveram devolutos.
MATRIZES PREDIAIS. Durante
o mês de Janesro podem os contribuintes
examinar as matrizes prediais e requerer
quaisquer averbamentos provenientes
de alterações nos nomes dos
pessuidores.
PAGAMENTO até 30 imclusivé das
co’ectas inferiores a 10800. Idem da 1.º
prestação semestral e trimestral, igual
ou superior a 50800.
Imposto de trânsito
Renovam-se durante êste mês todas
as líceuças de impôsto de trânsito excepto
as isentas que não carecem de renovação.
Tabacos e isqueiros
Renovam-se neste mês as licenças
para venda de tabaco e para uso de
acendedores e isqneiros, cuja renovação
deve ser efectuada antes de praticado,
no presente ano, qualquer acto
de venda de tabaco ou uso do acendedor
ou isqueiro,
Impósto sôbre aplicação de capitais-
Secção À
RECLAMAÇÕES até 1 de Abril sôpre
qualquer êrro havido no lançamento
dêste ia
| PAGAMENTO até 30 do corrente,
* per uma só vez, do imposto liquidado.
Imposto complementar
RECLAMAÇÕES até 1 de Abril
contrao seu lançamento e qualquer
êrro nas colectas.
PAGAMENTO até 50 do corrente,
por uma só v2z das colectas inferiores
a 200800 Idem das 1.º prestações semestrais
e trimestrais, iguais ou superiores
a 100500.
Taxa Militar
PAGAMENTO nêste mês e no de
Fevereiro, perante a Câmar« Municipal
vu perante o Distrito de Recrutamento
é Mobilização, por meio de estampilhas
fiscais de 30 e 50800, coladas e
inutilizadas nos titulos de isenção modelos
5 e 6.
COMARCA DA SERT’A
ANUNGIO
(2.º publicação)
Por éste se anuncia qgie no
proximo dia 29 do corrente mes
de Janeíro, belas doze horas, à
porta do Tribunal Judicial, desta
comarca da Sertã, se ha-de
proceder à arrematação em hasta
publica dos brédios a seguir
designados, pelos preços neste
indicados.
PREDIOS
7º—Uma casa de habitação
no lugar de Sernadas, freguesia
de Cardigos. Vai pela segunda
vez à praça no valor de quinhentos
escudos. 500800
2º–Uma terra de semeadura
com oliveiras no sitio do Verdeal
limite de Sernadas, freguesia
de Cardigos. Vai pela segunda
vez à praca no volor de dois
mil escudos 2.000800
3º —Uma terra de semeadura
no sitio dc Vale da Abilheira,
freguesia de Cardigos, limite de
Sernadas, Vai pela segunda vez
á praça no valor desete centos e
cincoenta escudos, 750800
4º—lUma terra de semeadura
com oliveiras no sitio da Fos do
Lameira, limite de Sernadas,
reguesia de Cardigos. Vai pela
segunda vez à praça no valor de
mil escudos, 1.000800
5º—Uma terra de mato no
sitio dus Fontainhas, limite de
Sernadas, freguesia de Cardigos.
Vai pela segunda vez à praça
no valor de duzentos e cincoenta
escudos, 250800.
6º=Uma terra de semeadura
com oliveiras no sitio de Casagaio,
limite de Sernadas, freguesia
de Cardigos, Vui pela segunda
vez á praça no valor de mil
e cem escudos. I.100800
Penhorados nos autos de execução
por custas e selos em que
são exequente o Ministerio Pnólico
e axecutados Manuel Farinha,
comerciante e mulher, de Sernadas,
freguesia de Cardigos, cujo
processo corre seus termos na comarca
da Figueira da koz, e foi
extraida a competente carta precatória
para avaliação e arrematação.
São por este citados quaisquer
credores incertos para assistirem
a arremaiação neste
anunciada.
Sertã, 10 de Janeiro de 1939
Verifiquei
O Juiz de Direito
Armando Torres Paulo
O Chefe de Secção
Angelo Soares Bastos
NORBERTO PEREIRA GARDIM
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(á Praça da República) -SERTÃ
ANUNCIO
(2.º Publicação)
Por êste se anuncia que no
próximo dia 29 do corrente
mez de Janeiro, pelas doze horas,
à porta do Tribunal Judicial
desta comarca da Sertã,
se ha-de proceder à arrematação
dos prédios a seguir
designados, pelos preços neste
indicados.
1.º — Uma casa de habitação,
um pequeno quintal e um
bardo, no lugar dos Maxiais,
freguesia de Sobreira Formoza.
Vai pela segunda vez á
praça no valor de trezentos
escudos.
2º — Uma pequena terra
com duas oliveiras, no sitio
do Chão do Linho, limite dos
Maxiais, freguesia de Sobreira
Formosa, Vai pela segunda
vez à praça no valor de
cem escudos — 100$00.
3.º — Uma terra de mato
com oliveiras inferiores no
sítio da Cor Grande, limite
dos Maxiais, freguesia de So
breira Formosa. Vai pela segunda
vez a praça no valor de
cento e vinte e cinco escudos.
125400
E’ depositaridoos menciodos
predios Jose Ribeiro Casa
Nova, casado, proprietario, morador
no lugar dos Maxiais,
freguesia da Sobreira Formosa.
Os referidos prédios foram
penhurados nos autos de execução,
por custas e selos que
o Ministério Publico móve
contra José Ribeiro, viuvo «e
suas filhas menores de nomes
Tercza do Rosario e Maria do
Rosario.
São por este citados quaisquer
crédores incertos para
assistirem à arrematação
neste anúnciada.
Sertã, 9 de Janeiro dé 1939
Verifiquei
O Juiz de Direito
Armando Torres Paulo
O Chefe de Secção
Angelo Soares Bastos
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— Advogado SERTÃ
ALBANO LOURENÇO DA SILVA
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craveiras, gratuitamente.
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CABAÇOS
Nesta Redacção acha-se
aberta a inscrição até 31 do
corrente e desde que ela atinja
10 alunas, as lições serão
ministradas na Sertã, princi- piando logo que se complete aquele número.
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Localidad heg Parag. Part. Localidade Gheg. Parag. Part. Localidade Cheg. Parag. Part, Localidade Gheg. Parag. att
RARA es OE ps Ear TAbIUa o. o» — — — 10,00 |Petrúgam Pequena — — 6,30Sertã . . lis RR
semache doomjardim. . 805 0,05 8,15J2antarém. . H 13,00 0,15 13,15|Ramalhos . . . . 650 0,05 715jMaxeal. a . 18,15 0,05 18,20
Ferrela de Zézera 9,05 0,05 9,10/Torres Nova. . 14,35 0,05 14,40 |Póvoa R. Cerdeira 710 0,05 6,55Alto Cavalo . . 19,00 0,05 19,05
RR O QRO DO 10/00)Tmar . o 245,30 0,10 15,40 ]Setã . . +. 7,30 10,30 7 i5jCesteiro 01 19,15 0,05 1920
Torres Novas. 10,50 0,05 10,50 Ferreira de Lezere . . 16,20 0,10 16,30 )PivoaçR. Gerdeira. 18,20 0,05 18,25jDleiros ns cc AGO
Santarém. 12,15 0,20 12,351 Zernache do Bomjadim. 17,10 0,10 17,20 |Ramalhos . . 1840 0,05 18,45 AS 2º E SEXTAS FEIRAS
Lisa… 45,80 — — Jimi, . 171,40 — — |Pedrógam Pequeno, . 19,00 — — loigiros : RE pis
ar x 1
NÃO SE KFECTUA AOS DOMINGO a : Sa no e e
: : NAO SE EFECTUA AO DOMINGO l|yaxal | “o vão 005 180
CAMIONETES ENCARNADAS—A «Companhia de Viação de Sernache L.d, Santi E E a E
responsabilidade de todos os seus serviços. | ELES
TERÇAS E SABADOS
i
A COMARCA DA SERTA’
NOTICIAS vE
Figueiró os Vinhos
vaneiro, 2
A velocilade que ulguns
automobilistas imprimem aos
seus veículos, ao passarem
nesta vila, põe em perigo a
vida de muitas crianças e até
de alguns adultos,
* Não se justifica a desordenada
corrida nesta localidade
que é habitada por três
mil pessoas; sabemos, perfeitamente,
que um automóvel
não é um carro de bois, mas
também entendemos que Figueiró
dos Vinhos não é um
deserto onde se possa passar
em louca correria, «por cima
de tôda a folha», sem respeito
pela vida dos seus habitantes.
“” *
Foi nomeado Conservador
do Registo Civil em Mesão
Frio, o sr. dr. Joaquim Alves
Tomaz Morgado, advogado
nesta vila,
. a
Informaraqmue- vnaio fsun –
cionar nesta localidade uma
agência do Banco Espirito
Santo.
+ “
Chamãàmos a atenção das
autoridades para o facto de
certos cavalheiros, que dormem
de dia,e de noite se entregam
a fazer algazarra pelas
ruas da vila….
Pelo Grémio R. Figueiroense
Com bastantejconcorrência
e animadamente, têm-se realizado
no salão desta colectividade
os costumados bailes
do Natal e Ano Bom. Si nplesmente
é de lamentar, que neles
tomem parte individuos
embriagados que tocam as
raias da ignorância e má
educação, pois às vezes cheam
a ser imorais. A” Ex,”?
irecção pedimos o necessário
procedimento.
Ouvimos dizer que no passado
domingo, dia de Bom
Ano, no Café Cardoso, desta
vila, se envolveram em desordem
certos individuos cujo
nomes não mencionamos,
na qual, ao que parece, O próprio
dono daquele estabelecimento
deu e levou. Muito
bem… óptimo réclame.., .
Janeiro, 10
Realizou se no passado domingo,
dia 8, na Sertã, um desafio
de foot-ball, entre o grupo
dos «Galitos» e o brioso
grupo da Sertã, vencendo êstes.
O árbitro, dignoe correcto,
agradou,
Os componentes do grupo
desta vila, deslocarâm-se em
camionete e, como sempre,
vão pessoas que amam o desporto,
estando tudo muito
certo atê aqui. Só o que é
vergonhosó e lamentável é
que alguns figurões se recusem
a pagara sua passagem
—4800— merecendo assim e
muito bem o titulo de «Calotciros
» que, aliãs, muitos
se comprazem em ser. Além
de ser ignominioso, tal facto
prejudica quem sun a camionete
em virtude de ter que
desembolsar à importância
ajustada.
Isto, que deveras censuramos,
foi o que nos contaram,
ois não fomôs assistir ao
esafio,
Janeiro, 14
Coisas
Foi nomeado Conservador
Através da
Comarca
(NOTICIARIO DOS NOSSOS CORRESPONDENTES
PALHAIS, 8—- Prosseguem com grande actividade as
obras do cemitério desta freguesia; se o tempo não correr
mal, devem ficar prontas as paredes, até ao dia 22,
O povo está satisfeitissimo por ver que se executa uma
obra que honra a [reguesia de Palhais e de que tanto
necessitava, não só porque o cemitério era de acanhadissimas
dimensões para o actual movimento ms também porque
estava dentro da povoação, o que tinha graves inconveniente
para a saúde pública. A população desta freguesia
reconhece os grandes beneficios que já deve ao Estado Novo
e ao Govêrno de Salazar,
— O problema do abastecimento de água para consumo
público exige imediata resolução, pois que neste ponto estamos
numa pobreza lamentavel:; de verão há pouquissima
água e mesmo assim imprópria para beber, cheia de
impurezas, bicharada repugnante, etc,
Ouvimos dizer que esta freguesia vai ser dotada com
alguns caminhos, oxala isso venha a suceder com a maior
brevidade, pois neste ponto também estamos atrazadissimos,
os poucos caminhos que há são intransitáveis no inverno.
C.
asgon
VILA DE REI, 14-—-Não é por desleixo nem por falta
de argumentos que nos temos descuidado um ponco no
gimpeimEnta da nossa missão de correspondente dêste
hebdomadário, deste orgão defensor dos interêsses do nosso
concelho, da nossa terra,
Sabemos bem que falar da nossa terra, do torrão sagrado
que nos viu nascer, que nos foi berço, onde soltamos
as primeiras palavras, onde demos os primeiros passos,
onde aprendemos as primeiras letras, por mais insignificonte
que seja o episódio é sempre um prazer para o seu
povo, o que vive disperso por diversas localidades do país
e de todo o mundo, visto chegar à sua vista e à sua sensibilidade,
o none do seu ambiente, da sua familia, dos seus
conterrâneos, porem, uma simples inoportunidade a isso
no-lo tem impedido,
Certamente, nenhum de nós, queridos conterrâneos,
ignora que a terra a que acima mui ligeiramente nos referimos,
é o coração de Portugal, a rainha das Beiras eo
Oásis da solidão destes montes e vales, Quando Março expira
e Abril nasce com as brisas da primavera, a natureza
enfeita os seus campos com tôdas as suas galas, convidando
os habitantes das grandes cidades a gosar o perfume das
suas flores,
Em tôda a sua extensão gosm-se momentos de prazer
fnefavel, está rodeúda dc perfumes, amor e poesia.
eixemos por agora, as uas belezas naturais e entremos
nas seus lares desnudos, cujas fumilias são bem a
imagem da tome e du miséria.
No mo vento em que escrevemos estas mal alinhavadas
regras, copiosas chuvas estão cainv’o sobr: nós, inundando
os campos € as estradas já quasi intransitaveis de que resultu
o jornaleio co almocreve não poderem angariar o
pão divrio por algumas semanas. Quem tem um pedicito de
terreno onde possa semear algumus hortaliças e legumes,
ainda vai mitigando a sua situação tão vruciante Mas os
que nada têm?! Sofrer! Sofrer! Sofrer!
E’ assim que vive o nosso povo humilde para quem a
felicidade não existe e para quem a vida é um martírio
constante; Oxalã o nosso porvir seja um pélago de venturas,
—Realizou-se no passado dia 6, no adro da igreja matriz
desta vila, a festa da catequese da freguesia, à qual
assistiram 640 crianças,
—Já começaram os ensaios do nosso grupo dramatico,
cuja primeira récita deve ser promovida no próximo dia 22,
— Amanhã realizar-se-à a assembleia geral, na sede da
Sociedade Filarmónica desta vila, para apreciação de con»
tas e eleição da nova direcção,
—Tem estado gravemente doente o nosso amigo sr.
Luiz Francisco da Silva, conceituado comerciante nesta vila,
C.
usg5o n
NESPERAL, 18–Já regressaam de férias a Ex mê Sr,
D. Ilda Moura e sua ExMê mãe Sr,” D. Júlia Moura, as
quais cumprimentamos muito afectuosamente,
—Também aqui se tem sentido muito os últimos grandes
temporais. Temo vento derrubado algumas arvores €
paredes, o que não nos udmira, porém o que traz admira»
dissimos e abismados é a maveira como a chuva cai mesmo
dentro da sala dá aula na escola, Em cima das carteiras,
na mesa da professora, enfim é uma beira pegada A
Ex.?& profes-ora já pediu providências à Junta da Freguesia,
para ser reparada durante as férias, mas como não se espera
chuva… tem desvulpa
€,
do Registo Crvil nesta vila, o
sr. Eridono Gomes d’Abreu,
de Mesão Frio, que já tomou
posse,
O atropelamento do comerciante
sr. José Ventura
Necrologia
Faleceu na capital, em 17
do corrente, o nosso presádo
Osr. dr. Joaquim Tomaz
Morgado, de Figueiró dos Vinhos,
foi nomeado Conservador
do Registo Civil em Mesão
Frio, para onde já partiu
a-fim-de tomar posse.
Segundo afirmam êstes senhores,
trata-se de uma simples
formalidade, pois dentro
de poucos dias vão fazer permuta,
tendo-se já feito os requerimentos
necessários: a-fim-
-de serem colocados, respectivamente,
em Figueiró dos Vinhos,
o sr. de Morgado eem
Mesão Frió o sr. Eridono G,
Abreu,
Se assim é, porque não foi
colocado logo, cada um, na
Conservatória que desejava ?
Há cada uma…
* *
Consta que vai ser chamado
a capitulo um «faso procurador
» cà da terra, que, ludibriando
pelo célebre conto
de vigário as pobres pessoas
dos longínquos logares do concelho,
lhes extorquiu fabolosas
importâncias…
dias… de mau agouro,..
Cc,
É
Realiza-se na próxima 4.
feira, 1.º de Fevereiro, o julgamento
do motorista Domingos
Francisco Barata, desta
vila, autor do atropelamento
do comerciante sr, José Ven:
tura.
NORA ARAREA CSO
Pela Freguesia do Carvalhal
Faleceu naquela freguesia,
no dia 13 do presente, a sr.
Maria Amália, casada com o
José Pestana dos Santos, empregado
do correio da mesma
freguesia.
O seu funeral foi muito
concorrido e a sua morte
deixou em tôda a população
um sentido pesar pela falta
que ficou fazendo a cinco filhinhos
de tenra idade, sendo
o mais novo de mês e
meio,
Este número foi visado de
Comissão de Censura
de Castelo Branca
amigo e assinante sr. Joaquim
Nunes, de 84 anos de
idade, viúvo, natural do Chão
da Forca (Sertã), pai das 8r.’*
D. Maria, D. Helena e D, Clementina
da Piedade Nunes,
de Lisboa e D. Luiza da Piedade
Nunes, professora oficialem
Vale de Santarém, a
quem apresentumos sentidas
condolências.
BUaDadono sn ob os pa cHasascaBDanananas
Posta do Registo Givil do Pêso
Foi nomeado ajudante do
Posto do Registo Civil da
freguesia do Pêso, de cujo logar
tomou posse na pretérita
3.º feira, na Secretaria Judicial
desta comarca, o nosso
presado amigo sr, Abilio José
de Moura, considerado comeiciante
naquela localidade.
aDODooDODDoo DOSH Dada agan ansacnpassas
Francisco Mateus
Solicitador Judicial
SERTA
SONETO
Para as horas; de amor ede beleza, |
Plenas de. fé, d’esperança e d’iluzões,
Nós devernos guardar nos corações
Um cantinho, escondido da tristeza.
Aí longe do mundo e da baixeza
— Capelinha das nossas devoções —
Teremos — santuário de emoções —
Refúgio contra a dôre a incerteza.
No livrinho das horas já vividas
Revivamos venturas já perdidas:
«Recordar é viver» a felicidade.
No rosário de sonhos, inda quente,
Rezemos, conta a conta, docemente,
Uma oração de amor ou de saidade.
ANA MARIA
Igreja Matriz da Sertã
A* Comissão Fabriqueira
da freguesia «la Sertã foi con«
cedida, como reforço, a verba
de Esc, 8:194$10 para conclusão
das obras de reparação
da nossa linda Igreja Matriz,
que estão prestes a atingir
seu têrmo,
30JDAGHODONS DOoncanadnoa noadocosasas
CABEÇUDO, 16 de Juneiro.
de 1939,
«..Sr, Director do jornal «A
«Comarca da Sertã»
No n.º 124 do seu conceituas
do jornal vem uma carta ou
comunicado referente à minha
pessoa, como pároco do Carvalhal,
que me sensibilisou,
embora me atribúa qualidades
que, infelizmente, não te=
nho. Procurei cumprir, o me»
lhor que pude, com as minhas
obrigações e nada mais,
Agradecido, no entanto, por
esta pública manifestação de
estima, não posso, todavia,
deixar de, por justiça e lealdade
que sempre me caracterizou,
vir dizer públicamente,
que o final do referido vomunicado,
a-pesar-da “palavra
«talvez», me desagradou, por
menos justo e verdadeiro,
O actual piroco, inteligens
te, zeloso e bom, ocupando os
logares aue ocupa, obedece
aos seus legítimos superiores
e nada mais, não mereçendo,
por íssu, a menor censura, ou
mã vontade, antes deve merecer,
a todo o bom povo do
Carvalhal, consideração e estima,
A bem da verdade, Com o
pedido de publicação destas
breves palavras e com a minha
muita consideração, me
subscrevo de V,., ete,
P.º Altrado G,’Lima.
N. R.-—-O comunicado que
publicâmos a pedido de um
amigo nosso da freguesia do
Carvalhal, tráduz bem a simpatia
ea alta consideração
que todo o povo daquela, freguesia
devota ao sr. Pº Lima,
significando, a-par-disso, a
mágoa com que viu 0 seu
afastamento da paróquia. Tôda
a gente do Carvalhal teve ocasião
de verificar que o ar. P,º
Alfredo Lima, além de um
sacerdote modelar e director
espiritual exemplar, é uma
pessoa de rara energia, organizador
e incansável lutador
por tudo o que represente
o bem da comunidade e, em
reforço da nossa afirmação,
basta citar o entusiasmo o a
actividade que vinha desenvolvendo
nó sentido de dotar
a freguesia com uma nova
igreja, cujo projecto, de ma»
gnitica arquitectura, seria
realizado rápidamente – disso
temos a certeza — se o Rev,
P. Lima nli se demorasse mais
alguns meses,
ra estas qualidade de ore
ganização, êste espirito de de»
sinteresse e sacrifício, não
abundam por aí além, mesmo
nas pessoas «ue são cumprido»
ras dos seus deveres,
Estã explicada a razão da
simpatia e estima do povo do
Carvalhal pelo Rev. P,º Lima,
De resto compreendemos que
o autor do comunicado não quiz
magoar o sucessor do gr, P,*
Lima, o qual certamente, não
conhecia ou não sabiá quem
fosse à data em que enviou
a noticia,
;Cursos nocturnos
de: Instrução Primária, preparação
para os exames de
postos escolares e admissão
ao liceu, português, francês, matemática,
desenho, esorlturaçã
comercial e dactilografia, –
Das 20 ás 23 horas,
Nesta Redaoção se Informa.

apago
y mM :
(Continuação do n.º 119).
Núma larga salá “inundada
de intensa luz recebida das
“amplas sacadas abertas para
aquele horisonte de sonho, de-
“parei com um padre ainda
“novo que estava explicando a
diversos jovens, todos de ha-
“bitos talares, um instrumento
dos muitos que havia suspensôs
pelas paredes. AO ver-
“ma surpreendido, ‘dirigiu-seime
dizendo: ENO!
—O colega veio
aaias
“tambêm
(visitar a Ermida, que lhe pa-
RES o pe Ri
tg Magnifica, respondi eu,
meio alheado, Tudo isto é
“belo, e se me quizer; ter por
nei cicerone, mostrar-
Aceito, colega, 0 seu amá-
, vel oferecimento e desde já
‘sumamente lho agradeço,
“«i–Não tem rada que me
“Agradecer, pois que nisso tenho
imenso prazer. Emquan-
“to lhe vou mostrando as be-
-Jezas dêste abençoado torrão
«os mens alunos apanharão
flôres e algumas pedras, cu-
“ju classificação constituirá a
“lição de àmanhã. Lecciono
«ciências naturais no Colégio
«idas Missões e hoje aproveitei,
ao dar êste passeio, o ensejo
de mostrar o observatórig-
aos meus ragazes. Dá-me
licença?
“—Pois não, com muito prazer.
“a Meus senhores, disse vi-
«rado para os seus alunos; vão
idescéndo emquanto subo à
vtorre a mostrar a êste sr,
palre as belezas do des-
« lumbrante horisonte que lá
«de se descobre. Subimos,e
vapenas “chegados à varan-
«da – daquela torre, ao lançar
“um largo olhar por. aquele
= extenso horisonte, senti um
-«verdeiro deslumbramento. Com
-.0s olhos orvalhados de lá-
“wgrimas—lágrimadse imensa
-& Xéntura — o meu pobre peito
arquejante pôde ainda conesentir
que da boca me irromi
esse RBTSATADE pro (O
=-Como’isto-é belo e como
fluido está mudado T
Pelo que vejo, o colega
4% conhecia isto. ,
Sim, mas já hã muitos
mos que aqui não vinha, e
Fam deveras surpreendido ao
r a prodigiosa . transformagão
por que tudo isto passou.
1 —E’ certo, segundo tenho
“ouvido contar, todos êstes
“melhoramentos se “fizeram
“mos últimos cem. anos, Ain-
“da hà dias um velho, quasi
‘entenário, me descrevia à
– história desta transformação
*» da seguinte forma:
»* Em 1850, Sernaché era uma
srhumilde aldeia, tendo ape-
E ;nas,70 ou 80 fogos agrupados
– sem volta do Seminário a êsse
“ctempo ainda fechado e in-
““eompleto. À não ser meia du-
Pogia de casas de boa aparência
“as restantes cram humildes
habitações onde vivia gente
“ usede, fracos haveres, A aldeia
não tinha cemitério público,
Wi qnem açougue, nem.club, nem
entro, funcionando as prô-
: rias escolas em casas parti-
=r «ulares. Não havia estradas
vives ásperos caminhos vici-
» nais achavam-se quási in-
— esotransitaveis. Não havia te-
» Jégrafo e o próprio correio era
– feito.a pé por – pessoas que a
— Wiêso se, prestavam a troco de
– seombinada retribuiçOã oc.omércio
era insignificante, a
: Aputbainea estava atrazadissima
e us indústrias eram
mulas. –
de vista de RE a
E asc vor JágRAÇÃO Sê pa
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‘Sernache no futuro |
DE ADE A ar DO do dg do qn
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AGENDA
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* Po, es
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Com” os seus sôcios srs, José Pedro e
Isidro António Pedro e guarda-livros sr,
Fonseca, esteve na sua casa do Cabeçudo
o nosso amigo sr. José Martins, sócio
! da considerada firma Pires & Martins,
Lo, ae Lisboa.
= Do Cabeçudo partiu para Lisboa
asr.* D, Maria da Cunha Araújo, esposa
do sr, Mario Burtolomeu de Araújo,
digno funcionario superior da Fazenda
em Benguela.
= Tivemos o prazer de v-r na Sertã
os srs, Joaquim Ferreira, sócio de «A
Pernanbucana», de Lisboa; Matos Pessoa,
sócio da firma Dias, Amado & C,*,
do Portoe Abilio José de Moura, comerciante,
do Pêso.
ANIVERSARIOS NATALICIOS
1 de Janeiro, Rev,” P.º Francisco dos
Santos Silva— 2, menina Ivone Magalhãis
Miranda, filha do sr. José N. Miranda—
11, Manoel António— 13, Revº,
P.º José Francisco, Varzea dos Cavaleiros—
15, Rev.º P.º António Ramalhosa
— 17, menina Lucinda Ferreira, filha
do sr. António Ferreira, Lisboae Francisco
M. Farinha Carvalho, Cuange
(Congo Portusuês)— 21, menina Maria
Odete, filha da st.º D. Maria Madalena
into Dias Ferreira, Amoreira da Torre
e dr. António Vitorino S. Coelho, Sernache—
22, D. Amélia Farinha Ferreira,
esposa do sr. António Ferreira, Lisboa
e Manuel Milheiro Duarte— 27, D.
Judite Vidigal Marinha dos Reis e Moura,
esposa do sr. dr. Flávio dos Reis e
Moura e Ernesto Porfirio de Araújo, de
Chiramba (Africa Oriental)— 2 de Fevereiro,
Luiz da Silva Dias, Lisboa.
Parabens.
Bnodaaoaooacnc aDonnpoeo aanDanouacnD o
João Macedo de- Andrade
De visita a sua familia, esteve
no Cabeçudo o nosso
amigo sr. João Macedo de
Andrade, que actualmente
estã chefiando a Agência da
Junta Nacional do Vinho em
Figueiró dos Vinhos.
9BapagoLaDDo casnbonac a donaanaD anasDo
DOENTE
Tem estado gravemente
doente a sr.* D. Maria Adelaide’da
Cruz, da Praia do
Ribatejo, mãi dos nossos
amigos srs. Anibal Nunes
Corrêa e dr. Francisco Nunes
Corrêa, da Sertã e sogra do
sr, Luiz da Cruz, importante
| industrial daquela localidade.
Fazemos os mais sinceros.
votos pelas melhoras da cnferma.
BBBoDoooE Dannonao daDn ssD caonoaos aD nc
Concelho de Oleiros
Passaram na Sertã, na 2º
feira, os srs. Presidente e Vogais
da Câmara Municipal,
alguns membros do Conselho
Municipal e da Comissão
Politica da União Nacional e
representanres das forças vivas
daquele concelho, com
destino à capital do distrito,
onde foram tratar, junto do
sr, Governador Civil, de assuntos
que se prendem com
interêsses da àrea da sua jurisdição,
CREA a E DAS EPE
quatro homens formados, al
guns padres e uma dúzia
de homens com certas habilitações.
Numa coisa apenas, Sernache
era grande — no fervor
religioso. A junta de paróquia
e confrarias- eram zelosumente
administradas e tôdas
as festas do ano se celebravam
com grande “pompa.
Desde fempos muito antigos
que Sernache se habituara
a emigrar, procurando vida
nos centros de maior actividade,
A” India, Africa e Brasil já
alguns tinham ido, mas a verdadeira
febre de emigração
só entre 1850e 1860 se manifestou,
partindo os sernachenses
para Elvas, Lisboa, Pernambúico,
e em maior número
parao Pará.
(Continua)
Do capitulo XI de «Sernache
do Bomjardim» — traços monoáficosde
Cândido da Silva — em tôda a freguesia apenas
Ri ae a,
fa
eixeira.
Secção Literária
A estrada que em sinuosas
linhas desce da Capelinha de
Santo António, pela encosta,
por entre eucaliptos perfumosos
atapetados da urze
rosada e fresca e do rosmaninho
aromático e vivoa que
se mistura, de vez em vez, o
vermelho violáceo da esteva
e ovivo amarelo da giesta,
vai dar à rotunda da fonte, a
meio da colina.
De onde em onde, sôbre a
folhagem entrelaçada, a erva
bravia, a silva e o carapêto, o
veludo dos musgos é macio
e espesso,
E as avezinhas nos seus
maviosos trinados, saltitando
de folha em folha, dão vida
ao sitio, realçam-lhe a beleza,
animam a paisagem.
Da fonte, a água pura e
cristalina, cai lentamente numa
fita tênue de prata entre
pedras musgosas que a recebem
como: beijos de donzela,
para a deixarem fugir,
a infiltrar-se na terra maciã
que a espera sequiosa, para
mais além tornar a aparecer
correndo em toreicolos como
cobra, que pressente os
passos do viandante, até cair,
languidamente, na ribeira em
frente do moinho da Ponte
das Vinhas, a velha azenha
do Tio Valentim, sempre alegre
em sua taramela,
Como é lindo o siti ante
êste quadro sublime de Leleza!

E é êste recanto de frescura,
o idilio da Sertã! Com que
encanto a mocidade, descuidada
e feliz, espreita aquele
fiozinho de água para que
encha o côncavo da mão e
sacie, numa sensação deliciosa,
a secura de seus lábios de |
tanto falar de amor! |
Ao fundo da ravina, a Ri-|
beira-Pequena, serpenteando o |
monte, deixa cair em catadupas,
açude abaixo, desfazense
em espuma de tons claros,
a água que recebe dos ribeiros
seus afluentes, que se lhe
precipitam em todo o percurso
desde a nascente, nas faldas
de Amiôso, para depois seguir
lentamente, preguiçoósamente,
sobre esteira de seixos que
reluzem e de pedras já poluídas
pelo rodar de algumas
léguas, vale abaixo, entre
salgueiros e amieiros,
quási seculares, entrelaçados
como que em amplexo frater –
Fonte da Pinta
no, atê desaguar em EnireÁguas,
na Ribeira Grande —
o Rio Sertã — lhe chamam os
geógrafos,
Como é belo o sítio e linda
a paisagem, tão digna de aguarela!
Fonte da Pinta,
Saiidades!
Todos quantos por ali passam
na mocidade, ali deixam
pedaços da alma, ali deixam
com o coração cheio de dulcificantes
ilusões, ilusões doiradas,
confiadas acácias
que perfumosas cobrem de
sombra o sitio e c tornam
mais ameno e deleitoso, os
seus segredos mais intimos,
as suas confidências mais
queridas, os seus melhores
projectos para um futuro que
lhes parece sorrir, além…
longe… muito longe!
Como é belo o sítio para o
amor, para o sonho, para a
meditação!
Que saiidades eu tenho dessa
mocidade que me passou,
dos sonhos que ali sonhei, do
muito que ali med itei!
Ali deixei também pedaços
da alma; ali confidenciei ao
meu primeiro amor, a confissão
dêssc amor!
Ali nos começãmos a amar
e dali partimos vida em fóra,
dez, vinte, trinta, quarenta e
tantos anos, sempre juntos,
amando-nos muito, querendonos
muito, muito!
Ea fonte no seu pinguepingue,
de água pura e cris»
talina, continúa. caindo, lentamente,
numa fita
prata, entre pedras musgosas
que a recebem como beijos
de donzela, para a deixarem
fugir mais além a infiltrar-se
na terra macia que: a espera
sequiosa.
E o meu amor, dez, vinte,
trinta, quarenta e tantos anos,
sempre andando em bemquerer
e muito amar, no inglório
calvário da vida, caiu lentamente,
serenamente, a infiltrar-
se na terra macia que espera
sequiosa as almas boas,
as santas de eleição.
Que saiidades eu tenho dessa
mocidade que me passou!
Que saiidades dêsse amor
que me fugiu!
Fonte de
às
Fructuoso Pires
Do livro a publicar;
COISAS PASSADAS
Angélico Nunss Gampino
Este nosso presado patricio
e amigo, residente em Bruxelas,
teve últimamente uma
infecção numa das mãos e
tam grave que esteve iminente
a amputação.
Felizmente, com o que
muito folgamos, o sei estado
actual é satisfatório, sendo de
esperar o completo restabele
cimento dentro em breve.
BDODOnDOa onaDnDo ca Nnnonn ano pop ocanan
3. Sebastião
Na capela do Mártir S. Sebastião,
na Sertã, houve no
domingo pretérito uma simples
festividade, que constou
de missa cantada e sermão.
“PDODDOOHO GADO GDDo vonvacaoo escoaavoo
Festividadeà S. Sebastião ng
Cabeçudo
No próximo dia 2 realizase
no Cabeçudo uma pequena
festa consagrada a S, Sebastião,
em que toma parte a Fi- larmônica local,
HIDROFOBIA
Tendo-se verificado casos
de raiva em diferentes pontos
do nosso distrito, de que
jà nos fizemos eco, a Câmura
Municipal acaba de mandar
afixur editais tornando público
que vai ser suscitado o.
rigoroso cumprimento da disposição
legal que proibe o
trânsito de cáis sem açamo
na via pública.
Os donos, que não velem
pelo cumprimento desta disposição,
estão sujeitos à multa
prevista no artigo 10.º do
Decreto n.º 18,725, de 2 de
Agosto de 1930.
a *
Por mais de uma vez temos
dito que nas ruas da Sertã
aparecem muitos cãis sem
acamo, em manifesto desprêzo
da lei; o abuso tem-se
acentuado nas últimas semanas,
não sendo raro ver, por
ai, grandes magotes, passeando
e gosando uma liberdade
que só lhes pode ser reconhecida
dentro de condições
muito especiais e que, não
afectem, de qualquer forma,
Por Sernache de-Bomjardim
a 6 | Diz-se
—Que a estrada da Calvaria
jíse encontra quási concluida,
mercê dos bons esforços
e auxílios dos habitantes
daquele lógar.
—Que o nosso patricio e
amigo Silya; conceituado e
importante comerciante no
Congo Belga, residente. acidentalmente
nesta localidade,
pretende coadjuvar financejramente
alguns melhoramentos
na nossa freguesia.
— Que dois prédios velhos
e em ruinas, existentes na
«Rua Torta», continuam na
mesma, «ando, por conseqúência,
um aspecto desagradavel
àquela artéria.
—Que o muro situado entre
o edifício do Seminário
ea estrada da Póvoa ainda
está por caiar,
— Que não há maneira de
retirarem umas cantarias que
se encontram junto às escadas
do acdro da Igreja Matriz,
—Que os bailes de 31 de
Dezembro’ findoie de 5 de
Janeiro corrente, realizados,
respectivamente,.nas salas do
«Club “Bomjardim» e «GréêmioRecreativo
Nun’Alvares»
tiveram desusada animação,
graças ao brilhante repertós
rio que o «Jazz Bomjardim»
notavelmente executou.
—Que é pena o regente daquele
simpático organismo
retire brevemente desta tertênue
de.
| TOlaaly
ra, visto não ser fácil a sua
substituição.
—Que se fala pouco em Sernathe
das festas do Centenário
da Restauração, a realizar
no nosso côncelho.
—Que o expediente das escolas
primárias de Sernache
é comprado à custa dos protessores.
7
–Que a percentagem dos
adicionais às contribuições
do Estado, atribuida nvuart.*
641º do Codigo Administrativo,
dá muita- esperança na
ramentos na nossa freguvsia.
—Que se fala “em: classificar
a nossa região como zóna
de turismo. ?
— Quê a causa situada: em
frente do ramal-da Póvua,
por se encontrar desmoronada,
vferece ao viandante uma
aparência felissina,
—Que a homenagem prestada
há dias a Sua Excelencia
o senhor dr. .Gualdim de
Queiroz, foi justissima; .
—Que a nossa Escola Primária;
a-pesar-de nova, se não
lhe acodem a tempo, envelhece
rápidamente,
—Que existe num logar da
nossa freguesia uma indústria
por explorar.
—Que o nosso patrício e
distinto pintor de arte, Túlio
Vitorino, expôs no Salão das
Belas Artes, recentemente, os
seus trabalhos com: absoluto
êxito.
mões, do Avelar, pediu a con- *
cessão da carreira regular de
passageiros entre Figueiró é
Sertã, passando, por Sernache.
— Que, certamente, por falta
de pedidos. não há forma
de “serem «concedidos pelo
Fundo do Desemprego, subsidios
para “obras de melhoramentos
nesta freguesia.
S0G0naDGaDDs noncadssaponDnandanaaaaa
No consultório do sr. dr.
Rogério Lucas recebeu tratamento
a um pequeno ferimento
na cabeça, no passado
domingo, Leonilde de Jesus
Freire, de 8 anos, filha de |,
José Freire, do Montinho, atropelada
por Júilo Leitão Nunes,
solteiro, “pintor, desta cãa o.sa úde ea vida da Pp: po ula a vila, quando passavmaa Carvalha
“em ‘bicieletalo | :
realização de “alguns melho- +.
—Que a firmã Antônio Si- 1º, »