A Comarca da Sertã nº288 26-03-1942

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– FUNDADORES e
—..Dr. José Carlós Ehrhardt.. -—
— Dr. Angelo Henriques Vidigal — .
—— António Barata e Silva ess
‘Dr. José: Barata: Corrêa. e Silva

“Eduardo Barata da Silva Corrêa

O! DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO | Ri E
q Loluando Barata da Tilva Coreia TIP. PORTELA. FENÃO
e — REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO —— CASTELO
G||RUA SERPA PINTO-SERTA san
| E | TELEFONE
< “| PUBLICA-SE AS QUINTAS FEIRAS q 11 2

a No ME e | Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos-interêsses da comarca da Sertã: concelhos:de Sertã MM q

N.º 288 | Oleiros, Rr “dn ha e Vila de Rei e irequesias ‘de-Amêndoa e Gardigos (do concelho de ema “419482

em E

Notas …

SURGIU um pouco carrancu-
da a Primavera, um tanto
ou quanto fraldigueira, sem
“aquela fisionomia alegre e ton-
çã que estamos habituados a
conhecer-lhe, sem a garridice
própria de ama estação em
quea Natureza tanto nos fala
à alma, desde o chilrear ma-
vioso dos passaritos aos cam-
pos cobertos de uma diversi-
dade imensa de singelas flo-
rinhas dos mais variegados
matizes.

«Lerto é, contado, que o frio
desapareceu e, nos dias desa-
nuviados, 0 sol brinda-nos com
seus raios falgurantes, que

“polvilham a terra criaaora e

* amiga, onde o homem vai bus-

r tudo o que necessita para
ustento e que paga, com
– juros, o trabalho por-

e jo de muitas semanas. Solo

Re ed

goado gue, pródigamente,

a riqueza ce a verdadeira feli-
cidade humana só pode provir
do solo, da terra úbere e plena
de seiva, quando sôbre ele se
concentra a inteligência e a
actividade bem dirigida do ret
da Criação.

E enquanto neste dentina
do céu, que é Portugal inteiro,
se trabalha e produz, sob o
olhar vigilante dos Chefes da
Nação, que cuidam da prospe-
ridade interna sem distrair a
sua atenção de-tantos.e varia-
díssimos problemas tigados à
nossa vida de povo indepen-
dente, emergentes de am con-
fiito que avassala todos os
continentes e os domina, como
tentáculos de monstruoso pol
vo, lá jo a, os homens, conver-
tidos em feras, bascam o me-
lhor meio ae se exterminarem,
reduzindo a escombros o es-
fórço exaustivo de dezenas e
dezenas ue gerações, consa

“mindo riquezas incalcaláveis
em honra do déspota Marte.

pag) seg

NOS últimos mercados tem-
ese verificado abundância
de: horialiças, arrancadas em
guantidade das terras que
agora são necessárias a outras
culturas.
“Não tarda, porém, que volte
a:acentuar se a mesma falta
de vegetais que se notou du-
rante as semanas das grandes
geadas, E as donas de casa já
estão a prever as enormes di-
ficnldades que se lhes depara-
“rão nestes três próximos me-
ses, em que a falta de conves
e nabos era, dantes, até certo
gonto, suprida pelo arroz e
“pelo: macarrão, géneros que
Neste momento não se encon-
tram à venda.

Este nimero foi visado pela
” Comissão de-Censura
de Castelo Branço

escória da Ilha da Madeira, minada de ta-
ras e de vícios. Em 1907, Henrique de Pai-

tentou intensificar a colonização do, nossa
mais vasta possessão ultramarina,
que. chegou a nomear uma caso de tó: A
| cnicos encarregada de estudar a sua ada.

É desentranha. em. tantíssimos.
frutos, como a dizer nos que.

| República. :

pelo então Alto Comissário General Nor-

| que fomentava a agricultura e a indústria,
cuidar da colonização. Pela primeira vez,

que, ao pisar o; solo de Angola, olhou o
seu vasto território, não como úma sinecu-

ferro que em breve sulcariam as terras

forma como essa propaganda era dirigida,

zer senão um dever de todos aquê-

les que sentem em si o amor sacros-
santo da Pátria e do. seu vasto Império
Ultramarino.

A colonização sempre se ressentiu da |
nossa falta de capitais e iniciativa, embo-
ra para suprir êstes dois defeitos exista boa
vontade e fé inabalável no Destino.

Diversas tentativas de colonização
têm sido feitas; uma, em 1885, pelo Mar=
quês de Sá da Bandeira, com algumas cen-
tenas de: madeirenses, mal recrutados, a

e: ‘das nossas colónias é um pra-

va Couceiro, Governador Geral de Angola,

ptação ao planalto de Benguela, mas essa.
tentativa abortou devido ao Governador
ter sido demitido após, a: dpiplantagão, da,

Terceira tentativa se’ esboçou em 1920,

ton de Matos, mas não foi mais eficaz dé-!
vido aquêle funcionário ter deixado o sew
logar. Era seu intento, ao mesmo passo

ao que parece, surge um homem de-acção

ra, onde se pudesse locupletar, mas uma
terra onde o .esfôrço; Casa bem podia
erguer uma Nação.

B* com efeito, sob o seu Govêrno, que
a colonização se inicia,’então com a forma
de propaganda… Tanto. assim que, ape-
nas-organiza os serviços administrativos e
estuda ‘o prolongamento dos caminhos.de

ainda estéreis do interior, sustenta na Me-
trópole agentes encarregados de a, regular, |
para.os quais enviava relatórios constantes |
de todos os melhoramentos, Cuidava, pela

desviar a currente emigratória do – Brasil
para as colónias, mas não se recordou, cer-
tamente, que não era. só necessaria propa- |
ganda, mas, sim, cuidar da adaptação dos
colonos que em breve afluiriam. Porque
mal se calcula a estranha quantidade de
gente: que em todos-barcos afluía, levada
pela propaganda.

Passara por esse tempo a mania das
colónias, por “modo que, todos aquêles a’
quem estavam confiados 08 servidos colo-
niais, em conferências, lançavam por sôbre
a multidão ignara tôda a sorte de ilusões, |
Depois, a ciência, a medicina, a literatura
e os jornais tomaram posse do assunto.

Era, ao que parecia, uma epopeia a;
tentar

ANG OLA- ESBRisgEaS passada

Colonização presente|”

por ;Mário Rebélo Hespanha

de entúsiasmo que assaltou o País, nasci-
da então: como se há pouco a Africa des-
pontasse’ ou as caravelas tivessem surgido
no ancoradouro, senão que era necessário
informar ao espirito embotado do País que
lá longe havia uma colónia onde se podiam
fixar, não sômente os esfaimados, mas Por-
stugal inteiro ?

“ Não houve, então, colonial ou homem
de letras que. não erguesse a sua voz em
nome de Angola. Ninguém, a-final, que não
viesse mais-uma vez. contar, entre palmas
e sorrisos, essa história, contada tantas
vezes e tantas esquecida, até, por aquêles
que a descrevem mais a miúdo. Descura-
ram, sobretudo, à educação técnica dos
emigrantes e as suas condições de adapta-
qe e de vida. .

-De que: valeu EE propaganda a-final?
assados mesas, que restava dessa ostra

isolada, filha, na sua maior parte, da vai-
dade de alguns coloniais ?
Quando. o País amanheceu dessa fes-

Ita, voltou de novo às suas ocupações e a

idéia que fazia das colónias ficou sendo a
mesma, ou pior ainda, porque acrescia a
‘desilasão de tantosque Angola-mal podia
saio e por: isso: regressavam à Metró-
pole,

Bem cntlaas eles que o futuro das nose
sas colónias não estava na maneira como
se fazia a propaganda, mas no modo de a
acolher e; sustentar, e compraziam-se em
lançar «essa febre: de entusiasmo no; País,
mais por vaidade de se exibirem do que
para. visar o seu futuro,

“Conseguir-se,. com: uma propaganda
criteriosa, chamar’ às colónias todos esses
trabalhadores que, plenos de energia, se
encontram’ desempregados na Metrópole,
preparando-lhes um trabalho em certa ma-
neira árduo, mas compensador, no qual o
futuro so entrevisse, não ccrtado por ne-
gros acidentes, mas, ao contrário, pela pro-
tecção e auxílio do Estado, que seria a um
tempo. o proprietário e o comprador gene-
roso, isso aim, isso chama-se colonização !

Por maneira que, ao localizarem-se
“extensos núcleos de população, cujo ren:
dimento de trabalho concorria para o
engrandecimento de Angola, alargava-se
do-mesmo modo o conceito da Pátria com
a fixação e maneira de ser puramente na»
‘cionais, porque-educados, não apenas no
amor da Pátria longínqua, mas da colónia,

Tà qual ficavam desde logo sujeitos, deixa-

vam de seguir o exemplo de quási todos os
colonos, que regressam à Metrópole logo
que conseguem um pequeno pé de meia; e
‘se algnns buscam ficar, não procurando
regressar logo, é com o receio e a vergonha
duma vida de insucesso perante os que
imaginam as colónias através da propagan-
da. De que valeu, então, o sacrificio, dirs
lhes-Ão, ao vê-los regressar pobres !

Que significava, contudo, essa febre

Demais, êle conhecia as jcondições de

…a tapis

No: mercado de sábado cor=
riam os seguintes preços:
milho, 168 e batata, de l98%a

178, o algueire; galinhas, de

168 a 20% ; cabritos, por pres
ços superiores a 358; pargo,
78, sável e pescada, 88; 0 qui-
lograma; carapaa, fresco, 98,
o-quilograma e salgado, 2850,
o- quarteirão ; ovos, 48, a dú-
z1a; laranjas, de 88 a 58, o
quarteirão.

Não aparecen sardinha, tal
equal-como-nos últimos mer»
cados; notava-se pouca aban-
dância de milho e relativa far-
tura de batata.

AH ep

CONS 7A-NOS que não se
realizaram as solenidades
dos Passos, como também não

se realizam asda Semana .

Santa, porque as pessoas, à
quem incambia promovê-las,
exigiam que nelas tomasse
parte a Filarmónica, o que é
Pro PRao actualmente.

0 nosso colega sa Beira a
xa» traz um anúncio, diri-

gido aos calvos, de «Kinol,
Monte Estoril — passe o reclas .

me-—em que diz fazer recupe-
rar o cabelo sem pomadas nem.
medicamentos.

Oº Demétrio, faze lá a expe-
riêncial Que inveja meterias a
todos. os. carecas. .se Amanhã
aparecesses com uma farta ca-
beleira. .. natural!

BP

POUCOS dias faltam para à
Páscoa, em que a Igreja

Católica festeja, solenemente,
a Ressurreição de Jesus Cristo.

Já se encontram em férias,
junto de-suas famílias,os nos»
sos estudantes; agora é buscar
o merecido descanço, criando
novas energias. para vencer a
étape final e chegar à meta do
triunfo que se intenta após
tanto trabalho e sacrifícios
sem conta.

Boa sorte é o que desejamos
a todos.
caiam atas mn a Ran
adaptação que as terras mais dise
tantes do território ofereciam ao8
portugueses, pois, desde o pla.
nalto de Benguela até à costa é
hAinterland de Mossâmedes, de
ordinário se encontram gerações
que não conheceram outro solo
nem outro céu, sem contudo dei-
xar de viver à semelhança do
País de onde haviam procedido.

O estabelecimento de colônias
de 20 famílias, para as quais à
colônia disporia, em breve, dos
campos, casas, alfaias agrícolas
e animais seria a melhor forma
de preparar a colonização porque
só assim se poderiam criar prós-
peras e felizes aldeias, bem por-
tuguesas na forma e no espírito
e manter o seu amor à Pátria, cos
mo portugueses leais, tomando
dêsse modo possível o aumento
da população e o seu alargamen-
to na terra cultivada.

(Continua)

 

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eo – | | A Comaroa da Sertã

J. Fernandes Pestana
Farmacettico pela Universidade de Lisboa

CONTRA A
|

pe PRISÃO DE VENTRE | | E n |
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Farmácia Cortez.

Monografia Viti- Vinícola aa regido

Relatório sôbre a campanha de assis=
fôncia técnica nos concelhos de Sertã,
Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei,
pelo técnico Joagulm de Moura Portugal

VIII
(Continuação do n.º 277)

Verifiquei que todos os vinicultores
faziam o desengace, procurei indagar
quais os motivos que determinavam a
prática desta operação. Como não
obtivesse esclarecimentos precisos
a=cêrca=do que pretendia, fiz=lhes uma
dissertação elucidativa da referida
operação, dando-lhes a conhecer as
vantagens que podiam resultar da saa
continuação, conjugando as condições
de adaptação da região com o seu
clima maito favoráveis a fataros e
melhores resultados.

E assim, comecei por lhes dizer que
a principal vantagem era contribair

para o desenvolvimento de tempera»,

turas de fermentações baixas e a uti=
lidade que estas tinham para a sanix
dade e conservação dos periames e
prodato final. A ausência do engace
torna a balsa menos polamosa e mais
sôlta, o que permite fácil desprendi=
mento de anidrido carbónico e com
êle a temperatara que se vai forman-
do. Pelo contrário, quando não se de=
sengaça, a manta espêssa e firme do
môsto funciona como uma camada
isoladora não deixando que a tempe-
ratara se epole. Uma vez separado o
engaço de tôdas as outras partes do
cacho vai ser lançado nos’tonéis onde
já se encontra o môsto préviamente
separado.

E* também nesta altara do fabrico
do vinho que certos vinicaltores tram
tam os seus môstos, juntando-lhes
quantidades ao acaso de ácido tartá-
rico e de metabissalfito de potássio,
havendo outros que empregam vários
prodatos enológicos compostos anan=
ciados quási diáriamente nessa altara
em maitos jornais sendo o <Salioios=
fotol» e «Metaifosiatona», sendo êste
úliimo mais frequentemente usado na
região. O emprêgo dêstes é mais val=
garmente feit; sôbre as uvas, conior=
me indicações e quantidades mencio=
nadas nas garrafas de embalagem.

– Tanto o ácido tartárico como meta-
bissúlfito de potássio, quando empre
gados, são correntemente dissolvidos
em água quente, havendo por essa ram
zão grandes perdas por volatilização-
Terminada o fermentação tamaltao-
sa, as balsas descem para o fundo dos
tonéis onde se conservam até se efecu
taar a primeira trasiega que se ream
liza em fins de Novembro e meados
de Dezembro. Nessa ocasião, se as

adegas são simultaneamente estabele- |

cimentos de venda de vinho a retalho,

– os tonéis são postos a sangrar pela

parte inferior e, acto contínao, vendi
do o vinho.

As balsas, com excepção de uma,
são em seguidalespremidas pelas pren-
sas, mas como estas raramente exis=

tem, são mais frequentemente deixa».

das a escorrer durante dois ou três
dias, tendo esta prática grandes in«
convenientes, entre outros, o perigo
da azedia. Tanto num como noutro
caso, o vinho resultante deve passar
pela balsa e sequestro, ou mãi como
valgarmente é conhecida, e em segui
das tôdas as balsas queimadas.

Quando os vinicaltores desejam ob=
ter maiores quantidades de aguarden=
te esta prática é suprida, sendo as
balsas queimadas sem préviamente
serem escorridas.

(Continua)
-<Bepnfb gago

AVISO

Transporte colectivo de mercadorias
entre Oleiros e Tomar

Augusto Fernandes, de Olei-
tos, concessionário do transpor-
te colectivo de mercadorias en
tre aquela vila e Tomar, vem,
por êste meio, tornar público
que a carreira, que até agora
se electuava às 3ºº feiras e sá-
bados d: cada sem.na, passa a
efecluar-se apenas uma vez
por semana às 3.º feiras —
em consegiiência da falta de
pneus e carburantes, mantendo-se
O horário estabelecido.

Oleiros, 28 de Fevereiro de.

1942…
Augusto Fernandes

5. Ba (2. A Voz de Londres

mm fala 6 O mundo acredita

12,15 Noticiário GRZ 13,86m. (21,64 me/’)
GSO 19,76 m. (15.18 mc/º)

12,30 Actualidades GRYV 24,92 m. (12,04 mc/*)
21,00 (») Noticiário | GSC 31,32 m. ( 9,58 me/*)
| GSB 31,55 m. ( 9,51 me/º)

21,15 Actualidades | GRT> 41,96m. (7,15 me/)

(») Este noticiário ouve-se também em GR V, em 24,92 me-
tros (12,04 mcy/*). Read

Assinai e lêde «LONDON CALLING», semanário ilustrado
e órgão oficial da B. B. Gs, revista indispensável a quantos se
interessam pela! cultura e e pelas actualidades da guerra. Depósito
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dim . . 24:15:03 15410) Setas 2, | 230 13-00
Sertã. « 15 30:15. 30) Sernache do Bomjar-
Proença-a-Nova. 16-25 1635] dim . . .13-201333
Sobreira Formosa . 16-55 17-05 | Figueiró dos Vinhos 14-15 14 25
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Castelo Branco — Coimbra . . . Esc. 40850
ida e volta . +» 72850

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o Ferreira do Texero 11,00

> Sernache 13,00

» Sertã 13,20

pe Saída 14,00

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Chegada ao Cesteiro 15,50

> Sertã 16,55.
Saída 17,30
>» Sernache 17,50.

» Ferrera do lero 18,55
Saída 19,00

>» – Tomar 19,40
» Torres Novas 20,25.
» Pernes 21,00
» Santarém 2140
» Cartaxo 2210.
» Vila Franca – 23,10
» Lisboa o,io

 

Foram estes horários estabelecidos de harmonia com as necessidades da região, evitando

eo utilizar 05 Seus carros,

assim um menor dispendio de tempo is pessoas que os seus afazeres chamam à Capital, pelo que
dista Companhia espera que os seus clientes correspondam a mais esta vantagem, não deixando

Garage em Lisboa: — Avenida Almirante Reis n.º 62-H

Telefone, 45503. Julgado Municipal de Oleiros

ANUNCIO
2.º publicação

Pelo Tribunal Judicial do Jul
gado Municipal de Oleiros, única
secção da Secretaria, e autos de
execução com processo sumário que
o exequente, António Martins da
Silva, casado, proprietário, Tesla
dente nesta vila de Oleiros, move
contra os executados António Luis
e mulher Margarida de Jesus, pros
prietários, residentes no lugar da
Minhoteira, freguesia do Mosteiro,
dêste concelho Oleiros, correm édi-
tos de vinte dias, a contar da se-
gunda e última publicação do pres
sente anúncio, citando os credores
desconhêcidos dos referidos execu-

tados, para no prazo de dez dias,

depois de jindo o dos éditos, virem
& execução deduzir às seus direitos.
indicando a natureza, montante e
origem dos seus créditos e ofere-
cendo logo as provas,

Oleiros, 1 de Outubro de 1941,

O Chefe de Secção, — Jvãu Te-
xugo de Sousa,

Verifiquei a emuctidão.

O Juiz Municipal, — Antóniu
Ferreira Pinto.

Postais com vistas da Sertã
(EDIÇÃO PRIMOROSA)
Vendem-se nesta Redacção .

RUA CANDIDO DOS REIS — S E R T À

Colecção de 7 postais — 7400

QUINTA.

Vende-se em óptimo local
e de bom rendimento, pro-
duzindo cento e noventa mil
kilos de arroz e quarenta
mil kilos de milho, além de
muito feijão. ia

Informa Manoel Augusto
de Matos. Ra

Estrada da Beira, n.º 15 A
COIMBRA

Lenha de -azinho

Vende se o corte da lim-
peza de azinho da Herdade
do Monte Silveira, no Pon-
sul, freguesia de Maipique
do Tejo.” 4
” Dirigir propostas a Antó-
nio Fórreira Pinto—Oleiros.

e
Norberto Pereira.
Gardim o
SOLICITADOR ENCARTADO –
a NT Eau As

Rua Aurea, 189 2.º:D.* —
TELEFONE 27111

LISBOA

Saída 18,00 –

da adio dna eme LR om

 

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– A Comarca da Sertã

Distribuição de Salíato de Cobre

pelos timieultoros

Estando a Junta Nacional do
Vinho encarregada de proceder
a uma. eventual distribuição de
sulfato de cobre, por rateio, pe-
los vinicultores desta região,
passámos a dar nota das condi-
ções em que ela se verifica:

I— E” necessário que o pro-
dutor tenha manifestado a pro-
dução da sua última colheita;

I — Caso o vinicultor não te-
nha tido: produção no ano ante-
rior, deve entregar imediata-
mente uma declaração com o seu
nome, morada e indicação apro-
ximada de cêpas que posste, ou
a média da sua produção nos úl-
tinos três anos, em litros ou pi-
pas. o

“Estas declarações serão auten-
ticadas pelos respectivos regedo-
res; :

HI — Os vinicultores que te-
nham vendido totalmente as suas
uvas para vinificação (e que, por-
– tanto, não tenham apresentado
manifesto), só poderão ser con-
siderados para efeito dessa dis-
tribuição depois de terem decla-
rado, por escrito, os nomes dos
compradores e as quantidades
vendidas a cada um dêles; deve-
rão, também. obter dêstes uma
confirmação, por escrito, das
suas declarações, ficando êsse
documento sujeito ao contrôle
feito em face dos manifestos dos
compradores; no

AV — Os produtores que te-
nham vinificado apenas uma parte
das suas uvas vendendo a parte
restante, terão direito não só à
parte que lhes compete pelas
quantidades de vinho manifesta
das, como também pelas quanti-
dades susceptíveis de serem pro-
duzidas pelas uvas vendidas.
Quanto a esta última parte deve-
rão os produtores proceder de
modo idêntico ao do atrás indi-
cado; – Fan

V— Os produtores que vinifi-
quem uvas da sua produção jun-
tamente com outras que com
prem a diversos, só terão direito
ao sulfato equivalente às quanti-

dades produzidas, | es
– VI—Os vinicultores que fa-

briquem vinho exclusivamente
com uvas compradas não terão
direito a receber sulfato de co-
bre, devendo êste ser distribuído
pelos indivíduos que lhes vende-
ram as uvas, proporcionalmente
às quanti lades adquiridas a cada
um dêles.

“ Partida para a Aírica

À bordo do vapor «Mouzinho»
embarcou, no passado domingo,
para o Lobito (Angola), o sr,
Angélico de Oliveira Barata, fi=
lho do sr. Artur Barata, da Sertã.

“Ao amigo Angélico, que é um
bom rapaz, desejamos boa via-
gem e as felicidades que merece.

ía do earndei !

. No logar da Salavisa, concelho
de. Vila de Rei, faleceram, em

finS do mês passado, duas crian-

ças: Lucinda de 11 anos, filha
de José Gonçalves, e José de 8
anos, filho de António Simão,
que não chegaram a ter assistên-
cia médica. Dias depois corria o
boato de que os pequenitos ha-
viam sido confiados à compe-
tência. clínica de determinado
curandeiro da região, suspeitan-
do-se que a causa da morte prô-
viera de tratamento errado. Co

municado o caso às entidades
competentes pelo sr. Delegado
de Saúde, seguiram para Vila de
Rei, na passada 5? feira, Os srs.
Juiz de Direito, substituto, e De-
legado do Procurador da Repú-
blica, que ordenaram a exumação
dos cadáveres e as autópsias, a

que procederam os srs. drs. An-

gelo Vidigal e Francisco Nunes
Corrêa, da Sertã,

À Festa Escolar do Onteiro
da Lagoa

Os professores do Outeiro da
Lagoa desenvolvem uma grande
actividade para que a festa esco-
lar, anunciada para o dia 5 de
Abril, domingo de Páscoa, al-
cance todo o êxito compatível
com o meio onde decorrerá e
os minguados recursos de que
se dispõe. E” preciso não esque-
cer que o desempenho de todos
as números. é feito por crianças
de pouca idade, não podendo,
pois, exigir-se absoluta perfeição.
além de que os professores dis
puseram de pouco tempo para
organizar um programa relativa-
mente vasto.

De manhã, às cerimónias cívi-
cas e religiosas segue-se: dis-
tribuição dum lanch: às crianças
das duas escolas da povoação,
abertura da quermesse, sessão
solene, abertura da exposição de
trabalhos escolares e vários nú-
meros de ginástica; à tarde, pe-
las 15 horas, representar se á
uma revista, em 2 actos e 3 qua-
dros, intitulada «Pó do Cami-
nho», arranjo do sr. professor
Eduardo António de Caires.

da

– À pedido do mesmo sr. pro-
fessor, escrevemos à Emissora
Nacional solicitando a radiodifu-
são, na tard: da festa, dos dis-
cos com as canções do Outeiro
da Lagoa e Calvos, recolhidos
para as comemorações centenás
tias: <A laranjinha», o «Vira» e
o «Enleio».

Cremos que a E. N. não terá
dificuldades em anuir ao pedido.
Sendo assim, um aparelho re-
ceptor, instalado no local da fes
ta, permitirá a audição daquêles
cantares dos rapazes e raparigas
das duas povoações.

Op

Publicações recebidas

De José de Lencastre, da Ser-=
tã, recebemos os 1.º e 2.º fascí-
culos do «Manual do Contencio-
so dos Impostos e outros Rendi-

| mentos Municipais» (Legislação,

notas, circulares, despachos, dou
trina e jurisprudência), de que é
autor, obra. valiosa e que pela
sua natureza, é indispensável a
todos que se ocupam de assun
tos administrativos. Representa
trabalho árduo e aturado esfôrço
de José de Lencastre, desejoso
de prestar um serviço útil às Cor-
porações Administrativas, sem
a presunção, como êle próprio
afirma, de fazer coisa diterente
ou melhor do que se acha pu-
blicado em tal matéria.

Facilitar consultas, esclarecer
um ou outro ponto mais obscuro
ou inacessivel, orientar os estu-
diosos e aquêles que, por dever
de ofício, hajam de se ocupar
dêstes assuntos, é o que preten
de José de Lencastre.

Bem avisados andarão em ad-
quirir esta obra todos os que
nisso têm algum interêsse, tanto
mais que O seu preço é acessível
a tôdas as bôlsas. ;

o

— «Inválidos do Comércio» e
a sua obra de solidarieeade—é o
tíjulo de um livrinho acabado de
sair a lume, onde o seu autor, O
sr. Fausto Gonçalves, condensa
as reportagens publicadas, sôbre
a simpática instituição, na «Ga-
zeta de Coimbras em 1941. O
intuito do sr. Gónçalves, que é
jornalista, é tornar conhecida es-
sa magnífica. e admirável obra
humanitáriaj— «Inválidos do Co=
mércio» — para que todos, sem
excepção, mas especialmente os
profissionais do Comércio, aqui-
latem o seu valor e importância
social, dando-lhe todo o auxílio
e apoio de que carece para se
manter e progredir, de tal modo
que possa desempenhar-se, ca-
balmente, da sua abnegada mis-
são. O livro apresenta-se prolu
samente ilustrado. !

Agradecemos os exemplares

referidos.

Aê da Go

Ê: Bi
(Noticiário dos nossos Correspondentes)

Festas escolares

Pedrógão Pequeno, 15 — No
próximo domingo, aia 22, reali
za-se a festa da Escola Mixta do
Bravo que constará de exposição
de trabalhos manuais educativos
exercícios de gimnástica, bazar,
recit-tivos e cantos.

No Pôsto Escolar do Vale da
Galega realizou-se hoje idêntica
festa com igual programa.

— Vão bastante adiantados os
trabalhos dos ramais da Arroche-
la e Bravo, registando-se hoje
mais os seguintes donativos dos
Senhores:

José Caetano Martins, Lisboa,
100300; Francisco Antunes Bran-

co, Lisboa, 50800; Francisco Mare |:
tins, Lisboa, 50$00; João Martins |.

Júnior, Lisba, 100800; Manuel
Martins, Lisboa, 50800; Eugénio

Martins, Lisboa, 30800; Câmara

Municipal de Sertã, 1.000800;
Junta de Freguesia de Pedrógão
Pequeno, 1.000800.

A respectiva comissão agrade-
ce os donativos recebidos e pede
o favur de, se mais algum patri-
cio e amigo desejar subscrever-

– se, que não demore em o fazer

pois desejavam concluir as obras
o mais rápidamente possível,

C.
é
Pedrógão Pequeno, 20 —
Realizou-se ontem, com grande
assistência um bazar escolar cujo
produto reverteu a favor das Cai-
xas Escolares desta vila,
Antes da abertura do bazar
constituiu-se uma mesa de honra
para assistir aos trabalhos, pre-
sidindo o sr. Dr. Domingos An-
tónio Lopes, facultativo munici-
pal desta vila, secretariado pelos
srs. Rev.º Serafim Serra, pároco
desta freguesia e professor Joa=
quim Nunes Rodrigues.

O professor Rodrigues usou.

da palavra para fazer algumas
considerações à-cêrca-da higiene
na escola e na família e dirigiu
saudações e homenageou o sr.
vr. Domingos António Lopes,

por exercer há 26 anos o lugar

de médico nesta vila e ser ontem
o último dia em que oficialmente
poderia exercer a sua profissão,
visto completar hoje .70 anos,
passando assim à inactividade.

A assistência aplaudiu a home-
nagem prestada e cumprimentou
o Sr. Dr. Domingos António
Lopes. |

—A festa eseclar desta vila,
deve realizar-se no próximo dia
29, Domingo de Ram:s, reinan..
do grande entusiasmo. . A

Entre outros números haverá
missa, comunhão geral dos pro-
fessores e alunos, merenda, jo-
gos, cânticos, terminando a festa
com uma récita em que entrarão
os alunos de tôdas as escolas da
freguesia. O Pás

4 1) C

Onteiro da Lagoa, 25 —

Realizou-se no dia 19, dia de S.
José uma kermesse cujo produto
se destina à Caixa Escolar das
escolas dêste lugar.
– O da esteve primaveril o que
fez afluir uma enorme multidão,
tendo se vendido iôjas as pren-
das que engalanavam o bazar.

Também esteve de tarde reali-
zando um concêrto a Filarmónica
Sertaginense que foi muito apre-
ciado e deixando a tôdos :s me-
lhores impressões.

Na venda dos bilhetes da keres
messe além dos’ professores, au-
xiliaram imenso as sr.º* D. Lidia
Barata D. Rogéria Nunes, D.
Ema: Martins, D. Gabriela Nu-
nes e D. Arminda Nunes da Ma-
ta o que contribuiu imenso para
o êxito alcançado. Todo o povo
retirou satisfeito, aguardando an-
siosamente a récita que se reali-
zará no próximo dia 5 de Abril
(Domingo de Páscoa), pelas 15
horas.

mlecro logia
D. Maria da Goneceição Tas
E vares Mouta

Em 18 do corrente faleceu, no
logar do Pereiro, freguesia da
Várzea dos Cavaleiros, a sr.* D.
Maria da Conceição Tavares Mou
ta, solteira. de 56 anos de idade,
natural de Vales de Cardigos.

Muito estimada pela sua bon-
dade, a extinta era irmã do nos-
so amigo sr. José Tavares Mouta,
comerciante, da Sertã, a quem
apresentamos os nossos sentidos
pêsames.

O funeral, muito concorrido,
efectuou-se no dia imediato para
o cemitério da Várzea dos Cava-

leiros.

Entónio Augusto de Sousa
Guerra

No mesmo dia faleceu, na Ca-
sa de Saúde da Frazoeira (Fer-
reira do Zêzere), onde tinha sido
submetido, a melindrosa opera-
ção, o nosso amigo sr. António
Augusto de Sousa Guerra, de 78
anos de idade, natural de Teixo-
so (Covilhã), chefe de Conserva-
ção de Estradas, aposentado, há

| muitos anos residente em Serna-

che do Bomjardim.

Exemplar chefe de família, do-
tado de excelentes qualidades de
carácter e coração, o extinto era
muito estimado em Sernache e na
Sertã, onde contava verdadeiros
amigos.

Deixa viúva a sr.” D. Deo-
linda de Oliveira Guerra, pro-
fessora do ensino primário em
Sernache, aposentada e era pai
dos srs. José, António, Ilídio e
Hermínio de Oliveira Guerra e
da sr? D. Alice de Oliveira
Guerra, espôsa do nosso amigo
sr. António Serra, empregado do
sr. Libânio Vaz Serra em Santa
Isabel (Fernando Pó).

O funeral realizou-se, no dia
seguinte, da residência em Ser-
nache para O cemitério paroquial,
no qual se encorporaram muitas
pessoas de tôdas as categorias
sociais. o

A” família dorida apresenta <A
Comarca da Sertã» a expressão,
muito sincera, do seu pesar.

tod pg

Cobrança de assinafuras
em Lisboa |

– Por intermédio do c:brador
contratado estamos a proceder ao
recebimento das assinaturas em
tôda a área da cidade de Lisboa,
esperando que todos os nossos
prezados assinantes liquidem os
recibos no acto da apresentação,

evitando, desta forma, perdas de

tempo apreciável ao mesmo co-
brador e prejuízos à Administra-
ção dêste semanário,

IGREJAS

A”. Junta de Freguesia de Alvi-

to da Beira, concelho de Proen-
ça-a-Nova, foi concedida a com-
participação de 14.900300 para
reparação da igreja matriz.
“ Foi anulada a comparticipação
de 79.550$00, concedida pelo
Fundo de Desemprêgo à Junta
de Freguesia do Carvalhal, con-
celho da Sertã, para construção
da igreja da Senhora do Amparo,
naquela freguesia.

GOLO
CORREIO

Desde o dia 17, como disse-
mos, que recebemos, por Caste-
lo Branco, correspondência de
Lisboa, na camioneta das 13,30
horas, verificando se a expedi-
ção, pela mesma via, às 15,30;
mas, além disso, continuamos a
receber corrcio da capital à tar-
de, pela camioneta que transpor-
ta os jornais e o correio do Nor
te. De manhã, às 8,05, faz-se a
expedição costumada para Lisboa
e para q resto do País,

– [CASAMENTO

No passado dia 8; realizou-se
na igreja de Santa Engrácia, em
Lisboa, o casamento da menina
Orlanda Simões de Carvalho, .
natural do lugar de Pera, conce-
lho de Castanheira de Pera, filha
do sr. Alfredo Lourenço-de Car-
valho e da sr.º D. Laura Simões,
com o st. Lourenço Malhou, na
tural de Santarém, filho do sr.
Manuel Malhou e da sr. D. Ma-
ria da Conceição.

Foram padrinhos, por parte da
noiva, seus tios maternos sr.
Artur: Alexandre e espôsa, sr.*
D. Bebiana Tomaz Alexandre,
e, por parte do noivo, seu cu-
nhado sr. Victor Simões de Car=
valho e sua prima D. Rosa da
Piedade Correia, todos residen-
tes em Lisboa. |

A noiva é sobrinha do nosso
prezado assinante sr. Albano Los
pes Mendes, natural da Madeirã,
e funcionário do «Tailleur Mo-
dern>, da capital.

Aos nubentes almejamos tôdas
as felicidades.

danço

” População do concelho
da Sertã

Segundo o senso de 1940, a
população do concelho da Sertã
abrange 5.984 famílias com
26.707 indivíduos, repartidos
pelas seguintes freguesias: Cas
beçudo, 359 famílias ou 1.393
indivíduos; Carvalhal, 223 —
1.056; Castelo, 425 — 1.823; Cus
miada, 197969; Ermida 117 —
702; Figueiredo, 156—675; Mar=
meleiro, 140 — 787; Nesperal,
150586; Palhais, 235—1.081;
Pedrógão Pequeno, 478— 1.886;
Sernache do Bomjardim, 1 093—
4.565; Sertã, 1.520 6 781; Tro..
viscal, 440 — 2.186; Várzea dos
Cavaleiros, 442—2.112.

LrOLO
e» DE SEARA ALHEIA

j sto :
E” a paixão do garoto da rua…

O Gaiato da Rua !

Nada no mundo mais espontâneo nem
mais original. Ele é rei. Não governa,
impera; não possui, domina. Onde quer
que se encontre, o gaiato está no per=
feito à vontade de sua casa.

Foge em demanda de ninhos, lança
no espaço bolas de sabão, e o som es-
tridente de assobios que êle faz, aterra
os ouvidos do pobre viandante. Ai! que
se tu conhecesses de perto a beleza
descuidada do gaiato, havias de fazer
sangue nos pés, a correr atrás dêle,
somente para lhe poderes chamar teu.
Rei por tôda-a parte.

Apupa os combóios, trepa às cami-.
nhetas goza tanto como os noivos, no
desfile de casamentos.

Para êle asseiam os caixeiros as mon=
tras, passam as fitas no écran, tocam
bandas nos jardins, abrem-se as portas
de museus, impera, o gaiato. E

São para êle a chuva que cai e o sol
que brilha. Nas grandes cheias do Mon-=
dego, quando tôda a gente acode e gri- .
ta, o gaiato goza basto.

Agua pela cinta, como patos a gras-
nar, é vê-lo tirar do seu formidável en-=
genho, esquadras inteiras de latas de
sardinha e lançá-las em linha de com=
bate, muito mais feliz do que os Nel-
sons, que têm desembarcado vitórias
navais em arcos de triunfo — reina, o
gaiato.

Foi esta a parte que o Filho do Ho-
mem escolheu. Se o Mestre acalentou-
crianças outrora, é bom discípulo quem
agora faz o mesmo, por Seu amor.
Olha que eu não tenho mais nada no
mundo, senão a indigência dos pequem
ninos que levo. Tu acalentas bem, se
me ajudares a fazer-lhes a cama.
nosso Bom Deus guarda o teu depósito
em banco que não falha; — eu serei q
tua mercê, diz Ele. j

(«Pão dos Pobres» — 11 — Padre
* Amético — Coimbra)

«agree

Aviso aos Sargentes, Caos
e Soldados reformados
do concelho da Sertã

Até o fim do corrente mês to-
dos os sargentos, cabos e sol=
dados reformados e residentes
no concelho, a quem foram con-
cedidas autorizações para acue
mulação de cargos públicos ou
particulares, deverão apresentar
uma declaração na Câmara Mus
nicipal onde constem os respecti=
vos nomes, post’s, lugares que
desempenham, data da autorizas
ção e entidade que a concedeu,

 

@@@ 1 @@@

 

O fumo sobe em nuvens ondulantes
como visão quimérica, falaz,

e ao elevar-se aos páramos distantes
quanto mais sobe mais 8e rarefaz…

Ascende, reverbera por instantes,

como o relâmpago
ou como 08 sonhos

a fulgir, fugaz,

mais impressionantesl.,.

Mas… de súbito — tudo se desfaz!

Assim também as nossas

ilusões

que das chamas dos loucos corações
sobem, em esperanças inundadas…

Mas como o fumo as ilusões perdidas,
num Mundo de quimeras fementidas

só deixam cinzas,

Cardigos,-1942

mortas, apagadas…

Oliveira Tavares Junior

Câmara Municipal da Sertá

Principais deliberações tomadas em
sessão de 18 de Março de 1942

Tomar conhecimento de diver=
sa correspondência. .

-Permitir que a interrupção
do fornecimento da energia eléctri-
ca às redes pública e particular
de Sertã e Sernache do Bonjar-
dim seja feita, enquanto durar o
primeiro horário de verão, às 24
horas.

—Iniimar Carlos da Silva; mo

rador em Carnapete, a não fazer.

quaisquer culturas com adubos

ou estrumes: na sua propriedade.

junto à nascente da Bica.

Fornecer uma estante para
arquivo à Conservatória do Re-
gisto Predial.

—Proceder à venda de diversa
sucata de ferro e da lenha pro

veniente da limpeza das árvores

do Adro.

— Autorizar a execução de di.

versos trabalhos de reparação na
escola de Nesperal.

—Conceder, nos termos do
artigo 753.º do Código Adminis-
trativo, às Juntas de Freguesia
de Sertã e Sernache do Bomjar-
dim subsídio de 50080) a cada.

— Colaborar com a Direcção
Geral dos Serviços Hidráulicos
“nas obras de desassoreamento
da Ribeira da Sertã no sítio da
Carvalha
= Aprovar a conta da respon-
sabilidade do tesoureiro referen-
te à gerência de 1941.

— Autorizar diversos paga-
mentos. |
” —Deferir diversos requeri-
mentos.

A

OS AMIGOS DA «COMARCA»

Por: intermédio do nosso cor.
tespondente em Lisboa, o nosso
amigo sr. Albano Lopes Mendes
teve a amabilidade de nos indi-
car, como assinantes, os srs.
Eduardo Alves e António Men-
des Baptista, daquela cidade.

« Agradecemos,

Srs

Interêsses do concelho
de Oleiros

Pelo «Fundo de Melhoramen-
tos Rurais» foram concedidas as
seguintes comparticipações: à
Junta: de Freguesia: de Sarnadas
de S. Simão, para abastecimento
de água à pvoação, 1.º fase,
trabalhos de exploração de água,
2.410800; e à Câmara Municipal,
para abastecimento e água à po-
voação de Montirhosa, 1.º fase,
exploração e capt ção de água,
4.929800.

a pp
Rectificação

Na linda poesia «Mais», pus.
blicada no n.º 286 de nosso es-:

timado colaborador sr Cardoso
Marta, Ge: Lisboa – poisou Uma
antipáticau graiha «brilio» cem
vez de «trilho», no 6.º verso,
Que nos desculpe o autor,

O que diz:a isto a popula-
ção da Serta?

Diz-se que cada terra tem o que me-
rece.

Não sabemos se se trata de um afo-

indiferença da população da Sertã por
tudo que. representa o seu próprio in-
terêsse, chega a irritar os menos como-
distas e os mais ciosos dosseus direi-
tos e regalias, que só podem encarar.
com desprêzo as lamentações e amar-
gas queixas de todos quantos, obstina-
damente, teimosamente, preferem viver
em doce e inalterável paz, como-se a
existência. não fôsse uma luta sem tré-
guas, receosos de incorrer no desagra-
do dos cotifeus, alcandorados, em má
hora e por mal nosso, a posições de
mando, para que Deus os não fadou,
porque.lhes faltam as indispensáveis e
mínimas qualidades a impô-los para de-
sempenho de tais serviços, porque lhes
falta a envergadura para atingir a cra-
veira precisa.

Do Capitólio à rocha Tarpeia não vai
mais que um passo…

Certo é que estes fenómenos :suce-:
dem na Sertã porque, aquilo que a in-
teligência, o saber, a competência: e
fôórça de vontade não conseguem, al-
‘cançam-no a ignorância, sempre muito
atrevida, e a vaidade! Arredados dois
ou três mais animosos, fica a massa
amorfa dos indiferentes, que facilmente
se acomoda, ainda mesmo quando se
sentem um pouco feridos nos seus in-
terêsses !

«Não vale a

E pena a gente ralar-se»,
eis a questão !

Porém, em Pedrógão Grande, canta
outro galo, os ventos correm doutra
feição. Quem dirige ali emprêsas par-
ticulares, ligadas aó bem público, não
se encerra, herméticamente, na sua tôr-
| re de marfim, antes vem a terreiro co-
nhecer das necessidades da população,
conciliando. interêsses que não são
opostos, simplesmente, porque correm
paralelos e se conjugam.: Há, pois, uma.
consideração especial pelas pessoas de
poucos meios, concluindo-se, destarte,
que-o’ dinheiro e abundância; dos-ricos
não molesta os necessitados. Acção
louvável, dirigida pela inteligência e
pelo coração, impulsionada: pelo alto
espírito, tam cristão, de fazer bem ao
próximo.

Demos a palavra ao correspondente
da «República» em Pedrógão Grande,
que expõe o caso com uma clareza e
minuciosidade tais que nos dispensam
de mais considerações, pois as que aca-
bamos de fazer já excedem os limites
da nossa paciência e dado leitor :

«A Emprêsa da Luz Eléctrica desta
vila, desde o seu início, 1926, tem dis-
pensado em média sôbre os consumi-
dores que pagam, uma lâmpada de 16
w.. 10 por cento aos pobres considera-
dos mais necessitados da terra.

Agora, com a falta que se está apre-
sentando do petróleo, devido à terrível
guerra e ‘a-fim-de se poder poupar o
precioso azeite, está a mêsma emprêsa
em realização de estabelecer uma nova
tarifa, para que as pessoas menos re-
mediadas, com abatimento sôbre os

rismo! A verdade é que a proverbial |

tempos primitivos, de cêrca de 50 por

| w. 5800€ duas 7$50 por mês.

A emprêsa em referencia não é rica.
E como o poderia ser num meio peque-
no e relativamente pobre? Todavia,
quem escreve estas linhas, que se julga
conhecedor desta indústria, julga que
tôdas as empresas, ainda as mais .mo-
destas, podem fazer o que aqui se faz,
pois tudo é relativo, e principalmente
sendo a energia produzida a água. Is-

zer, réputamos até um dever, prestando
assim um acto de solidariedad- para

com os povos menos protégidos da: A
pa ‘ do do Desemprégo ?

sorte»
au diz a isto a população da

| O
Sert

cento ou seja uma só lâmpada de 16. Ma ?
– participação dos pequenos Muni-

to, claro, com um bocadinho de estôrço, .
que quanto a nós, quando se possa fas.

A bordo dos contra-torpedeiros que escoltam os combóios navais inglêses, os
canhões entram em acção com um rigor impecável de movimentos

VIDA MUNICIPAL

Relatório lido na Sessão do Conselho
– Municipal realizada em 12. de
Fevereiro de 1942

VI

– 4) Déstes números alcança-se

que as despesas certas absorvem
em regra, em cada gerência, pous
co menos, de 2/3 da: receitas
ordinárias, e. portanto é com o
terço restante que a Câmara tem
de fazer face às pretensões de
tódos os povos do concelho, sen-

do certo que verbas há ainda, e

importantes, a que não pode fu-
gir-se, tais como as das Juntas

de Freguesia, de. luz, expedien

te, etc.

No capítulo «Obras comparti-.
cipadas» notou-se um decresci-
mento acentuado no ano de 1940,
e o facto foi devido, em parte,
a despesas novas que surgiram

nesse ano, como as -do Recen-

seamento da População e Festas

Centenárias, as quais, com as dó
Recenseamento Eleitoral, nos le-
varam à roda, de 20,000800; em
parte, deve atribuir-se o facto

às obras feitas pela Câmara em
beneficiação da sede do conce=
lho, e.por último há a atender a
que, tende o Estado concedido a

comparticipação de 40.9188$00

para as calçadas da vila da Ser-
tã, esta comparticipação foi man-

dada suspender para vir a ser
renovada só depois de montada
a rêde de distribuição de águas
ao domicílio.

A discriminação feita põe em
relêvo as dificuldades com que
lutam os Municípios pobres para
acompanharem os mais afortuna-
dos na grande obra de renova
ção e progresso que o Estado
Novo levou-a todos os rinções
de Portugal, situação que se pro
longará . até que: o. Estado não
lhes . conceda comparticipações
de, pelo menos, 2/3 do custo to-
tal das obras. Em verdade, se
de pouco mais do terço d:s suas
receitas. é que há-de. sair a com-

cípios; s”, por: outro lado, essa

– quota parte tem forçosamente de
fazer face a outras despesas im- |

portantes, e algumas ina iáveis,
que margem fica ao. pequeno
Município. para levar a efeito

– grandes realizações desde que é

obrigado a pag r metade do seu
custo: quando a comparticipação
é: pelos. Melhoramentos Rurais,
ou: 2/3 quando. pelo Comissria

No actual regime de compars

| ticipações muitas vezes a Câma-

ta, para poder fazer alguma coi-
sa, rsente a necessidade de dívi

é de aconselhar evitar, tanto

ção..

5) Além das obras já enume-
radas, ainda a Vereação transacta
viu concedidos no último qua-
driénio as seguintes compartici-
pações do Estado : .

Fonte de Naves 1939 08.935800
“Fonte de Ameixoeira 1940 3.7A6800
“Fonte de Arrifana 1940 10.654800
– Fonte do Sesmo 4941 5,0435800
“Fonte do Casal do Calvo 1941 14,198800

Daaas de arrematação as três
primeiras obras, pelo duplo das
quantias indicadas, os concursos
ficaram desertos porque os peri-
tos em trabalhos desta natureza
foram de parecer que o seu cus
Ito seria muito mais elevado.
Quanto às duas restantes obras,
a- Câmara está à espera de que
| os naturais -das povoações ouas
Juntas: de Freguesia respectivas,
se encarreguem ou: encontrem
quem possa encarregar-se da sua
realização, dada a distância a
que ficam os locais da sede do
concelho.

“Pela demora observada tudo
leva a crer que se julgue deli-
ciente a comparticipação -conce-
dida, vindo estas comparticipa-
ções a ser anuladas por falta de
quem .se encarregue das obras,
é a’ Câmara, pelas razões expos-
tas, não poder realizá-las por
administração directa.

– Como era natural. dever, co-
municou-se oportunamente a
quem de direito haverem ficado
desertos os concursos. atrás refe-
ridos, e não; deixou de pôr-se
em relêvo as razões determinan-
tes do facto. Foi por isso que
no «Diário do Govêrno» de 27
de Janeiro dêste ano vem conce-
dida nova comparticipação para
a Fonte das Naves, desta vez da

“to devo Irisar que no projecto
primitivo esta obra foi orçada
– em 38.480850.

Para terminar a referência a
obras comparticipadas, só resta
fazer alusão a outro melhoramen-
to em curso «Construção de duas
casas para os Magistrados Judi-
– ciais», obra orçada em 229.0008
“e para que o Estado concedeu

pelo Comissariaso du Desea:prê-
‘ go comparticipação de 85.0008,
“em Junho do ú timo ano.

| (Continua)

dir os trabalhos. por mais :de |
uma gerência, mas êste sistema |
depara de vez em quando com |
dificuldades de natureza vária, e.

quanto possível, a sua manuten-

quantia de 13.498$00. No ent:n- |

Notasa lápis
| (Continuação)

OI! concedida a necessária

licença à Companhia Por=
“uuguesa de Celnlose, com sede
em Lisboa, para exploração
da indústria de celulose. pasta
mecânica, papel de jornaleou-
tros papéis. O capital será ele-
vado ao mínimo de 16.000
contos no prazo de I2 meses e.
ao mínimo de 36.000 contos
no prazo de 30 meses.

ge ED te

Austrália, o país mais di

rectae prôximamente amea-
cado da invasão japonesa, re-
cebeu, com uma alegria que
não pôde disfarçar,a notícia da
nomeação do general americas
no Mac Arthur para coman-
dante supremo daquela enorme .
região, que constitne um con:
sinente, o Novíssimo, de popa-
lação assás escassa e onde,
cremos, não devem abundar as
linhas de defesa, já porque a
sua configuração geográfica—
uma ilha, de litoral vastíssi-
mo — não as podiar permitir,
já porque muitos pontos não
são habitados, por inóspitos.

Há, evidentemente, a contar
com a defesa móvel e esta virá
a ser apreciável, pois os Estas
dos Unidos têm enviado para
ali importantes contingentes,
num afinxo interminável, não
só porque a perda da Austrá-
lia-representaria o desapareci-
mento do último bastião que
os aliados podem utilizar pas
ra: disferir, com «mais vantas
gem, seus golpes contra o Ja
pão, mas também porque..a
sua conquista pelos japoneses
colocaria em situação perigo-
sa o continente americano, ao
mesmo passo que lhes daria
inteiro e absoluto domínio mas
rítimo no Pacífico.

E* natural o regosijo dos
australianos e americanos pes
la entrega do comando a Mar
“Arthur, o herói das Felipinas,

o general que tem feito das
fraquezas jôrças, mantendo 0
resto de prestígio que ainda
disfratam os uliados no Ex-
tremo – Oriente, subjugados,
| sucessivamente, em todos Os
pontos estratégicos por um
exército aumirávelmente ades.
trado, que irrompeu das snas
ilhas como torrente avassalas
Idora e irresistível, . .stível, . .