A Comarca da Sertã nº453 25-08-1945

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AVENCADO

 

DIRECTOR,

EDITOR E PROPRIETÁRIO
Eduardão Barata da Silva Correia

— REDACÇÃO FE ADMINISTRAÇÃO —

RUA SERPAÁ PINTO

SERTÃ

 

PUBLICA-SE AOS SÁBADOS

| ——FUNDADORES —

— Dr José Carlos Ehrhardt —
Dr. Angelo Henriques Vidiga)l
— António Barata e Silva —
José Barata Corrêa e Silva
Eduardo Barata da Silva Cotrê”a

 

Composto ‘e im-|
presso nas
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da Riteira de Pe-
: ra, Limitada :

CASTANHEIRA
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ANO = Hebdomadário regmnahsta independente, defensor dos interêsses da comarca da Sertã: concelhos de Sertã, Oleiros, ‘ mºoãsm
N. 453 Prognça-a-Nova e Vila de Rei; e freguesias de Amôndoa 8 Cardigos (do concelho de Mação) 1A5

:as:z&——m—m:zm———m_——mm—m——mmmmmmm

Notas…

AMOS à Providência gra-
cas e hosanas, por que
assim foi e será assim.

Ficaria a Lingua portuguesa
decantada dos seus elementos
adventícios, limpa de fonemas
asperos, despida do «ucanguatá»
guarani e desplumada do cocar’
tupininquim se tiívesse sido, aca-
nhada e pastoral, a língua in-
dígena dum povo sedentário, Te-
ve também a sua nostalgia la-
vradeira na «estepe alentejana»…
Sofria, entretanto, da doença da

esperança; guardava o condão .

das profecias ; atraía-a o oceano;
e usara confidenciar com éle as
suas ambições nos penedos de Sa-

gres !
Quem uma vez, antes dos de-

mazs, sam ao longo do mar para

as proegas sem fim— e nele ras-
gou os futuros caminhos, indo
bater a tódas as portas como
um travesso madrugador que des-
perta o Universo e o põe a lra-
balhar? Quem empreendeu co-
mércio e navegação das remotas
regiões e teceu entre elas a réde
dos negócios? Quem fez guerra
temerária aos mfie’is absurda
conquista dos impérios tiranstór-
no e renovação dos mapas, me-
tendo nos celeiros da Europa a
abundância do Oriente — e enst-
nando às nações imóveis as gran-
des transmigrações? Quem deu

à Renascença cspznlual o Sseu
espaço geográfico, .à decadência
do Ocidente a sua redenção
atlântica, à penúria do Mediter-
râneo a utopia das terras novas,
à Cristandade aflita a sua vol-
ta à Chanaan—e a catequese
dos idólatras ? Quem se excedeu
e se dissipou nessas emprésas
«mais do que podia a força hu-
mana» ? Portugal.

€ o ao aa to D a Ni ts taa

(Excerpto do discurso do Prof.
“ dr. Pedro Calmon no encer-
ramento da Conferência Or-
: tográfica Luso-Brasileira).

SME
TNS *

OMA, 15— O Para fez à
seguinte declaração : « Es-

peramos agora que, depois de

ter cessado esta monstruosa ma-

tança, o ódio termine juntamente .

com a ambição do domínio e da
opressão sóbre os fracos e que a

.verdadeira, justa e real paz bri-

lthe finalmente sóbre o Mundo.
— U. P.)
—’,:7′:3
OMO «Calcanhar do Mun-
do» foi recebido pela cr f-

fica: :
«Romance caracterizadamen-

gitimo como pode exprimir abuso.

RF luz electrlca

«Comarca da Sertã» no seu louvável in-
tuito de melhorar o serviço público da ilumina-
ção, franqueou as suas colunas aos leitores que
desejassem em manifestar opinião a respeito dos
serviços de fornecimento da luz eléctrica na Sertã.

Com justificada surpreza a «Comarca» viu
frustados os seus propósitos concluindo, e bem,
que a respeito da luz eléctrica na Sertãá o regosi-
jo e a satisfação deviam ser gerais.

No entanto é certo e sabido que os rumores
do público traduzem-se por constante azedume e

. Inquientantes apreensões quando se fala de tais

Serviços que não servem a causa comurn.
Já fora do prazo peço licença para . iacudir à

*chamada de «A Comarca» conflado na tolerancxa
| do seu ilustre director. ES ucao m,

RR

 

A palavra exploração é, como tantas outras,
de duplo significado, tanto pode exprimir ,uso le-
Por vezes
designa, com propriedade, actividades laboriosas

na corsecução de utilidades comuns, e, por vezes

também significa actividades exploratwas com fim
simultâneo de interêsse comum ou colectivo e de
interêsse privado; mas outras vezes, com não me-
nos propriedade, é empregada em sentido oposto e
designa o abuso que se faz do emprego de meios
para a prosecução de fins ilícitos, f

A exploração é o meio próprio das activida-
des, quer individuais quer colectivas, prossegui-
rem nos seus fins, e é nas sociedades e nas em-
prêsas que a exploraçao tem mais frequente apli-
cação.

A exploração no bom sentido denota activi-
dade progressiva, é o caminho aberto do desen-
volvimento e do progresso -das emprêsas; a ex-
ploração no sentido pejorativo denota desvio das
emprêsas do caminho que devem seguir para atin-
girem o fim especial que se propõem, é o desor-
denamento e indisciplina das actividades, que le-

. Vam ao caminho desastroso dos recursos inconve-

nientes que são a antecamara da falência e da
ruína,

Levará tempo mas chega-se lá.

Quando assim é, a emprêsa olha- NSe a S
própria como meio e não como fim; meio so-
mente”de obter rendimento com sacrifício geral
para saciar voracidades que não são, não podem
nem devem ser, fim da emprêsa.

Quando assim acontece é manifesto que a
emprêsa não. pode prosperar, o capital sofre na-
turalmente o choque violento dos insatisfeitos que
se vêem, com razão, ludibriados. Dá-se a inevi-
tável desarmonia entre os factores da produção e
os orgãos de consumo.

A exploração abuso, ou:o abuso da explora-
ção é justamente condenada pela doutrina, pelo
bom senso e pela moral, e contra ela se erguem
OS rigores repressivos da Lei.

O bom senso e a moral são latentes nos espí-

ritos e despertam se fàâcilmente nas almas dos

sacrificados.

Basta-lhes a convicção da inutilidade dos

nQq 3errá

sacrificios que suportam, e são inúteis todos os
sacrifícios pedidos pelo abuso da exploração.

* %
*

Lembra -nos com saúdade .o acontecimento

memoravel da solene inauguração da luz electnca
na nossa terra.

Foi, sem dúvida alguma, um tacto digno de
registo nos fastos da sua história ; de relêvo no
meio social e de grande expectativa pelas muitas
esperanças que prometia e se enteviam Já num
cortejo de realidades. —

Antevia-se, com razão, no desenvolvimento

da emprêsa o. desenvolwmªnto progresswo da |
“nossa terra. .

Era legitimose não era de mais, esperá lo.

Mas, baldadas esperançasY Faihada expecta-
tival Tantos anos volvidos e nem um passo em
frente. : :
Causa desolação olhar para trás, vamos
procurar olhar para a frente. :

E? indeclinável dever da emprêsa eléctrica
que nos fornece luz, no exercício da sua explora-
ção atinente ao fim social, promover o seu maior
desenvolvimento, esforçando-se pelo maior aper-
feiçoamento dos serviços, enriquecer o seu patri-
mónio melhorando maquinaria e utensilios, alon-
gar a sua rêde de iluminação no propósito de

servir mais e melhor, e assegurar-se condições de.

vida índependente com projecções no futuro, Se
não for assim, não poderá bem dizer-se da sua
actividade explorativa.

O melhor factor de enriquecimento e pro-
gresso da emprêsa seria, sem duvida, o aprovei-
tamento hídro eléctrico.

E’ um problema de permanente actualidade
e importância que deve prender as atenções da
emprêsa no seu e no alheio interêsse, e não pa-
rece que a sua magnitude se afigure inverosimil
ou assumá aspectos ou proporções de impossível.
A emprêsa daria os primeiros passos promovendo
estudos e projectos, e as conclusões tiradas desse:
trabalho inicial realizar-se-lam por subscrição pú-
blica lucrativa por meio das convenientes chama-
das de capital.

A reserva do fundo social da emprêsa num
ilustre de existência teria desta maneira oportu-
nissima aplicação.

Seria um aproveitamento hidráulico limitado-
não podendo ser de maior volume, mas era qual,
quer coisa que já marcava um passo em frente
que nos tranquilizava das apreensões do fuíuro,
que nos convencia que a luz eléctrica na Sertã
não estava sujeitava regime de conta-gôtas e dei-
xava de ser o fogo-fatuo que agora é, ficando en-
tão prestes dia e noite a iluminar e a movimentar
a laboração industrial.

A emprêsa não cuidou de tão prestante pro-
blema que é do seu interêsse directo, e também
o é, salientemente, da nossa terra que todos sa-
bemos ser pobre de indústrias por falta de fôrça

motriz,
A emprêsa eléctrica crxstahzou fechou-se no

casulo do Deve e Haver e de mais não pensa, en-
. —”(Conclui na 4.º página)

.a lápis

te rural — escapa da pecha do
regionalismo. Romance de humil-

des — não transige com a dema- –

gogia, processo demasiadamente
fácil. E, por último, romance de
clara inspiração cristã, não o é
de intenção, que, se o fósse, não
valeria mais do que os outros de
outras intencões…

… Bem procedeu, pois, a
Academia, ao premiar o roman-
ce de UVergíito Godinho,

Dutra Faria

208
D e

:? ‘ODOS os géneros que vêm
— aos mercados locais comn-

tinuam a subir de preço de se-

inana para semana, sem que qual-

quer Jacto possa impedir a mar- ——
“cha ascensional que perturba e

aflige, de modo assustador, as
donas de casa e os chefes de fa-
mília, a maior parte dos quais
não consegue hoje ganhar para
comer.

A seca contribuiu grandemen-
te para esta crítici siluação,
visto que muita gente, por falta

de água nas hortas, tem de com-.
prar na práãca tudo ou a maio-.

ria das coisas precisas à alimen-
tação,

E tem de se revestir de cora-

gem e paciência até que o tempo
mude!

20&

Ú tempo refrescou bastante. No

céu surgem, de quando
em vez, grossas nuvens negras,

que ameaçam chuva, mas, não

tardam a desaparecer repelidas
pelo vento. Caem uns ligeiros
borrifos, alimentadores duma es-
peránça que se esvat nun tnstan-
te !

Se agora chovesse, que bom!

Estão as terras , prontas para a
. plantação da couve, que em gran-

de quantidade vão já aparecendo
nos mercados.

20

D E um momento para outro
a batata desapareceu do
mercado. E compreende-se: a
batata temporã foi escassa, a
seródia não se plantou por fal-
ta de água, de modo que aquê-
les que a têm não vão desfazer-se
dela agora porque depois, lá
mais para diante, não a podem
adquirir, por mmelhor preço que

estejam dispostos a pagá-la.
Sempre é melhor pr euemr do

que remediar.
(Conclui na 4.º página) .

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A Comarca da Seriã

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Alravés da Gomarea

 

Cumeada, 5

Reslizóu se nesta. freguesia,
no dia 28 do mãês passado, a [es-
ta em honra da Nossa sSenhora
Santa Ana, Orago desta Fresue-
sil que conslou do. seguinte:
Felá manha, abertara da. lésta
com o toqgue dos sinvs desta fre-
guesia, seguida de alguns mortei-
ros; pelas o1to horas, chegada
dalarmónica sertavinense: Pelas
dez horas começaramo a ehegar
as fogaçãs, 25 quais loram reco-
lhidus ná dova casa paroquial,
as quais al licaram reçoilidas
até ao fim da’ Misso, que come-
çou pelas onze horas, na qual tol
à celebrante, Reverendo : Padre
Isidro Farinha-e acolitado pelos
Reverendos Párocos das [regue-
sias de Marmeleiro e Paihais e

tacabada esta howre UM secmão:
Acabado &ste a filármonica, acom-
púnhada de todo & povo, foi bus-
car aso lógaças em procissão u
nova casa paroguial onde nesta
altura se estourou um clevado nú-
mero de fosuetes e chegando ao
adro deram algumas: voltas em
volta da igreja o que deu um às-
pectó deslumbrante, talvez o mais
bomto durante 1 festa,

Em seguida atirou-se um lin-
do baíião que subiu quás: a Gino;
consta que depora fol cair à [re-
gpuesia do Marmeleiro.

— Acabado isto, todas às/ pes-
“ soas sesuiramo para jantar com
intervalo de três horas,

Filas – cinco / horas – solarês,
houve novo sermão: acabado êste,
começou a procissão, esta foi a
mais linda “ quense e têem «visto
nob ultimos. anos pelo iruito ele-
Fado. povo que 147 tudo córria
tom muita ordem e compostura,
Recólhida esta começõo à veúda
das fogaçãs, as quais renderam
a bonita impyurtançia de 1780850
5 que foi qualquer colsa para
uma freguesia ta0 pequena e pos
bre como à nossa, Pela hora do
sol-posto. retirou a flarmónica,
sendo nesta altura deitado ao ar
mais um balão que era to lindo
que não houve pessoa alguma
que q visse e que não dissesse
que honrava o arusta que o fez,

“sr. Darvid GCoelho, do lugar da
Felgaria [reguesia do Nesperal,

Esta festa Toi muito concorrida
como únca se c constou, prio-
cipalmunte do povo da Sertã, on:
de ee viam vVárias pessoas de
alta cutegoria, entre elas o Ex.”*
Se. Vice-Presidente da Câmara
em exercicio, Sr. Jose Farinha
Tarares, e qual deu 50304 para
ajudar a custeár: às despesas da
Nossuo Iureja,

— Está-se cá sentindo a gran-
de falta da chuva: as nascentes
estão espotadas, as fontes quás
sêcas 1 a da Rebaxia dos Faustk
nos jã secou por completo e na
da sedêé da freguesia vão começar
algumas obras por êéstes dias, pa-
vás pala Junta; estas obras se-
rio leitas por empreitada & à ar-
rematação teve lusar no dia 19
de Agosto, mas a Junta quelxa-se

ue tem úapenas na Gaixa Creral

os lepósitos uma importância
de TONAIO: se houver alguém que
queira concorrel com qualquer
importáncia para êsie melhora-
mento, queira oomunica-do o mais
depressa possivel,

— Retiróu para à suaterra de
Wal Frageres sac Bxc tD:
foessora desta. freguesia, Sr.é D,
Atra Maria CGeraldes VAZ, diom-
panhada de sen par Antonio- Yaz,
sargento-ajudante aposentado e de
sua mã1t, Descejamos-lhe uma boa
Ylagem e umas férias felizes.

E
o
Madeirã4, 7

Devido à grande estiamem, a
agrªcpltura tem sofrido grandes
prequizos.

Ji se ericontram nesta localt-
dade diversas pessoas, daqui na-
turais e residentes na capital. que
vieram de visita a suas familias,
aproveitando o ensejo de assistir
aos tradicionais festefos em bhon-
rá do Senhor Jesus do Vale Fer-

 

reiro, que prometem gevestir-se
de grande imponência, a-pesar-de
ainda não estar elaborado o pro-
graina à data que escrêvemos,

&.

Pêso, 3

Sentindo-se bastante incomos
dado de saúde, sesuiu para Lis-
boa, a-fim-de ser olbsérvado, o
sr. Abilio José de Moura contei-
tuado comerciunte nesta’ aldeia.

— Em gôõze de umas bem mie-
recidas fécies e de visita a soa
EsSTICINOSA InÃe encontramese aqui
ds srso lh Celeste Farinha Braz
e 1 Irene Braz, respeciivamente,
frolessoras em Lisboa e lioafari-
nha. :

—l*ara fazer um retiro espi-
Filtal, segoi para Fútima o-BewvJº
Sebastião de Oliveira Cardoso,
; G
SBEGc TS

Cotm TG anos de Idade fale-
ceu nesta aldeia o Reverendo
&sr- Jose Farinha Múartina; pro-
prietário e antico capelão mili-
tar reformado.

. sem funeral teallzóirse
hoje para o GCemitério da Váro
zen dos GCavaleiros, freduesia
da suá naturalidade,

Fez testamento, legando 05
seus importantes Mavéres a sua
familia.

Cr

Marmeleiro, 15

Ansentou-se para o Vale da
Cialeda, onde foi passar a8 fé-
Has, a seº* D Tida de Jesos
Matques, que está em serviço
na escola desta (reguesia Mals
Uuinta vez provou, pelos servicos
apressntados duúrante éste eoo,
a compelência que tem pára o
sem mister. Levog à exame da

4 classe 7 salunos, 35 do sexo

feminino e 4 do masculino é en
da 4.º classe 4, três do mascu-
lino é | do feminino, apresen-
tando 528 passadens, ltarabêéns
à distinta prolessora por ver
coroado de completa êxito o seu
exlenvante trabalho,
— — Encontra-se nesta fregue-
sla em dózo de férias, acompa-
nhado de suma espôsa e filhis
nhos, o sr, Carlos Melrelés Gi-
rão, vindos das M:nas da Pa-
nasqueira, onde ]::IIESÍEII’BT ser-
viço.

.
Nadeira, 14

Foram colocados alsuns ban-
cos no adro da igreja matriz,
sendo as despesas feitas com o
salio duma subscrição efectua-
da há um ano por alguns mem

ros da colónia da Madelrã em
Lisboa; foi também reparado
um desrau que há anos estava
derruído ta escadaria que dá

— ACesso à estação dos corréios.

—Foi reparada a estrada
que nos lida a0 Alto da Cava,
sendo as despesas custeadas
por donativos audariados pela
comissão nomesda para tal fim.
No local da Cruz da Aveleira
toi. feita nova ligação para esta
lócalidade, pois a anterior não

vferecia as condições exloidas

Ppara a passadem de carros: pe-
sados.
C.

Cardigos, 15

Realizou-se hoje, pelas 13
horas, na tgreja paroquial deste
vila, a festividade em honra de
Nossa senhora da Assunção,
padroeira desta freduesia, Cons-
tou de missa cantada, sermão e
bêncão do Santissimo, com uy-
merosa assistência de fiéis,

— A colheita do vinho, quêe
éste a10 5e esperava ser abun-
dante, últlimamente devido ao
calor que tem felito tem prejudi-
cado muitissimo a 1/79, NUmA pros
porção superlor a um terço.

— Já se encontram muiras
famiílias de fora, que aqui veem
passar uma temporada:

E

Comarca da Sertã

O mal rubro

O mal rubro continua prodo-
zindo grande moctaádade, ná nos-
5A reslão, entre o gade suíno, re-
gistando-se para cima de mi
haixas, só no concelho da Sertã,

Sóbre o gado suíno impende,
pols, UMa grave ameaça, que po-
de originar o seu total desupare-
cimento ou, pelo menos, uma per-
da extraordináriamente clevada
se à Intendência de Pesuária do
distrito, de acôrdo com as infor-
muações do veterinácio: municipal
sólire-o caragter = desenvolvimen:
to da doença nos: últimos anos,
não tomar medidas drásticas que
o debelem por completo, adoptan-
do ainda, fius épócas próprias,
as medidas preventivas aconse-
lliáveis, que, inclúsivamente, po-
derio abranger o iralamento ade-
quando que corgesponda. à imu-
nidade absoluta de todos os ani-
IMAais ts Áreas em que se recis-
tam a5 focos,

A elevada pêérda de animais

é uma verdadeira carásirole parua
à economia do concelho e da ce-
gião, dificilmente reparávels e o
avrador, perante csse facto e o
pessimo ano agricola que se de-
para, vê etoucrse da suoa frente
o espectro da farma, C) caso me-
fece, pols, ser estudadó com a
devida . ateniçõo.

nesundo nos informa o vetas
terinário inumieipal, loram vaci-
nados, até agora; nO NOsSo. com:
celho; 45 porceos na Marinha do
Yale Carvalho, 5ã na Mazieira,
V uo Maxial da HKstrada, 87 no
Yenestal, córca de 150 n Sertã,
gêrca de 428 no Qureiro da Lagoa,
225 i
Ribeira Bardeira, 17 na Pussaria,

61 na Aldela da Ribeira e Casal,
20 em Amioso e S0 16 Yale Squo

to e Troviscainho, registando-se
entre esse número, anenas, 1 bai
xA a merta e 2 em Santana,

Nesta xona bhád centenas de
barxas cotrê animais não vacina.
dos. j

A quuisi totalidade das vacinas
& coóntra o mal rubro é uma me
nur percentagem contra a péste.

Fsçm E

Festa de S&arlo Es.f.a*aâa

FKraliza-se imanhã a festa de
Santo Fstevio, nas proximidades
do Cabecudo,

em Santana, 25 na Póvoa da.

Pedrógão Pequeno, 14

Foi há dias submetido a uma
Dperação clrúrdica, em Lizboa,
a 5r. Angelo Ferreira Vidígal,
da Várzea EFondeiíra, têendo à
opersção decorrido bpem e en-
contrando-se já em francá con-
valescençta, pelo que a felicita-
iOS, :

— Envontram-se nesta wila,
com suas familias o8 Srs. Ma-
jor Raul Eerreira Vídigal, de
Lizhbaa e Dr. Fernando KHodri-
sues Fontinha, de Cabeceiros
de Basto.

Caixas cscolares

Durante o ano lectivo findo
contribocifám com diversos do-
fativos para o ólea de fidado
de bacalhau e material escolar
0S Sseguintes pedrogduenses resi-
dente em Lisboa:

José Casctano Martins Leltão
13I800: Manuel Marting SOGBUO,;
José Martins e Irmão SOFDOO;
Manuel Ramos A0$S00; Amadeu
Barinha Bavid 80800 Américo
Atudosto Barbosa e Silça SOSDO ;
Gouilhermino da Silva Barata
20300: António Henríques An-
tunes [29$250: António da Costa
10300 Jorge Ántunes Dúuarte &
Fernando Ántunes Duarte: 73
cadernos diversos, 21l canetas
é respectivos aparos, 10 ardó-
sias, 2 ftabuadas e 8 borradhas.
As Calxas Escolares desta vila;
fundadas há 16 anos, tem auxi-
liado considerâvelmente cérca
de “UO alunos.

Bem hajam, pois,todos aquê-
lêes que têm prestado * seu au-
xilio às Caixas Escolares, que é
com quem diz, às criancinhas.

t

Os habitantes
do Versão

COFECCITE QUTOE ESTE/a motls el
plx e potraca obferem contaia
COM A Gauecitio pecrnidrio de fo-
dos 05 Conterráncos é (UMNITOS,

Os habitantes de . Verdão,
Concelha de Proença-a-Nova,
calóllecos na sua densralidade-—
carecendo de uma igreja mais
ampla do que o peqoenino san-
tuário de 5- Sebastião, do qual
se têm servido até adora e que
já não comporta genão uma pe-
quena parte dos fiêis que &l
CONTOrrem ao0s actos relldiosos,
incolas dêste e de outros luga-
res circunvizinhos—resolveram
erigir, en fhionra de Nosza So-
nhora de Fálima, um tetaplo
cuja amplitude corresponda – ao
aumento populacional dêstes
povoados.

sua Exº* Revm.s o Senhor
Bispo diocesãno didjiou-se agd-
torizar esta obra pia, e 03 ver-
ganenses iniciaram lodo, anima-
dos da mélhor vontade, 06 Era-
balhos da construção,

Gomo são, porém, gceral-

mente pobres, ds suas dispont-

bilidades restrine=m lhes o con-
curao para a realização desta
emprésa a0 quási exclualvo for-
necimento e transportae gratui-
tos de aléim material, como
seja pedra, barro, arela é pouca
Iradeira, esperando tudo o mãáls
do. auxilio da Providência e do
patriolismo e bam orlentada de-
nerosidade dos seus patricios
ausentes a quem a fortuna Hisja
favorecido e de todos aquêles
que, compreendendo a imporc-
tância, a Deceassidade e a otil-
dade déste trabalho, desciam
dispensar-sihes à soa caritativa
e valiosa colaboração.

Se 03 Verdanenses acredi-
tassem na possibilidade desta
bem lundada es 12rança não rês
cabar satisfatócia e adêquada
solúcão, nunza êles assumiriam
o trêâmando encaras dôsta 3er-
Viçã, Cujas exligincias ultrapas-
sam Infinitamente à aua exlgua
capacidade.

Com efeito, para à mão de
úbra de alvenaria;, que se apro-
sima do seu térino, já se con-
trairam alguns emoréstimos: e
tadavia 1360 não é nade em face

“*do qua há a realizar: mio de

obra de csrplntaria, aquisição
de têlha, cal, vigamento ; prang-

“”“chas e tabiado para soalho,

portas, janelas e fôrro; ima-
dens, paramentos, elfalas, ea-
crário., bavqueta; tlntas, ferra-
dens, vidros, eto, duh

Mas n sua confiança na pro-
tecção da slariosa Virgem de
Faátima, orado da nova idreja, é
nas virtudes morais e civicas
dos seus conterrâneos espalha-
dos por vários pontes do Slobo
não lhas perrfoitem dúvidas nam
desfalecimentos.

A’uvante, pols! Danus o quer
e abençosrá certamente a V.
Ex.* & todos o5 qua contríbaf:
rêm com seus donalivos para a
fellz conclusão dêste novo tem-
plo.
(Verdão, 1 de Julho de L1945),

A GComissião:
José Anfásio AHosteiro
Engénio Nanes Pires
Francisco Fidaolgo
Fosé Alves Marttis

ES ã?Hª######H

Fiora legali

FPor portaria de 106 do cor-
rente [ol determinado que n bora
tegmal seja afrazada de sêssenta
minutos na noile de 25 para 25
da corrente mês, às rero lioras,
é de mais sessenta minutos n
noite de 27 para 28 de QOutubro,
à mestrooa bora,

A luz eléctrica…
voltou!

Com 6 contentamento geral,
a luz eléstrica voltou, aparecen-
do à vila iluminada às 23 ho-
ras de domindo e não mais ce-
do, porque a camionete que
trouixe o madnete—a mesma
que transportoa o coórrelo — só
cheston dépois das 24 horas.

Honve quem não:resistisse
à tentação de deltar aláuns fo-
duetes e morleiros pará come-
morar o extraordinário aAcontê-
cimento, -.

O nosso Xiço Rafael Baptis= .
ta pôs o motor a funcionar en-

dquanto o diabo esffedoo um
úlho

dS doo Bi

Desastre mortal

No dia 13 de madragada, a
sr.º Margarida de Jesus, de 56
ános, casada com o sr: Nanoel
Pedro Marçal, da Relbaxia dos
Turmés, [reguesia da Cumiada,
dirigiu-se páara à sua propriedade
da Fonte no-intoito de apanhar
úumida para o5 animais; a certa
altara, tão atarefada andave no
seu traballo, que se precipitou
no poço ali cexistente, com a pro-
fundidade de 3o palmos e quãási
sêco, A pobre mulher sofreu fra-
ctura dãs duas pernas e im pro-
fundo golpe na cabeça, falecendo
alaumas horas depois, não obs-
tante 05 aosorros que lhe foram
prestados pelo sr.º dr, Angelo
Henriques Vidigal.

C) desastre causor, profunda
consternação em 1ôda a freguae-
sia, onde a vitíma era muito es-
timada, Era mãe dos asrs. José
Feiro Mirçal, de Lisboa, Jaime
Pudro Marzal, actoalcoeote em Ess-
panha, Isidro Pedro Marçal, da
Rebaxia dos Tomês, Casimiro e
António Pedro Marçal, resilen-
tes em Angola, Alberto Pedro
NMarçalde Mican é João Pedro
NMirçal, do Quteiro das Colheres
e sogra dos ses. Constantino Al-
vas, de Lagoa Cimeira (Fundada)
e Minoel Pedro Marçal Novo, da
Rebaxia dos Vomss.

Lamentando, sinceramente, a
triste ocorrência, apresentamos a
tôia a facmília docida os noasos
peésames,

FODRERSEOTODOSSOA D

Edital

Manuel Milheiro Duarte, S:rvindo
de Présileota da! Câmira Munt-
sipal do concelho de Sarta :

Faz sabsr que, de harcmanja

‘com as deliberações tomadas em

reliiões ordinárias de 4 de Julho
traasacto e de 1 do corrente, se
arrematara, convindo a93 interés-
ses do Munitípio, o seguinte:

«Dbra de abastecimento de áqua
à povosção do Chão da Fôrca,
Freguasia e Conçelho de Sertão.

Base de licifação — S:o00%5,
U seja o valór do novo orça-
mento;

As propostas seráo apresen-
tadas em carta [fechada, até às
14 horas do próximo dia 5 de
sSetembro, nesta Câmara Municis
pal, oode as condições as acham
Ea[:mes todos 05 dias úteis, até

5 17 bhoras.

l’ara conhecimento goral se
publica o presente e outros de
igual teór que vão ser afizados
nos lugares públicos do costume.

Eu Jaime Manu=1 Bravo Secra,
Chefe da Secretacia da Câmara
hMunicipal, o subscrevi, Páços do
GConcselho e Secretaria da Ciimara
Municipal, aos 16 de Agosto de
Iero.

Servindo de Presidente . da
Gámara Municiçal,

Manuci Mitheiro Duarte

* Este número fol vlsado pela
GComissão de Censura
Castelo Branco

o aam TE aaam man R maaam
Geneiicência

De um anónimo, para UMm io-
feliz chele de fammília nossó pro-
tegido, recebemos a quantia de
30M60, que muito agradecemos.

 

@@@ 1 @@@

 

ES

..a lâpis

(Conclusão da 1.º página)

: ÓJapão rendeu-se porque a
| 1sso foi forcado, mas da
proclamação do Imperador e de
diversos chefes responsáveis dezs
preende-se existir no seu espírito
a revolta contra o presente esta-
do de sujeicão imposto pela der-
rota, que éles próprios criaram,
imbuíãos pela feroz determina-
ção de dominarem tóda a A’sia
e, se possível, todo o Mundo! A
licão vai sair por bom preco a

um povo fanático, megalómano

. e cruel, que um dia, eivado duma
abominável doutrina, julgando-se
Jadado para milagrosos empre-
endimentos, irrompeu das mise-
randas ilhas para talar, a ferro
e fogo, povos fracos e nações

desprevenidas e confiantes numa .

let moral, que se despedaçou em

— estilhas porque para essa gente

bárbara e bestial só contava a
Fórca bruta e demoníaca !
E agora? E’ pagar com lin-

gua de palmo ou recorrer ao.

«hara-kiri»!

?

& 2)
FE

NEM Poríugal foi poupado
d à brutalidade do demó-

nto amarelo! A pacífica ilha de.

Timor sofreu dura e vilmente as
arremetidas dos canibais, como

— se fóra coutada de malfeitores!

O sangue derramado de tantos
portugueses inocentes exige repa-
ração condigna, imposta pelos
nossos brios de povo civilizado,
respeitador da Justica e da Li-
berdade, educado na Religião do
Bem e da Moral, . – :

om

“ ‘Ú’com»eío,- agora, vem sempre

tarde, conseqitência do mo-
vimento intensivo de passageiros
nesta época, complicado pela re-
dução das carreiras e também,
uma vez por outra, pelos furos
.nos pneus, que suportam um ira-
balho longo e violento sem pos-

‘ sibilidade de substituicção.

A Companhia de Viacão de
Sernache — diga se em abôno da
verdade — faz todos os sacrifícios
para serrir bem os passageiros,
mas não pode obrar milagres/
Enquanto não lhe fornecerem
pneus, as carreiras terão de cor-
rer com maior ou menor irregu-
taridade,

A falta de água na riíbeira e,

conseqitentemente, no poço
utilizado pela central ‘eléctrica,
pode, dum momento para outro,

causar prolongada interrupção
da luz. :

Festa de Amioso

Realiza-se âmanhã a festa de
N. S. da Nazaré em Amioso, que
será abrilhantada pela Filarmó-
nica local. :

“Bombeiros Voluntários da
Sertã

‘ Pediu a exoneração de r.º
comandante do Corpo Activo dos
Bombeiros Voluntários o sr. Ema-
nuel Lima da Silva, que lhe foi
prontamente concedida pela Di-
recção.

O 2,º comandante sr. Manuel
António fica acumulando as res-
pectivas funções. :

“ Nascimento

Deu á luz um robusto rapa-
zinho, em 11 do corrente, a sr.º
D. Maria Emília Barata Farinha,
dedicada espôsa do nosso amigo
sr. José António Farinha..

Maãe e filho estão bem,

?

A Comarca da Sertã

Notas.. .7 /luz elécirica

na Serta

(Conclusão da 1.º página)

velhece nos processos e empobre-
ce, sem sentir, o seu património
social. ,
A possante geradora fez com
garbo e diligência o tempo da ado-
— lescência, e a custo entre soluços
* e roncos ainda vai prestando como
pode, a despeito da sua velhice e
quási invalidez, o melhor do seu
esfôrço,
Os desarranjos na maquinaria

sucedem-se com frequência cau-

sando também frequentes inter-
rupções da luz nas pouquissimas
horas que é concedido tê-la.

E’ grave o prejuizo público
mas disse não se cuida, nem vale
a pena cuidar, segundo concluiu
«A Comarca» pois todos estão
satisfeitos. – :

Na Sertã o consumidor de
electricidade tem sempre junto
da lâmpada uma vela de esteari-
na ou uma candeia com azeite e
torcida própria. À vela é uma
concorrente necessária da lâme.
pada e parece porfiar por assis-
tir-lhe ao funeral. !

A luz eléctrica fornecida pela
emprêsa é fraca, vacilante, e de
côr doentia, não carece de vidro

fosco para ser olhada directa-
mente.

Luz péssima… quando a há.

São factos do conhecimento”
público que não podem ser du-
vidados de boa fé.

Todos o sentem, muitos o di-
zem e poucos o proclamam. O
mar é calmo e sereno bastante
para nêle o barco empresário se-.
guir à deriva tranquilamente, en-.
quanto não dá à costa.

AÀ continuídade é a vida das
emprêsas; se a emprêsa eléctri-
ca da Sertã não assegura a sua
continuidade mais tarde ou mais
cedo — é só questão de tempo —
dar-se-à o desastre irremediável.

E depois? Depois—e é sô-
mente sôbre esse receio que es-
crevo — sofreremos todos as con-
seqúências do bem que se perde
e do mal que se aleança; a luz
eléctrica na Serta que’fôra uma
radiosa esperança e uma glorio-
sa aspiração de progresso dei-
Xar-nos-á imersos nas trevas car-
regadas de desolação e de triste-
za por verificarmos que não se
ligou importância ao tempo inu-
tilmente consumido no desapro-
veitamento de uma fonte de ri-
queza que era património da .nos-
sa terra e que temos o direito

“de não ver desaparecer.

Sº assim for—o que Deus
permita e os homens afastem —
só ficará à emprêsa a histórica
celebridade do sapateiro grego
que incendiou o templo de Diana.

* * %

Os remédios aplicam-se en-
quanto há vida no organismo
doente, não se aplicam aos cadá-
veres ; a êstes fazem-se autópsias
de fim investigador.

Apliquem-se, portanto, remé-
dios enquanto é tempo e não
aguardemos investigações auto-
psiais porque então já o mal será
sem remédio. ;

O objectivo da exploração in-
dustrial da emprêsa eléctrica não
constitue património seu, ele é
património da nossa terra para a
qual a emprêsa se. constituiu.

A actividade social da emprê-

‘ sa deve ser condicionada ao res-

peito e ao desenvolvimento desse

património. Veêndo as coisas den-
tro do campo restrito da sua

observação o fornecimento da luz
eléctrica na Sertã está adstrito a
um contracto de concessão; à
Câmara compete a fiscalização
do contracto no sentido do seu
exacto cumprimento ; acredito sem
esfôrço que a emprêsa tenha bem

cumprido porque nunca vi que a

Câmara lhe censurasse faltas e
muito menos lhe aplicasse casti-
gos. Se, não obstante o seu bom
cumprimento, o contracto não dá

. os resultados desejados, ou se êle,

por desatualizado não correspon-
de às legitimas necessidades
actuais porque- muito mudaram

.as circunstâncias desde o inicio
– da. sua eláboração, à Câmara

compete revê-lo e actualizá-lo em
ordem a conseguir-se o máximo
do seu rendimento dentro das
possibilidades justas e sempre
desviadas as violências e exigên-
cias que atrofiem a vida da em-
prêsa porque não é a isso que se
visa, não se procura nem deve
pretender-se,

A emprêsa preécisa viver e
deve vIver mas..: viver para
preencher o fim da organização,
o seu desenvolvimento e o seu
maior progresso. ‘

Se, porém, a emprêsa não

oferece garantias ou não quere
sujeitar-se às condições contra-
ctuais urge encontrar-se uma so-
lução adequada qualquer que seja,
que garanta sêriamente o forne-
cimento de luz, e o seu desenvol-
vimento em fôrça motriz das in-

Pdustrias.

Este é o dilema, o problema

“bifronte e de urgência que à Cã-
mara tem diante de si, e muito ‘

nos preócupa porque muito re-
ceamos do futuro.

A Câmara não há-de estar
sempre de costas voltadas para a
luz porque não quere, decerto,
estar de costas voltadas para a
terra cujos destinos lhe são con-
fiados.

: António Nunes e Sílva

Exames e passagens
— de classe

— Transitou para o 2.º ano

de Direito o sr, Manoel : Sertó-
rio Carvalho Marques da Silva,
filho da sr.º D. Humilta Mar-
ques da Silva, de Lisboa.

— Concluiu o curso da Es-
cola Industrial António Arroio
(Arte Aplicada), conm boa clas-
sificação, a menina Maria Edite
Valente Nunes, de Lisboa, filha
do sr. António Nunes e neta do
sr. Jacinto AÀ. da CGunha Val-nte
da Sertã.

— Concluiu o 1.º ano de Ar-
quitectura o nosso patrício sr.
António Nunes e Silva Campino.

— Obteve aprovação no exa-
me de admissão ao liceu a me-
nina Noémia Sequeira Ribeiro,
filha do sr. Ezequiel Lopes Ri
beiro, de Proença-a-Nova.

— Completou o 1.º ano do

curso de Regentes Agrícolas o
menino Luiz Magalhães Corrêa,
filho do sr. Anibal Nunes Corrêa.

—Ficou aprovado no exame

« do 3.º ano do líceu o menino
Abílic Pires Lopes, filho do sr.
Abiílio Ribeiro Lopes.

— Transitou para o 6.º ano
do liceu o menino Adelino José
Ribeiro da Cruz, filho do sr
José Ribeiro da Cruz, de So-
breira Formosa.

— Ficou aprovado no exame
de admissão ao liceu o menino
António Eduardo Corrêa de
Mendonça Duavid, filho do sr.
Alfredo de Mendonça David, de
Lisboa. :

— Terminou o 2.º ano de
Agronomia o sr. Artur Ribeiro
Lopes, actualmente no Carpin-
teiro (Cabeçudo).

As nossas felicitações.

AVISO
Companhia de Viação de
Sernache, Ld.?

Sede — Sernache do Bonjardfm
: TELEFONE 4

Avisa o Ex.”º Público de que
as marcações de lugares devem
ser pedidas para a sede, por es-
erito ou pelo telefone, S

Todo aquele que não fizer
como acima se determins—o que
não é dificil—não se lhe poderá
assegurar a passagem. :

A grande afluência de passa-
geiros reclama se adopte êste sis-
tema.

Sernache, 8-8-045. .

A GERENCIA

à MARGEM

a cúpula do Capitólio,
dia <V>

Um soldado americano ferido e a sua família cnotemipa

DA GUERRA

em Washington iluminada mo

Agenda

— No dia 10 do corrente em-
barcou, no «Niassa», para Mega-
za (A’frica Orieêntal), onde seu
marido, sr. António’da Silva
Mouga, é empregado da firma
Lopes & Irmãos, a sr.º D. Maria
Fernanda Lima da Silva Mouga. :
Desejamos-lhe boa viagem. —

— Esteve no Sobral o sr. An-
tónio Antunes Júnior, do Bar-
reiro. S

— Encontram-se: na Sertã,
com seus filhos e sua cunhada, a
sr,º D. Humilta Marques da Sil-
va, o sr. Amaro Martins e espô-
sa e a sr.º D. Leopoldina Varão
Passos, espôsa do sr. José Diogo
de Passos, de Lisboa ; em Pedró-
gão Pequeno, a famíliado sr.
Francisco David e Silva, de Lisb-

F
oa; em Monte Real, o sr. Joséda
Conceição Nunes, de Lisboa; e na
Curia, o sr. Daniel da Silva, es-
pôsa e filho, de Angra do Herois-
mo (Açõôres). :

— De passagem para as Sar-
zedas, vimos na Sertã acompa-
nhado de sua espôsa, o sr. João
Pedro Alves, de Lisboa. :

Vida Sacerdotal

Deixou de exercer as funções
de coadjutor desta freguesia por,
a seu pedido, haver sido nomea-
do pároco das freguesias da Ma-
deirã e Sobral, no vizinho conce- .
lho de Oleiros, o Rev.º P. Eduy-
ardo Filipe Fernandes, que na *
Sertãá permaneceu cêrca de 5
anos, desempenhando o ministé-
rio com muito zêlo e sempre a
contento dos seus paroquianos,
que lhe votavam muita estima e
à maior consideração.

Pessoa de carácter, de apre-
ciáveis qualidades afectivas, que
o levavam a prestar o socôrro
tanto moral como material ás
almas torturadas pelo desalento
ou pela miséria, espírito desem-
poeirado e lhano, propenso ao
convívio, o P. Eduardo— como
familiarmente lhe chamamos-—
soube, em pouco tempo, conquis- –
tar a simpatia neste meio.

Em Madeirãá e Sobral, terras

de boa gente, outro tanto suce-
derá; e nós desejamos ao P.
Eduardo tôdas as felicidades no
desempenho da sua difícil e in-
grata missão. :
— Vem paraa Sertã, substitui-
-lo, o Rev.º P. Manuel José Lo-
pes, do Marmeleiro, que há pou-
co celebrou a 1.º Missa.

Do Sobral e Madeirãá sai o
Rev.º P. Agostinho Nunes No-
gueira, que solicitou a transfe-
rência para outra freguesia.

 

 

Festas de 8. Nuno =
: e N. S. dos Remédios

No dia 14 realizou-se a festa –
de S. Nuno e no dia 15, a de N.
S. dos Remédios, constando, a
primeira, de missa e sermão e a
última, de missa, sermão e pro-
cissão, Os actos religiosos foram
muito concorridos e na noite de
14 e no dia 15 juntou-se no pito-
resco local muitíssima gente, sen-
do de estranhar que naquela noi-
te a Filarmónica não fôsse para
alt tocar, deitando-se também al-
gumas dúzias de foguetes de lu-
zes, já que se pusera de parte o
fogo prêso. ;

Assim, aos poucos, vai mor-
rendo uma festa que tinha gran-
des tradições e dava nome a esta
terra. o

ARCADIA

O Dancng Nº | da capital

&

Apresenta um grandioso progra-
ma de atracções internacionais e
* duas orquestras de ritmo moderno

— com a vedeta de «Jazz> —

The Dixie Boys

e Arcadia