A Comarca da Sertã nº237 27-03-1941

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– FUNDADORES +=
— Dr. José Carlos Ehrhardt —
— Dr. Angelo Henriques Vidigal —
—— António Barata e Silva a
Dr. José Barata Corrêa e Silva

Eduardo Barata da Silva Corrêa

 

O DIRECTOR, EDITOR E PROPRIETARIO rg
f Loluaroo Barata da Filva Coreia ‘ TI. PORTELLA FERÃO
ç a REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO me CASTELO
w| |RUA SERPA PINTO-SERTA BRANCO
> | — eme TELE FONE
«< PUBLICA-SE ÁS QUINTAS FEIRAS 112
ANO VW | Hebdomadário regionalista, independente, defensor dos interêsses da comarca da Sextã: concelhos de Sertã | o aa 5
N.º 237 | Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei; e freguesias de Amêndoa e ms (do concelho de Mação) | 1944

 

Notas .. |

 

NOS dias de mercado sema-
nal não há maneira de
dar uma arrumação convenien-
te aos vendedores, de que re-
sulta o público ser obrigado
a andar aos encontrões.
Parece-nos que é fácil dar
ama disposição prática a to
dos que ali vão vender os seus
produtos; dela se podiam en-
carregar 3 ou 4 assalariados
da Câmara, fiscalizando-a e
fazendo-a cumprir durante as
horas de movimento.
CON TINUA a faltar, nos ese
tabelecimentos locais, a
manteiga e o bacalhau.

— No sábado passado venden-
se a sardinha—por sinal maui-
to ordinária— a 4 escudos o
quarteirão e um carapau, mui.
to miúdo, a 4, 5 e 6 escudos
o quilograma.

Um pau por um ólho!
Que hão de os pobres co»

mer ?

4 sardinha, seu alimento
predilecto, está pelas horas da
morte. De outras qualidades
e peixe, então, nem é bom fa-
lar. O bacalhau, preferido nos
dias de festa, nem sequer o
podem ver, quanto mais com-
prar! De fiel amigo passou a
ser, senão infiel, pelo menos
esquivo amigo, que fugiu e se

denrar com saiidade…

Edo gp efa
não pode de forma alguma
” admitir-se que alguns a-
gambarcadores entrem no nos-
so mercado dos sábados para,
descaradamente, nas barbas de
de tôda a gente, comprarem
todos os ovos e milho privan-
do o público consamidor de
se abastecer durante as horas
próprius e originando, pela
consegiiente escassez, o atm-
mento extraordinário dos pre-
gos daguéles artigos,

“Assim, o milho chegou a
vender-se, no sábado passado
a 128500 alqueire, quando o
preço corrente é de 118001

Ora isto não pode continuar
assim, tornando-se necessário,
sem perda de tempo, pôr cô.
bro a êste desaforo.

“Que as autoridades não per.
cam de vista os vilões ganan-
ciosos, tais sanguessugas
que engordam à custa do san-
gue alheio, aplicando-lhes o
castigo severíssimo que mere-
cem. A cadeia é sanção peque-
na para os ladrões dêste jaez;
em todo o caso, uma tempo-
rada à sombra, com pão e á-
gua por alimento e umas pe-
sadas multas, talvez consigam
refrear a ganância intolerá-
vel dêsses espertalhões !

Eº preciso, também, que o
público coopere decidida e lial-
mente com as autoridades nas

“medidas de repressão, pondo
de parte qualquer contempla-
ção com essa cáfila: que de-
nuncie, sem escrúpulo ou res
geio, a corja so quere difi

COISAS. AFRICANAS

GENTE

nossa administração colonial,
a pesar-de muito falha de re-
cursos. pecuniários, tem uma

feição Iuuito nossa, que os es-

tranhos. vôem com certa emulação a

O nosso temperamento de meridio-

nais, tão propenso ao sentimentalismo,
predispõe-nos a favor daquêles que reco-
nhecem em nós superposição. E, é por is-
so que o elemento nativo de Angola se
encontra representado, nas suas minorias,
em todos os ramos de administração pú-
blica, o que não acontece, trivialmente,

nas colónias das grandes nações civiliza-.

doras, onde os naturais formam uma na-
cionalidade à parte…

Quando passei pelo Senegal presen-
ciei factos que atestam o meu acêrto. A
capital é formada por dois bairros perfei-
tamente distintos; na parte destinada aos
eurc peus, sobreerguom- -so grandes palá-
cios é sumptuosos templos católicos. No
bairro moirisco, pelo contrário, é tudo
charro; muita casa uniforme, mesquitas

monótonas — tudo aquilo respira tristeza,
No senegalense não há aquêle espírito de

imitação que se encontra em Angola, on-
de os homens e mulheres tôm o máximo
empenho em seguir os nossos hábitos e
falar a nossa língua.

Em 1896 foi eleita a Qâmara Muni
cipal de Massangano, da qual fazia parte
quem escreve estas modestas linhas. À ve-
reação transacta havia-nos deixado, como
herança, um beleguim de nomeação pro-
visória, feita poucos dias antes da sua en-
trega, o qual se portou tão desbragada-
mente perante um dos camaristas que a
Câmara se viu na dura necessidade de o
pôr ao fresco…

* Mas, ardeu Tróia!… A ósthariliiá
impôs se ao. Governador Allvaro Ferrei-
ra, (1) e êste ordenou a recondução da
«bela prenda», 0 que a Câmara não acei-
tou, firmando-se nos seus direitos.

Correram bóatos alarmantes, e dizia-

-3e pela bôca pequena, como costuma di-
zer- se: «vão sêr prêsos os camaristas» ..
Pois, a-pesar-da situação ser muito me-

lindrosa, contâmcs sempre como a solida-

riedede dos vcgais africanos; e diziam
êles: «por onde os senhores ER ne
vemos sós de passar também .

“Ce-re:»

PRETA

Por fim, tudo acabou em bem, devi-
do à firmeza da Camara, patenteada no
seguinte ofício :

«. «. Por isso a Câmara Municipal Ge

Massangano, muito urbanamente, vem pe. |

rante Sua Ex.” demonstrar que não foi

– menos correcta quando demitiu o dito es-

crivão, pois apenas o considerou com sim-
ples empregado, por êle não possuir os
predicados que a lei exige para estar ao
abrigo dos Artigos do Código Adminis-

‘“trativo, que tratam do assunto.

Mas, ainda mesmo que o mencionado
escrivão (2) pudesse alegar em seu favor cs
artigos acima, a Câmara tinha que sair
um pouco da órbita que lhe está marcada,
suspendendo- -o imediatamente, pois o es-
canda-lo que se deu atingiu proporções
que o legislador não soube prever.

A Câmara Municipal de Massangano
coloca acima de tudo a sua dignidade».

Era assim que o elemento liberal da
Câmara de Massangano respondia ao «vi-
de Angola.

No comércio, os empregados africa-
nos são sempre tratados em harmonia com
os seus merecimentos, sem olhar a casta
ou côr.

Uma noite muito tempestuosa teve
que abancar à nossa modesta mesa de
jantar o cônsul de Inglaterra, Netinguel.
Quando êste filho da altiva Albion depa-
rou com as fisionomias «xicarélas» (ne-
gras) dos empregados africanos, ficou ató-
nito … E, naquêle momento, falou o ho-
mem de dentro — o de fora era subtilia-
sima «+.

— «Os senhores são muito «túribé-
cas»… (amigos da humanidade) Quando
eu vou a Inglaterra, e me apresento aos

meus chefes, êstes não me assentam á sua

mesa, porque meu pai era criador de
porcos»,
O filho de o plebeu afrontava os per-

gaminhos da alta finança…

Sériaco Santos

 

(1)-Este oficial superior de Matinha era natural de
Angola.

()—0 «manga de alpaca> em causa, aparece-nos
no «caso» — «Gestos de valôr» — bradando a plenos pul-
mões: — Oº gente da minha terra, acode porque os bran-
cos querem matar os pretos |»

cultar a vida de nós todos, le-| FPOI-NOS dito que um grupo

vistam de paciência e enxotem

vando a miséria a tantas fa-

milias humildes, cujos chefes
já mal ganham para o pão de

cada dia.
DIE

AS comunicações telegráficas
e telefónicas encontram-se

completamente normalizadas
na nossa região, como, de res
to, em todo o País, .

 

“de mulheres dos lados de
Pedrógão Pegueno aparece na
Sertã aos sábados e compra
todo o queijo fresco, de cabra,

que consegue apanhar e se

destina ao mercado local,
Alto lá com estas cabras, per=
dão, com êste mulherio dana-
do que está a pedir uma tareia
mestra que lhe tique de me-
mória |
Que as autoridades se res

 

estas açambarcadoras para
bem longe, onde não façam
dano, ou, então, e isto não
deixava de ser bom, que as
metam na cadeia, obrigando:
as a comer só… queijo de
cabra até fartar !

Até o mulherio anda desen
cabrestado !

Arre, que é de mais!!!

 

««. a lápis

CHEGOU a Primavera e com

“ela veste-se a Natureza
de galas e lonçanias sedutos
ras: o gol brilha com mais iti=
tensidade e acaricia-nos com
os seus raios, tornando a tema
peratura amena e deleitosa; o
céu é dum azul paríssimo e O
lar diáfano; os campos reves-
tem-se dum tapete de verdura,
aque as boninas e os malmes
queres emprestam graça sine
gela; as árvores cobrem-se de
folhagem, tapando o negrume
dos troncos e dos ramos es-
quálidos; e os passarinhos
cantam suas alvoradas de a-
mor, em magnífica e surpreene
dente sinfonia, que nos inebria
e seduz, que fascina os nose
sos sentidos.

og pago
belo não é aquilo que é

verdadeiramente bonito,
mas sim aquilo que agrada,

afinar

PINA MANIQUE foi o hos

mem das grandes inicias
tivas de assistência e sanida-
de da época pombalina.

4 êle se deve a criação do
nosso primeiro grande hospís
cio para abandonados e ór=
fãos em perigo moral que é
a ainda hoje tam célebre Casa
Pia de Lisboa.

Tinha anexa uma creche para
drfaga e uma escola de artes
e ofícios,

DURANTE o ano findo foi
abundantissima a pesca
da sardinha nas costas de Pore
tugal, em Matozinhos ela bas
ten o «record», pois a apanha»
da pelos pescadores dali ren=
deu a fantástica soma de
57.575.511850 11

– Não se julgue que os pesca-
dores e os consumidores tiras
ram daí algum interêsse. Os
únicos beneficiados são os fã-
bricantes de conservas. Estes
é que têm a parte de lião em
tanta abundância,

ro

O desafio de futebol entre

portugueses e espanhóis,
realizado em Bilbau no dia 16
do corrente, foi um tremendo
fracasso para os nossos jogas
dores, que mais uma vez, entre
tantíssimas já, evidenciaram
a sua falta de habilidade para
tal ade A e ainda, o que é
lâmentável, uma completa de-
sorganização !

Com o resuitado de 5a,
os nossos nem ao menos poe
dem dizer, desta vez, que gaz
nharam… moralmente |

Assim, com tams manifesta
falta de preparação, perante
incontestáveis e já repetidíssi-
mas provas de inferioridade,
é preferível jogar cá dentro,
evitando competições que en-
vergonham, mais do que o fas

tebol nacional, o nome portus
guês!

 

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“O José dos Reis era bom homem,
trabalhador e amigo da sua mulher,
a-pesar-de ela ser uma grande cega-
rega… De maneira que êle, quando
pegava na pinguita, chegava-lhe o seu
sopapo… É

Ao contrário, o Manuel da Rosa vi=
via com a mulher como Deus com os
anjos.

De maneira que os dois homens,
que eram amigos, passavam a vida a
discutir: um dizia que era muito feio ba-
ter na mulher e outro afirmava que era
a melhor prova de juizo que um ho-
mem podia dar…

* Ora um dia vinham os dois da feira
na costumada discussão, e o Zé dos
Reis, já tomadito disse para o outro :

«Deixa-te disso, compadre, Uma
mulher, para andar afinada, precisa de
levar tareia todos os dias |

“Segue o meu conselho e dize que
eu que eu que te engano…»

* —<Ô compadre, então eu hei-de
bater na mulher sem ela dar causas?l..»

— «Não dá causas, porque tu és um
palonso que lhe fazes as vontades tô-
das.. Ora contraria-a e verás… Ela
é que manda…»

O Manuel, muito irritado por faze-
rem pouco dos seus brios de chefe, ex-
clamou !

«O’ compadre, uma aposta! Você
vem cear comigo e se vir que eu é que
mando, paga-me um litro de geropiga
para a gente fazer uma função domin-
go gordo, e as nossas mulheres, Se vir
que é a mulher que manda, pago eu»!

«Vãa ver, rapaz»! respondeu 0 ou-
tro já a lamber os beiços, tão certo es-
tava/de que as- mulheres eram tôdas
como a dêle, — «Você sabe que a mix
nha Rosa não gostou que eu trouxesse
a vaca à feira e eu teimei…» ;

– —«Teimaste, mas não a vendes-
té…» disse o outro numa risada.

«Não a vendi, porque ma não che-
garam ó preço. . Bem dizia a cacho-
pa: a vaca está magra de andar a
criats «« Não me davam o que ela cus=
toul…»

«Pois sim…» resmungou O outro.

Chegaram à aldeia. O Manuel foi
meter a vaca no cutral, sem fazer ba-
rulho, depois saiu, fechou o portão do
páteo com jeitinho e deu a volta, com
o compadre, pela porta do sobrado.

«Eh mulher ! onde estás tu 2…»

— «Na cozinha, homem ! estou a
tratar da ceia que chegaei há migalho
da devoção…»

— «Corja de beatas» resmungou o
Zé dos Reis.

1 — O” mulher, isso demora ? disse o
Manuel a fingir-se zangado.

Ela olhou para êle muito admirada

e aílita com aquêle tom, mas disfarçou
e respondeu muito esperta:

““>Não homem, não! Está mesmo
prontinha! Ora chega-te pró lume mais
o: Senhor Compadre, que isto é um
Credo…»

Arranjou os bancos, chegou os ti-
ções, foi buscar a mezita, cobriu-a com
um: pano muito branquinho e daía 10
minutos rescendiam nas taças as cou-
ves aferventadas com um bom naco de
tóicinho e um rechonchudo salpicão :

«Vá, homem! come, come que prex
cisas! Vens fattinho de andar! Ande,
«Senhor compadre ! coma !»

Comeram, rezaram, ela levantou a
mesa e sentou-se a conversar.

«Então, homem, sempre vendeste a
vaquinha-? preguntou ela muito mansa.

Éle tocou ao de leve no cotovelo
do compadre, coçou a cabeça e disse
entre dentes :

«Eu… sim, eu vendê-la, não a ven-
di… troquei-a…>

— «Trocaste-a ? por quê?» excla-
mou ela admirada,

“— «Olha por uma éguasita…»
O compadre era todo ouvidos.

«Fizeste bem homem! também tu
agora escusas de te matar em cami-
nhadas’! Ora ainda bem! Que é dela ?
está no curral 2…»

– -» «O’ mulher eu., eu troquei-a,,.»
* — «Sim? Que penal então por quê?!»
; à «Olha, por um burro…»

| — Ah[ que bom! fizeste bem! E’
um animal muito manso, faz pouca des-
pesa, puxa o carrito, tira água ao pô«
ço… Tomara já vê-lo…

– — «Valha-me Deus! Rosa, olha,
eu… troquei-o…»

A mulher lá estava a ver que havia

“ali coisa exquisita, mas resolveu fin-

gir que não percebia, muito triste lá

por dentro com a desconfiança de que

o seu Manuel tivesse pegado na pin«

guita, coisa que não era de seu hábito…
— «Então por que a trocaste, ho-

mem ?>

“Olha, por um porquito…>

: -— “Ah! muito bem! engorda-se e

* depois mata-se e é uma fartura ! Uma

salgadeira cheia é o arranjo duma ca-
sa! Fiseste bem, homem !”

(Continua)

 

A Comarca da Sertã

 

cm rremmomenramem raros ===

FSESTE BEN, HOMEN Puericultura.

 

COQUELUCHE

Ainda que com carácter beni-
gno, lava na Sertã a coquelu-
che entre as crianças,

Recomenda-se a mudança de
ares e o tratamento preventivo
por vacinas, o que se vem em-
pregando com absoluto êxito.
Nas casas onde há mais duma
criança deve haver o máximo
cuidado para evitar o contágio,
isto é, a criança atacada pela co-
queluche deve isolar-se das ou-
tras tanto quanto possível,

*

A propósito, achamos conve-
niente transcrever para aqui o
que, sôbre a cogueluche nos
diz o dr. Almerindo Lessa no
seu «Livro de Puericultura» :

«A coqueluche é uma doença
contagiosa, endemo – epidémica,
devida a um coco-bacilo muito
frágil e que se caracteriza, sos
bretudo, por grande acessos de
tosse convulsa. Dura muito tem-
po e é contagiosa a partir do
primeiro acesso. Eº’ uma doença
de tipo clínico do sarampo, tan-
to no que respeita ao diagnósti-
co, que só vem a fazer-se quan-
do chega a tosse, como no que
toca à profilaxia, pois que, como
naquela eruptiva, já estão efec-
tuados os contágios quando nós
a descobrimos, As crianças,
principalmente as que tiverem
mais de 2 anos, são muito sus.
ceptíveis, mas um ataque costu-
ma imunizar contra novos aces-
sos. Muito grave até aos 3 anos
pela frequência com que nessas
idades se faz acompanhar de
bronco-pneumonias é mais beni-
gna a partir dos 9 anos. Entre
nós são muitos os casos leves,
mas são também bastantes os
casos fatais (506 em 1935).

O contágio vulgar é o que se
faz directamente sendo a porta
de entrada as vias respiratórias.
Os andaços têm o mesmo aspec-
to dos do sarampo: bruscos, cur.
tos e maciços. As grandes epi-
demias já se não observam como
dantes. E” uma doença de decla-
ração e desinfecção obrigatórias.

Às regras gerais de profilaxia
social decalcam-se sôbre as do
sarampo usando – se, também,
com fins profilacticos ou aborti-
vos, 0 sôro de convalescentes de
coqueluche e, até com mais lar-
gas indicações do que o dos
convalescentes de sarampo, por-

doença muito penosa e anergi-
zante até para as crianças mais
robustas. +

«<rBIE—

Vila de Rei

No adicional ao plano de obras
para o corrente ano, relativas a
água e saneamento, aprovado
num dos últimos dias pelo st.
Ministro das Obras Públicas e
Comunicações, está incluído o
abastecimento de água a Vila de
Rei, trabalho a executar pela
Câmara Municipal em regime de
comparticipação com o Fundo
de Desemprêgo.

Oro
Transferência de prêsos

Da cadeia desta comarca foram
transferidos, na pretérita 2.º fei-
Ira, para as Cadeias Civis Cen-
trais de Lisboa, os reclusos An-
tónio Martins e Silvino Antunes,
julgados e condenados no Tri
bunal da Sertã em pena maior.
A transferência tornava-se acon-
selhável por se tratar de prêsos
perturbadores da ordem na ca-
deia de que é prova a tentativa
de evasão preparada com outros,
há pouco mais de uma semana,
plano que fracassou por ter sido
descoberto a tempo.

Foram acompanhados pelos
oficiais de deligências do Juízo
srs. César Lopes é Luiz Vaz.

 

Abastecimento de água a

que a tosse de esgana é uma:

 

Através da Comarça

or

(Hoticário dos nossos Correspondentes)

SOBREIRA FORMOSA, 21 — Há
cêrca de dois anos que foram inicia-
dos os trabalhos da grande reparação
da Estrada Nacional n.º 14-1.º no trô-
ço compreendido entre Castelo Bran-
co e o pontão do Laranjeiro, na ex-
tensão de 47 quilómetros os quais al=
guns meses antes haviam sido adju=
dicados ao empreiteiro Sr. Manuel
Gomez. A morosidade com que os
mesmos trabalhos decorrem é já do
conhecimento de todos e só assim se
compreende que passados 2 anos haja
apenas executados 29 quilómetros de
camada de fundamento, uma pequena
parte da obra de arte, cortes em trin«
cheiras quási concluídos e pouco ou
nada mais há feito numa obra que foi
arrematada por cêrca de sete mil con=
tos. Quási todos os empreiteiros de-
pois de firmarem contrato com o Es-
tado ou qualquer entidade se esforçam
por concluir a obra no mais carto es»
paço de tempo e para o consegair
admitem o maior námero possível de
operários. Nesta empreitada dá-se
precisamente o contrário; tanto o Sr.
Gomez como os seus encarregados,
desde o início dos trabalhos que a saa
maior e única preocupação tem sido
despedir pessoal constantemente.

Consta-nos que ainda há bem pouco
tempo o empreiteiro se dirigia à Ex.ma
Junta Autónoma de Estradas a pedir
uma suspensão de trabalhos o que,
como era de toda a justiça lhe não
foi concedido. Mas, apesar disso essa
suspensão existe e para o provar bas=
ta percorrer a estrada em reparação
e então se verificará que nela só se
encontram apenas meia duzia de as
salariados que trabalham na sua con-
servação.

Esta situação muito vem agravar a
crise de trabalho nesta região e por
isso confiamos em que o Govêrno do
Estado Novo, por intermédio da Jun=
ta Autónoma de Estradas, tome as
necessárias providências, ordenando
o prosseguimento dos trabalhos, mas
que estes prossigam com actividade
como é de justiça e não como até
aqui. c

 

usgoz

PEDRÓGÃO PEQUENO, 24 — Fale-
ceu em 14 do corrente, no Casal dos
Bufos, desta feguesia, a sr.? Maria de
Jesus, de 75 anos de idade, viúva, mãi
dos srs. João Baptista Antunes e Ma-
ria da Piedade Serra, de Pedrógão Pe-
quo, Noé, Faustino, Rosa, Ermelin=

a e Amélia Henriques Antunes, do Ca-
sal dos Bufos, António Henriques An-
tunes, de Moscavide e Maria do Patro-
cínio Antunes, de Castanheira de Pera.

Os nossos sentidos pêsames à famíi-
lia enlutada.

—Encontra-se em Santo Abril, fre-
guesia do Carvalhal, a sr.? D. Guilher»
mina Ramos Abreu, espôsa do sr. Va-
leriano Faria Abreu, de Lisboa.

—De Lisboa sairam para S. Torcato
os srs. Manoel Ramos e Valeriano
Faria Abreu.

C.

RS CA
Cobrança de assinaturas

Estamos a proceder, pela for-
ma habitual, à cobrança das as-
sinaturas em Lisboa e Província,
esperando dever a todos os nos-
sos estimados assinantes a gen.
tileza de liquidarem os recibos
logo que lhes sejam apresenta-
dos, evitando-nos assim, trans-
tôrnos e maiores despesas.

HO

Têm aparecido lobos na fre-
guesia to Figueiredo

O regedor da freguesia do Fi-
gueiredo comunicou à Câmara
Municipal que vários indivíduos
da Santinha, daquela freguesia,
verificaram o aparecimento de
seis lobos em volta da povoação;
no dia 14 a alcateia devorou 3
ovelhas do sr. António Cristó-
vão Gaspar.

Terminava por pedir autoriza –
ção para que O povo da fregue-
sia, munido de espingardas, fi-
zesse uma batida às feras, ou,
então, se permitisse deitar uma
ovelha morta, com veneno, num
a locais fregientados pelas
eras.

As batidas não estão autoriza-
das depois de 20 de Fevereiro
porque podem servir de mero
pretêxto para efectuar caçadas
que nesta época prejudicam as
diferentes espécies venatórias;
e nem tôda a gente respeita a
lei, havendo muitos que apro-
veitam a mais pequena concessão
para cometer abusos. Está, dêste
modo, justificada a proibição da
batida, |

Da aaa a a rm RS mese

Companhia Viação de dermache, Limilaa

(OARREIRA RÁPIDA)
LISBOH — ALVARO

Carreiras entre Sertã-Lisboa, Sertá-Alvaro e Sertá-Pedrógão Pequeno

ROS DOMINGOS |

H.M.

SAÍDA DE LISBOA 6,30
Chegada a Santarém 9,15
Saída 9,20

>» Pernes 10,00

» Torres Novas 10,35

>» Tomar 11,20

» Ferreira do lezere 11,00

» Sernache 13,00

» Sertã 13,20
Saída 14,00

» Cesteiro “15,05

> Alvaro 15,15

 

ÁS SEGUNDAS FEIRAS

H. M.

SAÍDA DE ALVARO 15,40
Chegada ao Cesteiro 15,50
» Sertã 16,55
Saída 17,30.

>» Sernache 17,50
Saída 18,00

» Ferreira do Tezre 18,55
Saída 19,00

» Tomar 19,40

» Torres Novas 20,25

» Pernes 21,00

> – Santarém 21,40

> Cartaxo 22,10

>» Vila Franca 23,10

» Lisboa 0,10

Foram estos horários estabelecidos de harmonia com as necessidades da região, evitando
assim um menor dispendio de tempo às pessoas que os seus afazeres chamam à Capital, pelo que
esta Companhia espera quê os seus clientes correspondam a mais esta vantagem, não deixando

de utilizar 0s seus carros.

Garage em Lisboa: — Avenida Almirante Reis n.º 62-H
Teleione, 4 5503

 

MOVIMENTO REKIGIOSO

(Nota amâvelmente fornecida pelo
Rev.º Pároco da Freguesia da Sertã)

Realizou-se no passado do-
mingo a Comunhão Pascal Co-
lectiva dos rapazes e homens
católicos. O cumprimento dêste
dever de cristãos deve servir de
estímulo para todos os que tal-
vez, sem darem por isso, andam
afastados da Verdade.

— Amanhã, sexta-feira, 28,
terá logar pelas 15 horas, a tra-
dicional Procissão dos ;Passos.

A solenidade desta cerimónia

exige que assistamos a ela com
respeito, mostrando assim O nos-
so espírito de fé.

— A-fim-de implorar por in-
termédio da nossa Mãi Celeste
a paz para o mundo, todos os
dias se reza na Igreja Paroquial
o terço pelas 18 horas.

Cro

OS AMIGOS DA «COMARCA»

Pelo sr. David de Ascensão
Ramalhoss, de Cucujãis, foi-nos
indicado, para assinante, O sr,
P.º Alfredo Fernandes Alves, do

Seminário das Missões da mes-

ma localidade,

O sr. José Ribeiro da Cruz,
de Sobreira Formosa, teve a
gentileza de nos indicar, como
assinantes, os seguintes srs.:
Hermano Lopes Delgado, P. Jai-
me Ribeiro Martins, Manoel Vaz,
Bernardino de Sena Ribeiro,
Humberto Laia Rosa, dr. Eusé-
bio F. Pinto de Matos Rosa, Ma-
noel Alves, Adelino Cardoso No-

ueira, Matos & Matos, João

aia Franco, António C, Morga-
do, Joaquim R. Lalanda, A. Mar
ques Flor, Bernardo Ferreira de
Matos, A. Francisco Sequeira,
Amílcar Pires Lopes e A. Ribei-
ro Vaz, de Sobreira Formosa,
José A. Cardoso Sequeira, de
Atalaia de Catarina Vaz, Alba
no Ribeiro da Silva e Joaquim
da Silva, de Atalaia de Estêvão
Vaz, Francisco Ribeiro, da Ven-
da, P. Luiz Ribeiro Catarino, de
Constância, P. António Cardoso
Sequeira e José Martins Morei-
ra, de Castelo Branco, Tenente
José Delgado, do Vale da Ussa,
Bernardino Sequeira, Bernardo
Fernandes e Martins & Martins,
de Angola, Daniel Cardoso Cos-
ta, de Sobreira Formosa e José
Nunes Ribeiro, de Castelo Bran-
co.

À um e outro dos nossos ami-
sos apresentamos sinceros agra-
ecimentos,

 

Hospital da Sertã

 

Subscrição aberta pela «Cos
missão dos Amigos do Hos»
pital da Sertã», em Lisbca,
para a compra de material
cirúrgico :

Da ilustre Comissão de Me-
lhoramentos pro – Freguesia da
Cumiada, com sede em Lisboa,
recebemos a seguinte carta:

<.. Sr. Eduardo Barata da
Silva Corrêa — Director de «<A
Comarca da Sertão — Sertã —
«..Sr.— À Comissão de Melhos
ramentos pro-Freguesia da Cu-
miada, na sua última reiinião,
louvou a iniciativa da «Comissão
de amigos do Hospital da Ser-
tão pela iniciativa de se propor
angariar donativos a favor das
quela casa de beneficência, e re=
solveu inscrever se com a quans
tia de 200$00 para esse fim. Jun-
to encontrará, pois, V…, O vale
de correio n.º 03165 da referida
importância e que rogamos a fi-
neza de fazer chegar às mãos de
quem de direito. Igualmente ro-
gamos o favor de ser -intére
prete dos votos de bom êxito
que formulamos àquela comissão
pela árdua missão que se propõe
levar a cabo. Sem outro assunto,
etc., Pela Comissão, Jacinto Pe-
dro».

A? Comissão de Melhoramene
tos pro-Preguesia da Cumiada
apresentamos os nossos agra-
decimentos.

eo

Transporte, 2.100800.

Comissão de Melhoramentos
pro – Freguesia da Cumiada,
200800 ; Ex.”º* Srs, Acácio da
Silva Graça, 20800; António Ven-
tura, 5800; Alvaro Lopes Fonses
ca, 5800 ; Eutíquio M. Belmonte
de Lemos, 20800; Felizardo Lo-
pes Bernardino, 30$00; Hercula=
no Biscaia da Silva, 5800; João:
dos Santos, 20800; Ricardo Mos
reira dos Reis, 20800.

A transportar, 2,425800.

&

Na lista publicada no n.º 235,
onde se lê Isidro Farinha da
Silva, deve ler se Artur Farinha
da Silva.

DOI

E’ amigo dedicado da
sua terra ?

Indique-nos, como assinantes,
todos os patrícios e amigos que
ainda o nãojsão.

O valor e o bom nome da sua
terra dependem, em grande pare
te, da propaganda que dela se
fizer nêste semanário,

 

@@@ 1 @@@

 

Deus- OU homem:

A Comarca da Sertã

AN guerra

Z
8
: 5

 

Temp’stade horrorosa! oh! negra’scaridão !
São mortas na terra, as mais doces esp’ranças ;
Do céu, os fulgores, seu meigo clarão Es

Se toraaram fogo, lavas de vulcão, |

E, na terra, há só choros de crianças. .

Dos céus… da paz doce e eterna mansão,
Da guerra só veem os ódios e maldades; ..

Dos céus…

donde vinha só paz e perdão,

Lá trôa, feroz, o maldito canhão,
4º terra lançando mil inigiiidades.

E o sol amoroso canta sua b’leza, –

E o cén não perdeu sua doce claridade! .
Só as almas choram, num mar de tristeza,
— Negra maldição ! — em tôda a natureza,
Só o homem brada sua infºlicidade,

Quem pode entender destino éste, insano ? !
—hNos céus tanta luz!…

cantos d’amor na terra! .

Só o homem em ser divino, ser humano,
Arrastar cadeias dum poder tirano
Horrores criando!… tormentosl… a gaerra,

Oh! tanto mistério… e coisa incomprendida!
Tudo o que nos cerca, proclama bondade!
Os astros no céu, em ordem definida;

Os seres da terra abençoam. a vida,

E o homem só ruge de ódio e maldade!.. E

Tudo o que existe, da terra na alma,
Tem o seu destino, celebra o seu bem;

E ta, rei dos seres, de celeste chama,
Fugirás á eterna lei que amor proclama,

Não tendo aquilo que uma pedra tem? !

Ah! em tanta b’leza… graça indefinida!

—O mundo é um hino…
— Astros e insectos…

A
a terra florida…

Cantam alegria, e só o rei da vida o dt vicio
Seria no mundo sem paz e na dor ? 13 Ê

Mas não… só há ordem, ha magnificência;,..
Em tudo Deus pôs sua infinita bondade;

Se aos seres deu leis, não lhes deu a consciência,

Nem esse dom divino — a lnz da inPligência |
E, ao homem só, den o bem da liberdade…

CecocO rosto cetcgurcge.. 1.º

Livre. . o homem em graça… glória e bem mer’cen;

cocos toco cars too sata gos
di :

Livre .. homem cai, escravo da paixão;

Foi o seu orgulho e vaidade que o perdeu…

De egoismo e soberba…, do seu bem descem,
Do seu bem e glória…, cai na’scravidão.

E o mundo em paz… bemdiz ao Criador;
Cânticos dºalegria enchem céus e terra… –

— Deus ás criaturas den bondade e amor!

——Ao homem caído…

o Ermida, 80-1- 941.

resgata na dor,
—Aos povos rebeldes…

castiga na guerra. .

“A. PEREIRA

 

– Da Holanda

o seguinte telegrama :

Berlim, —O «Lokal Anzeiger»,
em editorial recente, crítica se-
veramente a política que muitos
holandeses estão a seguir em di-
versas cidades da Holanda, isto

é, empregando o máximo do seu |

esfôrço no sentido de auxiliar os
ataques dos aviadores inglêses
contra o seu próprio país, onde
têm lançado milhares de bombas,
causando a destruição de nume-
rosos edifícios
mortos e de feridos entre a po-
pulação civil ho!andesa. E acres-
centa :

* «São numerosos os casos em
que os holandeses acendem lu-‘

zes em determinados pontos pa-
ra orientar os aviadores: inglêses
e têm também sido apreendidos
emissores clandestinos de T.S.
F. com os quais os holandeses

dão informações ao inimigo Se

parte da população holandeza
continuar assim a proceder, é
mais de que certo que as auto-

ridades alemãs contrâriamente

às suas intensões pacíficas para
com a população da Holanda te-
rão de tomar decisões drásticas
para terminar, duma vez para
sempre, com tais abusos e com
o desrespeito às autoridades mi-
litares alemãs de ocupação.

(De «A Ordem»)

 

Este número foi visado pela
Comissão de Censura
de Castelo Branço

e centenas de:

 

Reorganização dos

+ Serviços prisionais

“Os jornais diários publicaram
Um importante decreto-lei |

– do sr. Ministro da Justiça

Pela pasta da Justiça pablicoa o
«Diário do Govêrao» q segainte im»
portante decreto :.,

«A reorganização dos serviços eri=’
minais e das prisões tem determinado
a sucessiva concentração de diversas
funções, antigamente dispersas por
“outros organismos na Direcção Geral

“dos Serviços Prisionais e respectivo ||

Conselho Superior.

‘plica também o exame e estado indi»

vidualizado, múltiplo e frequente da

situação de um avultado número de:
presos, o que tado levou a grande aum.
‘mento de número de processos sujei=
tos a despacho ministerial, já para
concessão de autorizações, já para o
eleito de apreciação, e confirmação de
medidas tomadas com carácter de ur»
gência, já para homologação de dife.
rentes pareceres, consultas é delibe-
rações do referido Conselho.

Reconhece-se porém a possibilidade.
e conveniência, para mais rápida e:
oportuna solação dos assuntos, de se
dispensar a contínua e pormenorizada
intervenção do ministro em determi»
nadas matérias.

Pelo que:

Usando da facaldade conferida pela
22 parte do n “ 2.º do artigo 109.º da
Constituição, o Govêrno decreta e eu
promulgo, para valer como lei, o se-
guinte; ‘ :

Artigo único — O ministro da Jasti=
ça pode delegar no director-geral dos
serviços prisionais, no todo ou em:
parte, a solução. dos assuntos a que
se referem os artigos 234,º 88 1.º e
2.º, 314.9, 3660. e seguintes e 3740 do
decreto-lei n.º 26.643, de 28 de Maio
de, 1936… Car nÃ

S único — Os casos de delegação

nisterial, conforme o impazereni a
Suipiraçio e necessidade do: serm
” ;

 

“| veis.

O sentido da nova organização im- | viro da Beira à sr.! D. Isabel |

Solina- destruídos pelo figo

| Algumas pessoas da Sertã as-
sinalaram, na noite de 5.2 feira,

incêndio de proporções fantásti-
cas, porquanto as labaredas ir-
rompiam com uma violência dia-
bólica, atingindo altura: colossal.
Não tardou em espalhar-se a no-
tícia e daí a pouco já havia gen-
te a aventar a hipótese de.o in-
cêndio ser na: serração do sr. Li-
bânio Vaz Serra…

‘ Estranhava-se que de Sernache
nada dissessem para aqui e, da
mesma forma, se estranhava que
dali não respondessem às contí-
nuas chamadas pelo telefone; é
que a linha já então estava cor-
tada pelo fogo que sôbre ela in-
cidira.

“Ante à incerteza, nascida de
tôda a espécie de presunções, os.
bombeiros, lestos e animados de
brio muito de louvar, montaram
a bomba numa camioneta e se-
guiram a tôda a brida a caminho
de Sernache, precedendo muitas
pessoas, que aproveitaram as ca-

-) mionetas e automóveis disponie

O mistério estava desvendado:

[no Alto Ventoso, sôbre a estra-

da, estava ainda a arder uma ca-
mioneta com o resto de gasolina

a carga; as explosões tinham-se
ouvido a enorme distância e nal-
gumas povoações causaram pa:

muita gente saiu para a rtia to-
mada de pavor. À camioneta,

“ J ainda de pouco uso, marca «For-

dson>», saíra de Lisboa pelas 11
horas da manhã do mesmo dia e

Ja carga destinava-se à Covilhã;
lo veículo pertencia a António

Barreiros-Fernandes, do Fundão,

1 sendo tripulado por losé Fer-

nandes Raposo, condutor e José

| Lourenço, ajudante. Eram 20,30

h. quando, ao descer a estrada
no Alto Ventoso, houve uma ex-

| plosão rápida no motor; as cha-
| mas espalharam-se imediatamen-
| te por todo o veículo e os pobres

rapazes precipitaram-se da ca-

| mioneta, ficando o ajudante feri-

do na mão direita e com o cabe-
lo ligeiramente chamuscado.
O prejuíso foi total, avalian-

| do-se a camioneta e os 5.800
– | litros de gasolina em setenta
* | contos.

– SOLENIDADE DOS, PASSOS,

Realiza.se âmanhã a solenida-
de dos Passos, o que, por falta
de recursos, não sucedia há anos.

O sermão do encontro é pre.
gado pelo Rev.º Augusto Antó-
nio Ribeiro, prior de Sernache
do Bomjardim, conhecido como
orador sagrado,

plana.

id
DIVERSAS iNOTICIAS
“Foi colocada na escola do Al-

Maria Rebordão.
| — Um decreto-lei, publicado

que durante os noventa dias se-
‘guintes ao da sua entrada em vi-
gor, os proprietários ou empre-
sários de teatros, cinemas, pra-
‘ças de touros, campos de futebol
e de recintos existentes no con-
tinente onde se efectuem quais-
quer espectáculos ou divertimen-
tos públicos, e ainda os promo-
tores de bailes cuja realização
dependa de licença policial ou
administrativa, cobrem por cada
espectador as seguintes taxas:
bilhetes de 2800 até 10800, $50,
quando superiores a 10800, 1800;
entradas gratuitas, 1850. Tratan-

brar-se.á a taxa que correspon-
der ao preço resultante do co-
ciente da divisão do custo do bi-
lhete pelo número de espectado-
res que comportarem.

| Estas receitas serão en’regues
à Comissão Nacional de Socor –

 

serão especificadas em despacho mi- | ros, criada para acudir às viti-

| mas
reiri

do ciclone de 15 de Feve-

Gomes do ga

para’as bandas de Sernache, um:

dos 29 tambores que compunham:

nico, como no Cabeçudo, onde:

de primeira.

em. 19 do corrente, determina |

‘do-se de camarotes ou frisas, cos.

A’ margem da; querra

Previsão do que será o vestir
das senhoras na primavera

A moda a usar na próxima es-
tação está ocupando desenhado-
res nos grandes armazéns de
modas de Londres que procuram
descobrir a moda que sirva a
ricos e pobres, uma vez que os
casacos e saias agora em voga
não satisfazem completamente
muitas das senhoras que os
usam. .,

Fazendas às riscas estão já
aparecendo para disfarçar curvas
volumosas e casacos de ombros
largos e cobrindo as ancas, es-
tão já entrando na moda. Oxford
Street tem nestas últimas sema-
nas recuperado o seu aspecto
normal de tempo de paz. .

Estão muito em moda os len-
ços de muitas côres de pôr ao
pescôço. Verde, claro e escuro,
é uma: das cores favoritas para
estes lenços usados com swea-
ters <bordeaux». Tecidos espês-
sos estão também na moda.

Nunca é cedo de mais para as
senhoras fazerem os seus planos,
ainda que a Primavera venha
longe. Os novos jerseys apare-
cem com algibeiras que evitam
os sacos de mão.

As senhoras andam mais e ês=
se novo hábito reflete-se nos sa-
patos que se usam agora mais
fortes do que até aqui.

Uma distracção dos soldados
ingleses

Num dos campos de treino os
soldados entretêm-se na criação
de porços.

– Bº. de esperar que êste costu-
me se propague a outros centros
de treino. ,

Na última guerra em França
muitos soldados: ingleses ocu-
pavam-se na lavoura nas trazei-
ras das linhas de fogo, é prová-
vel: que em Inglaterra façam o
mesmo nas horas vagas.

O treino dos rapazes das es-
– colas secundárias no vôo

Nas escolas secundárias há um
movimento de interêsse pelas
teorias do vôo, seus engenhos,
T. S.. F., meteorologia tudo
quanto diz respeito à quinta
arma.

Numa escola o treino já come-
çou, em outras vai ser breve-
mente estabelecido. Nestas es-
colas os alunos aprenderão a ser
virem-se de paraquedas,

Estes ensinos só serão dados
a voluntários e em touos os ca-
sos dependendo da vontade dos
pais e dos médicos seus,

“Há aproximadamente 700.000
rapazes em condições de se trei-
narem.

Eº de esperar que estes exer-
cícios sejam muito aproveitáveis
depois da guerra para os servi-

ços civis de aviação.

(Britanova Features Service)
tip

+Necrotogia

“José Ferreira da Silva

No logar do Cimo da Ribeira
do Meio, freguesia da Sertã, fa-
leceu, no pretério sábado, o sr.
José Ferreira da Silva, de 77
anos de idade, proprietário mui-
to considerado pelas suas boas
qualidades de carácter.

Deixa viúva a sr.“ D, Joaquina
Júlia e era pai da sr.* D. Olinda
Ferreira da Silva e dos srs. Ade-
lino e José Ferreira da Silva, do
Cimo da Ribeira do Meio e do
sr. António Ferreira da Silva, de
Pernambuco (Brasil) e sogro dos
srs, António Barstae Silva, da
Sertã, António da Costa, do Pi-
coto, António Ferreira, da Mou-
gueira e Manoel da Costa, da
Passaria. dê

O funeral, efectuado no dia
imediato para o cemitério muni-
cipal, foi muito concorrido.

A”. família dorida apresenta-

mos sentidas condolências,

 

LUSALITE.

O fibrocimento é hoje o pro-
duto preferido na construção ci-
vil porque, entre os outros, se

Ê

i

destaca, não só pelas múltiplas »

aplicações, o que já seria apre-
ciável vantagem, mas também
pela extraordinária resistência e
impermeabilidade, qualidades que

lhe garantirão a conquista dos ‘

mercados. Assim se explica que

êste produto, tendo sido desco-.

berto há, apenas, cêrca de trinta
anos, venha batendo os produtos

similares, confirmando plenamen-.

te a sua excepcional superiori-
dade.

em todo o mundo pelas varia-
díssimas aplicações que oferece;
eo facto de ser imputrescível,

Eº um material já conhecido

inoxidável, isolador e incombus-.

tível garantem-lhe a absoluta
preferência.

Em Portugal há uma fábrica: aa

Cruz Quebrada, instalada pela:

Sociedade Portuguesa de Fis
brocimento. Pormenor interes
sante: esta fábrica emprega 90 º/,
de matérias primas portuguesas,
quere dizer, vive quási em comes

pleta independência do estran.

geiro.
Citemos, quando mais não seja

por curiosidade, as principais ese,

pecialidades dêste produto: cha-

pas onduladas para coberturas, .

chapas lísas para tectos, lambris,
divisórias-e almofadas de portas,

| tubos Lusalite para canalizações

de águas, tubos Sanolite para
canalizações de queda, condutor
de águas pluviais, esgôtos, cha-
minés, etc., etc.

No concelho da Sertã o mate-

rial Lusalite tem sido largamen.’

te empregado, com os máis exe
celentes resultados, no abasteci-
mento de águas às povoações de
Figueiredo, Troviscal, Bravo,
Marinha do Vale Carvalho, Ra-
malhos e Póvoa, freguesia da
Várzea dos Cavaleiros e de igual
modo foi escolhido para diver=

sas fontes nos concelhos de Fi-.

gueiró dos Vinhos, Ferreira do
Zêzere e Tomar.
Eº concessionária geral dos
produtos Lusalite, em Portugal,
a Corporação Mercantil Por-
tuguesa, Ld.º, Rua de S. Niçou

lau, 123-Lisboa e seu digno agena.

te e depositário em Tomar o
activo comerciante e nosso ami
go sr. João «Ferreira Pinho, a
quem apresentamos os nossos
agradecimentos pelo magnífico
calendário que nos enviou para
o corrente ano, reclame dos afa-
mados produtos Lusalite.

ft dio

SO, (CE, DU, 40, am a
O da 4%, do SS» s
É aa a aa! a ta a a

2 AGENDA «

ai eg a as ea a

Encontra-se no Outeiro da
Lagoa a srº D. Maria de [e
sus Martins, espôsa do sr,
Eduardo Martins, do Porto.

—Esteve na Várzea dos Ca-

valeiros, de visita a sua famí..

lia, o sr. Aníbal Ribeiro An-
tunes, do Dafundo.

Aniversários natalícios:

 

27, Hermínio Dias, Queli=

mane (A’frica Oriental) e Ant.
bal Nunes Corrêa; 28, D. Ma-
ria Helena Tasso de Figuei-
do de Faro Viana, Lisboa; 1
de Abril, menina Maria Delfi-
na, filha do sr. António Bara-
ta e Silva; 2, José A. Alerans
dre Júnior, Lisboa,

Parabens
tira

Farinha Leitão
Codeceira |,

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Sua família, impossibilitada
de o fazer pessoalmente, agra-
dece, por intermédio de <A Co.
marca da Sertã», a tôdas as pes=
soas que se interessaram duran=
te a doença e o acompanharam à

Júltima morada,

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