A Comarca da Sertã nº272 04-12-1941
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IRECIQR/ EDITOR E P
PROPRIETARIO
FUNDADORES
‘— Dr. José Carlos Ehrhardt —
—. Dr. Angelo Henriques Vidigal —
—— António Barata e Silva, Sa 1
Dr. José Barata Correa e Silva a |
Eduardo Barata da Silva Corrêa ;
se
Ce ode Tae
Composto e Tmpreso
|TIB. PORTELA FEUÃO)
x Eduardo. PBanata . ata Tê iba Comeda Rss
– — REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO —— | Eb a NCO
a | |RUA SERPA PINTO -SERTÃ DE gas E]
| 7 | TELEFONE]
PUBLICA-SE AS QUINTAS FEIRAS ad 112
: j Hebdomadário rediohalista, independente, defensor dos. interêsses da comarça da Sentã; neciia do Sentã:| | de + CUULs
| plleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei; e q de Amêndoa é ia a (do conselho de: Mação) | 1941
SPA nsersae EEE eN Sen e
ememeeeceme mma
PROSSEGUINDO na anúlise
da representação dirigida
asS. Erºo Senhor Ministrol
ãa Economia pela Janta de
“Província e Gâmaras Municê
puis da Beira Baira, publica:
“da, na integra, no nº 270, não:
podemos deixar de prestar to-
do o nosso apoio à solicitação
de se vir à considerar de uti:
“lidade pública o património
“florestul, para efeito, sômentes
de ser confiado-à guarda e
orientação técnica dos Servt
ços Florestais, pois as despe
sas de repo voamento e umpeza
continnariam de conta dos pró-
prietários..
O arvoredo da “Província
tem, forçósamente, de ficar
protegido de incêndios impra:
aentemente lançados pelos car-
“voeiros, evitando-se a repeti-
“ção do: pevoroso sinistro de.
– Setembro último, de que re-
sultou a freguesia da Ermida
ver destruídos, em poucas ho-
ras, aleins dos seus melhores
pinhais em pleno rendimento.
Se nêles se fizesse a limpeza
aconsethável, por elementar
que fôsse, não teria o fogo
atingido tam extraordinárias
proporções; e é fora de dúvi-
da que, se os pinhais fôssem
objecto de um policiamento es
pecial, o fogo não se teria ve-
rificado.
concine: Se, déste médio: que
é de necessidade inadiável cons
fiar uos Serviços Florestais a
guarda c conservação’de todo
o urvoreio da Província; as
suas funções técnicas garanti-
rão, amia,o aproveitamento
conveniente da árvore; desis
gnadamente do pinheiro, obs=
tando gre os golpes das san-
grias, excedendo a profundi-|
dade ma; cada nos regulamen
tos legais, provoguem a dimi-
nhição do rendimento e sejam
a conseyúência imediata da
morte p.ematura da árvoreel
“immntilizo,ão da madeira. Sô-l
«bre êste ponto hd ainda a no-
tar queios golpes exagerados
nos pinh.iros de que se extrai
a resina diminuem a tal ponto
a sua resistência que êles que
bram ao primeiro vendaval,
não sendo raro vermos muitos
“pinheiros caídos em: tôda a
área do pinhal e nas bermas
das estratas.
O ilustre titular da Pasta
da Economia não deixará de,
considerando todos êstes in-
convenientes, tomar melhor na,
conta o pedido para ser decla-
raão de utilidade pública o
património florestal,
NÃO se pode dizer que os la-
garesda região tenham en-
trado em plena laboração, vis
to que ponco mais azeitona se.
além da apanha |
da do chão, de qualidade in.
ferior e de funda pouco menos.
vem moendo
que insignificante.
A azeitona que mais sofreu
com as geadas foi q dos ter-
tr tu 6 A |:
OVAS icaghro dá dilinde maravi-
lha-—o “Rio de Janeiro, que tar-
N
da-Sertã», levando..a seu. conhecimento e
aprêço, comu julgam os portugueses, a in-
telectualidade e 08 apiadisins- do Brasil
“Moderno. ‘
sie ad à Ebaedia Especial de
Portugal, a portadora do nosso reconheci-
‘ménto pela sua expontânea cooperação. nas
festas do.Duplo Centenário que enriquece-
rama quiçã prestigiaram, reconhecem que
ela não foi ali apenas na hora histórica em
que se decidem os destinos das-nações, que
pretendem–condusir-para novas fórmulas,
políticas; méramento cumprir Uuma-missão |
protocolar que o convencionalismo impõe.
(A visita dos delegados de Portugal,
representou o testemunho eloquente da in-
quebrantável afinidado que em todos os
sentidos e por todos Os motivos, nos: senti- |
mentos mais sinceros do curação e do ea-
pítito, liga Portugal ao Brasil,
que a nossa obra de-patriotismo,
de a de fé inquebrantável, de crença,
que definem as admiráveis qualidades da
raça, conquistaram entre as demais coló:
nias residentes na. terra de Santa Cruz, O
lugar preeminente que ali ocupámns, como
maior valor financeiro, económico, mesmo
intelectuab e, o que é túdo — moral! .
E o:Brasil, de ontem como o de hoje,
sabó quanto pode contar com esse valor.
que tão invejado é… «
Eis Eno, o melhor amigo . dê Porta-|
gal, jornal «Correio do amis: assim fala
ão Sioddo :
«Neil poderia def de ser assim,
“tanto mais “que esses sentimentos,
CER en e
diamente chegam a êste canto do |:
(Ocidente, o que sucede com os jornais, ha-
bilitam nos a comunicar com os ilustres)
leitores do prestigioso jornal «A Comarea ||
NO BRASIL
RR BEE Dag
sempre tão puros de lado a lado e
inalteravelmente afirmados por por-
tugueses e brasileiros, na hora pre-
sente, como que ainda mais se con-
-substanciam, se uniformizam e s6
completam, ao espectáculo deplora-
vel e tristíssimo a que a humanida-
de assiste. E quando cenas dessa
afora, parece que ainda mais inten-
sa e mais funda se torna a alegria
de dois irmãos ao se encontrarem
de novo, num recanto sossegado e
calmo que milagrosamente lhes ote-
da passada, a formação moral co-
mum, OS antigos sonhos em que a
“alma de ambos nasceu, vibrou e
–eatuou em iguais anseios da mesma
– poesia e do mesmo amor, sentindo
idos e a mesma esperança no futuro.»
Sim, de remotus tempos, os portugue- |
ses que mourejam no Brasil, vivem a so-
nhar, aliando-lhe a esperança da realidade
positiva-— us intercâmbios intelectual e
comercial que, até hoje, não ultrapassou a
barreira diplomática e da troca de. embai-
xadores, portadores de discursos, de pro-
messas, entre banquetes e… permuta de
condecorações,
” Se, de facto, como anunciam 28 colos-
[sos da publicidade desta bendita terra por-
tuguesa, vai ser uma realidade o estabele-
cimento dos dois ambicionados acôrdos, a
interessar os dois países, então, sim, lá e
cá, todos bradaremos : Portugal, está liga-
do ao Brasil, pelo coração, pelo amor —
união que os séculos, na sua marcha infi-
nita, jámais dissolverão !
“R. LARANJEIRA
renos baixos; como, por exem- |
plo, à dos olivais da Sertã’e
– NASCIMENTO
Província
natureza se verificam, pelo mundo:
* rece margem para recordarem a vio
ambos a mesma saúdade des tempos:
Cobrança de assin. turas na:
| 42800;
-periferiasa dos pontos demaior
altitude tem bom aspecto, mas
ainda, na sua maioria, não se
encontra madura.
O preço do azeite, nos laga-
res, tem; regulado entre 60 e
62 escudos o:decalitro.
O bagaço da azeitona do:
chão, por insuficiência te Óleo, |
ê muito. ordinário, . parecendo
terra moida; não obstante,
chegou. a vender-se, nos pri-|
meiros dias, a 20800 a moe-
dura, para, depois, dar um
saito, pedindo; se,
– De manhã e à noitinha já se
ouve o som estridente dos
buzios; a repercutir se de que:
| drada em quebrada! Sinal de.
trabalho, de paz e abundância.
à | decemos.
«ted de
ORAM. autorizados os an-
mentos de preços de: 815
por tro de gasolina, 805 por
litro de petróleo; $05 por quis ‘
agora,
! “Teve 0: seu feliz sucesso em ||
Coimbra, no passado dia 23,
dando à luz um interessante e;
robusto rapazinho, a sr? D. Ma-
ria Alcina de Oliveira Santos
Madeira, dedicada espôsa do nos-
|so amigo sr. Ruy dos Santos
Madeira, distinto chefe da secre=
taria da Câmara Municipal de
Oleiros.
Parturiente
encontram-se, felizmente,
tg) sp
BENEFICÊNCIA:
Com destino à Sopa dos Po-
bres: foi-nos enviado, por um
anónimo, a importância de Esc.
50800, em nome da qual agra-
e recém-nascido
bem.
lograma de Pei e 3805 por
qarinarand 4 de a oil»,
Dada a impossibilidade de fa-
pelo correio, como era costume,
vimos rogar a todos os nossos
prezados assinantes da Provín
cia o obséquio de nos enviar a
importância necessária para re-
gularizar o pagamento das suas
assinaturas, utilizando a emissão.
de vales do correio, Os que re-
sidem, em localidades onde não
existem estações emissoras de
vales e não tenham possibilida-
de de aproveitar a estação mais
próxima, podem enviar-nos es-
tampilhas postais de 50 centavos.
Na secção «Pagamento de as..
sinaturas» daremos conta dos
recebimentos e indicando até
que número fica liquidada a as-
sinatura.
Pela atenção que se dignarem
| prestar a êste pedido, antecipa-
damente apresenta agradecimen-
tos
A Administração
zer a cobrança das assinaturas.
E E a tápis
tg tempo; o sr. dr. Simões
Barreiros; ilustre Presi-
dente da Câmara de Figueiró.
dos. Vinhos, que Aquele conce-
lho:tem dado o melhor do:sem
esfórço esnteligência, pablicon
na «Regeneração» um sabstans
rcioso artigo intitulado «Foi
feita Justiça o todos», em que
resame toda a sua acção admi-
nistrativa e exterioriza-o sem
pensamento acêrca dos-seas
leais colaboradores, invectis
vando, ao mesmo tempo, os
seus inimigos.
A alturas – tantas tem êste
desabafo: «Procuram aigans
indivíduos, que não conhecem
‘o pai, beliscar-me na forma
“como tenho administrado o
Municípios.
Eis-uma fraseque vale. a
quanto pesa! Em. poucas. pa-
lavras o dr. Barreiros disse
tudo
E serão muitos os que «não
conhecem o pai» ?
er
VERIFICANDO-SE ser insa.
ficiente o número de moes
das de prata de 5800 e 2850
em circulação, foi elevado pas:
ra 197.000.000800 o limite
máximo de 157.000.000800,
DR
1.º de Dezembro
* Data marcada pela nos-:
sa História como libertação de:
um largo período de sofrimene.
tos, de angústias e verames,
que atormentaram e envilece-: .
ram Portugal, mas não conse…
guiram, antes vivificaram mais –
a chama rubra de amor pátrio
que cada portugês conservava-
no peito,
E essa chama irrompen resa
plandecente, com uma fúria
indomável e irresistível, nesse
1.º de Dezembro glorioso. :
Baston que meia dúzia de
heróis levantasse o estandarte
da revolta para que a voz al. –
tísona e vibrante dos porta.
gueses bradasse num único
gritos
— Viva a independência de
Portugall!!
rtp
MEM sido quási em massa as
prisões de açambarcado-
res e especuladores de géneros
alimentícios nas duas ou três
semanas últimas.
lrrefreável cobiça a dêstes
tratantes, que nada parece con-
ter, a não ser, talvez, os meios
extremos! Pelo que se vê, as»
prisões e as pesadas multas
não bastam !
Esta sêde de lucro e de ris
qgueza representa, mais que
extorsão violenta, um crime
contra a Nação, pelo descalas
bro económico que origina,
pelas graves perturbações que
gera na existência dos cida
dãos, a maioria dos quais não
pode suportar tam violentos
agravos,tar tam violentos
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A Comarca da Sertã
CONTRA A
PRISÃO DE VENTRE
– PARA
– ADULTOS E CREANÇAS
– Preço — 6800SPO
BURGATIMA CORTEI
do de Sernache, Li
mitodo
companhia de Vinc
: Concessionária da carreira de passageiros entre
FIGUEIRO DOS VINHOS -SERTÃ
Comunica ao público que, a partir de 25 de Agosto corrente, cn=
tram em vigôr os seguintes horários:
A B C D E |
Cheg. | Part. | Cheg. | Part. | Cheg. | Part. Cheg. | Part. | Cheg. | Part.
Figueiró dos Vinhos (Largo Sertã (L. Ferreira Ribeiro)) — | 6,50] — | 13,00
do Municipio) . | — [14,25] — |1830] — | 19,50] Sernache do Ecnjaidim .| 7,10! 7,13] 13,20] 13,33
Aldeia Cimeira «| 14,37/ 14,37] 18,42] 18,42] 20,02) 20,02]] Aldeia Cimeira. «| 7,43| 7,43] 14,03] 14,03
Sernache do Bonjardim *| 15,07] 15,10] 19,12] 19,15] 20,32] 20,35]] Figueiró dos Vinhos (Lar-
Sertã (L. Ferreira Ribeiro) .| 15,30] — 11935] — 120,55) — go do Município) . .|7,55| — 114,15] —
B= >»:
A. = Efectuam-se às 2.8, 4,as e 6.48, Procede de Coimbra e segue a Castelo Branco,
de 4 de Outubro a 30 de Abril, às 3.2s feiras e dias 23 de cada mês. Se o dia 23 caír ao Domingo,
a carreira efectua-se no dia anterior. Procede de Coimbra, donde parte às 15,50.
de 1 de Maio a 30 de Setembro, às 3.2s feiras e dias 23 de cada mês, Se o dia 23 cair ao Domin.
go, a carreira efectua-se no dia anterior. Procede de Coimbra, donde parte às 17,20.
às 3,28 feiras e dias 23 de cada mês, Se o dia 23 cair ao Domingo, a carreira efectua-se no dia an-
“terior. Segue a Coimbra e regressa (horários Be C)
às 3.as e 5.28 feiras Sábados. Procede de Castelo Branco é segue a Coimbra.
Para bom entendimento do público esclarece-se que as carreiras Castelo Branco — Coimbra, e vice-
versa, não sofrem alteração com os presentes horários
EDITAL fugido Moicipal de Oleiros
Carlos Martins, Conser-
vador do Registo Pre-
“dial e Comerciale Pre-.
| ‘ Sidente da Câmara Mu-
“nicipal do concelho da
“Sertã.
Faço sabar que no dia 17,
do próximo mês de Dezem
bro, no Euiticio da Câmara
Municipal da Sertã, se há de
proceder à arrematação do
exclusivo do fornecimento
de carnes verdes no conce-
lho duraate o ano de 1942
por propostas em. carta fe
chada, que deverão ser en-
tregues até às 14 horas da-
quêle dia.
“No caso de não convir aos
interôsses do Município ne-
nhuma das ofertas feitas, a
segunda praça será realiza-
da no dia 24 do mesmo mês
devendo a entrega das pro-
postas ser feita até às 13
horas, e reservando-se a Cã-
mara 0 direito de não adju-
dicar também na segunda se
porventura às ofertas feitas
na mesma támbém não con-
vierem.
“Às condições estarão pa-
tentes no acto da arremata-
“ção, podendo desde já ser
examinadas haSecretaria da
“Câmara.
; E para cohstar se passou
o presente e outros de igual
teor, que vão ser afixados
nos lugares do costume.
E eu, António Caldeira
Firmino, Chefe de Secreta-
ria O subserevi.
Sertã e Paços do Conce-
lho, 26 de Novembro de 1941,
O Presidente da Câmara,
Carlos Martins.
Postais com vistas da Sertã
– (EDIÇÃO PRIMOROSA)
Vendem-se nesta Redacção
“N va, Oleiros, A’varo « Pe
S-rnache, 4; Tomst, 70; San-
Colecção de 7 postais — 7800 : tarém, 200 Lisboa, 45503,
ANUNCIO
1º publicação ‘
Faço saber que no dia 7 do pró-
cimo mês de Dezembro, pelos 12
horas, no Tribunal Judicial dêste
Julgado, sito na Rua do Ramalhal |
desta vila, e nos autos de execução
por custas que o exequente Minisa
tério Público, move contra o exeu
cutado Tomás Patrício, viuvo, pro
prietário, residente que fot nesta
vila e presentemente ausente em
parte incerta, se hão de pôr em
hasta pública e arrematar a quem
mais der sôbre os seus respectivos
valôres, os seguintes bens perten.
centes ao referido executado a sa-
ber :— Uma pequena casa de habdi-
tação sita na Rua do Carril, des
ta vila, inscrita na respectiva ma»
triz predial sob o artigo n.º 825,
com o valor de 360500; e-—- Um pe-
queno quintal, sito na Quetha do
Carril, inscrito na respectiva ma-
triz predial sob os artigos nume-
ros 1.493 e 1.794, com o valor
de 154500
Oleiros, 12 de Novembro de 1941,
O Chefe de Secção, — João Te-
xugo de Souss.
Verifiquei a exactidão.
O Juiz Municipal, — António
Ferreira Pinto.
marea
Faça a expedição das suas
“encomendas
por intermédio da COM-
PANHIA DE VIAÇÃO DE
SERNACHE L.º, que lhe
garante a modicidade de
preços, segurança e rapidez
e a certeza de que elas che-
gam ao seu destino sem o
mais leve dano.
Consulte o nosso escritó-
rio em Sernache do Bomjar-
dim e qualquer dos nossos
agentes do percurso de Lis-
boa à Sertã, em Proença-a
d’ógã: Pequen
Telefones nº, Scriã, 5:
EDITAL
Carlos Martins, Conservador do Registo
Predial e Comercial e Presidente da
Câmara Municipal do CoLcelho de Sertã
Faço saber que, nos têrmos do
Regulamento: Distrital em vigor,
todos os proprietários de estabelecimentos compreendidos nos
artigos 1.º e 6.º (Hotéis, pen-
sões, hospedarias, casas de
pasto, tabernas, cafés, cerve-
jariae vendas ambulantes, etc.)
| são obrigados a requerer ao Ex-
| celentíssimo Governador Civil do
Distrito, até o dia 31 de
| Dezembro e por intermédio
‘ desta Câmara, a necessária auto=
rização de funcionamento’no pró-
ximo ano de 1942.
As respectivas licenças (para
abertura de novos estabeleci-
mentos, porta aberta anual ou
venda ambulante pelo espaço
de 90 dias) deverão ser solicita
das na Secretaria da Câmara até
o dia 10 de Janeiro so»
guintos
As trnsgressões a estas dispo-
sições serão punidas com multa
de 50800 a 300800 e competen-
tes adicionais, conforme a gravi-
da da infracção.
E para constar se passou êste
e outros de igual tedr que vão
e afixados nos lugares de es-
ti O.
Sertã e Secção Policial da Cã
mara Municipal, 29 de Novem-
bro de 1941.
O Presidente da Câmara,
(a) Carlos Martins
CURSO LICEAL
Professor diplomado lec-
ciona o 1.º ciclo dos liceus
(1.º, 2.º e 3.º classes), apre-
sentando a exame,
Nesta Redacção se infor-
ma.
PROFESSOR
Ensina instrução primária, 1.º
e 2.º ano dos liceus, contabilida-
de e faz preparação cuidadosa
para os exames de regentes de
postos escolares e de admissão
aos liceus. Lecciona durante as
férias actuais.
Informa-se nesta Redacção, :
J. Fernandes Pestana
Farmaceutico pela Universidade de Lisboa
Farmácia Cort.z
R.S. Nicolau, 95 — LISBOA
CANALISAÇÕES-TELHADOS-TETOS
se ..x6
SS
JOÃO FERREIRA PINHO |
TELEFONE N.º
Sntónio da Bilva Dourengo
acaba de abrir uma
SECÇÃO DE OURIVESARIA
JOIAS, OURO E PRATA
Interessantes e magníficos artigos, de
finíssimo gôsto, próprios para brindes
Compra c vende ouro €« prata cm segunda mão
RUA CANDIDO DOS REIS — 3 E R TÁ
CASTELO BRANCO-COIMBRA
A Companhia de Viação de Sernache, Ld.º estabeleceu a liga.
ção entre Castelo Branco e Coimbra, com horários apropriados de
grande vantagem e comodidade para o público.
A’S 2.º, 4. E 6,ºº FEIRAS | AS 3.º, 5.º E SABADOS
Cheg. Part. Cheg. Part.
11-50 | Castelo Branco 9.15
14 25 | Sobreira Formosa . 11-00 11-10
Coimbra . . .
Figueiró dos Vinhos 14
Sernache do Bomjar- Proença-a-Nova . 11-30 11-40
dim . . . 15-03 15-10]Sertã. . +. – 12:30 13-00
Sertã, +. . . 15-30 15 30] Sernache do Bomjar-
Proença-a-Nova . 16-25 1635) dim . 13-20 13 33
Figueiró dos Vinhos 14-15 14-25
Coimbra . . .. 16-35
Castelo Branco — Coimbra . . – Esc. 40850
» » ida e volta . » 72450
Não deixem de enviar as suas encomendas pot esta carreira
Aceitam-se encomendas para o POR1O, RÉGUA, S. JOAO
DA MADEIRA, VILA REAL, VISEU e tódas as localidades servi-
das pelas carreiras de Joaquim Francisco de Oliveira, Ld.º,
Sobreira Formosa . 16-55 17-05
Castelo Branco . 18-50
Norberto Pereira
Gardim
SOLICITADOR ENCARTADO
DO SS
Ru» Aurea, 139 2º D*
“TELEFONE 27111
Livros de sensação
«Calcanhar do Mundo», por
Vergílio Godinhe; «Lagoa Es-
cura>, por Hipólito Raposó; «Car»
tas a um céptico sôbre as formas
de Govêrno», por José Maria
Pemán; «Dois nacionalismos»,
Preto Pacheco.
Este número foi visado pois
por Hipólito Raposo; <A História
LISHSOSs
Sergista de Portugal», por 1.
uere fazer melhor venda dos
artigos do seu comércio
ie predutos da sua indústria?
E Gastando uma in ignihicância,
Comissão de Censura | pode anunciá-los na «Comarca
de Gastrilo Branço- Jão Sertão,
A” venda nesta Redacção.
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“A Comarca da Sertã
“Pobres ricos!
– Informa-nos um amigo nosso
que, na Cava vêm aparecendo,
nas últim’s semanas, vários jor=
naleiros e pequenos lavradores,
do Sobral e Madeirã, a oferecer
14 e 15.escudos pelo alqueire de
milho, quando o preço da tabela é
de 12820. Resulta, dêste facto,
que a população da Cava, para
adquirir aquele cereal indispen-
sável à sua alimentação, se vê
na contingência de pagar os mes.
mos preços. Ox o dinheiro não
custa a ganhar a esses indivíduos
ou deliberaram entregar-se, com
inaudito desafôro, a uma crimi-
nosa especulação.
Em qualquer dos casos, mere-
cem um forte correctivo.
Para o assunto chamamos a
atenção da autoridade competente.
ato É pap
Tremor de terra
No dia 25, pelas 18 horas e minutos, registou-se -um tremor
de terra no nosso País, produ-
zindo certo pânico, principalmen-
ie em Lisboa, sem que, do abalo.
resultassem consequências de
maior. |
Na Sertã, bastantes pessoas o
notaram, mas a sua escassa du-
ração de dois breves minutos
evitou o pânico, que, noutras
circunstâncias, poderia ser de
consequências graves,
Os nervosos e de menos pre-
sença de espírito presto se refi-
zeram do susto. . sa
Segundo afirmam os sábios, o
abalo císinico teve o seu epicen-
tro no Oceano Atlântico.
erga
Comemorações do 1.º de
Dezembro
Comemorando a gloriosa data
da kRestauração da Independên-
cia ue Portugal houve, na ma-
nhã-do dia-l;-do-corrente, na
escola Conde de Ferreira, uma
interessante sessão solene, a que
assistiram bastantes pessoas, os
professores da Sertã e tôdas as
crianças que frequentam as esco
las locais. Discursou o Delegado
Escolar, professor sr. António
A. Lopes Manso, que, em pala-
vras de sentida fé patriótica, alu-
diu, desenvolvidamente, à Revo-
lução do 1.º de Dezembro. Al-
gumas crianças recitaram lindas |.
poesias adequadas à natureza do
dia e o orfeão escolar entoou di-
versas canções e os Hinos da
Mocidade e Nacional.
No final fez-se a saiidação à
Bandeira Nacional e soltaram se
entusiásticos vivas aos srs. Pré-
sidentes da República e do Con-
selho.
&
De madrugada lançaram-se
muitos morteiros e a Filarmónica
União Scrtaginense percorreu as
ruas tocindo o Hino Nacional.
Nas edifícios dos Paços do Con-
celho e do quartel da Guarda
Nacional Republicana foi hastea-
da, com a devida solenidade, a
Bandeira Nacional.
Srs
GRUPO DE VARIEDADES
Esteve na Sertã um simpático
grupo de variedades, já aqui co-
nhecido, composto da vedeta de
revista Deolinda de Macedo, da
artista Ema Orlândio, do actor
António Rosa e do guitarrista
Fernando de Oliveira, que deu
um pequeno espectáculo no Ser-
tanense
Dêstes artistas, dois são de
merecimento; entristeceu-nos vê-
los aqui como saltimbancos de
feira, sem possibilidade de mos-
trarem todo o seu valor por falta
de organização própria e, tam-
bém, de teatro!
sinal dos tempos! Prova evi-
dente de miséria! A quanto às
vezes se desce para ganhar a por-
ca da vida!
Escola do Mourisco
Está vaga a escola mista do
Mourisco, freguesia do Castelo.
Pagamento de assinaturas
Acedendo ao nosso pedido,
feito por circular já enviada
a todos os prezados assinantes
da Província, dignaram-se pagar
as suas assinaturas, até os númes
ros que vão indicados, os srs. :
– Alberto Neves de Oliveira,
Quiaios, 278 10800; Angelo Da-
vid e Silva Figueiró dos Vinhos,
284, 10309; Anibal Farinha, Lis
boa, 273, 10300; António Alves
Murtinheira, Lisboa, 266, 10800;
António Barata, Santarém, 4800;
António Custódio Marques, Vila
Franca de Xira, 277, 10800; An
tónio Lourenço Real, Barreiro,
289, 20$00; Dimas Nunes, Pôrto,
271, 10800; Fernando da Silva
Dias, Campo Maior, 273, 10300;
Fernando Parinha de Oliveira,
Vila Nova de Tazem, 5800; Dr.
Geraldo Tôrres Rodrigues, Ama-
dora, 281, 10300; Dr. José Dias
Garcia. Alcobaça, 273, 10800;
José Maria Tavares, Azenhas do
Mar, 272, 108º0 Dr. José Real
de Canedo, Frazoeira, 282, 10800;
| Dr. Manoel Alves Catarin ;, Ga-
| vião, 278, 10800; Manoel Mar-
ques de Oliveira, Bixo-Taboeira,
289, 10800; Manoel Pereira, Ida
nha-a-Nova, 279, 10800, Marce-
lino da Silva, Matozinhos 275,
10800; D Maria de Jesus, Paiol
Merceana, 268 10800 D. Maria
de Jesus Baptista, S. Martinho
do Pôrto, 283, 10300; D. Maria
Madalena P. Dias Ferreira. Amo-
reira da Tôrre, 274, 10800; Ma-
jor Salvador Teixeira, Bragança,
217, 10800.
E ca a o ca :
Cobrança de assinaturas em
Lisboa
A Administração dêste sema-
nário contratou um cobrador pa-
ra proceder ao recebimento das
assinaturas em Lisboa. Roga, por
isso, a todos os prezados assi
nantes, o obséquio de fazerem a |’
liquidação após a apresentação
dos recibos; de contrário advêm
grandes prejuízos para êste se-
manário e perda apreciável de
tempo para o cobrador.
E” de tôda a conveniência que,
aquêles dos nossos estimados
assinantes, habitualmente fora de
casa, deixem nas suas residências
ordem para se efectuar o paga-
mento. : oo
Em vez de 9850, como siuce-
dia nos últimos meses em que a
cobrança era pelo correio, os re-
cibos são de 10800, compreen-
dendo, por isso, mais um núme-
ro dêste semanário. Isto quere
dizer que não houve aumento do
| custo da assinatura, como à pri-|
meira vista se podia supor.
Perante o aumento axtraotdi-
nário do custo do papel de im-
pressão e enormes despesas que
sobrecarregam a publicação da
«Comarca», a sua Administração
vê-se forçada a insistir, com to-
dos os seus amigos, para que
não criem dificuldades, tanto
mais que só as assinaturas podem
garantir a existência dêste hebdo-
“| madário, que, sendo da região, é
de todos e para todos que nela
vivem ou dela são naturais: –
-Por todos os favores e atenções
se confessa antecipadamente re-
conhecida
A Administração
o ua
Imposto de Incêndios
Consta-nos que a Câmara Mus
nicipal da Sertã está na disposi-
ção, porque a lei lho faculta, de
criar O imposto para o serviço
de incêndios no concelho.
O imposto, a aplicar-se, recai- |
rá sôbre o valor da matriz pre-
dial dos prédios não seguros ou
sôbre a diferença entre êste valor
e o valor do seguro, quando tal
diferença seja superior a 15%
do valor da matriz.
Do lançamento do imposto re-
ferido resultariam imediatos be-
nefícios para a nossa Corporação
de Bombeiros, o que, só por si,
justifica a sua criação. Neste sen-
tido, damos à Câmara todo o
nosso apoio,
Mravés da Comarca
(Noticiário dos nossos Correspondentes)
PEDROGÃO PEQUENO, 19—
Em resposta à circular enviada
pelos professores desta vila, a fim-
de angariarem donativos para as
«Caixas Escolares», fornecendo
óleo de fígado de bacalhau aos
alunos, até que possa ser criada
uma cantina escolar, registamos
a simpática atitude dos srs. Ve-
ríssimo Antunes Duarte Xavier
que ofereceu 2 cafeteiras de es-
malte e 80 colheres de alumínio
e Francisco David e Silva, que
ofereceu uma lata com 5 litros de
óleo de fígado de. bacalhau.
Aguardam-se outros donativos
que publicaremos à medida que
forem recebidos.
O tremor de terta
Sentiuse aqui com bastante
intensidade o tremor de terra que
durou cêrca de 2 minutos, fican-
do a população bastante sobres-
saltada e saíndo para a rua mui-
ta gente. Tomada de pânico sen-
tia-se gritar e chorar. Mas, feliz-
mente, não há prejuízos a la-
mentar. a
— Nas escolas desta viia rece
beram-se os seguintes donativos:
José Caetano Martins Leitão,
Lisboa, 50800; José Martins &
Irmão, Moscavide, 50800; Recebi-
do de uma anónima, 50800; Amé-
irico Augusto Barbosa e Silva,
Lisboa, 10800; P.º António Fer-
queno, 10800; Domingos Costa,
Várzea Cimeira, 10$00, Ange o
Ferreira Vidigal, Vá:zea Fundei
ra, 5800; Custódio da Cruz, P.
Pequeno, 0850, A transportar,
191850.
Estão já tomando óleo de fíga-
ido de bacalhau 90 crianças de
ambos os sexos.
em
A Obra das Mais pela Educação
Nacional
Dirige-se ao Professorado .
do Ensino Primário
Vai realizar se de 8a 14 de
riores, a «IV SEMANA DA MÃI>
-decorrendo no dia 14, por ser O
domingo da semana — «O DIA
DA MÃl — especialmente con-
sagrado à homenagem de ternu-
ra e de veneração a prestar pelos
filhos a suas mais,
Desde a primeira hora desta
iniciativa que o.Professorado
Primário, compreendendo admi-
rávelmente o seu alcance fami-
liar e moral, lhe tem prestado a
mais valiosa colaboração, exer-
cendo no meio escolar a sua in-
fluência impulsionadora para con
duzir as crianças a essa prática
edilicante e amorável, sob os
multiplos aspectos que ela pode
tomar,
Assim o verificou a Obra das
Mais com enternecido júbilo; e
conservando indelévelmente essa
gratíssima recordação, volta a
pedir à devotada legião dos edu-
cadores da infância que em cida-
des, vilas e aldeias, seja, mais
uma vez, no seio da Escola, o
grande elemento dinâmico a in-
cutir e a orientar na alma das
crianças a compreensão e o entu-
siasmo por essa homenagem, que
tôdas — no dia 14 de Dezem-
bro—deverão prestar a sua Mai,
A Presidente da Direcção,
Condessa de Rilvas
Transctito da Escola Portuguesa.
gta
Rectificações
Na local publicada no último
número sob o título «Luz Eléc-
trica», deve ler-se. «ininterrupto»
por <interrupto» na 25.º linha e,
em vez de «,..energia eléctrica,
que dispõem…», deve ler-se
«. energia eléctrica das que dis-
põem…da nandes da Silva Martias, P. Pe-
Dezembro como nos anos ante-.
Fiscalização do Trabalho. no
nosso distrito
No mês de Outubro último foram le-
vantados pelos Serviços de Fiscaliza-
ção do Trabalho do nosso distrito os
seguintes autos de noticia :
José Maria Ferreira Delgado, indus-
trial de lãs, de Covilhã, muita de 100%.
por infracção dos artigos 16,0 e 19.º
do Decreto-lei n,0º 24.402.
Bernardino do Nascimento, industrial
de camionagem, de Cabra – Gouveia e
José Rodrigues Brancal, proprietário,
de Covilhã, multados em 100800 cada
ajudará a minorar.
um por infracção do artigo 16º do.
Decreto citado.
José Teixeira Lino e António da Cruz |
Machado, industriais de padarias, do
Fundão, por infracção dos artigos
9.0, 16.0 e 18.º do Decreto citado, mul-
tados o primeiro em 500800 e o segua-
do em 200800. –
Carlos Selécio Ferreira e Joaquim
Simão Anacleto, industriais de padaria
respectivamente no Fundão e em Sou-
to da Casa, multados em 200$00 cada
um, respectivamente por transgressão
dos artigos 7.0, 9,0,160e 190€e1,,
9.º e 20.0 8 1.0 do citado Decreto,
Antonio Francisco Baptista, indus-
trial de camionagem, de Cebôla, mnlta
de 200$00 por infracção dos artigos
16.º e 20.º do citado Decreto.
João Pontifiice & C.2, industrial de
Tortozendo, multa de 100800 por infrac-
ção do artigo 1.º do Decreto citado,
e João da Fonseca Mimoso, industrial
de padaria, de Covilhã, multa de 2503
por infracção do mesmo arfigo.
Joaquim Maria Paulo, industrial de
camionagem, de Castelo Branco, multa
de 100400 por infracção do artigo 5.º
do Decreto aludido.
Manuel Henriques da Conceição e
Socios, industriais de camionagem, de
Estreito – Oleiros, multa de 100500 por
infracção do artigo 9.º do mesmo De-
creto,
José dos Santos Pinto, Sucessores,
industriais de lanifícios, de Covilhã,
multa de 100800 por infracção do arti-
go 5.º do Decreto n.º 29.931 e artigo
4.º do Decreto n.º 29.006.
id
Transgressão ao contrato colectivo de
trabalho da Indústria de Lanifícios
Sociedade de Fabricantes Ld.2, João
Pontifice & C.2, Fabricantes de Tecidos
Ld.º, José Rodrigues Trindade, Pereira
de Matos & Filho, José da Cruz Sarai-
va & C.º, J. Rodrigues & Sobrinho, to-
dos industriais de lanificios, de Torto-
zendo, autoados por infracção da clau-
sula 43,2 e anexo do Contrato Colectivo
de Trabalho.
Foram também autoados, por infrac-
ção do C. C. do Trabalho, os seguin-
tes industriais de lanificios : = Romão-
zinho & Belo, de Cebolais de Cima,
clausula 25.4 Francisco Carriço, de
Covilhã, clausula 10,2 e 45.º; Nova Em-
preza de Cardação e Fiação (Latada)
Ld., de Cebolaíis de Cima, clausula
20.4; Empreza de Cardação e Fiação
da Corga, Ld.?, de Cebolais de Cima,
clausula 20.4; João Belo & Irmão, de
Tortozendo, clatsulas 57.2 e 59.2; Em-
preza de Ultimação de Lanificios «Fon-
te Nova», de Cebolais de Cima, clau-
sula, 59.2; Empreza de Lanifícios Ce-
bolais Ld.2, de Cebolais de Cima, clau-
sula 9.2,
AMIGOS!
A Corporação dos Bombeiros
Voluntários, que ainda deve al-
guns milhares de escudos pela
aquisição do pronto socôrro de
que carecia em absoluto e preci- |.
sa de comprar algumas dezenas
de metros de mangueira, pede a
todos os Sertanenses e amigos
da Sertã para a auxiliarem den-
tro do máximo das suas possibi-
lidades.
Trata-se de uma corporação
humanitária, cuja existência é ime
prescindível porque garante a
conservação da vossa vida e ha:
veres em caso de sinistro.
Prestai-lhe, pois, sem reservas,
o vosso apoio incondicional.
«Vida por vida» é o seu lema!
Ele soa aos nossos ouvidos como
toque estridente de clarim |
rosa
OS AMIGOS DA «COMARCA»
Foram-nos indicados novos
assinantes: pelo sr. Joaquim Nu-
nes Rodrigues, de Pedrógão Pe
queno, a sr.” D. Maria Antónia
Ferro Gomes das Neves, do Bra-
vo e pel» sr. Joaquim Nunes, de
Lisboa, o sr. Manoel Cristóvão,
| da mesma cidade, Aos nossos
amigos, apresentamos sinceros.
agradecimentos. É
pequeno confôrto e: al
Natal-dos-Pobres
Cá estamos outra vez a apelar
para as almas caridosas, sendo
desnecessário lembrar-lhes que o
Natal não está longe e é dever
imperioso de todos nós, cristãos,
proporcionar aos pobrezinhos um gria no:dia de Nata
Dinheiro, géneros,
do aceitamos. Tudo
frimentos e angústias
será tam bem acolhi
muito, pois cerfc
poucos fazem muitos.
Há por aí muito lar sem pão,
muitos velhos e crianças sem
agasalho, a tiritar de frio, sem
um farrapo para se cobrirem,
sem um gravato para a fogueira,
sem fio de azeite ou migalho de
toucinho para temperar um cal.
do! No casebre desolador impe-
ra a miséria, o frio e a fome nes
gra! e
Lembremo-nos todos dos po-
‘brezinhos, sem outra compensa-
ção que não seja praticar um ele-
mentar dever de Humanidade,
: x 114 À
Abrimos, pois, uma subscrição
para, com o seu produto, distri-
buir géneros na véspera do Natal.
aos pobres mais necessitados:
Transporte . . 50800
António Custódio Mars
ques, Vila Franca de
10800
“60800
JOAQUIM NUNES PEDRO
Acompanhado de sua espôsa
e-filhos embarcou, a bordo do
«João Belo», no passado dia 18,
Xira. º e o E e É e:
para Beira Alta—Luanda, o nos.
so estimado assinante sr. Joa-
quim Nunes Pedro, sócio da con
ceituada firma daquela localida-
de, Joaquim Nunes Pedro & Ir-
mo scr –
Que tenham uma boa viagem
e tôdas as prosperidades que me-
recem, são os nossos melhores
votos. e
Seira em Proença-a-lova
No dia 1.º do corrente efec-
tuou-se, na Vila de Proença a-
Nova, a tradicional feira de «pris
meiro de Dezembro», que. foi
muito concorrida. ES
rodo
Interêsses da Freguesia
de Cardigos
A Câmara Municipal de Ma-
ção foi autorizada a contrair, na
Caixa Geral de Depósitos, um
empréstimo do montante de
335.780800, amortizável em quine
ze anos e destinado a diversos
melhoramentos no concelho.
A” sua parte tecebe a fregue-
sia de Cardigos a importância de
92.967800 para construção do
caminho vicinal para Casas da
Ribeira. a
a md
Diplomas Judiciais
Acabam de ser publicados de-
cretos introduzindo importantes
alterações no Estatuto: Judiciário
e no Código das Custas Judiciais:
e determinando que os funcioná-
rios de Justiça passem à ser re.
formados pela Caixa Geral de
Aposentações… 1
O pessoal da secretaria. judicial
da nossa comarca, qué é de 3.º
classe, passa a ser constituído por
2 chefes de secção, servindo um:
de chefe de secretaria, 2 copistas
e 1 oficial de deligências,
ATENÇÃO
A Administração dêste sema-
nário, mediante pequena comis-=
são, encarrega-se, na Vila e con-,
celho da Sertã, de tratar da
aquisição de documentos nas re-
partições públicas e cobrança de
quaisquer importâncias, mesmo”
daquelas que digam respeito:a:,
assinaturas de jornais, revistas ou-
outras publicações. >
@@@ 1 @@@
Eº um mon-tro de tamanho e um assombro de técnica êste
formidável canhão inglês cujo mistério, mesmo na
+ Inglaterra, poucos conhecem
Julgamentos no Tribunal Colegio
Acusados pelo Ministerio Pú-
“blico resp.ndcram. no passado
«dias 26 Ad lino Gomes, por al-
cunha «O Rei ds Fadistas», de
40 anos, casado, sem profissão
natural da Roda de Santa Apo-
lônia, freguesia do Castelo pr
“diversos crimes de furto, alguns
praticados por meio de arromba-
mento e António da Silva tam-
bém cunheci o por António Paio
“Mendes. solteiro, de 28 anos,
taberneiro, da Ponte do Vale da
Ursa freguesia de Dornes, con-
celho “e Ferreira do Zêz re, por
haver comprado ao primeiro ar
gudo diverss roupas que ti
nham sido furtadas da casa do
-«queixoso Francisco Alcobia, ten-
do conhecimento, no acto da
aquisição, da sua criminosa pro
veniência. O primeiro ré fui
condenado “na pena de quatro
anos de prisão maior ou alterna
“tiv-, na de seis anos de degrêdo
– “em possessão de prime ra classe,
-em seis meses de multa a 1800
diário, 1.000 escudos de imposto
de Justiça, êste e aquela com os
legais acréscimos, emolumentos
deviios aos peritos e 200 escu
dos para o seu defensor oticioso
e nas: indemnizações de: 50800
ao queixoso Manoel Fernandes,
AWO800 ao queixoso Francisco
Martins Dias 100800 ao queixo-
so João Arnauth, 800800 ao quei-
xoso Salvador Leitão, 100800
ao queixoso José Lopes Bernar-
dino, :50$00 ao queixoso Eduar-
do da; Silva Soares, 600800 ao
auelgoso Francisco Alcobia, sen-
do. 300800 dêstes 600800 solida-
riamente com o seu co-réu; O
réu António da Silva foi conde-
nado na pena de 30 dias de pri-
São, em 200$00 de imposto de
ustiça com os acréscimos legais
e 50800 para o seu defensor ofi-
cioso e em 300800 de indemni-
zação solidariamente com o seu
co réu so queixoso Francisco
Alcobia. Ainda’o Tribunat man-
dou entregar aos queixosos os
“objectos: furtados e apreendidos
€ os restantes ao réu Adelino
Gomes.
Melhorament::s da vila de Pe-
-Wrógão Pequ:no
Pelo Ministério das Obras Pú.
blicas e Comunicações foi fixada
à Junta de Freguesia de Pedró.
gão Pequeno, a que se concedeu
a comparticipação de 14962840,
Pelo Fundo de Desemprêgo,
para o alargamento da Praça
Angelo Vidigal o prazo de qua-
tro meses para início, 6 meses de
obra e da comparticipação, dez
meses.
8 as Es Se
“ E) O o %
ta a fo? %
* an as Ed
ER +
* AGENDA +,
sa ga, me oa
e E eat Ed “e, * ea
aa! Poa!
Estiveram na Sertão sr. Ge-
neral A. Couceiro de Alba-
quergue e o sr. Engenheiro-
Agrónomo Reinaldo Lima da
Silva, de Lisboa.
—De passagem para Coim-
bra, vimos na Sertão sr. Rui
dos Santos Madeira, que já
regressou a Oleiros.
—Estiveram em Pedrógão
Pegueno com suas espósas e
filhos, os srs. dr. João de
Burros Morais Cabral, de Lei-
ria e Capitão Raúl Ferreira
Vidigal, de Carnide.
— Com sua espôsa regressou
ao Pórto o sr. Adolfo Cervei-
ra da costa.
Acompanhado de sua es-
pôsa esteve na Venda do Pi-
nheiro o sr Capitão José Joa-
quim Lourenço, de Tomar.
Aniversários natalícios:
28 de Novembro Vítor Ma-
noel filho do sr Angelo Bas-
tos; 30, Carlos Alberto da Sil
va Mata. Lisbca; Amanhã, me-
mina Liliana Damas de Olivei
ra, Lisboa e dr. Geraldo Tór-
res Rodrigues, Amadora; 6,
João Luiz; 8 Custódio Antó
nio, Lisboa; 9, menino [Joa-
quim, filho do sr. Manoel Lo.
pes, Pedrógão Pequeno.
” Parabens
tapa
Corporações Administrati=-
vas de Oleiros
CONSELHO MUNICIPAL
Foram eleitos: pelas Juntas de
Preguesia—José Maiia Martins,
de Oleiros; António Lourenço
da Silva, da Vinha Velha (Ma-
de:ra); António Benja rim Mene
des, do Estreito e António Fere
nandes, do Sobral; pela Casa
do Povo do Orvalho — Jaime
Dias, do Orvalho; pelas Miseri-
córdias—José Rosa, de Alvaro;
pelos contribuintes da contribui-
ção industrial (grupo C)— Antó-
nio Augusto Alves, de Alvaro;
pelos contribuinies da contribui-
ção predial rústica Manoel Men-
des, das Pessegueiras (Alvaro).
CAMARA MUNICIPAL
O Conselho Municipal, rei
| nído no pretérito dia 25, elegeu;
Os seguintes vogais : Efectivos
Padr:e Francisco Durões e Au-
guso Fernandes, de Oleiros;
Substitutos — João Cardoso Vaz
de Azevedo e Artur Pereira Rei,
| de Oleiros, |
Neerologia
Inácio Henriques Vidigal
Vitimado por ama terrível doença
que não perdoa, e após am eruciante
solrimento de cinco longos anos, fa=
leceu na-cidade da Guarda, na passa-
da 6.º feira, o nosso querido amigo
sr. Inácio Henriques Vidigal, solteiro,
de 46 anos de idade, nataral de Pex
drógão Pequeno, digno fancionário da
Caixa Geral de Depósitos, Crédito e
Previdência, em Lisboa.
A uma educação primorosa, apa=
nágio da ilustre Família Vidigal, o ex
tinto aliava um carácter nobilíssimo
e um coração de extrema bondade,
possuindo o raro dom de cativar a
simpatia de todos que com êle pripa=
vam ; assim é que Inácio Vidigal sou=
be sempre merecer a estima sincera
de seus saperiores e colegas, o cari=
nho e a dedicação sem limites dos clí-
nicos e enfermeiros do Sanaiório Soa-
sa Martins, que muito lhe queriam e
muito o admiravam. A iamília e os
amigos tinham pelo extinto aquela
afeição paríssima e terna que se vota,
inteiramente, às almas boas.
>uportoa, com admirável resigna-
ção, a sua cruz de martírio, confiando
sempre que Deus, na Sua misericór=
dia infinita, lhe restituísse a saúde,
permitindo-lhe a alegria de voltar a
viver longos, tranqiiílos e felizes anos
janto dos seus, que amava proiandan=
mete e dos amigos, que muitos eram
e entre os quais, com orgalho q dize=
mos, nos contávamos entre os prix
meiros. Infelizmente a Providência
não o permitiu e só temos que nos
curvar perante a Sua vontade, cho=
rando a morte do que soube ser um
filho e irmão afectaoso e um amigo
dedicado.
Paz à sua alma.
O sr. Inácio Henriques Vidigal era
filho do sr. Joaquim Henriques Vidi=
gal, já falecido e da sr ? D. Maria An=
gela da Conceição Vidigal, felizmente
ainda viva, irmão das sr,às D. Angela
Vidigal Marinha, de Pedrógão Pequex
noeD Inácia Henriques Ferreira Vi-
digal, espôsa do sr. Capitão Raúl Fer=
reira Vidigal, de Carnide e dos srs.
dr. Angelo Henriques Vidigal, Dele=
gado de saúde do concelho da >ertã
e António Henriques Vidigal, de Pe
drógão Pequeno e canhado da sr.2 D.
Maria Amélia Ferreira Vidigal.
O faneral eflectuou-se no domingo,
às 15 horas, da residência da Família
Vidigal, em Pedrógão Pequeno, para
jazigo no cemitério da localidade, en-
corporando-se maitas centenas de
pessoas da Vila e Iregaesia de Pedró-
gão Pequeno e limitrofes, da Sertã,
Sernache do Bomjardim, Cabeçado,
Castelo, Pedrógão Grande e Lisboa,
as Irmandades do 3. S. e da Miseri-
córdia com Cruzes e insígnias, esta
última com o sea Provedor sr. José
Antanes Amaro, representando =» se
ainda as seguintes entidades e colecti-
vidades: a Câmara Manicipal da Ser»
tã, pelo seu presidente sr. dr. Carlos
Martins que conduzia a chave da ar»
na; a Janta de Freguesia de Pedrógão
Pequeno, pelo vogal sr. Carlos Fer»
reira David; o Grémio Sertaginense,
pelos directores srs. dr. Francisco
Nanes Corrêa e José Fernandes Lo-
pes; a Misericódia da Sertã, pelo Pro»
vedor sr. Manoel Milheiro Duarte; o
Sertanense Foot-Ball Club, pela Dim
recção; a Associação dos Bombeiros
Volantários da »ertã, pela Direcção e
1.º e 2.º Comandantes; a Filarmónica
União Sertaginense, pelo director sr.
Aníbal Nanes Correa e por uma dele-
gação com o respectivo estandarte; a
Janta de Freguesia da Dertã e Eléctri=
ca dertaginense, pelo sr. António da
da Costa, respectivamente, como pren
sidente e director; 0 Sindicato Agríco-
!a da Sertã, pelo: presidente sr. José
Nanes; a Companhia de Viação de
Sernache, Ld.2 pelo gerente sr. Antó=
nio Nanes da Siipa Mata e <A Comarn
ca da Sertã», pelo nosso director.
Darante o perearso organizaram-se
diversos tarnos.
Acompanhamos muito sinceramen=
te, a ilustre Família Vidigal, no golpe
que tam cruel e proiundamente a veio
ferir.
D. Maria Gertrudes
Com a bonita idade de 90 anos fa=
leceu, no sábado passado, no Casali=
nho, freguesia de Pedrógão Pequeno,
asr:D Maria Gertrades, viúva do
sr. Manoel Antunes, pirtaosa mai do
nosso estimado assinante e amigo sr.
António Antanes Fernandes Barata,
considerado proprietário naquela lo»
calidade, a quem apresentamos as
nossas muito sentidas condolências.
O faneral, largamente concorrido,
realizou-se no dia imediato para o cex
mitério paroquial.
é
D. Perpétua Felicidade dos
Santos Valente
No dia 21 do findo mês de Novem=
bro faleceu em Lisboa, em casa de.
sua sobrinha sr.? D. Hortência dos
Santos Valente, com a pruvecta ida=
de de 92 anos, a sr.? D. Perpétua Felin
‘ cidade dos Santos Valente, natural da
Sertã, irmã do sr dr António Lopes
dos Santos Valente, também daqai na»
tural, ialecido em Lisboa a 11 de Abril
de 1896, que foi escritor e insigne la=
tinista, a ponto de ser conhecido em
Coimbra pelo Cicero por cagsa duma
«Grupo de Amigos da Sre-
quesia da Madeirã»
Um amigo nosso, natural d-
freguesia da Madeirã e resident
em Lisboa, acaba de no: comu –
nicar que na capital, se está a
constituir um «Grupo de Ami-
gos da Freguesia da Madeirã»,
que se propõe defender os inte-
têsses e velar pelos progressos
daquela fregue ia, coordenando
a sua actividade com a da junta
de Freguesia
Nestes tempos, em que cada
qual procura, salvo raras e hon
rosas excepções, tratar de sí,
apegado ao seu egoísmo, é de
louvar uma tal atitude.
Por nossa parte c mpete nos
declarar que daremos «o «Gru
po> incondicional apoio em tud:
que diga respeito aos legítimos
interêsses da freguesia da Ma
deirã, permitin ‘o-nos salientar, .
aos seus componentes, que a
construção da estrada da Madei
rã ao Alto da « va, priniip
aspiração daquêles pov s, devc
constituir um dos primeiros ob
jectivos da sua acção.
gre Ggagp
“O melhor vinho”
Tal e qual como nos anos an:
teriores, abriu a J. N. V. um
concurso entre os produtores de
vinho da sua área, conferindo
prémios pecuniários e m.nções
honrosas aos que êste ano hajam
produzido melhores qualidades
e maiores quantidades.
Assim se continua, louvâvel
mente, a política da qualidade e
quantidade do vinho, um forte
estímulo a contribuir para me-
lhorar os processos de fabrico é
a generalizar práticas correctas
de vinificação.
No que diz respeito à nossa
região julgamos de todo o pon.
to de vista aconselhável que se
permita o plantio de bacelo em
larga escala, não só porque €
escassa a produção, mas tam-
bém porque há muitos terrenos
que não são susceptíveis de qual-
que: outra cultura.
Os
A SARDINHA
Foi determinado que, nalguns
centros piscatórios, passasse ja
haver duas lotas de sardinha —
uma destinada ao consumo pú-
blico e outra ao fabríco de con-
Servas.
Esta medida tem por fim as-
segurar .o abastecimento público
do famoso clúpeo, que, pelos
preços que atingiu, passou a ser
considerado alimeuto exclusivo
da gente abastada, quando, den-
tes, era acessível às classes po-
bres.
Tôda a gente sabe que o re-
sultado da pesca da saruinha tem
sido esplêndido; a sua falta, nos
mercados, como facilmente se
deduz, é motivada pela compra,
da quási totalidade do pescado,
por parte das fábricas de conser-
Va, que não regateiam os preços
por terem sempre garantida a
venda.
Oxalá que agora passe a ha
ver fartura de sardinha a preços
convenientes, de modo que os
pobres não sejam privados de
um dos principais artigos da sua
alimentação.
célebre dissertação escrita em latim
de Cicero, como a qualificou na aula
o dr. Pais, lente de enciclopédia jum
rídica e de história de direito pátrio.
A” família dorida apresentamos as
nossas condolências.
4
<>
Cónego Benjamim Veríssimo
da Silva
Falecea, antes de ontem, em Serna-
che do Bomjardim, donde era natural,
o Rev.º Cónego Benjamim Veríssimo
da Silva, de 69 anos de idade, antigo
e ilustre missionário.
A” família enlatada apresentamos
sentidos pêsames,
N daR —Pela impossibilidade de
reúnir alguns elementos biográficos do
exiinto a tempo de publicar neste nú-
mero, só no próximo daremos noticia |
| circunstanci ada,
SUAS e meg
O filho pródigo
Pater, peccavi in coelum etcoramte…
S. Lucas, XV 1132
Feliz vivia um pai com seus dois filhos
– qual dêles mais chegado ao coração,
‘ em alegria santa e doce paz
; Mas entra um dia em casa a Tentação
– , com seus ouropéis e falsos brilhos,
de tal modo 0 mais novo enlouqueceu,
Que 0 ingrato rapaz
+ de tudo quanto amara se esqueceu
(ea fermura do pai, o amor do irmão,
“todo deixou atrás
para correr, por desvaitados trilhos,
| entontecido, após uma //2s 20.
+ Casta na orgia a parte da herança
que por morte do pai lhe caberia,
ei-lo se vê sôzinho e desprezado
sem abrigo, nem pão.
lissipada, por tim, tôda a esprança
de achar nalgum amigo,
companheiro do seu viver antigo,
quem pudesse acudir-lhe neste dia
de angústia e provação,
« ajusta-se, por seo, a um cidadão
: 8 Vai guardar os porcos, no montado;
mas, p’ra matar a fome
que há uns poucos de dias o consome,
apenas lhe consente o mau patrão
que partilhe a comida do seu gado.
Mergulhado em atroz desolação
chora, a lembrar o seu viver passado
0 carinho do pai, tôda a ventura
quo gozata no lar abandonado,
opde qualquer criado
tem casa, tem confôrio e tem fartura |
E então, subitamente, cai em si,
ergue-se e diz: — «Irei ter com meu pai
«e dirlheei: — £u peguei contra ti
«e contra.o céu, meu pai, eu nao mereço
«que me chames teu filho e só te peço
«que me deixes ficar sempre a teu lado
«p’ra te servir assim como um criado…»
E levanta-se e vai!
Mas, qmando se avizinha, |
0 pai, que já de longe o avistara
e pronto 0 reconhece,
sal, correndo, ao encontro dos seus passos,
ergue-o do chão onde êle se prosirara,
cinga-o ao peito, heija-o & parece
que o filho torna a ser a criancinha
que adormecia, outrora, nos seus braços.
E a chorar e a rir
Manda um servo buscar, p’ra lhe vestir
o vestido mais helo e sumptuoso,
para o dedo o anel mais precioso
e as sandálias melhores para o calçar;
e ordena que depressa vão matar
0 mais gordo novilho.
Eis que chega do campo o outro filho
que todo o dia andara a labutar
& ao avistar à casa em ar festivo
indaga, pressuroso, do motivo.
Conhecendo a razão
de tamanha alegria e tanta festa
recusa-se a entrar
e em palavras iradas manifesta
a sua indignação.
Ro pai que pede e insiste
para que entre, em tom amargo e triste
0 filho diz assim:
— «Já tantos anos, já, ao teu serviço,
«mais do que filho, servo, tam submisso
«e Nunca para mim
«tiveste uma lembrança mais modesta !
sê à meu irmão que tanto te olendeu
«e na infâmia gastou O que era seu
«assim o acarinhas com tal festa 2 |»
Mas respondeu-lhe o pai: — «Filho, vê hem:
«fu estivesto aqui, sempre, a meu lado,
«rodeado de afecto e de confório
«p tudo quanto é meu é teu também;
«porém o teu irmão estava morto
«8 reviveu; perdeu-se e foi achado…
e. e mais feliz que eu, não há ninguém!…
… “.. ..- se sue e “o:
Assim Nosso Senhor
acolhe sempte o pobre pecador
que busca, arrependido, o Seu perdão
e aperta-o bem juntinho ao Coração,
a êsse Coração cheio de amor,
Maria da Soledade
fog) oa
Cobrança de Assinaturas na
Comarca
Os recibos dos nossos estima-
dos assinantes das áreas de Olei-
ros, Proença-a-Nova, Sobreira
Formosa e Vila de Rei, foram
entregues, respectivamente, aos
nossos amigos srs. Ruy dos San-
tos Madeira, Carlos Sequeira,
José Ribeiro da Cruz e João
Baptista dos Santos, a quem de-
vem ser liquidados com a máxi-
ma urgência,ia,