Echo da Beira nº32 06-08-1897

@@@ 1 @@@

 

SEXTA-FEIRA, 6 D’AGOSTO DE 1897

ALMINISTRACÃO |

ADMINISTRADOR

praca ê
RUA DO VALLE=CERTA o ” JULIO DA SILVA FERREIRA
o | ASSIGNATUKAS Meia] “ MOMORANDOJ | ANNUNCIOS
: [BASTA 8 do ra jorge my pa E = |

Had tá

“ANDO sim
Semestre: UE
B azil =Anno. +.
Africa — Anna. E
Numero à vulso..enececnentros

sea 20!

| “A correspondencia relativa a assumptos da redacção ao di- |
| vector do jornal para Sernache do Bonjardim: e da adminis-
| trução ao adminiatrador para a Certa.
| Os onginaes recebidos não se devolvem, sejam ou não publi.
cecerea o. +30 reis 1) cados, Annuuciam-se publicações de que serecebaum exemplar. ||

Os assignantes tem

| Cada linhaou espaço. «er emenre servos erro 0 dO rea
REpEngNUO asqnioi oe eaprta RRe RGU a eirra DGI
No corpe do jornal…….00 0000010 100188 linha
| amúuncios permanentes preço convencional,

o abatimento de 20,41,

CARTA DE LISBOA

Desappareceu a hydra. Ou,
pelo menos, tornou-se tão pe-
quena, tão microscopia quenão
ha meio de descobrir onde ella
se metteu. As arrogancias de
ha dias cederam logar a uma
attitude de medo, de accentua-
da pusillanimidade. Eles que
afirmavam estar a revolta im-
minente e que pouco viveria
quem não visse-esta tranquila
e pacata sociedade portugueza
anarehisada até vos fundamen-
tos; dizem agora que foro go-
verno que. tenton armar uma
pavorosa e jura e tomam
“jurar que são inteiramente pa-
cíficos e que, de modo algum,
tentaram on pensaram sequer
n’esse movimento revoluciona

tudo isto revela a qualidade dos dirigentes do partido
republicano, que ha mintos am-
nos não fazem mais de que es-
terilisare depanperar as forças
e energias Vuma agoremiação
partidaria, bem digna, pela de-
dicação dos seus erentes e pe-
las esperanças que fez surgir,
de ter chefes mais dienos e de
mais enracter. Mas tudo isto
servio tambem para. se reco-
nheser, mais uma vez, que não
deve haver pavores exagerados
* que com alguma previdencia
e energia os paladinos do re-
publicanismo. entre nós, se
transtormavam nas melhores
cxcaturas Veste mundo,

De resto oa receios vão pas-
gados, a serenidade vae voltan-
do nos espiritos mais riquictos
e o governo conseguu arredar
do sew caminho esses adversa
rios calunumosos que estavam
tomando por cobardia e tram
queza o que representava apes
nas fidekdade aos prmempios
Hiberaes e uma “tolerancia de

“* queeles se anostravão bem
pouco dignos.
A disenssão do na

ICA ” nrrastido
que a opposição tem nrrastimds

com tanto preju

transformando a discussão d-
esse documento n’uma retelia-
cão politica apaixonada e inop-
portuna, deu na sessão-de hon-
tem logar a revelações verda-
deiramente assustadoras. Fa-
lou o sr. conde de Burnay.
Este deputado expondo em
palavras incisivas a dolorosa
queda do nosso eredito nas pra-

ças extrangéiras, afirmou que)

essa queda era devida prinei-
palmente ás falsidades emysti-
ficações dos orçamentos.

Os bangueixos de Paris, Lon-
dres e Berlim: todos os annos
viam que se” apresentavam ás
camaras portugnezas orçamen-
toscom defhcits minuscgulos ou
saldos positivos, e apesar d’is-
so um bello dia para lhes di-
zer que a situação das nossas
finanças era tal que exigia uma
violenta redueção nos juros da
divida publica. Esses banquei-
ros haviam comprado os seus
titulos a preços muito altos.
Sofireram perdas importantes.
Desde então a desconfiança na
nossa contabilidade e na leal-
dade das palavras dos nossos
ministros, tornou-se tão intensa
que não ha muito, precisando
o novo governo desmentir uma,
noticia propalada lá fóra, um
dos mais importantes credores
dos nossos: titulos escrevia ao
agente financial portuguez no
paiz, deque é natural, dizendo-
lhe: Escusa de se incommodar
a reproduzir as declarações do
seu governo, porque ninguem
os acredita! O sr. conde de
Bumay lança as principaes
culpas d’este estado de consas
aos vícios da nossa contabili-
dade!

E a propasito notou que ae-
cusando essa contabilidade um
defrcit de 7000 contos nos an-
nos de 1892:a 1896, esse-defi-
cit for depois reetificado em
14:000, sendo elle na verdade,
como se vê pelo angmento da
divida Anetuante, da divida ao
Banco, da importancia de titu-
los que se venderamc dos em-
prestimos que se fizeram, real-
mente supperioraos vinte e sete
nl contos. Para ondeforam og
f3 mil. que à contabilidade no para og TEUS
do paz;

vlevados Iiter

vão uecusa?! Mysterio insonda-

vel que justifica largamente as
gravissimas revelações. feitas
no parlamento e a dolorosa e

até ignomimiosa situação a que

chegámos lá fóra, mercê da
perdularia, esbanjadora e des-
leal administração que dirigiu
o paiz n’aquelle periodo.

Foi hontem lido 4 camara o
addiamento dos trabalhos da
actual sessão legislativa por
mais quinze dias. Creio bem
que, em tão qurto periodo. de

tempo não será possivel discu-

tir-se 08 projectos que 0 gover-
no julga mecessarios. para vi-
ver, sobretudo se se attender 4
attitude ante patriotica que a
opposição está adoptando. Eu
bem sei que a maioria tem o
numero, tem portanto a força
e pode esmagar as veleidades
obstrucionistas. Mas esses ex-
pedientes sempre gastam tem-
po e quando elle é tão pouco,
nem wmn momento se pode des-
perdiçar. Alem disso o addia-
mento não poderá ir mais longe.
Com este calor e estatempe-
ratura asphixiamte é impos
vel fazer trabalho util e atura-
do. Não ha energia que não se
quebrante, enthusiasmo que
vão se esfrie, 0 que parece um
paradoxo. À maioria não se
tem poupado a esforços. Quan-
do não pode ter sessão de dia,
por ter de a haver para a ca-
mara dos pares, realisa-se de
noite e ás vezes duas por dia.
Nada é de mais para o que
ha a fazer. À

———>—-— e

ACCORDOS

O nosso presado collega a
«Defeza da Beira», de Castello
Branco, transereven mo seu pe-
nultimo numero, dando-lhe o
logar d’honra, o artigo que aqui
publicamos, subordinado ao ti-
tulo d’esta noticia,

Agradecemos ao, colega ar
honras da transcrição e às pa-
lavras com que a acompanham
e vegistamos a sua declaração,
estimando que não yenha a es-

quecgr tão nobres principios,

“Conversa amena

Couversemos ainda.

«A Defeza da Beiras mostra-se
agora muito terna e indulgente com
o sr. Manoel Vaz e os seus amigos
politicos.

Naturalmente tem “ainda muito
boas esperanças de os ter lá do seu
lado, em intima; camaradagem.

A nós tambem não nos repugna
a idéa. Já o prophetisamos, e não
nos passou desapercebido que, ten-
do nós aqui prognosticada: que o
se, Manoel Vaz ainda viria a qe
cordar-se com es regeneradores, a
«Deteza» se calasse, ella tão pura
e tão casta no que diz respeitoa ac-
cordos politicos, ;

Começa já a desculpal-o ea enal-
tecer-lhe as qualidades.

A seducção manifesta-
fazem acênos!

es

já ae

= O sr. Vaz Preto não tomou com-

promissos de obediencia ao partido
progressista, :

O sr. Vaz Preto está muito alem
de tudo e de todos, e os seus ari-
gos (em nome da solidariedade po-
hitica!) choram lagrimas de deses-
pero sobre a transferencia de dois
funceionarios publicos do. districto.

A bombridade politica do digno
procere é tão nobre que se dispô:
a denunciar o accordo e a atacaras
propostas da fazenda do sr. Ressa-
no Garcia, :

Tudo isto consta 4 «Defeza» é

tudo ella diz, muito orgulhosa.
Os maus, os perseguidores é us
ineptos são só os progressistas, e
tão longe leva o seu desejo de ex-
tremar resporsabilidades que chega
mesmo a estabelecer confrontos
perigosos entro o sr, Tavares Pro-
ença o o sy. Vaz Preto.

Fez mal o orgão do partido re
generador e foi profundamente in-
justo em ajudar a varrer a testada
dos amigos do sr. Manoel Vaz nas
tio disentidas transferencjas; nós
somos mais indulgontes, porque lhe
fazemos a justiça de acreditar que
no seu intimo, se revoltou contra o
proceder d’aquelles que dão um
exemplo tão vil de falta de solida-
riedade, vindo para o publico com-
deimnar um acto em que foram mais
do que emnplices., .

Talvez, porem, que o gato mor-
to lhe vá amda ter á porta!

As civenmstancias om que os dois
chetes politicos exercem a eua di-
recção, são radicalmente diversas
nos meios e fins.

O sr, Tavares Proença tem falta
de tmo, diz a «Defeza da Beiran,

piscando o olho e fazendo acô-
nos ao sr, Yaz Preto, Concorda-
mos.

Não o devia dizer oorgão d’um
partido, mas já que o disso pós
apoiamol-o: é verdade,

O sp. Tavares Proença que ha

perto de 20 annos serva o partido
progressista com a mesma lealdade
e a mesma isenção, nas horas do
teiimepho como nas da adversidade,
sem ambições, desinteressadanento,
com sacrificios até, modestamente,
e não querendo que d’esse sacrift-
cio redunde outro benefício que não
soja o engrandecimento do seu pars
tido, com uma lealdade spartama e
com uma resignação ovangelica, pe-
rante ox destemperos dos forasteiros
de seu partido, calando disgostos
anormes para que a sua voz não
seju o pregão da discordiu: o. ar,
Tavares Proença, que sempre tem
deelinado as honras cor: que 9 nos
bre chete do partido progressista
tem querido premiar os sens servi-
gs, esmagando com esta nobre isens
ção os tripadina e desmedidas ambi:
ções dos desconhecidos que elle,
impassivel, vê conspirar contra a suá
autoridade, falscando os sets cum
promissos: o chefe do partido pros
gressista em Castello Branco, enja
robusta intelligencia e espirito su-
perior contrasta Hugrantemente com
os espiritos tacanhos que o intri-
gam e difamam, tem, ás vezes, falta
de tino! Tem falta de tino so
assim se pode chamar à obediencia
que elle, em momentos angustiosos
para outros, prestou aos desejos |
indicações do sen chefe, 4 Doafé
com que aceeiton protestos d’ami-
zade de qua sempre devia duvidar,
à ingenuidade com que acrediton
declarações e compromissos que
nunca forum cumpridos, 4 gunera-
sidade: com que desculpa e — encos
bre as deslealdades e perfidias dos
sens subordinados, recomendando
silencio aos seus amigos 6 invocane
do para tanto o seu exemplo!

Tem falta de tino, emcim, se as-
sim se deve chamar q redgração
vom que elle, eni nome da sua de-
dicação partidaria, mas com sacri-
ficio da sua auctoridado de chete,
assiste impessivel a tanta jndiseipli-
na « loucura, quando é egrro ue,
com um simples acto seu, poderia
mudar o norte dos acontecimentos
em benefjcia da sua auctoridade e
do sen partido,

Se assim é, está o sr, Tavares
Proença muito áquem doar, Vaz
Preto.

Em ambições desmedidas, em fé
partidaria, em auscept bilidades jn-
fintia e em ospeculições pobticas,
porque nunca andou com os seus
amigos à lambujar pelos outros par-
tidos,

E! um chefe; não é um guerres
lheiro.

Se taes yurtudas constituem mma
falta de tino, esa pecbado que q
cullega o aceusa é da mesma força
que a ascusação do outro progreg-
sista que q argnia de querer fager
«politica progressista de mais. ,,y

Não duvide o collega de que o
ar. Vaz Preto

 

@@@ 1 @@@

 

ATO STEN Ae D d =

E perante a anctoridude e chefia
Ro ar. Tavares Proença.

Tomon, sim senhor;
a«Detezar e todes aqnelles que ago-
ra negam o facto e que de tantos
doestos cobriram o chefe do partido
jata em Castello Branco,

saiba-o a

«a dirivada- da ascenção
istas – ao poder.
Agora já passaram.o hethes!

O hetbes era a combinação feita
entre progressistas e regeneradores

1 qual ficava estabelecida no
e rotação dos partidos di-
ntes, com a immediatamente

ruiva do, poderio do partido preto,
combinação que tão insensatamente
teve «ec ser quebrada,

Fica terminada esta conversa,
suscitada pelos commentarios do
collega albiscastrense que nesta
parte, Ioi echo das apreciações de
muitos dos que militam no partido
progressista. Foi por estes. princi-
palmente, que tivemos de nos refe-
vir a factos que – estimumos muito
não termos de vir ainda a esmiu-
gar.

Festa

Realisa-se no dia 15, do cor-
rente mez, a festividade a Nossa
Senhora dos Remedios. Na
vespera haarraial efogo d’arti-
ficio. –
sita. Esteve em Serna-
che,no collegio das missões.
com uma pequena demora, o
sr. padre José Antonio Perei-
ra. iDustrado Vigario Pro-Ca
pitular de S. Thomé e Principe,
missionario distincto e traba-
Jhador e um dos mais prestan-
tes filhos do collegio das mis-
sões.

Hoi com o maior prazer que
abraçamos este nosso saudoso
amigo, depois fuma ausencia
de nove annos. sentindo que
fosse tão pequena a sua demo-
ra westa terra, onde o padre
Pereira conta numerosos ami-
gs e admiradores das suas
vitudes e da sua tenacidade e
de licação ao trabalho.

D’aqui seguiu para Valle de
Prazeres, sua terra natal.

Boa viagem.

ESTRANGEIRO
Oricnré

“Jão dissemos, e cremos qua se.
rá anos] repetiko, para aqueles dós
nossos leitores que sabam ver eque
sabem ler; é diff fazer uma re-
vista dn estrangeiro que satisfaça,
n’uma folha semanal, Os factos são
muitos, e suecedem-se n’um — enca-
deamento naturalmente logico, ver-
tigmoso e snccessivo. E! indispen-
savel, para um hebdomadario. ter
um largo conhecimento do movi-
mento politico do estrangeiro, para
conseguir fuzer syntheses que mais
ou menos correspondam ao fim pro-
posto,

Vem este arrasondo aproposito,
para explicar a razão porque umas
vezes tratamos em especial duma
só nação, outras de varias nações,
e outras ainda por que nos repeti-
mos sem solução de continuidade.
E” a logiva dos acontecimentos que
nos força a isso,

Ainda o ontro dia falâmos do
Oriente, e voltamos já hoje a falar
do mesmo assumpto, sem que d’uma
e outra vez tenhamos, acaso,
satisfeito por completo a curiosida-
de natural do leitor, E posto isto,
entremos no assumpto.

Espanta, com franqueza, a tena-
cidade, o ao mesmo tempo a fe-
cundidade da diplomacia ottomana,
Nada a perturba, nada a descon-
certa, á similhança da eynica In-
glaterra, salva a differença de que
os inglezes são iais velhacos e mais
habeis. Isto apenrs, esta iasignili-
cancia, À diplomacia ottomana não
se deixa perturbar por nenhuma
especie de ameaça, e continúa mu
to socegadamente, sem preoceupa-
«ões, o pequeno jogo dos meios di-
latórios.

No fundo e na essencia ella não
desconhece que tem de acabar por
ceder. Mas um atrazo de vinte” o
quatro horas que seja, trazido à
submissão definitiva, representa a
seus olhos uma victoria sobre os
conselhos amigaveir, mas imperati-
vos, das potencias. Lembra-nos isto
as creunças teimosas e cheias de
mimos, que confiam em extremo na
benovolencia dos paes ou dos tuto-
res, e as mnlheres formosas que se
sentem adoradas, e que por isso ta-
sem o que lhes apraz, sempre na
certeza de que lhes não ha de snc-
cerder mal de maior. Mas é bom
não brincar com o fogo. E! assim

ECHO DA BEIRA

que se explica que a Sublime Por-
ta leventasse inopinadamiente «um
nm novo incidente dilatorio, 4″

Na renuião que tiveram outro dia
os embaixadores, estes ficaram
davelmente suprehendidos pela che-
gada de Tewhk pachá,. que se”
apresentou, à ultima hora, na assem-
biéia, para dizer que tinha mstrue-
ções no sentido de declarar que “a
Sublime Porta acceitava as propos-
tas dos er:baixadores, e que os

convidava a uma reunião em Top-

Hané:

Os embaixadores sentiam-se já
cintos por “este reviramento
que parecia comprovar-lhes a eff-
cagia-das medidas coercitivas, Jim
particular, mesmo, telicitavam-se
pelo proceder da Allemanha junto
do Sultão.

‘ontava-se que a resposta de
Guilherme Ilao telegramma do
Sultão, tendo um caracter um pou-
co equivoco, e o Sultão crendo po-
der contar como apoio da Alle-
manha, esta, vendo que as outras
potencias estavam resolvidas a em-
pregar medidas de coacção, e que-
rendo impedir que se chegasse a
este meio, dera instrueções ao ba-
rão Saurma de Jeltsch para fazer
no palacio, uma declaração cathego-
rica, dizendo que a Turquia devia
conformar-se absolutamente, com a
decisão tomada pelas potencias,

Ora foi depois disto que Tewfik
pachá fez a declaração a que aci-
ma nos referimos.

Quiando no dia 17, de manhã, os
embaixadores se reuniram em. To-
phoni, Tewtk pachá persistin, na
sua accepção, nas condições de
paz.

Porém, no que respeita à deli-
mitação da fronteira, surgiu com
uma nova proposição, que consis-
tia em deixar a uma comissão te-
chniça o cuidado de regulur em de-
finitivo este ponto, e de firmar o
aceordo final, Os embuixadores re-
cusaram-se naturalmente a entrar
em communicação com todas os ou-
tros plenipotenciarivs. À solução final
remou assim alguns dias.

Resta saber o que farão agora as
potencias. Segundo lemos num des-
pacho telegraphico, a – esquadra
Russa do mar Negro, recebeu or-
dem de apparolhar e de estar pres-
tes a partir em dôze horas, o que
quer dizer que a Sublime Porta
não cede imediatamente, e os na-
vios russos apparecerão deante de
Constantinopla. Deseja-se talvez, em

Iidyz Kiosk que se chegne a esto
extremo. O Sultão quer, pelo que
se vê, ser conatrangido, Pois bem,
Parece, segundo todas as probabi-
lidades, que Ibe será feita a vonta-
de. É

Dr. Boavida. Partiu para a
sua casa d’Alpedrinha, este nos-
so presado amigo, digno supe-
rior das missões portuguezas é
Deão da Sé Patriarchal.

Partida,— Partiu para Vil-
la de Rei, o sr. Adriano Dias
Vera e sua familia.

Ficou approvado com distinc-
ção, no exune de almissão
aoslyceus, o sr. Antonio Martins
dos Santos.

Os nossos parabens.

—Completou o enrso Vagro-
nomia, obtendo sempre boas
classificações em todas as ca-
deiras, o nosso amigo José
Augusto Simões Baião.

Ao novo agronomo e sua
familia as nossas felicitações.

— Completou a formatura em
direito e está nesta villa, o
laureado academico sr. dr. Jo-
sé Maria Tavares,

Os nossos parabens.

Novato. — Fez exame de ln-
tim (6.º anno) concluindo as-
sim o curso de preparatorios
para entrar na faculdade de
direito, que vae cursar no pro-
ximo anno, o nosso amigo Vir-
gilio Nunes da Silva que já se
acha em Sernache,no goso das
ferias.

Parabens.

Doen Está bastante do-
ente a sr.* D. Julia BrancaRo-
cha, filha do digno delegado
desta Comarca, o sr. dr. An-
tonio Victor Lemos da Rocha

Fazemos votos pelo prompto
restabelecimento. mem O sr e

Bocaça.
ente em Lisboa, o sr. Joaquim
Nunes da Silva Matta, cujas
melhoras muito desejamos.

“Viagem. —Partiu para Lis-
boa, com demora de poncos
dias, o nosso amigo João Ne-
mesio da Silva.

Estudantes. —Está no Nes-
peral, o st. Antonio Dias da
Silva que no lyceu de Porta-
legre, concluiu o curso de pres
paratorios para sciencias na-
turaes. j

—”Pambem concluiu os pre-
paratorios, o sr. Ernesto Mari-
nha que tambem já está na
Certã, em goso de ferias.

A ambos os estudantes e q
suas familias enviamos.9s Ms-
sos parabens.

Fallecimento — Está de
Incto pelo fallecimento duma
irmã, sr. dr. Albano Frazão,
a quem enviamos os nossos pe-
zames. f

Docaça. —Esta doente em
Sernache,o nosso amigo Anto-
nio Coelho Guimarães.

Desejumos-lhe. do coração
as suas melnoras,

—Fezexamede mathematica
(4.º anno,) ficando plenamente
approvado o sr. José Miguel
Coelho Godinho, filho do d’-
gno eserivão de direito, desta
Comarca, o sr, José dos Sau-
tos Coelho Godinho,

Os nossos parabens.

—Realisou-se no domingo
passado, no Abranheiro Gran-
de, a festa Senhora de Lurdes.

Falecimento

A” hora do mosso sema-
nario emtrar no prelo. sou-
bemos do fallecimento da
sr.* Eb. Maria das Dores
mátta e Silva, virtímosa es-
pesa do sr. Antonio Pedro
da Silva. de Sernache.

Ao sr. Aotonio Peilro da
Silva e sua familia os mos-
sos pezames.

FOLHETIM

SI A CAMPANHA DE 1813

Contava porém com a alliança
da Austria, cujo impernder era seu
cnjo attitude dubia porem o
Juquietáca durante “o armisticio,
Sappinha que o não teria por alia-
do, mas não esperava de fórma
algnma que elle se juntasse aos
seus inimigos.
Comtudo a 21 de agosto, pelas
4 ou 5 horas da tarde, vieram apre-‘
sent: r-se a Gomes Preire uns pon-
eos de soldados do batalhão francez
mio faria a guaruição de Pirna,-e
que tôra snrprehendido e acutilado
pela cavallaria anstrisca, Os cinco
soldndes, que seapresentavam a Go
mes Wreire,- vinham feridos, nas
tinham escapadon muito ensto ás
sorte dos seus. camaradas, que a
cavallaria austriaca apristonáre.
Gomes Preire achava se em po-
ação meliudrosa, Dresde não se
achava em estado de se defender

contra todo oexereito austriaço, e
esse exercito, de um momento pa-
ra o ontro, podia apparecer diante
da cidade,

Sem se desconcertar comtudo,
tomou todas as medidas para fazer
uma resistencia honrosa, e prevenir
Napoleão . Com a r. p de: com que
tomava todas as deliberações, Na-
poleão volton a Dresde, é, dias
depois, travava-se all a grande ba-
talha, que foia terceira victoria
do grande imperador nessa fatal
campanha em gue bastou o desastre
de Leipsiék para inntilisar todos os
trinmphos antriores,

Gomes Pr-ire, com o seu esta-
do-muior, assistia do cimo de uma
torre á formidavel batalha, que se
dsenrolou em torno da cidade
Dalli ponde ver, com o sem oculo
de sampanha, win grupo brilhante,
em que estavam o imperador da
Russia, o rei da Prussia, e o gene-
val francez Moreau, antigo rival de
Napoleão, D’alh poude vêr a con-
ausão que nesse grupo se mani-
festom, quando mma bala de anti.
iria cair no meio delle, Erindo
algum personagem muportante. Eô-
va o general Morcuu, que uma bala

franceza executura.

Em seguida Napoleão sain de
Dresde, mas deixou na cidade um
corpv de exercito de 20:000 infan-
tes e £:000 cavallos, cujo comman-
do entregou av marechal Gonvion
de Samt-Cyr, junto do qual conti
nuou a servir Gomes Freire de
Andrade com o seu estado-mair
portuguez. –

No dia 1 de outabro saiu Napo-
leão, e logo no dra 5 appareceram
forças russas e austriacas a amea-
caram a cidade. Gonvion de Saint
Cyr repelliu-as, ellas porém retiran-
do-se para fóra do alcance da ar-
tilharia finaceza, continuaram em
obseryação.

Não havia noticias; no dia 23 en-
traram na praça alguns soldados
saxonios desarmados, que deram as,
primesras informações a respeito
do grande desastre. Vieram depois,
sessivamente, esclarecimento ma-
reumstanciados. Napoleão fora!
batido u’uma terrivel batalha de
tres dias, junto de Leipsick. Tin-
ham-no abandonado os batalhões
wurtemberguezes e parte dos ba-
talhões saxonios, Os Dbavaros tin-
ham-so usido aos austriaços, 6 amnga-

cavam cortar-lhe a retirada, Ber-
nadotte, o antigo marechal “do
imperio, agora principe real da
Suecia, estava dirigindo as manobras
dos alliados. A situação era de no-
vo terrivel para a frança.

As forças sitiadoras de Dresde
avolumavam-se; Gouvion de Saint-
Oyr e os sens generaes percebiam
o desespero da sna situação, mas
resolviam resistir heroicamente, co-
mo se a cada instanto esperassem
soceorro,

Ja começar o cercode Dresdo,

XI
O Cerco de Dresde
A situação do corpo de Gonvion

de Saint-Cyr deixado de guarnição
em Dresde, era verdadeiramente

grave.

“Okexereito francez, depois de
oma serie de vitorias, que lhe tin-
ham restituído rapidamente o son
antigo prestigio, caira de novo su-
bitamente no mais profundo abysjno,
em resultado do formidavel desas-
tre de Leipsick, e da defeeção

 

successiva dos aliados allemies.

Uma retirada precipitada foi o unico
recurso que ficou a Napoleão, e as
guarnições, que elle deixára semea-
das por toda a Alemanha, acha-
vám-se por conseguinie cortadas
do grande exercito, e em perigo
iminente deserem prisioneiras do
inimigo

Foi este um dos poucos erros
militares que Napoleão cometteu
em toda a sua carreira, erro militar
que não era senão a consequencia
de um dos sens numerosos erros
politicos. A avidez de territorio
que o dominou até 4 ultima h Pas
fazia com que só a muito, ens:o
abandouasse as suas coujui tas, e
nem pensava ao menos o gronde
vapitão que essas praças que lha
paralysavam milhares de soldados
que tanta falta lhe taziam do Ra
po da bitalha, carriam de novo e
seu poder, sem disparar um Sto
logo que a victoria lhe sorrisas E
novo mina serie de batalhas fejiz

mm

Cas

Continua

A ER
Chagas Pinheiro

 

@@@ 1 @@@

 

ane praca a

«Mala da Europa»

Este nosso distinto colega diri-
gido pelo sr—Eunselheiro Pho
Ribeiro e- administrado pelo

maz
ar. Delito Monteiro Gumarâes
entrem no &º anmo.da. sua publi-

tação festejando este seu anniver-
sario- com importantes melho::
tos na sua parte material, artistica
e litterara.

«A Mila da Europa» que é um
jornal de grande tormato, impresso
em magnifico papel com magnificas
ilustrações e primorosa collabora-
ção vae publicar-se semanaimente
em vez de ser quinzenal a sua pn,
blicação.. Com todas estas condições
& um jercal barato, pois ques seu
preço é apenss de 154000 reis em
Lisboa e provineias.

A sua vedaceão é, na Rua da
Prinerza, 285-—-Li-hoa.

Descjanios ao culiega que o favor
do público 0 favoreça, como mere-
cem os seus esforços e
aquelle lhe venham todos os pros-
peridades de que é digno.

en

que com

SRS

ALVIGARAS

Dão-se a quem entregar n’-

esta redacção uma parelha d’as- |

nos, que segundo consta, andam
perdidos ahi para as bandas
do Rouette com a cilha á cin-
ta.

Dão por qualquer nome e
são de signaes conhecidos, pois
até corre, com bons fundamen-
tos, que foi 4 sur Imagem e
semelhança cu alguma as-
cendente que Deus Nosso Se-
nhor ereou o jumento,

ANNUNUIO
2 publicação

No dia quinze d’agosto pro-
ximo, por onze horas. da man-
ha, á porta do “Tribunal judi-
cial, situado no Largo do Mu
nicipio, desta villa, vão à pra-
ca para venda e arrematação
em hasta publica. pelo maior
lanço que se offerecer, supe-
rior a sua respectiva avaliação.
os bens ao adiante menciona-
das, penhorados na exectição
que Thereza Farinha e marido
Antonio Lourenço, do logar da
Carvalheira, freguesia da Er
mida, e Lniza Farinha e ma-
vido José Lonrenço, do logar
da Tsna de São Bartos, fregue-
sia da Varzea, movem contra
«na mãe e sogra outra Luiza
Fasinha, viuva de Antonio
Lonrenços do logar do Monte
fundeiro, da dita freguesia da.
fm da, o quaies bens e seus
valores são OS seguintes:

O domimo util dum praso
mreito 208 herdeiros do Vis-
ande d’ Aguicira, em tresentos
a enta e oito liwos nove-
a e deseseis milhtros de
“cado trigo é centeio, vin-

litros cento oitenta e oito
ns tros de esstanha e uma
DR o qual é situado
a e do Monte Fundeiro
ne « limites. e composto dos
= in
*elivenas LuO logar

1 gieDas
qogquntes gleba

cu meia €

29.º Uma courella

ECHO DA BEIRA

core ta re

do Monte Fundeio—2.” Uma
terra com oliveiras no Barro-
quinho-—3.º Quatro courellas
de terra de semeadura, com
astamheiros, mattos e pinhei-
ros e mais arvores na Coz VA-
meixoeira-—4* Uma
de terra com castanheiros
Barroco dos Pinheiros. —5.
Dez comrellas com oliveiras,
sobreiros e mattos no Barroco
Pundeno-—6.* Prez courellas
no sitio da Relva da Brucha
— 7.º Uma courella de “matto
nos Covões.—8.* Uma hort»
com oliveiras denominada a
Horta do Cego— 9.º Uma ter-
ra de cultura e testada de ma-
to (a fundeiva) — 10 Uma
terra de cultnra e testada (ado
meio) —11.º Uma terra de cul-
tura (a cimeira) —12.º Duas
courellas de mato e pinheiros
ao Pizão-13.ºDnas courelas de
“astanheiros à Carga–14 Uma
courella de. terra com casta-
nheiros ao Alqueve e Avissei-
ro==15,” Uma terra de cultu-
ra com castenheiros. matos e
pinheiros—16.º Uma courel-
la no sitio da Barroca da Lom-
ba—17%.º Uma conrella de so-
breiros no Cabeeinho da Lom-
ba — 18º Uma propriedade
curral pateo, é estrumeira ao
Cortinhal> 19.º Uma casa e
quintal com oliveiras ao Ba-
cello Zambujeiro -20 Uma
terra de cultura e casa d’eira
à Costa do Sal e Cova do Val

—21.º Uma terra de cultura
com eastanhesros ao Meio do
Val—22.º Uma conrella de

castanheiros ao Cerro do Cur-
rul—23,* Uma courella de ter-
ra com oliveiras 4 Fundeira
do Val-24.* Umu terra de
cultura com oliveiras é casta-
nheiros Abajacuras—25.º U-
ma courella com trez oliveiras
4s Logaceiras—26.º Uma cou-
rella de terra com castanhei-
ros ao Val das Eisueiras— 27º
Uma courella d’oliveiras aos
Carreguinhos —28.º Uma pro-
priedade no sitio do Forno
de terra
d’oliveiras a Horta do Moinho
—30.º Prez courellas comcas-
tanheiros aos Olheiros do Mo-
inho—31.º Uma horta deno-
minula a Bateteira—32.º Uma
horta com oliveiras e mato 4
Bateteira—38.º Duas courel-
las d’oliveiras ao: Muro —34.º
Uma courella de terra com
suas arvores à Varzea Redon-
da-—35.º Uma coureilaao Fun-
do do Covão JUrdem—36.º
Uma conrella ao Covãosinho
—37Tº Uma terra con suas
arvores ao Covão d’Ordem—
38.º. Uma propriedade com
oliveiras ao Valle do Moinho —
39.º Uma courella de terra com
oliveiras e castanheiros ao
Concão–40.º Uma tapada com
videiras e castanheiros a La-meira das Figueir t1.º Seis
courclas a Eóz—49º Oito
conrellas de castanheirose ma-
tus ao Cauratão = 430 Trez

conrella!coúrellas de castanheiros &
Varzea da Eira 4tº Uma
couralla de terra a Varzea da
Eira—45.º Uma courella com
‘castanheiros a Varzea da Eira
—=46.º Uma courella com cas-
tanheiros e matos—47.º Uma
tapada de terra de cultura,
curral e rhas-—48.º Dnas ter-
ras de cnltura com oliveiras 4
Vinha-—49.º Uma horta sita a
Fonte—50.º Uma terra de
cultura á Tapada 51º Umas
casas de sobrado, lojas, pateo
e quintal com oliveiras e uma
laranjeira no Monte Fundeiro
52.º Uma terra denominada a
Do Pundo–53.º Umas casas
no Monte Fundeiro-—5& A ter-
ça parte d’uns matos indivisos
e mixtos com Joaquim Lopes
e José Marçal. Este prazo vae
á praça no valor liquido de
um conto oitocentos – trinta e
oito mil tresentos e dez veis.
São citados para a dita arre-
mutação quesqner credores in-
certos que se julguem com di-
reito ao mencionado prazo.
Uertã, 23 de julho de 1897.
Eu Francisco Cesar Gon-
calves, escrivão o subserevi.
Verifiquei
Antonio Kodrigues Almeida
O Escrivão
Francisco Cesar Gonçalves

 

ANNUNCIO

2.º publicação

ELO Juizo de Direito

desta comarca, escrivão

Gonçalves, e nos autos

civeis d’acção exceutiva
por divida de foros. que os au-
ctores—exequentes João Chris-
tovam Dias e. mulher Maria
Loduvina de Jesus; proprieta-
rios, do Villar Cimeiro, fregue-
sta da Madeirã, movem contra
os reos-—executados João Pe-
reira Barata, e mulher Lodu-
vina da Conccicão: (e-taanzen-
te em parte incerta) e aquelle

ida villa e freguesia de Pedro-

gan Pequeno para pagamento
da quantia de oito mil setecen-
tos e trinta e sete reis, preveni-
ente de foros, representantes
aos ultimos cinco annos de um
praso que os reos-—executados
são emphyteutos, constituido
n’um olival com: sobreiros do
==Penedo Fundeiro == limites
de Pedrogam, e de que os au-
etores—exequentes são. senho-
rios directos, correm editos de
trinta dias, que começarão a
emrrer no dia em que se publi.
caro ultimo annuncio, destes
editos no DIARIO DO GO-
VERNO, citando a referida
ré-executada Lo-luvina da Con-
ceição auzente em parte incer-
ta, para na segunds audiencia
deste Juizo, que se contará
passados cinco dias depois “de
terminado aquele praso dos
editos ver aceusar a citação e
ahi marcar-se-lhe a terceira

autiencia para ‘ deduzir,

por embargos, a defeza que
tiver, sob pena de, não dedu-
gindo embargos no divido tem-
po ou sendo estes julgados im-
procedentes, seguir o processo
os termos posteriores à penho-
ra para pagamento do sem de-
bito e os mencionados anctores
—exequentes. tudo nos termos
dos artigos 616 e 617 do Co-
digo do processo civil,

As audiências n’este Juizo
fazem-se todas as sezundas e
quintas feras de cada semana
não sendo dias sanetificados ou
feriados, porque, sendo-o tem
lugar nos dias immediatos, e
sempre por dez horas da ma-
nha, no Tribunal Judicial d’es-
fa Villa, situado no largo do
Municipio.

Certã, 30 de Julho de 1897

Eu Francisco Cesar Gonçal-
ves, escrivão o subscreva.

Verifiquei
Almeida Ribeiro
O Escrivão
Francisco Cesar Gonçalves

ANNUNCIO
1.º publicação
Comarca da Certã

PELO Juizo de Direito d’es-
ta comarca, escrivão Gonçal-
ves e nos autos civeis d’execu-
ção, a requerimento do Minis-
terio Publico, e por appenso
as autos d’infracção sobre
materia do recrutamento mi-
litar, contra o mancebo Anto-
nio, filho de Ignacio da Silva
Barata, e de Maria do Carmo.
natural e morador, que foi. no
logar da Matta, d’este conce-
lho da Certã, auzente no Pará,
mas em parte incerta, e julga-
do refrectario por sentença
d’este Juizo em data de 14 de
janeiro de 1895, correm editos
de trinta dias que se contarão
passados cinco depois da pu-
blicação do ultimo annuncio
vo DIARIO DO GOVERNO,
citando o mencionedo mance-
bo Antonio, ora executado.para
no praso de dez dias findo a-
quelle tempo, pagar ao Estado
a quantia de duzentos e cinco-
enta mil veis, ou, paia dentro
do mesmo desendio, nomear é
penhora bens sufficientes para
pagamento da quantia exequ-
enda, sob pena de revelia.

Certa, 27 de julho de 1897.

Eu Francisco Vesar Goaçal
ves, escrivão o subscrevi.

Almeida Ribeiro
O Escrivão
Francisco Cesar Cronçalves

ANNUNCIO
1º publicação

PELO Juizo de Direito da
Comarca da Certa, cartorio do
quarto oflicio e nos autos din-
ventario orphanologico a que
se procede por obito de João
Mendes, em que é cabeça de

jcasal 4 viuva Maria de Jesus,

do lugar da Frazumeira, fre-
guesia V Alvaro, d’esta Comar-
“a, correm editos de trinta dias
“a contar da segunda e ultima
publicação na FOLHA OFFI-
LETAL citando os interessídos
José Mendes e Antonio Men-
des, amos solteiros é residen-
“tes em parte incerta em Lis-
boa, para assistirem a todos os
termos do referido inventário,
sob pena de revelia.
Certa, 26 de Julho de 1897.
O Eserivão
José Antonio de Moura
Verifiquei
Abneida Ribeiro

ANNUNCIO
1º publicação

PELO Juizo de Lireito da
Comarca da Verta, cartorio do
segundo officio corre uma exe-
cução movida pela Fazenda
Nacional contra Francisoo Luiz
dos Santos, casado, proprieta-
rio, do Fundão, freguesia do
Proviscal, per virtude da qual
vão 4 praça, pela segunda voz
e por metade do seu vuior, no
dia 15 do corrente pelas LL ho-
ras da manhã, á porta do Pa-
bimal Judicial os seguintes
predios:

Uma casa terrene terea de

cultura, agua de rega videiras
e arvores fructife-as, sitiiidas
ao Valle da Ovelha, limites
do Fundão, em desoito mil
veis. (15:000 28.)
— Uma casi de sobrado com
seus logradouros, sita no lo-
do Fundão, de doze mil
reis (12:000 15.)

Pelo presente são citados
quacsquer credores que se jul-
guem com direito ás proprie-
dades ou ao seu produsto para
virem deduzir, dentro do pra-
sv legal os seus direitos.

Certã 2 d’agosto de 1897.
Verifiquei a exactidão
Almeida Ribeiro
O Escrivão
José dos Santos Coelho Godinho.

CREADA

Preciza-se uma que saiba cosi-
nhar dando-se bom ordenado,

(QJiem estivar nos caso. dirija-se
nesta villa, Avenida Baime de
Bastos, 26 à 29.

LOJA DO POVO

de ZE
Albano R. M. Ferreira – CERTA

Chitas baratas de 80 es, 0 vova-
do à 60 réis E

Assucar de 1% Jilo 270 réis,

Dito de 2.º, 260 réis.

Dito nº 5 250 reis

Este estabelecimento tem actual-
mente um variado sertimento de
casemiras que so vendem por m>-
tade do preço: corte de 3” que
sustava TOOO reis 6 à DTUO reis,

Recebe nltimame:to um varin-
do sovtimento da Jã- pira vestidos
de Senhora e flanelas te algodão
que vende por precos muiio com
modativos:

 

@@@ 1 @@@

 

ECHO DA BEIRA

=. a antiga =

LICEU PO

CO BRO =

aaa Ene aeO

Í

mor

ITESHNICO

LISBOA — PALACIO DE MURÇA

colegio, que é um dos mais bem montados da capital, são

Vea: tes Cu) sos;

-INSTRUC U PRIMARIA, desde à anla mais infantil.

2º–INSPRUCÇÃO SECUNDARIA: a) curso dos lyceus segundo

reformas; b) curso transitorio,

CURSO COMMERCIAL, professado em 4 annos.

0—Bolas Artes, Gamnastica, Esgrima, Musica, Pintura, etc.
Recebem alumnos internos, semi-juterros e externos nos termos

dos estatntos, que sé fornesom a quem os sequisitar,

O director e proprietario

J- 4, de Figueredo

FAT Fe gn Es | f
FABRICA DE BEBIDAS ALCOOLICAS
HE
ALBERTO DA SILVA & C
Inventores do afamado licor CANHÃO
Fabrien—40, Eua de Padaria, 44
DEPOSITO GERAL DA FABRICA
Participam ao publico que continuam a ter grande sortimento de
bebidas em todos os generos e para diferentes preços, taes como: gene-
bra, cognac, licores, vinios do Porto e Madeira, cremes finos, garrafas
lndamente enfeitadas, de banana, annanaz, ameixa, morango e ginja.
Fazem-se descontos para os srs, revendedores, e em Lisboa, envia-
se qualquer encommenda gratis a casa do freguez, Este mesmo estabe-
lecimento acaba de montar uma magnifica fabrica de refrigerantes em
condições vantajosas de forma a poder satisfazer com rapidez qualquer
encemmenda que lhe seja feita.

Essa Seidula da Jus da Geriá

Apprevada pela junta conaultiva de saude publica e au-
etorinsada pelo governo. medalea de praia vas exposi
cões de Lisbca 1893, Anvers ESSA, Nadod E nene 845
concurso de Hygiene Bruxelas 1898. Medalha de ourv-
diploms de honra. Marselha € Concurso de liygicne de
Londres 1806,

Esta agua apresenta uma composição chimiva que a distingue de todas
as aguas minero-mediemass até. hoje empregadas na therapeutica.

Deve as suas principaes propriedades ao esnlfato acido de alumioa»,
que no organismo bumanoa etui como «adstringente tonico e desinfe

etante», € assim se explicam os notaveis benefícios que o seu uso produz |-

pecialmente nas doenças de:
OMAGO, GALGANTA, DIABETES, UTERINAS, OBESI-

Ê JLOERAS. SYPHILIS. DIARRHLA, PURGAÇÕES, EN-
TERITES E NAS INFLAMAÇÕES EM GERAL.

Não tem gazes livres; sabor muito a
vinho,

venda nas principaes pharmacias e drogarias é nos Depositos: —
Porto, rua de Santo Antonio, 49, Coimbra: Drogaria J. Figueira & (2,

—igueira: Pharm: Simões d’Oliveira.— ‘Thomar: Pharm. Torres Pinheiro.

gradavel quer pura quer mistura

A?

Deposito geral… Rua dos Fanqueiros, 84, 1.º

LISBIA

La oratorio chimico-inqusirial | DE
de

NTRO COMMERCIAL

4 PAtinara cho DE

e Poda ”
41, Rua da Piedade, 41 LUIZ DIAS

(a Campo Ourique) ê
LISBOA Completo sortimento de fa-
Este estabelecimento tem actnal-| zendas de algodão, là, linho e
mente em laberação, e póde desde seda, mercearia, ferragens E
já entisfaze todas as encommends |quinquilherias, chapeus, guar-
que lhe sejam feitas da provincia, | E
q a pas |da-chuvas e sombrinhas, len-
dos seguintes productos: GRAXA | * RE E Epis
QUADRADA (Popular); dita preta, | S05 papel, garrafões, reiogios
redonda, (M. Loup) n.º 2; dita n.º 1; | de sala, camas de ferro e lava-
dita de ,côr, n.º 2; dita n.º 1; dita torios, folha de Flandres, esta-
ara, pellica n.º 1 e n.º 2. inho, chumbo, drogas, vidro em
6 INSECTICIDA (M Loup)/ NO gen ç
e a “chapa e objectos do mesmo. vi-
prepuado para a destruição dos; S : ;
ratos, toupeiras e outros animes! nho do Porto, licores a Boas;
damninhos. DESINFECTANTE livros de estudo e litterarios.

ASIATICO. TINTA PARA ES-itabacos etc.

nr em fiuscrs, óu latas fed Preços extraordinariamente
1tros. eira ú 6 raio
ELEXIR DA »IBSRIA para a | natatos e sem EqRap Si Etc,
cura prompta e radical das fricivas. | Agencia da Companhia de
Remette se para a provincia, franca | Seguros Portugal.
de porte, a quem enviar 280 réis| | q

am estampilhas. |

Mais do 20 annos de bom exito! |

2.
23 /

T, Praça do Commercio, 1 a 7

CERTÃ

FOGOS D’ARTIFICIO

U pyrotechnico David Nune: e
Silva, dá Certã, satisfaz para todos
os pontos do paiz quilquer encom-
menda de fogos, em todos vs gene-
ros, por preços sem competencia.

Apresenta sempre novos e varia-
dos trabalhos, d’um efieito surpre-
hendente, rivalisando com os me-
lhores do estrangeiro.

Este pyrotechnico, já bastante
conhecido em Portugal. onde os
seus trabalhos teem sido admirados,
fui qnem forneceu os fogos qneima-
des em Lisboa pelo Centenario de
Santo Antonio e em Thomar pelo
de Gualdim Puea.

Currespondencia e pedidos ao Py-
rothechnico

Darid Nunes e Silva

RETRATOS

Tiram-se em differentes ta-
manhos desde 800 reis a duzia,
garantindo-se a sua perfeição
e nitidez.

Encarega-se de ir tirar pho-
tographias a qualquer ponto
deste concelho, mediante ajus-
te especial,

Quem pretender dirija-se a
Luiz Dias, Praça do Commer-
cio—CERTA

dinbricaa Dugor
DE

Papelão nacional

Unica premiada na exposição in
dustrial de Lisboa em 1393.

Cada maço de 15 Kg., contendo
8 2 30 folhas, formato 64 x 80, 900
réis. E
Satisfazem-se com ranidez todos
os pedidoy, sendo postos em qual-
quer estação de Lisboa por conta
da fabrica, quando as encommen

das sejam superiores a cinco mas

‘sos. Acceita-se apara em troca.

«Grandes descontos aos revende-
dores; sendo a prompto pagamen-
to». )

Todos es pedidos dirigidos ac
escriptorio da fabrica-Brito No
gueira.—Rua d’Alcantara, 62 A,

LISBOA

José Alexandre da Costa, de
Pedrogam Pequeno, participa
ao publico que tem para allu-
gar um carro com parelha, cu-
Jos serviço para qualquer loca-
lidade, entre Thomar é Certa,
faz por preços conmodos.

LOURENÇO CAYOLLA
CORAÇÃO DOENTE

1 volume 500 reis
Vende-se n’esta redacção
Tambem se vende no Centro

Commercial —Praça do Commercio
—Certa.

BOM NEGOCIO

Arrenda-se a casa da antiga es-
talagem da Maria Molemra,
Quem quizer derija-se a João

J: Branco —(ertã,

4TPOERAPEIA

ECHO DA BEIRA

RUA DO VALLE

N’esta officina se fazem todos os trabalhos concernentes 4
arte typograpaica, para o que tm pessoal habilitado, por pre-
ços assás rasoaveis.

Acceitam-se encommendas de facturas commerciaes, bi-
lhetes de estabelecimentos, memoranduns. participações de ca-
sumento. ete., etc.. impressos cfficiaes e bilhetesde visita. para
o que esta casa possue um grande e variado so timento de ma-
teriacs que mandow vir expressamente das prirmeiras casas de
Lisboa. par

Garante-se o bom scabamento dos trabalhos, a nitidez
promptidão.

jaAISDÔRESDE pp

Elixir, Pó o Pasta dentifricios Tes H

RR, PP, BENEDICTINOS

da ABBADIA de BOULAC (Gironde)
DOM MAGUELONNE, Prior
9 Medalhas de Ouro; Bruxellas 1880 — Londres 188€
AS MAIS ELEVADAS RECGOMPENSAS
INVENTADO elo Prlor

P:
no AxxO 373 Perro BOURSAUD

«Qugo quotidiano do Elixir Den-
tifrício dos RR. PP. Benedio-
tinos, coma Gose de asgumas goltas
com agua, prevem ecura a cariedos É
dentes, embranqueceos, fortalecen-
do e tornando as gengivas perfel-
tamente sadias. ‘

« Prestâmos um verdadeiro ser-
viço, assighalando aos nossos lei. *
tores este antigo e utilíssimo pre.
parado, o melhor curativo é o
unico preservativo gontra as

AMecnões den! e :
ndada em 1807 108 et 108, ris Crotx-do-Seguey qd
a SEGUIN BORDEOS E

> 1 Deposito am todas as boas Perfumerias, Pharmasias o Droguer’as.

A Agente Geral:
CD em Lisboa, em casado R. Bergoyroe, rua do Ouro, 100, 1º.
; 7] ;
INSTITUFO ELEJTRO-HOMGOPATHICO |
“RUA DA PALMA, l5, 1º

Director-Proprictario: — Macedo de Bragança

Depesito geral (Portugal e colonias) dos Ed Canis ELECTRO-
HOMCEOPATHICOS

Phamacias portataeis para huspitaes. azylos e misades
carteiras de bolso para viagem com os principaes
remedios; livros e revistas em toras as linguas civilizados
para o estudo scientifico e pratico d’este systema

Este estabelecimento compõe-se de consultorio medico onde
se dão consultas todos os dias das 9 às 1] da manhã,
da 1 às 2 da tarde e.das 6 às 8 da noite

GRATIS PARA OS POBRES |

Pharmacia especial, laboratorio chimico e
alimentação hygienicas.
— TIN CAE RIMAS
Sueeursa] no Porto INSTITUITO ELECT RO -NOMCGEOPA THICO
Pharmacia Central ‘
Run de Santo Antonio 203
Fornecem-se questionarios aos doentes
das províncias e estrangei

bactereologico; perfumaria e

Aderesse telegraphico
Electro-Honcopathia LISBO 4

ALFAYATARIA
Trabalhos em todos os generos por artistas de Lisbca,
Garunte-se à perfeição e bom acabamento das obras,
FATOS DESDE 48500 RBIS
Grande sortimento de fazendas de lã.
CENTRO COMMERCIAL
Luiz Dias
la7, Praça do Commercio, 1 a 7

7 NYPOGRAPRIA Han do Valeo) sta

“NA
AVR!

Editor responsavel – ANTONIO DIAS D’OLIVEIRAIVEIRA