A Comarca da Sertã nº287 19-03-1942

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DURANTE a semana passa-

da pouco choveu; porém,

na 6º feira, pairou “sôbre à

Sertã uma fórte trovoada, ain

“ dagque ligeira, que foi acompa-.

nhada de uma forte bátega de
água.

â temperatura é agora mui:
to mais agradável, sendo de

prever que entremos nam fran
– có período ae estiagent, indis
– pensável às grandes e variadas

culturas da época, entre as

E “quais a plantação de batatas
de rezadio ocupa o primeiro
ogar.

o solo apresenta-se propício
cavagens e lavras depois

ra uma conveniente plan-
de batatas é indispensá-
om adubo químico, De
s por aí já se vende;mas

: preços fantásticos, a que o:

modesto proprietário eo jor.
naleiro Mificilmente pda

chegar.
OO +0-

Es TA MOS no limiar da Pri.

“mavera, a linda estação
das flores, dos passarinhos, a
de melhor temperatura do ano,
em que a Natareza apresenta,
em tôda a plenitude, as suas
múltiplas e variegadíssimas
graças os seus mil encantos,
oferecendo ao homem, para
compensação de tantos traba-
lhos e canseiras, as primícias
em que a terra se desentranha.

“Depois de longos meses de.
chuvas e frios glaciais, sabem
bem os dias límpidos de sol
e alegra-nos contemplar o ce:
nário maravilhoso que por tô-
da a parte nos oferecem. os
campos.

JORRE U em Lisboa o gran-
de jornalista Fernando
de Sousa, director de <A Voz»,
gue passou a vida inteira — e
bem longa foi — lutando intrê-
pidamente pela defesa de ideais
políticos que há muitos anos
dominar am em Portugal…

: Em Fernando de Sousgadmi-
rávamios, mais que a beleza
do estilo literário, a firmeza.
de «convicções, que resistiu a.
tô% dos os ataques e vicissitades.

NO racionamento que começa

a vigorar no dia 1º de
Abril, na freguesia da Sertã,
deve-se centar com uma gran ;

de restrição no gasto de arroz |:

e-supomos queela se manterá
até à nova colheita,

“Pagamento de assinaluras

* Dignaram se pagar as suas as-
sinaturas até os números que vão
indicados os srs.: Abílio Nunes,
Teixoso 299, 10$; Amaro Vaz
da Costa, Lisboa, 304, 108; Ma-
jr Salvador Nunes Teixeira,
Bragança, 317, 20%; Elias Joaquim
Tavares, Pôrto, 300, 108.

-Os nossos sinceros agradeci-

mentos,

da. prolongadas e: aApigaas À

DAVID

E me eat

de de Letras, nos baixos do vélho Conven-

to de Jesus. E’ramos nma assistência, SOr-.

tida, de adultos que roubavam às necessi-
dades materialonas da vida umas tantas

horas, — levados pela fascinação oriental:

da misteriosa língua do Alcorão e das Mil
e Uma Noites.

A luta pelo pão não se conjuga, po-
tém, muito com os luxos intelectuais, pois
que regula seus movimentos pela toada
daquele aforismo latino: «Primum vivere,

deinde philosophare». Os meiis conheci-

mentos pouco adiantaram sôbre aquela nó-
nada que eu já sabia, de estudos ténues, an-
tes feitos. em longes terras, de persa e hin-

dustane. Mas fiquei conhecendo.o Dr, David | pamente simples mas consciente de quan-

Lopes, gentil homem grave e beirão da
Beira Baixa, sabedor e naturalmente mo-
desto, — espírito direito de cujo rosto, ilu-
minado de uns olhos azuis, se desprendia,

às vezes, uma árctica fragrância de ironia.

Devo lhe a indicação de livros interes-

santes e a compra doa «Textos de Alja-

mia», compilação com prefácio substancio-
so seu, e documento edificante e enterne-

cedor, que nos enche de saudades étnicas.

e de orgulho actual pelo que fomos nêsse

Marrocos por nós, primeiros nó mundo, do-‘

minado, e a ponto, e carinho, de mouros
escreverem português em caracteres ára-
bes, dando assim causa ao sortilégio filo-

lógico tão curioso, e para nós tão rá

da aljamia,

Do arabista e historiador o no,
meu vasto tesouro de livros, três trabalhos |
seus. Esse homem, que procedia de família

honrada é pobre do Nespéral, — pequenino
burgo verdejante e recolhido onde, noutros
tempos, casas nobres esparrinhavam ale-

vida de estudioso, abrindo para si um se-
ctor de alta cultura no qual professcu e
morreu sózinho.

Cultivou com irretragável probidade

e escandalosa competência a história por-
tuguesa em face das fontes árabes, é do
mundo muçulmano, desde o’griente gangé-
tico até ao algarve marroquino, recolheu

documentos e ensinamentos que enriquece-.
ram og nossos estudos históricos, sob à dis:

| ciplina do método que Herculano aprende-

de humanistas, filólogos e historiadores, —

de estilo clássico, severos e serénos,—cons-
trutores de história lavrada não por advo-|

gados de seu oficio mas por juizes de pro:
fissão, um CGtabriel Pereira, um Pedro de
Azevedo, um Esteves Pereira, um António

Baião, cuja obra e exemplo são fortuna.

nossa, porque pertencem definitivamente
ao património nacional.

David Lopes era da raça dos profes:
sores do antigo e fecundo Curso Superior
de a um Teófilo Braga, um Consi-

do fui por pouco tempo, discípulo:

Ee há bastantes anos, quan,
seu na classe de árabe da Faculda-

ta com Mommeen e nacionalizou entre nós.
Pertencia David Lopes a essa galáxia,

Asassas

– FUNDADORES -.
— Dr. José Carlos Ehrhardt —
— Dr. Angelo Henriques Vidigal —
—— Antônio Barata e Silva ——
Dr. José Barata Corrêa e Silva

Eduardo Barata da Silva Corrêa LOPES

gliere Pedroso, um José Joaquim Nunes,
um Leite dê Vasconcelos, um José Maria

Rodrigues, que deram lustre e crédito à

Faculdade de Letras de Lisboa, como os
Lentes da extinta Faculdade de Teologia,
o nobre e alto asceta do humanismo cris-
tão, Mendes dos Remédios, Alves dos San-
tos, Gonçalves Guimarais, Ribeiro de Vas-
concelos, Oliveira G’uimaráis, o deram à
Faculdade de Letras de Coimbra, — alta-
neira na sua colina de Minerva, apascen-
tando seus olhos longos por montes e vales
daquela paisagem de sonho.

Visto na rua, tinha David Lopes algu-
ma coisa de hirto, e, quando olhava, lúzia-
lhe nos olhos garços uma faísca atenta que
tanto podia ser sarcasmo dorido de séculos
como sorriso, em flor, da bondade, Natu-

to não ignorava, não sei bem se foi doutor
por extenso ou abreviatura, e desconfio
que nem mesmo «honoris causa» envergou
ou ambicionou-a borla e o capelo catedrá-
ticos embora tais adornos, como uns mes

recesse, e mais que outros. Foi, na verda-

de, um pedagogo sério, incapaz de explo-

rar filologias pitorescas. Nem a sua cultura:

fôra lambida de velhos tachos conventuais
ou de escudela de portaria. Era um erudi-
to, — prenda esta que lança invejáveis cla-
rões sôbre vélhas carecas bizantinas, Para
mim,—et je connais mes moutons,— David
Lopes era apenas um Homem.

“Pessoa lida no mundo das letras e via-
jado nas esferas do pensamento e nas par-
tidas de mundo, êle foi duplamente huma-
mista pelo geito de letrado escrupulvso e
pelo pendor da mente, desperta e acesa,
que se dava à gente, em leal franqueza, —
com essa franqueza que eu tive, também,
o prazer e honra de encontrar em Mendes

gria e luz, perto dêssó Bomjardim de dos Remédios, na primeira e última vez

Nun’Alvares, a Portugal consagrou a sua

que o visitei na sua casa do Penedo da
Saudade, a vivenda afagada de flores, e
aberta para as colinas verdes da Portela,
para às distâncias nebulares de Semide e
para o cobalto escuro da Serra da Lousã.

Do que David Lopes me dizia não fa-

temos falamento aqui. Esse frio, que o ar-

ripiava todo e do qual as suas mãos gela-

[das eram mortal testemunho, acabou por

inteiriçá-lo no descanso etern».

E, agora, por que esferas adustas ou
glaciais divaga o seu espírito de peregrino
da terra, do tempo é da cultura? Ninguém
o saberá dizer,

Mas nesto gôlto de profundas ignorân-
cias onde nos debatemos, é lícito crer que
êle atravessou o fôsso e alcançou a cidade-

la. onde rebrilha a LUZ perpétua na qual
humildemente acreditou e na antecipação

da qual piedosamente cerrou os ólhos, —
como quem, após a safra honrada dos tra
balhos e dos dias, pega naquele sono que
a morte compassiva nos oferece na sua taça
verde de chumbo, — pesada e fria.

ANTONIO DA CRUZ

O! “DIRECTO KR EDITOR E PROPRIETARIO e apa Too
CI) Comando Bonato da Fila Comneia amo |”! Euio|
E fitas. “REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO —= E ECO E
w| |RUA SERPA PINTO-SERTÃ | ERA
do Ce | | TELEFONE
<|| PUBLIGASE ÀS QUINTAS FEIKAS | soa 112
ANO VI | ficbdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarica da Sertã: concelhos-de Sertã | de Ripa Go
uoN DEI. | Mleiros, Rrognçã E na. e Fla de Rei; € drogagaias, de Amêndoa e pePdigos (do conselho ne Mação) | “| 49482

.«. a lápis

ACENTUANDO-SE, dia a
dia, a falta de combastis
veis líquidos, a quasi totali-
dade dos motoristas e de opé-
rários, que trabalham nas in
dústriasconsumidoras de óleos
e gasolina para a sua labora-
ção, serão lançados irremedid=
velmente ao desemprêgo, indo
engrossar as fileiras dos que
precisam de pão, vendo-se,
possivelmente, na contingên-
cia de recorrer à caridade pa-
ra não morrerem de fome.
Situação aflitiva e amarga,
na verdade, que não pode ser
resolvida facilmente porque |
depende, antes de tudo, da im-
portação daqguêles produtos
em larga escala.
HO +€—
PELO caminho que as coisas
seguem, tado leva a sm-

por gue, dentro em pouco, vol.

tar-se-é à mala-posta, ao cas
leche, à vitória ea tódas as
outras variadíssimas carripas
nas, puxadas a cavalos e maa-
res, gne tiveram o seu período
áureo há uns bons £40 anos…
Virão os novos transportes,
lentos, incómodos, enfadonhos,
a contrastar com a velocidade
e comodidade das camionetas
de passageiros e dos automós
veis de praça! E por’certo sur-
giuwá, na Sertã, um novo Pras
gedes, com seus trens de fogos
sos cavalos ou de esquálidas
pilecas, ajaezados de vistosos
arreios e sonoros gaisos Na
fachada da cavalariça a mes-
ma faiscante tabnleta ; «Quan»
do o sol nasce é para todosa!
Por-cima do dístico, am sol de
onro com os seus raios diver=
gentes de múltiplas córes…
Bons tempos!

Sr

TODOS os anos, por esta
época, temos agui de bra-
mar contra o feio e péssimo
costume de lançar cascus de
laranja e de tangerina para a
via pública; o abusc é de tal
ordem que, nalgumas ruas,
elas são bastas, cobrindo £ran-
de parte do pavimento, como,
por exemplo, na travessa da
Misericórdia,
dlém de uma porcaria, as
cascas representam um perigo
para os transenntes:; uma sims
ples escorregadela é o snficien-
te para partir um braço ou
uma pernal
Essa gente, que assim des.
perdiça as cascas, é tam igno-
rante que mal avalia o valor
que elas representam na ali-
mentação hamana pelas vita-
minas que contêm! E, natural
mente, ficará muito admirada
por lhe dizermos que as cas-
cas de todos os frutos se de-
vem comer |
gnt Getafe

NECROLOGIA

Em 9 do corrente faleceu um
filho do sr. Manoel Milheiro
Duarte, da Sertã, de nome José,
de 3 anos de idade,lho do sr. Manoel Milheiro
Duarte, da Sertã, de nome José,
de 3 anos de idade,

 

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A Comarca da Sertã

pURGA nu AORTEI

J. Wernandeé Pestana

PRISÃO, DR VENTRE Farmacentico pela Universidade de Lisboa

PARA
ADULTOS E CREANÇAS

Preço — 6800

Farmácia Cortez
R.S. Nicolau, 95 — LISBOA

Horário da Carreira de Passageiros entre Oleiros e Tomar (Estação)
Concessionário: Companhia de Viação de Sernache, L.º*

Julgado Manivial de Oleiros CASTELO BRANCO- COIMBRA

| RR
! É
RE ANUNCIO | A Companhia e Viação, de Sernache, Ld.º estabeleceu a liga. :
fheba Part ‘Cheg.| Part… = 2º publicaçãos i ção entre Castelo Branco e Coimbra, com horários apropriados de
a Rida) ds ao Eai (Estação) 1555 o Pelo Tribunal. Judicial do Jul. grande vantagem e comodidade para o público.
Sertã 7,35 | 805 | Ferreira do Zézere 16,45 [47/00 | Judo Muntcinal de Olminos dhoh) na oa gas fp ga FEIRAS. do AS 3.08, 5.8 E SABADOS
Sernache 8,25 | 845 | Bésteiras 17.15 117,20 | secção da Secretaria. e nutos de a gia a – :
Eee : 9,25 | 9,30 | Sernache 18,00 tado execução com processo sumário que Obeg. Part.., e Oheg. Part.
Tomar Es e 10,40 [1056 | Ritocao Cavalo 19:55 | 20/00 Sm po een O 11-50 | Castelo Branco 9.15
soda Sao) 10,55 | — | Oleiros (P. da Deveza) [20,25 | — hi asia vtd pda di Figueiró dos Vinhos 14 1425] Sobreira Formosa , 11-00 11 10,
Efectuam-se giáriamente contra 08 executados António Luis Sernache do Bomjar- Proença-a Nova . 11-30 11-40
e-mulher Margarida de Jesus; pro E dim &. o . 15.03:15-10 Sertã. . + 12:30 13-00:
Este horário anula todos os anteriormente aprovados. pristários residentes no lugar du Sertã, – 15 30 15 30] Sernache do Bomjar
dedo o Coari. Prvença anova. 1625 1635] dim uso 1821838,
tos de vinte dias “à contar da ge Sobreira Formosa . 16-55 17-05 | Figuei:ó dos Vinhos 14-15. 14:25
gunda e última publicação do pre Castelo Branco – 18-50 Coimbra . – 16.35
sente anúncio, ctundo os credores Castelo Branco — Coimbra até q ESC: 40850

desconhecidos dos referidos execu
tados, para no prazo de dez dias, |
À depois de findo o dos éditos virem,
| à execução deduzir os seus dirsitos |
indicando a natureza, montante é
origem dos seus créditos: é ofere
cendo logo’ds provas,

Oleiros, 1 de Outubro de 1941.

O Chefe de Secção, — J àv Te
zugo de Son a.

“ida e volta . » 72850
Não deixem de enviar as suas encomendas por esta carreira
Aceitam se encomendas para o PORTO, RÉGUA, S. JOAO >

“DA MADEIRA. VILA REAL VISEU e tódas as localidades servi
; das pelas carreiras de Joaquim Francisco de Oliveira Ld..

Verifiquei a exactidão,

O Juiz Municipal, = Antónt
Ferreira Pinto.

rténio da

“ acaba de abrir uma
SECÇÃO. DE OURIVESARIA |

“JOIAS, OURO E PRATA

Depósito Central em Tomar

JOÃO FERREIRA PINHO
TELEFONE N.º 118

AavVISO

Transporte colectivo de mercadorias
entre Oleiros e Tomar

Angasto Fernandes, de Olei-
ros, concesstonário do trans-i
porte colectivo de mercadorias
entre aquela vila e Tomar, vem,
por êste meio, tornar público ‘
que a carreira, que até agora | .
se efeciunava às 8.ºº feiras el.
sábados de cada semana, pas-

Interessantes e magníficos artigos, de |
ZE A RE , Rey o Rs É
finíssimo gôsto, próprios para brindes

A Voz de Londres

E fala eo mundo acredita

Compra e vende ouro cprata em scgunda mão.

RUA CANDIDO DOS REIS— 5 & 6 T À

1942.

12, 15 “Noticiário “] GRZ 13, 86 m. (21, 64 mes) sa a efectuar-se apenas uma vez a

1230 – Actualidad | SRV o 2 m. (12 04 me) O ema indo | om a
7 ctualidades m.l mc/º) | consegiiência da falta de pneus o

91 So. a je carburantes, mantendo-se o: AVENIDA. ALMIRANTE REIS, 62-H- TELEF ONE 18508
1,00 (+) Noticiário | ano e dire E a horário estabelecido, io a
do m.( 9,91 me/º

215 Actualidades | GRT 4196m. (715 mc) Oleiros, 28 de Fevereiro de IN ISSiMOS fx A: 3 | – 3 o

(*) Este noticiário ouve-se também em G E V, em 2a, 92 me-
tros (12,04 mc/*).

– Assinai e lêde «LONDON CALLING», semanário ilustrado |
e órgão oficial da B. B. Cs, revista indispensável a quantos se
interessam pela) cultura e e pelas actualidades da guerra. Depósito
na Livraria Bertrand, Rua Garrett — Lisboa. — Preço, 1820.

Augusto Fernandes

E e “da região de
a SERTÃ E sERNACHE DO BOMJARDIM.

Este número foi visado pela são vendidos no máximo da pureza,

Comissão de Censura | por serem selecoionados escrupu-

de Castelo Branco – losamento da produção própria

o “As boas donas de casa devem. experimentar. — Tôdas as pessoas

que se interessam pela’ sua saúde devem procurar esta casa |

LIBANIO VAZSERRA:.

PROFESSOR |

Ensina instrução primária, 1.º
e 2.º ano dos liceus, contabilidade Companhia de Viação ie Sernache, Limitada
Concessionária da carreira de passageiros entre
FIGUEIRO DOS VINHOS -SERTÃ

QUINTA.

Vende-se em óptimo local!
e de bom 1endimento, pro-

Comunica ao público que, a partir de 25 de Agosto corrente, Cn=
tram em vigôr os seguintes horários:

A = Efectuam-se às 2.s, 4,s e 6.38, Procede de Coimbra e segue a Castelo Branco,

DE

Para bom entendimento do público à Clnerrese que as carreiras .
versa, não sofrem: alteração com os- presentes horários

Ernie astelo Br neo — Coimbra, e vice |

duzindo cento enavonta mil
kilos de arroz e quarenta

Lenha de azinho!

do Poli

Dirigir propustav a Anió
nio Forreira- Pinto-Oleiros,

+ EIN Bs de 1 de Outubro a 30 de Abril, às 3.2 feiras e dias 23 de cada mês. Se o dia 23 cair ao Domingo, Ro À po é 189 2.º: Do:

a carreira efectua-se no dia anterior. Procede de Coimbra, donde parte às: 15,50. Sidi TELEFONE 27111
CE de 1 de Maio a 30 de Setembro, às 3.as feiras e dias 23 de cada mês. Se o dia 23 caír ao Domin. Vende me O GUltr Ja tim LIS o A

go, a carreira efectua-se no dia anterior. Procede de Coimbra, donde parte às. 17,20. peza ade azinh- de Ho da:
D= » às 3.25 feiras e dias 23 de cada mês, Se o dia 23 caír ao Domingo, a carreira efectua-se no dia an- do. Monte Silveiras. n P :

terior. Segue a Coimbra e regressa (horários Be C). jesia de «Ip:gu + Postais eom vistas da Sertã
E= >» às 3.28 e 5.2s feiras Sábados. Procede de Castelo Branco e segue a Coimbra. Sul, Frog Binçedairhs ado Po Ê a

EDIÇÃO PRIMOROSA)
Vendem se nesta Redacção

“de é faz preparação cuidadosá |
para os exames de regentes dé –
postos escolares e de admissão |

[Ras ESa mil kilos de milho, além dol aos liceus. Lecciona durante ás

| ao A B Cc. “D E || muito feijão. = férias actuais.

| Cheg. | Part. | Cheg. | Part. | Cheg. | Part. |Cheg. | Part. | Cheg | Part. || Informa Manoel par Informa-se nesta Redacção.
em =| |=—— | | do Matos, mem ea
Figueiró dos Vinhos (Largo Sertã (L. Ferreira Ribeiro) — | 6,50] — |13,00 = ss
do Municipio) . — [1425] — |18,30] — [19,50] Sermache do Bonjardim .) 7,10) 7,13 13,20] 13,33] Estrada da Beira: nº 16 A Norberto Pereira |
Aldeia Cimeira «| 14,37] 14,37] 18,42] 18,42] 20,02] 20,02]] Aldeia Cimeira. «| 7,43 | 7,43] 14,03] 14,08] COIMBRA orperto E
Sernache do Bonjardim +[ 15,07] 15,10) 19,12] 19,15] 20,32] 20,35]| Figueiró, dos Vinhos (Lar- E : Gardim

| Sertã (L. Ferreira Ribeiro) .| 15,30] — 19,35] — 120,55] — go do Município) . 17,55) — 114,15) — mm: eee SOLICITADOR ENCARTADO

Colecção de 7 postais — 7300 :0 :

 

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“A Comarca da Sertã

cacete mem aee neem

Carta de Lisboa

Entre os filhos adoptivos da
Sertã, ou melhor, entre os seus
amigos que sempre a conside-
raram mai adoptiva, há um
que se tem destacado, de há
cincoenta anos a esta parte,
pelo muito:que lhe: quere, pelo
muito que tem trabalhado em
prol do sen engrandecimento
intrínseco e extrínseco.

E, quem assim” procede, e
quem assim estima o torrão
querido que, nos viu nascer,
tem jus a um reconhecimento
público dos filhos legítimos
dêsse mesmo torrão.

Não basta o muito querer-
lhe, não basta a estima que
todo o Sertanense dedique a
esse mesmo: filho adoptivo,
porgue tais factos resultam
como: ‘no caso du ‘figara que
pretendo pôr em foco, do
seu próprio procedimento, da
sua maneira de conviver, da
sua esmerada eduçação.

Toôrna-se preciso vincar, por
uma maneira pública e quiçá
inesquecível, a passagem pela
Sertã de figuras assim; é um
dever de nós, seus filhos legí-
timos, prestar-lhes preito de
gratidão e mostrar-lhes que
somos reconhecidos a tantos
favores recebidos.

Quem me estiver lendo e ti-
ver vivido há cincoenta anos
a esta parte interessado nas
coisas da minha Terra, tem,
certamente, posto o seu pensa-
mento no Er” Sr Dr. José
Carlos Ehrhardt, porque é a
êle que me quero referir, é êle
que tem jus, e direitos adgai-
ridos, a um reconhecimento
nosso, a um reconhecimento de
tóda a Sertã, em manifestação
pública. . .

Pois bem; é preciso iniciar
um movimento Sertanense pa-
ra que se pagne, o mais breve
possível, a divida de há muito:
em aberto, para com o meu
pretenso homenageado.

Iniciem os mens patrícios,
que -vivem no meio focado, as
necessárias demarches no sen-
tido exposto que nós, os an-
sentes déle, os acompanhare
mos, sem descripância eston
certo disso, nos seas mais per
quenos: detalhes. ú

Assim o espera o vosso ami-
so –

gp
” Feira de Passos

Depois de amanhã, sábado,
efectua-se, nesta vila, a feira
anual dos Passos. no

eae

A Defesa Civil do Território
Português

Um decreto do Ministério da.
Guerra — aínda não publicado à
data que escrevemos —cria a De-
fesa Civil do Território, desti-
nada a assegurar o regular fun.
cionamento, em tempo de guerra
ou de grave emergência, das
actividades nacionais e á conser
vação da riqueza pública.

Adefesa é confiada à «Legião
Portuguesa», a qual procederá
contra os inimigos internos e os
eventuais inimigos externos, a-
gindo, especialmente, na protec-
ção das populações contra ata-
ques aércos, guarda das comu-
nicações e dos centros vitais,
na inutilização de tudo que pos-
sa set útil ao inimigo e na vigi-
lância das actividades exercidas
por estrangeiros.

Pertence igualmente à D.C. T.
a preparação moral da Nação
para a guerra no sentido de for-
talecer o espírito de vitalidade e
de resistência da população e a
coesão nacional em face do pe-
rigo.

Deve notar-se, porém, e isto
não podia deixar de ser assim,
que são obrigados a concorrer
para a defesa civil do território

todos os portugueses, qualquer:

que seja a sua idade e sexo,

– FRUCTUOSO PIRES |

A Missão Cultural do Secreta-
tiado de Propaganda Nacional
deu um esplêndido concerto no
salão do Club Sertiginense, na
noite de 2* feita a que assisti-

“ram muitas pessoas, sendo pena

que o teatro ainda permaneça

encerrado, pois, se assim não

tôsse, ter-se-ia registado uma en-
chente, tal o valor artístico .des
componentes da missão e a be-

-leza do programa. ‘

Antes do concerto, osrt. dr.

“Flávio-dos Reis é Moura, advo-

gado e notário desta comarca,
na qualidade-de director do Club,
fez, em improviso felicíssimo, a
apresentação do grupo, ao qual
rendeu o preito da sua homena-
gem, explicando a finalidade
desta Missão organizada pelo S.
P. N.: divulgar, pela música e
pelo canto, as composições clás-
sicas dos melhores autores, con-
tando-se entre êles verdadeiros
génios mundiais. Elogiou o em

preendimento do Govêrno de Sa-
lazar nesta obra de cultura e de

recreação espiritual, que-percor-:

re todo o País pará deliciar: a
população, dando-lhe a nítida
sensação do belo. Afirmou que a
Sertã pode considerar-se feliz e
honrada por esta visita, que cons-
titue um êxito pleno e grandioso
no campo cultural.

O concerto foi magnífico, como
magnífica e maravilhosa foi a
intrepretação’dos diversos cúme-
ros de canto por Stela Tavares €
Martinho Severo. O trio de Men-
delssohn, pelo pianista Armando

José Fernandes, pelo violinista
Paulo Manso e pela violoncelista

Madalena Moreira de Sá e Costa,
Sposalízio e Arabesco n.º 2, em
solo de piano executado por A.
). Fernandes, Melodia e Gavotte,
pela violoncelista M. M. de Sá e
Costa e Rondó, Berceuse e Dan-
za de la gitana, pelo. violinista
P. Manso, foram ouvidos com
inexcedível agrado, fazendo vi-
brar e arrebatar a assistência,
que sublinhou cada execução com
calorosas salvas de palmas.

f E PA So EV PY,
O O to? Cf é fa? Ga

Ve > : Pd
* AGENDA :.
“es Ed Ns Ea “es Ed e f “e Ed e sf

Estiveram: em Santo Estê-
vão (Cabeçudo), o sr. Francis
co António da Silva, de Lis-
boa; no Cabeçudo o sr. Car
«los Garcia; de Lisboa; no Ot»
teiro da Lagoa, os srs. Antó:
nio- Lopes- da Mata e Daniel
Rodrigues Pessoa ea menina
Violante Pintor, do Barrreiro.

— Retirou para Lisboa a sr.
D. Guilhermina L. de Portu-
gal Durão…

-— Acompanhado de sua es
posa partin de Pedrógão Pe-
queno para Braga o sr. Antós
nio Fernandes, de Lisboa.

eae
HORA LEGAL

– Com o adiantamento de 60
“minutos às 23 horas de sábado
passado, entrou-se no período
da hora de Verão, há anos adopta-
da em quási todo o mundo e que
tem por finalidade economizar,
ao máximo, a luz“art ficial, pro-
curando-se, por; conseguinte,
aproveitar a luz do dia para o
exercício da actividade humana.
Dada, porém, a necessidade de
utilizar, por completo, ‘a-luz so-
lar à medida que os dias cres
cem, em conseqiiência da falta de
combustíveis, os relógios voltam
a adiantar-se de. 60 minutos no
dia 25 de Abril.

Quem tem trabalhos a efectuar
com certa regularidade, vê-se
compelido a saír cedo da cama,
mas, em compensação, pode dei-
tar-se com as galinhas — como
se diz cá pelos nossos sítios —
dispensando-se de serões, que
prejudicam a saúde!

Tudo isto, a-final, é uma ques-
tão de hábito, É

Ididas por intermédio de Cas–

‘por português, quando, próximo

avi da Coma
5 (ici dos nossos Comospondenos

Outeiro da Lagoa, 9 — La-
vra grande entusiasmo pela fes-
ta escolar que se realizará breve-
mente neste lugar. NE

“Todos os alunos e professores
andam numa grande tarefa afim
de que a sua festa corra o mais
brilhantemente possivel. ‘

‘ Somos informados que foi en=
tregue às crianças uma revista
e que os professores a ensaiam
activamente afim’de a tornarem
digna de ser vista por tôda a
gente. :

A mesma revista é da autoria
do Professor Eduardo António
de Caires com números canta-
dos, . cuja música é alguma mui-
to popular e conhecida do povo.
‘ A récita realizar-se-á no do
mingo de Páscoa, havendo: de
manhã missa com comunhão ge-
tal às crianças e a fundação e
inauguração neste lugar pelas
crianças das Escolas, da Cruza-
da Eucarística.

Há grande interêsse pela réci-
ta, tendo sido já pedidos alguns
bilhetes de pessoas da Sertã e
lugares vizinhos.

A senhora Professora D. Ma-
ria Freire Ribeiro trabalha acti-
vamente na confecção das vesti-
mentas para a Cruzada Eucaris-
tica, devendo-se a ela esta em-
preendedora iniciativa.

aetipepago
” RACIONAMENTO

Segundo o aviso da Câmara,
os chefes de família, residentes
na freguesia da Sertã, entrega-
ram, até 11 do corrente, as rela-
ções com os nomes e idades das
pessoas que a constituem e as
quantidades de açúcar, arroz e
bacalhau consumidas, normal-
mente, durante o mês.

Somos informados de que o
racionamento dos aludidos géne-
ros começa, impreterivelmente,
no dia 1.º de Abril, sendo impos-
sível iniciá-lo antes, como con-
vinha e era desejo da Comissão
Reguladora do Comércio local,
porque os trabalhos de apura-
mento, preenchimento e distri-
buição de senhas leva ainda al-
guns dias a efectuar.

DProeza de piratas!

Os piratas —que outra classifi-
cação não se pode dar a quem
ataca a navegação inofensiva
dum país neutro—bombardearam
e metralharam, acabando por me-
tê-lo no fundo, um pequeno va-

da Ericeira, se entregava às lides
de pesca para abastecimento da
nossa população ge
“Já nem os barcos de pesca
portugueses podem confiar no
respeito dos beligerantes, que
não vacilam em destruir tudo que
lhes apareça ao alcance! Há,
neste acto de maldade inqualifi-
cável, o propósito de escarnecer
uma nação proba e respeitadora
dos direitos das gentes, que se
orienta pela bússola dos sagra-
dos princípios da Justiça e da
Humanidade.

Revoltamo-nos contra a brutas
lidade hedionda e sinistra, que
merece a mais severa reprovação
e o mais enérgico castigo. A te-
petição fregiiente de actos de
canibalismo, como o do afunda-
mento do «Cabo de S. Vicente»,
não honra quem enverga uma
farda e tem missões arriscadas a
cumprir…

Quem sabe se os tripulantes
do quadrimotor alguma vez com-
partilharam do nosso pão e da
nossa hospitalidade !…

PED LP

CORREIO

As malas de correio, que até
agora vinham por Tomar passsaram a ser recebidas e expes

telo Branco desde antes de:

ontem, 3.º feira.

Câmara Municipal de Oleiros

Na passada quinta leira, 12, o
ilustre Presidente da Câmara

Municipal de Oleiros, na compa-

hhia dos Ex.” Vogais da mes-
ma Câmara, deslocaram se a
Castelo Branco, onde tiveram
uma demorada conferência com
o Ex.Ӽ Senhor Governador Ci-
vil do Distrito, tendo sido trata-
dos assuntos de maior interêsse
para o Concelho, designadamente
o da construção de edificios es-
colares; construção da estrada de
Oleiros à Foz Giraldo; abasteci-
mentos, e outros, tendo convida-
do, também, o Ex.”º Senhsr Go-
vernador Civil a visitar o Con-
celho. Pas

Sua Ex.º garantiu todo o seu

interêsse pela execução dos me-

lhoramentos a que o Concelho
de Oleiros aspira, e prometeu
que visitará o Concelho

Extrato da reinião ordiná-
ria realizada em 9 de Março:

Deliberações : Deliberou por
unanimidade, após votação por
escrutinio secreto nomear médi.
co do segundo partido Municipal,
com sede no lugar do Roqueiro,
da freguesia de Estreito, o can-
didato Dr. Mário Ilharco Alvares
de Moura; a

— weliberou alterar a tabela
dos preços de venda de carnes
verdes na área do Concelho, au-
mentando em 1$00 o preço para
as carnes de cabra, chibato, ca-

brito e carneiro; em 2800 o pre-

ço para a carne de vaca limpa;
e baixando em 1800 o preço para
a carne de vaca, com osso, com

referencia à unidade quilograma;

— Autorizou diversos pagas
mentos. :Jorge Galamba Marques

Acaba de ser nomeado tesou-
reiro da Fazenda Pública. do
concelho de Castanheira de Pera
o nosso amigo sr. Jorge Galam-
ba Marques, que serviu na Sec-
ção de Finanças da Sertã, como
aspirante, durante 22 meses,

Seguiu no sábado para Tôrres
Novas, de visita a sua família de-
vendo entrar em exercício das
novas funções no dia 1.º de Abril.

Muita saúde e tôdas as felici-
dades é o que lhe desejamos.

NÃO CONCORDAMOS!

Estamos em absoluto desacôr-
do com a idéia de se lançarem
entulhos no cemitério velho, não
só- porque fica situado ao lado

da estrada que conduz ao cemi-

tério novo — por conseguinte,
produzindo péssimo efeito à vis-
ta de quem por ali passa — mas
também porque aquêle terreno é
anexo à capela de Santo Amaro,
sendo, por isso, de todo o ponto

aconselhável que se: mantenha

devidamente asseado.

Atrás do entulho irão latas,
colchões : podres e tôdas as por.
carias, não tardando que o cemi-
tério velho se transforme em
montureira indecente e mal chei-
rosa para vergonha de todos nós,
que ficaremos sujeitos à censura
áspera dos visitantes estranhos
que por ali passem!

Cremos que o aludido terreno
pertence à Comissão dos Bens

Culturais, que talvez não tenha,
sido ouvida nem achada sôbre o

Cas0…

José Pereira Vidigal

Alegra-nos dar hoje a notícia
de que se pode considerar livre
de perigo o sr. José Ferreira Vi-
digal, filho dilecto do nosso ami-
go sr. Capitão Raúl Ferreira Vi-
digal, de Pontinha-Carnide, es-
tudante do 7.º ano do liceu, mui-
to inteligente e aplicado.

O estado do simpático moço
não é de inspirar graves preocu-

ações,

Muito folgimos ao saber a

| boa nova,

Vida Católica
No domingo realizou-se a co-
munhão Pascal dos rapazes e ho-

mens. católicos. Este acto solene
realizou-se à horta da missa con=

ventual, durante a qual se tocou

o orgão e entosram-se diversos
cânticos.

No final foi servido um pe-
queno almôço aos comungantes
na Sala das sessões da Misericór-
dia, e na mesma se realizou mais
tarde uma sessão de propaganda.

Esta foi presidida pelo Rev.º
Pároco, secretariado pelo sr.
Duarte Milheiro e pelo sr. Dr.

A. Caldeira Firmino.

Falou em primeiro logar o
Rev.º Pároco e depois leu um
discurso o sr. Joaquim Crisóstos
mo; seguiram se números recrea-
tivos e diversos côros que muito
agradaram à assistência,

Em missão de propaganda do
próximo Congresso da Juventude
Católica Feminina, que deverá
realizar-se em Lisboa na primeira
quinzena de Abril, esteve nesta
vila a Senhora D. M. Helena Ca-
bedo, de Lisboa, tendo feito na
sede uma conferência destinada
às raparigas da Juventude.

<e6 6D gg
Manoel-flves Branco

A bordo do «Angola» partiu,
no passado dia 26, para Lobito,
acompanhado de sua espôsa, o
nosso amigo e antigo e concei-
tuado comerciante naquela cida-
de, sr. Manoel Alves Branco.

Que tenha feito uma excelente
viagem e ali gozem a melhor –
saúde e tôdas as prosperidades, –
são Os nossos sinceros votos.

| Tina identificação difícil

O sr. Cônsul da França, em:
Lisboa, enviou um ofício ao st.
Presidente da Câmara Municipal
da Sertã preguntando se seria
natural de Sernache um indiví. .
duo de nome Manoel Vitorino,
filho de Estefânia Vitorino, alise –
tado na Legião Estrangeira Frane

cesa e falecido no Cambodge .

(Indo-china francesa) em 2 de
Abril findo; e fundamenta a pre.
gunta no facto da Administração
Francesa haver comunicado que
o enderêço da família do Vitori-
no é Laube-Sernat, segundo êle
pronunciara, naturalmente, no
acto de alistamento e que não
escreveu por o não saber fazer.
Trata-se, por conseguinte, do no-
me duma terra que foi mal es-
crito, ainda que, talvez, bem pro-
nunciado.

Não deixa de ser curioso o
facto de o sr. Cônsul da França
descobrir, pelo anuário comer-
cial, que na freguesia de Serna-
che abundam as famílias de ape-
lido Vitorino, o que o levou a
escrever o ofício referido. O Re-
gedor de Sernache, perante a so=
licitação da Câmara, comunicou
que o Manoel Vitorino é ali
«completamente desconhecido»,

OS AMIGOS DA «COMARCA»

O nosso amigo sr. João Antu-
nes Gaspar, de Lisboa, teve a
amabilidade de nos indicar, para
assinantes, mais os seguintes srs,
residentes na mesma cidade : Mas
noel Domingues da Silva, Silvas
no Deniz da Silva, António Ba.
rata Dias, Isidro Lopes, José Gar=
cia e João Lopes Leal.

Agradecemos muito reconhe-
cidos.
Equip
E’ amigo dedicado da
sua terra ?

‘ Indique-nos, como assinantes,
todos os patrícios e amigos que
ainda o não são.

O valor e o bom nome da sua
terra dependem, em grande par-
te, da propaganda que dela se
fizer nêste semanário,io,

 

@@@ 1 @@@

 

Relatório lido na sessão do Gonselho Munieipat
realizada em I2 de Fexereiro de 1942

vw
ANO DE 1941 DESPESAS CERTAS

1) Encargos de empréstimos.

2) Pensões de aposentação .

3) Funcionalismo da Secretaria
4) Tesoureiro .
5) Médicos municipais.
6) Veterinário municipal é
7) Aferidor, contratados, etc.
8) Seguros, etc. . . o
9) Anuidade do telefone, etc.

. º

10) Subsídio a instituições, ete. e Sopa

11) Casa do Povo, etc. .

12) A” beneficência pública

13) Fundo de cadastro .. é
14) Percentagem ao Estado, etc.

Somam as despesas certas
OUTRAS DESPESAS

15) Obras novas, comparticipadas :
Calcetamento das ruas da Sertã
Fontes da Felgaria e Nesperal.
Chafariz da Póvoa da Várzea.

Chafariz do Bravo
Fonte de Alcobia .
Fonte do Troviscal
Fonte da Marinha .
Fonte dos Calvos .
Fonte dos Ramalhos
Fonte de Carn-pete
Casa dos Magistrados

16) A’s Juntas de Freguesia .

17) Pequenos melhoramentos, etc. .

18) Luz, etc. . 5
19) Nas escolas do concelho .
20) Expediente, etc. .
21) Higiene, etc.
22) Beneficência no concelho,

24) Matadouros, etc.

25) Aquisições e reparações de material, etc.
26) Guarda Republicana e Cadeias.

27) Plantas e projectos .
28) Jardins : É
29) Recenseamento Eleitoral .

30) Pronto-socôrro para os Bombeiros Voluntários .

31) Parque da Carvalha

32) Ao Clube Bomjardim, 40%, do imposto do Mer-

cado Bettencourt,

33) Com o policiamento do concélho

34) Alimento a dementes
35) Sub ídio ao 14 Regedores

TOTAL

Receitas ordinárias cobradas em 1941 — 354.596366.

Em tôdas as gerências o excesso das despesas foi coberto
pelas receitas extraordinárias, ou sejam as comparticipações do

Estado.

“ete. ;
23) Tratamento de pobres nos Hospitais .

“A Comarca da Sertã

CIPAL

11.240803,
27.063348
47.075$80
2.400800
25 800800
10. 800500
18.869800
6.079870
927885
1.990890.
5500800
1.500800
6.488800
‘6.818500.
172.55 1586

“o o o. a.oe o
“ o.e e ooo.

dos Pobres

e
e e e
t
e o e

26. 183$40
2.269825
3.984805
4.931495
2.065$70
4.068$55
5.998$20
3.415800
6.000800

. 10.700$00

– 14,937810

84.:553$20

17.726810
8.066$95
16.407875.
11.756805
11,068815
1.912885
10 146800
6.085850
2.674854
8.525$75
1.499890
3. 459800
ac 3.737855
: – 3 150800
‘5.500$00.
10.748$17

3 705830
1.174$30

56080
– 4.620300

3898128502.

cc o eo q wu cio a o o

MVotasa lápis

(Continuação)

O nosso amigo Siríaco San-|
tos deve estar um ponco
aborrecido connosco por, na’
carta da sua autoria – publica
da no último número, ter sai-
do Outeiro de Lagoa em vez
de Outeiro de Alagoa, como
êle escrevem |

Até parece de propósito |
| Ossrs. tipógrafos, sem má
intenção, de-certo, é que fize-
ram a emenda sem dar cavaco
e nós, agora, é que pagamos
as favas, inocentemente…

Se estivesse na nossa mão
modificar aquéle nome, não es-
távamos com mais aquelas:
cortávamos a Lagoa, que é
coisa que não há no Onteiro!
E assim acabariam as discus-‘
sões |:

Arg) ig

Cobrança de assinaturas
em Lishoa

Por intermédio do cobrador

contratado vamos proceder ao

recebimento das assinaturas em
tôda a área de Lisboa, esperan-.

do que todos os nossos prezados |
assinantes liquidem os recibos:

no acto de apresentação, evitan-
do, desta forma, perdas de tem-
po apreciável ao cobrador e pre-
juízos à Administração dêste se-
manário,

lfectar a bôca e o nariz, visto

A GRIPE

Na Sertã e em todo o País’
grassa a gripe com grande in-
tensidade. E’ uma doença micro»:
biana, cujos sintomas principais
são a febre, tosse, pontadas no
corpo, corrimento nazal, etc.;
sendo extraordinâriamente con-
tagiosa exige um certo número
de cuidados: recolher à cama,
pôr papas de linhaça e ventosas,
tomar bebidas quentes e desin

que a gripe é a porta de entras
da de tôdas as doenças graves
do aparelho respiratório.

Estes tratamentos, que estão
ao alcance de todos, são apenas
preventivos, pois o curativo só
pode ser feito pelo médico, que se
deve chamar sem perda de tem-
po.

O facto de haver por aí mui-
tas casas em que tôdas as pes-.
soas estão doentes, mostra que
a gripe tem um carácter conta
gioso.

Egas
Levantamento Topográ-
fico da Sertã

Há gentes dentro da gente ? /
Há em nossa alma outras almas !?

A. Correia: de Oliveira

O que é a saiidade ?
Porque é que ao despedirmo-

nos dos vivos, nos lembramos.

muitas vezes dos mortos ?

Há poucos dias, ao abraçar:
uma pessoa querida — cujo pro-
genitor, a quem me ligavam os

laços do sangue e da:amizade,

já não existe — eu senti no âma-
go de minha alma a recordação

dêsse ente, e sem que eu quizes-:

se, sem que eu a procurasse,
uma emoção grande apertoueme
o seio e duas lagrimas deslisa-

ram por minhas faces… Ah! eu
quiz ter a visão do Alem, impal

pável, mas evidente em minha

alma; e-ao abraçar essa creatura:

que é uma aimanação desse ser,
eu vi, Ou antes sentt no meú
espírito as vibrações dessa alma
a comunicar com a minha alma…

As saiidades!… evoluções das
almas que não teem limites, e
transpõem o eter, O espaço, e se

perdem nas amplidões ignoradas,

cheias de mistérios iniacessiveis!, .

Estamos no Outono, a quadra

que nos convida ao silêncio, à

meditação. A Primavera é como
a mocidade, a vida a expandir-se
de mil formas — na exuberancia
da vegetação, no explendor da
luz, no matiz das paisagens, na

embriaguez dos perlumes, na ala-.

cridad- das flores, e no gorgeiar
dos passarinhos. Quem é que
pensa na morte? Vem depois o

Verão Dias de fogo. Canta a!
cigarra, À formiga-enceleira. Nos:
campos e nas eiras há a-faina:

das ceifas e das debulhas dos
cereaes que irão abastecer as ar
cas e os depositos para a con:
servação da vida, e a vida é
tudo. Não há tempo para as
preocupações de viagem para o
Alem… O verão é a idade vi-
ril, em que o homem, conscio
das suas responsabilidades, não
foge ao trabalho, e trata da pro-
ver às necessidades do seu pre-
sente e do seu futuro.

Mas estamos no Outono, à

“quadra doce, de ocidentes, ao
por do sol, indifiniveis. Há qual-

quer cousa em nossas almas,
que parece nos aproxima mais

dos mortos. Eu creio serem sau-
dades.

As andorinhas também sentem
a nostalgia já dasterras que deixa-

iram, e reunem-se em bandos e

emigram a chilrear talvez sau-
dades, que sentem já, ao deixar
os ninhos onde celebraram os
seus amores e proliferaram…
Os jardins quasi desprovidos de
flores, parecem tristes… Alguns
crisantemos exóticos, de petalas
revoltas e emaranhadas, não obs-
tante as cores garridas de alguns,
não tem o encanto, o aroma, das
rosas primavereris. Parecem sau-

dosos…
6

Não sei dizer bem o que sinto

| quando os sinos da minha igre-
‘ja badalam as trindades do pôr

do sol… Parece que há mais
tristesa nos seus sons, que re-
boam, se repercutem pelos vales
onde os arvores sussurram e se
esfolham tristemente, saudosa-
mente… Ê

Mais alguns dias passados, os

mesmos sinos dobrarão a fina-

dos, a convidar-nos para irmos
ao templo orar pelos mortos…
Para lá seguiremos, e depois
não faltáremos na piedosa ros
magem ao cemitério, a avivar
Saudades.. Parece que lá, nes-

4Se Campo Santo, estamos mais
em contacto com-os nossos mor-

Esteve na Sertã um engenhei
ro a proceder aos trabalhos de .
campo do levantamento topográ- ;
fico da vila. O mesmo técnico !
trazia as fotografias aéreas d»

Sertã, tiradas pelo avião que há
tempo vimos por aí pairar.

tos. Insensivelmente os joelhos
se dobram, caimos por terra, as
mãos e os olhos erguem-se para
o Alto. Curvamo-nos para a ter-

ra com os olhos marulhados de –

Rezamos. « uma saii.

lagrimas..
aproximasnos

dade indizível

-» +dos entes queridos, que: Deus !

| idade elevada.

e aerea pera

A SAUDADE |Tempestade |

Vem cá, meu louco amor, chega à janela

Ver a chuva a cair sobre o lagedo;

Ouve silvar o vento no arvoredo,

E, além, rugir no mar feroz proceda…

E às ondas, sémpre a batalhar, sem mêdo,

Vão de encontro ao granítico rochnêdo…

Noite infernal, meu Deus, nom uma estréia…

— Que paisagem feral, que horrível telal,…

Chega-te a mim! Repara nas centelhas,
Cortando o céu, terríficas, vermelhas,
Seguidas p’la voz rouca dos trovões…

Chega-te a mim… não tenhas mêdo… embora ,

A tempestade cresça

de hora a hora

Há o sol do amor em nossos corações!

Pôrto

Adriano Gaspar Isidoro

Festas escolares –

Os professores do concelho da .

sem duvida permite que venham

ao nosso apelo pipi

:com eles…

O que são as almas senão os,
elos de uma cadeia que se une |
na emoção de salidade que se |
sente mas não se explica ? Imân |
que atrai os seres e os une por
mais afastados que pareçam?
Reflexos de uma luz, que ora se
expande, ora parece eXtinguir-se,
mas sempre viva com a Ph-nix
a surgir das cinzas ma aparencia,
mortas ?

“Ha murmúrios de vida em to-
da a parte, mesmo nos sítios
mais reconditos. Vem a noite.
Pairo como espírito no cemité-
rio, a fronte apoiada num jazigo
de antepassados. A lua, velada,
“passa silenciosa; meteoros lumi
nosos é efemeros, estrelas caden-
tes aparecem e somem-se nos
espaços; fogos fatúos, trelampa-
gos fugitivos, sobem e apágam-
se; pirilampos fosforescent-s|
brilham escondendo-se nas fo-
lhagens ammarelecidas; nas entra-‘
nhas da terra as larvas multipli-
cam-se; ha murmúrios nos cipres
tes esguios que parece conver-
sam com as esirelas, para onde.
estendem os olhares ansiosos e,
invisíveis; no coração da viole-‘
tas oscilam gotas de orvalho que:
são lágrimas perfumadas; e uma:
rosa outonal foi espalhar-se pie-
dosamente sobre uma campa es-

quecidal… – +

sabe o que é a saiidade ?…
no Vosso Coração de Pae, de:
onde a minha alma, o meú ser,
a minha vida proveio, e para on-
de se Sente atraída por uma for |
ça misteriosa e irresistivel que a
minha razão limitada não atinge,
mas que o meu coração filial
preconcebe na ansia, na aspi-)
ração de alcançar !…

Cardigos
1941 — Outubro

“Oliveira Tavares Júnior
Op
Obituário

Nas últimas semanas tem-se
registado um apreciável número
de óbitos na freguesia da Sertã,
especialmente entre pessoas de:

«PED
SERÁ DESTA ?

Parece que o técnico da Ins-
pecção Geral dos Teatros virá
no fim do mês corrente proceder
à vistoria do nosso cine teatro,
designanvo as obras a fazer no
edifício para que êle volte a fun-
cionar normalmente.

E vamos, que já não é sem
tempo! Há mais de um ano que

estamos privados de cinema e
Teatro, como se a Sertã, que dis-

“põe de uma regular casa de es- |

pectáculos, fôsse uma aldeola
manhosa]

Sertã trabalham com grande en-
tusiasmo na organização das fes

tas que se devem realizar nest: .
período, nas suas escolas, tudo .
preparando minuciosamente, pa-

ra que nada falte, para que elas .

se revistam do maior brilhantis-

mo, alcançando as finalidades |

“educativa instrutiva, moral e ci-

vica a que se propõem. –
Às festas compreendem, nas

Isuas linhas gerais diversas ho-

menagens patrióticas, como con.

tinência à Bandeira Nacional é

canto dos Hinos Nacional e da

Mocidade celebração de actos
religiosos, sessões solenes; réci-

tas pelos alunos quermesses e

lanches oferecidos às crianças.
“Sabemos, à data que escreves
mos, que as festas ns escolas

de Várzea dos Cavaleiros, Ra-
-malhos e. Codeceira se realizam
no dia 22 do corrente, na de Ca
beçudo e Ramalhos, em 25 e na .

de Outeiro da Lagoa, em 5 de
Abril (domingo de Páscoa). –

A festa escolar do concelho, .

“com o concurso de tôdas as ese

colas da sua área, efectua-se no
dia 19 de Abril com o seguinte
programa: às 10 horas, chegada,
à Alameda Salazar de todos os
professores e respectivos alunos;
às 11, missa; regresso à Alame-
da e lanche; cumprimento às aú-
toridades do concelho na Câma-

tra RETA LAGE Pad ex-
no aii está | Posição escolar do concelho na

Meu Deusl… À saúdade está lp scojs Conde de Ferreira; sal.

“dação à Bandeira Nacional, can.

to dos Hinos Nacional e da Mo-
cidade; exibição de diversos nú-

meros de gimnástica; poesias e

“canções.

Durante a festa estará aberto
um bazar na Alameda Salazar e
as meninas das escolas efectua –

| rão a venda da flor.

fog) qa É
NASCIMENTO .
“Teve:o seu bom sucesso, em

30 de Novembro, dando à luz |

uma robusta menina, a sr.º D.
Maria de Lourdes Setrano Ane
tunes, dedicada espô-a do nosso
amigo sr. José Antunes Júnior,
industrial, da Macieira(Troviscal),

«DrBIe
Propaganda das Beiras

| Comunica-nos um amigo qué
em Lisboa se pensa organizat,

brevemente, um programa de
propaganda das Beiras, que será
radiodifundido pelo Rádio Penin-
sular, cren ‘o-se que também in
cluirá músicas, c-nções e cantos
da nossa região.
Não temos agora mais elemen-
tos sôbre esta idéia, que consi-
deramos muito feliz, pois envol-
ve uma propaganda inteligente
destas terras e do seu rico fols
clore. Contamos. no próximo
número dizer algo em comple