A Comarca da Sertã nº296 21-05-1942

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— FUNDADORES -—
— Dr. José Carlos Ehrhardt — –
— Dr. Angelo Henriques Vidigal —
—— António Barata e Sliva ——
Dr. José Barata Corrêa e Silva

Eduardo Barata da Silva Corrêa

O | | DiREcTOR/EDITOR E PROPRIETARIO as
a Esuarioo Sarita ia Filha Coneia Ta. PORTELA FO
rá [| — REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO —— CAs E La
m|| RUA SERPA PINTO-SERTA ERAM
fal RE SER Sea : Ee TELEFONE
« PUBLICA-SE ‘ÀS’ QUINTAS FEIRAS 112
mig sÊ t THE ao = o 7 dg: Ea e = e a
NO MIT | Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarca da Sertã: concelhos de Sertã | qr Elis
j Oleiros, Proençar-a Hoy e Vila de Rei; e freguesias de Amêndoa e Gardigos (do concelho de Mação) 1942
ZA ATL A data do Nha .

;« PORQUE não há-de à Ser-
ó «P tà ter uma Escola “de
Ensino Técnico Profissional»
Eis a preganta que o nosso
amigo sr. João Parinha: Fix
gueiredo, residente em Lisboa;
lança hoje, por nosso intermés,
dio, aos, quatro ventos, como se.
êste hebdomadário fôsse trom
beta clangorosa,para que to.
dos os sertanenses, sem excep-
ção, secompenetrem»de»mais:
nma grande necessidade da sua
ferra, que precisa, de dar a
grande parte dos seus filhos —
não um curso’saperior, porque
isso tem de ser primazia; do
dinheiro e da inteligência e se
esta suplanta aquele fica sem
efeito o argumento por abso.!
luta impraticabiltdade e des-
conexão e porque o: País; não.
pode, apenas, forjar dontores—

uma preparação técnica, com|.

algumas bases intelectuais, de
forma que, em condiçõesacen :
tuadamente sob o ponto devis-;|
ta económico é sem se arreda-,
rem do labor diário, possam,
alcançar as aptidões, saber e
experiência indispensáveis à
profissão gueescolherem, “>
E’ de flagrante oportunida-!
de o problema abordado, pelo
sr. Figneiredo e por isso, pu
blicando em fundo o sem arti-
£o, reconhecemos à importân-
cia de que se reveste. à Será
lido com cepticismo por mut-
tosP E’ natural e evidente. Mas
outros há que darão ao caso
o valor que êle têm e mereçey
– porque é sabido que não está:
nem fignra na série de coisas
absurdas, destinadas, tão Sô»
menite, a entreter Ótiós… –
Pode ser ama realidade abrir!
uma Escola de Ensino, Técnico
Profissional na Sertã se se con-|
jugar um determinado número
de factores para ‘o efeito. 4º
épocaacinal procira demons-
trar quesa prosperidade fatos)
ra se confinará à agricaltara
e indústria e ao comércio, êste
intermediário daquelas, sen
cordão umbilical digamos. Só
aos, indivídnos com vocações
muito especiais e acentuados
dotes de inteligência será .fa-
cilitado o ingresso nas Uni
versidades, ;
De forma de, à grande mas-
8 fo Juvehtúde, resta à pres
páração técnita para a indús-
tria e agrichllara, Isto é assim
e os árgumentos em contrário
não colhem «+
A Serta, pela sua posição,
tem inegável direito a que nela
se crie uma escola da natureza
apontada. Não possue hoje fá- |
bricas, certamente por culpa
de alguns dos seus naturais
que, noutras épocas, se opase-
ram à sua instalação, estapi-,
damente convencidos de que a
idéia viria prejadicar os seus
interêsses de senhores feudais
e queos servos da gleba se
emancipariarm… esquecendo o
valor das ribeiras, que estra-
nhos, mais espertos, sabem
aquilatar inteligentemente, ar»

formação que no Mundo;se está fas.
zendo e voltemos a nossa. atenção
para a Sertã, lago ;
E” de transcendente importância q as:
sunto que nos, propomos abordar, por se
tratar da formação intelectual do operário
Sertanense, pus | OS tuas DSO
Bom seria que alguem de:reconhecida
responsabilidade no: nosso meio, ‘secundas-
se o nosso, grito; e, de tal modo, que as
forças vivas da terra se juntassem’ em prol
(de tão justo melhoramento. | H
| E uma necessidade que veimpõe na
Sertã a criação de uma êscola-do Ensino
Técnico Profissional, ,
Demonstrou-o’o IV Congresso Beirão
através: do mostruário Sertanensó-expos-
to no grande reomto de Castelo Branco,
Demonstron-o o;grande espirito’regios
nalista de Sua Ex.’, o Sr. Dr.iJaime-Lopes
Dias .através da sua famosa abra’em 2 vo-
lunios respeitante aquêle Congresso.
| Demonstra-o a densidade da população
flo Concelho e da’Comarca, as inesgotáveis!
riquezas do solo; sub-solo, a flora e muito
em:especial a hulha branca, oferecida pele
natureza à Sertã eque esta, cega, ‘não que-!
re aproveitar, Sed asone na se
São as labori sas tecedeiras com seus,
teares, que habitam as vilas e aldeias que,

E Sormação au por momentasia trane-,

Porque não há-de a Sertã ter uma Es-
cola do Ensino “Técnico Profissional ?
«EE gm sa

FERIAS SI JA

Na vanguarda de todo êste cortejo de
“argumentos seguem os modestos, mas alti-
vos. no seu prestígio, operários das indús-
trias de. marcenaria, carpintaria, serralha-
ria, pintores e por último os manufactores
de. calçado, .etc,, etc, que sem qualquer
factor de conhecimentos técnicos tão bem

“pavuberam e sabem colocar o nome da Ser-

tã Artista.

São tantos os elementos que justificam
o direito que assiste à Sertã de: possuir
uma escola de Ensino Técnicu Profissional
que, ‘ao enunciá-los, por si só encheriam o
deminuto espaço que nos propomos ocupar
no nosso jornal a bem da Sertã,

“Pois bem:

” Encontra-se no Ministério da Educa-
ção Nacional uma Comissão, composta por
ilustres professores e insignes mestres tra-
balhando na reforma do referido ensino. O
momento é propício para se actuar junto
do Govêrno da Nação.

Este, consciente dos direitos que a
cada um pertencem, não deixará de aten-
der a Sertã em tão justa aspiração, se as
Escolas dêsse ensino forem ampliadas como
‘parece demonstrar, dada a sua reconhecida
Utilidade.

circundam a Sertã, sede da Comarca,

João Farinha de Figueiredo

|idosidas capelanias próximas com

Entamente, em toda à exten-)
SO, gama pi o ) a

A Sertã possue apenas pe-
Quenas indústrias, insuficien-
fes para a impor e fazer criar
si Ra «são
perfeitas e os produtos manu-
facturados ro dolo acaba-
mento. Mnitos operários reve-
lam. acentuada habilidade na
sua profissão, Se lhes fôsse
facultada chidadosa prepara-
ão técnica desde crianças, mal
saíssem da escola primária
i(guemuitos não fregiientaram),
êstes homens, pela sua activi-
dade e competência, constital-
riam elementos ide alto;valor
na classe, encontrando, na sua
carreira, a prosperidade a que
têm direito,

VIDA RELIGIOSA

Não obstanfe o tempo não se
apresentar seguro, a procissão
das velas realizou se, na Sertã,
na noite de 12 do corrente, como
‘de costume, sendo imensamente
concorrida de fiéis, muitos vin=

“as suas bandeiras, É
Na 3º, 4º e 5.º feiras da se
mana passada também houve as

tradicionais ladaínhas a Santo,
António, S, João do Couto e |
S, dos Remédios,

VINHAS

Chegam-nos aos duvidos ths
zuns-zuns de que alguns lavra-
dores, estão , aflitissimos «por ha-
verem sido intimados a arrancar
determinado número de bacelos,

lantados sem licença, Ora, a
legislação sôbre o plantio da vi-
nha tem sido lârgamente tratada
na Imprensa, da diária aos pe-
quenos semanários, e até nós já
femos ventilado o assunto pela
Importância de que se reveste.
Parece, por isso, que tôda a gen-
te deveria saber que as novas
plantações, excepto as de substi-
tuíção e as destinadas à produ-
ção de uva de mesa, dependem
de autorização superior. Mesmo
Os, que não lelem jornais, por
Avesos à leitura ou, por analfabe-
tismo, devem conhecer estas coi-
sas .por- ouvir dizer aos amigos
e vizinhos. De resto, o desco-
nhecimento da tel a ninguém
Aproveita.

“Muitas vêzes aqui temos dito
que à nossa região ‘é pobre em
vinha, que na generalidade o
plantio e amanho representa en-
cargo sem compensação, que o
vinho produzido, nos anos mes
lhores, não dá para um terço do
consumo normal, Enquanto, pos
rém, as entidades que superin=

tendem no assunto não substituí-
rem a proibição geral e absoluta
do plantio por uma disposição
que melhor se acomode à natu-
reza da região, por um regime
excepcional que as condições im-
põem como meio de defesa e
protecção, não há outro remédio
Senão cumprir a lei, Daqui não
há que fugir e quem fizer o con-
trário sofre amargos de bôca,

Aqui está um assunto que o
Grémio da Lavoura pode procu-
rar resolver quanto antes a bem
da nossa agricultura, Uma expo
sição dirigida ao sr. Ministro da
Economia, devidamente funda-
mentada, não deixará, por certo,
de ser atendida na medida do
possível, porque o Govêrno preo-
cupa-se com os interêsses da
agricultura, Se, algumas vezes,
um diploma vem brigar com res
peitáveis interêsses é única e sim-

lesmente porque, ao elaborá-lo,
altaram elementos, que, conhe-
cidos é considerados, evitariam
a generalização.

Em confirmação do que alega:
mos, cremos que ninguém põe
em dúvida a diversidade de con-
dições geológicas entre o Riba-
tejo, por exemplo, e a Beira
Baixa; se o terreno, ali, é pro-
feio à plantação da vinha em
arga escala, aqui sucede precisas
mente o contrário.

NDAM todos tão confusos e
assarapantados com as
notícias da guerra que, há dias,
um diário do Pais informava,
em destacado título, que em
Budapeste tinha havido mani-
festações contra a Hangria..,
Ora isto só de encomenda |

BM Fátima juntou-se, êste

ano, ama multidão enor=
me de peregrinos, maior do
que habitualmente. As cerimó-
nias religiosas atingiram uma
solenidade que dificilmente se
poderá exceder, reiinindo-se,
no local, muitos príncipes da
Igreja Católica,

E” carioso notar que alguns
milhares de fiéis fizeram a
viagem a pé, não se poupando
às fadigas de uma longa e pe-
nosa viagem, quási sempre sob
o mau tempo. Da freguesia da
Sertã e circunvizinhas também
foi bastante gente,

MO

DURANTE a semana passas

da cain quási sempre uma
chuva miiidinha, de molha-par-
vos, enfadonha e aborrecida, e
com ela voltou o frio, am tan=
to ou quanto desagradável,
gue exigin nova mobilização
de brazeiras e de agasalhos já
postos a recato.

Os batatais vão bonitos, pa-
recendo pouco ou nada terem
sofrido com a reviravolta do
barómetro, enquanto que as
videiras ressentiram-se um
pouco. Isto é, pelo menos, o
que nos têm dito algans lavras
dores, fartos de saber, por
experiência própria, o quanto
são amargas estas bruscas e
inesperadas alterações do

tempo.
De

APRESENTAM já um belo

aspecto as roseiras postas
à margem das estradas, na
Sertâ e periferia. Com as suas
pétalas de côres vivas, em que
sobressai o vermelho aveladas
do, as rosas têm beleza e en«
canto inexcedíveis,

O dia de 5.º feira da Espiga

apresenton-se carrancndo,
chnvoso, agreste, frastrando
os melhores projectos de um
passeio aos campos e de uma
Jantarada, ao ar livre, com a
família,

OS comerciantes e industriais
da Sertã procederiam loms
vavelmente se À passagem dos
fanerais, pelas suas ruas,
mandassem encerrar as metas
portas dos estabelecimentos.
Uma manifestação de respeis
to pelos mortos, que cai bem e
é acatada por tôda a parte
expontaneamente,

Este número foi visado pela
Comissão de Censura de Castelo Branco

 

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Ferreira do Zezere . . .| 910
Calçadas UNA O rs | 9,4
“Tomar 6) |
Tôrres Novas . .. | 10,50
Pernes ZM AZ E . GEN,
Santarém o Res | 12,10
Cartaxo. au! RR O Tl 13,00
Vila Franca,. . To.) 14,05

HRS”
E 4

Horário da gate eira de A entre ea e pstoa

as 4

Ohog.

Part. | Ohog-| Part,

“ |oneg.| Part. | Ohog. | Part.

Sertá-(Rua do Vale) +. . .) —
Sernache do Bonjardim . .| 805

Lisboa (Av. Alm. Reis, 62-H).| 15,15
pia logos

Efectuam-se :

voe DE-SPARA ALHEIA —
Antero de Quental

Era não só uma inteligência mas
uma alma também. O bem estar, O
equilíbrio do deve e do haver não po-
diam servir de meta às suas aspirações;
a vida não a compreendia êle resumida
aquilo: a que o maior número, conscien-
te ou inconscientemente, a resume ago=
ra; — dois dias que é preciso passar da
melhor maneira.

Antero era um poeta e os poetas
não são dêsses, Porque Antero não foi
um filósofo, Foi uma vítima, um már-
tir da filosofia, é preciso notar, é pre-
ciso não esquecer.

A filosofia pode servir de refúgio
aos espíritos superficiais que não sen-
tem fortemente a necessidade de crer.
Pode servir e serve quási sempre. Aos
espíritos superiores, aquêles que inter-
rogam e desejam compreender e dese-
jariam saber-não VE foi o caso de An-
teros.

(A filosofia. não o satisfez, não o
imunizou de dúvidas, não o afastou da
tragédia da vida, antes O lançou na
tragédia quer a sua própria vida sem

elis.

Agora é é diferente e Anteros há pou-
cos e cada vez menós. Ninguém crê em
nada senão” no dia que passa, A Fé,
mesmo a Fé em Cristo, tão apregoada,
émuito mais superficial do que se cui-
da, Não há sinceridade na crença apre-
goada de muitos cristãos. Há cálculo,
modo de viver ou modo de vida, uso,
hábito — mas hábito que não faz o
monge. Marcam-=se atitudes como quem
marca lugares. Mas é tudo ou quási
tudo por fora; vida interior ninguém ou
quási ninguém a tem.

A geração de Antero, embora viras-
se costas à tradição e à Fé, continuou
avfazer vida interior. As suas interro-
gações não podiam ter resposta, Per=
dijam-se no vácuo. Porque o universo
sem Deus é isso — é o vácuo. Mas as
interrogações eram angusfiosas e sin-
ceras. E foi possível Antero. Depois
veio.o hábito de não querer interrogar,
a indiferença pélas coisas sérias, a épo-
ca do fingimento, da futilidade é do
prazer,

E” quási certo que, se vivesse hoje,
Antero de Quental seria um aníma! im-
portante, impostor, académico é imen-

samente feliz.
(De O Minhoto)
Orira

OS AMIGOS DA «COMARCA»

(O sr. Ezequiel: Lopes Ribeiro,
de Proença a-Nova, teve a ama
bilidade, que muito agradece-
mos, de indicar para assinantes
o Grémio Recreativo Proencen-
se.e.osr. Luiz Pereira Marçal,
da mesma vila,

Fábrica do Fogos do Artlco
| À Pirotecnica. Sertaginenso |

= DE =
JOSÉ NUNES E SILVA
SUCESSOR

João Nunes da Silva (Maljoga)
Sortã’- (Beira Baixa)

Encarega-se de todos os tra.
balhós da mais moderna pirotes
cnia em todos os géneios,

Grande variedade de foguetes
de fantágia e «bongquets»,

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9,45 | 15,00 1 15,00 | Santarém õ –
10,05 | 15,10 | 15,25 | Pernes +.

10,55 | 16,10 | 16,15 | Tôrres Novas,

11,30 | 16,50 | 16,50 | Tomar : .
12,30 | 17,30 | 17,40] Calçadas, o ”
13,05 | 18,10 | 18,15 | Ferreira do Zezere .

14,10 | 19,15 | 19,20
— |20,25| — | Sertã (Rua do Vale)
psdhados| ds 2 feiras Efectuam-se :

A-propósito-da nova Exposição
A Galalite

Detodos os materiais Sintéticos, O 0s-
so artificial da marca repistada. Gala-
lite pertence às matérias «industriais
mais antigas e melhor introduzidas no
mercado, em virtude do seu vasto em-
prêgo e da sua, relativamente, fácil ma-
neira de ser trabalhado, não só na Ale-
manha, como em tôdas as partes do
Mundo onde existem indústrias de ma-
teriais sintéticos,

Logo a seguir à sua invenção, há 45
anos, a Galalite obteve um enorme su-
cesso por poder fabricar-se em tôdas
as côres imagináveis dêsde as mais
claras às mais escuras e nas lindas imi-
tações do mármore. Também se con-
seguem magníficos efeitos de brilho se-
melhantes à-sêda e à madrepérola,

A Galalite adquiriu renome mundial
por ser inodoro, não ter sabor e não
oferecer perigo de fôgo. Pode furar-se,
serrar-se, limar-se facilmente, Polida,
a Galalite, atinge tons magníficos,

Examinada a Galalite sob o valor ma-
terial bruto, vejamos agora a sua apli-
cação em artigos manufacturados.

às excelentes qualidades da Galalite
permitem um vasto emprêgo do mate-
rial. Fabricam-se ; placas de 40×50 cm.,
conforme as côres, de 2 a 12 m/m de
espessura ; Varetas de aproximadamen-
te 1 metro de comprido ; tubos nas me-
didas que forem encomendadas e con-
forme as possibilidades de fabricação ;
discos, para a fabricação de botões, em
branco, prêto, azul marinho, nos tama-
nhos e espessuras mais usados; boiões,
dêsde o botão mais simples aos mais
finos e elegantes; bringitedos: dados,
dominós, pedras para O jogo das da-
mas, etc,; artigos de escritório: canetas
de tinta permanente, lápis, canetas, fa-
cas de papt], etc., pérolas: colares, pen-
tes, adôrnos para cabêlo, e vários uten-
sílios, tais como calçadeiras, cabides,
objectos de manicure, cabos de talheres,
palhetas para colarinhos, estojos para
«baton» € muitos outros.

HE.)

Vendem-se as seguin-
tes propriedades: .

Casa conhecida pola
«Quinta de SantajCruz»,R/C
e 1.º andar, jardim e quintal,

—Casa de R/C e 1.º an»
dar, sita na rua da Boavis-
ta. Antiga casa Chico Tei-
Keira,

— Casa em Milheirós, com
água corrente e horta toda
murada. Antiga casa de Mau
nuel dos Santos Antunes,

— Propriedade A estrada
dy, Quintã, conhecida pelo
Canado, Tudo terreno de
cultivo. Oliveiras, Vinha: e
Arvores de fruto,

— Vende-se: Um carro de
parelha e respectivosarreios.

Trata-se em Sernacheo:
Nos Escritórios de Libânio
Vaz Serra, .

Francisco Martins
MARCENEIRO – SERJÃ

Encarrega-se da const-ução e re-
paração de mobílias e ‘de qual»
quer trabalho respeitante à sua,
arte, Encontra-se habilitado é exes
cutar todos os serviços da conse,

Lisboa (Avs- Alm, Es» 62-H) | — 6,30) — | 10,00

. =| 735 | 7,40] 11,05 | 11,10
5 840 | 8,45] 12,10] 12,15
9,15 | 9,20 | 12,45 | 13,05
«| 10,00 | 10,00 | 13,45 | 13,45
Ê «| 10,35 | 10,35 | 14,20 | 14,25
. «| 11,20 | 11,30 | 15,10 | 15,20
a «| 11,40 | 11,40 | 15,30 | 15,30
. «| 12,10 | 12,25 | 16,00 | 16,10

Sernache do Bonjardim «| 13,20 | 13,35 | 17,05 | 17,25

poco a|113,55)) oiee |7445)| =
03 domingos [082,24 40º go?

AVIS

Carlos Martins, Conser-
ivador do Registo Pre-
dial e Comercial e Pre-
| sidente da Câmara Mu-
“nicipal do Concelho de
Sertã :

FAZ SABER, em cumpri-
mento de determinação do Ba.”º
Governador Civil do Distrito,
que o horário de abertura e en-
cerramento das tabernas, a par
tir do próximo dir 15, pastará
a ser o seguinte:

Desde as 7 às 21 horas nos
méêses de | Novembro a Março,
inclusivê e das 6 às 22 horas
nos demais,

Somente durante o período
de adiantamente de duas horas
(1 de Maio a 15 de Agosto) o
encerramento se aço às 22,30
precisas,

Os E naoraerálica das taber-
nas que consentirem clientes ou
quarsquer, jreguentadores | nos
seus estabelecimentos após aho-
ra de recolher, ou que permiti-
rem a fregilencia amenores, com
transgressão do artº 24º do
Regulamento Distrital, ficarão
sujeitos, além das multas pres-
critas no referido Regulamento,
à pena de encerramento tempo:
rário ou defini ivo da taberna,

E para constar se passou êste
e outros de “igual teor que vão
ser afixados nos lugares públi
cos do costume,

E eu, António Cardoso Pir-
mino, chefe da Secretaria, o
subscrevi,

Sertã e Paços do, Concelho,
12 de Maio de 1942,

O Presidente da Câmara,
Carlos Martins

Oficina de Reparações de
Hiáquinas de Costura.

Compra e venda de máguinas
de costura, em 2.º mão, nas me-
lhores condições de preço,
Venda de peças para máquinas
de qualquer | marca, incluindo
«Singer»,

E’ garan! lido por 5 anos o fun
cionamento de qualquer máquina
saída destas oficinas. V. Ex. fi-
carão bem servidos, ‘dando por
útil o gasto de dinheiro com qual-
quer transacção ou reparação.
Deseja a sua máquina de costu-
ra afinada ou pintada ? Dou tôdas
as garantias de bom acabamento,

Por um simples postal, peça
tôdas as informações necessárias.

José Antônio ta Fonte
Enire-a-Serra (Sertã)

Papel para embrulho

trução civil

-Vende-se nesta Redacção,

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muito por onde escolher. Garantimos-lhe que nas melhojes con.
— dições económicas ficará ôptimamente servido. -—

ANUNCIO

(22 Públicação)

No dia 23 do próximo meg de
Maio, pelas 12 horas, á porta do
“Pribunal Judicial desta comaroa
da Sertã, em virtude da carta
precatória vinda da Comarca de
Castelo Branco e extraída dos
autos de execução sumária que o
exequente João Tomé, casado,
comerciante, residente na cidade
de Castelo Branoo move contra
o executado Domingos Cargalei-
ro, casado, proprietario, residen-
te no logar das Rabacinas, fre-
guesia dos Montes da Senhora,

|| concelho de Proença a Nova,

hão-se ser postos pela primeira
vez em praça, pára Serem arre»
matados’ pelos maiores lanços
oferecidos, superiores aos valores
que adiante se Indícam, oa
guíntes prédios pertencentes no
referido executado, a saber :

PRÉDIOS A ARREMATAR

1.º— Uma terra com oliveiras
aita ao Barro, limite das Rabas
oinas, freguesia dos Montes da
Senhora, descrita na Conserva-
tória do Registo Predial respeoti-
va sob o n.º 28,203 e insorita na
matriz respectiva sob o art.º
15.325. Vai pela primeira vez á
praça no valor de mil quinhentos
e dezoito escudos 1,5183500,

2.º—Uma terra de cultivo com
oliveiras, aita pa Fonte, no povo
de Rabaocinas, limite da freguesia
de Montes da Senhora, descrita
na Qonservatória do Registo Pre-
dial respeotiva sob o n.º 28,205
e: dnscrita na respectiva matriz
sob o art.º 15,029. Vai pela pri-
meira vez á praça no valor de
dois mil quinhentos e cincoenta
e seis esoudos e quarenta centas
vos 2.65694L.

Bº—Uma terra de oultivo com
oliveiras, nas Sarnadinas, desorie
ta na Conservatória do Registo
Predial respeotiva sob o n,º
28,204 e insorita na respectiva
matriz sob o artº 16.989, Val
á praça no valor de mil cente e
dez escudos 1,110500,

Sertã, 30 de Abril de 1942,
Verifiquei
O Juiz de Direito,
Armando Torres Paulo
(O Chete de 2.º Secção,
Angelo Soares Bastos

AVISO

Carlos Martins, Conser-
vador do Registo Pre-
dial e Comercial e Pre.
sidente da Câmara Mu-

ge nicipal do Concelho da
Sertã :

Em conformidade com o ofí-
cio nº 736, de 4 do corrente
do Centro de Mobilização de
Infantaria N.º 15— Tomar dá,
por êste meio, conhecimento a
tôdas as praças licenciadas e
domiciliadas na área dêste con-
celho da disposição 4.º das Ins-
truções para a Escrituração
dos Registos de Matrícula, que
é do teor seguinte :

«Os militares são obriga-
dos a apresentar na Unida-
de ou Estabelecimento Mili-
tar em que se escrituram os
Seus registos, 08 documentos
comprovativos dos averba-
mentos que devem ser re-
gistados na casa—designa-
ção do estado civil—da sua
tolha de matricula, dentro
do prazo de um môs, a pars=
tir da data em que se deu o
facto a registar. Quando
assim não procederem, fica-
rão sujeitos a procedimento
disciplinar e obrigados a re-
querer ao Ministério da Guer-
ra o respectivo averbamen-
tc»

Em, virtude desta determi-
nação devem as praças apresen.
tar no acto da Revista de Ins
pecção, que está em curso, os
Boletins de casamento e de nas-
cimento dos filhos,

Para conhecimento dos inte-
ressados se afixou êste e idênti=
cos nos lugares do costume, E
eu, António Cardoso Firminio,
Chetede Secretaria, o subscrevi,

Sertã, 18 de Maio de 1942,

O Presidante,

Carlos Martina

antónio da Silva lourenço

acaba de abrir uma

SECÇÃO DE OURIYESARIA
JOIAS, OURO E PRATA

Interessantes e magníficos artigos, de
finíssimo gôsto, próprios para brindes

Compra cvende ouro e prata em segunda mão

RUA CANDIDO DOS REIS — sertã

 

@@@ 1 @@@

 

Recibos devolvidos de, Angola

Dos recibos que enviámos à
cobrança a diversos assinantes
daquela colónia, por intermédio
do Banco de Angola, com sede
em Lisboa, vieram devolvidos
os que passamos a indicar, o que
nos causou estranheza e, pior do
que isso, prejuízo, resultante da
falta de recebimento de impor-
tancias com que contávamos para
ir impulsionando o barco e de
encargos inerentes à cobrança.
Esperamos que todos se apres-
sem a enviar-nos o dinheiro,
que nos faz falta, poupando nos
o trabalho e despesas de uma
nova cobrança,

Quem não quere assinar, não
assina, devolve o jornal, mas
tem obrigação de pagar o que
deve, Desculpem de falarmos as-,
sim, mas nós não gostamos de
situações dúblas, preferindo fa-
lar claro para que todos nos en-
tendam, como é próprio de bei-
rões que se presam.

Se alguns assinantes deverem,
actualmente, importância que-ex-
ceda a dos recibos devolvidos,
recomendamos a remessa de uma
maior quantia, para o que basta
lembrar que já foi expedido, até
esta data, o n,º 294.

A todos, agradecemos a mes
lhor atenção ao nosso pedido,

Abílio Fernandes Garcia, Ben
guela, 259/308, 538; Afonso No-
gueira, Uigi, Rai des 538; Antó-
nio Lucas Martins, Luanda,
243/92, 538; António Luiz da
Silva, Nova Lisboa, 214/313,
1068; Guilherme Farinha Leitão,
Luanda, 225/74 538; Hermano
Martins e Silva, Lobito, 262/90,
328: João Fernandes Baptista,
Lobito, 220/69, 538; Joaquim
António Branco, Vigi- Bembe,
243/92, 538, José Antunes Por
tugal, Lobito, 252/301, 538; José
da Rocha Mateus, Lobito- Babae-
ra, 237/86, 538; Manoel Lucas
Martins, Lucala, 243/92, 538.

Notas da Sociedade

Teve o seu bom sucesso, no
dia 12, dando à luz um rapazi-
nho, a sr.º D, Laura da Concei-
ção Saldanha Firmino, dedicada
espôsa do nosso amigo sr. dr.
Antônio Caldeira Firmino, digno
Chefe da Secretaria da Câmara
Municipal. E

Mai € filho encontram-se bem.

Vindo de Lisboa, chegou à
Sertã na 6.º feira, acompanhado
de sua espôsa, o nosso amigo
sr. Adrião Morais David, que
vem repousar e convalescer da
grave doença que profundamente
o abalou há poucas semanas.

Que tire o melhor resultado da
sua vilegiatura, conseguindo o
restabelecimento de que necessi-
ta, são os nossos sinceros votos.

Apresentamos-lhes respeitosos
cumprimentos.

Apraz nos noticiar que se pode
considerar livre de perigo, ainda
que continue muito doente, a sr.*
D. Hermínia Luíza da Silva, es-
pôsa do nosso amigo sr. José
Guilherme, do Cabeçudo.

Desejamos o seu rápido resta-
belecimento.

HD
Agradecimento

José Nunes da Silva, sua espo-
sa, cunhada, filha e sobrinhos,
veem por êste meio agradecer a
tôdas as pessoas que acompa-
nharam à última morada sua mãe,
sogra e avó, Emília do Carmo
Nunes. Estende-se o mesmo re
conhecimento de gratidão aos
Ex,Ӽ* Comerciantes que encer-
raram as suas portas à passagem
do funeral, facta ocorrido no dia
10 de Abril passado em Serna
che do Bomjardim.

Nesperal, 10 de Maio de 1942,

A comarca da Sertã

Caiações

Em sessão de 6 do corrente
resolveu a Câmara intimar vários
proprietários de prédios, que não
procederam à caiação ou pintu-
ra dos mesmos dentro dos pra-
zos prescritos, a fazerem-no den-
tro de 30 d’as,

Inúmeras vezes se convidaram

e intimaram alguns senhores pro-
prletánios a cumprir o dever que
hes incumbe de dar um pouco
do seu esfôrço em prol do alin-
damente da vila— limpando as
fachadas das casas e os muros
vergonhosamente imundos — e
outras tantas êles fugiram com
o rabo (à seringa, fazendo ou-
vidos de mercador | Será desta
feita ? j

Hum! Hum! Temos as nossas
dúvidas.

E como a Câmara deve ter a
paciência exgotada, talvez — al-
vitramos nós — seja melhor man-
dar fazer as caiações a eito e
apresentar a conta Depois,
S. Ex.*”, não tém outro remédio
senão pagar e… não bufar |

Para grandes males, grandes
remédios. 3

ARTUR CALDEIRA RIBEIRO

Faléceu. em Vila Pery (Africa
Oriental) o sr. Artur Caldeira
Ribeiro, de 62 anos de edade,
natural de Sertã, filho da Ex.”*
Sr D.-Maria Cristina de Figuei-
redo Caldeira Ribeiro.

<n ge

Consumo mínimo da

família, por niês

Terminou ontem o prazo da
entrega, na Secretaria da Câma-
ra, do impresso do «Consumo

informação dada no penúlimo
número e avisos expostos nos
locais do costume,

mínimo da família», conforme),

O GRAVE PROBLEMA
DOS TRANSPORTES

A Companhia de Viação de
Sernache vem lutando, dia a dia,
coma falta sempre crescente de
combustíveis para manter, com
certa: regularidade, as carreiras
de camionetas de passageiros de
que é concessionária, Assim, a
carreira entre Castelo Branco e
Sartã, de diária passou, há sema-
nas, a ser feita, entre aquela ci-
dade e esta vila, às 3.º, 5º e
sábados e, em sentido contrário,
às 2,”, 4º e 6.º feiras; e entre
Castelo Branco e Coimbra ficou
agora reduzida a dois dias por

Coimbra para Castelo Branco às
2º e 4.ºº feiras.
Aquelacompanhia recebe actual-
mente 1000 litros de gasolina por
mês, de modo que só à custa de
enormes sacrifícios é que man-
tém os horários; mas êstes sa-
crifícios, evidentemente, não se
podem prolongar por muito tem
po. E perante a insistência de lhe
ser fornecido, pelo menos, o ga-
sóleo necessário às viaturas que,
diâriamente, transportam as ma-
las do correio, nada tem conse-
guido. O facto causa enorme
transtôrno porquanto as regiões
percorridas pelas carreiras da-
quela emprêsa não são atraves-
sadas por linhas férreas e não
dispõem de qualquer outro sis-
ema de transporte de passageiros.

ro
Automóveis de aluguer
A Câmara Municipal fixou em
1850 e 2800 por quilómetro, res-
pectivamente, o preço de aluguer

dos automóveis de praça de 3 a
4 logares.

Postais com vistas da Sertã
(EDIÇÃO PRIMOROSA)
Vendem-se nesta Redacção
Colecção de 7 postais — 7300

Manifestação feita a 8, Ex.” o
* Sr, Governador Givil pelo
Grémio. Recreativo
Proencense

‘PROENÇA-A-NOVYA, 11 — Mais
um trianio, mais um dia de .gl

ria, ficaram a ilastrar as páginas!

da existência desta prestimosa colec=
tividade que completa êste ano o sea
13.º aniversário da saa lundação, com
a manifestação feita no Sr. Governas
dor Civil que a-fim-de inaagurar o
novo e magestoso edifício escolar se
dignou ontem visitar esta vilas

‘s 8 horas chega a vila a Filarmó=
nica Sertaginense que depois de per=
correr as principais ruas é recebida
na sede do Grémio Recreativo Proen=
cense, onde lhe são dadas as boas
vindas pelo sr. Laiz Pereira Marçal,
em seguida falou o sr. Ezequiel Lopes
Ribeiro, que focou a necessidade que
há na existência da estreita amizade
que deve unir os dois concelhos vizi=
nhos e em especial estas duas colecti=
vidades, o mesmo fol dito pelo sr. Com
mandante da Legião Portagaesa, ca
pitão. José Martins Ribeiro que brin=
dou pela união dos dois povos. Em
nome da Filarmónica Sertaginense,
agradecea o sr. Anibal Correla, que
nam vibrante; e eloquente discarso,
foi aplaudido por todos os Proencen=
ses presentes, é êm seguida foi Bervim
do aatodos os componentes da Filarm

mónica um p lanche.
Como a q do Sr. Governa=
dor Civil cada para as 13

boras, muito iantes dessa hora já na
sede, do Gr se encontrava a
malor parte seus sócios afim-de
se encorporarém no cortejo como
préviamente estava anunciado, e as=
sim todos os sócios do na lam
pela do:casato as cores da colectivi=
dade que representam, formam de=
ironte da saa sede tendo à frente am

rande dístco onde se lla: O Grémio

ecreativo Proencense, saúda S,
€x. o Sr. Governador Civil,

A menina Idalina Gonçalves Fer
nandes levava o ramo de flores que o
Grémio oferecia ao ilastre visitante e
a segalr ia o estandarte desta agres
miação o qual é feito em seda nas cô«
res Verde e Branco, cajas côres re=
resentam : Verde a esperança e Branm
co à paz, tendo ao meio bordado a
seda um leão que representa a fôrça,
Depois de tado em ordem a Filarmó-
nica Sertaginense alinha a segair e
executa o Hino do Grémio que é can=
fado por todos ps sócios € assim se

põe tudo em marcha trianfal’até ao
local onde era aguardada a chegada
do Sr; Governador Civil.

Apesar da chuva que caía impledo=
samente, logo que foi ananciada a
aproximação da chegada do Sr. Gox
vernador Civil, todos os sócios ali

ó= | nham com o máximo aprumo, e após

a sua chegada é-lhe ojerecido o ramo
de flores que 5. à aceita, o qual é
sablinhado com uma estrondosa salva
de palmas, ao mesmo tempo que rex
cebe os camprimentos de boas-vindas
que lhe são dirigidos pelo represen=
tante da nossa colectividade, em vl=
brantes aclamações a S. Ex.” e ao
Senhor Doutor Oliveira Salazar e a
todos os membros do Govêrno o cor=
tejo põe-se em marcha em direcção
à Câmara Manicipal, onde aqui são
dadas as boos-vindas ao ilastre visi=
tante, pelo sr. Alfredo Lopes Tavares,
presidente da Câmara Manicipal des
te concelho, o qual daranie 0 sea dis=
carso é maito aplaudido. Em segalda
é dada a palavra ao Comandante da
Legião Portagaesa, sr. José Martins
Ribeiro, o qual é ouvido” com geral
agrado. Depois deste Srk finalizar o
sea discurso é dada a’palavra ao re»
presentante do Grémio, sr. Luiz Pes
reira Marçal, que é alvo de ama es
trondosa ovação, O qual proferia o
seguinte discarso :

* «Exm.º Sr. Governador Civil — A
visita de qualquer personalidade em
destaque a terra sertaneja, é sempre,
como é lógico, um acontecimento dig=
no de registo.

Quando essa alta personalidade é
falero de vida e de esperança como
Y. Ex.” a mais elevada aatoridade
distrital, a dignidade que manda re»
gistar esse facto, é o significado polix
tico-social Ea

Enal ste alto go
vernativo que Y. Ex.” hoje aqui mai
dignamente representa e vem desem=
penhando com Zêlo e acrisolado amor,
significando assim as altas lunções
que acertadamente lhe foram confia-=
das é dever que já oradores compes
tentes puzeram em destaque, com brim
lho e a sinceridade que a nobreza de
carácter de V. Ex.º e a distinção do
cargo que desempenha impõem. (am
plausos)

Ea, fraco porta-vuz do Grémio Res
creativo Proencense que aqgal repre-
sento, e por isso em nome dêle falo
com apramo e todo O requinte da ver=
dade, pretendo manifestar a V. Ex.*

O nosso sincero agradecimento pela |

fentileza de ter confiado a um grapo
| ropozes novos aatorização agren

semana, 3.ºº e sábados, e de:

Marco Postal

J. — O assunto é de interêsse
e merece ser tratado com aten=
ção, Estamos plenamente de acôr-
do com o que expõe e nada nos
importa publicar, na integra, ‘a
sua carta, bordando mesmo, sô
bre êla, os comentários que con-
sideremos justos ; porém, pata O
fazermos, tem o sr. que aceitar a
condição szne qua non de nos
declinar a sua identidade. Sem
isto nada feito. Compreende que
é absurdo guardar o anonimato

‘connosco: isto, contudo, exclui

a necessidade de o público conhe-
cer o autor da carta, Entendido ?

ro
RECTIFICAÇÃO

Deve ler-se «.. sconseruência,
sobretudo, do analfabetismo e
da falta de educação moral reli-
giosa» a parte final da última
nota a lápis do número passado.
O que vale é que o leitor facil.
mente corrige as gralhas, que
nós nem sempre indicamos pela
impossibilidade de fazer leitura
atenta de todo o jornal e porque
sucede, mesmo, lermos bem o
que vem mal por ter escapado a
uma revisão cuidadosa,

Agradecimento

Augusto Cardoso apresenta,
por êste meio, visto estar impos-
sibilitado de o fazer pessoalmen=
te, sinceros agradecimentos a tô=
das as pessoas que o visitaram
durante o período em que per-
maneceu retido no leito em con-
segiência do desastre solrido e
de que resultou fractura da perna
esquerda.

A tôdas, o seu eterno recos
nhecimento.

Sertã, 15 de Maio de 1942.

Ses

ATRAVÉS DA COMARCA

(Noticiário dos nossos correspondentes)

miativa através dos estatatos que V.
Ex.º nam gesto magnânimo se dignoa
aprovar. (maitos aplausos).
Proença-a-Nova hoje em maniles-
tação de maior apreço por V, Ex.”
lasidamente em festa patenteia a sua
maior consideração e respeito como
tribato do maito que V. Ex.2 lhe tem
feito e do muito que pode esperar con-
fiada. (aplausos) E
E’ o dever do povo que em humant-
dade de pensamentos e de classes es«
pontaneamente, e de almas a vibrar
de reconhecimento e de satisiação se
desfaz em aplaasos. (aplausos)
Grémio Recreativo Proencense
ao povo se assocla.e aqui nesta sala
de honra, em apoteótica manifestação
declara a V. Ex.º que em cada sócio
do Grémio Recreativo Proencense,
tem um admirador, am arhigo grato,
que sinceramente e bem alto elevam a
sua voz saudando V Ex.?.
=— Viva o Sr. Governador Civil |»
RE delirantes).
ste discurso foi várias vezes inter»
rompido por prolongadas salvas de
palmas. Mr
O 3r. Governador Civil agradecea
depois ns manilestações que lhe fo»
ram dirigidas, e em seguida abraça o
representante do Grémio dirigindo-lhe
palavras de amizade, atitade esta que
emocionou todos os sócios desta com
lectividade.

Depois organizou-se novamente 04

cortejo em direcção ao-fiovo edificio
escolar a-fim-de ser Inaugurado, sem-
pre no meio das mais entuglásticas ma-
nifestações. ,

A Filarmónica Sertaginense prestou
O seu concurso ‘e como era de esperar
agradou plenamente e à saída desta
vila percorreu algumas ruas execatando
e Hino do Grémio, o qual era cantado
pelos sócios desta colectividade.

Com esta jornada triunfal do Grémio
Recreativo Proencense, foi mais uma
desilusão para aquêles que não querem
acreditar que o Grémio é a única co-
lectividade que existe nesta vila, que
sabe marcar sempre condignamente o
seu lugar e honrar a sua terra,

A Direcção do Grémio Recreativo
Proencense, por intermédio do grande
paladino e defensor dos interêsses da
nossa região — «A Comarca da Sertã»
— envia à Exm.º Direcção da Filarmó-
nica Sertaginense, bem como ao seu

ilustre maestro sr. António Teixeira,

– as lelicitações mais sinceras pela forma

impecável como a referida. banda pres-
tou O se

| u a esta
– manifestação, “a qual foi motivo para

| amistosas relações entre os dois prin-
– Cipais concelhos da nossa comarca.

Ezequiel Lopes Ribeiro

Festa escolar do Goncelho —
Inauguração do edificio
escolar

PROENÇA-A-NOVA, 12 — Como re-
mate das festas das escolas deste con-
celho, orientadas e acarinhadas pelo
Exm.º Sr. Director do Distrito Esco-
lar, para valorização das Caixas Esco-
lares, realizaram-se nesta vila dos dias
9 e 10 do corrente mês grandiosos fes-
tejos, com a presença do ilustre Chefe
do Distrito, Srs. Director do Distrito
Escolar, Tenente-Coronel Guedes e
outras individualidades em destaque
do Distrito, cujas festas terminaram,
depois de inaugurado o magestoso edi-
ficio escolar desta vila, com um opípa-
ro almôço oferecido ao Sr. Governa-
dor Civil,

Dos festejos realizados e dos actos
de solenidade mais em destaque, fica-
ram os ilustres: hóspedes desta vila
convencidos de quanto a mesma popu-
lação está grata a Suas Excelências,
pelo carinho e protecção que têm dis-
pensado a esta linda vila beirã.

O edificio escolar agora inaugurado,
um dos mais soberbos do Distrito, é
formado por quatro salas amplas para
o ensino dos alunos do sexo masculino,
com os respectivos gabinetes para o
professor, Isto no rés-do-chão, e duas
salas também espaçosas, com Os res-
pectivos gabinetes para o ensino do
sexo feminino no 1.º andar.

Nesta divisão está ao centro um am-
plo salão para museu do mesmo edifi-
cio, Tem a escola três alpendres e nes-
tes estão instaladas retretes e lavabos
para alunos e mestres, E

Festa escolar

VILA DE REI, 14 — Realizou-se aqui
no passado dia 26 a festa das crianças,

O dia brumoso e invernoso roubou
em parte o brilho a esta interessante
festa. Assim mesmo, compareceram os
alunos de tôdas as escolas e postosido
concelho, acompanhados das respecti-
vas professoras e regentes,

Formados a dois, com a Bandeira

‘ rente, pa-
ra a igreja matriz onde se celsbrou

missa, sendo-lhes ministrada a sagrada
comunhão, findo o que lhes foi servido
um pequeno almôço no Largo na De-
veza, local onde estava instalada a
quermesse e tombola, que não funcio-
naram em vista da irregularidade do
tempo.

Depois de algum descanso realizou-
se no Largo de Nossa Senhora da Guia
a parada de gimnástica, antes da qual
o professor sr. José Lucas Martins
exortou as crianças, futuros homens, a
cumprirem os seus deveres.

Na casa que servia de escola mascu-
lina estiveram em exposição diversos
trabalhos escolares.

A? noite, récita Infantil num improvi-
sado teatro, com assistência selecta e
numerosa,

Tanto nos números declarados, mu-
sicados e coreográficos, viu-se bem o
esforço de professoras e regentes.

Abriu o espectáculo com o quadro
vivo — «O Sonho de Nossa Senhora»
— de lindo efeito. Destacaram-se a
«Balada Colmbrã», «O exame», «Diálo-
go humorísticos, «Discussão infantil»,
«O grande problema», «Acto simbóli-
co» e diversas canções e bailados.

Terminou o espectáculo com a <Apo-
teose à bandeira», pelos alunos das es-
colas de Vila de Rei, que em bem cor-
denada afinação entoaram o hino na-
cional. Emprestou a esta festa o seu
valioso concurso a distinta amadora de
canto e música Exm.* Sr.º D, Alice
Ponces de Carvalho assim como seu
Exm.º marido,

O tempo e a agricultura

A irregularidade do tempo tem dilia
cultado os diversos trabalhos agríco-
las, assim como a seca de forragens o
que traz bastantes prejuísos.

Tal como o determinou o Exm.º Mi-
nistro da Economia, tem, pelo Delegado
da Junta Nacional dos Vinhos, sido
distribuído o sulfato de cobre aos vi-
nicultares.

Tal não sucedeu ao distribuído para
a cura dos batatais, porque a Comissão
Reguladora local resolveu levar a mais
que o estabelecido um pouco mais de
$40 em quilo,

«««Do pão do nosso compadre, fatia
grande ao nosso afilhado.

— Passaram aqui bastantes romeiros
em direcção a Fátima.

— Em exercício do seu mister, esteve aqui o distinto médico-veterinário
da Sertã, Dr. Matos Neves

 

@@@ 1 @@@

H ivo á

Bendito aquele que com

Confôrto e pão ao lar dos que o não têm

Bendito o Cireneu e os que também
Andamdos tristesaliviandoa cruz!
Benditos os que são como Jesus

E sofrem, só

Glória, pois, ao Amor | Glória á Bondade!
— Ag almas simples, boas, generosas,
Em plena luz do Sol dão claridade. sê

E elas vão, benditas e radiosas
Onde se agita e sofre a Humanidade
Ceifando espinhos,espargindorosa se,

(De “A Vida Social,)

Bondade

Bendita a mão que-se abre para o Bem
E o coração a quem o Bem seduz |

“ a’Óomaroa dá Berta.

amor conduz

de ver sofrer alguém

SANTELMO MARQUES

Coisas e Loisas…

Dois operários da Sertã, de-
pois de um estudo cuidadoso,
lançaram-se, afoutamente, na
emprêsa de construir um ga
sogénio. Rapazes inteligentes,
empreendedores, bastante dedi=
cados à sua profissão, talvez
consigam êxito num empreen-
dimento-que tem mntto de lou
vável; se assim for, poderão
dar por bem compensado todo
o; trabalho dispendido, com a
importante vantagem de ver
largamente multiplicado qual-
quer empate de capital dentro
em ponco.

Por nossa parte só deseja
mos que os rapazes sejam bem
sucedidos.

Há agora, no mercado, uma
diversidade de fósforos, de ca-
ravela, de escuro, verdes, ver-
melhos, às riscas, de dois e
dois e meio tostões e caixas
com a lira só de um lado! No
fim de tado o consumidor é
que fica… comido. porque
muitos fósforos não acendem,
mas em compensação apresen-
tam a gracinha dom estalido
semi-explosivo para nos arre-

1

liart
.

Relataram os jornais que um
mariolão qualquer, em Lisboa,
tipório novo e de-certo bom
falador, dirigia. madrigais a
velhas solteironas e pretencio-
sas e, a título de lhes prome-
ter casamento, caçava-lhes di-
nheiro, jóias, papéis de crédi-
to, enfim, tudo que pudesse
servir para preparar conforta»
velmente o futuro ninho…

E as delambidas, impando
de presunção, calam como an-

jinhos! Quando deram pelo lô-.

gro já o passarão tinha pas-
sado as palhetas!

A que extremos conduz a
vaidade… e a estupidez! E
ainda por cima tiveram o des-
plante de sequerxar à policial!

Esta vida dos jornais tem a
sua faceta algo cómica! Se
nós pusséssemos aqui tado q
nú… mas não! Deus nos
uivrel : ,

Connosco têm sucedido ca-
sos picarescos quanto a devo-
luções; um porque não lhe pa-
blicâmos a prosa on os versos,

A estrada de Vila de Reia
Alferrarede

++» Sr. /Director de
«A Comarca da Sertã»

Agradeço-lhe, como vilaregen-
1 ge. O seu interêsse pelo bem des-
ta infeliz terra, como piblicamen-
te lhe chamou um patrício nosso,
falecido. Quero referir me à
transcrição que V…. fez, no
último número do seu hebdoma-
dário, do «Jornal de Abrantes»,
de que é director ojsr. Dr. Ar-
mando de Moura Neves, respei-
tante à estrada de Vila de Rei a
Alferrarede.

Acanhada para o seu-grande
movimento e com as curvas aper-
tadas que lhe dificultam:o trânsi-
to sem perigo a estrada de Vila
de Reia Alferrarede de há muito
que chama para o seu péssimo
estado as atenções públicas, par-
ticularmente dos que são obriga-
dos, pelas necessidades da vida,
a passar por.ela,

Ela necessita de alargamento-e
rectificação de êrros antigos de
técnica,

E? do nosso conhecimento que
as Câmaras Municipais de Abran-
tes, Sardoal, Sertã e Vila de Rei,
em movimento colectivo, têm re-
presentado pessoalmente e por
escrito no sentido de se obviar
aos males que vêm; de longe.
Mas quare nos. parecer que não
têm posto o problema com a in-
dispensável clareza e com aquêle
interêsse que as circunstâncias
exigem. E daí vem que nada se
tem conseguido até hoje. Nem
da conservação da estrada se tem
cuidado convenientemente.

Tantas vezes temos tentado
despertar às pessoas que o exer-
cício dos seus cargos e a sua
posição social obrigaria a olhar
pelo engrandecimento dêste con-
celho, sem nada conseguirmos,
que nos parece Inútil qualquer
nova acção da nossa parte.

Diz muito bem o sr. Dr. Ar-
mando Neves, mas Vila de Rei
nem tem nem núnca teve quem
se interessasse por éla.

Desculpem-me todos êste de-
sabalo bairrista.

Com os protêstos da minha
maior consideração

De V., etc,
Vila de Rei, 4 de Maio de 1942,
Zé Ninguém,

CRECI RESISTOR COSTDR=iCaÇaO e mad mt

Uma interessante festa no Ser-
tanenseo Patebol-Glb –

O Sertanénse Futebol Club
continua a marcar uma posição
de destaque no nosso. meio, A
Direcção actúal não se poúpa
a esforços para que a colectivi-
dade desempenhe o papel que
lhe compete em ben-fício dos
seus associados, que são algu-
mas dezenas, compreendendo, na

ali encontram uma vida sádia,
trocando, — quantos ‘dêtes |—pela
taberna, o recreio de ‘espírito
necessário, porque têm do seu
alcance à boa leitura, o jôgo fí’
cito, a música e mais umasérie
de diversões morais, Sem corre-
rem o risco de esbanjar o pro-
duto do-trabalho humilde e hon-
rado, com que têm-de prover ao
sustento: da-múlher e-dos filhos.

Na 5. feira da Espiga reali-
zouse na sede do Sertanense
uma interessante soirée, ofereci-
da, ‘por uma comissão, aos só-
cios e suas famílias: A pequena
sala de festas—e pena é que seja
tão acanhada, como, de resto,
tôdas as divisões. do segundo
andar — regorgitava de dançari-
nos, Avidos de se divertir e pas-
sar tíma noite Alegre, Havia mul-
tas pequenas bonitas, (algumas
bastante gentis, véstidas com ele-
gância-e bom gôsto, que não dis-
punham. de um, to de re
pouso: aos primeiros. compassos
da música êram arrebatadas pelos
rapazes, que surgiam de todos
os lados, dispostos a não deixar,
por mãos alheias, o seu crédi-
to… de furiosos amadores co-
reográficos! E todos êstes rapa
zes se apresentavam muito bem
vestidos, com garbo é até uma
certa elegância de maneiras que

ver, mesmo em salas de mis
alto tom…

tanense, uma alegria comunicati
va, uma óptima disposição de
espírito e absoluta compostura e
respeito. |.

Multo bom o serviço de bufe-
fe, onde havia, cerveR fresquis-
Sima e-tôdas às bebidas vulga-
res,

A?s’ duas “horas “Toi servida
uma esplêndida ceia à assistên-
cia, emuque, a-par-de saborosas
sanduíches de palio, e queijo a-
bundavam capitosos. vinhos re-
gionais, tintos e brancos,

O «Jazz-band União Sertapi-
nense» portou-se à altura, agra-
dou plenamente, contribuindo,
sem dúvida alguma, para o êxi-
to da festa, tão animada que só
terminou depois das 5 horas.

De fora, algumas meninas e
cavalheiros de Sernache, que não
se furtam em dar um salto à
Sertã para se divertir e apreciar
a sobeja hospitalidade desta ter-
ra, que é requintada na fidalguia
e Ihaneza com que recebe todos
os’seus hóspedes. E fizeram mui-
to bem. . E

Gostámos de assistir à linda

níticas impresões podem calcu-
ar-se pelo tempo qué nos de-
morámos: é que tencionando,
apenas, ir ver em que paravam
as modas, o que meia hora se-
ria mais que suficiente, acabá
mos por sair muito perto das

Que a Direcção do Sertanense
continue no seu louvável pro-
pósito de engrandecer e lazer
progredir a coleclividade, são os
nossos. desejos sinceros, como

sem que uma amável da
nossa parte lhe fizesse compre:
ender que, satisfazendo a to-
leima, o expúnhamos ao ridi-
culo !; outro porque, habitua-
do a fazer o que lhe dá na
gana, se amofinoa «o protes-
tarmos que a estrada pública
não é logradouro privado; ou
tro porque mandámos receber o
preço da assinatura devido há
um ror de meses, eto., etc,
Seria um nunca mais acabar!

O vinho ná Serta, no enrto
espaço de três semanas, tres

pou de 2840 para 2850…
2860. « 2870 e está agora a
2880 o litro, ow seja 56800 o
almude! A subir, assim, daqui
a pouco não’ lhe vemos a côr e
esquecemo nos do sabor

E venham dizer-nos que não
é artigo de primeira necessi
dade! Bebido com parcimónia,
predispõe-nos bem, estimula o

sert e seus sócios tam-
bém E conte ela, sempre, com
o nosso desvalioso apoio à sua
alta função de bem servir,

Informações aos parentés
que residem em Timor

Às pessoas que tenham paren=
tes na colónia de Timor e dese-
jem transmitir-lhes informações

apetite e auxilia a digestão,
Vão são poucos os clínicos a,
Afirmar as altas qualidades,
terapênticas do sumo paro da,

RVva,

sintéticas sôbre a sua saúde, po:
dem dirigir-se à Agência Geral
das Colónias (Divisão de Propa-
pr rua da Prata, 34:1.º, das
tasAT horas +

sua quási totalidade, operários ||
+] das mais diversas prolissões, que

A margém da guerra

Um caça inglês atacou um barco alemão à vista de Ostende
e tendo lhe acertado nos paiois o resnltado foi
tê-lo despedaçado, como se vê,

EXPLORAÇÃO IGNÓBIL

Não deve passar despercebido
inguém que uma das causas
que mais contribue parao cons=
tante agravamento do custo dos
géneros alimentícios é a ânsia de
exploração desenfreada que, se,
apoderou subrepticiamente, dos

não estimos muito habituados a

Tôda a noite reinou, no Ser-‘

relinião lamiliar e as nossas ma- |

ras que aqui, e noutras terras da
região, acodem aos mercados

vsemanais como aves-de rapina. ..

E” jima legião imensa de ‘san-
guesugas, que, com 0 seu ár
aparentemente humilde é enver-
gonhado, afectando acanhamento
mostrando-se, em suma, boas
pessoas e tementes a todos os
santos da côrte celestial, cravam

dor, -que se vê e deseja para
agiientar as imposições do estô=
mago! Essa súcia, que finge de
mártir, a trasbordar de ronha e
astúcia, exige, de mau modo, um
dinheirão Ínuco por uma penosa
anémica, porum-coelho: raquíti-
co, a pedir óleo de lígado de ba-
calhau, por um cabrito candidato
à. tuberculose, que mal se; tem
nas pernas de tanta magreza. E,
seguindo por aqui foa, sucede
outro tanto com à fruta, pedindo-
se àmá. cara, dez tostões por
uma tigela de insípidas cerejas,
com as batátas, com o queijo,
enlim, com tudo que é necessário
à trincadeira!

Alega essa gente boçal, por
velhacaria e núnca com rizão
que o riscado para.os avintais
epara as blúsias subiu três mai
réis o metro e que tudo está pe-
las horas dá morte… De facto,
o preciso para as andainas da fa-
tiota e: calçado tiveram um au-
| mento sensível, mas mantêm-se
quai Sem oscilação, os preços

o açúcar, do arroz e de mais
alguns artigos “alimentares &-
maior consumo, Mas, mesmo com
O agravamento de preço de mui-
tos artigos, a subida não atingiu
05200 e 300 por cento com que
essa gente, sem rebate de cons-
ciência, num abrir e fechar de
rolhos, sobrecarregou os víveres
que apresenta à venda, adquiri-
‘dos e produzidos com um pes
,queno e quási insignificante au-
menta de gica: As galinhas,
se dantes comiam milho para en=
gordar e fazer postura, passam

com o: esgaravatar a terra dos
uintalórios e a comer as couves
a horta… dos vizinhos, ens
trando, assim, no duro regime
das restrições |. As hortaliças,
que eram bem adubadas noutros
tempos, agora veem o adubo…
ao longe, por um óculo é, quan;
do muito, ao planta-las, deita ses
lhês um pouco de-estrume dos
suínos! E os Ai NE

dejes, vítimas da sórdida é soez
avareza dos donos, desmamam-se

inúmeros vendedores e vendedei-|

a unha no desgraçado consumi-;

agora sem êle, contentando-se |

quási à nascença e desta apre-
ciável medida económica só re-
sultam compensações: vende se
o cabrito por 70800 — que os
trouxas pagam nos, por tado o
preço!—e aproveita-se o leite.ao
máximo, misturando-ihe três par
tes de água para uma de leitée—os
doentes.e as crianças que bébam
água! — o que é um esplêndido
negócio, melhor do que uma mi-
na:de volfrâmio: e pena é que o
cabrito não possa ser estolado
em vida, que as peles, agora, es
tão por um dinheirão! Então é
que séria um riquíssimo negócio,
de encher o ôlho !

Mesmo «assim ‘ esses ignóbeis
exploradores continuam a viver
como animais, comendo um pe-
daço de toucinho e de boroa mal
amanhada, dispensando tudo que
represente comodidade, bem-es-
tar e alegria, habitando pardiei-
rosimundosdepromiscuidadecom
os porcos, desconhecendo os mais
elementares preceitos de higiene
e chamando o médico só para
passar à certidão de óbito…

Pregunta-se: — Para que que-
rem esses brutos 0 dinheiro ? Pas
ra, aferrolhar ou emprestar, com
usura, ao primeiro desgraçado
que, cheio de precisão, lhes bata
ao Errolho. E não se perdem nes:
te torvelinho que é a porca da
vida:: deitando-se com as gali-
nhas, dispõem de tempo, mais
que suliciente para em conversa
com o fravesseiro, o bom conse-
lheiro de sempre, pensar nas ma
roteiras do dia seguinte, no me»
lhor modo de esfolar o próximo,
que somos nós, o funcionário
público, o pequeno proprietário e
tantos outros. O produto do tra
balho árduo de muitos, que ‘se
estiolam nas repartições, derréte-
se. nas mãos negras de imundí.
cie dêsses que não têm outra
preocupação que não seja enri-
quecer, aproveitando-se da:posi-
ção favorável dos seis alcatru=
Zes, |

Pagamento dé assinaturas

í |
“Dignou se rêmeter 20800 para
(pagamento da assinatura até o
n.º 309 o sf, António martinho
Lopes, de Lisboa. Agtadecemos.

Agradecimento

Augusto ‘ Cardoso e mulher
vêm testemunhar, desta forma, é
porque receiam qualquer omissão,
io seu profundo reconhecimento
a tôdas as pessoas que se digna-
‘ram acompanhar à última mora-
da. sua mãi e sog a, Ana de Je.
“sus, falecida em vezembro lindo
na Cumiada, e ainda às que lhe
“apresentaram condolências,

As todas, a sua inolvidável gratidão.
| Sertã, 15 de Maio dé 1942