Voz do Povo nº30 25-06-1911

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1.º Anno Certã, 25 de junho de tyrs Cm N.’ Jo
DIRECTOR 8 MES RE E
Augusto Fodrignes E
Administrador 6
ZEPHERINO LUCAS E
Editor : ;
Luiz Domingues da Silva Dias $ ;
Assignaturas REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO Annuncios Ê
Anno…… 1200. Semestre… Goo Is, Travessa do Serrano, 8 Na 3.º e 4.º paginas, cada linha….. Jo rs;

Pargio Brngi. ec
Pago adiantadamente

 

Não se restituem os originaes

54000 réis (fracos)

CERTA
Typographia Leiriense — LEIRIA

Propristaie da EMPREZA DE PROPAGANDA LIBERAL

« N’outro logar, preço convencional

Annunciam-se publicações de que se receba

um exemplar

Separação

E

Pp Ra

Noutra local publicamos a
moção approvada pelo clero do
arcyprestado de Figueiró dos
Vinhos. E” um documento que
honra os padres que o subscre-
veram, dando-nos a justa espe-
rança de que não estejam de to-
do perdidos os sentimentos pa-
trioticos de que em todos os
tempos deram sobejas provas os
filhos de Portugal.

Parece-nos haver já demons-
trado suficientemente que o nos-
so clero não acceitando as pen-
sões que lhe são arbitradas, pra-
ticaria um erro, que poderia tor-
nar-se irreparavel. E decerto,
ninguem comprehende que ten-
do o clero legitimo direito ás
pensões, o fosse repudiar com
grave prejuiso para as suas, já
de si difficeis condições econo-
micas, Porque é preciso compre-
hender-se, se ha alguem que as-
sim o não entenda. A pensão que
o Estado terá a pagar aos mem-
bros do clero, não representa um
favor, nem tem o caracter duma
esmola.

Os parochos e outros mem-
bros do clero que se achavam
no exercicio de funcções publi-
cas, haviam sido providos nºes-
ses cargos pelas autoridadescom-
petentes e de harmonia com as
leis então existentes.

– Tinham pago sellos e outros
impostos devidos por esses pro-
vimentos, tendo pois incontes-
tavel direito á manutenção dos
benefícios que a sua nomeação
lhes assegurava. Tendo mudado
O estado de cousas no paiz, sen-
do outro o regimen e novas as
leis que regulam as relações da
egreja com o estado, não devia,
nem podia este atacar os direitos
que a essa data se achavam legi-
timamente adquiridos. Entre es-
ses direitos estava o dos actuaes
rventuarios dos cargos da igre-.
ja receberem uma somma annual
– para sua decente sustentação, a |
que se chamava congrua. Esta,
tanto pela sua incidencia sobre |
a pluralidade dos individuos,
Sem se attender á sua crença,
g! mata la fórma defeituosa e
cobranda o arbitraria da sua
inn 8 imppa 5 inconveniente e

PATO Re nas
bstituila por ni Per anprdt
vel, e, anos e

abs SO ver, resolveu mui-
to bem. à *

A nova fórma de dotação do

clero, chamada pensão, tem so-,

“bre a antiga congrua, entre ou-.

tras, as seguintes vantagens: não
onera os parochianos, o que dá
aos parochos uma maior inde-
pendencia, libertando aquelles
duma pesada contribuição; aca-
ba com a immoralidade dos não
catholicos serem obrigados a
contribuir para as despesas d’um
culto que não era o seu; retira
ás auctoríidades administrativas a
arma de que algumas se serviam
—difficultando ou despresando
a cobrança—para fazer imposi-
ções ou exercer represalias sobre
os parochos; dá maior estabili-
dade e certesa no recebimento,
por não estar sujeita ás contin-
gencias de demandas provoca-
“das por recusa de pagamento ou
outras causas.

Sendo pois a pensão o reco-
nhecimento d’um direito porque
não ha de o clero recebel-a? Se

assim o fizesse — no que não |

acreditamos, haveria o direito

| de suppôr que essa injustificada

recusa obedecia a fins occultos

e rasões inconfessaveis, pois nin-
guem podia ver claro n’um re-
pudio de que nenhuns benefícios
tirava. é

Uma outra cousa de que mui-
to se falla, sabe Deus com que
conhecimento de causa, é nas
associações cultuaes. Acredita-
mos sincéramente que, quem

mais falla n’este assumpto é pre-.

cisamente quem delle menos
conhece, e que se veria em sérias
difficuldades para nos explicar
em que consiste a associação
cultual de que nos falla a lei da
Separação.

Ora, nós julgamos que nada
ha que mais contribua para o
decoro e dignidade do culto do
que as corporações que a nova

lei tão intelligentemente creou, |

“A associação cultual é a conjun-
cção dos esforços d’uma fregue-

| sia no sentido de prover ao cul-

 

to e á beneficencia. Ha nada de
mais rasoavel? As religiões que

| teem por lemma a pratica do

bem, designadamente a christã,

| cujos preceitos de caridade são

a base do evangelho, teem por
complemento a beneficencia.
Uma associação que tenha esse
duplo fim, preenche uma neces-
sidade social, digna de conside-
ração e de apreço.

Por intermedio das associações
dessa natureza praticar-se-hão
todos os actos de culto e se da-

»,

| rá satisfação a todas as necessi-
idades da.igreja. mise

Já no antigo regimen as jun-
tas de parochia exerciam em
parte essas funcções. Agora, pe-
la nova lei, são ellas exercidas
pelas associações cultuaes, mas
com muito mais desenvolvimen-
to, com muito mais liberdade e
com. maiores condições de inde-
pendencia. Se ha diferença é
para melhor, a todos os respei-
tos.

Estes e outros aspectos da lei
da separação, encarados por um
prisma de imparcialidade, dão-
nos a justa garantia de que to-
dos os direitos serão garantidos
e de que todas as crenças serão
respeitadas.

O que é preciso é que, a pre-
texto de direitos e de crenças,
mesquinhos interesses não ve-
nham á suppuração com a hy-

‘pocrita mascara d’uma defesa
contra imaginarias offensas.

— e A STO LM Sm Ii
Affonso Costa

Este illustre estadista encontra-se
já em franca convalescença, com o
“que muito folgamos e comnosco to-
di o paiz que admira as suas bri-
lhantes faculdades e o seu indiscuti-
vel talento. ;

S. ex.º assistiu á sessão da Cons-
tituinte, em que foi feita a proclama-
ção solemne da Republica, sendo alvo
d’uma extraordinaria manifestação
de sympathia.

—A commissão municipal resol-
veu, em sua sessão do dia 21, en:
viar-lhe um telegramma de sauda-
ção, que logo foi expedido,

—Egualmente, os magistrados e
funccionarios judiciaes desta comar-
ca, haviam enviado a s. ex.* um te-
legramma de congratulação pelas
suas melhoras, com o desejo d’um
prompto restabelecimento.

mia PER OE

Proclamação da Republica

Com um louco enthusiasmo, foi
no dia 19 do corrente, sotemnemen-
| te proclamada a Republica, na pri-
meira reunião das Constituintes.

– A esse acto assistiram os deputa-
“ dos por este circulo e quasi todos os
seus collegas. E :

O concurso do povo era impor-
| tantissimo, associando-se a essa so-

lemnidade todas as classes sociaes.
—Ao ter-se conhecimento official
da proclamação da Republica, foi
içada a bandeira nacional nos: paços
do nosso concelho, subindo ao ar
“muitas girandolas de foguetes.
; Camara Municipal e a com-
missão politica enviaram telegram-
mas de saudação ao presidente do
governo,
A. philarmonica. patriota içou a

 

bandeira na sua séde,

FACTOS E BOATOS.

Manuel Vicente Nunes

Acompanhado de, sua ex,Ӽ fami,
lia, chegou a esta villa na passada
5.º feira, aquelle nosso presado ami-
go e patricio, um dos mais devota-
dos propagandistas dos. legitimos
interesses do nosso concelho e anti-
go e considerado republicano…

S. ex”, que se acham hospeda-
dos em casa do sr. dr. Nunes Gui-
marães, contam demorar-se alguns
dias n’esta villa., gt

— — «Do00c>=———— :
Seminario de Sernache ,

Pelo sr. ministro da marinha foi
determinado que o sr. conego Joa-
quim Maria Quintão, que ha alguns
annos vem exercendo o cargo de
Reitor do Collagio das Missões UI-
tramarinas, accumule interinamente
as funcções de Superior. :

—— DD O10c— -—— 00

“N’um poço do Valle das Uchas,
appareceu morto, por asphixia, Ma-
nuel Bernardo, da povoação da Pas-
saria. Não houve crime, ao que nos

nsta. o ? Pies

rente, o sr. José Lopes da Silvas |
d’esta villa, quando recolhia a casa,
pouco depois da !/a noute, foi victi-
ma d’uma aggressão, que o deixou
bastante maltratado. rpado

A auctoridade judicial já proce-
deu a exame directo, proseguindo
n’outras deligencias. ta

A” hora em que escrevemos, não
são ainda conhecidos os aggresso:

res. : a
«—— Co ——

Na noute do dia 18 do corrente,
em Santo Antonio, d’esta villa, quei-:
mou-se um vistoso fogo d’arti
do distincto industrial sr. José Nu-
nes e Silva. : ;
A philarmonica Patriota esteve

tocando no adro, sendo muito apre-
– ciada. Ed

nto

Por falecimento d’uma sua cu-
nhada. está de luto o nosso, presa-
do assignante sr. João Antunes, do
Ribeiro, a quem, assim como a sua
familia, apresentamos Os nossos sen-
timentos. Haas p

 

A seu pedido, fo
presidente da comi
administrativa d’este c

‘jas funcções de facto )

“cia ha bastante tempo, O sr.
sé Carlos Ehrhardt, ob

Em sua substituição, por alvará
de 15 do corrente, do governo civil
d’este districto, foi nomeado o nos:
so collega de redacção, Zepherino, .
Lucas. . í TE AO

Como este era o vice-presidente, |
foi para esse cargo eleito O sr, Hen-,
rique Pires de Moura, sendo nomea-.

do vogal efectivo o sr. Joaquim Cyx
riaco Santos. eaoaquim Cyx
riaco Santos. ea

 

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“VOZ DO POVO

SEA

 

Attitude patriotica

Ha quem supponha que todo o
clero portuguez está disposto a obe-
decer ao estrangeiro de preferencia,
ás leis do seu paiz.

Felizmente, não é assim; e não
obstante os boatos em contrario,
queremos crer que opportunamente
todo o clero nacional dará uma
prova cabal do seu civismo e da ni-
tida comprehensão dos seus deveres,
acceitando, como lhe cumpre, as
leis emanadas do governo constitui-
do, sem prejuizo do direito, que lhe
assiste, de reclamar a alteração das
disposições que lhe parecerem me-
nos justas; E

‘ Para reforçar a nossa opinião,
Rr FRA ia da “a moção +

spprovada pelo clero do arcypresta-
do do misto concelho de Figueiró
dos Vinhos, na qual se defende a
unica doutrina verdadeiramente di-
gna de padres portuguezes:

«Considerando que o Governo Pro-
visorio da Republica Portugueza foi
reconhecido por toda a nação, e.
consequentemente, está legalmente
constituido:

Considerando que todos os por-
tuguezes devem obediencia e acata-
mento aos decretos com força de
lei, que do mesmo Governo emana-
ram, qualquer que seja a sua natu-
reza;

“Considerando que o clero nacio-
nal deve ser o primeiro a dar o sa-
lutar exemplo de uma nobre e sin-
cera obediencia aos poderes consti-
tuidos, sobretudo na hora presente,
em que todos os bons e leaes por-
tuguezes devem cooperar com ab-
negação e até com sacrificio pessoal
para a paz e tranquilidade dos es-
piritos, tão necessaria para o reju-
venescimento e engrandecimento da
nossa querida Patria;

Considerando que a Republica
inspirando-se nos mais nobres e ale-
vantados principios democraticos,.
integrando-se na mais bella aspir
ção da natureza humana, reconhece
e garante a plena liberdade de cons:
ciencia a todos os cidadãos portu-
guezes;

| Considerando que o Governo da
Republica tem dado manifestas pro-
vas das suas nobres intenções de

– grande respeito pelos legitimos in-
teresses dos cidadãos e das colle-
ctividades, e assim ha de attender
as justas reclamações que fôrem
presentes ao seu alto criterio acerca
da lei da Separação:

Resolve acceitar o decreto com

‘ força de lei da Separação da Egreja

FOLHETIM |

e aged E na a

Poro Vaz

O GRANDE BENEMERITO

Conto d’aldeia

7 (Continuação)

– Este senhor Silveira era o homem
indispensavel da aldeia, o seu vulto
mais importante, mesmo porque, n’a-
quella freguezia pobre, era o paro:
chiano mais rico.

Possuidor de mediocre fortuna,
mas mais que suficiente para viver
regaladamente nasua freguezia natal,
Silveira, quando voltára do Brazil,
— trazia, além d’um filho, a esposa, a

* senhora Esmeraldina, mulher refra-
etária á prosodia local, poisque, ape-
zar de viver na Murteira ha mais de
– dez annos, teimára sempre em con-
– servar o genuino sutaque brazileiro,
“Essa linguagem, porém, onde os
já viu, mi pidiu, fá favô, etc., abun-
– davam, soava aos ouvidos do indi-
— gena murteirense como uma musica
* qe encanto, despertando ideias res-
peitosas d’uma distincção superior.

Mas aos Domingos, á missa do
dia, quando a esposa do senhor Sil-
veira passava, toda ruge-ruge de

do Estado, e formula junto do: seu
venerando prelado, a quem protesta
o seu maximo respeito, o desejo de
que perante os poderes do Estado
se represente no sentido de serem
modificadas algumas disposições con-
tidas na mesma lei e que possam

monia com legitimos direitos da
Egreja Catholica e de seus ministros.»

Inspirando-se todo o clero portu-
guez n’esta patriotica attitude, terá
cumprido o seu dever.

RA a

PELA CAMARA

á Sessão de 21

“Sob a-presidencia do sr. Zeferino
Lucas é assistencia dos srs. Henri-
que Moura, Cyriaco Santos e An-
tonio Nunes de Figueiredo, teve lo-
gar a reunião da commissão muni-
cipal.

Em virtude do alvará, datado de
15 do corrente, exonerando do car-
go de presidente o sr. dr. José Car-
los Ehrhardt e nomeando o sr. Ze-
pherino Lucas, para este cargo, pas-
sou a tomar O logar da presidencia
o referido cidadão, procedendo-se
em seguida á eleição para vice-pre-
sidente, sendo eleito o sr, Henrique
Moura e chamado á effectividade o
sr. Cyriaco Santos.

—Sob proposta do sr. Zepherino
Lucas e com approvação unanime,
foi consignado na acta um voto de
louvor aosr.dr. José Carlos Ehrhardt
pela fórma como desempenhou o
cargo de presidente da commissão
municipal.

—Sob proposta do sr. presidente
e unanime approvação foi resolvido
exarar na acta um voto de congra-
tulação pelas melhoras do sr. minis-
tro da justiça, dando-se lhe delle
conhecimento por telegramma.

—Compareceu o cidadão padre
‘ Antonio Ramalhosa, que participou
| “á camara não necessitar de mandar
explorar mais pedra na pedreira da
ladeira do Miranda, mandando por
isso repor a valeta no seu antigo
estado.

to apresentado na sessão anterior
por Izidro Antunes, de Pedrogam
Pequenp, concedendo o subsídio
mensal de 1:200 réis ao menor Jor-
ge durante um anno a partir de ho-
je e terminando em 4 de maio de
IgIZ, a

—Um officio da Camara Munici-
palde Alter do Chão communicando
quaes as reducções nas tarifas de

roupas engommadas, com uma saia
em xadrez claro e um corpete, alvo
de neve, guarnecido a rendas, as
mulheres da Murteira quedavam-se;
admirando, invejosas, tanta elegan-
cia, tamanha riqueza. ;
O rapazote, com que se completa-
va o trio da familia,o Manduca, ape
zar dos seus quinze annos, era já
olhado, pelos paes, como um por-
tento intellectual, desde que, no an-

| no anterior, voltára do collegio com

uma torturada approvação em Ins-
trucção Primaria.

era já cubiçado como esplendido
partido para moç’s casadoiras, era
tambem um dos mais obstinados
propugnadores da decantada estra-
da. Fervia em desejos de inaugurar,
na Murteira, o irrequieto pedalar do
eyelismo, coisa em que era absurdo
pensar, em quanto, por-lá, não hou-
vesse melhores caminhos,

A sua precocidade de filho dos
trópicos começára mais cedo do que
o usual, a despertar instinctos, que,
de ordinario, jazem adormecidos eté
mais tarde. Por isso, era frequente
nºelle o mirar attentamente, a algu-

 

ma distancia, a casa do Barros, cu-

justamente considerar-se em deshar- |

“bunal judicial.

—Resolveu deferir o requerimen- *

Animado e dominando, portanto, de se di
| os paes, Manduca; que, na aldeia, | de mãe não foi dificil : E
a verdade, vendo, no quintal do Bar.

 

passageiros, feitas pelas companhias
dos caminhos de ferro aos represen-
tantes das camaras, na abertura das
constituintes. ;

«Resolveu mandar fazer duas ja-
nellas no gabinete do tribunal judi-
cial que estão completamente arrui-
nadas,

—Mandou proceder á limpeza do
cano de exgoto do Matadouro.

—Tendo Antonio Ramos, do Moi
nho da Rolla, semeado centeio em
terreno da camara, esta resolveu
mandal-o ceifar.

—Mandou passar um aitestado de
pobreza a Joaquim Monteiro, do
Tojal, freguezia do Cabeçudo.

-—Autorisou o pagamento d’uns
vidros colocados no gabinete do tri.

Mandou pagar
dia 2 do proximo mez de julho.

ie

Pelo mundo litterario

TENEBROSO!…

Tenebroso!—-é o mar quando enraivado
Ergue o dorso espumante, encapellado…
Tenebroso !—o seio horrido e fundo,

Que guarda tanto ser roubado ao mundo…
Tenebroso ! —é a noute arida e escura,
Nos densos pinheiraes quando murmura
O ramalhar da côma em nosso ouvido,
Similhando da dôr gemer sentido…
Tenebroso ! —o fragor da tempestade

Que se estende por toda a immensidade…
Tenebroso!—no ceu, no mar, na terra…
Tenebroso!—o trovão que nos aterra…
Tenebroso !—-da vida a extrema hora.,.
Tenebroso !–esse nada que apavora…
“Tenebroso !—essa cova horrida e escura
Que se chama p’ra nós a-sepultura…
Mas ha ainda mais… Mais tenebroso:

E” a alma sem luz do criminoso!…

TENEBROSO?…

Se é tenebroso o mar, quando enraivado,
Ha comtudo em seu seio encapellado

O germen da bonança, em cavo fundo,
Imagém do viver dos seres no mundo…
Se é tenebrosa a noute arida é escura,

A um sôpro de Deus, muda !… Murmura
No ramalhar da côma ao nosso ouvido,

A brisa: um suspirar d’amor sentido… |

Em vez da escuridão, da tempestade,
A lua a pratear a immensidade !

Socego e placidez em toda a terra,
Affastado o trovão que nos aterra…
Ao triste moribundo a extrema hora,
Fito o olhar em Jesus, não o apavora…
E” abrigo de paz a campa dura,

Pois desceu tambem Christo á sepultura.
No mundo não será já tenebroso

Um dia, arrependido. o criminoso!…

Ericia Camello.
FERE a DESA) AP il

No dia 29 do corrente, realisa-se
n’esta villa, como de costume, a fei-
ra trimestral denominada de S, Pe-
dro.

ja filha mais velha, a linda Emili-

nha, começava a occupar obstinada- ‘

mente a imaginação do ardente ra-
paz.

Um dia, havendo á mão um ocu-
lode grande alcance, pertencente
ao pae, Manduca estendeu-o pela ja-
nella fora, olhando em direcção á

: casa da Emilinha, :

Esmeraldina que, de outra janel-
la; vira a sahida do instrumento o-
ptico, tratou de satisfazer a sua curio-
sidade aguilhoada, observando, miu-
damente o ponto provavel para on-
de elle se dirigia. E aos seus olhos

 

ros, a Emilinha a estender roupa
branca n’uma corda.

Feita tão importante descoberta,
correu a confiá-la ao marido.

«Mi parece qui Manduca namo:
ra!» Silveira, que tratava a esposa
na terceira pessoa, observou:

«Isso: não é possivel! Pois nosso
filho ainda é tam creança!» :

“eOra vomecê mi ouça, Silveira.»
E contou-lhe tudo o que presenciára.
‘ Silveira ficou apopletico. O filho
namorar parecia-lhe uma especie de
assalto aos scus haveres. Seria o
mesmo que ir a sua fortuna parar a

 

Alia o dado
pessoal no.

| tia par

ertar com:

TE

CONFERENCIAS

No dia 18 do corrente, no logar
da Codiceira, d’esta freguezia, pé
rante um grande concurso de pes
soas, fizeram conferencias sobre as
leis do registo civil, divorcio, sepa
ração da igreja e outras, os STS. r.
José Carlos Ehrhardt, José Farinha

Leitão, Cardoso Guedes e o digno

aspirante a official do exercito, SF»
Novaes e Silva. Estes cavalheiros;
n’uma linguagem clara e persuasi:
va expozeram ao povo à justa Inter-
pretação dºaquellas leis, prevenindo-
o contra quem quer. que-seja QUE,
abusando da sua boa. fé, pretenda
convencê lo de que as leis promul:

gadas pela Republica não são inspl-.
“radas p’um alto principio de jústiça,
respeitadoras das crenças e dos di-

reitos de todos.

No mesmo dia 18, realisou-se nã,

Varzea, segundo o costume dos de-
mais annos, a festividade do Corpo
de Deus, Como a auctoridade ad-
ministrativa tivesse sido informada
de que se projectava provocar dis:
turbios e tumultos, resolveu compa-
recer n’esse dia na povoação, a fim
de melhor poder avaliar dos factos
e circumstancias.

Apenas ali chegada, convenceu-se
de que nada havia que podesse ins-
pirar receios de perturbação da of-
dem publica, pois o povo–é natl-
ralmente ordeiro e respeitador, limi-
tando «as suas providencias a orde-
nar ao respectivo regedor que pro-
hibisse a entrada no arraial de pes-
soas armadas de varapuus. Após à
missa; O digno administrador do con-
celho dirigiu-se ao povo, aconselhan-
do-o a manter-se sempre dentro da
ordem, guardando o devido respei-
to ás instituições e seus delegados.
Em seguida, expoz, com clareza e
simplicidade, no que consistia a lei da
separação da igreja, mostrando quê
ella, longe de representar um atten-

tado contra as crenças de cada um, |
É ontrario, a malor garan- .

era, pelobsoluta liberdade de con-
sciencia. D’essa lei deriva a necessi-
dade da fundação d’uma associação
cultual na freguezia, ideia esta que
foi logo muito bem recebida, não se
tendo esta então constituido por-
que havia sido mal comprehendida,
ou mal explicada. 7
Em seguida, falou tambem o nos-
so bom amigo José Farinha Leitão,
demonstrando, com argumentos
cheios da mais vivissima persuasão,
que a republica não era mais do que
a confraternisação social, que é a ba-
se fundamental, a pedra angular, da
doutrina de Christo, Todo o cida-

outras mãos. Nada; isso não pudia,

ser assim. Sua esposa deveria ter-se
iludido. ;

Mas, de repente, como homem
perspicaz, em cujo cerebro se fez
luz, bateu umas palmadas na testa

e disse a Esmeraldina que aguillo—

tate!-—não era senão tramoia, ar-
ranjada pelo Barros para lhes apa-
nhar o filho. Quasi podia jurar que
tudo era manobra velhaca do Bar-
TOS, «+ .

E, como se este podesse ouví-lo,

voltou-se em direcção á casa d’este;

bradando : | suis
» «Para cá;
grande maroto

RCE E ES
E, desde esse dia, começou a

testar o seu companheiro na Junta

de Parochia.
*

Imagine-se, portanto, o azedo des-
peito, que a informação do Barros

viria levantar no espirito do vice-

presidente da corporação!

A. falta de entendimento prévio dé
Barros com Silveira era coisa que;
no espirito d’este, tomava propor-

ções d’uma grosseira desconsidera-

ção, muito premeditada. fee
(Continia) –

cio qa AR Acio qa AR A

 

@@@ 1 @@@

 

a Regressou a Santarem, osr. José
arinha das Neves, tenente de ca-

a sei
horda aa “san ips eli
Um ma salva

– Bresso d’Africa,
Ta, capitão do exercito Ultramarino,

s E j
entem com pouco desenvolvimen-

assa, que só assim poderão ganhar

não só não diminuam, masa
: F ugmen-
“tem e melhorem de qualidade, Os

— tas, etc., etc,, são: consideravelmeh-

e e

dão amando e defendendo a fótmu.
la republicana não faz mais do que
amar e defender-se a si proprio. A
proposito, – citou “um: facto-referido
pelo rev. parocho no seu sermão,
de certa mãe que conseguindo sal-
var-se dum naufragio, com um seu
filhinho, .creança: ainda, se vira so:
bre umas rochas, longe de todo o
povoado, sem pão e sem conforto,
dias e dias, sem nunca perder a es-
rica d’uma-hbertação: Essa pos

re mãe, vendo o seu filhinho quasi
morto pela fome, com o seu pro-
Prio sangue o alimentava, para o
salvar. E concluindo, disse: A Patria
€ a nossa mãe, os filhos somos nós
todos; agora é elia que precisa da
nossa seiva, do nosso vigor, para se
fortalecer, para resurgir. Esc ella

devemos derramar. Uma
palmas fechou a sua util e interes-
sante palestra,

 

Registo Civil

O movimento de registos nesta
Tepartição de 7 a 14 do corrente foi:
bitosuiçi ste qeuic É tada 1

———S609c>—

| Em serviço de advocacia, esteve
Nesta villa o sr. dr. José Ribeiro
Cardoso, de Castello Branco.

eee

Carteira semanal

Faz hoje annos a menina Marsa-
rida da Silva Carvalho. Pata

Encontra-se na Curia, fazendo o
Seu tratamento de aguas, o sr. Flo- .
Feano Bernardo de Brito,

Sadores 6, e nosso assignante.

Estiveram nesta villa, com pou-
ca demora, o sr. padre Antonio Nu-
Nes e Silva, e em Castello Brancoo
Sr. João Pinto d’Albuguerque.

Tem passado bastante | incommo-
dada de saude a sr.? D. Maria de
Sá Marinha,

Acha-se, felizmente, completa-
mente restabelecida da sua grave
Gerd; a sr* D. Carmellina Mar-

– Passou uns dias incommodado
€ saude o sr, Demetrio da Silva
Carvalho,

Encontra-se em Lisboa, de re-
o sr. David Ferrei-

Po de o sr. dr.
im de Queir i -de-
egado de saude. Pe

asi t

Tem estado n’esta villa o sr. dr.
, d Oliveira Frasão e sua es-
» Isab

1 da: Camara

E des
ESTEA

 

EN PETTS Culturas atrazadas

ao todas as culturas já semea-
S € nascidas, mas que se apre-

to, devem Os sts, lavradores espa-
ar o Nitrato modificado com Po-

tempo de modo a que’as producções

milhos e batatas serodios, as hor-

 

t& beneficiados com o Nitrato modi-

 

ficado com Potassa, dando-lhes me
lhor vegetação, mais vigor, atte-
nuando ou evitando os estragos das
doenças e insectos. Para as cultu
ras ainda não semeadas deve ser

applicado um adubo completo da”

marca Trevo de 4 Folhas, da casa
O. Herold & C.º, de Lisboa e Por
to, ou então uma- mistura de Cal
Azotada, ou o (Guano do Perou é
um Adubo Potassico Phosphato
Thomaz e um Adubo Potassico.
Temos as melhores informações dos
resultados dos nossos adubos em to
do o paiz. Dão-se esclarecimentos.
Pedir tabellas e folhetos de adubo
e insecticidas.» ,

Conhecimentos uteis

Alimentação d’uma creança

A’s creanças de dois annos, ou
perto d’elles, podem dar-se açordas
leves, de leite, caldo de frango; car-
ne só no fim do segundo anno,
quando a-creança já temos dentes.
À agua é a melhor bebida para as
criancinhas. Nas localidades em que
a agua não é boa póde dar-se-lhe
cerveja em pequenas doses e muito
branda.

Quanto 20 vinho deve ser comple-
tamente banido da alimentação das
creanças a não ser que a constitui-
ção d’estas e as prescrições dos me-
dicos o indiquem.

Os caldos leves de farinha de
aveia ou de sagú, desfeitas em leite
e agua, partes eguaes, completarão
a sua alimentação.

A sopa de carne não muito forte
tambem se póde dar ás creanças
d’esta edade. Ê

Aos, tres annos póde dar-se-lhes
uma certa quantidade de carne e le-

gumes; acostumando-as à comerem |
de tudo muito sobriamente e varias.

vezes por dia.

Nunca se deve dar café ás crean-
ças nem chá, embora o chá tomado
em pequeno tenha uma grande in-
fluencia pela vida fóra…

Nada de gorduras nem de pasteis,
nem mesmo queijo.

Quando haja: de se dar vinho a
uma creança que seja sempre com
agua, não esquecendo que é a agua
a bebida que mais lhe convem.

Os. exercicios fisicos são absolu-

tamente indispensaveis n’esta edade. |

Conselhos aos lavradores

A Kainite e as lagartas

A Kainite póde destruir a maior
parte das larvas, vermes é outros
parasitas que habitam o solo.

A Kainite tem tambem sobre as
outras substancias preconisadas até
hoje a vantagem de não ser nociva,
pois leva ao solo uma adubação po-
tassica muito util para dar ás plantas
assediadas pelos parasitas animaes

um vigor maior, principalmente se
se associa aos adubos fosfatados e

azotados.

– Aconselha-se em geral o dar ao |

solo a Kainite, em doses que variam
entre 600 e 800 kilogrammas por |

hectare, encorporando-a por meio |
‘ de uma gradagem.

Completada a obra do exterminio,

póde o terreno ser novamente’se- –
| meado, porque a vegetação sob a

influencia de uma adubação adequa-
da retomará o vigor anterior aos

‘ ataques do parasita.

O poder insecticida da Kainite
explica-se, porque ella contem, além

| da potassa, que constitue o seu
principal valor, chloreto e: sulphato-

de magnesia e chloreto de sodio.
Estes saes são na verdade nocivos

ás lagartas e outros parasitas ani-

maes, sendo pouço retidos pelo so-

SEM DO PESO.

| lo; são assira aptos para circular no

solo por bastante tempo e profun-
damente, O que augmenta a dura-
ção e extensão do seu effeito.

São as terras ligeiras as que são
mais susceptiveis do ataque de pa-
rasitas animacs,

Concomitantemente são tambem
estas terras aquellas em que a Kai-
mte dá’mais resultados, porque, além
de poder circular melhor, contribue
tambem para lhes conservar a hu-
midade, devido à propriedade que
gosa de absorver e condensar a hu-
midade do ar.

A acção insecticida da Kainite es
tá já hoje provada sobcjamente no
estrangeiro e por isso bom será que
O nosso lavrador experimente.

Cardoso Guedes.

 

Despedida *

Na impossibilidade de me despe-
dir pessoslmente de todas as pes-
soas de minhas relações, faço-o por
este meio, a todos, offerecendo o
meu limitado prestimo em Manaus,
capital do Amasonas (Brazil).

Sernache, 26 de Maio de 1911.

Izidoro Paula câniunes

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José Alves Correia, do Cabe-
çudo, vende uma porção d’elles, que
tem n’uma propriedade na Senhora
do Desterro, em Sernache. Mos-
tra-os n’aquella localidade o sr. Ser-
ra Senior. 3 I

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Nesta redacção prestam-se todos
os esclarecimentos e fornecem-se
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“LEIS REPUBLICANAS
LEI ELEITORAL
2 lição 40,” folheto da colleção

Com as alterações ultimamente
publicadas na folha official.

A” venda
se geral: N.º 1, Lei de imprensa—

as seguintes de interes-.

 

N:º.3, Lei do divorcio—N.º 7, Lei
do inquilinato—N.º 17, Direito á
gréve—N.º 20, Leis de familia-=N.º
21, Descanço semanal, Auentados
contra a Republica—N.º 36, Lei do
registo civil—N.º 37, Modelos e for-
mulario da Lei do registo civil —N.º
38, Descanço semanal e seu regula-
mento—N.º 39, Lei do Recrutamen-
to Militar—N.º 41, Reorganisação
dos serviços de instrucção primaria
—N.º 42, Separação da egreja do
estado, etc.

Cada folheto contendo uma ou mais
leis

50 RÉIS

Esta empreza está editando TO-
DOS OS DECRETOS, publicados
no «Diario do Governo» desde a
implantação da Republica, garan-
tindo que a collecção é sempre me-
ticulosamente feita pela folha offi-
cial. Pedidos á Bibliotheca d’E-
ducação Nacional — Typogra-
phia Gonçalves.

30, Rua do Algorim, Ba — LISBOA |

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Augusto Justino Rossi
CERTÃ

Trata por preços modicos de to-
dos os negocios judiciaes e cobran-
ça de dividas.

 

nnuncio:

Pelo Juizo de Direito da comarca
da Certã e cartorio do quarto offi-
cio, esçrivão David, correm editos

de trinta dias a contar da segunda *

e ultima publicação d’este anmúncio
no Diario do Governo, citando Joa-
quim Dias, solteiro, de vinte annos
de edade, residente em parte incer-
ta no Pará, para assistir, como ins
teressado, a todos os termos até fi-
nal do inventario orphanologico pé É
obito de seu pae Manoel Dias, |

rador que foi no logar de Entré-a-

Serra, freguesia da Varzea dos cu vi

em que
Rosa e
a

valleiros, d’esta comarca,
inventariante a sua viuva
ria, residente n’aquelle mesmo
gar de Entre-a-Serra.

Certã, 13 de junho de 1911.
O escrivão,
Adrião Moraes David
Verifiquei a exactidão

O Juiz de Direito,
2 Sanches Rollão otica

ERA Ee

rs. Lavradores

Um nosso freguez do concelho de
Marco de Canavezes, escre
em 26 de outubro de 1910 o seguifis

ra V. S.* que todas

beram directa
mente ou ind tamento adubações,
chimicas, especialmente aduba-

epidemias cryptogamicas que
aos anns flagelaram os vinhedos. A
producção que obtive foi optima

e bastante superior á do anno findo,

e de quanaana. Inca PaAPA vi
os sun costuma empregar
Phosphato Thomaz, cal azota-
da, chloreto e sulfato de po-
tassio, etc.
o. HEROLD & C.—Adubos
chimicos de toda a especie em Lis-
boa e Porto. Ê

“ções potassicas, resistiram
ções pata eras B;

 

 

@@@ 1 @@@

 

AOS LAVRADORES

Cardoso Guedes, agricultor diplo-
mado, encarrega-se do tratamento
de arvores e plantas doentes, com-
pras de adubos adequados ás cultu
ras, 08 melhores em qualquer caso
pelos bons resultados, não correndo
o lavrador o perigo de perder o di
nheiro e as sementes pela acquis)-
ção de formulas feitas sem criterio,

Empolgante romance de 180 pa-
ginas. Preço, 200 réis; pelo correio,

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Remette-se tambem pelo correio
para todas as terras a quem remet-
ter a respectiva importancia em es-
tampilhas ou qualquer outro valor
de fácil cobrança. Pedidos á Livra-
ria Internacional, Calçada do Sa-
cramento, so Chiado, 44—Lisboa,
e por Augusto Rodrigues
Elegante volume ácerca
da vida do fundador do
christianismo. Suas ma-
ximas e suas parabolas.

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dida, calçado a homem, senho-
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pliar o seu credito, afirma aos seus
estimaveis freguezes que empregará
todo o escrupulo e attenção na exe-
cução de todos os trabalhos que lhe
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s do paiz, Commissão

 

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Do Rana ae sE ordinaria io CÃO e o TR DR E
PUPILA ESSES | marca de Certá e cartorio do escri |

vão do terceiro officio, nos autos cl:
veis para justificação de herdeiros
em que Manoel Bernardo e esposa,
Dona Cecilia de Jesus, proprietarios, |
do logar do Brejo Cimeiro, fregue .
sia de Sernache, d’esta comarcã, .
pretendem habilitar-se como unicos |
e universaes herdeiros de seu filho |
Arthur Bernardo de Brito, falecido |
no estado de solteiro, sem descen”
dentes ou qualquer disposição, nº |
dito logar do Brejo, no dia 17 de.
maio de Igto, especialmente pará |
receberem o seguro sobre a vida |
d’aquelle seu filho; no total de vinte |
contos de réis da Equitativa dos.
Estados Unidos, sociedade de segu.
ros de vidas, como consta da apolr .
ce datada de New York no nono.
dia do mez de março de 1894, com |
Re édi
| de trinta d QU am ac o
ease da dao publica”
| ção no Diario do Governo, citando.
quaesquer interessados incertos que
se julguem com direito á mesma
apolice e que a citação ha de sf
accusada na segunda audiencia des”.
te juizo, findo que seja o praso dos,
editaes e ahi marcar-se- lhes ha O

o numero 680:108; corre

praso de tres audiencias para à con”
testação. 25h

Certã, 9 de junho de 1911. pt
2 Verifiquei: É

O Juiz de Direito,
Sanches Rollão

O escrivão,
Eduardo Barata Corréa e silva