A Comarca da Sertã nº289 02-04-1942

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O | | DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO dor pinta À
6 Edno Sanata, da Tilva Coreia. TIP. PORTÉLLA FENÃO | <
qr Fa Ê CASTELO!
z REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO à BRANCO!
| | RUA SERPA PINTO -SERTÃ q pad
> 1) iodo TELEFONE):
< – PUBLICA-SE. ás QUINTAS FEIRAS. 11 2 Ê
ANO VI. | Hebdomadário nd defensor dos interêsses da comarca da Sextã; concelhos de Sertã E pç e
Nº 289 | Oleiros, Proença a» ova e Vila de Rei; e freguesias de Amêndoa E Gardigos (do concelho de Mação). Ê 194º

FUNDADOR E’S
v-— – Dr. José Carlos Ehrhardt —.
— Dr. Angelo Henriques Vidigal —
mm Alitónio Barata e Silva, Ps
Dr. José Baáta: Corrêa & Silva :

Ed uardo. Barata da Silva Corrêa

E

Es do

JO dia 25 de Março fez 14|

“anos que, pela primeira
vez, fói eleito Presidente da
República S. Ex.* o Sr. Gene-
ral António Oscar de Prago
so Carmona.

Admirável transformação,

quási milagrosa, se operou
na vida portuguesa após a
“ascensão de S, Ex.” à supre-
ma Magistratura: ‘do País, as-
sinalada, instantaneamente,
pelo triunfo da Ordem, sem
a qual seria impossível todo
o trabalho útil e produtivo,
Desde então, Portugal,cons-
ciente da sua missão no mun-
do, tem seguido, ininterrupta-
mente, o caminho da prospe-

– ridade material e as directri-

-Zzes dos princípios morais ba

scados no Cristianismo e na|,
A eira Justiça social, des-
* pertando se na Raça o culto.

verda:

dos nossos Maiores, que en
grtandeceram a Pátria com seu
esfôrço ingente e suas vir.
tudes.

“Nesta época de deito em
que vive o mundo, Portúgal
eferece um salutar exemplo
de Ordem, de Paz e coesão
política e moral, onde cabem

todos os portugueses, B* isso |
possível porque o Sr, General |

Carmona é o intérprete admi-
rável do sentimento nacional.
“<A Comarca da Sertã» eaú-
da o Sr. Presidente da Repá-
blica e rende-lhe as suas hu
mildes, mas, nem por isso,
menos sinceras, homenagens.

ro

(OM a vinda da Primavera |

– reerudescerão de intensida-
de os combates em tôdas: as
zonas onde se defrontam os
diversos exércitos béligerantes,
coritinnando-se, com mais ar.
dor, à sangueira e a devasta:

Ao mesmo tempo vão agmens
tando as dificuldades econó-
micas em todos os países do
mundo, a que nem os próprios

neutros. escapam, porque. as.
suas condições: de vida estão,

em grande parte, dependentes
da: importação. dos produtos
de que necessitam eda expor-
tdbão dos que lhes sobram.
dinda até hoje, não. obstante
o desénvolvimento operado nos

boratórios pelos homens de

lab
Ciência: permitindo a proda-

ção: de diversos. sucedâneos.
qualquer país conseguiu bas
ta? se a si próprio,

Dagui se pode concluir que
as nações essencialmente agrt-
colas são as que melhor podem
prover ao sem abastecimento
de géneros alimentícios.

A indústria dos países en-
volvidos no conflito trabalha
em cheio para a voragem da
guerra, que consome todos os
recursos, tôdas as riguezas,
exigindo os máximos esforços
e sacrifícios.

Luto, dores, lágrimas e fome
são a síntese da pavorosa cas
tástrote que sabvérie o mundo
pie 0

: À. taberna é o og de a Addposo e
A de imoralidade, de depravação e de
A ignomínia; asqueroso. e abjecto, o
fautor que faz descer o homem à vil con-
dição de irracional, embotando-lhe o ra-

ciocínio e a sensibilidade.

Ao dirigir-se; à. taberna pela primeira
vez, arrastado por um amigo, o homem po-
“de fazê-lo comum certo constrangimento,
sentirá, mesmo, náuseas perante o conjun- |
to sórdido e repelente que ela geralmente
oferece, julgar-se. à uum meio hostil e o
primeiro copo de. vinho. tem um travo que |

e mais outro copo, nota que o sabor é mui-
to diferente, já lho é agradável, tem uma
cia e um. prazer nefável, verifi-
cando, sem custo, que as f ras impres-|
sões provinham da inexpetiência.. «« Depois
‘os vapores subtilissimos do álcool pertur-
bam-no, fala pelos. cotovelos, com uma lo-

-destravando a lingua “ao ponto de se abrir.
bem confidências aos circunjacentes, atitu-
de que os adúira, porque contrasta com a
bisonhice que sempre lhe. conheceram!

“O nosso homem sai da tasca a camba-
lear. o a gesticular, de: olhos esgaseados,
aqui e ali arrimando-se às paredes, porque
parece que o chão lhe-foge de-baixo dos
pés, e dirige-se a casa, onde, aquela hora,
a mulher e os filhos; aflitós com a inespe-
rada demora, o esperam para a ceia; ao do-
brar a soleira da porta, resmunga palavra
ininteligiveis e dirige-se ao pequeno quar»
to, caindo desamparado sôbre o catre! A
mulber pregunta-lhe se quere comer algu-
ma coisa e, ante. a. negativa, não insiste.
Ficou contristada porque era a primeira
“vez que o via naquéle: estado; 1 mas, depois, o
“seu rosto desanuvia-se ão-pênsar que o seu
homem não é um. bêbedo, como muitos,
mas um bom chefe de família que traba-
lhava de sol a gol para prover ao seu am:
paro. Viera, assim, para casa, está bem, por-
“que se juntara com algum companheiro e
bebera mais do que a conta! Fôra uma vez
só e isso que tem? Quem não gosta da
pândega ?

“Era coisa sem importância, a-final; no
dia seguinte tudo estaria esquecido ! Essa

e.

No dia imediato, ao romper de alva, o
homem dirige-se ao trabalho e ao lembrar-
se da cena da véspera, de que fôra actor,

triste figura que fizera, pelo mau exemplo
que dera aos filhos; de resto, sentia um
certo pêso na cabeça um mal-estar inex-
plicável e até alguma fraqueza! Que admi- |

vontade de cear. Cogitando no caso, jurou
berna. Vivera até aí só para a família, a

que dedicava. profunda e inalterável. afei-
ção, nunca desperdiçara cinco réis, só às

quacidade que em si não conhecera até ali, |

sente-se envergonhado de si próprio pela |

ração! O vinho derreara-o e tirara-lhe al

a êle mesmo que nunca mais voltaria à ta- |
[um dos centros de maior perversão moral?

do muito, não jogava as cartas, não fuma-
va, não perdia as noites za paródia, por-
que havia agora de mudar ?

A’ noite, porém, ao despegar o traba»
lho, viera ao seú encontro o amigo, o més-
“mo que o estava ibiciando no caminho do
“vício e da perdição, que lhe lembrou o bo-
cado bem passado na última noite, convidan-
dô-o a acompanhá-lo à mesma tasca, onde
havia uma pinga de estalo! Aquilo, sim, era
bom! O outro, primeiro, repelira a propos-
ta, apresentou pretextos mais que plausi-
veis para se escusar; mas perante 08 rogos

êle jamais experimentara… Bebendo outro | do amigo, e porque sentia uma fórça que o

atraía e arrastava para a locanda, acabou
por se convencer que não havia outro ca-
minho a seguir !

Foi: para a taberna. Já não sentia a
repugnância, instintiva da véspera, Bebeu
dois, três, cinco copos e mais, muito mais,
até cair…

Desta vez, sem fôrgas, toldada a vista,
perdida completamente a razão, bêbedo
como um cacho, tivera de ser conduzido,
arrastado, para casa por outros. homens.

No dia seguinte não se levantara. Sen-
tia-se aturdido da cabeça, sem energia. ..
Passados os. vapores do álcool e após’um
longo e profundo sono viera um aborreci-
mento, indefinível, que o dominava por
-completo. Não se lembrava da tragédia da
noite antecedente, nem mesmo sentia re-
pulsa-por ei próprio. Agora, muito. pelo
contrário, desdenhava dos bons conselhos
da mulher e repelia as carícias dos filhos!
Perdera o apetite; o pouco que comeu nos
“dois dias que estivera de cama foi devido
à insistência: da companheira, sempre tam
solícita e carinhosa, Depois, levantou-se.
Já não tinha pela casa aquêle apôgo de
outrora, esmorecera na vontade de traba
Jhar !,

Havia qualquer fôrça estranha a em
purrá-lo para à taberna, seu ponto fagoris
to de tôdas as horas. Faltando dias e dias
ao trabalho, a fória passara a ser reduzi-
dissima; o pouco que sobrava dos gastos
na tasca mal dava para a compra da côdea…

Depois, entregue ao vício do álcool,
ninguém mais lhe confiou qualquer tarefa,
À fome e miséria entraram na sua casa,
onde, até então, reinou certo confôrto
e alegria. Tornado alcoólico inveterado,

com uma brutalidade inaudita. Perdera de
todo a vergonha esse homem que havia
sido um chefe de família exemplar.

transformando-o num monstro, fazendo-o

descer à escala dos irracionais, dos brutos,
nivelando-o às próprias feras…

e 4.

Alguém desconhece que é a taberna

Que é na tasca sórdida e imunda que se

refeições bebia dois ou três decilitros quan: |

(Continua na 4º pábina) .

passara a espancar a mulher e os filhos

A taberna conseguira pervertô-lo, | À

Eça lápis

NALGUNS países da Púfipa

a fome atingiu já o paros
sismo. Lança-se mão de tado,
desde as ervas dos campos às
cascas de fruto e peles de anis
mais!

Na Grécia, mais de 5 000
pessoas morrem por dial Aºs
portas dos quartéis alemãis e
italianos formam-se grupos de
crianças esquálidas e esquelé»
ticas implorando qualquer coisa
de comer !.

Eis um dos quadros tétricos
que nos oferece a guerra he-
dionda e pavorosa, que muitos,
que não lhe experimentaram
os efeitos, apregoam como in-
dispensável ao triunfo da Ci-
vilização!!! Se a Civilização
exige que a Humanidade, de
tempo a tempo, se afogue em
sangue e sofra inenarráveis
martírios, felizes se podem con

isiderar os hotentotes e os pe-

les vermelhas na sua barbás

Fies o

— OHO4S-

A passada 5º feira assis
tímos a um espectácalo
curioso e digno de registo:
muitos milhares de toros, ar
rastados pelas águas da ribei-
ra grande, que nesse dia au=
mentoa muito de volume por
virtude das chuvas ininters
ruptas, êmbateram de encons
tro aos pilares da ponte nova
da Carvalha e ali se aglomeras.
ram, formando barreira tam
densa que impedia, por com-
pleto, a passagem de muitos
milhares de outros, vindos de
pontos afastados.

Passadas aleumas horas, q
madeira, formando pilha den-
síssima, estendia-se por ali
acivia, para além dos cantos,
até em frente do lagar da sr.
D. Cristina Caldeira Ribeiro.

Honve quem recéasse pela
segurança da ponte e tal idéia
não era disparatada porque a

| pressão sôbre os pilares devia

ser formidável. No entanto,
êles resistiram e ainda bem,
Se aquela enorme vaga de ma-
deira fôsse arrastada pelas
águas em tnarbilhão, a ponte
velha, romana, de-certo, não
aguentaria o embate e a estas
horas teríamos a lamentar uma
grande catástrofe, incalculás
veis prejuízos materiais e pers
da possível de vidas.

A madeira pertence a duas
firmas importantes, e aghi
muito conhecidas, da Praia
do Ribatejo.

Bda
* Janta Autónoma das Es

tradas foi concedida a
comparticipação de Escudos
28.500800 para reparação dos
pavimentos betuminados das
estradas nacionais ‘do nosso
distrito.

EB pap
ACAUTELA!- VOS com os
falsos profetas, que vos
aparecem como ovelhas, mas
que por dentro são lobos es.
faimados e vorazes.

Jesus Cristontro são lobos es.
faimados e vorazes.

Jesus Cristo

 

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A culfura do milho!

o: período de “sementeira do

milho é largo. Começa em Mar-
ço e conforme a frescura das ter»
ras estende-se até Junho fóra. E
isto não falando dos milhos «res-
tivos» que no noroeste do País
se semeiam logo após a ceifa dos
cereais praganosos.

O milho, juntamente com o
centeio, constitui durante muito

tempo o pão de mais de metade |

da nossa população. A generali-
zação progressiva do consumo
de pão de trigo originou um
abaixamento da área cultivada
por êste cereal e mesmo um cer-
to desinterêsse pela cultura. Tal
facto representa um êrro grave,
visto que o milho, quer o de se-
queiro em zonas frescas, quer O
de regadio em quaisquer outras,
é das culturas mais lucrativas,
das menos contingentes, pelas
características da planta e época
de cultivo em face de condições
atmosféricas desfavoráveis, e das
que melhor preparam o terreno
para trabalhos futuros.

No momento queipassa é bem
evidente a necessidade de produ
zirmos nas nossas regiões tradi-
cionais a maior quantidade pos-
sível dêste valioso alimento. Há
que entregar à cultura a maior
área de terras próprias e, princi
palmente, procurar obter os maio.
res rendimentos por unidade de
superfície.

Para isso torna-se indispensá-

vel cultivar bem. E para que tal
se verifique passemos a citar al=
gumas regras que, postas conve-
nientemente em prática, muito
contribuem para o êxito. da cul.
tura.

1). as lavouras ride: 25 a 30
cent. e pefeitas são indispensá-
veis;

2) as. adubações devem ser

completas e racionais com uma

base orgânica, estrume de curral,
de caranguejo (nas zonas do Li-
toral) ou farinhas de peixe e uma

parte química constituída por.

azoto, ácido fosfórico e potassa;

3). os terren s ácidos devem
ser corrigidos por meio de cal
dos adubos alcalinos que com
batem também o «alfinete» ou
«bicha amarela»; |

4) devem escolher-se – boas
sementes, desprezando as prove-
nientes de espigas macheadas ou
mal “conformadas;

5 a sementeira deve efectuar-
se em linhas;

6) . um bom espaçamento en
tre as linhas é de 60 cent. para
as terras de regadio, e 70 a 80
cent. para as de sequeiro;

7) a profundidade da semen-
teira mais indicada é respectiva-
mente deSa6e 8a 10 cent.;

8) duas linhas de milho de
vem alternar com uma de feijão;

9), assachas devem ser pouco
profundas, mas repetidas;

10). as nitragens devem lazer-
-se com cuidado e na ocasião
das sachas;

11) do ‘bom critério das mon-
das resulta em grande parte 0
êxito da cultura;

12) a amontõa deve ser per.
feita;

13) feitas as mondas, os mi-
lharais devem ficar com o espa-
camento, entre’si, de 25 cent. e
30 a 40 cent. respectivamente nas
terras de regadio e sequeiro,

14) as regas devem ser abun-
dantes; mas sem excesso;

15) o desbandeiramento deve
ser feito o mais tarde possível;

16) “nunca se deve desfolhar;

17) deve arrancar se e quei-
mar O «morrão»;

18) a colheita deve ser feita a
tempo;

19) as maçarocas bem sêcas
e o descarolamento cuidadoso;

20) um armazenamento em
boas-condições garante a conser-
vação do cereal.

ET

PAGAMENTO DE «SSINATURAS .

Enviou nos 10800 (dez escu-
dos) para pagamento de assina-
tura até o n,º 307 0 nosso amigo
sr. Luiz Dias Alves, de Venda
Sêca (Belas), .

Muito obrigados,

A comarca da Sertã

12,15 Noticiário | GRZ 8, 86 m, e 64 me/)
; | GSO 19,76 m. (15 18 me/)

12,30 Actualidades | GRV 24,92m. (12,04 me/)
21,00 6) Noticiário | GSC 31,32 m. ( 9,58 mce/º)
s GSB 31,55m. (9,51 mc/)

21,15 Actilnlidades GR T 41,96 m. ( 7,15 mc/*)

(») . Este noticiário ouve-se também em G R V em eu 92 mer

tros (12; 04 mce/S)-

“Assinale lêde “LONDON. CALLING», semanário EE
e órgão oficial da B. B. Gs, revista indispensável a quantos.se.

interessam pela! cultura e e pelas

actualidades da. guerra. Depósito

na Livraria Rua Rua Garrett — Lisboa. – — Preço, 1820.

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“Depósito Central em Tomar
JOÃO FERREIRA PINHO.
TELEFONE N.º 118 .

“A GRIPE |

À gripe continua alastrando
com: grande intensidade entre
nós, contando-se por algumas
dezenas as pessoas que perma- |
necem de cama, quási tôdas com |
alta temperatura.

Na impossibilidade, pelo seu |
elevado número, de citarmos aqui |
todos os doentes das nossas re-
lações e amizade, formulamos,
de um modo geral, sinceros vo
tos pelo seu pronto restabeleci=
mento.

Informa-se nesta Redacção. ‘

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Vendem-se nesta Redacção
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Póvoa R. Cerdeira . 7 10)7,15||Ramalhos. . 118,40] 18,45
Sertã . : 730 — || Pedrógão Pequeno . 19,00

De 4 de Julho a 30 de Outubro, efectua-se
todos os dias excepto aos domingos.

De 1 de Novembro a 30 de Junho, efectua-se
às 2.º, 5.8 e sábados,

fude 6

De 4 de Julho à 30 de Outubro, efeciua-so categ rias, far-se-á ‘o mapa do |

todos os dias excepto aos domingos.

De 1 de Novembro a 30 de Junho, otactuas cão
8 Sábados.

Este horário anula todos 98 anteriormente aprovados

ED E A. L

“CARLOS MARTINS, Conser-

adóncão: Registo Predial o Co-
mercial e Presidente da Câmara
Municipal do Goncelho de Sertã.

No uso dás atribuições que me
são conferidas pelo art.º 80.º, n.º”
1 e2 do Código Administrativo
e mais legislação em vigor, e em

[conformidade com as Instruções

das Autoridades Superiores, de-
termiso no pa da Popua
-ção em geral:

Artigo 1.º ==O açucar e O ar=
roz- atribuídos pelo Grémio dos
Retalhistas de Mercesria do Cen-
tro à freguésia de Sertã serão
vêndidos aos consumidores em
regime de racionamento,

Artigo 25º — A Comissão de
Ractonamento será constituída
“pelo Presidente da Câmara, pelo

| Presidente da Comissão Regula
| dora do Comércio Local e pelo

Presidente da Junta Local de Re-
partidores.

Artigo 3.º — Para o raciona-
mento atender=se-ú em cada mês:
E) Ao contingente atribuído E
freguesia; ade

b) A”média do consumo men-
sal de cada família tomando por
base o consumo dos últimos seis
meses; .

c) Ao número das pessoas que

: compõem a família é respectivas
Tidadea; 6»por-último, .

o) A ontegoria; soglal do con-
«umidor.. E

declarações a que se referem as
alíneas d) e c) do art;º anterior,

| pura. serem apreciadas pela Cos
“| missão de Racionamento e as fa-
| mílias classificadas em categorias,

E º Para efeitos do raciona-
mento do açucar haverá 7 cate-
gorias :

“A 1.º categoria serão atribuir

– [das quantidades superiores a 6
fllos por mês; distribuídos por

senhas à quinzena;

zena; :
A” 34, 5 kilos, 3 para a 1.º
quinzena e 2 para a 2º; ;

A! 44, 4 kilos, 2 para cada
quinzena;

Aos kilos, 2 pára a 1.º

É idea ei paraa 2,3;

“A 62, 2 kilos, 1 para cada
quingéna; e

ARS ua para cada aula;
zena.

mento do arroz haverá 6 catego-

: rias:

A” categoria serão atribuí
das quantidades superiores a 6

“| klos por mês;

A? 2.º, 6 kilos, 3 para a 1.º
quinzena e 2 para & 2,º;

e 8, 4 kilos, 2: para cada
quinzena;
A 48º 3 kilos, 2 para | Ja
quinzena e 1 para a 2.º, .

A OM o kilos, 1 para cada

| quinzena; e

A O, 1 Elo, sia para: cada
quinzena.
$ 3.º Quando o contingente

“quantidades, indicadas, ou quando
o seu volume fôr de molde a au-
torizar fornecimentos mais quan
tiosos, o Presidente da Câmara
clr:ulerá aos comerciantes orde-
nando e redução cú o aumento
proporcionais que: se: tornarem
necessários:

Artigo 5º — As anhaa serão

Tagrupadas por quinzenas e mesea,

numa caderneta que será forne.
cida a cada chofe de família, me-
diante o pagamento de determis
nada quantia, fixada pela Câmas
ra, para custesr as despesas com,
o racionamento,

Artigo 6º — Estabelecidas )

– raci nemento geral dê que cons-

08]

tarão vs nomes de todossos ches

fez de familia segundo aoordem |

alfabética das povoações; -e em,
cada povoação pela ordem alfam

Artigo, 4º O 0 3 NC ata for,
] mília farão em papel comum as

“A! 2º, 6 kilos, 3 por cada quin-

Sa! Para. ofeitoa A racionse

atribuído pelo CGtrómio não pers.
| mitir ; satisfazer integralmente as

bética dos nomes, com a. indicas
ção des profissões, moradas, nú»
mero de pessoas de família, cas

tegorias e quantidades atribuídas.

Artigo 7.º — Todos os comer-

ciantes residentes na área da fres

guesia de Sertã são obrigados,

sob pena de desobediência, a en= |

viar à Seoretaria da Câmara, no

prazo de 24 horas: após a re. . S

cepção, uma nota com indicação
das quantidades de agúorr e are
roz recebidas por conta dos con=

Mongentes fixados pelo Grémio

para o mês respectivo.

Artigo 8º — A venda dêstes
géneros: só pode ser feita aos por-
tadores de senhas de racionamena
to, e nas quantidades | nelus men-

cionadas em a á God a om

2008.

de yender as quantidades. respei-
tantes à 2.º quinzena antes do

ain 16 ae cauda mês, mas O pura =>

tudor da caderneta tem o direito

de comprar tôdas As qnantidndos! EE
que lhe foram atribuídas, na 2,º

quinzena do respectivo mês,

$ 2.º — As senhas são válidas
até uu fim do mês a que respele;..

tam e só podem ser atondidas as

$1º—0 in stonnE não pôs

que levarem aposto O yarimbo da .

Câmara. Se o comércio: local não

“| receber em. tempo oportuno 08

contingentes de qualquer mês,

será prorrogado O prazu de valle .

dade das senhas respeitantes a de

ôsse môs. .

Artigo 9º— O comerciante a

obrigado a vender, contra dinueis
ro; & quantidade cunstante das.

senhas que, devidamente carime,
badas, não se mostrem vViCiadase

Artigo. dO — Até no dia D de.
Cada mes .U| Comercianto entregos

rá na Secretaria: da Câmara, cuna

tra recibo, LÔdas às sonnas uur=:.

respondentes às vendas dv mês
anterior, acompanhadas de uma

nota discriminativa com indicam dn

ção de espécie, número e total. .

das quantidades vendidas.
– Artigo 11º

—O consumidor-que …

viciar alguma senha para obter…

fornecimentos superior aos que

lhes foram. atribuidos,” incorie,.:..
além das sanções impostas por sos
let, na exclusão de abastecimento .

durante 1 mês,

Artigo 120 consumidor que

vender os gónesos adquiridos em
regime de racionamento, será ex-

‘cluído dos racionamentos futuros.

e relegado aos tribunais compe-
tentes para lhe serem aplicadas

as sanções estabelecidas na lei…

Artigo 13.º -— Todos.0s meses
à Autoridade Administrativa nos
tificarã, pela Secção Policial, cãs
da Comerciunte u reservar uma

mo exclusivo dos doentes,

81º
tes são fornecidas pelo Presiden=
te da Câmara, mediante nota asa

sinada pelo médico assistente, ou |
informação prestada por pessoas

dignas de crédito,
$ 2º—Quando se verificar que

; percentagem das SUBs eXisLéncias
rem açúcar e arroz, para cousu-

— As senhas para doen-

por falsas declarações foi injústis * -:
ficadamente fornecida uma senha –

para doentes, a respectiva fami-
lia será exoluída do raclonamens E

to durante um mês, –

Artigo 14,º — Aº medida que as”

circunstâncias 6 exigirem, serão

racionados outros géneros e are |

tigos de primeira necessidade,

nos moldes estabelecidos neste

Edital,

Artigo 15.º — Nas restantes ftta
guesias do concelho será estabês
lecido o regime: de racionamento
quando as respectivas Juntas de

Freguesia assim o determinarem, ‘

competindo a estas entidades, de

oulatoração com os Regedores,
“| adaptar às suas circunscrições au
medidas adoptidas na freguesia

do concelho,

“E, para geral conhecimento, se
passaram êste e outros de igual
teor que vão ser afixados nos lus
gares públicos do costume,

E cu, António Caldeira Pirmi- –
‘no, So da Secretaria, O

crevi.

Sertã e Secção Policial da à.
mar» Municipal, 20 de Marge, da

1942. :
o Presidente da Coipara

Carlos Martins

o subse pas

ER ao rcarca

 

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A comarca da Sertã

Necrotogia

José Farinha dos Santos

Em Paio Pires faleceu o st.
José Farinha dos Santos, de ’75
anos de idade; natural da Sertã,
i roptietário e con-
ceituado comerciante naquela lo-
calidade, casado com asr.* D.
Vitória Ferreira dos Santos e ir-
mão da sr.? D. Palmira Farinha
dos Santcse dos srs. Luiz Fari
nha dos Santos, Artur e João
Basílio dos Santos, a quem apre-
sentamos Sentidos pêsames.

D. Vidência Maria Ré ;
Sousa Piçarra

Em Lisboa, na rua Luiz de
Camô.s, 42 2.º, Dt.º, faleceu, no
dia 21 do pretérito mês, com a
idade de 70 anos, a sr.º D. Vi-
cência Maria Ré Sousa Piçarra
viúva do sr. Abílio Piçarra. A
extinta, que durante alguns anos
viveu na Sertã, era mãi das sr.’*
D. D. Maria T. Piçarra de An
drade, -Stcla Piçarra Valente e
Marcela Piçarra Vitorino e sogra
dos srs Albino Vitorino Santos,
Pedro Ferrcira Andrade e Mário
Silva. Valente, a quem apresenta
mos os, nossos sentidos pêsames.

E ed
“Férias Judiciais

Principiaram no passado do-
mingo’ € terminam no dia 7 as
férias judiciais nos tribunais ci-
vis e militares. Es

Durante êste período, as secre-
tariaS’ é tesourarias abrem, dia-
riamente, das 12 às 14 horas.

Câmara Municipal da Sertã

Rectifica-se, por ter saído er-
rada. no último número, a seguin-
te deliberação tomada em sessão
de 18: de Março:

—Conceder, nos termos do ar-=
tigo -753.º do Código Adminis-

“trativo,; à» Juntas de Freguesia

de Sertã e Sernache do Bomjar-
dim, um subsídio de 2.000$00 e
às restantes Juntas de Freguesia
do concelho o subsídio de 500800
a cada,

O flagelo dos coelhos bravos
nas freguesias de Gumiada
e Marmeleiro

Já não é a primeira vez que
aqui falamos da extraordinária
quantidade de coelhos bravos
que infestam as freguesias de

Cumiada e Marmeleiro e tam
; abundante que êles fazem nas
“terras de cultura uma permanente
“trazia, não escapando hortaliça ou
“qualquer fruto à sua voragem;
| não têm os lavradores meio se-
‘gúro de se opor à devastação e
“muito menos nesta época, em
que é proivido caçar.
| Os prejuízos são incalculáveis;
Os agricultores estão seriamente
| preocupados € aflitos com o caso,

“pois que hortaliça plantada ou:

Aruto nascido são logo devorados
pelo coelho daninho, que consti-
tue uma autêntica praga. Vão
pela dgua abaixo todo o traba-
‘ lho dispendido e os gastos com
“as culturas, agravadas, neste pe
“ríodo, com o enorme aumento do
“preço dos adubos.
Assiste-se à inutilidade de tan:
‘tos esforços e ao gasto improfí-
‘cuo de muitas dezenas de escu-
des! O que a terra vai produzindo
e se destinava ao alimento do
pobre lavrador e da família, é,
“num abrir e fechar de olhos, tra-
gado pelo coelho, que infesta e
-avassala aquelas paragens como
se sôbre elas tivesse caído a maior
maldição de todos os tempos!

E” vedado caçar nesta época,
é proibido o uso de ratoeiras de
ferro, tôda a gente o sabe. Mas
não há dúvida nenhuma que tem
de se encontrar o meio legal de
– pôr fim a esta destruição demo»
níaca, a que a gente da Cumiada
e Marmeleiro assiste impotente.
Não se queira ver convertida em
tortura permanente a existência
dos pobres lavradores, já tam di-
fícil e amarga.

Pede essa gente providências
| por nosso intermédio. Entrega-
“mos o assunto ao Ex.”º Sr. Pre-

sidente da Câmara, pessoa de
“incontestável energia e saber, a
| quem, dentro da sua esfera de

acção, interessa o bem-estar dos
povos do – concelho, – sobretudo
das classes humildes, daquelas
que vivem do suor do seu rosto
e têm pela equidade e justiça a
noção verdadeira,

Essa gente não solicita qual-
qualquer benesse, mas a defesa
dos seus direitos. Temos, por
certo, que S. Ex.?, inteirado dê-
les, se apressará a estudar a mê-
lhor maneira de os defender.
Nem outra coisa temos a esperar
de quem costuma agir com rapi-
dez e decisão.

“O calvário dos lavradores das
citadas Ireguesias é-nos relatado,
pormenorizadamente, numa carta
que recebemos há dias e que co-
meça por dizer que «os habitan-

tes das freguesias de Cumiada e
Marmeleiro vêm solicitar das au

‘toridades competentes que lhe
seja permitido, por todos os
“meios ao seu alcance, a dizima-
“ção dos coelhos bravos, que, de
ano pata ano, cada vez mais, in- |
festam aquelas paragens e que
enormes prejuízos vêm causando
[à agricultura, com grande desã-.
nimo dos seus proprietários, que
vêem as suas searas, hortas e vi-
nhas destruídas por tamanha
praga».
E mais adiante: «O pobre, o
humilde, que arrasta uma exis-
tência de canseiras e com lágri-
mas e o suor do seu rosto gran-
geia o bocado de pão com que
-se alimenta e à sua prole, tem
direito, sem dúvida, a um logar
de respeito e protecção, o que,
nem sempre, infelizmente, su-
cede», i

Referindo-se, prôpriamente, à
devastação causada pelos coelhos,
diz o signatário: «Seria justo
que, em casos excepcionais, como
o que agora se verifica, cada
proprietário fôsse autorizado a
caçar dentro das suas proprie-
dades em qualquer época, Além
disso, agora, proclama-se a ne-
cessidade de «Produzir e pou-
par» e os habitantes das fregue-

sias de Cumiada e Marmeleiro

têm incontestável direito a colher |

alguns moios de cereal e a tirar

Seriço de Raconamento

Nota da Câmara Municipal

Em conformidade com o Edi-
tal de 20 de Março, o açúcar e
o atroz serão vendidos na Íregus-
sia da Sertã em regime de racio-
namento a partir de 1 de Abril,

Embora em quantidades inferio- |

res às dos tempos normais, cada
família receberá o suficiente se-
gundo a sua condição e média
dos últimos: meses, e, quanto a
doentes, está assegurado, por
agora, o abastecimento. Convém,
entretanto, criar o espírito de
previdência, e por “isso os con»
sumidores devem habituar-se: a
poupar, a-fim de. alguma: coisa
ficar em reserva para uma even-
tual doença mais grave… (1 215

nado à freguesia é muito inferior
ao de açúcar, e por esta circuns-,
tância são menores as quantida-

des atribuídas a cada família |

No entanto, tôdas receberão a
sua quota-parte..
Recomenda-se aos consumido-
res que não se precipitem sôbre
as casas comerciais, em vagas
sucessivas, pois há açúcar e ar-
roz para satisfazer as senhas que
vão ser distribuídas. As pessoas
que vivem em localidades onde
há estabelecimentos comerciais,

devem abastecer-se, de preferêna.

cia, nessas casas.

A freguesia, consoante o últi-
mo censo, tem 1:520 famílias;
apenas 92 não entregaram as
suas declarações, mas, se quise-
rem, podem ainda fazê-lo.

Os preços dos géneros racio-
nados não poderão exceder: para
o açúcar branco, Kg. 4880, amas

o máximo rendimento das suas

ropriedades. E”, pois, de inteira
justiça que as autoridades com-
petentes atendam o seu pedido,
considerando que os habitantes
das ditas freguesias têm mais di.

reito a viver do que os importu |

nos e temíveis roedores».

Festa escolar da freguesia

VARZEA DOS CAVALEIROS, 19 — ;
Realizou-se no dia de S. José a grande |

Festa Escolar da freguesia da Várzea
dos Eavalciros. A-pesar-de ser a pri-
meirã que neste género se realizounes-
ta freguesia, foi com todo o júbilo que
os srs. professores viram coroados do
melhoót “êxito os esforços a que não se
poupêram.

Que:a’modéstia de S, Ex.as me per-
dôem,gimas permitam-me que publica-
mente lhes.manifeste em nome de tôda
a fregnesiá o nosso sincero reconheci-
mentô por: todos os trabalhos e can-
seirasia:. quê nenhum se alhcou,

A festa teve como principal objecti-
vo angariar fundos paraas Caixas Es-
colares, que tão pobremente têm vivido.

Começóu, como não podia deixar de
ser, com a manifestação patriótica do
hasteamento da Bandeira, durante a
qual foi entoado pelos alunos o’ Hino
Naciônal.’ A’s 10 horas foi celebrado o

santo saciifício da missa, tendo assis-.
tido e comungado tôdas as crianças,

acompanh idas dos seus ilustres profes
sores € numerosas pessoas das suas fa-
mílias. Saí am da missa debaixo de
formã, entoando hinos religiosos e diri=
giram-se à escola, onde lhes foi servi-
do um abundante e apetitoso lanche.
Houve um pequeno intervalo a que se
seguiu a abertura da exposição dos
trabalhos escolarês, têndo cortado a fim
ta o Reverendíssimo Pároco desta fre-
guesia, sr. Padre José Martins Car-
doso, . o

Seguiu-se a sessão solene, a que pre-
sidiram tôdas as autóridades locais, o
Reverendo Pároco e Professores. Usa-
ram da palavra os ilustres oradores
srs. Padre José Martins Cardoso e o
professor da freguesia, sr. João Pedro.
Em calorosos termos frisaram bem o
objectivo da Festa Escolar.

Em seguida procedeu-se à parada de
educação física, corrida de sacos, de
três pernas e outros desportos recrea-
tivos. Na “mesma altura em que se
abriu a exposição, foi também aberta
a kermesse, que pela quantidade .e va-
lor das prendas ninguém diria tratar-se
duma ermesse num meio rural.

Devido.a-belíssima organização com
que tudo’foi previamente preparado o
povo interessou-se profundamente. Pa-
ja à venda dos bilhetes foi convidado

| Um grupo de gentis meninas da freguês
“sia, que muito bem soube desempenhar
a missão que lhe foi confiada.

A festa terminou com uma récita in=
fantil, tendo agradecido ao ilustre pá-
roco desta freguesia o valioso auxílio
que lhes prestou e explicado mais uma
vez O significado da festa a distinta e
incansável. professora sr.2 D. Maria
Balbina Bernardo. A récita decorreu de
princípio a fim tão maravilhosamente,
que mais parecia tratar-se duma récita
dum meio urbano, que dum meio tão
simples e modesto. A récita foi muitas
vezes interrompida por calorosas e pro-
longadas salvas de palmas. Nada fal-
“tou pará o bom êxito da festa. O es-
pectáculo foi iluminado a electricidade,
sendo o público entretido nos interva-
los com música de rádio. Este melho-
ramento, prova de consideração pelos
professores da freguesia, foi gentilmen-
te oferecido pelo sr. Izidro Farinha, an«
tigo aluno da sr.“ professora D. Maria
Balbina Bernardo. .

Para provar o entusiasmo e interês-
«se da assistência, certas prendas lei-
loadas depois do acto de- variedades e
antes da parte dramática, atingiram ci-
fras nunca calculadas.

referencia à ilustre professora do Mos-
‘teiro de S. Tiago, sr.2 D. Amélia Mar-
ques Ribeiro, que até nos dias chuvo-
sos acompanhou os seus alunos à sede
da freguesia com o fim de ajudar nos
ensaios. Também devo fazer referencia
à sr.2 regente agregada, D. Ana An-
gelo Martinho na escola da Isna de S.
Cárlos, qué fez o que pôde, auxiliando
os professores da freguesia.

Os professores desta freguesia mais
uma vez agradecem ao ilustre e incan-
sável pároco e agradecem também a
tôdas as autoridades locais que os hon-
raram com a sua presença e às pessoas
que contribuiram com os seus donati-
vos para O engrandecimento da festa.

RENDIMENTO DA FESTA
Receita cas dueto mus iai 2 CPONDO
DESpeza mccain. creo 556805

Produto líquido, Esc. 1t:510800

– NOTA — À despesa parece avultada, mas
é preciso notar que o palco foi construído
definitivamente para festas futuras.

Não posso também deixar de fazer,

(Noticiário

— Realizou-se ontem aqui a festa esco-
lar da freguesia cujo programa foi cum-
prido com geral agrado e constou do
seguinte:

todas as escolas da freguesia à missa,
sendo-lhe servido em seguida o peque-
no almoço.

Depois abriu a exposição dos traba-
lhos escolares das crianças, onde se
encontravam alguns muito interessan-
tes. Abriu também a kermesse, que foi
muito concorrida.

Teve depois logar um interessante
espectáculo numa das salas da escola,
cujos números muito agradaram, de-
monstrando a muitos a paciência dos
professores para levarem as crianças a
apresentarem-se um público com gran-
de desenvolvimeuto.. E

CODECEIRA (SERTÃ) 25 — Reali-
zou-se no passado dia 22 a festa esco-
lar nesta povoação, que constou do se-
guinte: A’s 10 horas missa e comunhão
das crianças; às 11 horas, almoço às
crianças, oferecido pelas senhoras D.
Julieta Farinha Leitão, Fernanda Julietã
Leitão e senhora professora; às 13 hor
tas, houve sessão na escola, constando
de saiidação. à Bandeira, gimnástica,
cânticos e poesias. Durante a sessão
venderam-se rifas dum naperon cujo
a reverteu a favor da Caixa Es-=
colar.

| e Cc
Festa Escolar da freguesia
de Ermida

ERMIDA, 25 — No dia 22 do corren-
te realizou-se a festa escolar para an=
gariar donativos para as Caixas Escom
lares dos dois Postos Escolares da fre-
guesia — Relvas e Ermida. Roe

A’s 10 horas sairam da escola da Et-

SERNACHE DO BOMJARDIM, 23]

De manhã assistiram as crianças de |.

“mida para a igreja, debaixo de forma,
os alunos acompanhados das respecti-
vas regentes, Teresa da Conceição Fra=
dique e Bárbara dos Santos Forte, le=..
vando à frente a Bandeira Nacional e .
a Bandeira da Fundação, respectiva-

mente, levadas pelo Posto das Relvas ‘
o menino José Fernandes e pelo Posto:

da Ermida o menino Manuel António, ‘
E, | que foram tomar lugar junto do altar, f aberto o bazar com venda de flôr pela

ATRAVES DA COMARCA

dos.
A missa, êntóarâm: as crianças lin-
dos cânticos acomodados ao acto. A”
elevação as Bandeiras inclinaram-se.

‘Comungaram 36 alunos e várias pes-

soas de família. .

Finda a missa as crianças dirigiram-
se para o átrio da:Escola onde lancha-
ram: pão, queijo, doces e vinho.

– Acabado êste, houve uma sessão pre-
sidida pelo sr. José Fernandes Ribeiro
da Costa, da Perna do Galego, secre-
tariado pelos srs. Manuel Farinha Ta-
vares,: Libânio António, Rev.º Padre
António AlvesfCatarino e regentes.Usou
da. palavra o Rev.º Padre Catarino
que falou sôbre os esforços que todos
devemos fazer, para desenvolver a ins-
trução: na: nossa freguesia; porque os
homens sem instrução, pouco ou nada
valem porque não pode ser nem bom co-
merciante nem bom lavrador que exi-
gem escrituração e conhecimentos.

Falou o menino Angelo Dias sôbre a
necessidade e vantagens das Caixas
Escolares; alguns meninos e meninas
recitaram poesias que muito agradas
ram. Por fim falou a Regente da Ecmi-
da, agradecendo a boa vontade que en-
controu em todo o povo em darem pa-
ra as Caixas Escolares. Foi uma festa
que agradou muito. | ú

é

: Festa Escolar

VALE DA GALEGA (PEDROGÃO
PEQUENO), 26 — Realizou-se nesta
localidade uma interessante festa em
benefício da Caixa Escolar deste Posto,
que principiou com missa em Pedrógão

| Pequeno, à qual assistiu a regente do

Posto, alunos e muito povo.

Em seguida regressaram ao Vale da
Galega, onde foi inaugurada a exposi-
ção dos trabalhos escolares com a saii-
dação à Bandeira, tendo-se cantado o
Hino Nacional.

Visitaram a escola tôdas as pessoas !

que nos deram o prazer de comparecer

“à nossa festa e entre elas notâmos as

seguintes: Senhoras D. Angela Ferrei-

ra Vidigal, D. Maria Constância, D.

Maria Eugénia, D. Maria da Nativida-
de, menina Fernanda Mouga, etc.’

Os alunos recitaram e cantaram sen-
do muito aplaudidos. Durante a festa
houve música de grafonola e esteve

creme cneepees:
mine

telo, 4360; para o

cantil Bs», Kg. 2380.

“O comerciante, enquanto tiver
açúcar ou arroz que não seja exs
clusivamente destinado a doen=
tes, é obrigado “a satisfazer as

arroz «mega

senhas que lhe forem apresenta-

das. Em casos de recusa, ou,
excesso de preço, o consumidor
deverá comprovar o facto com
testemunhas, na Secção Policial.

Às autoridades recomendam a
tôda a população a maior cor-
dura é serenidade perante a cri=
se actual, e pedem a todos a.
leal cooperação no esfôrço co-
lectivo para o abastecimento pá:
blico, denunciando quem trafi-
que com géneros de primeira
necessidade, ou procure lurtá-los
ao consumo do concelho. Por
agora, são distribuídas senhas
apenas para os meses de Abril

1 »tnte Maio, a títulode experiência
O contingente de arroz desti-.

do sistema adoptado; naquêle
último mês fixar-se-à definitiva-
mente o que a prática aconselhar,
se houver elementos suficientes
para isso. Ê

As -sénhas serão entregues na:
Secretaria da Câmara em dias
previamente anunciados, diferen-
tes conforme as zonas, mediante
o pagamento de insignificante
quantia para custeio das despe-
sas do racionamento.

Todas as pessoas que preten-
derem açúcar ou arroz para doen-
tes, deverão fazer-se acompanhar
da caderneta de racionamento d
respectiva família,

Não faltará quem reaja contra
o número de categorias, por
achá-lo excessivo. Procedeu-se
desta forma, para encontrar uma
distribuição mais equitativa e
justa. :

O Presidente da Câmara

e Epa

FESTAS ESCOLARES

A festa escolar da freguesia de
Palhais realiza-se no próximo
dia 12, domingo, havendo, além
de diversas cerimónias patrióticas
e religiosas, um cortejo, uma
quermesse e um lanche aos alunos.

INEO re rem

nossos correspondentes)

regente do Posto sr.2 D. Ilda de Jesus
Marques e pelas gentis meninas, Maria
Angela Simões Baratae Maria de Je-
sus. Fez-se um pequena rifa que com
o bazar e fôr rendeu 414850 líquidos.

Esta receita que se destina à Caixa
Escolar, deve-se em parte ao sr. An-
tónio Antunes Fernandes Barata, que
foi incansável em auxílios e que não
se poupou a sacrifícios.

A simpática festa que foi muito con-
corrida deixou em todos os corações a
melhor das impressões. E

VILA DE REI, 27 — Ainda bem que a
Câmara resolveu acabar os 10 metros
da mina comparticipada pelo Estado,
para abastecimento de águas a esta
vila. Nem outra coisa era de esperar,
Seria um contracenso imperdoável a sua
não continuação. Os habitantes desta
terra congratulam«se com tal medida.

— Com a assistência do meritíssimo
Juiz da Comarca, por dois distintos cli-
nicos da Sertã procedeu-se no dia 19
do corrente ao exame médico-legal em
duas crianças sepultadas já passados
mais de 15 dias, uma de 11 outra de 8
anos, que, encontrande-se doentes, di-
zem, foram medicadas indevidament
por um farmaceutico residente num
povoação distante da sede da fregues

sia.
é C.

SOBREIRA FORMOSA, 27 — Depois
de alguns dias de doloroso sofrimento
faleceu, no lugar da Póvoa, desta fre-
guesia, na última 3.º feira, dia 24, a
st.* D, Ana Ribeiro, de 69 anos de ida-
de, casada com o abastado proprietá-
rio sr. Antônio Fernandes Fandinga.
A extinta era mãe da sr.2 D. Maria do
Rosário Fernandes Nogueira e do sr.
Higino Fernandes e sogra do sr. Ade-
lino Cardoso Nogueira.

Na 4.2 feira, dia 25, foi o seu cadá=
ver conduzido para a igreja paroquial,
donde saiu o funeral para o cemitério
desta freguesia sendo um dos mais con
corridos que aqui se têm realizado.

A” familia enlutada apresentamas as
nossas sentidas condolências,

 

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A Comarca da Sertã

FLOR DO OUTONO

No méu pobre jardim tão desprezado,
que emminha dor deixara sem cultura,
encontrei, num maciço de verdura,

um singelo crigântemo encarnado.

Nostálgico, sózinho, esguedelhnado,.
na sua côr vermelha muito escura,
lembrou-me o meu destino sem ventura
“solitário, esquecido, abandonado…

Fui p’ra o colnêr… mas fez-me tanto dól…
Quem sabe se, a-pesar-de se ver só,
a pobre flor anseia por.viver?…

Tambémp’ramimjá vem cnegando coutono… |
e, sentindo baixar o eterno sono,
eu tenho tanta pena de morrer…

&

MARIA DA SOLEDADE

Capitão José Joaquim Lourenço:

Requereu a: passagem à: Res
serva o nosso presado patrício e
amigo sr. Capitão José Joaquim
Lourenço, que de há longos mes

ses presta serviço no Quartel:

General em Tomar,

Militar distintíssimo e brioso.
o ilustre oficial fez parte do C.
– E. P., em França, onde recebeu
diversas condecorações e louvo-
res e- era admirado pela sua inc
trepidez e decisão, que lhe gran
gearam. o respeito dos subordi

nados e verdadeira estima: dos:

superiores. Nas diferentes unida-
des, em: que serviu, impôs-se pes
lo seu amor à disciplina, distin-
guindo-se, também, na defesa
dos Poderes Constituídos, agin-
do, sem vacilar, quando via a
Ordem ameaçada.

Modesto em extremo, pessoa
de invulgares qualidades de ca-
rácter, o sr. Capitão Lourenço
goza na Sertã, de uma grande
consideração e aqui conta verda-
deiros amigos, entre os quais te-
mos a honra de nos contar.

Apresentamos-lhe os nossos
respeitosos cumprimentos.

pri Begego
José de Oliveira Tavares

Em 22 de Março passou mais
um aniversário natalício do nos-
so bomcamigo-e distintíssimo e
apreciado colaborador sr. José
de Oliveira: Tavares, de Cardi-
gos.

Homem de. rija têmpera e de |

coração diamantino, o sr: Oli-
veira Tavares alia, aos seus pre-
dicados morais, uma vasta ilus»
tração, que se exterioriza em
prosa magnífica e poesia subti-
-líssima, que encantam,. porque
duma e doutra brotam uma pere-
ne mocidade e o perfume rescen-
dente do Bem e da Virtude, dan-
do-nos a impressão de que o au-

tor, que já conta: mais de quatro |.

vintenas, vive no período da me-
nínice descuidada e encara a exis-
tência por um prisma de rósea
côr.

Daqui enviamos ao sr. Olivei-
ra Tavares Os nossos parabens e
Deus permita que possa festejar,
por dilatados anos, o seu aniver-=
Sário natalício, sempre com a
melhor saúde e disposição de es-
pirito, para satisfação dos que
lhe são queridos e de todos os
seus amigos,

o ad

AGRESSÃO

No dia 24 do mês findo en-
contraram-se, casualmente no Ca-
slinho, Alfredo Henriques Ser-
ra, viúvo, comerciante, desta vi-
la, e o criado de lav: ura Joaquim
Pires, solteiro, de 23 anos, natu-
ral da Serra do Pinheiro e resi-
dente na Marinha (Sertã); como
entre êles havia qualquer rixa
antiga, estabeleceu-se violenta
altercação, acabando o Serra por
disparar um tiro que feriu o an-
tagonista na c- beça.

O ferimento não é de gravida-
de, O agressor foi prêso,

| desaparecerem as provas da

Wolasa lápis
(Continuação) Roo

fempo continaa incerto: os
dias de vento, chuva e frio .

alternam com os de bom sol e
de temperainra agradável.

E são, precisamente, estas
constantes oscilações a causa
imediata da gripe, que tem:
atirado à cama muitas dezenas
de pesscas,

Por ora, a Primavera ainda
não impôs os seus direitos…

Todos os cuidados são pon
cos enquanto o tempo não es
tiver seguro.

Dre

A propósito do direito dos
filhos à herança dos pais;
que os contratos simulados
não podem prejudicar, publi.
cou, há tempo, o «Diário do
Govêrno» um acórdão, profe-
rido em reiinião plena do Su
premo Tribunal de Justiça, es-
tabelecendo doutrina fandada
nas seguintes razões :
«O direito dos filhos à he-
rança dos pais é um direito
próprio, que deriva do nasti-
mento, não dependendo da
abertura da herança. Os filhos
têm, por isso, o direito de fa-
zer garantir a sua legítima,
mesmo fatara, pelos meios le:
gais. Tanto assim que o arti-
£o S41.º do. Código Civil.dá.
aos filhos o direito de reque-
rem a interdição dos. pais no
caso de prodigalidade dêstes».
«Se apenas fósse lícito res
querer a anulação dos actos e
contractos simulados após a

morte-dos pais, podia até iá|

completar-se a prescrição ou:

simulação. A frande dos con-
traentes precisa de ser repri-
mida logo que dela há conhe.
cimento. A esperança de her-
dar é am direito eventual»,

E conciue:

«Os filhos podem pedir,
mesmo em vida dos pais, a
anulação de dívidas por êstes
simulademente contraídas com
o intuito de os prejudicar, não
sendo, portanto, preciso de-
monstrar a efectividade do
prejuízo».

ge GB apo

Reinaldo Lima da silna

O nosso patrício sr. Engenhei-
ro-Agrónomo Reinaldo Lima da
Silva chegou a: Lourenço Mar-
ques na 6.º feira, tendo feito uma
excelente viagem, conforme co-
municou a sua mãi, sr.? D. Al-
bertina Lima da Silva, por radio-
grama expedido no mesmo dia.

Como se sabe, Reinaldo Lima
fica a prestar serviço na Jirec-
ção Geral dos Serviços da Coló-
nia de Moçambique.

Que continue a dar boas noti-
cias são 0s nossos votos.

Soprápgag
FUNCIONALISMO

À Câmara Municipal de Proen-
ça a Nova abriu concurso para o

provimento do logar de e

Irário de 2,º classe,

Se não tivesse sido Churchill, nunca os inglêses teriam constraido o seu primeiro.
tank para a outra guerra. E Churchill observa os tanks inglêses desta guerra.

(Continuação da 1.º página)
geram os piores crimes? Que
nesse antro se; corrompem. as
consciências e se prepara a ruína
das famílias e o descalabro da

sociedade ?
Quão útil seria: que Amanhã,

encerrada a taberna; víssemos

surgir, em todos os-meios, por
tôda a: parte, centros de cultura
para os operários, onde lhes fôs-
se ministrada: instrução adequa-
da às suas profissões e que dis
pusessem de bibliotecas e de
jogos lícitos e honestos em que

se. efectuassem conferências de

carácter moral e religioso, orga-
nizando-se, a par disso, espectá

culos teatrais e cinematográficos.

Uma grande obra iniciada, sob
tam bons auspícios, pelas Casas
do Povo, mas que só pode pros
duzir seus frutos quando êstes
organismos estenderem a sua ac
ção a tôdas, absolutamente, a
tôdas as sedes de freguesia,

Porém, essa tarefa ficaria in-
completa se não se procedesse
ao encerramento de tôdas as ta-
bernas, mancha negra. que cons»
purca tôda. uma sociedade que
pretende ser civilizada,

Ednardo Barata
rose

“ Estrada da Madeirã

Lisboa, 20 — A Comissão en-
carregada de angariar donativos
para a construção da estrada Ma-
deirá-Alto da Cava, reiiniu-se
hoje, com a presença dos Srs.
Dr. José da Silva, Vergílio Dias
Garcia, Acácio Barata Ribeiro,
António Mendes Barata e João
Antunes Gaspar, verificando que
existe grande entusiasmo entre
os madeiranenses, do que são
garantia as importâncias já rece-
bidas.

Tomou também conhecimento
de várias cartas recebidas de vá-
rios conterrâneos, tôdas portado-

ras dos maiores aplausos ao bom |

êxito da nossa causa.
Brevemente iniciaremos, nêste

jornal, a, publicação das listas |

com os-nomês das pessoas que
lá contribuiram para êste impor.
tante melhoramento. | ê

LISO
Vida religiosa

Hoje, às 11 horas, missa reza-
da e comunhão geral.

No sáb. do, às 1 horas, bên-
ção da pia baptismal.

: «st dad
Antero do Vale Sntos

Foi nomeado fiscal de 2.º clas-
se do Ministério das Obras Pú-
blicas e Comunicações e coloca-
do em Oleiros, para onde seguiu
antes de ontem, o nosso amigo
sr. Antero do Vale Santos.

As nossas felicitações,

‘se pensa haver necessidades mais

tou sempre par-icular interêsse.

VIDA MUNICIPAL

Relatório lido na Sessão do Conselho:
Municipal. realizada em 12 de
Fevereiro de 1942

VII

6) A actividade da Vereação
transacta fica definida com a mi-
nuciosidade compatível com re-
latórios desta natureza, para que
os munícipes, e de maneira es:
pecial êste ilustre Conselho pos-

 

| sam conhecer o emprêgo que se

fez dos dinheiros municipais.

Não se ignora haver quem não
se. sinta satisfeito, sobretudo por
não ver à sua beira as realiza-
ções que pode observar na terra
do vizinho. E” natural.

Seria impossível contentar todo :
o mundo ao mesmo tempo, des
de que a actuação camarária tem
de ser movimentada no apertado
âmbito das possibilidades finan-
ceiras atrás referidas.

Mas se os impacientes têm o
direito de ter um critério e pro.
clamá-lo, direito igual não pode
ser negado à Vereação, com po.
deres para o sustentar e pôr em
execução. g

E a última Câmara tinha um
critério, que várias vezes foi ex-
posto ao Ex.Ӽ Governador Ci-
vil e Instân.ias Superiores. Por
esse Seu critério cuidou-se a
princípio, e de preferência, em:
atender as necessidades mais ur
gentes das populações rurais,
tendo o Presidente. da Câmara
transmitido pessoalmente êste
pensamento às entidades compe-
tentes do Ministério das Obras
Públicas, no princípio da gerên-
cia.

Não falta quem se queixe da
prioridade dada a certas regiões,
com preterição de outras onde

urgentes a atender, mas os re
paros não têm consistência séria
e carecem de fundamento razoá-
vel. Nas repartições competentes
do Ministério das Obras Públi-
cas há uma série de projectos
para obras; a Câmara estabeleceu
o seu plano de realizações e dêle
deu conhecimento às Repartições
competentes, mas, quem decide
em última instância, é Sua Exce-
lência o Ministro.

7) Quanto a obras novas, não
comparticipádas, a sua iniciativa
é da responsabilidade exclusiva
da Câmara, e esta não a enjeita.
No último quadriénio algumas
se fizeram nesta vila, no jardim
do Adro e parque da varvalha

Admite-se sem custo que haja
quem não se conforme com ês-
tes melhoramentos, por que a úle
tima Edilidade, e de maneirafes-
pecial o seu Presidente, manifes=

Efectivamente, há muito ainda a
fazer nos meios rurais, mas re.
conheceu-se ser já tempo de vol |
ver as atenções para esta vila.
* que não deve esquecer-se que
Sertã é a sede do concelho, a

sede da comarca, a sede de uma
delegação escolar, a sede de um
arciprestado, além de ser também
o ponto de passagem forçada:
para quantos pela via ordinária
se dirigem. do Alto Alentejo-ou .
do Distrito, a Coimbra e Norte
do País, e esta circunstância e.
aquêles títulos são motivos mais:
que suficientes para obrigarem a.
sua Edilidade a oferecer aos; vis.
sitantes, se não a paisagem cita-
dina que ostentam outras terras.
de igual categoria, ao menos 0.
aspecto de uma terra alegré, com
locais aprazíveis, dignos das pese
soas: categoriz«da: que sintam a,
obrigação de a visitar, Será bom
reconhecer que a vila da Sertã –
não está à altura das suas congê-
neres nem tem acompanhado, sob
o ponto de vista material, o mo»
vimento ascensional que elevou
outros burgos com iguais direi-
tos a uma situação de relativo:
esplendor aa

justo é, pois, que ao cabo de.
uma dezena de anos de vida re:
novadora em todo o País, a’sede-
do nosso concelho tenha mostras:
do aspirações um poucochinho
mais exigentes que as sedes das:
freguesias de Ermida ou Figúele
redo, sem desprimor para êstes
di núcleos ‘populacios.
nais…

Não quere isto dizer que uma
Câmara, digna da função que
exerce, deva preocupar-se apen /
com o progresso da povoação
que é a sede do Município.

Deus nos livre de tal heresia.

Tôdas as terras iêm direitos:
respeitáveis e Sagraios, mas há:

razões de prioridade que não de-

vem ceder perante possíveis ca.
prichos de facção, partidarismo:
ou exagerado bairrismo, e o Pres
sidente da Câmara tem autoridas
de para o proclamar, por não Ser.
natural do concelho e ter igual e.
justa consideração pelas diferem.
tes terras que o compõem. Se
Lisboa, prefere ao País e a capi.
tal do Distrito aos concelhos da,

Província, a sede do concelho
deve satisfazer primeiro as sijas

Ee

legítimas aspirações,. para logo
de seguida dar-se satisfação às.
das restantes localidades, a não
ser que estas, pela std haturéga,
se imponham como inadiáveis.

Eis explicadas as ragões por.
que a Câmara transacta “lançou.
ombros à emprêsa de alguma
coisa de útil, em matéria de afors.
moseamento, fazer em beneficio.
da vila da Sertã. Sob êste as»
pscto apenas falta, por agora €
no reduzido programa há tempos.
traçado, completar o pouco que.
falta no pa: que da Carvalha Inú-
til será esperar-se que a mutua-
ção operada na Câmara leve o.
actual Presidente a deixar de.
empregar os seus esforços, para:
que o programa tenha realização
completa.

(Continua):
tste número foi «isado pela,
Comissão de Censura
de Castelo Branco