Echo da Beira nº33 13-08-1897

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NUMIRO 33

“ADMINISTRAÇÃO

RUA DO VALLE-—CERTÃ

Ei ánno, aqi
“Semestre. …
Beazil -Anno. +.
Africa—Anno.. 24.
Numero a vulso. «

ves.

ASSIGNATURAS

JB]
HH

MUOMORANDUM .

A correspondencia relativa a assamptos da redacção ao di-
|rector do jornal para Sernache do Bomjn»”
| trução ao administrador para a Certa. Esso a
| Os omginaes recebidos não se devolvem, sejam ou não publi.
|cados, Annuúciam-se publicaçõesde que ssrecebaum exemplar.

ESTRANGTIRO

Austria Hungria

Accentúa-se cada vez mais
a Incta das nacionalidades n’a-
quelle paiz. À convocação da
Dieta provincial da Dalmacia
acaba de complicar ainda mais
a situação. ‘

A actual Dieta foi eleita em.

maio passado, por um periodo
de cinco annos, e possue uma
maioria de madgyares ou hun-
garos, perfeitamente enfeuda-
da ao geverno hungaro. O par-
tido popular, soccorendo-se das
tradições nacionaes, tem, en-
tretanto, conservado uma forte
jafluençia, j 1

À opposição da nova Dieta
é representada por uns trinta

“membros, todos dedicados ao

partido de qne é chefe o ve-
lho bispo Diakovo. A Dieta
foi convocada para Ágram,
afim de renovar o compromis-
«o financeiro com a Hungria,
Os nacionalistas, porem, estão
resolvidos a vencer todos os
obstacnlos para impedir o
yenovamento desta convenção,
sem duvida na esperança de
enfraquecer deste modo a
influencia hungara.

A sessão promette, pois, ser
tempestuosa, porque a opposi-
ção ha de, provavelmente, apro-
veitar o ensejo para afirmar a
vitalidade do movimento naci-
onalista, e paraaccentuarainda,
sendo possivel, a sua lhostilida-
de a respeito do governo hun-
garo. Por outra parte, na Bo-
hemia, a lucta entre tchéques
e alemães, ameaça, segundo
todas as probabilidades, tornar-
se mais vibrante do que nun-
Cas es
Os tchéques estão organi-
gande reuniões e manifestações
cujo menor eflvito será, natu-
ralniente. excitar mais ainda
os espiritos, talvez porque cofi-
tar coma extrema benevo-
jencia do conde Badeni que tu-
do lhes consente, Não é 56 na
Bohemia que os tchégues en-
tendem ser os senhores. As
suas ambições vão mais lonje
echegum à Myravia, e o seu
orgão principal aNavodni |
19% acaba de siguificar ao gon-

de Badeni, por uma fórma na-
da equivoca, que se elle quer
ter o appoio dos jovens tché-
ques, é-lhe indispensavel dis-
solver aDieta de Moravia, onde
os alemães contam maioria.
Esperam triumphar nas pro-
ximas eleições; o que porem é

duvidoso é que o conde Badeni|

acceite, ou possa aeceitar uma
tal condição, porque umasimi-
lhante medida não iria senão
augmentar a resistencia dos
allemães, e podia talvez ivrital-
-osa ponto de os levar á re-
volta. Pal o estado da situação.

Badeni, tentando ponpar os
tchégues, recusar-se-ha, toda-
via, a dividir a Dieta em curias
como pedem on querem os al-
lenães. Outrora ogovemo em-
penhara-se em realisar esta
reforma, que poderia ter tálvez
trazido o apasiguamento; mas
a nova situação preparada ao
conde Badini, pelas recentes
ordenanças sobre o emprego
das linguas na Bohemia, não
lhe permittirá sustentar a pa-
lavra.

E à mesma questão se of
fereca aos deputados italianos
na Dieta d’Innspruck, que pe-
dem tambem a divisão da sua
Dieta em curias, Não se teem po-
dido entender de parte a parte,
e por isso os italianos annun-
ciaram “que continuavam a
abster-se, e os seus deputados,
é claro como aguia, não appa-
receram na Dieta; À situação;
vê-se bem, está complicada de–
vtras. O conde de Badeni, que
se encontra verdadeiramente
entre Scylla e Caribdes, pare-
cenos que quer fique, quer
sáia. anda de mal a peor. E is-
to poique é victiha da suã
propria politica e hoje encon-
tra-se inhibilo de manter mes-
mio à apparencia do systema
centralista, De todos os lados
vê-se assaltado de promessas
dos diversos grupos nacionaes;
tendentes 4 obter as mesmas
vantagens dos tchéques, e o
que elle concedeti a estes, seria
evidentemente pouco equitativo
tão + conceder aos nioravios €
aos italianos, sem talar dos
servios, dos croatas e dos ros
anos, da Hungria, Ora, úma
vez lançada n’esta senda a mos

narchia – austro-hungara, não
tardará que se não transforme
por completo, para tornar-se
um Estado puramente federati-
vo.

Pouco viverá quem o não
E

*

* *

Ultima hora

Tinhamos já escripto e en-
viado pelo correio o nosso arti-
go sobre o estrangeiro, quando
o telegrapho noticiono assassi-
nato de Cánovas del Castillo.
À noticia causou, como era de
“sperar, extraordinaria surpre-
a.

Não obstante os seus erros é
os seus defeitos, Cánovas era
tão eminente estadista como
homem de letras. Lamentamos
a enorme perda que a Hespa-
nha acaba de sofírer. 4

Reservamos a nossa opinião
para à proxima revista do
estrangeiro,

Padre Sebastião Pereira

Este nosso presado amigo,
distincto professor de sciencias
ecclesiasticas, no collegio das
missões, vae set nomeado Pre-
lado de Moçambique, pois está
vencida a recusa que aquelle
nosso amige pretendia oppôr á
escolhia do góveino, com uma
exageeirada modestia:

O iiovo bispo de Moçambi-
que foi alumno do seminario
de Sernache, onde foi compa-
hhiciro do padre Barroso, hoje
bispo de Meliapór e com elie
foi fundar a niissão de 8. Sal-
vador do Congo, im dos servi-
ços mais tevelantes dos mui-
tos que tem prestado esses
dois benemieritos rhiisssionarios,

No governo da prelwria de
Meçambiqiie succede o padre
Sebastião ao seu velho amigo
eaquen o governo ataba de
confiar à mitra de Meliapôr

Enviamos ao nosso querido
antigo as nossas mais sinceras
felicitações; sentindo que, por
agora, a falta de espiço nos
obrigite é dar esta noticia com
tanto laconismo,

pe da adminis)

“ADMINISTRADOR

JULIO DA SILVA FERREIRA

tdi

HH ANNUNCIOS
H mesa rd aa
RapeticBoss dv ai asa sk po ca 1420, reis

| Cada linha ou espaçei….ii.

l

| No corpo do jornal… …..cevw. 00.100 teisy linha

Anhuneios perinanentes proço conven: tonal,
Os assignantes tem o abatimento de 201º.

B. Maria Bires da Matta e Silva

RA prihoipici a eserevet um artigo com maior dôr
e maior repugitancia! : À

Parece que tenho no meu espirito cónio qile um echoai
tragivo de dobre a finados! :

Ouvindo ou estrevendo o nome que encinia esta fúridhre
noticia, una approximação suggestiva de idêas lémbra-mé os
grandes infortunias leidarios, em que uma preilestnação dá
morte pesava sobre toda uma familia ou s)ré úimia sociedade,
fulminada por alguma potestade mystériosa que alli descar-
regava toda à peçonha dos seus rancóres é da sua vinganço!

A mão implacavel da Fatalidade peza sinistramente sobre
os destinos de Sernache!

A inexoravel Parca patece ter-se alli alojado, como quê
comprazendo-se em lhe roubar os séus filhos siais prestintosos;
em arrancar aos seus carinhos as exibtéências mais preciosas;
não perdoando mesmo as vergonteas iidis queiidás 6 mais
promettedoras! E É pasa

Rufino, José Nunes, José Victorino, Manduca, Jiilio Cora
rêa, D: Maria Serra e tantas outras formão 0 caudal saidoso
das victinias da sua foice sinistra, ceitadas eutre tanta auúguss
tia e tanta lagrima!

— Hoje temos que tegistar mais uma victimiá-=a miuis sauls
dosa e a mais innocente de todas! . f

D. Maria Dóres da Matta é Silva morteu!

Morreu! :

Por maior qué sejá a nossa supresa, por niais mindere-
ditavel que nos pareça, por mais dolotoso é conipungente que
seja o nosso espanto, a nossa razão tem que submetter=se, an-
gustiosa e oppressa, a um facto que ela, na revolta da hossu
dôr abathematisa, como uma imobstruosa prepotencia do
destino, 5 ç : !

Essa existencia virtuosa, folha, amda viçosa da arvore di
vida, lá cahiu inexoravelmente prostrada no tunmilo pelo sopto
gelado da morte, que a levou deste mundo de miseriás, à paz
tria das bemaventiuranças, ão sólio das virtudes, ao throno da:
gloria, ao vertice da eternidade. é

Prostrou-a à morte; no sipremio pemido das áriguélias;
fulminando-nos é deixando-nos perplexos e como que atet-
tados! A morte Pessa senhora foi um golpe vibirado profundas
mente no coração de todos vs Sernachenses, dinda ds múis in
diflerentes! : Ra

Não era o assumpto dás Conveisas; era a magoá de todos
os cotações! : E

— Feridos tão abruptamente poi ima noticia aquelas fe
Chava-se à nossa intelligencia pira só se abrir o coração:

Nãose pense sentia-se: N’dquelles moniêntos não se fas
“iam contmientários; davam-se lirgas à dór que mos varejaviy
a alma: : : a E

Em todos os semblintes tranishizia à mesma dôr é em tor
dos.os olhos tranisbordava à niesmia arigustia! E

Eu tiilia por essa senhora únia gtarnde veneração é WR
grande respeito sen? alaídes e seni pregões, porque não pres
ciso fázel-os pará denionstrai a minha sinceridade! =venera
Fespeito qite riasciam dá sia inexgotavel caridade, da botis
ade do seu coração, das suas virtudes educadoras, como Jão
exemplarissima que eya:e eya:

 

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ECHO DA BEIRA

 

ições do
inex
mais se

emor
tavel caridade qued
impemha 4 minha consiicração

e no men respeito.

Cantivara-me «inda n’ella a-
an- pois do parto, em grande pros-

e sorriso. bendoso e

go T

de, tão naturalmente, com tanto

agrado, que tudo nella denun-

ciaxva, sem reservas, a bondade

do sen grande coração!

E quem não respeitariaaquel-

la alma, sempre aberta ás gran-
des dóres, sempre commovida
a dolaxidas condolencias, onde
derramava o balsamo das suas
tendo sempre para
sor-

virtudes,
todos uma esmola ou um

“yiso e um coração. generoso?

Pobre senhora!

Morreu serenamente e chris-
tâmeate, coma unia santa!

E’ uma fortaleza: saber en-
carar à morte sem trepidar, e
nservar vivida a crença re-
jose, que ampara a consci-
até 4 beira do tumulo!
Não teve queixas, nem re-
eriminações, nem estreimeci-
mentos!

Presentiú a morte; conhe-
ceu-a, mas encarou a serena-
ent.

la morrer! Deixar os sêus
os queridos, o seu marido
ilolatrado, todos, enfim, que a
coravam/
avoa Psse apartamento
razer-lhe lagrimas aos
waseliascube eprimil-as!
paa ju

nto de si 08

os para vn ultimo adens,
vou to ésposo úm derradei-
ro pensamento e morreu na se-
rydade das grandes consci-

encias?

A EO
1%. Maria Dóres fallecet poa-

cas horas depois dum parto,

gelical com que ella attendia a
to maior ão mais humil-lque logo começou a. causar

prelativamente facil; 4s.9. horas
“da p:anhã deu á luz uma zo-
busta creança do sexo masen-
lino que sobreviveu e viveainda.

A infeliz senhora que era
de coustituição: débil ficou, -de-

tração, numa fraqueza enorme

sustos e tão fendados elles eram
que, cinco horas depois do par-
to D. Maria Dóres era um ca-
daver!

O ENTERRO

da infeliz senhora realisou-se

Fo; a manifestação mais so-
lemne e imponente a que temos
assistido. Ricos e pobres, ami-
gos e extranhos, todos alli fo-
ram em derradeira homena-
gem, n’essa piedosa peregrina-
ção, dizer-lhe o ultimo adeus.
À tommoção e as lagrimas
eram as mesmas em todos
os frostos: parecia que toda
aquella enorme multidão cons-
titúia uma familia que tinha
perdido o seu ente mais que-
ido. Ê

Em todas aquelas lagrimas
havia a mesma sinceridade e à
mesma dôr! E não havia olhos
enxutos nem corações Indiffe-
rentes! :
Atraz do caixão seguiam a
pé. todas as senhoras de Ser-
nache, amigas e admiradoras
da fallecida, seguindo-se-lhe
muitos amigos de Antonio Pe-
dro: em seguida a Philarmoni-
ea Bomjardim e logo apoz
grande multidão de povo, –
Na frente jam as jrmanda-
des, seminaristas e o parocho.
A’s fitas do caixão pegaram
em tres turnos as amizas da
infeliz senhora, Não podémos
tomar nota exata d’essa distri-
buição; lembra-nos. porem, de
ter visto messes logares as
ex.” sr.“ Baroneza d’Alvaia-

FOLHETIM

E

O Cerco de Dresde

» 9 percebeu assim, e den-lhe
; resultado 0 faltarem para
da França, ua hora cre-
w destino, não só os mi-

oldados que grarnreciam

cas, mas sobretudo algums
mais ilustres e. mais ha-
raes, . como eram Gonvi-

e que ficá

que ficara em Ham

Dres-

mui,

defeza brilhante de Dresde
tou bem a; fala que devitm
+ talentos iti

tin ( Fry gene-
nunca fôra set favo-

tnves de Conviun

: ae
ral que ahás

erçosa a ão em
A encontrava, tendo
m um pequeno erp
1 cilade mal q
Ro Da
partilhsvam- e
ional da Alemanha

9 provas * evidentes

quando no dia 31 de outubro, ap-
pareceram | Incendiados os arma-
zens de forragens, atm ninguem
seber quem lhes deitára fogo, Por-
cebau sê porém perfvitimente que
os incendiarios estavam de accordo
comã-os inimigos, porqie com o
incendio dos armazens coincidin
aum vigoruso ataque dos sitiadores,
que foi tambem. vigorosantente re-
pellido. E
Gouvion-SaintCyr “bem percebia
que o cerco só podia terminar por
uma capitulação. Per iuuito feliz
que fusse namora campanha que
à» emprebender, o grande impera-
dor vão podia aspirar a mais do
que salvar o território francez, é
asoperações fiho podiam ser. tão
-rapidas que à paz ou o. arimisticio
viessent antes de soar a tima ho-
va da doteiá do Presde, Sabia por
consegninte perte
via do enpitulur, mas queria wma
capitulação honrosz; € para isso
organisava a defesa com farto vi-
gor, ecumo se tencionasse bassar o
inverno em Dresde.

Gontes Freire d’ Andrade era um
tos cor 3 E

pensameént |, e era tim
dos que mais ardent ste O coad

itamente que ha-|

gere, D Angelina Marçal, D.
Esabel Brasão, D, Henriqueta
de Miranda, D. Maria Henri-
queta, Miss. Victoria, D, Emi-
lia Mattos, D. Guilhermina “Ta-
vares, D. Amalia Corrêa, -D.
Ernestina Loduvina, D, Lau-
ra Leite da Silva, ete.

Sobre o feretro foram- des-
postas as seguintes

CORDAS

—Da-Sr? D. Guilhermina
Godinho Tavares—de violetas.
fuchsias e um amôr perfeito ao
centro, com largas fitas, bran-

no dia 7, ao meio dia. “ga e rôxa, é à seguinte dedice-

toria: 4 minha querida amiga
= amizade infinda de G G.
sagas e

-—De rosasdechá brancas e
fitas rôxas—com a dedicatoria
— «A’ sua extremos: amiga D.
Maria Dôxes, offerecem como
testemunho da mais viva sau-
dade e pungente dôr, as suas
amigas, Maria Saturninãe Ma-
ria Henriqueta».

—De vivletas, myosotes,cri-
santhemos, espigas, begonias e
fitas pretas—com a dedicatoria
«— «A! memoria de Maria Da.
ves da Matta e Silva; seus tios
e padrinhos J, M. da Silva e
M. Dôres da Matta e Silva,

5 de agosto de 1897.

— De violetas, lyrios rôxos,
heras, rosas brancas e fitas
pretas—com a dedicatoria —
«A memoria de Maria Dôres
da Matta e Silva, sua mãe e ir-
mãos —5 de agosto de 1897.

-—De rosas braíicas chá e
fitas rôgas-—com a dedicatoria
— «Im signal da maior amisa-
de e mais= protinda saudade
offerecem os. Barões d’Alvaia-
gerev: E Ê
— De violetas, fuchsias, rosás
e fitas rôxas— «com a“ dedica=
toria-=”«o ultimo adeus de sua
extremosa mãe e irmãos—d-B-
97.

mente da policia da cidade, onde o
partido antinapoleonico, que era.
Hinroshsissimo, não ousou fazer nem
a íiais leve demonstração:

Gouvion-Saint-Cyr, surdo a todos
os muriúúrios, sabendo que – podia
contar com os seus franrezes; por-
que eram todos 68 soldados briosos,
com os quatro mil polacos – que fa-
iam parte da seu curpo do exerei-
to, porque eram capazes de morrer
desde o primeiro até ao ultimo; an-
tes do que entregar-se aos anstria-
cos € aos russos, que podia contar
com Comes Freire de Andrade & O
general Douronel, que lhe respon-
diam pela manutenção da ordem em
Hresde, cutregava-se com uma | tal

setividade aos trabalhos de. defezas

gue pareciaque da salvação d’aquel=
la praça. dependia “a salvação da
Pranças a

Havia grênde falta de viveres e
de forr-çens Gouvion-Saint-Cyr,
mardow nma força de seis mil ho-
mens fazer em tres dias seguidos
tres sortidag pará forragear, Ás pri-
mmeiras duas deram resnitado, co-
Iherum-se viveres em abundancia,
«em grande derramamento de san-
gue Da te. seina vez os viveresgue
vieram foram pocos o as

juvavam, encarregando-se” especial

quo os, frantezes tiveram. foram

—De rosas brancas edecha,
fetos, e fitas rôxas —com a de-
dicatória-=«A” sua querida pri-
ma, a familia Corta.—5-8-97

—De violetas, rosas, amores.
perfeitos, heras, campainhas é
fitas pretas e rôxas—com a de-

Idicatoria—«A’ memoria desuá

extremosa mãe e esposa Mária
Dores da Matta e Silva, set
marido ‘e filhos.—5-de agosto
de 1897. É
Terminados os officios da
egreja é antes da úrna dar en-
trada no jazigo foram profe-
ridos os seguintes *

BISCURSOS

O sr. Francisco Xavier Pe-
reira, à ptdido do sr. Barão d”
Alvaiazere, leu ó sentido dis-
curso que adeânte publicamos,
agradecendo nós Vaqui aó seit]
alittor asua amavel concessão.

O sr, Xavier próceden a sta
leitura das seguintes palavras:
Meus Senhores. ;

As palavras quê vou ler são do
sr. Barão d’Alvaiazere.

Iústaito por aguéile sr. a prés-
tar lhe este serviço; apezar de co-
nhecer beim a iniahã imsiguificancia,
e polca frésença d’espirito n’este
momento, São ine púde recusar a
ser-lhe agradavel. :
Essas palávias são um adetis der-
radeiro a essa senhora, que foi nm
modêlo d’espo-as é um complexo
de todos à virtudes domesticas

SENHORA:

Eisne reverente é dasomb
à prestar-vos a minha
bometiabem, a dizer:vos o meu ul-
timo adens! á

Abandora-me a coragem nesta
necasião, em que mais carecia de
forças, pura ixpromir igtianto sinto, &
por isgo rêcorri 4 absequiosidade de
queny, n’este mothento solemno, se-
ja interprete das ininhas singelas
palavras, escriptas co a perina
qite tefiho no coração, e comi a tin-
ta dá ariargura quê me vae n’al:
ina! 2

Pilha admivavel, Esposa modelo;

muitas;

reditzir O exercito francez a meiá
ração, desprezar os receios dá ipe
demia que se manifestaram em
Dresde, ondo grassavam os typhos
com tal força, que chegou a haver
200 a 250 obitos por dia,

Mandou Saint-Cyr levaiitar êntre
os differenites reductos grandes pa:
rapeitos de tetra, drrazou sem pie-
dade todos os edifícios qne podiam
embaraçar a defeza; é n’essa sitia-
cão aguardou os ataques do inimi-
gos É E j
Não se-fizeram esperar. No dia
3 de novembro houve mma investi-
dá geral; Em torno do pequeno res
ducto que cobria a porta de Messen
se travou sobretudo mais rija pel
feja, Furioso coni à resistência, O
geúéral russo Tolstoi mandou co-
Iúrânas sobre coiumnas ao ataque, e
tantas mandow que atinal os eifia.
dores; subindo pelos cadavers dos
seus camaradas, consegiuiranr entrar
no reducto, sento isso prra elles si-
gnal de grande regosijo é triumpho.
Gonvion-Saint Cyr, comtudo, que
não perdia a cabeça, e preparava
úúito a sangue trio as suas mano.
bras, veado que as forças que” ti-

Foi necessario por conseguinte,

CEA
Mãe amantissima, Protectora da pô
breza;, tehs estas Dallas Adres fo
mando a grinalda da virtude q
enfêita esse rosto de, Bondade ang:
‘lical, que à regidez cadaverica “não
consegiúu alterar! E
-* Niveste como um anjo, e morr
te como uma Santa. E
Senhora: Eras do Cen não po:
dias viver ba terra: seja essa à uni.
cá consolação a teu desventúradi
marido, que tê adoreva, e ‘que pre
fere morrer à Viver gem ti; a teus
Filhos, iiiplumes avesinhas,, “god.
não pódem mesmo avaliar a emo
midade do seu ifortúnio; a tia P
bre Mãe, que mai poderá resistir
sua dôr; a tua Pamília, que tab
te êstremecia, e finalmente à toi bs
nos que aqui viinos em funebre per
regrinação prestar te esta bomenãs
gem do nostó rêspeito é da nose
saúdade, RR: |
Meus Senhores: D. Maria Dores. :
da Matta e Silva, que todos Jográ 4
mos conhecér, vae pará, sempre |
sapparécer, n’este recinto de esti
dade, ónde só é grado à virtúde

mas o seú nome e a sua memoria
ficarão pará sempre gravadas em mos
Sos corações. msord j
“A! Providencia, em seis insón a
veis decretos, aprove lhe. transfor ; 4
tha? à sua casa quê era ui sanctito
atio de felicidade, em mi templo
de aihargnta! [ha exiança que nó q
ergue h’úm berço, é uma Bantá 4

que se esconde mos tumilo! Altos |
juizos de Deus! free EE
Meus Senhores: Curvêmos 6 Jos |
elho perante este ataudo que encer
ra ob Fêstos iliorties d’esta Seihorá
que merecdo a nossa ádmiração Bd o
nosso respéito, b ntima profunda
collcentrácio do nússo espírito, ore:
mos peli sita ala, e digimos-lhe
hósso ultimio adeus!.. Adeus
Sortutlie do B. dardibn, eat
gosto de 189%. E

Burão d Alvaiázere j
“Em seguida o er dr. Abilid
Marçal proferin, potico mãáis od
menos, as Sebulhtes palavras;
tendo que interrbmpér-se O
espaço porque ima forte tom>
mioção lhe embargava a voz.

“Senhôres !

Daqui à momentos & porta d
te tumilo deslizará, silenciosa e tris

ficado miomentaneniiente cortadas
do rêsto do exercito; aproveitou lihz
mediatimehte o momento propício;
Iançou ua forte colúmrnia à pasad
de carga sobrk os soniidiiduroe:

Estê turbilhão; eiitrando de bayone:
ta calada, como estão se dizia; pelá
gola do reducto, opanhon tanto dê
surpresa Os iimigua, que algiind
d’elles não tiveram senão tempo de –
saltar pelas caboneiras & pelos pa”
rapeitós, ficando todos mortos ou
feridos: Só os mortos que sê emprr
lharam nº’aquelte pequeno espaço ent
que se travára O combate, foram
dois mil quinhentos é sessenta, &
êssas só dos inimigos. ;

omes Freire do Andrade, «quê
visitou 6 réducto depois de conquis”

| tado, recuo som espanto dianfede —

tamanha earnificinas é o mesmo
sucedeu a Xavier Banha; já então
tenents, que vira comtudo à enorme
mortandade da batalha de Mos-.
Juve ER

Foi debaixo da impressão q
lucta homerita Ne sé principior q!
tratar da capitulação, é foi: Assim
que Gotvion-Saint Cyr able
mais honrosa das enpiinações,

assacontinua”ubam otenpado o” reducio” haviam |

mar: Ceia ad
finheiro Chagasar: Ceia ad
finheiro Chagas

 

 

@@@ 1 @@@

 

o an ia ar
te, sobre os sens gonzos, e reponsa
rá para sem na sua ultima mo-
rada o cadaver Pess4 infeliz senho
va em enju tronte estava escripto a
bondade do seu coração e cuja al
ma foi sempre, para todos, um vasu
de ouro dos mais delizigsos perfi
mesada yula preciasa.

Como acestrella fulgente que pas-
sa no horisonte, deiunds apoz de
sz uma longa esteira de intensissima
como o fuleir da relampago
. rasga as neépiras nuvens

deslihabe ad
ados de trevas, assim a vida
sa santa passon rapida como O
meteoro, legando atraz de si o gra-
tissimo perfume das suas virtude:
—desappareceu da tera como a
estreia prefulgente que foi ilininar
novos horisontes, deixando-nos na
cslidanvite d’uma en arissíma sau-
dade,

A argila cahiu desfeita em pó no
fundo do sepulechro: o corpo ahi jaz
inerte, cadaver, sombra funebre de
una tão cympu sthica, duma
existencia tão virtuosa, d’essa alma
tão bem formada. que era à alogria
de tanta casa, o carinho de tanta
creança, o amor d’um marido ido-
Intrado; a protectora de tanto infe-
hz; a consoladora de tanta miseria,
“u mão dos pobres, aquella que nós
ant respeitavamos é idolatrava-
mos! –

Yssa formosa cecem emmurche-
cen, Reu e detinhou, suecum-
“bia …morreu!

Abi jaz o seu cadaver, porque a
alma, essa prefelgento e esolundo-
zosa luz do Senhor, radiando per-
fumes do be m, aromas de virtude,
“subio 4 mansão eterna, unde o Su-
premo Juiz a recumpensará, rese

HA
vida

vando-lhe um logar entre 08 seus
eleitos!
Morreu, senhores, e hoje. .n’es-

te mundo damiserias em que tados
nos atropellamos núima doida ‘ce-
guelra .. só nos resta a magoa e
nes censolam as lagrimas.

Morreu! Terminou aqui. a sua
poregrinação, por este sonado de des-
graças, aqui O «finiso de todas as
quserias, de todas as ambições, de
todas as invejas, detodas as alegrias
e ds tudas as dores!

Morreu, senhores, na primavera
da vida, arrancada aos carinhos da
familia e à adoração de todos nós
que tanto a queriamos e que tanto
a-respéitavamos,e que á sua meimo-
ria dedicaremos as: nossas, orações
e as nossas lagrimas!

Morreu! E

Os seus labios nunca mais se
abrirão n’um meigo sorriso para to-
dos; o seu coração nunca mais pal-
pitará, cheio d’amor e afiecvos, junto
WWenses pobres orphãos que eram a
eva alegria 6 0 sen idilio, o que el.
le deixas na nojte tenebrosa da or-
phardade: os seus braços nunca
mais. estreituião contra O peito, nº
um terno amplexo, 0 esposo As
trado, que ella deixon envolto nos
negros crepes da vinvez!

Os seys onvidos nunca mais attende-
vão, compassivos e caridosos, á vuz
A do pobre, so plocáudo uma
esmola que nitica era negada: as
suas mãos nunca mais se abrirão em

recatadas esmolus que tantas lagri-
quas extancaram, ‘
Nunca mais a teremos junto

de nús, rindo as nossas alegrias e
chorando as nossas lagrimas.

tecer o panegyrico

Não eia
desta senhora,
A vila de todas as mulheres, por
mais extruordinuria que ella seja;
traça ão «mm dunas jinhas.
a diz-se em duas palavras | É
te e amor!

Res es eaVT

a

ECHO BEIRA

(famintos, para os desprotegidos da
fortana, sabre os quaes ella desto-
ihava as petalas da sua alma!
Amor para os filhos, para o ma-
“ido, para a familiaé amor para to-
dos.
Não é preciso demonstral-o nem
pderia neste momento fazeho.
Mas meihor dó que eu poderia
fazeto e mais alto do que a minha
voz, fulla a commoção dos nossos
rações e as lagrimas que eu vejo
r nos vossos alhos!

Mãe terna e Edo foste para
teus filhos a fonte dos anais a
e nobres sentimentos!

Os teus castas sentimentos fi
» colorido das grandes animaç des—
a vida e o amor!

Fallavas do ceu com a crença de
que são puras illu-des os problemas
da sciencia, que se limifa ás sim-
ples soluções considerando a vida
como escravidão da morte, uma im-
possibilidade phísica, uma impossi-
bilidade moral—o Nada!

Nobrê é generosa alma, ungida
dos mais nubres e caridosos senti-
mentos, no meu coração, em toda
a minha vida estarás eternamente
gravada, com a memoria dos enjos
que se adoram!

Descança em paz! Adeus!

Com estas palavras termi-
nou a manifestação mais sin-
cera e mais imponente que eu
tinha presenceado em Serna-
che, derradeira homenagem
prestada por uma povoação
inteira à sua bemfeitora e 4
mais adoravel das suas senho-

vas, porque sé é verdade que
há alt quem a egualasse n’esse
complexo de virtudes que for-
ma a sua coroa de gloria, não
há quem exedesse D. Maria
Dores da Matta e Silva na for-
mosura da sua alma que se a-
bria n’um manancial – perenne
de virtudes para os seus e para
os extranhos.

Descança em paz a bondo-
sa senhora! : Joaquim Matta

Acabamos de receber a in-
fausta noticia do fallecimento
em Lisboa, d’este nosso amigo.

Asacanhadas dimensões d’es-
te jornal não nos permittem a-
comipanhar, n’este momento,
esta noticia com os pormeno-
res, com que Gesejariamos dal-
a aos nossos leitores.

Joaquim Matta era uma al-
ma generosa efranca e elle que
dastou centenas dê contos fa-

desvalidos e enxugando muita
lagrima, morre parcamente re-
mediado. P

Fez uma brilhante carreira
commercial no Pará, onde “o
seu nome era dos mais queri-
dos e respeitados, espalhando
a mãos largas, em obras meri-
.|torias, os lueros da seu muito
trabalho, honrando a sua pa-
tria a quem foi util por mais
duma voz.

Todas as idéas altruistas e

generosas encontraram sempre
ele im cooperador valioso: 8
sincero: vam, é das irmas

zendo. o bem, protegendo os!

msano.

Esta cireumstancia eo seu
genio generoso e bom grange-
ou-lhie o titulo de «consulde Ser-
nache», pirque muitos amigos
o tratavam, titulo que mais
tarde foi substituido por este
outro que diz tudo quanto aqui
poderiamos referir à seu res-
peito.

Chamavam-lhe o. «pre dos
pobres…

Sentimos do coração a mor-
te deste prestante patricio e
enviamos a sua desolada fami-
lia os nossos mais sinceros pe-

LD E

D. Julia diocho

A morte na sua senda de de-
vastação, não poupando velho
nem novo, nobre nem plebeu,
rico nem pobre, não recuando
ante as preces e lagrimas d’u-
ma familia terna e carinhosa e
não contente com envolver em
densos crepes da saudade, al-
gumas familias de Sernache,
acaba de vir 4 Certã, arreba-
tar mais uma preciosa vida,
para o insondavel abysmo do
nada, a sr* D. Julia Lemos da
Rocha.

Faminta de existencia, não
hesitou em ceifar essa preciosa
vida, que era o encanto e enle-
vo EA paes que à idolatra,
a estro
meciam é a adoravam.

Como isto desanima!

Ainda na for da edade, for-
mosa, intelligente e de educação
esmerada desappareeu para
sempre d’este mundo, não dei-
xando, comtudo, de viver na
mente da familia e das pessoas
que a conheciam e admiravam
as suas exemplares virtudes,
como que uma apotheose a sua
memoria e aos seus nobres
predicados.

Mais wma victima, pois, que
baixa á sepultura, por entre la-
grimas e sincera dôr de todos.

Descança em paz, infeliz se-
nhora!

Ao sr. Dr. Antonio Lemos
da Rocha e sua ex.” faniliaos
nossos pezames.

CONVITE

Bona Maria da Comcei-
ção Gulmarães e Hocha,
Amétonio Vicior Lemos da
Bocha. Dora Hermínia So-
phia Guimarães da Focha.
partecipam às pessoas da
sua amizade c relições,
que tendo fallecido sua
muito esiremecida e cho-
vada filha e irmã, ERoira Ju-
Ma Felicidade Guimarães
da Rocha. se hade vesar,
mo dia £3 do corrente, pe-
las 9 horas da mahã ua

mgeeja Batriz dPesia villa,
ia missa, commenóram-
o e setimo dia do Stu pas-

&

sumento,

À sua casa esteve sempre a-
berta para os seus patrícios e
para todos aquelles que, des-
protegidos da Forti procu-
ravâm n’aquellas paragens ob-
ter fortuna por um trabalho

“[blicação do

FALLECIMENTO

Desgraçadamente o nosso
jornal parece antes um. cemite-
rio!

Tambem faleceu n’esta “vil-
Taca sr? Martinha de Jesus,
victima da variola:

Por absoluta falta de espaço

somos obrigados a retirar o ar-
tigo do fundo, carta de Lisboa,
parte da secção—extrangeiro,
annuncios e varias noticias.

Esperanios que os nossos
leitores e collaboradores se di-
gnarão desculpur-nos.

ANNUNCIO

2 publicação

Comarca da Certã
PELO Juizo de Direito d’es-
ta comarca, escrivão Gonçal-
ves e nos autos civeis d’execu-
cão, à requerimento do Minis-
terio Publico, e por appenso
aos autos d’infraeção sobre
materia do recrutamento mi-
ditar, contra é mancebo Anto-
nio, filho de Ignacio da Silva
o é de Maria do Carmo.
natural e morador, que foi, no
lógar da Matta, deste conce
lo da Certã, auzente no Pará,
mas em parte incerta, e julga-
do rvefrectario por sentença
d’este Juizo em data de 14 de
janeiro de 1895, correm editos
de trinta dias que se contarão
passados cinco depis da pu-
ultimo anuncio
vo D’ARIO DO GOVERNO, |
citando o mensionado mance-
bo Antonio, ora executado. para
ao praso de dez dias findo a-
quelle tempo, pagar ao Estado
a quantia de duzentos e cinço-
Jeuta mil reis, ou, pua dentro
do mesmo desendio, nomear à
penhor» bens suficientes para
pagamento da quantia exequ-
enda, sob pena de revelia.
Cioita; 27 de julho de 1897.
Eu Francisco Cesar Gonçal-
ves, escrivão o subserevi,
Almeida Ribeiro
O Escrivão –
Francisco Cesar Gonçalves

ANNUNCIO

2 publicação

Comarca da Certã, cartorio do
quarto officio e nos autos din-
ventario orphanologico a que
se procede por obito de ; João
Mendes, em que é cabeça de
casal a viuva Maxia de Jesus,
do kugar da nanda tte-
guesia d’Álvaro, dest a as
ca, correm editos de a dias
a contar da segunda é ulim:
publicação na FOLHA OF EI
CIAL citando os interessados
José Mendes e Antonio Men-|
des, ambos solteiros e residen-
tês em parte incerta cm Lis-

“so legal! 03 “bus direitos,

PELO Juizo de Direito dal

boa, para assistirem a todos os
termos do referido inventario,
sob pena de revelia.
Cirtã. 26 de Julho de 1897.
O Eserivão
Antonio de Moura,
Ventiguer
Alm ida libeixo

José

ANNUNCIO

2a publicação

PELO Juizo de Diveito da
Comarca da Certã, cartorio do
segundo oficio corre unta axa
cução movida pcia Fazenda
Nacional contra Praneisoo Linz
dos Santos, casado, proprieta-
rio, do Fundão, freguesia da
iroviscal. po? virtude da qual
vão á praça, pela segunda vez
e por metade do seu valor, no
dia 15 do corrente pelas 11 ho-
vas da manh, 4 porta do Pri-
bunal Judicial | 68 seguintes
predios:

Uma casa terras a terra de
cultura, agua de rega videiras
e arvores fructiferas, pitunlas
wo Valle-da Ovelha, Junites
do Fundão, em desoito mil
veis: (15:000 so)

Uma casa de sobrado com
seus logradontos, sita no Jo-
sàr do Fundão, de doze mil
veis (12:000 rs.)

Pelo presentó são citados
quacsquer credores que ; se, jul.
guem com dire’to ás proprie-
dades ou ao sea produsto para
sixem deduzir, dent. 9 do pra-

Certa 2 Pagosto dy, 1897:
Verifiquei a exactidão
Almeida Ribeiro
O Esenivão
adequa Santos Celho Qudi-

CREADA

Preciadssd a uma que exiba co i
nhar dando-se bom ordenado. RE

Quem estiver nos casos dirija- se
a esta vila, Aveuida Daima de
Bastos, 26 a 29,

Machina. photographica
de graça

“DA uma Es machina phe tos,
e I34 18, em bom estedo
a quem comprar os, seguintes obje-
etos pelo sen valor:

1 obtuzador pa, wstantanoos,
4 pannos de fundo, + tinas, À lan-
terna. para laboratorio, 3 calibres
de vidro, 6 chassis prensas, 1 ca-
mara escura para, campo, 3 suppor-
tes para secuar ch: apas,; tal motar iz,
B copos graduados, E, funi de sie
dro; 1 machina para, trazer deb ixo,
do colete, 1º lavador au vm -tco, l
luvas do borracha, 3 yuhetas 8,
ainda outros objeco: precisos no
iplotageapho.

Para mais esclarecimentos

 

@@@ 1 @@@

 

ECHO DA BEIRA

 

E TA DS AS JO mm meme mma
LYCEU POLN ECHNICO
€.DO (O BRO — LISBOA — PALACIO DE MURÇA

N’este collegio, que é um dos mais bem montados da capital, são
protessados os 1intes cursos:
«O PRIMARIA, desde a aula maís infantil,
AO SECUNDARIA: a) curso dos lyceus segundo
é urso transjtorio,

Uns COMMERCIAL, professado em 4 annós.
—Bellas Artes, Gzmnastica, Esgrima, Musica, Pintura, ete.

Recebem-se alumnos internos, semi internos e externos nos termos

dos estatutos, que se fornecom a quem os requisitar.

“O director e proprietario

JS JS, de Figueredo

FABRICA DE BEBIDAS ALCOOLICAS

ALBERTO DA SILVA & C;
Inventores do afamado licor CANHÃO

Fabrica—40, Rua da Padaria, 44
DEPOSITO GERAL Da FABRICA

Participam ao publico que continuam a ter grande sortimento de
bebidas em todos os generos e para differentes preços, taes como: gene-
bra, cognac, licores, vinhos do Porto e Madeira, cremes finos, garrafas
hudamente enfeitadas, de banana, annanaz, ameixa, morango e ginja.

Fazem-se descontos para os srs. revendedores, e em Lisboa, envia-
se qualquer encommenda gratis a casa do freguez. Este mesmo estabe-
lecimento acaba de mantar uma magnifica fabrica de refrigerantes em
condições vantajosas de forma a poder satisfazer com rapidez qualquer
encommenda que lhe seja feita.

dm Geiduls da Guy da Geth

Approvada pela junta conanitiva de saude pablica e au-
ctorisada pelo governo, medalsa de prata nas exposi
cõôes de Lisboa 1893, Anvers I894, Snici Eticone 1895
Concurso de Eygiene Pruxcijas F89€. Hedalba de ouro-—
dipiems de honra. Marselha é Coneurso de liygiene de
Londres 1896,

Esta agua apresenta uma composição chimiva que a distingue de todas
as aguas minero-medicinaes até hoje empregadas na iherapeutica.

Deve as suas principaes propriedades ao «sulfato acido de alumina»,
que no organismo humanoa ctui como «adstringente tonico e desinfe
tante», e assim se explica: os notaveis beneficios que o seu uso produz
Epeciulmente nas doenças de: –

ESTOMAGO, GARGANTA, DIABETES, UTERINAS, OBESI-
DADE, ULCERAS, SYPHILIS, DIARRHLA, PURGAÇÕES, EN-
TERITES E NAS INFLAMAÇÕES EM GERAL.

IX : E “ é
— Não tem gazes livres; sabor muito agradavel quer pura quer mistura
da com vinho. Ê

A” venda nas principaes pharmacias e drogarias e nos Depositos:—
Porto, rua de Santo Antonio, 49. —Coimbra: Drogaria J. Figueira & C2.
a E pe a Aa
— Figueira: Pharm, Simões d’Oliveira.— Thomar: Pharm. Torres Pinheiro.

Depesito geral. Rua dos Fanqueiros, 84, 1.º
LISBDA

CENTRO COMMERCIAL
DE
LUIZ DIAS

Completo sortimento de fa-
zendas de algodão, lã, linho e
seda, mercearia, ferragens e

La oratorio chimico-industrial
de
A. P. Moreira Lobo
41, Rua da Piedade, 41
(a Campo d’Ourique)
LISBOA

Este estabelecimento tem actual-
mente em laberação, e póde desde

já satisfazer tedas as encommendas
que lhe sejam feitas da provincia,
dos seguntes productos: GRAXA
QUADRADA (Popular); dita preta,
redenda, (M. Loup) n.º 2; dita n.º 1;
dita de côr, n.º 2; dita n.º 1; dita
para,pellica n.º 1 e n.º 2.

PO INSECTICIDA (M Loup)
preparado para a destruição dos
ratos, toupeiras e outros animnues
damninhos. DESINFECTANTE
ASIATICO. TiNIA PARA ES-
CREVER, em frasens, ou latas de
17 litros.

ELEXIR DA vIBÉERIA para a
cura prompta > rad.cal das freiras.
Renestiese para a provineis, tianve
de porte, a quem enviar 280 rãs
em estumpilhas.

Mais de 20 sumos de bom exito!

quinquilherias, chapeus, guar-
da-chuvas e sombrinhas, len-
ços, papel, garrafões, relogios
de sala, camas de ferro e Java-
torios, folha de Flandres, esta-
nho, chumbo, drogas, vidro em
chapa e objectos do mesmo, vi-
nho do Porto, licores e cognac;
livros de estudo é litterarios,
tabacos etc,

Preços extraordinariamente
baratos e sem competencia

Agencia da Companhia de
Seguros Portrgal.
1a, Praçe do Commercio, 1 a 7

CERTA

FOGOS D’ARTIFICiO

U pyrotechnico David Nunes é
Silva, da Certã, satisfaz para todos
os pontos do paiz quelquer encom-
menda de fogos, em todos os gene-
ros, por preços sem competencia.

Apresenta sempre novos e varia-
dos trabalhos, d’um effeito surpre-
hendente, rivalisando com os me-
lhorea do estrangeiro.

Este pyrotechnico, já bastante
conhedo em Portugal, onde os
seus trabalhos teem sido admirados,
foi qnem forneceu os fogos queima-
dos em Lisboa pelo Centenario de
Santo Antonio e em Thomar pelo
da Gualdim Paes.

Coriespondencia e pedidos ao py-
rothechnico

Darid Nunes e Silva

RETRATOS

Tiram-se em differentes ta-
manhos desde 800 reis a duzia,
garantindo-se a sua perfeição
e nitidez.

Encarega-se de ir tirar pho-
tographias a qualquer ponto
d’este concelho, mediante ajus-
te especial.

Quem pretender dirija-se a
Luiz Dias, Praça do Commer-
cio.— DERPA

disbriea a Dagor
DE
Papelão nacional

Unica premiada na exposição 1
dustrial de Lisboa em 1393.

Cada maço de 15 Kg., contend
8 a 80 folhas, formato 04 x 80, 90
réis:

Satisfazem-se com rapidez tod«
os pedidos, sendo postos em qua
quer estação de Lisboa por cont
da fabrica, quando as encommen
das sejam superiores a cinco ma
sos. Acceita-se apara em troca

«Grandes descontos aos revend
dores, sendo a prompto pagame:
to».

Todos cs pedidos dirigidos »
escriptorio da fabrica—Brito N
gueira.—Rua d’Alcantara, 62 A.

LISBOA

CARRO

José Alexandre da Costa, de
Pedrogam Pequeno, participa
ao publico que tem para allu-
gar um carro com purelha, cu-
jos serviço para qualquer loca-
lidade, entre Thomar é Certã,
faz por preços conmodos.

LOURENÇO CAYOLLA
CORAÇÃO DOENTE

1 volume 500 reis
Vende-se n’esta redacção

Tambem se vende no Centro
Commercial—Praça do Commercio
—Certã.

BOM NEGOCIO

Arrenda-se a casa da antiga es-
talagem da Maria Molerra. iss
Quem quizer deriju-se à João

J: Branco—Lertã,

I TIPDERAPIIA

ECHO DA BEI

ESTEBISA e Pd

N’esta cfficina se fazem todos os trabalhos concernentes É
arte typograpnita, para o que tsm pessoal habilitado, por pres
ços a-sás rasoaveis. 4
Acceitam-se encommendas de facttiras conmerciaes, bi
lhetes de estabelecimentos, memoranduns, participações de ca-
samento. etc., etc.. impressos ofliciaes e bilhetesde visita, para
o que esta casa possue um grande e variado so timento de ma-
teriaes que mandou vir expressamente das prirmeiras casas de
Lisbo..

Garante-se o bom scabamento dos trabalhos, a nitidez €
pomptidão.

A IS Por melo do emprego dos 7
‘Eliziz, Pô o Pasta dentifricios Es;

RR, PP, BENEDICTINOS

da ABBADIA de SOULAG (Gironde,
DOM MAGUELONNH, Prior
9 Medalhas de Ouro; Bruxelas 1880 — Londros 1884
AS MAIS ELEVADAS REGOMPENSAS
E Pelo Prior E
NEN DO [BZ ten sounsavD À

« Ouso quotidiano do Elixir Den-
tifricio dos RR. PP. Benedit-
tines, com dose de algumas ttas
dona preto no Ec

ntes, em] E
do & tornando as gengivas perfeiviço, assignalando aos nossos let
tores este antigo e utilissimo pre *
parado, o melhor curativo € o
unico preservativo 0) as q
“ifocnõos den » : :
Casa faniaia em 1807 1084408, rue Croix-de-Seguay RES

agonte Geral: SEGUIN BORDEOS h
Deposito em todas as boas Perfumerias, Pharmasias e Droguwriaa. à
Em Lisboa, em cssa de R. Bergeyro, rua do Ouro, 100, 1º.

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RUA DA PALMA, El o des

Director-Proprietario: — Macedo de Bragança ;

Depasito geral (Portugal é colonias, 08 medicamentos ELECTRO
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carteiras de bolso para viagem com os prin -ipaes
remedios; livros e revistas em todas as linguas civilisadas
para o estudo scientifico e pratico d’este «ystema

Este estabelecimento compõe-se de consultorio medico onde
se dão consultas todos os dias das 9 ús 11 da manhã,
dal ás 2 da tardee das 6 ás 8 danoite

GRATIS PARA OS POBRES

Pharmacia especial, laboratorio ehimico e bactereologico; porfumária 8
alimentação hygienicas.
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Suceursal no Porto—INSTITUITO ELECTRO-HOM(BOPA THIÇO ss

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Rna de Santo Antonio 203
Fornecem-se questionarios aos doentes Aderesse telegraphico
das provincias e estrangeiro Electro-Homcopathia. LISBOA
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ALFAVATÁRIA –

“Trabalhos em todos os generos por artistas de Lisboa.
Garante-se a perfeição e bom acabamento das obrag,
FATOS DESDE 48500 RÉIS
Grande sortimento de fazendas de lã,
CENTRO COMMEKULAL
— Luiz Dias
1a 7, Praça do Commercio, 1 a 7
CERTA
ET YPOGRABHIA =Ron do Vala

Editor responsavel – ANTONIO DIAS D’OLIVEIRA