A Comarca da Sertã nº106 03-09-1938

@@@ 1 @@@
EDITOR E PROPRIETARIO
DIRECTOR,
Eduardo Panata ola Pê tiva Creta
=”. — REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
RUA SEREA PINTO-SERTA!
PUBLICA-SE AOS sABADOS
“ANO MI!
— Hebdomadário regionalista, indo
Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei;
5
pendente, defensor dos ii
AVENÇADO
=]

E

FUNDADORES
DR. JOSÉ CARLOS EHRHARDT
DR. ANGELO HENRIQUES VIDIGAL
ANTONIO BARATA E SILVA
DR. JOSÉ BARATA CORREA E SILVA
[EDUARDO BARATA oASILVA CORREA
rêsses da comarca da Sertã: concelhos de Sertã,
6 freguesias de Amêndoa e Cardigos (do concelho de Mação)
FESUS
Composto .e Impresso
NA
GRAFICA DA SERTÁ
Largo do Chafariz
SERTÃ
Setembro
Eee:
“19s8
EEESES
as por mais de uma vez te-
mos ouvido fazer apre-
«Sopa dos Pobres».
Entendem alguns que ela não
tem razão de existir desde que
“ão possa sustentar todos os in-
digentes da vila; que os actuais
deneficiados — nada menos
de 45! — só têm uma refeição,
“Oque é insuficiente: que assi, co-
me está, o papel da Sopa é quási
nulo porque a mendicidade não
“desapareceu e as pedinchas, nas
ruas e ds portas das hubitações,
continuam a
Gente. «
ud erilna é
“aqueles que nada fazem, para os
omodistas, custa a apreciar devi-
lamente o trabalho e esforço dos
tros, ainda que a sua acção
eja orientada no intuito altruis-
ta de socorrer os infelizes.
As senhoras que meteram om-
ginhos, os desválidos — damas
da melhor estirpe para quem vai
todo o nosso respeito e gratidão-
— merecem todos os louvores e são
dignas de todo o auxilio na sim-
io — -pática missão; e temos de nos
convencer todos, absolutamente
todos, de que é nossa obrigação—
aqueles que se encontram nas
“condições precisas, bem entendido
=eSocorrer’os pobres, de contribuir
para a sua sustentação. Mais que
virtude teologal compreendida e
considerada pelas pessoas reli-
grosas, a Caridade impõe-se como
«um dever de solidariedade hu-
mana.
| A «Sopa dos Pobres», por ora,
não atingiu o fim para que foi
criada: alimentar os indigentes
da vila. De quemé a culpa?
Evidentemente daqueles que para
“ela não dão coisa alguma, ou
tam pouco que não: representa
mais que insignificante esmola.
É Há pessoas que, dando dez
“tostões por mês, julgam-se ao
abrigo de todos os unportunos. -=
Vá à Sopa, vi à Sopa, não ve-
nha cá pedir-me nada! Eu não
posso dar à Sopae asi; oua
uma ou outro !
Ora isto não pode ser. Cada
um deve contribuir para aquela
entidade com um donativo equi-
valente a um ponto mais do que
tudo quanto davas antes dela
existir, ainda que ésse excesso re-
represente aloum sacrifício.
E agora preguntamos : À «So-
parsó por si, por melhor que
amanhã se ache habilitada a de-
sempenhar a sua função, pode
satisfazer cabalmente tódas as
cessidades dos pobres? Não e
não.
Porque os pobres, a-pesar-de
serem pobres, têm outras necessi-
“dades: precisam, como nós outros,
“de se vestir, de comprar um be-
daço de sabão para se lavarem e
umas linhas tara se cozerem, de
– beber um copo de vinho e de fu-
marem um cigarro. Sim, preci-
sam de tudo isto e, sendo assim,
sêm de continuar a pedir, ainda
com menos insistência, Mas há
crações menos justas à acção da
unportunar tôda a
sempre facil; para:
“bros à tarefa picdosa de atenuar
“o mal que atormenta os pobre.
GON
Como a ocasião é oportuna
vamos agitar algumas defi-
ciências bastante prejudiciais
à nossa querida Festa.
E” vulgar ouvir dizer-se:
«para se efectuarem as festas
de Stº Antonio, S. João, Se-
mana Santa, etc., são necessá-
rios elementos carolas que
tomam o sacrificio de anda-
rem a pedir esmola de porta
| em porta, mas para a S.º da
Confiança não é preciso tal».
Ora êste facto prova bem
que esta festa ainda aufere
Jueros que a dispensam de
pedir esmola e na verdade
ainda é uma importante festa
na Região. Não obstante, tem
decaído na sua grandiosida-
de de outróra mercê de inú-
meros factos entre os quais
prepondera a falta de interês-
se da maioria dos elementos.
que a ela teem estado liga-
dos,
rendimento tem sido diminu-
to, mas não se compreende
que, tendo ainda hã anos esta
festa um rendimento de pelo
menos uma dezena de mil
escudos, não tenha um pecú-
lio depositado à sua ordem.
Então para onde foi tanto
dinheiro?
Em tempos que já lá vão,
do rendimento da festa saia
alguma coisa para a Miseri-
córuia local com destino aos
pobres, costume que desapa-
receu, não se sabe como nem
porquê.
Noutras terras onde há fes-
tas no género desta, nomeiam
por um certo tempo comis-
sós com o seu juiz ou pre-
sidente, tesoureiro, etc, en-
carregados de pupnar pelo
desenvolvimento da mesma
festa.
Há quem diga que o seu
[e
SID
Na nossa diz-se que existe
uma comissão, mas que é
sempre a mesma sendo os
seus elementos incertos e cuja
acção é nula, servindo quando
muito para, no dia da festa,
venderem os registos e rece-
berem as ofertas que os cren-
tes dão à Santa. É
Anos tem hivido em que a
dita comissão fica sem sa-
ber—aliãs não lhe interessa
—em quanto môntou a recei-
tae em quanto importou a
despesa. Já houve párocos
que mesmo durante o recebi-
mento das oferras levanta-
vam dinheiro num à vonta-
de a tôda a prova, sem tam-
pouco deixarem um vale da
importância levantada e re-
colhendo no fim o dinheiro
apurado seim à menor conta-
gem nem satisfação aos ele-
mentos da comissão. Estes,
por sua vez, tambem são bem
dignos de censura por em
ocasiões daquela natureza não
terem sabido impor a sua von-
tade acabando com aquele:
mau costume do sr. Pároco
reúnir em si a Comissão in-
teira.
Mas o que está provado é
que os elementos da Comis-
são são inúteis e nada dili-
gentes, de modo que um pá-
roco que veiha para a fre-
guesiu encontra-se só e des-
conhecendo os seus usos tem
necessariamente que lutar
com dificuldades é desagra-
dar ainda que involuntaria-
mente, sucedenilo que, sendo
a sua permânência na fre-
guesia muitas vezes fugaz,
ocasiona o concomitante de-‘
sinterêsse, visto que é natu-
ral não ter pelas coisas da
freguesia tanto amor e cari-
nho como aqueles que nela
Pedrógão Pequeno
RAÇÕES
sasceram e nela vivem.
Para obviar a êstes incon-
venientes forme-se uma Co-
missão de verdade, composta
de elementos dispostos a en-
grandecer a festa, colocando-
a ao nivel que lhe compete
atenta a sua categoria,
E creiam que a festa da
S.º da Confiança é o princi-
pal elo das familias pedro-
guenses, não havendo razão
que justifique o terem acaba-
do com regalias e atraçtivos
que possuia,
Assim propaguei-se por to-
da a parte a renovação da
festa, mantendo-se as suas
primitivas regalias bem
como mais elementos pró-
prios, tantos quanto o possi-
vel, de modo a progredir e
bão retroceder como até
No dia 9 de Setembro, dia
da festa, é tambem a feira de
Pedrógão, hoje em reduzido
ponto, outróra bastante de-
senvolvida, pois compreendia
também gado muar, cavalar
e bovino.
Seria interessante que a
Junta de Freguesia—visto lhe
competir — promovesse uma
intensa propaganda em seu
favor, dando prêmios e ou-
tros atractivos de modo a dar-
lhe um forte vigor em bene-
tício desta terra que bem
precisa de auxílio, se não qui-
zermos ver desaparecer no
torvelinho do tempo o que
para Pedrogão tem mais va-
Ba
A Festaida S.* da Confiança
ea sua
“Feira Anual
Pedrogam Pequeno, Agosto
de 1938.
GUSTAVO ALVES
QUESTÕES FILOLÓGICAS
Camião e Camionsta ou Camião e Ga-
mioneta ?
Diz o nosso colega «Auto-
móvel de Lisboa»: Ser naciona-
lista, ser português, impõe de-
veres pesados a uma fiscali-
zação de tóias as horas, para
que, não se falte a êste dever
de poriuguês-— ser português.
E se a politica, a economia, a
finança deve ser vasada em
moldes nacionalistas, com seu
cunho próprio, não hã nada
tam português como alíngua
a nada há que precise mais
cuidadosamente policiada, sem
a atabafar; arejada sem a es-
trangeirar.
Rica é a nossa lingua, rica
de expressões e vocábulos; ri-
ca de sons; rica de forças pa-
ra se impor; branda para se
trabalhar», E E
Mais adiant: transcreve
da revista «Lingua portugue-
Sa», o seguinte passo: «A lin-
gua portuguesa é manifesta-
mente hostil às formas estra-
nhas que, descondizentes na
sua fonética, pretendem ter
curso sem a ela se afeiçoarem.
Têm, por exemplo, vida arti-
ficial, vagon, que a todos im-
porta pronunciar e escrever
como o povo analfabeto ar-
ticulae o que quási analfabe-
to-vagão; e camion, que esta-
ria bem aportiguesada em
camião, seo vulgo sem letras
lhe não puzesse o sêlo de
uma falsa etimologia naciona-
lizante ao maximo: camião.
E a seguir: Parece-nos pois,
que, não hã dúvida e que os:
Vocábulos que deveremos usar
são camião e camioneta, mais
consentâneos com a indole
e leis da lingua,»
Manel Lourenço Raal
|Concluiu o 2.º ano do Insti-
tuto de Ciências Econômicas e
Financeiras, êste simpático e
brioso estudante, filho do
nosso presado assinante sr,
David Lourenço Real] sócio
Ja conceituada firma da ca-
pital, David L. Real, Ld? —
A. Mercantil do Carmo. A
‘um e outro apresentamos as
nossas felicitações muito sin-
ceras.
O sr. Manuel L. Real encon-
tra-se presentemente, acom-
panhado do seu condiscipulo
sr. Cesar Lopes, filho do gr.
José Lopes, empregado da
Companhia dos Tabacos, a
passar as férias na Mata de
Alvaro, de visita a seus avós
e tios,
muita gente a quem a avareza
não deixa vêr estas coisas.
Muitos dos que fazem surdos
protestos desconhecem que os pe-
dintes que aparecem na vila, são,
na sua quás: totalidade, de fora
da freguesia da Sertã, contando-
se uma grande precentagem de
fora do concelho.
« A wmprensa é o auxilio do
“cidadão, o espantalho
do covarde e do traidor. Porque
há muitos que a odeiam devemos
nos amá-la.
Diminuem-na, insultam-na in-
juriam-na todos os inquisidores, ..
tódas as superstições e todos os
fanáticos:
O
Victor Hugo
RT
Eq re r iza sh amanhã a
“festa do Marmeleiro,
em que toma partea Filarmô-
nica União -Sertaginense.
RATE CO
«COpIcO PENAL» é o ti-
“lulo do famoso filme
que se exibe amanhã no nosso
ecran
A
a pasta da agricultura
foi publicado um de-
Creto regulamentando o abaste-
cimento de leite alimentar aos
centros urbanos mais populosos
do ae
endo o leite alimento indis-‘
densavel é insubstituível dos Joen-
tes, velhos e crianças, considerow
o Govêrno, e muilo bem, garan-
tir à população das maiores cj-
dades, por“agora, o seu forneci-
mento em boas condições de pres
ço e qualidade, providência que
é muto de louvar.
REA
sociedáde de instrução e
beneficência «A Voz do
Operário», de Lisboa, em 1937,
dispendeuw em enxovais, Esc,
10:660800; em subsidios a SÓCios,
Esc. 134: 536800; em assistência
às crianças das escolas, Esc.
mtos em serviços escolares,
Sc. 772:062$70.
A sua acção social e filantro-
pica é de um valor incalculavel
como se vê:
=
[no publicado um decreto
determinando que nos.çon-
celhos de freguesias aonde se ve-
rifiquem crises periódicas de de-
semprêgo rural, e durante os
anos de 1938-39, as Câmaras
municipais possam, mediante au-
torização do sr. ministro do Inte-
rior, lançar derramas especiais
sôbre os proprietários rústicos do
concelho da freguesia destinadas
a obras de: interêsse local a per-
lizarem épocas de falta de tra-
balho.
O mesmo diploma proibe os pro-
prietários de terras arrendadas
de cobrar dos arrendatarios a
importância da derrama que
lhes estavam a pagar, sob pena
de restituir em dobro o que inde-
vidamente tinham recebido,recebido,@@@ 1 @@@
a
INCÊNDIO
Vila de Rei, 15-—- No mon-
te denominado «Cabeço da
Senhora do Pranto», durante
uma romaria à Santa que lhe
dã o nome manifestou-se um
violento incêndio, que causou
avultados prejuizos. Ontem
realizou-se uma festa na po-
voação do Vale do Grou, si-
“tuada 2o fundo e nas faldas
do monte, onde tambem fica
a Quinta do Pranto, per-
: tencente aos srs. Américo e
Tobias da Silva Prior. O pa-
roço da freguesia não permi-
tiu conçertos musicais e bai-
les no arraial junto da cape-
Ta, pelo que foi instalado o
coreto na beira da estrada de
Chões, no meio de mato, a
mais de duzentos metros de
distância do templo.
Depois de se haver queima-
“do algum fogo, caiu um fo-
guete próximo do coreto, em
mato seco, do que resultou
êste incendiar-se, não poden-
do ser extinto, a-pesar-de lo-
, go terem acudido muitos po-
pulares. O incremento que o
‘ fogo tomou foi extraordioná-
rio, devido à forte ventania,
pelo que, em poucos minutos,
a parte Norte e nascente do
monte estava em chamas al-
‘terosas, que se transmitiram
a um grande pinhal, mató,
‘ tenhas e algumas colmeias.
O povo acorreu de todos
os lados e princiou o ataque
ao fogo em vários pontos,
principalmente junto das ha-
bitações do Vale do Grou e|
da Quinta do Pranto, tanto
mais que chegou a comuni-
car-se a algumas da povoação,
em conseguência das faúlhas
que caiam, impelidas pelo
vento. À própria capela este-
ve em perigo, valendo-lhe o
o facto do mato ali ser pequeno:
A imagem da Santa, como me-
dida de precaução, ainda foi
transferida para igreja matriz,
sendo retirados os demais va-
lores.
Após enormes esforços, O
povo conseguiu dominar as
chamas não sem que sofres-
sem enormes prejuizos os
srs, Américo e Tobias da Sil-
va Prior e Matos Silva e a
srº D. Emilia Tavares Came-
jo. (De «OSéculo»)
ANUNCIO
(1.º publicação)
Por êste meio são notificados os réus
CASIMIROFERREIBA, de vinte e nove
anos, natural do logar da Muna fregue-
sia de S. Tiago de Besteiros, concelho de
Tondela, filho de António Ferreira e de
Maria Leonarda, já falecida. solteiro,
sem profissão, acusado do crime pre-
visto pelo artº 426 n.º 2.5 e 7 punivel
pelo n.º 4 do artº 428, com referência
ao art.º 421 n.º 4, tôdos do Código Pe-
nal, e ainda do crime de dano, previsto
e punido pelo artº 473, n.º I, referido
ao artº 472,n. 3, também do Código
Penal, e no processo apenso é acusado
do crime previsto e punido pelo artº
413, nº I, com referencia ao artº 472, nº
4,e artº 426 nº 2,5 e 4, punido pelo artº
428 nº 1, todos do Cód:ge Penal; JOSE
DA SILVA MATOS, «O Selavisa» de 19
anos, solteiro, natural de Arcos de Se-
ver, comarca de Moimenta da Beira, fi-
lho de Joaquimda Silva Matos e de Ana
Pinto, acusado do crime previsto pelo
“artigo 426 nº2, 3, e7e punivel pe-
lo n.º 4, do artigo 428 com re
ferência ao artº 421 nº 4, tôdos
do Código Penal, e ainda do cri-
me de dano previsto, e punido pelo
artº 473, nº 1, referido ao artº 472 nº 3,
do mêsmo Código; e LUIZ LOURENÇO,
de trinta e dois anos, solteiro, ajudan-
tu de calceteiro, natuzal da cidade de
Portalegre, filho de José Lourenço e de
Ana de Jesus Bento, ambos falecidos,
acusado do crime previsto e punido pe-
to artº 473 nº 1, com referência ao art”
472 nº 4, e artigo 426 n.2,3e 4, puni-
do de harmoria com a terceira parte
do $ 1.º do art, 421, etendo em atenção
e dispôsto no artigo 428 n. 1, tôdos do
Codigo Penal ausentes em parte incerta
para se apresentarem nêste Tribunal
“no prazo de trinta dias, a contar da se-
gunda e ultima publicação dêste anun-
cio, digo, a contar da publicação do
ultimo anuncio, sob pena de se prosse-.
guir no processo à revelia ede poderem,
scorrido que seja o prazo dos éditos,
serem prêsos por qualquer pessõa do
pôvo, e o deverão ser por qualquer ofi-
cial de justiça ou agente de autorida-
de, para serem entregues em Juizo.
ertã, 20 de Agôsto de 1938,
Verifiquei
O Juiz, 1.º Substituto
Carlos Martins
O Chefe de Secção,
José Nunes
Companhia Viação do Sornacho, Limitada
(CARREIRA RAPIDA)
ag Carreiras entre Sertá-Lishoa, Sertã-Alvaro e Sertã-Pedrógão Pequeno
O ACE AA
Gomunica aos Ex.ºS clientes que desde o dia 17 de Maio iniciou, aos DOMINGOS e 2.ºº FEIRAS
uma nova carreira, além da que já está estabelecida entre Lisboa — Alvaro & vice versa
AOS DOMINGOS ÁS SEGUNDAS FEIRAS
“H.M. H. M.
SAIDA DE LISBOA 6-30] SAIDA DE ALVARO 15-40
Chegada a Santarem 9-154 Chegada ao Cesteiro 15-50
Saida 9-20 » Sertã 16-55
Saida 17-30
» Pernes 10-00 » Sernache , 17-50
» Torres Novas 10-35 Sa:da 18-00
» Tomar 11901 Ferreira do Zezere 18-55
» Ferreira do Zezere 11-00 : Toni a aaa o
» ‘ Sernache 13-00 » Torres Novas 20-25
» Sertã 13-20 » Pernes a
: » Santarem –
na so » Cartaxo 22-10
» — Cesteiro 15-05 » Vila Franca 23-10
» Alvaro 15-15 » Lisboa 0-10
Foram estes horários estabelecidos de harmonia com as necessidades da região, evi-
tando assim um menor dispendio de tempo ás pessoas que os seus afazeres chamam à Gapi
tal, pelo que esta Companhia espera que os seus clientes correspondam a mais esta vantagem,
não deixando de utilizar os seus carros. ‘
Desde de 1 de Junho a nossa Garage em Lisboa é “na
Avenida Almirante Reis n.º 62-H — Telefone 45 503
Õs Estabelecimentos de
ANTONIO DA SILVA LOUREÇO
São os que mais barato vendem e maior sortido têm.
ENSNNNNNSNNNNNE SIENA
OS MELHO ES CAFÉS
Lote «Familia» Lote n.º 1 Lote Extra
kilo 5800 kilo 8800 kilo 12400
Fazendas de algodão, lã, linho e seda.
Sortido completo em mercearias de 1.º qualidade.
Papelaria, miudezas e muitos outros artigos
Depósito de tabaco e fósforos
DR aa ce
Ferragens, adubos, louças, vidros e camas de ferro,
Materiais de construcção, canalizações, manilhas, etc,
Adubos “Natrophoskada” Soc, de Anilinas, L.&
Finissimo aroma CHÁ LICUNGO delicioso paladar. Peso líquido em pacotes de origem, desde $8
KILO 40800
Desconto aos revendedores E
CORRESPONDENTE DA COMPANHIA DE SEGUROS
“PORTUGAL PREVIDENTE” e BANCO NACIONAL ULTRAMARINO
SUGAR DS A.
TELEFONE, 6 — RUA CANDIDO DOS REIS= SERTA
aa
A COMARCA DA SERTA
Os finiss
Bau
so”
Õ
B
ESSO PEÇO PE ee P=—>——=<$0» ==008 Saúde de Abrantes | ELINICA GCIRURGISCA A e & Director: Dr. Manuel Fernandes b “Instalada com todo o conforto moderno em edifi- i cio próprio, tendo quartos particulares e, enferma- rias (chauffage, agua quente e fria, sinalização lu- à minosa, teletone nos quartos, grande solário para Y convalescentes). % ELECTRICIDADE MEDICA (DIATERMIA, ONDAS Il CURTAS E BISTURI ELECTRICO, RAIOS INFRA- VERMELHOS, E ULTRA-VIOLETAS, ALTA FRE- A QUENCIA, ETC. A % % “* SERVIÇOS DE RAIO X E LABORATOgIO y Enfermagem a cargo das Irmãs Franciscanas Hospita- — Teiras TLEFONE: Abrantes 77 Folhetos descritivos e pregos a qu no os requisitar l Q Pera (e ra «SSD age rs NA AVENIDA sLMIANTE EIS, MDS 62-1-- TELEFONE 45508 AZElES Ega da região de AO A SERTÃ É SERNACHE DO BOMJARDIM são vendidos no máximo da pureza, por serém seleccionados escrupu- losamente da produção própria As boas donas de casa devem experimentar. — Todas as pessoas que se interessam pela sua saúde devem procurar esta oasa | LIBANIO VAZ SERRA LISA DE JADE DA “Frazoeira FERREIRA DO ZEZERE CIRURGIA GE AL Raios X e tratamentos elec- tricas apt IS Pensão Branco (ANTIGA CASA MARIA MOLEIRA) À preferida por tôda a gente que permanece na Sertã ou a vi sita, pelo seu ótimo serviço de mesa e magnificos quartos Instalações modernas. amplas e bem iluminadas Ao visitardes a Sertã] que tem belos passeios e lindos pontos de vista] não deixeis de procurar esta pensão Serviço privativo de automovel Preçcs Módicos SRNNNANNOSNNSININIISINSANSIIN SIA Avenida Baima de Bastos --SERTà ET qi António Marçal da Silva COMERCIANTE Vinhos e seus derivados AZEITE DA SERTà Entrega ao domicilio Compra-se azeite as mais alto preço do mercado Rua Lopes, 52» LISBOA TETEFONE 43161 Jorge Marçal MÉDICO Doença de boca e dêntes —Tu é que és a MULATI- NHA ? ' == Sou, sim, filho, sou eu, que vendo um café que éum «caso sério!» A Mulatinha 106, Rua dos Cavaleiros, 109 LISBOA Portes grátis em encomen- das superiores a 5 kilos, Consultas às 13 horas Rua de Infanteria 15, nº 48 TOMAR $ EQ 5 8 É : a Francisco Nunes. Corrêa MEDICO Consultas das 12 às 15 horas Consultório e residência: TRAVESSA DO FORNO (á Rua Candido dos Reis) SERTA Flávio Reis: Moura Advogado -SERTÁ COLÉGIO 'pz SERRA CURSO GERAL DOS LICEUS CURSO DE HABILITA- ÇÃO PÁRA O EXAME DOS POSTOS ESCOLARES . CURSO DE HABILITAÇÃO PARA O EXAME DE A UMIS- SÃO AO LIÇEU 2 E INSTRUÇÃO PRIMÁRIA Sernaçhe do Romjardim Rogerio bucas MEDICO Consultas todos os dias, das 12 às 15 horas. Consultório e residência: Rua do Soalheiro—SERTA Francisco Mateus Solicitador Judicial SE Tà O 000000000 000D00UuUuU DOO0D0DRE 0000090 000000000 GDOBRONODGNHAO DBOoLaaDOO * Eolégio de Mun'Albares | = : 8 É TOMAR o 900000000000000009 309000500 000000009000900990000000000000000000000 880000! os 3 O MELHOR COLEGIO DA PROVINCIA [efejafaja[aje/e[nle[0[=]5 300000000 pleto do Liceu (1.º e 090 200000000 600000000600900900000000000020000000009000% Os mais brilhantes resultados nos Exames oficiais, com. uma média de 92 º/, de aprovações nos seus sete anos de existência. INSTALAÇÕES EXEMPLARES, obedecendo a todos os requisitos da higiene e da pedagogia LABORATORIOS COMPLETOS DE FISICA, . QUIMICA, BIOLOGICAS E GEOLOGICAS, GIMNA- SIO E CAMPO DE JOGOS Instrução Primária, Admissão ao Liceu — Curso com- 2.º ciclos) ADMISSÃO A” UNI- VERSIDADE E * 00000000090000000000000000000000000000c00090080000 5600G009520000aR06 Preços sem concorrência possivel e sem quaisquer extraordinarios INTERNATO E EXTERNATO Peça o nosso Regulamento Ilustrado 20000000004 «2900000000 gogsoasoaDoa GoDoDoDanDoS? GUaBABGCaDON OnoLOU GÓCCoo GORnSC contas neabaLooonDOcobacsobdocoba dano Do boa@@@ 1 @@@ aum Ega da a Apanha da Azeitona Na Sertã, os ranchos que se empregam na apanha da azeitona, sempre que se lhe oferece ocasião, penhoram as pessoas da família do pro- “prietário ou estranhas que apareçam no local em que trabalham e estejam em con- dições econômicas de ser pe- nhoradas. A penhora consiste na en- trega de um ramo de olivei- ra com azeitona por uma das mais formosas raparigas do rancho. A pessoa penhorada rece- be o ramo e oferece por sua vez vinho ou dinheiro para comprarem na relatividade das suas possibilidades e do número dos componentes do rancho. A penhora (ramo de olivei- ra) é por vezes, enfeitado com fitas, bolos, frutas, flores e outros adornos curiosos. No ultimo dia da apanha da azeitona, os ranchos, ter- minados os seus trabalhos mais cedo, organizam um cortejo que se dirige a casa des patrões, que lhes dão as filhôs, autêntica ceia que cons- ta, em regra, de3 ou 4 varie- dades culináriase das verda- deiras filhôs é vinho, tanto quanto o rancho queira be- ber. O cortejo leva à frente uma bandeira de tecido vistoso do qual pendem objectos de ou- “To e prata: relógios, cordões, brincos, etc, à mistura com Trutas do tempo, como laran- jas. azeitonas etc., À bandeira vai à frente -. tranportada por uma rapari- “ga, seguindo-se imediatamen- “teas demais companheiras do rancho e finalmente os ho- mens. 'As mulheres fazem-se acom-. panhar das cestas da apanha e os homens das escadas, mantas e varas, cantando. todos, n'um conjunto orfeó- “nico agradável, a miudo en- -trecortado ruidosamente pe- los buzinos (especie de fúnil de lata estreito e comprido) Após as filhós,o rancho dança alegremente, Castanhas Em Louriçal do Campo, on- de os castanheiros e as cas- tanhas constituiram grande riqueza, os proprietários da- vam no dia 1.º de Maio cas- tanhas aos que as não ti- nham e todos neste dia, co- miam caldudo (1) Com a malina que tem inutilisado os soutos, o costume vai cain- do em desuso. Costumes diversos Nos povos rurais do conce- lho da Sertã, para queo gado não seja atacado por doença ou outro mal, é retirado dos currais na manhã de São João, antes de nascer o sol, e levado para o campo pas- sado sob um arco formado por uma vara de silva macha e ógado (espargido com água com um aguador). Também, para o mesmo efeito, os proprietarios e cria- dores colocam, nos próprios currais, sinos, saimôis, cruzes e chavelhos. Folar Em grande número de po- voações da Beira Baixa, ainda hoje os párocos percorrem em domingo ou 2.º feira de Páscoa, tôdas as casas dos seus freguezes à dar as «boas festas». : Os paroquianos, que pre- param as suas casas para re- ceber o Senhor limpando-as, a ag A E (NOTISIARIO D AMIEIRA, 23 — No dia 21 do corrente mez de Agos to faleceu no logar da Abitureira, desta freguesia o sr. José Domingos Antunes, do 80 anos de idade, E O seu funeral com oficio de corpo presente realisou-se no dia 22, achando-se representadas todas as [amilias da freguesia e muitas das freguesias visinhas. falecido era um dos mais abastados proprietarios da freguesia e foi presidente da Câmara Municipal dêsts con- celho de “eiros por muitos anos onde deixou bem vincada -a sua acção de cidadão honesto e p i'triota. Que descance em paz, C€. x ES CUMEADA, 20 — Terra rica de bons ares, donde se avistam horisontes dilatados e maravilhosos, é frequente- mente visitadi pelos seus filhos, quea amam estremeci- damente e por todos aqueles que desejam gozar as excelen- cias do seu ar puro, o pitoresco dos seus rústicos costumes ea beleza das serranías, cujos dorsos se arqueiam em vol- ta. É Pena é que o acesso aqui seja tão dificil. Com um nouco de boa vontade da dianissima Câmara da Sertã e da Junta da Freguesia, utilizando o serviço bra- çal não seria muito dificil a reparação da estrada que nos conduz à Sertã, estrada construída exclusivamente pelo esfôrço dos cumeadenses, embora a iniciativa tivesse par- OS NOSSOS SORRESPONDENTES) Actos dêstes honram e dignificam êste bom filho da terra e a sua família, cs: 0RSS20D AS V Calcetamento de ruas PESO. 14-Recomeçaram na passada semana os traba- lhos de calcetamento nas ruas desta localidade que há dois anos foram encetados e que só agora vão ser con.luidos com nova verb? concedida pelo Estado. Agrada-nos a maneira como estes decorrem, dando-se ás ruas a largura e o alinhamento de que careciam, embo- ra que para isso se torne necessário entrar um pouco na propriedade alheia; porém, os prôprios preju licados são os primeiros a compreender que o interesse individual não pode nem deve sobrepôr-se ao bem comum, razão porque to- dos têm condescend do de boa vontade em ceder umas pe- quenas parcelas de terreno de forma a dar a tão grande melhoramento a maior perfeição possivel. Aquele vai abranger tôdas as ruas dest: povoação a qual dentro de algumas semanas ficará completamente liberta das imun- das estrumeiras que a atapetavam, tornando-se uma terra condigna e asseada o que é para todos motivo de granle jubiio. C. easgar : tido do sempre amigo va Sertã sr, João Pinto de Albu- querque, então administrador dêste concelho Se tal me- lhoramento se conseguisse, a Cumeada ficaria a gozar nm grande beneficio, = dignissimo arcipreste da Sertã, sr. P.º Francisco dos San- tos e Sílva, que se fazia acompanhar dos venerandos páro cos das freguesias de Várzea dos Cavaleiros, Palhais e Mar- meleiro. No dia 19, visitaram o st. P.º ILidro Farinha o sr. Eu- rico Lopes proprietário da firma Lopes & Filipe, de Lisboa, pedro Dias, funcionário público da colónia de Moçambique. Cumprimentâmos também aqui o sr. P.º Patrício Men- des de Sernache do Bomjardim, ilustre missionário da coló- nia de Macau e o sr. dr, Matias Farinha, da Varzea dos Ca- valeiros. Junio de sua familia encontra-se o sr. Isidro António, conceituado comerciante da praça de Lisboa. Consta-nos que o sr. Eugénio Nunes Farinha «o rei das meias» vai á semelhança do que fez há trez anos, vestir.as crianças pobres desta freguesia, Exemplo belo e nobre ! | — No dia 17 do corrente, veio aqui em visita oficial o | : 5 ES o qual se fazia acompanhar da sua família eosr, António | PEDROGÃO PEQUENO, 26 Festa á Senhora da Con- fiança na mais álta montanha do Cabril, em Pedrogão Pe- queno. — Como nos anos anteriores realiza-se nos dias 7e8 de Setembro, a feira anual à Senhora da Confiança, na ca- pela situada na mais alta montanha do Cabril, donde se distrutam os melhores panoramas da região. À festa constara de missa solene. sermão, procissão, arrial, co n fogo de artificio, luminações na capela e local da festa, com o concurso da filarmónica local. Espera-se uma enorme concorrencia, encontrando-se já nesta vil: e va freguesia, muitas familias residentes em Lisboa, aguardando-se a vinda de outras, A capela da Santa foi dotada com a verba de mil es- cudos por um filho dilecto desta terra que no anominato deixou vincado o duplo sentido da sua alma generosa, pa- | ra com essa importância se fazer umas portas novas de casquinha, que estão a ser colocadas e serão inauguradas na próxima festa, Com a festa realiza-se também a feira anual que cos- tuma ser muito c ncorrida, operando-se muitas transacções. Movimento demográfico no con- celho da Sertã Juiho de 1938 NASCIMENTO, CASAMEN- TOS E O'BITOS:-— Cabecudo, 2.1, 1; Carvalhal, 4, 0, 0; Cas- telo, 1, 1, 2; Cumeada, 1, 0, 0; Ermida, 1,0, 1; Figueiredo, 2, 0, 1; Marmeleiro, 3, 0, 1, Pa- lhais, 2, 1, 3; Pedrógão, 2,2,6; Sernache, 6, 1, 8; Sertã, 13, 3, 16; Troviscal, 3, 13; Varzea, 21,3. Totais, 42; 11, 45. CASEIRO Homem e- mulher com 5 fi- hos dos 12 aos 25 anos, todos com prática dos trabalhos agricolas, oferece-se para ca- seiro de casal, ou quinta grande. Trata-se com o prôó- prio. Nesta redácção se diz. Dá abonações, caiando-as ou ornamentando- as, colocam sôbre a mesa on- de será entronizado o Cruci- ficado que acompanha o pa- roco, o seu afolar (íolar), ge- ralmente dinheiro envolto em pétalas de flôres, e ovos, queijos e os melhores mimos das suas colheitas. i— Os padrinhos dão nesta data o folar aos seus afilha- dos. Santoruim Em dia de todos os Santos, o rapazio e os mendigos pre- correm as casas a pedirem um santorinho. “Também nesta data é de uso os padrinhos darem o santoro aos seus afilhados. — Na Sertã os pobres e os rapazes pedem no dia ime- diato ao de todos os Santos, de porta em porta os «bolinhos» em regra dados em pequenas moedas de cobre. (1) Caldudo. caldo de castanhas. . — JAIME LOPES DIAS PÃO Pela pasta da Agricultura foi publicado um decreto re- gulando os preços do pão e do trigo. Haverá três tipos de pão des- tinados ao consumo publico; pão fino ou de primeira; de segunda; e de «tipo unico» No seu art” 12.º o decreto estabelece que os preços má- ximos do pão por quilograma, são seguintes: 1.º, de 3820 pa- ra o pão fino, de pequeno for- mato e peso correspondente a 1800, $45, $20 e $15; 2.º 1880 para o pão de 2.º nos distritos de Viana do Castelo, Braga, Vila Real, Bragança, Porto, Aveiro, Coimbra, Viseu, Guar- da e concelhos em que for au- torizado o seu fabrico; 3º, de 1470 para o de 2? na cidade de Lisboa e concelhos limitrofes em que fôr autorizado o seu fabrico; 4º de 2800 para o pão de «tipo único» na cidade de Lisboa e concelhos de Oeiras e de Cascais, de 1890 nos rss- tantes concelhos do distrito de Lisboa e nos outros distri- tos. O decreto estabelecea obri- gação de incorporar 12,º de milho ou de centeio nas fa- rinhas em rama destinadas ão consumo pullico. Mantem-se o «bonus» de adubos que. se- rá pago pela F. N.P. T.aos | produtores de trigo na cam- panha de 1938-39, estabelecen- do-se importantes medidas de mterêsse publico. A tabela reguladora dos pre- ços do trigo é à seguinte. Pêso por | E : si | Pro por qulhgrana Xpresso om quilogramas 91... ...1852 (05)198417 (05) 80.,...../19$50 (45)1845 (45) Trigo mole | Trigo rijo 79... ...|1848 (85)/1843 (85) 78... À.1841 (25)/1842 (25) 17...... [1845 (65)|1$40 (65) 76...0.. 1944 (05)1839 (05) 75.0: | 1842 (45) 1887 (45) 7h, ...... [1840 (95) 1895 (85) 13...0.. 1899 (25/1934 (25) NHoTesgos = Passaria Na povoação da Passaria cons- ituiu-se uma comissão, que aca- ba de levar a efeito a construção de um coreto em cimento armado. No próximo dia 11. realiza-se, ali a festa a N. S. da Penha de França, na linda ermidinha que tem o Seu nome, que deverá ser muito concorrida e animada por virtude do programa que foi elaborado com a maior minucio- sidade; esperam-se muitos visi- tantes, especialmente naturais da área da capelania que residam na capital e que nesta época cos-| tumam visitar os seus parentes, matando saúdades e descançando um pouco do seu lubor habitual. | Antes do dia da festa, a refe- rida comissão promotora de me- lhoramentos, tenciona concluir a terraplanagem da estrada que vai da Tapada ao terreiro da capela; muito zeloza dos interês- ses materiais e morais da povoa- ção da Passaria, não lhe escas- seando boa vontade para a do- tar de tulo quanto, por agora, | considera de mais necessário, mas fraca de recursos financeiros, conta com o auxílio de todo o povo para conseguir os objecti- vos comuns, auxílio que pode ser prestado em dinheiro bor uns e em fornecimento de materiais e mão de obra por outros. Concluindo-se a terreplana gem da estrada a que acima se alude, já depois todos os veículos pode- rão ir à povoação e ao arraial, registando-se êste facto como um melhoramento da mais alta im- portáncia, que muito honra aque- tes que a êle meteram ombros. Os preços da tabela respei- tam aos meses de Ágosto e Setembro e serão ecrescidos de 801 (3) em cadã um dos. meses seguintes até Junho do ano imediato; os preços relativos a Julho serão iguai. |aosdo mês anterior, Filármonica . União Serlaginense Subscrição para a compra de instrumental reparação e nigualagem do existente E aquisição dum fardamento: Transporte do n.º 103 5:022800 Dr. Rogério Marinha Lucas, Seitã. 50400 Augusto Nunes, de Bisboa di. 29800 A Transportar... 5:092800 E x Considerações “Oportunas A nossa filarmóônica, que dia a dia vem registando no- vos progressos, por uma or- ganização mais perfeita e completa do seu programa musical e pela entrada de novos executantes, o que re- gistamos com prazer, fazen- do se notar que o prestígio, cada vez maior, adquirindo, se deve aos atu- rados esforços do seu director e nosso amigo sr. Anibal Nu- nes Corrêa, que não conheçe conceiras nem embaraços e à cooperação leal e dedicada do seu abalisado regente sr. An- tonio Teixeira, necessita do auxilio de todos os sertagi- nenses, que não lho deverão regatear especialmente por- que ela, representa um meio eficaz de propaganda da nos- sa terra e constitue uma ot- ganização de alto valor artis- tico e cultural. Reconhecido êste facto, parece-nos um acto de bairrismo que todos: para ela contribuem na medida do possivel, criando-lhe uma vida relativamente próspera, de maneira a desaparecerem de vez as dificuldades finan- ceiras com que vem lutando; não se compreende que as cotas actuais dos sócios não dêem para pagar ao re- gente o pequeno e quaási insi- gnificante ordenado, que lhe é devido. É So Mal de nós se não tomar- môs em considerão as condi- ções de vida das, melhores agremiações da Sertã. Com o nosso desleixo, com a nossa indiferença e com o nosso egoismo deixaremos morrer o que de mais belo existe no meio, aquilo que, preçisame, - te, marca à Sertã uma situa- ção de prodominio e de des- taque. Concerto Na decorrente época o pú- blico da Sertã não tem razão para se queixar da falta de concertos públicos. À reorga- nizacão da Filarmónica levou os seusdirigentes a propores cionar frequentes audições, que são sempre apreciadas a valer. O concerto no noite de 21, - no Adro, causou agrado geral, sobretudo a rapsódia de can- tos populares da Bei a Biixa, ouvida pela primeira vez. Damos o extracto do pro- grama. 1,º PARTE Legionário, marcha militar. . TEIEIRA interrompida, valsa ...... O METRÁ Suzete, sinfonia ........ MINEIRO Impenetravel, cne-step..... RODHA 2: PARTE Cantares Beiries, rapsódia de cantos ppu- lares da Beira Baixa, extraídos to 2.º volume da «cinografia da Beira», do sr. dr. Jaime Lopes Dias TEIXEIRA Bagdai, marcha oriental. ... SENELVKER Cardo, passa dobrado ...... TEMEIRA VENDE-SE Brékem perfsito estado mui- to leve, : Informa esta redacção que vem | e e@@@ 1 @@@ COMARCA DA SERT'A Futebol Realizou-se no passado dia 21, no campo de jogos, nesta vila, um amistoso encontro de futebol entre o Sport Club de Ferreira do Zêzere e a Acadé- mica Sertaginense, na presen- ça duma numerosa assistên- cia, a mais numerosa até ho- je registada, tendo a orna- mentá-la a graciosidade de olicromas toiletes das «aima- les mademoiselles» que vie- ram animar esta competição desportiva, especialmente os jovens estudantes de que se co spõe a Académica; êles, po- rém, não souberam corres- ponder aos seus sorrisos de incitamento, suficientes para incutir coragem a um santo... Portaram-se com ingratidão. Os teáms deram entrada no Campo às 6,45 por entre pro- longadas ovações. Alinhando, pelo Sport Club —: David, Mota e Inácio J; Inácio II, Da- xidII e Gilhermino; Rumos, Leonel, Oliveira, Marçal e Luiz Gouveia. Pela Académi- ca:—Correia, Jorge e Rogério, Tavares, Jaime. “ Egas, Ani- bal, Monteiro, Henrique, Silva € Jastino. E A bola foi posta em jôgo e, logo de inicio, há uma avan- çada perigosa, conduzida pela asa esque da da Acacêmica, mas a bola saiu foia por cima da trave. Nos primeiros minu- tos os académicos jogaram com nítida superioridade, mas em breve iransitaram da si- tração de dominantes para a de domina os. Até aos 42 minutos o jôgo desenvolve-se a meio campo, sem entusiasmo de parte a parte, raras vezes sendo ne- cessária a intervenção das de- fesas. Faltavam 2 minutos para terminar a primeira parte quando foi marcado o primeiro goal por Ferreira, - que se aproveitou duma con- fusão erorinissima em frente das balisas. E assim findou a: primeira parte. Recomeçou o encontro e nos primeiros segundos, im- perada e rápidamente, as ba- lisas dos académicos sofrem nova introdução do esférico. Os ferreirenses trabalham com mais precisão e energia. “O esférico agora percorre o rectângulo com rapidez. Hã mais entusiasmo. As defesas da Acadêmica estão sendo os ' homens da tarde, interceptan- | do com seguranca e aliviando o seu campo coin serenidade, mas a sua linha de ataque não ajuda, é fraquissima. Não hã quem remate à balisa, O de- sanimo começa a apoderar-se dos académicos mas... a as- sistência aplaude delirante- mente. Foi marcado um pon to contra Ferreira. Temos, portanto, 2-1. O entusiasmo recriudesce, Os académicos trabalham com denodo em busca do enipate, mas os ferreirenses não cedem, continuam a trabalhar com acérto, obrigando a deesa adversária a intervir cons- tantemente. Há novo goal contra os aca- |. démicos, o que os acabou de desorientar. Já não podem es- -perar uma vitória, ou pelo menos um empate, salvo que a sorte lhes comece a sorrir... Mas vs ferreirenses não dei- xam albergar por muito teme po esta ideia, porque marcam outro goal, e foi êste o resul- tado do desafio—4-1. à * x Embora o team de Ferreira jogasse com superioridade, já nos têm visitado teams su- periores, apesar-daquele se achar enriquecilo com ele- mentos estranhos, entre eles o guarda-rêdes e médio cen- RR) O resultado ajustou-se per- Feitamente à mnarchu do jôgo, Respeitando e seguindo e secular tradição, realizam-se nos dias 7 e 8 Setembro as festas à milagrosa protectora dos infelizes, com arraial, fo- go de artifício, missa solene, sermão, procissão e mais fes- tejos,a que concorrem milha- res de pessoas, a maior parte por devoção e outras para gozarem o extraordinário pa- noiama que sz: desfruta da alta montanha aonde :sta edi- | ficada a ermida. * D'ali se avistam muitas vi- las e aldeias eaté Serra da Estrela em dias claros. Em baixo correo Zêzere entre altivas penedias; a célebre ponte do Cabril é obra de se vêr e admirar. Este sitio, muito concorrido de turistas, é denominado a SINTRA DA BEIRA BAIXA tal c seu conjunto de bele- zas! “O egrégio autor do hino na- cional, «A PORTUGUESA», no seu livro «Tojo: e Rosmauni- nhos», Fis, 13a 18, ocupa-se PEDROGÃO PEQUENO Romaria da Senhora da Confiança de PEDROGAO PEQUENO e publica um belo desenho de sua autoria, mostrando a pi- toresca entrada da Vila do lado do Cabril. E' pois dever de tôdos os bons pedroguenses, residentes noutras localidades, visitarem nesta ocasião a sua terra na- tal e concorrerem com a sua propaganda e valimente para o engrandecimento da mes- ma. JOÃO DO CACAL Pedrógão Pequeno — Formosa vista do Cabril e ponte sôbre o Zêzere E * * 0 programa é o seguinte: De véspera: arraial com fo- go prêso, fornecido pelo - ha- bil pirotécnico da Sertã, pres- tando valioso concurso a Filar- mónica «Aurora Pedroguense», de Pedrógão Pequeno. No dia da festa: — Alvorada pela mesma Filarmonica; ao meio-dia, missa solene, can- tada a: vozes e sermão; à tar- de, sermão e procissão. Se;iã prégador da festa o Revº P.º Augusto Antônio Ri- beiro, digno pároco da fregue- sia de Sernache do Bomjar- dim. x a x Um devoto, que não deseja revelado oseunome, ofereceu pa- raa capela uma porta (a princi- pal) pora antiga se encontrar em péssimo estado de conser- vação, acto que é digno 'de todo o louvor. Os amigos do nosso jornal Tiveram a amabilidade de nos indicar novos assinantes, o que muito agradecemos, os srs. Jacintó Barata, de Pedro- gão Pequeno, Anibal Farinha e Joaquim Nunes, de Lisboa. EEE SR e aos dirigentes do grupo lo cal cabe parte da responsabi- lidade desta derrota, pois é sabido, que podiam ter for- mado um team melhor, sem recorrer a jogadores estra- nhos. Jorge, Rogério, Henrique e Justino jogaram bem, outros havia que a interceptar o es- férico eram uma . ..cesta rota. Estas organizações devem merecer os maiores cuidados, “pois é necessário que a Sertã, desportivamente, ocupe o seu lugar. a x A arbitragem foi regular, apesar-de não ter reparado no of-side descarado que invali dara o terceiro goal de Fer- reira, e alguns penaltys, mas |se fôsse a marcar tôdas as penalidades o tempo talvez não chegasse. K E € No final foi servido um lan- che no Sertanense Foot-Ball Club, tendo-se trocado brin- des. . REPÓRTER DESPORTIVO Carta de Lisboa ba liistoria da Literatura Portuguesa, de Mendes dos Remedios, respinguei -— sobre o dr, Santos Valeata: «(1896)—Foi poeta e humanista, fi- «lósofo e critico, «Ao mesm tempo que se entregava «á elaboração fadigosa do DICIONA- «RIO CONTEMPORANEO DA LINGUA «PORTUGUESA, que Caldas Aulete «deixara openas esboçado, ia vertendo »para latim e greg», belissimas com posições portuguesa. : e “ Os seus versos latinos sairam no “volume—CARMINDA, “Quando estudante na Universidade, “publicou o poema — ERMELINDA, Em 1861, também em Coimbra, foi pu- “blicado o volume PRIMICIAS, enc:r- “rando poesias liricas, latinas e portu- “ouesas, SANTOS VALENTE redigiua RE- VISTA POPULAR DE CONHECI- “MENTOS UTEIS e dirigiu a edição “dos LUSIADAS manuscritos, Ora o DR.SANTOS VALENTE, era nosso patricio; creio que nasceu na fre- guesia de Palhais, e, tanto nesta fre- guesia, como na da Sertã tem ainda hoje parentes que, certamente poderão auxiliar alguem que queira meter om- bros á empresa de coligir os seus escri- tos e adquirir tôdas as suas obras pu- blicadas para tudo engrossar a nossa ESTANTE PATRICIA, e dar-lhe mais realce A' Direcção do Gremio Sertaginen- se, det-ntora da estante em referência, compete muito especialmente, recolher esta minha lembrança e fazê-la vingar, E é mais uma do velho, JOÃO SERTà fadada ia Este número foi visado pela Comissão de Censura de Castelo Branco Sopa dos Pobres Movimento de Julho de 1938 RECEITA: Cotas da Adminis- tração do Concelho e Câmara Municipal, 120$00; cotas diver- sas, 254800; cota da sr? D. Guilhermina Durão, 30800; idem de sr, Manoel dos San- tos, de Tomar, de Janeiro a Maio, 25800; donativos do sr. Manoel Lopes, S. Domingos de Carmões, 25800; da G. N. R,, 25800 e da sr.* D. Albertina Silva, de Lisboa, 10800; soma, 489800. Géneros: 1 canastra e uma cesta de fruta, de 2 anónimos; 1 cesto de hortali- ça e uma quarta de batatas, de D. Conceição Gaspar; 1 cesto de batatas, de D. Agueda Lei- tão; 1 dito, de D. Lúcia Del- gado; 1 alqueire de batata, do sr. Demétrio Carvalho; hortaliças de vários anoni- mos. DESPESA: — Distribuição de sopa a 45 indigentes, 401820. A Direcção agradece muito reconhecida em nome dós po: brezinhos. 9090600000000 0000cav20095004000900000 “À COMARCA DA SERTÁ” a principiar no presente nú- | mero, vende-se na casa do Ex.»º Sr. Manuel Alves da Silva Neves, Rua da Assun- ção, 84 a 86 -- LISBOA 99006000000059000000000900900000000000 O ensino da lingua pote guesa foi admitido nas escolas superiores de França e da Argentina, À INSTITUTO NACIONAL DO “TRABALHO E PREVIDENÇIA Deiegação de Castelo Branco (Covilhã) Nota Oficiosa HORARIO DE TRABALHO NOS SERVIÇOS DE TRANPORTE ÁUTOMO: VEL. Tendo a Fiscalização do Trabalho verificado que as disposições reguladoras do. Horário de Trabalho nos ser- viços de transporte automô- vel não estão a ser cumpri- das como convém, chama-se a atenção dos interessados para o que a seguir se deter- mina sem prejuizo do esta- belecido nos Decretos 24.402 de 24 de Agosto de 1934 e 22.500 de 10 de Maio de 1933: a) SERVIÇOS DE TRANS- PORTE PRIVATIVO DOS ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS E INDUS- TRIAIS, O pessoal está sujeito ao regimem geral de 8 horas de trabalho, em correlação com o periodo de abertura do es- tabelecimento ou de labora- ção normal dos estabeleçcimen- tos em que prestam serviço, b) SERVIÇOS DE TRANS- PORTE DE ALUGUER E LONGO CURSO, Horário de 56 horas sema- nais, sem prejuizo do dia de descarso, as horas suplemen- tares que tenham de ser fei- tas, por exigência do serviço, serão pagas nos termos legais. O motorista deverá possuir o cartão de trabalho, cedido pelo respectivo Sindicato Na- cional, onde será registado o seu trabalho diário, e às en- tidades patronais serã forne- cido um mapa correlutivo. O. ajuste de contas será feito até à terça feira da semana seguinte áquela a que os salários disserem respeito, sob. o contróle de F. T. e desta De- legação. É e) AUTOMOVRIS DE PRA- O pessoal empregado neste serviço, tem um dia de des- canso semanal, estabelecido de acôrdo com os respectivos Patrões. Estes deverão partici- par a esta Delegação o dia ou dias escolhidos para ó des- cansó do seu pessoal. d) CARREIRAS DE TRANS- PORTES DE PASSAGEI. ROS E MERCADORIAS. Estas carreiras terão de possuir os seus horarios ela- borados com rigorosa obser- vância das disposições legais e das determinações dos orga- nismos que superintendem nos serviços desta naturêza. As entidades patronais da parte sul do distrito, de- vem até 30 do corrente regu- larizar os seus horários e fa- zê-los aprovar por esta De- legacão, tomando as provi- dências necessárias para a exa- ta observância do que fica determinado. A Fiscalização do Trabalho fornecerá a todos os interes- sados os esclarecimentos que lhe forem pedidos. A partir daquela data a Fiscalização exer-se-há com o mâximo figor, de forma a ficar estabeleci- da, num tão importante sec- tor profissional, uma neces- sária disciplina social, Covilhã, 13 de Agosto de 1938. Ano XIII da Revolu- ção Nacional:— O Delegado; ANTÃO SANTOS DA CUNHA