A Comarca da Sertã nº290 09-04-1942

@@@ 1 @@@

– FUNDADORES -—
— Dr. José Carlos Ehrhardt —
[| — Dr. Ângelo Henriques Vidigal —
—— António Barata e Silva –—
DE osalEafaia Corantes ival

Eduardo Barata da Silva Corrêa

Composto e Impresso

OJ|idirgToR, EDITOR E PROPRIETARIO , ; a ; a

a | Lduando Barata da-filva-Cyreia . mo (| ro

5] — REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO —— CASTELO

m| |RUA SERPA PINTO-SERTA a RREO,

>4 4 = E

L PUBLICA-SE ÁS QUINTAS FEIRAS : Em Ea a dg

am IN NZ E o) Hebidomadánio regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarea da Sextã: concelhos de Sertã | 2

2 = ear aerea Smmee ) ; Dn SD A E a | ABRIL,
N::290- «= Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei; e freguesias de Emêndoa e Gardigos (do concelho de Mação) | 1942

JA? lavradores na Serta que
Co Roo eira aa

jo aos jornaleiros a diária
de 18800.

“Não nos compete dizer se é

ou não justificado o aumento
um escndo de salário quan-
inda há tam ponco tempo

a pernas passaram de seis q
sete escudos. Compreendemos,
muito bem, que o trabalhador
Pural, na nossa região, dificil
Merite se pode manter com um
salúrio-drário inferior ao cus»
to de meio algueire de pão de
milho e o preço dêste, última-
mente, tem oscilado entre 15 e
17 escudos. Mas, por outro la-,
do, é preciso tomar em linha
de conta o agravamento de en-
cargos que vieram. onerar. a
lavonra da nossa região — só
para nos referirmos a esta —

a. extraordinária subida de
preço dos adubos, sementes;
alfaias e transportes, .. i
é Pode a nossa agricaltnra,
tam pobrezinha e quási sem,

pre em regime deficitário, su-|

partar o novo aumento de sa-
lários ? O tempo, que traz con-
Osquexperiênvia, o dirá, A
nós, parece-nos que não, Bas.
ta dizer que a maioria dos la.
vradores. não vive exclusiva
mente do que a terra produz,
tendo de ir buscar aos venci-
mentos da sua vida profíssio-
nal — que se mantêm inalterá-
veis— grunde parte do dinhei-
+ necessário ao onltivo cama:
nhoidas terras. E
“Quando da modificação ag
7 escndos, feita inicialmente
por dois ‘om três luvradores
da Seria, e que todos os on-
tros tiveram de segair pois.de
contrário correriam o risco de
não obter mão de obra, nós
dissemos que nunca. ela deve-
ria ser feita sem o acôrdo da
maioria dos agricultores da
treguesia, assunto a tratar em
relnido especial e precedendo
aviso feito com bastante ante-
cedência, A relinião seria con-
vocada por dois ou três lavra
dores mktis importantes, da-
quêles que, precisamente, se
podem considerar bastante
iai com o aumento das

é deveria

panderado, e resolvido, coma,
base: nam, critério, razoável,
considerando-se, devia e cui

duas classes interressadaso
Que. benefício-resulta-para
os jornaleiros ao ser-lhes fi-
*ado, arbitrâriamente, o salá-
ig faia escudos; sea maio»
ria; EO dores, pequenos é
mod: 10
oiro paga com

não pode pagar
grande dificul-

dade e, por conseguinte, terá,
faraananentes delimitar à gua
chamada Po eo ais a ?
Pinhamos acabadorde escres
ver estas linhas quando. nos

“O assunto, importante |

f=STAMOS) a chegar ao ponto crucial
É da guerra. e
Pode dizer-se que tudo quanto
se fêz até agora nos campos -de Satalha
pouco adiantou a vitória de qualquer dos
contendores «apenas serviu para diminuir
o tempo de resistência das nações,
Quer dizer: estamos apenas trinta me-
ses mais, próximos do fim da guerra.
-yCom: que gratidão não devemos-le-
vantar os olhos para Deus, à agradecer-lhe
êstes trinta meses de paz e Sossêgo, em
Portugal!
Parece que, psicológicamente, a guer-
ra está neste ponto :

Os japoneses dizem pela hôca de To-
go «que não desistirão da luta enquanto
vão aniquilarem, no Oriente, os Estados
Unidos é a Inglaterra».

Os alemães afirmam «que vão para a
vitória “e: que serão implacáveis enquanto
não destrvirem a Inglaterra s o comunismo»,
A Rússia, pela voz de Staline, diz «que
08 intermináveis exércitos Soviéticos avan-
carão até Berlim e até ao Reno, onde bate-
rão definitivamente as potências do «eixo».

»sA Inglaterra e os Estados Unidos «que

ferão. tudo: para derrotar o Reich, para a|’

ocupação da Alemanha e libertação dos.
povos».

Há, em tudo isto, apenas um silêncio
efingico : nem por palavras, nem por obras,

:6 degladiam os dois-vicinhos, aliados dos
wois focos beligerantes adversos :— Japão
e Rússia.
| > »Equeltanto o Japão como a Rússia
procuram tirar vantagens da sua quietação.
recíproca : um ataca à máquina de guerra!
aliada; outro, o formidável exército alemão.
» -Esta- situação incompreensível traz,
por agora, vantagens nos dois, que, por es-
sa razão, lutam mma só frente.

Que estará para vir?

Naturalmente isto: aquêle que primei
ro terminar a sua-tarefa, atacará o outro
pela retaguarda, criando-lhe duas frentes de
combate, para auxiliar o seu aliado.

Isto lá no Oriente,

Porque, na Europa e Médio Oriente
outro “plano se conjuga para ser realizado
antes daquele, |

Está.à vista, o = ——
“No dia em queo Japão puder atacar
a India, sólidamente instalado e com as
linhas“ de comunicação marítimas assegu-
radas no Arquipélago da Malásia, —. o que
pretende: fazer’o maia possível — avaliçará
para o Cáucaso, ou Siriae Suez a prepara-
da ofensiva alemã da Primavera, diz-se
que com milhões de homens, já ‘a reunir-se
e tanks e aviões de núvo tipo, aperfeiçoa-
dos e fortemente blindados,

Então, como os técnicos já indicam, a
verra, alastrarsso-á, pela Turquia, Sítia,
aque, Pérsia, Arábia, Afeganistão e Be-

luohiatão, até à India, para esmagar entre
dois fogos o inimigo e cortar radicalmente

[id “comunicada a nomeação da

as comunicações à China,

‘A evolução da guerra

4 À A’frica ficaria, depois, exposta a to-
dosjos ataques e fácilmente seria absorvida.
O plano é, na verdade, grandioso!
es Não estará pôsto de parte o plano de
invasão da Inglaterra; mas não parece pro-

vável nem viável,

9 s&

Enquanto o «eixo» assim pensa, 08
aliados imaginam outro tanto.

Criar-se-á uma nova frente contra à
Alemanha para a obrigar a dividir as fôr-,
ças, de modo que a Rússia a poasa domi-
nar, antes dus exércitos transporem o Cáu=
Caso ou avançarem pela Síria.

Embaraçada- a Alemanha, o grande
plano ficará destruído, porque mais um ano
de guerra e a Europa central não poderá
resistir muito, e, coma Europa decaída,
traquejará aquela potência,

E se Alemanha fraquejar, o cãos, ou
um período de desordens internas domi-
mará todo o continente, até próximo da
nossa Península,

Surgem naturalmente estas duas pre-
guntas :

1.º— q E onde criarão os aliados essa
nova frente?

Dizem os jornais que pelo lado da
Suécia, para assegurarem as comunicações
com a Rússia.

Mas iss0 seria apenas diminuir a fren-
to da Finlândia.

Pode acontecer que vsaliados tenham
de abrir caminho por aí, mas:é:diflcil, pou-
co. adiantatiam, julgamos nós e criariam
mais um inimigo.

A nova frente poderia iniciar. se pelas
margens do Reno, em direcção às frontei-
ras alemãs.

O momento seria quando as fórças do
Reich se desviassem para a ofensiva contra
o Médio Oriente, As tendências da arma
aórea inglêsa assim o dão a entender,

E so isto, não lhes fOr posalvel, como
muitos julgam, dariam terra à Alemanha,
como. a um grande varredor de feira, e fa-
riam largo cêrco, até que ela se esgotasse,

Austrália; costas americanas do Paoi-
fico, Africa e Inglaterra, Atlântico, seriam
o cêrco, fechado pela Rússia e China,

> +

2º— Poderá a Europa resistir mais do
que ano e meio a esta guerra?

Cremos que não, A guerra tomará du-
rante ôste ano a inclinação para onde de-
ve tornbar definitivamente, até aos mea-
dos do ano futuro.

Razões: A Alemanha gastará 1.400,000
toneladas de petróleo;por mês, na grande
vfensiva, Se mão avançar para o Médio-
Oriente, ou nho fizer a guerra em quatro
meses de ofensiva, perderá tôda a eficiõa-
cia desta, e pode:considerar-se liquidada,
porque lhe faltará o combustivel para se-
gunda ofensiva de tamanha amplitude,

u(Continua na 4º página)

“.. d lápis

direcção do Grêmio da Lavou-
ra da Sertã e Vila de Rei.

Ainda bem. Uma das suas
funções, por certo, é regalar
os salários rurais. Conviria,
pois, prestar ao assunto tôda
a merecida atenção, de modo
que os lavradores e jornalei-
ros, fazendo, reciprocamente,
algum sacrifício, não vão criar
ans aos ontros dificuldades
insuperáveis, com o que todos
só terão a perder.

tired

MUITA gente da Sertã se in-
terroga a propósito de,
êste ano, não ter havido agai
as solenidades dos Passos e
da Semana Santa, de grande
fama e tradição, crendo que
qualgaer ontro motivo, e não
o impedimento da colaboração
da filarmónica, determinou a
sua não realização, pois que,
tanto em Oleiros como em
Proença a-Nova tiveram logar
aquelas solenidades com a as-
sistência das músicas locais,
pertencendo, uma e outra ter=
ras,.a esta mesma Diocese,
Seja qual for o motivo que
obstou à sua efectivação, nós
temos que o lamentar, não só
porque os crentes ficaram inia
bidos de assistir às melhores
e maiores solenidades religios
sas do ano, mas também por:
que elas atraem à Sertã alguns
milhares de pessoas, que apro.
veitam a ocasião para fazer as
suas compras, de volume e im-
portância apreciável.
A-propósito disto, já aqui
dissemos que é ao comércio da
Serta, por mais interessado,
gue compete organizar às re-
feridas solenidades: São elas
muito dispendiosas, e hoje
mais do que nos anos transa
ctos, mas qualquer deficit que
se verificasse seria compensas-
do pelos lucros obtidos pelos
comerciantes nas suas vendas,

trio

BSPECTACULO indecoroso
assistia, na Serta, quem,
no sábado passado, primeiro
mercado do mês, bastante con
corrido como de costume, pass
so na Raa Cândido dos Reis;
algans pedintes, em fatigante
lamúria, deitados sôbre os
passeios, ostentavam repa-
gnantes alerjões; ao côro im-
plorante associava-se uma cos
orte de garotos de bom aspes
cto físico, que se vão industrians
do na arte de viver à custa
alheia!
+ Não queremos agora disca-
tir se, sim ou não, esses hos
mens, que andam de feira em
feira necessitam de recorrer à
caridade, Achamos, simples
mente, que o espectáculo é ver=
gonhoso e, como tal, imprós
prio de ama terra que se
presa.
Em Sernache, aos domingos,
assiste-se à mesma exteriort-

Zação de miséria,

áiaa

ein paiitantesam )

 

@@@ 1 @@@

 

A comarca da Sertã :

‘| contra A
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Farmacentico pela Universidade de Lisboa

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R.S. Nicolau, 93 — LISBOa

” RACIONAMENTO

(Continuoção da 3,º página)

Convençamo-nos todos de que a ho=
ra actual é de sacrilícios, impondo
uma necessária e absoluta economia.

Se cada qual for previdente, dispen=
sando-se do sapérílao, a que estava
habitaado, verá que as rações conte=
ridas lhe chegarão e ainda permitem
fozer uma pequena reserva para uma
doença. De resto, note-se, a Comissão
de Racionamento não se esqueceu de
guardar determinada quantidade de
açúcar para Os doentes e é maito pos=
sivel que adopte a mesma precaução
quanto ao arroz.

Dada a pequena quantidade de bam
calhaa que cabe ao concelho da Sertã,
a Comissão resolvea pôr de parte o
sea racionamento nox próximos me-

ses, e

Nas: oatras Ireguesias do concelho
aapomos que não será estabelecido o

DD

fala e o mundo acredita

cuja organi de=

termina maito trabalho e atarado es-
fôrço e só podia ser execatado, crem
mos, pelas Jantas e pelo comércio das
respectivas áreas. E é pena que êle
não se possa estabelecer, porque, as-
sim, continaarão ans consumidores a
receber a parte de leão, enquanto, ou-
tros, ficam com menos que o saficien=
te para seas gastos essenciais,

Faça a expedição das suas
encomendas

* por intermédio da COM-
PANHIA DE VIAÇÃO DE
SERNACHE L.’, que lhe
garante a modicidade de
preços, segurança e rapidez
ea certeza de que elas che-
gam ao seu destino sem o
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rio em Sernache do Bomjar-
dim e qualquer dos nossos
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Part. *
a
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De do Julho a 30 de Outro, et
Do da ed 3 do Jd, tuo ;
a Jd, tuo ;

@@@ 1 @@@

 

Eu-segui, tu seguiste, nós seguimos
Eu;olhei, tu olhaste,nós olhamos
Eu’senti, tu sentiste, nós sentimos

Um desejo de amar e nos

amámos.

‘ Eu sorri, tu sorriste, nós sorrimos

Eu andei, tu andáste, nós andámos;

Eu fugi, tu fugiste, nós fugimos

Eu amei, tu amáste, nós

Com receio de muito nos amarmos

amámos

Preguntei, preguntáste, preguntámos

Se nosso amôr seria dé

EX

* Procuref, procu

verdade

ráste, procurámos

é Encontrei, encontraste, encontrámos
E O caminho da nossa Felicidade |

Mário Rebelo Hespanha

à & ”
Nolasa lápis
vw – »(Continuação)
RESOLVEU a Câmara cor
tar todos os cedros do
cemitério porque. as. raízes,
atingindo um desenvolvimento
extraordinário, danificam os
muros e os jazigôs.
COM a irregularidade de
: comboios e camionetas, ha
dias em que não recebemos cor
reio de Lisboa, mas. nontros.
recebêmo-lo à tarde e à noite.
– E a lei das compensações!
ea eee ;
O passatempo de um rei

“Afirma-se que a colecção de
sêlos do Reino-Unido e Império
Britânico, pacientemente forma-
da por Jorge V é a melhor do
mundo. Acha se instalada em sa
la–especial do sub-solo de Bu-
ckingham Palace. O seu valor é
calculado em 400,000 libras es-
teriifias. A colecção consta de

tomos de 30 folhas, esplen-
didamente encadernados, e con-
tendo, em conjunto, mais de meio
milhão de sélos. :

* Muitos dos mais raros e va-
losos exemplares coleccionados
pelo: falecido monarca foram re-
produzidos há cinco anos! no

«film», em côres, mandado fazer |
pela Direcção Geral dos Correios:

e Telégrafos da Grã Bretanha,
Êsté «tlm» foi intitulado «The
King’s Stampse (Os sêlos do Rel)
e a suf projecção na tela-dura
kêrca dê vinte minutos.

RAS ‘ A

PS ea a ea a

> AGENDA É
aa ea ea a ea ea

Estiveram na Sertã os srs,
General A. Conceiro de Albu-
querque e espôsa, dr. António
Nunes e Silva, dr. José Nunes
e Silva, Norberto Pereira Car-
dim, espôsa e filho, Ricardo
Moreira dos Reis e Amilcar
Francisco de Oliveira e sua
mai, de Lisboa e dr. José Ba-
rata Corrêa e Silva, espôsa e
filhos, de Tomar.

—Com, curta demora esteve
em Lisboa, acompanhado de
sua espôsa e filhos, o sr. dr.
Flávio dos Reis e Moura.

=— Regressou do Pórto, com
saa espôsa, o sr. dr. José Car.
los Ehrhardt.

—De Lisboa regresson a 4º
varo a sr D: Maria Eugênia
de Mendonça David.

—Encontram-se na Sertã os
srs dr. João do Carmo C. Bo-
telho e José Ferreira Vidigal.

rose

FESTAS ESCOLARES

Tiveram a gentileza de nos
enviar convites para assistir às
festas nas suas escolas os srs.
* professores do Outeiro da Lagoa,
»D. Maria Freire Ribeiro e Eduar-

do A. de Caires e dos Ramalhos,
!D, Margarida Lopes da Silva,
| Os nossos agradecimentos,

” Chegou ao nosso conhecimen-
to que a uma família da Sertã,

‘ na sua quasi totalidade compos-

ta de pessoas doentes, foi forne-
cido, durante muitos dias e, pos-
sivelmente, durante semanas, um
líquido a que a vendedeira cha-
ma leite, mas que, de facto, tinha
uma quarta parte de leite e três
de água, não sabendo nós se es-
ta seria pura quando lançada no
recipiente |
ão sabemos como explicar
estas coisas Riado é certo que
o leite é fiscalizado antes de ser
distribuído pelos domicílios; e
se as vazilhas são seladas, muito
menos se compreende que, de-
ois do exame, nelas se possa
introduzir qualquer líquido 1

A entidade competente que ave-
rigue e faça todo o possível para
descobrir a fraude, que merece
severo castigo para exemplo de
todos quantos não têm p:jo de
iludir a boa fé de quem nêles
confia.

O facto representa um crime
punível: à face da lei e, além de
um roubo descarado, mostra que
mem sequer pelos doentes e crian-
ças há aquêle mínimo de consi-
deração e humanidade que êles
devem merecer a tôda a gente.

Registâmos aqui o caso ‘para
que fiquem de sobreaviso todos
os consumidores do precioso e
indispensável alimento, já que a
nós não nos cabe denunciar às
autoridades a mixordeira ignóbil
que, conscientemente, contribue
para o mal da saúde do próximo,
ao mesmo tempo que lhe vai ex-
torquindo o dinheiro |

Hospital da Sertá

Subserição aberta pela «Gor
missão dos Amigos do Hos-
pital da Sertã,» em Lisboa,
para a compra de material
girúrgico :

Transporte (do n.º 281), 10.959850

Produto líquido da «Noite Re-
gionalista» (n.º 281), 1.600890.
Ex.=º Srs. Dr. Angelo Henri-
ques Vidigal, 500800; Francisc

| Pires de Moura, 100800; Dr. Pe.

dro de Matos Neves, 100800;
Carmelino Ferreira Pires, 50800;
E C. Pires,’20800.’ : i

A transportar,. « .s… 13.330840,
«og
Este número foi visado pela
Comissão de Censura

de Casíelo Branco

CG oM

“Senda de leite adulterado | Impostos. abs Ineros extraor!

dinários de Guerra

Vimos prevenir tôdas as pes-
soas, singulares: ou colectivas,
que estejam compreendidas nos
comércios, nas indústrias e nos
negócios indicados na relação
publicada no «Diário do Govêr-

“no> (1,º série), n.º 59, de 13 de
Março do corrente ano, de que
têm de apresentar na Secção de
Finanças do respectivo concelho
uma declaração, em duplicado,
feita em papel do formato legal
e sem sêlo, contendo:

a) — Nome e morada,

b) — Sede da actividade co-
mercial ou industrial ou do local
onde existiu ou existe o objecto
ou o imóvel que deu lugar ao
lucro extraordinário.

c) — Mercadorias, géneros, ar-
tigos, imóveis ou quaisquer tran-
sacções que produziram o lucro
extraordinário.

d) — Importância dos lucros
ilíquidos realizados em cada um
dos anos de 1937, 1938, 1939 e
1941.

e)— Importância das transac-
ções efectuadas em cada um dos
anos de 1937, 1938, 1939 e 1941.

ft) — Valor das acções, das co-
tas e dos imoveis que serviram
de base à transacção de que re-
sultou o lucro estraordinário.

Com esta declaração será apre-
sentado o extracto do balanço
relativo ao ano de 1941 e os
contribuintes que vêm exercen-
do a sua;actividade anteriormen-
te ao ano de 1937, apresentarão,
além daquele, os extractos dos
balanços dos anos de 1937, 1938
e 1939,

A apresentação da declaração
é obrigatória para todos os indi-
viduos ou emprêsas cujas activi-
dades estejam mencionadas na
referida relação e ainda para
aqueles que tenham realizado
lucros extraordinários abrangi-
dos pela disposição do decreto
n.º 31.905, de 9 do corrente mês,
e a sua falta é punida com multa,

Estação Telégrafo – Postal
de Oleiros

Foi nomeada chefe da estação
telégrafo-postal de Oleiros a sr.”
D. Maria da Conceição Silva do
Vale Santos, espôsa do nosso
patrício e amigo sr. Antero do
Vale Santos, tendo assumido as
suas funções na pretérita 2,º feira,

‘PEDRÓGÃO PEQUENO-—Realizous
se no dia (9 a festa escolar da fregue-
sia, tomando parte tôdas as escolase o
pi os aa do Vale da Galega, ele-

mentos oficiais € O povo. . E
“Ocortejo que Eno às 11 horas
em frente da escola Eduardo Conceição
Silva, diriglu-se à Igreja Matriz onde
stiu à missa celebrada pelo Pároco
vila, Rev.º Serafim -Sérta que
enalteceu o significado dás festas esco-
lares e o caminho educativo e cristão

que estão his sendo de esperar,
“no

Ri es e a resul-
tados, comungando os professores e
céica de cem alunos.
De novo o cortejo se pôs emmarcha
a ag escolas desta vila, onde foi ser-
o, ui “abundarite lanche a 200 crian-
ças; que éra composto de pão com
queifo, pão com dôce e bolos diversos, |
“Termimado o lanche realizou-se uma
parada. com todos os alunos que exe-
cutaram diversos números de gimnásti-
ca em presença da numerosa assistên-

A’s 14 horas, perante centenas de
essoas, fol aberta a exposição de tra-
hos manuais na’ Sala da Junta de
Freguesia, com a: assistência dos srs.
Cários Ferreira David, Presidente da
Juntade Freguesia, Pároco da Fregue-
sig e José Antunes Xavier, Begedor.
Ar Sala estava lindamente decorada e

embelezada com os trabalhos é cader- |

nos dos alunos de:tôda a freguesia,

– A’s 21 horas ‘tealizou-se a récita ih- !

fantil, numa, casa ampla e cedida para
tal

| fio

ATRAVÉS DA

desta vila sr.2 D, Maria do Céu Lopes
de Sousa e Joaquim Nunes Rodrigues,
mandaram construir um palco para tal
fim. A apresentação foi feita pelo prow
rosa assistência quais os fins de tão
deceu a’ tôdas ‘as pessoas que contri-
buiram’ para esta récita que era a se-
gunda que se realizava, no género, nes-

to a iam tomar parte nela os alunos
da 3 escolas e do pôsto escolar.

Em seguida pelo orfeão das escolas
foi cantado o Hino Nacional que foi
respeitosamente ouvido de pé, pela as-
sistência. * – :

Depois a sr.? D. lida Marques, re-
gente do pôsto de Vale da Galega, leu
algumas considerações acêrca do meio
educativo onde vive.

canções e bailados quê agradaram du-
ma maneira geral, sendo multos bisa-
dos e aplaudidos delirantemente.

A primeira peçazinha escrita e adap-
tada expressamente para esta récita pe-
los professores D. Maria do Céu e Nu-
nes Rodrigues, que intitularam — «<A:
NOSSA ESÇOLA»— enaltecia as figum
“ras de Carmona e Salazar e agradecia
ia todos os subscritores que auxiliaram
a campanha do óleo de fígado de ba-
calhau que durante 4 meses beneficiou
9o crianças matriculadas nas escolas da

jo sr. Francisco David e Sil- no papel de professo
boa e, onde 0g professores ‘ Barata no de aluno, estavam bem e des- | país,

vila. Tinha como protagonista o meni-
no Artur da Costa Leitão que se de-
| sempenhou brilhantemente.

tado pelo menino José Duarte Caetano
7 re Aliredo Simões

ta vila, mas com maior amplitude, vis- | lenço»

Havia grande número de recitátivos, !

pertaram interêsse.

<A tentação funestas em que entra-
ram apenas duas crianças: Maximitia
da Cônceição e Anibal da Cruz Barata,

fessor Rodrigues que explicou à nume- | foram. magnificamente desempenhados

os papeis de senhora e criado, arran=

Instrutiva récita e festa escolar. Agra- | cando entusiásticos aplausos e deliran-

te pnsaihadas

ignos ainda de registô «Sou gen-
te…» pela menina Navi Lopes; «O
oesia, pela menina Maria do
Carmo Rei; «A Aldetá e a Cidade», diá-
logo, pelas meninas Guiomar David e
Arminda Baptista; «O caçador de gri-
los», monólogo por Manuel Ferreira
dos Santos; «O volftamista» pelo meni-
no Anselmo António Serra, e «A saia
‘da Carolina», bailado. Estes números
foram interpretados pelos alunos das
escolas da vila,

«A Ciganinha», pela menina Elvira
Martins, do pôsto escolar do Vale da
Galega; e «Salvé nosso Portugal», por

“um grupo de alunos da escola mixta do |
+ Bravo.

A assistência foi numerosa, vendo-se
nas cadeiras tôdas as Senhoras da vila
e arredores, havendo muitas pessoas
das qui do Carvalhal, Figueire-
do e Madeirã e um grupo de rapazes
de Pedrógão Grande.

— Regressou a esta vila o sr, Antó-
nio Fernandes Braga e Esposa.

— Saíram para Lisboa a sr.” D. Ma-
ria Antónia Ferro, professora oficial do
Bravo, sua mãi e irmão Carlitos; e a
sr,à D, Maria do Ceu Lopes de Sousa,
professora desta vila, saiu para Vila

«O exame do meu menino» interpre-=- do Paço.

— (Os estudantes que fregilentam os
vários estabelecimentos de ensino do

as férias |

Junto de suas famílias.

CAVA (MADEIRÃ), 30 — No dia 22
teve aqui logar à festa escolar, que de-
correu com o maior brilho; de manhã
comungaram, à missa, tôdas as crian-
ças; depois houve um cortejo desde a
capela até à escola, seguindo na frente
o aluno António Alves com a bandeira
nacional, sessão solene, exposição de
trabalhos escolares, exibição de vários
números de gimnástica, ensaiados pelo
soldado Manoel Rodrigues, recentemen-
te licenciado. A frontaria da escola
apresentava-se vistosamente emban-
deirada e engalanada, Depois da sessão
solene, os alunos recitaram diversas
poesias e entoaram bonitas canções,
cuja execução muito agradou à nume-
rosa assistência, que não se cançou de
aplaudir as crianças, cuja apresentação
muito admirou. Deve-se o bom resul-
| tado da festa aos esforços incançáveis

da regente sr. D. Maria da Conceição
Amaro, que a nada se poupou para que
ela tivesse o bom resultado que se ve-
rificou, L
A interessante festa foi custeada pe-
| tos filhos desta terra e pelos seus amim
* gos que se encontram em Lisboa, que
aproveitam tôdas as ocasiões para a
e engrand A rem
ente da escola e todos os habitantes
da Cava procuram criar um fundo para
a Caixa escolar, de modo que ela pro=
teja convenientemente todos os alunos
| pobres, que muitos são; escusado será
dizer que esta idéia, como tôdas as ou-
tras néste género, há-de obter os mais
Criou-se para

R ACIONAMENTO

O racionamento do açúcar, na fre-
guesia da Sertã, principiou já, tendo
sido fixada a entrega das cadernetas,
pela Secretaria da Câmara, do modo
seguinte :

Dia 1 de Abril, aos consumidores
de Sertã, Abegoaria, Ameal, Açude de
Ordem, Azenha, Boieiro, Ervideiro,
Fonte Branca, Moínho da Valada, Re-
gorises e Venda da Pedra; dia 2, aos
das povoações das capelanias de Oa=
teiro e Calvos; dia 3, aos da de N. 5.
dos Remédios; dia 4, aos das de Cox
deceira e Passaria; e dia 5, aos da de
Serra de 5. Domingos, Amioso e res=
tantes povoações. ”

As cadernetas abrangem dois mem
ses e foi assim fixado o seu’preço:
categoria n º 1, para pensões, 2800;
n.º 1, para particalares, 1450; n.º 1,
especiais, 1$20; n.º 2, 1820; n.º 5, 1$;
n.º 4, $90; n.º 5, $70; n.º 6, $50 e n.º
7, grátis. f

A Câmara dea estas iniormações;
bem como outras complementares,

que agora já não interessam, por meio
de avisos largamente afixados nos lo=
gares do costume e nós próprios ain-
da as enviámos para Castelo Branco,
mas a irregularidade de comanica-
ções impedia a publicação no áltimo
número, como era nosso desejo. E”
de notar, a-propósito, que a carreira
entre a Sertã e Castelo Branco, que
era diária, está reduzida a três vezes
por semana.

Brevemente deverão ser distribui
das as cadernetas de arroz, de que a
Câmara fará aviso prévio para conhex
cimento do público.

Estamos satisfeitos por ter entrado
em bom caminho, aquéle que nos par
rece mais razoável, a distribuição dos
principais géneros alimentícios. As=
sim, pelo menos, já cada am sabe com
o que pode contar, dispensando-se da
maçada de andar, por aí— ótiol ó
tio! — de chapelinho na mão, a pedir
o obséquio da dispensa de uns tantos
gramas de arroz ou açúcar, de que,
até, maitas vezes se privava’ porque o
seu habitasl fornecedor nãv tinha
aquêles artigos e não se queria im=
portunar os dois ou três outros cos
merciantes que os haviam recebido,
porque atendiam — quando atendiam |
— o pedido de má vontade e não pou=
cas vezes impanham a compra de ou=
tros artigos inteiramente dispensá-
veis |

Com o racionamento acabaram tom
dos esses inconvenientes. Cada famí«
lia sabe, assim, o que pode gastar.

Nem tôda a gente está satisfeita com
os quinhões que lhe foram atribuídos.
O contrário seria para admirar. Pom
rém, não se perca de vista que a Cox
missão de Racionamento atenderá tô=
das as reclamações jastificadas que
se lhe apresentarem entre 20 do cor=
rente e 10 de Maio; essas reclamações
e a experiência dos primeiros dois
meses do regime de distribaição ser
vem de base a introdazir, de fataro,
as alteroções convenientes, pois estam
mos certos de que a Comissão não
tem — nem podia ter — qualquer in=
taito de prejadicar seja quem for.

(Continua na 2,º página)

(Noticiário dos nossos correspondentes)

tal fim uma comissão, que é composta
dos srs. Alfredo da Silva Girão, Fran-
cisco Alves e Augusto A, Pirão Sequei-
ra, respectivamente, presidente, secre-
tário e tesoureiro. À todos, que já con-=
tribuífram para tão humanitário fim, se
agradece os donativos entregues, que
noutra ocasião publicaremos,

— O tempo tem corrido mal, preju-
dicando bastante as sementeiras,

— À gripe grassa também aqui com
carácter epidémico.

— Saíram para Lisboa a sr.“ D, Ma-
ria Sequeira, José de Almeida e Silva,
espôsa e filhinhos e D, Maria da Silva
Girão, que ali estão de visita a suas

famílias.
e ? Cc.

TROVISCAL, 31 — No dia 25 reali-
zou-se aqui a festa escolar da fregue-
sia, em que, além dos professores lo-
cais, colaboraram as regentes e alunos
dos postos de ensino de Macieira e
Carvalhal, desta área. A festa constou
de diversas cerimónias relígiosas e de
recitações na sede da escola feminina,
distribuindo-se um lanche aos alunos,

O produto obtido com as entradas
reverteu em benefício das caixas esco-
lares das 4 escolas da freguesia, Com-
pareceu muito povo, não faltando, de-

lgnad, os pais das crianças. A
assistência ficou entusiasmada com o
papel desempenhado pelos alunos, e
que satisfez plenamente, não obtanfe a
sua pequena idade e curta preparação,

Deve salientar-se o esfórço empre-
gado pelos professores para que as fes-
tas tivessem tão bom êxito,

 

@@@ 1 @@@

Relatório lido na sessão do Gonselho Municipal

realizada em I2 de

8) Não quero finalizar êste |
relatório sem ainda abordar ou
tro assunto, que para muitos se
apresenta ainda pouco esclareci
do. Quero referir-me à inovação.
do Código Administrativo sôbre
melhoramentos nas freguesias.

No.ântigo regime, e no actual
até 1938, as necessidades das po
pulações rurais eram satisfeitas
directamente pelas € âmaras. Não
é o logar próprio para apreciar a
forma “como era realizada essa
satisfação. ms a verdade é que
o Estado Novo sentiu a necessi-
dade de alte ar ‘a legisl:ção: 6:
bre” mstéris,

Nº óligo de 1936, art.º 641.º,
e no de 1940, art. 753, foi es»
tabelecido que as Câmaras dota-
riamobrigatôriamente as OBRAS
e melhoramentos das freguesias,
de mado que todos os anos ne-
las sejam gastos 25º/, dos-adi-
cionais às contribuições do Es
tado; no S 2º do último artigo
citado, preceitua-se que as im-
pôrtâncias necessárias, ou sejam
entregues às Juntas em dinheiro,
ou nelas «plicadas pela Câmara
de acôrdo e com a cooperação
das Juntas.
|O preceito novo produziu jus-

QUANTIAS EFECTIVAMENTE GASTAS

Dinheiro entregue às Juntas.e mel
acôrdo ..

Pequenos melhoramentos em proveito das povoações
E tos directamente pela Câmara +. . .
50 %/o sôbre as, obras comparticipadas ou seja a contri-

buição da Câmara-em obras

* celho , . . a . .
Fontê de Alcobia, para que o Estado nada-pagou:
Total das quantias gastas. N

O Código Administrativo apenas obrigava a dispender.38 303820.

Isto o que se fez no último ano do quadriénioo Outro exem.

plo, tirado do primeiro ano;

ANO DE 1938

Receita ordinária cobrada. .,
Produto líquido dos adicionais às
K a Gana ERRA –
importância destinada
Peste produto líquido ..

QUANTIAS: EFECTIV AMENTE GASTAS

Subsídios em dinheiro: às Juntas

Pequenos melhoramentos féitos pela Câmára .
50º), sôbre as obras comparticipadas ou seja a contri-
a da Câmara em obras fora

9) Eisaeloguência dos núme»
ros, que algas pessoas não
querem ouvir nem, compreender
nem Ar aorenido à face dos do.
câmentos da Secretaria da Cá

-Mas, como ao lado daquelas
há também os bem intencionados,
para: esses vão as últimas pala-
vras dêste relatório. Já se disse
que a disposição salutar e inova-

ora do art.” 641.º do Código

dministrativo de 1836, bem
Ed O actual preceito do art.º
753 do Código de, 1940: não
comportam a interpretação: que
uitos ‘de boa fé lhe deram.
egundo essa interpretação a Câs
mara, por exemplo no ano de
1933, seria obrigada a distribuir,
em dinheiro, pelas Juntas,
39.985928, a fazer os pequenos
melhoramentos em proveito das
povoações, e ainda a pagar do!
erário municipal 50º do custo .
das obras comparticipadas ou se-
ja a importância de 38 248828.

Seria não só bm, mas ópti-
mo, se 0 tesouro municipal pers
mitisse espalhar todos Os anos
tantos, benefícios. No. entanto,
para mostrar a inviabilidade de
talsistema ou interpretação, basta
aplicá-lo a qualquer das gerências
do último quadriénio e fazer gi-
rar os números. |

Mag não é preciso tanto labor,

às IreguesTas, 25º)

PRGIPAL o ano
E o Código Administrativo obrigava a dispender apenas 39.984428

modalidades, E o último
mos últimos

ido, e desta forma . ol, possível

Fevereiro de 1942
21

tificado alvorôço nos meios ru-
rais, & não faltou quem entendes-
se que as Juntas receberiam obri- .
gatoriamente, além da percenta-
gem mencionada, o produto inte=
gral do imposto de prestação de
trabalho, o qual, como já se dis-
se, foi lançado para suprir em
parte, a diminvição ce’receitas
ocasionada pelo abaixamento da
percentagem cobrada pela Câma
ra sôbre as receitas do Es-
tado,

O pensamento do legislador.
traduzido nos preceitos mencio-
mados é diferente, mas. sem em-
bargo, não foi a Câmara de Ser-
tã a que ménos protecção dis- |
pensou aos meios rurais

Examinemos. o resultado do
cumprimento dos artigos citados,
por exemplo no ano de 1941:

Receita ordinária cobrada,
351.596$66.

Produto líquido dos adicionais
às contribuições do Estado,
153.212881.

Importância destinada às fre-
guesias, 25º/—38 303820.

horamentos com seu
, « 17:726810

8.066895
fora da sede do con:
+ -/20.683850

2065870;
» 48 542625

333.257837
159.987815
39.984$28

contri-

23.500400
1.695835

e . .

a sede do
= iv! 38 248428
69.443563

Nem o Código) de 1936 nem o
de 1940 estabelecem preceitos da-
quela natureza, Um € outro man-
dam DOTAR as obras e melho-
ramentos nas freguesias, quere
dizer, inscrever no orçamento
municipal obras e melhoramentos
naquelas circunscrições, e só o
último Código, no $ já citado do
art.º 753º dispõe, ou a distribui-
ção em dinheiro às Juntas-ou,a
aplicação do mesmo pela Câma-
ra de acôrdo e com a cooperação
das Juntas, o que não impede
adoptar simultaneamente as duas
roces-‘
so foi o seguido pela Câmara
4 anos: para melho

ramentos nas freguesias, fais.co,

mo consêrtos em caminhos, repa-
rações em fontes e pontes, etc,,
concedeu subsídios em dinheiro;
para obras. novas, fez a sua do

tação no orçamento. municipal
em comparticipação com o Esta

cumprir o preceito dos dois Có-
digos, e, como os números ates=
tam, não o fez com mão avara.

10) Não: quero terminar sem
deixar aqui consignado o meu
muito aprêço e sincero reconhe-
cimento pe bom concurso, .efi;

z auxílio e leal cooperação qu |

ca que
à Presidência da Câmara foram

GUERRA: 7

A Gra-Bretanha aguarda a hora em que lançará na batalha os sens exércitos aéreos de
muitos milhares de paraquedistas escolhidos entre os voluntários mais idóneos e valentes

sempre dados pelos Ex.”‘* Ve.
readores cessantes, Senhores Joa-
quim Pires Mendes, Venceslau
Joaquim Ferreira, ] ão Nunes e
Silva e-José, Fernandes Ribeiro
da Costa. . j

Constituíria também falta im»
perdoável a omissão de uma re=
ferência especial ao Ex,”º Go-
vernador Ciyil do Distrito, Se-
nhor António. Maria Pinto de
Castelo Branco, em quem a Cà-
mara encontrou sempre a neces-
sária solicitude na defesa dos in-
terêsses do nosso concelho.

E agora só resta solicitar de
Vossas: ‘ Excelências, “Senhores
Vogais do Consslho Municipal,
que me-seja revelado: o sacrilício
que vos impus, 30 prender a vos-
sa atenção com a leitura -dêste
relatório.

“Apreciai-o,’ discuti oe dai lhe
a vossa aprovação se a merecer.
E! o que vos. peço em nome da
gerência, do último quadriénio,

O Presidente da Câmara,
“Carlos Martins

“NOTAD O relatório foi aprovado por
unanimidade, S i
“No último período da parte do rela-

tório inserta no número transacto deve
ler-se mutação e não multuação.

9:.de Abril

Faz hoje. 24 anos que. os-sol-
dados portugueses travaram o
major combate em terças de Pran-
ca quando da Grande Guerra. Se,
pela desporporção enorme de fôr-
ças, a sorte das armas não lhes
foi, então, favorável, justo é sa-
lientar que se bateram com ga-

|lhardia, honrando a Pátria e ele

vando às culminâncias da Glória
a sagrada: bandeira das Quinas.

Não foi inútil o sacrifício do
Exército Português em La Lys,
chamado. a defender uma.Calsa

sublime, estreitamente ligada ao

futuro de Portugal.
Ao relembrar, hoje, esse pe-
ríodo angustioso da nossa His-

tória, curvemo-nos, respeitosos,

perante a’ memória dos heróis
que pelejaram, bravamente, nas
terras frias da Flandres e nas
plagas adustas.de Angola e Mo-
cambique e sigamos, sem vacilar,
o seu nobre eXemplo sempre que
corra perigo a sacratíssima he
rança que nos legaram os nossos

Maiores.
ore
FUNCIONALISMO

Tomou posse no sábado, do

Jogar de aspirante da Secção de

Finanças déste concelho, em subs-
tituíção do: sr Jorge Galamba
Marques, osr. Joaquim Flores
Roinão, te Idanha-a-Nova :

Ao novo funcionário : presen-
tamos os nossos cumprimentos
de boas vindas,

| vivers

A evolução da querra

(Continuação da 1.2 página)

Se conseguir avançar, até do=
minar a. Pérsia, só em Abadan
poderá obter 10 a 15 milhões de
toneladas de petróleo, por ano,
e então realizará o seu plano,
dominará e vencerá o inivigo.

O carburante é na próxima
ofensiva, um dos elementos es-

senciais da vitória, porque no:

ano seguinte será tarde para que
vença aquêle que não (o tiver.

Todos os críticos concordam: nis-|

to. Por isso, já no principio do
Outono não será dificil prever
quem perderá a guerra,

Outra razão é a fomeina Euro
pa. O seu espectro terrível já se
faz sentir profundamente, A Gré-
cia morre de fome. Na Italia es-
casselam fortemente os alimen-
tos. A Finlândia: está às portas
de uma crise terrível, apenas
tem ali para alg se-
manas;

-Na-Bélgica: e -Países-Baixos
vive-se horrivelmente,

Exemplos: Um gato custa 100
a 120 franços; a carne de cão 100,
francos o quilo; a alimentação
geral diminuiu 60º e pura as
mulheres; grávidas; 50/,« (

Um quilo de pão custa, na Po
lónia, tanto-como-50800 nossos;
um quilo de toucinho, 250300;
uma couve, 15800: :

O pavo coze as. casças das
árvores-e peles de animais,

Ali, em 1938, existiam dez mi-
lhões e meio de cabeças de bois,
oito milhões e meio de carneiros
e sete milhões e meio de suínos.
A-pesar-de ser um país-larto tu-
do desapareceu com a guerra!

Na Grécia, morrem’ centenas
de velhos e crianças, por sema-
na, com fome, e há semanas se»
guidas sem: pão: para ninguêm,

“Onde existe alimento, êste e-
quivale a dez vezes menos do
que o habitual e ári

A tuberculose e o tifo exante:
mático invadem a Europa, so-
bretudo. a Prança e todos. os
países-ocupados.

Até aqui em Espanha, onde já
não existe guerra, dava a esta;
tistica, no ano findo, só na Gali,
za, 50 000 tuberculNsos, e cam
peia o tifo exantemático.

“E” q enfraquecimento progres-
sivo dos organismos, por falta
de alimentação e a pobreza.

À guerra deverá terminar, na
sua fase internacional, pelo me-
nos aqui na Europa, ainda que
não seja senão pela fome, em
meados do próximo ano de 1943.

A seguir será o que deus qui-
ser e não será, então, dificil pre-

vê-lo…
O que disse Hitler é que a

jo para |

Grémio da Lanoura da Ser
tie Vila deRel

S. Ex.º o sr, Sub-Secretário
de Estado das Corporações e Pre-
vidência Social no veou a segúin”
te direcção para o Grémio da
Lavoura da Sertã e Vila de’ Reis
efectivos — ir. Gualdim António
de Queiroz e Melo, Antônio da:
Costa: e José Farinha Tavares;
substitutos—Joaquim-Pires Men
des dr. José de Oliveira Xavier,
e Manuel Milheiro Duarte +

A posse será conferida depois
de amanhã, na Se retaria-da -CA-
mara da Sertã, pelo sr Presidens
te da Câmara, E

DO
BENEFICÊNCIA:

Pelo. sr. General. Couceiro; de,
Albuquerque, foi;nos entregue; a;
importância de 50800, dividida,
em. partes; iguais, pelos pobres,
nossos protegidos e pela -Sopa
dos, Pobres»; também para. esta
instituição nos foi remetida por
um anónimo, inada a «melho-
rar, um, pouco a releição do do.
mingo de Páscoa,» a quantia de.
2080) ;

Os nossos agradecimentos.
rose Í

Posta: Escolar do Concelho

Como anunciámos, realiza-se
no próximo dia 19, domingo; na
Sertã, a festa escolar do conce-

+ lho, em que cooperarão iÔdas qs
hescolas da área;

Previmos -uma- festa cheja-de
alegria e movimento- porque é
exclusivamente dedicadaàs crian-
ças e são elas também, as inter=
pretes e figurantes dé tados os
números. :

Como o programa: foi organis
zado com todo o cuidado e pon-‘
deração, ainda que com a máior
simplicidade, é de esperar. um
dia cheio. Sabemos que o sr, De=
legado Escolar trabalha com alino
co para que tudo corra bem.

Alemanha: não: sucumbirá a náo:
ser que arraste tôda a Etropa’
consigo. . ; no

Estão em guerra, no continen-,
te, a Alemanha, a Itália, a Ro»:
ménia, a Hungria e a Finlândia,
contra a Rússia, aba

Diz:se que em breve vai en-
trar a Bulgária. Julgamos que:
ainda mais outra nação irá, nes=
ta guerra de vida ou de mofte,
juntar-se áquelas seis, :

Será a Suécia; será a Turquia?

Vê-lo-emos. E neste estado!
desesperado de guerra se ençon*
tra a sua evolução, y

Do «Diário do Minho» y
– Magalhães Costg’ ‘stg’ ‘