A Boa Nova nº1 19-07-1914

@@@ 1 @@@
Certa,
19 Eita ho de 1944
Administrador
José Francisco.
BOA. NOV
MECPE FE NA ME NITO S/A E,
Ros arciprestados de Certã. Oleiros e GR ava
Director-proprietart »
– P.º FRANCISCO DOS SANTOS SILVA
Bom AntenioMontinho,
por Mercê de Deus e
“da Santa Sé Apostoli-
ca. Bispo de Portale-
gre. etc.
Aos que esta Nossa Pro-
visão virem Saude e Benção
em Jesus Christo Nosso Se-
nhor é e Redemptor.
Fazemos saber que, sendo
utilissimas as publicações de-
mominadas « Boletins» não só
porque. são echos da voz do
in mais distante da fregue-
za, vias tambem porque são
esgoto modesta de re dacção,
incentivo à leitura, ao estu
do e ao trabalho e ainda ino-
tivo de santa emulação entre
o Clero e fiis ilustrados;
Havemos por bem auctori-
sa à publicação de A Boa
tados de Certa, Oleiros e
Proença-a-Nova, desta dio-
cese de Portaleg gre, abençoar
“todas as pessoas que co ia
s buiram para o seu apar GO De
mento e e sustentação e conte-
der «os seus leitores cincventa
dias de indulgencias.
O
Dado em Portalegre, sob
Nosso Sinal e Sello das M 08
sas Armas, em dez
de mil novecentos e catorze.
Jegro e.
Quando Jesus começon
a percorrer a Galileia pré-
gando uma doutrina cheia
“de bondade, d’amor, todos
qyue o ouviam, adwirados
da elevação da susmoral,
a uma vóz, lhe chamaram
a Boa Nova.
Parocho, que chegam até ao.
Nova Boletim dos Arcipres-,
de Julho.
+ Antonio, spo de Porta-.
Boa Nova será tambem
“o titulo d’este modesto Bo-
tetim.
Docete —ensinae, dizia o
Divino Mestre a seus disci-
pulos ao confiar-lhes o man-
dato do Apostolado em to-
da a terra, e desde então a
Principal arma com que a
Egreja dilatou o reino de
Jesus foi sempre o ensino,
a dentro dos moldes moraes
do Evangelho.
A Boa Nova será, pois
um períodico doutrinario,
cujo programmafaráconses-
tir na instrucção religiosa,
apregoar os bons exemplos
defender a boa doutrina e
transmittir a boa semente.
-.. Viza mais á educação
do sentimento do que a cul-
tura da intelligencia, 4 for-
mação do coração do que a
critica do raciocinio.
A Boa Nova tal qual se
apresenta hoje no desenra-
lar do. seu progama enai-.
nar-—não será um perioii-
co politico, ou como soi di-
zer-se um jornal de comba-
te que venha á liça da im:
prensa invocar novas theo-
rias ou provocar conflictos
de escolas. À nossa escola
está feita ha vinte seculos:
tem o seu alicerce no Ser-
mão da Montanha ea sua
cupula nas manifestações
do Golgotha. As doutrinas
que nos impomos ensinar,
consagradas pelo aplauso
mundial de milhares de ge-
rações, temol-as como as
melhores de quantas teem
aflorado aos labios huma-
nos.
Felizes de nós se, ao en-
cetarmos esta tarefa tão ur-
moral, que por toda ‘a par-
e
te se escancara insolente,
tivermoso auxilio e boa von-
– tade de todos que ainda se
interessam pelo triumpho da
virtude e pelo bem da Pa-
tria.
coment 4 dem
XX E Congresso Encharistico
internacional
O Ex.Ӽ Senhor Dom An-
tonio Moutinho, Bispo d’esta
Diocese, exhorta todos os pa-
| rochos a que promovam nas
respectivas freguesias uma ma-
nifestação de Fé e Amor a
Jesus Sacramentado, nos dias
22, 23, 25 e especialmente no
dia 26 do corrente, durante
| Os quaes se realisará em Lour-
des o XXV Congresso Inter-
nacional Eucharistico. Essa re-
ligiosa manifestação poderá.
consistir n’um triduo de pra-
ticas Eucharisticas, missa so-
lemne, sermão, communhão
geral nomeadamente de crean-
ças é jovens, exposição, ado-
ração e procissão do Santissi-
mo Sacramento, etc.
A’s pessoas que commun-
garem e se unirem, ao menos
pelo pensamento e pelo cora-
ção, com os Congressistas Sua
Santidade concede Indulgen-
cia plenaria applicavel aos fieis
defunctos; é áquelles que du-
rante O Congresso orarem pie-
dosamente,
simo . Sacramento, pela con-
cordia dos principes christãos
extirpação das heresias, con-
versão dos peccadores e exal-
tação da Santa Madre Igre-
ja, concede uma remissão de
penas de sete annos e sete
quarentenas,
Projecta-se fazer de toda a
terra um enormissimo thuri-
bulo que, á mesma hora, 5 da
tarde do domingo, dia 26, fa-
rá subir simultaneamente O
perfume das mesmas adora-
ções para Jesus Nosso Senhor
e Salvador, na Eucharistia, no
“meio de uma acclamação mun-
! dial.
gente, como obice a ruina |
sn O Gimme
São enganosos os caminhos,
“do impio.
Bethlem, cidade a duas le:
graça e de bondade que
ções e sem vaidades,
“conseguindo set. tamb
diante do Santis-
Deus abençoou a su
“ção, empregava-o no exer
senão para edificar o
tros, pelo bem que fazia
meses a
Nasceu Sant’Anna em
guas de distancia de Jeru
salem, sendo filha de Ma-
than, sacerdote de Bethlem,
da tribu de Levy e de Ma
ria, sua esposa, da tribu
real de Judá, s
“Logo desde creança se.
reconhecia em Anoa um
fundo de modestia, de pie-
dade e de sabedoria que é
tornavam excessivamente
sympathica e amavel, Era
um vaso de sabedoria,
pe
todos atrahia e captiv
Gostava mais da solidão
que das pompas e
des mundanas e foi 7
so que, apezar de viver sem.
pre em recato sem ostent
ocÊ
pada entre os serviço do
culto e os sens deveres d
mesticos, ella foi vista p
Joaquim, que lhe compre-
henden e admirou as bel
las qualidades moraes,
amou sincera e santame
comprehendido e amado de
Anna, que a final consen
em acceital-o por esposc
Eram dia + um aa
tro.
Ambos nobres e dE no
ambos piedosos e
eera comelles.
“Fodo o tempo que 8
t Anna não dedicava á or
cicio de todas as boas obras.
Não npparecia em publi
pelo que ensinava a fazer
Mas era sobretudoera sobretudo@@@ 1 @@@
oa Nova
e de santa esposa.
Faltava-lhe, apenas, ser
ia o modelo de boa
porque Deus n’isso
ão he Ra os rogos,
pesar de familia nobre
sou talvez «ue podesse vir
r avó do Messias, por-
aliás tanto
desejava, como todas
ulheres israelitas “do
mpo, ter um flho ou
em cujos descendentes,
us ou menos proximos,
e realisassem as promessas
d Ron: ni sas
s esposas verem gs uc-
js Seus amores…
la, porem desejava-o
ainda, porque no sen
era um vilipendio
“esteril; incorria no
Ê infame toda aquel-
er hebreia a dação 9
fechasse a vulva
“a seu marido um
quem se podessem
Ou perpetuar as
promessas ve Redem-
“Apesar. d’isso, ella
a perdeu a confianca
miscricordias du Be.
| NÃo cessando de lhe
de dia e de noite para
“dignasse conceder-
m filho, promettendo-
que o fructo de benção
Ha gerasse e desse à
, “Consagrária inteira-
tes; ao Hear e ao sen
“a : = que Sm Anna
mas. nem sempre Ea
a sua fiel sérva, A dão
“despachon as supplicas
.
elo de banima dei
a que pertencia. nunca pen- .
e nd Ê “dizer estrella do mar. E
ancelava;
s de qua-.
à Jogo, A a Anna |
o quando ella mesmo.
não esperava rs despa-
t
da a morrer sem deixar es-
sa vergontea viçosa d’onde
podesse brotar o Salvador
do Mundo, é então que
Deus: lhe decere 3 sua sup-
plica e lhe concede o que ella
tanto de-ejava-— uma filha.
Sentin-se- ffeetivamente pe-
“Jada e move mezes depois
dava ella á luz, isenta da
mancha da culpa original,
uma menina a quem deu o
nome de Maria, que quer
como ella se revia na filha
e como a filha se parecia.
com a mãe!
Não se esqueceu ella do
sem voto,
Apenas asua filha com-
pletou os: tres annos, ela
mesmo a levou ao templo e
ahi, perante o Summo Sa- |
cerdute;-cheia de gratidão é
de reconhecimento, a con-
sagron ao Senhor; dedican-
do-a “o seu santo serviço.
No emtanto fallecia S. Joa-
quim, seu esposo, passando
ela agora todo o tempo da
sua viuvez ne retiro, em
continua acção de graças
ao Senhor por tão.
vendo-se cada vez mais na
sua filha que cada dia cres-
eta mais em santidade e em
de:
de
merecimentos, uma edade
olhos
cheia
sabedoria aos
Deus. Fallecenú
avançada-—setenta e nove
annos-—deixando sua filha
ainda creança d’uns otze
annos de edade. O vene-
ando corpo de Sant’Anna
foi sepultado junto do de
“Joaquim, no vale de
Josaphat, donde mais tarde
foi trasladado para a cathe-
dral de Provença, na Pran-
ca onde ainda hoje se con-
Serra, com extremo gaudio
d’aquelles povos que teem
por Sant’Anna a maior de-
voçio pelas graças constan-
Der us ques a ‘
à Cumeada, 20 te Junho
de 1944… g
Pº a Perinha.
men O qem
As. desgraças “amaderam 0
Vhomem antes do tempo.
altas.
mercês que lhe fizera, re- |
| tes que por sua intercessão |
O Sotaina
E” meia noite.
-—Boas noites, meus senho-
TESPeç
Os parceiros que jogavam
as cartas na sala nobre da es-
talagem, cheia de fumo-de ci-
garros pandilhas, levantaram
a cabeça para verem quem
entrava. ‘
—Ab’. E” o nosso Adminis-
trador! exclamou um d’elles
com as mãos cheias de cartas.
(Com seiscentos mil… não
ganhei para o susto… já jul-
gava que era a policia.
—Pois eu, exclamou outro,
conheci logo o sr. Adminis-
trador.
-—Foi – fazer a sua ronda
habitual, mas hoje pelo visto
não caçou nada.
—=Não . cacei nada? Oh! se
cacei e peça graúda. .
—— Vejam lá se advinham?!…
Não advinham, pois fiquem
sabendo que cacei um pa-
tiros
—Mandeio-o agora mesmo |
para a esquadra… Isto é que
vac dar que falar!… Imaji-
nem que estava lá em cima,
na tua torta, a mecher n’uma
porta onde moram apenas
duas raparigas!… grande cor-
jal..
“Sim, senhor bomita Caçã-
da!
“ Entretanto: jog a-se o monte
aih que o administrador toma
parte, e discute-se acalorada-.
mente a sensação que a noti-
cia vae cauzar em toda’a villa
e seu termo, da prizão do pa-
dre Meirelles, apanhado assim
em flagrante delicto.—- Um dos
jogadores, que tinha as suas
“prosapias de homem entendi-
do–doutor de taberna-—diz:
O sr. Administrador deve ser
condecorado por desmascarar
os farçantes hypocritas da sa-
christia.
No dia seguinte, na villa,
não se fallava senão no es-
candalo monumental, que te-
“ve logar na noite antecedente.
Os jornaes exploram o ca-
so escandaloso, pedindo à ca- |
padres, que |
– apontam como corruptores da
juventude, E entretanto o au- |
tor do suposto attentado con- |
beça de todos os
tra a virtude lá jáz nº uma mas
morra. ;
– Dias depoi
Começa a: teanspirar que e
duas jovens à porta das quaes
o padre tinha sido preso ha- .
viam encontrado na manhã
seguinte, debaixo da porta
uma avultada esmola.
Quem ateria lá posto?
“Começam as, hypotheses.
Só ge foi.o padre?!
Ora essa! diz um brazileiro.
| sabemos!
Elle, o padre?!… Um sovi- |
na que não dá cinco réis a um.
pobre! /
-—Alto lá! responde um ve-
lhote que estava ao lado. A
mim já por varias vezes me
tem dado boas esmolas.—E a |
mim.
–B a mim.
-—Pois se elle é um santo–
| responde outro—o que cello
i-me tem dado só eu e e o
Sim, venham-me cá com
essas!
Caridade em corvos ne-
gros!… torna o brazileiro
——Covos negrosr. Que é
isso de corvos negros?
-—São os padres. que rou-
bam as raparigas…
— Ab! sim, sr. Pad que
estraga… que… olhe que
eu digo-tudo…
—Pois eu, sr. brazileiro e
meus srs. todos, ténho a cer-
rteza que foi o padre quem
“metteu O dinheiro debaixo da
| porta das pobres orphãs, por-
que a mim já me fez o mes-
mo-e do mgsmo modo.
E ao Zé barbeiro tamen, e –
ao Chico Mulato, e tamen ao
Manel do Gregorio quando
esteve doente sem poder tr a-
balhar. 1
—E’ verdade, ainda eua
poucos dias o encontrei, altas.
“horas, junto à porta de al-
guns pobres, e de manhã,
soube que todas tinham es-.
motas debaixo da porta.
Passados poucos dias o pa-
| dresera posto em liberdade, €
acompanhado a casa por mui-
to. povo, que, cheio de alegria
e, contentamento, o aclama- |
| va, dizendo: Viva o amigo
dos pobres. ]
| Os jornaes que tinham és-
palhado o escandalo. mette- |
ram-se em copas, nem des-
mentiram a calumnia, nem se- .
pa o mal que tinham
i feito i
O. que se ade ver no dia.
de juizol. E a
ger ;
Ps do rs
Ig aque e ui Gdpa com *
di od aa
fel
soe GBA a
Abre a tua mão ao pobre,
alim de que O teu sacrificio
| de espiação e a tua offerta se-
bem Pd
ú Tê
Ae 8 Listen
Ja jicção das Escribluras
emed’o. para rodo 0%do 0%@@@ 1 @@@
A BOA NOVA
Ê Na santa ad imensa
E Da Boa Imprensa,
E Entra hoje novo campeão,
Humilde, mas destemido,
Incumbido
De benéfica missão.
Como no-lo indica o nome
É -De renome,
Que na fronte lhe reluz,
Vem ensinar com fervor
E co’amoôr
A Doutrina de Jesus.
As ovelhas desgarradas
BE desviadas ‘
Do seu redil, as convida,
Aconselhando, exortando,
Ministrando
“O pasto d’eterna vida.
A’s que seguem por caminhos
Com espinhos
Lhes estende braço amigo,
Dando-lhes doce. conforto
E a bom porto
Conduzindo-as sem perigo.
5
E ás que forem d’alma pura,
De candura
Lhes assiste mui propício,
Protegendo-as, vigiando-as
Pe livrando-as :
De cairem -em precipício.
;
“Explicando é à criançacao velho
O Evangelho,
Lei excelsa e redemptora,
— Derramando-lhes a flux
E O UA Lug
Clara e vivificadora. –
Opondo ao vicio rude
A virtude,
A malicia,-a bondade,
Ão odio, afeição terna
E -E fraterna
– – E ao egoismo, a-caridade.
à cando a Paz que desterra
: À crua guerra(
Que tanta vitima espalha,
E apaga os tristes clarões
Dos canhões,
“Da espingarda e da metralha
Do Bem apontando a norma,
Que reforma,
“Que levanta, que renova
USAS sociedade, com zelo
E desvelo:
“Eis a missão da BUS NORA.
Saudi, chirtétsios O p’regrino
Paladino,
Se vossa Fé não é morta,
“E abri-lhe mui presurosos
E ufanosos
“De par’a par vossa porta.
RR junho de 914.
Po Moura .
sorte,
| estivera,
Cento por um
Era n’um domingo frigi-
dissimo de RETA uv. O ceo
estava pardacento. A ins-.
tantes caiam algnns flocos
de neve. Antonio” acabava
de sahir da Sé, onde tinha
assistido, tom muito respei-
to e attenção, á lição-de ca-
thecismo, ministrada por
um zeloso sacerdote ainda
novo. N’aquelle domingo a
lição de doutrina tinha ver-
sado sobre a caridade; pon-
to este que 0 sacerdote de-
senvolvera admiravelmente.
Meus queridos meninos, di-
| gta o bom sacerdoteaos seus
discrpulos, sabei que os po-
bresinhos são os banqueiros
de Deus; Deus nunca deixa
sem recompensa as esmolas,
que em seu nome, são da-
das aos desprotenidos da
paga cento por um.
Na occasião em que as
crianças sahiam da cateche-
se, no largo fronteiro á Sé
do Porto, pois foi n’esta ci-
dade que se deu o facto, eu-
ja historia «stamos narran-
do, havia uma grande ag-
glomeração de gente. Anto- |
“nito foi deslizando, silencio-
so, por entre aquella gente,
“com o seu fato velho e voto,
“descalço, cabello em desali-
nho, revelando em tudo
grande indigencia, N’isto
pára subitamente, olhando,
“com muita sympathia, pa-
ra um velho mendigo, que
estava estendendo a mão 4
| caridade publica. Leva ins-
tinctivamente a mão no bol-
so, tiva uma moeda de vinte
réis, dá-a ao pobre, balbú-
ciando algumas palavras
jninteligiveia, certamente di-
rigindo a Deus algâma sup-
| plica, e depois segue sen ca-
minho, com teda a natura-.
lidade. Esta bella acção foi
notada pelo sacerdote, que
momentos antes,
dando a lição de catecismo
ás exianças, Admirado dos
sentimentos generosos de
Ântonio, foi-o seguindo de
perto, sem que elle desse
por tal, Porem, poncos pas-
sos andados, scona identica
se repete. Novo mendigo,
olha attento de Antonito | Pe
pas
| ra elle, mão ao bolso e no-
va moeda de vinte réis na
mão do indigente.
Depois, alegre e safisfei-
to, lá val, is Deus se com
fome, caminho de casa. O
padre
de alcançar o bom menino,
e pergunta-lhe, com ar riso-
nho e afavel, a razão d’a-
“quellas esmolas dadas aos
pobre tambem, E, respon-
deu a criança com a maior
“simplicidade, para que Deus
Nosso Senhor me pague cen-
to por um. O meu fato, co-
mo vossa reverencia vê, es-
tá todo roto, tenho frio, os
quarenta réis que dei áquel-
les pobres, e que eu tinha
ganho hoje de manhã, indo
E um regado, não chega-
vam para com rar outro fa
to, agora espero em Deus e
na sna misericordia, que se
compadeça de mim e que
me dê um fatinho novo pa-
ra me rc esguardar do frio.
res tu que isso succeda? Co-
mo queres tu que Deus te
dê um fatinho em recom-
pensa d aquellas esmolas?
En cá não sei, mas… es-
pero.
– O sacerdote, commovido
até ás lagrimas, não só com a
bella acção d’ aquella crian-
de generosidade a tantos vi-
cos, mas tambem com as
suas provas de confiança na
Providencia, disse: lhe: tens
razão meu menina, o bom
Jesus vai pagar-te Já, por
men intermedio, a tua bella
accão, acompanha- me. E,
sem mais demora, dirige-se
para um estabelecimento
proximo onde lhe comprou
seguida despedi-o, dizendo-
lhe: vai para casa e sê sem-
pre bom e caritativo. Ânto-
nio, todo contente e satisfei-
to, de se ver assim com um
fato novo, beija a mão
ao seu bemfeitor, dizendo:
como Vós sóis bom: meu
“Deus, muito, obrigado meu
padre. Ee pe a
, estuga o passo, afim:
pobresinhos, sendo elle tão.
Mas, meu Tonito, como que
um fato novo e calçado, em
E
a No Senhor confio: porque
“ça, que estava dando lições |
de Deus, étria e vã.
) 83, rPADças A
ER
dizeis á. minha dm Foge.
para o monte como passaro E
O Senhor habita no seu
santo templo, 6 “throno d
Senhor é no Cleo, Os seu
olhos olham. para o pob
€ Ps X.
O insensato disse no se
coração: Não ha Deus. E
Acaso não terão conhe
mento Pons os ao
à à UE Da aa
É pad e a e
que se não repassa q ido
lor maximo de uma ch
do NY ça iz qe , eo
cão perfeita, é Der
cpnhecid o. irado e ad
do pelos homens. À 0)
é o ultimo avto de
Ro ea
mem aa é estar de
api into: Sianie doa
nar-se Cond diante
Deus,
(Limartine; na do
ironia ia, Apr
NOTÍCIAS
Prorxça e x eNOvA
22:16 | 914.
Nos primeiros 5 mez
corrente anno houve n’
freguezia 65 baptisado
samentos e 27 obitos. |
No dia 31 de maio realiso
se a festa do Sagrado Cora:
de Maria commungando nº
se dia 525 pessoas e per
do q total d’esde o p)
de Janeiro, de 7. 690 cor
nhões.
Está organizada : a cath JT
se em quasi toda a fregu
sendo frequentada po.
centenas de crianças.
No «dia 21 comparecei
cathechese, ne PBrSja >comparecei
cathechese, ne PBrSja >@@@ 1 @@@
ES
vas 7 missas que todos os
omingos se celebram n’esta
reguezia, é feita a homilia ao
vo, pelos respectivos pres-
yteros. –
— Reuhiram as Ex.”* zelado-
Tas e zeladores do Sagrado
Coração de Jesus, para tractar
— varios assumptos, sendo o
—* principal o ensino da cathe-
e. :
zelo e dedicação com que
Os. estão trabalhando dá-
ebsejo para esperar opti-
sultados. ,,
o. dia 25 de Julho reunem
amente para darem conta
Os trabalhos effectuados até
a data A União Catholica
nesta freguezia um nu-
sto regular de socios.
elles contam-se pes-
| mais respeitabilidade.
ente será proposta
Prelado, a nomeação
dente da União Ca-
lica, que nos consta recair
quem muito se distingue
À ilustração. sentimen-
religiosos, zelo e conside-
) publica.
que seja nomeado se-
convocados os socios pa-
a eleição dos dois vogaes.
emos que o indigitado
nte, cheio de fé, come-
m activa propaganda
o á União todos os
“esta freguezia. Que
fraqueje pois n’esta
esforço e a dedica-
is filhos para de-
sua liberdade e salva-
‘S seus direitos sa-
Unidos seremos in-
De “unamo-nos pois, e
Sus abençoará a nossa boa
rontade 6 O sacrificio que por-
ira hOuvermos de fazer.
Catholicos, affirmemos pu-
He é com inquebran-
Boitormidade as nossas
ças. Por Deus, pela pa-
+ liberdade das nos-
encias corramos to-
alistarnos na União Ca-
jue seráa pacifica pha-
side o segredo da
eligiosa e social
te. Deus O quer.
— Castetro
“O dia 31 de Maio foi para
a fregueria do Castello um
“verdadeiro dia festivo, por se
celebrar n’esse dia a festa do
divino Espirito Santo, orago
desta freguezia. 76 creanças
de ambos Os- sexos, previa-
mente preparadas pelo respe-
tivo parocho, se approxima-
ram da Mesa Eucharistica, fa-
sendo à sua primeira commu-
nhão. Os seus vestidos bran-
que a Egreja pede e.
s defensores do ideal
cos davam a esta festa uma
nota alegre, notando-se um
certo jubilo nas creanças, que
pela primeira vez levavam os
seus corações immaculados ao
Deus da immaculada pureza.
O Rev.” Prata, que teve o
auditorio suspenso por espa-
ço d’alguns minutos, conse-
guiu arrancar torrentes copio-
sas de lagrimas ao numeroso
auditorio que enchia o templo,
fazendo ver aos paes dos com-
mungantes as grandes res-
ponsabilidades que tinham na
educação de seus filhos, de-
vendo envidar todos os esfor-
ços para os educarem no te-
mor de Deus, para que elles
fossem um dia filhos obdientes
e submissos.
Finda a Missa e communhão
“dirigiram-se as creanças pro-
cissionalmente para a casa da
escola, onde lhe foi offereci-
do um abundante jantar pelo
Ex.Ӽ Sr. Dr. Julio Peixoto
Correia, d’Arnoia, povoação
d’esta freguezia e que partici-
pava da mesma alegria das
creanças, pois no numero d’el-
las se achava um seu filho,
que tambem pela primeira vez
se approximara do pão dos
anjos. Houve de tarde a no-
vena de Nossa Senhora, se-
guida de sermão, allusivo à
solemnidade do dia, sahindo
depois a procissão, percorren-
do o itenerario do costume,
cantando as creanças durante
o trajecto alguns canticos. Não
posso deixar de louvar a zelo-
sa comissão, encarregada de
angariar os donativos para
custear as despesas da festa
devendo especialisar o nosso
amigo Dr. Peixoto, que não
se poupou aos maiores sacri-
ficios para que a festividade
tivesse o brilho e lazimento
possivel, pondo á disposição
do parocho os ricos paramen-
tos da sua Capella d’ Arnoia.
CUMEADA
“Terá lugar no proximo dia
28 do corrente a festa em
honra do S. Coração de Jesus.
| Será precedida de novena e
esperam-se muitas commu-
nhões. Haverá tambem a ce-
rimonia e respectiva pratica
da primeira communhão de
CreanÇãS NR arado e
—Parece estar para breve o |
enlace matrimonial de José.
Marçal, ex-presidente da Jun-
ta de Parochia, com a menina
Maria da Costa, de Alberga-
Fá.
-—Matrimoniaram-se no dia
11 do corrente, Manoel Nu-
nes, de Albergaria e sua prima
Joaquina Maria, natural da
freguezia de Palhaes. j
—Estão doentes: Maria da
Costa, do Chão da Telha, Ma-
noel da Silva Junior, do Cas-
tanheiro e Maria Luiza do Ca-
sal do Calvo.
–Em uso de banhos, sahi-
ram para Pedras Salgadas João
Marçal Nunes, ex.“* esposa e
filha,
-——Finou-se no dia 19, Igna-
cia da Silva, viuva, de Vaqui-
nhas Fundeiras.
CarniGos
24 de junho de 1914.
Movimento religioso d’esta
freguezia desdo 1 de Janeiro a
31 de Maio:
Baptismos 38; casamentos
16; obitos 17. Desde a implan-
tação do novo regimen só
houve um casamento cujos
contrahentes deixaram de re-
ceber-se pela Egreja, e à nu-
bente era adventicia, natural
de outra freguezia.
“Houve cerca de 6:500 com-
munhões, e aproximadamen-
te 9:000 adorações ao 5.5.
exposto no trono ou,á porta
do sacrario.
Fez-se o Mez de Maria com
frequencia regular de fieis e
bastante piedade, havendo em
todos os dias exposição e
benção do SS. Sacramento,
bem como em todos os do-
mingos e dias Santificados,
recitando-se n’estes e em to-
dos os dias da quaresma o
terço e ladainha de Maria
Santíssima, publicamente na
egreja.
Celebrou-se a missa e exer-
cicios de primeiras sextas fei-
ras de cada mez ao Sagrado
Coração de Jesus, é procissão |
do S. Rosario todos os pri-
meiros domingos do mez.
– Instituiu-se a congregação
da doutrina christã, havendo
bastante frequencia, na egreja
matriz e capella dos Valles, e
alistaram-se bastantes senho-
ras como cathechistes volun-
tarias, cujo zêlo é muito lou-
vavel e proficuo, e será por
certo acceite 6 recompensado
por Deus.
“São PEDRO D’EsTEVAL
20–6—914. ;
Houve nesta freguezia, no
mez de Maio ultimo:
– 2 baptisados, 1 casamento,
e 2 obitos, e 95 confissões e |
Fez-se o exer-
communhões..
cicio da primeira sexta feira e
missa, a devoção do mez de
Maria, e terço e cathecheseaos
domingos.
ÓLEIROS
Realisou-se no dia 19 de ju-
nho, na freguezia de Oleiros,
a- festividade do Santissimo
Coração de Jesus, com omaior
guezia.
— Obito
“Gonçalves, d’esta freguezia e
“de junho de 1914.
brilho e bastante concorrencia
de fieis.
Houve communhão geral
de creanças e adultos, sendo
o numero total de 568.
As creanças eram 205.
Foram oradores os revd.”
Joaquim dos Santos, Vigario
das Sarnadas de S. Simão e
João Esteves Ribeiro, Reitor
da Amieira, que como o cos-
tume revelaram os seus dotes
oratorios. Pi j
no
S. FRANCISCO DE Assis
DA ÁAMIBIRA
23 [6 [914 —
No dia 13 do corrente mez,
passado dia de Santo Antonio,
celebrou-se n’esta freguezia a
festa da 1.º communhão em
que tomaram parte 73 crean-
ças d’ambos sexos. A festa foi
simples mas deveras sympa-
thica. Constou de missa rezada
e sermão pelo revd.” Francis-
co Durões, prior de Cambas.
Depois da communhão e mis-
sa foi servido um pequeno
almoço ás creanças, offerecido
pela associação do S. C. de
Jesus. Terminou depois a festa
com visita do S. Sacramento,
benção e pratica, pelo paro-
cho.
Entoaram-se varios canticos.
religiosos,
“Numero de communhões:
ed A
CR LOCAS esa dy
Em varios dias
dO MAR iv de
4 Total 305
Sant’laGo MENOR DO PERAL
Movimento religioso no mez
de maio de 1914.
Baptismos :
– Dia 1 — Antonio, filho legi- .
timo de Manuel Martins, da
freguezia de Proença a Nova,
e de Anna Vicencia, da fre-
guezia do Peral. . a
Dia 17-—Joaquina, filha le-
gitima de José Antonio Car- |
doso e de Maria Pereira, d’es-:
ta freguezia; e Alvaro, filho
legitimo de Luiz Martinse An-
na Cardoso Manso, d’esta fre-
Casamentos não houve,
* Dia 10— Antonio, de 20 me-
zes, filho legitimo de Manuel
de Maria da Piedade, da fre-
guezia de Proença a Nova.
Dia 12—Anna Cardoso, de
85 annos, viuva de João Dias,
desta freguezia.
—Fez-se a devoção do mez
de Maria.
Peral—Proença a Nova, 22
+
Eae)ae)