Voz da Beira nº153 25-02-1917
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5 sso é pobco, quando a Pa |
fle, Fevereiro de 1917
AVENÇA.
REDATOR ervas:
A” Pedro ES on
Redação º didministração:
“Rua E Sunlos Balente:
=” 2 j E pro
cm Cora a
E e ed SEMANARIO INDEPENDENTE
EO E rca DOS INTERESSES. DA COMARCA DA CERTA Ja BS pags ca CR
Brazil, (fracos) 55000 rs. Avulso, Bo NSe |
Própriatado da: Empréra da Voz da lah a
ato – PUBLICA-SE-AOS DOMINGOS
Noutro logar, preço convencional
Annunciam-se publicações de que se
receba um exemplar
Não se restituem os originaes
Segundo noticiam os jornais, es-
tá proximo o dia em que nos cam-
pos:de batalha da velha Europa te-
mosde ‘afirmar o nosso. valor, le-
vantando o afrontósorepto que nos
foi lançado ‘em rosto pelos barba-
ros.do seculo XX. Breve soará, pois,
O toque de clarim e com ele.o mo-||
mento supremo de decisão ido nos-
so de: stino. de, povo livre, Vamos
defrontar-nos: no campo sagrado
onde se batemos pioneiros do Pro-
gresso, da, Liberdade.e da Justiça
san raça vilidos boches, esses
defeoençdos que ao” Universo rou-
pdz, O Sócego é a tranqui-
PPA pacificos povos.
» Somos:-um . país dei resumidas
proporções, com um limitado nu-
mero de habitantes. Mas que im-
porta isso, se o nosso passado gran-
dioso nos incita à luta contra o co-
losso que fez;da letra-dos tratados
um” farrapo imundo? Fomos um
po; o prodigioso | e continuaremos à
sê- Es através de, todas as vicissitu-
– então, “ démos lições ao
baseados nos | principios de,
civilidade que sem sempre foram nosso
apanagio, Ojé, Tê erando os mes-
mos principios, descemosá liça
coma certeza absoluta de as dar
outra vez aos que; fiados na Força’
Ee angado aos pés a! Razão, atea-
am a fogueira em cujas chamas
hão 4 EE Cei para Seen
Quem pode negar ao bravo po-
“vo português, nesja hora grave que
atravessamos, a esperança, a féea
altivez: de ‘que-se acha-possuido e
hão-de redundar em
e gloria pará
lusitana? 2-0b giun 9 l
Ninguem, por QEBtOrIsd qoisapisa
“Vaiihaver muitas lagrimas; vão
pesados sacrifícios; mas
velha Epa
Eta reclama, nosso esforço, |
esforço. proeminente que deve sus]
bir tanto mais alto de tensão a pon=
“to de não o A a vida em
“troçá da afronta recebida e dosim-
properios Donos contra a di-
gnidade dum povo sedento de Jus-
“Biba PA éfo povo de: Portugal, |
No campo da batalha, | onde jo=
“gam’os seus destinos as nações. em
erra, yamo mar um sector de
à ropas . genuinamente; nosso, mas
isso não impede que sejamos com-
panheiros aó lado dos nossosirniãos
“de armas, compartilhando com eles
supremo
ao inimigo. um, baluarte invenci-
vel. Com-eles cantaremos hinos de
triunfo nas horas mais alegres que
a vitoria dum novo feito nos pro-
pre -que revezes sofridos nos obri-
guem atirar formal desforra.
E” bom recordar os audaciosos
obstaculos que eles na actualidade
estão vencendo e que são para nós
uma segura garantia. Na sua fren-
te, guiados por mãos habeis e espi-
ritos altamente disciplinados, estão
hoje operando engenhosos ápare-
lhos de guerra. O inimigo temen-
do, e sofrendo os efeitos da sua su-
perioridade, vacila e retira em de-
sordem: São os aliados que, em
continuas arremetidas que lhes per-
mitem ir alêm de alguns quilome-
tros, umas vezes, e palmo .a-palmo
outras, vão conquistando o terreno
onde a autonomia dos seús habi-
tantes, foi espesinhada pela força
brutal, do inimigo.
ES, pois, neste momento em que,
a luta aparenta uma fase decisiva,
que nós nela! vamos cooperar di-
rectamente. Aprestem-se as mulhe-‘
res portuguesas a fazer o possivel
para| bem desempenharem’o hon-
roso mandato: que o-dever e o Pa-
triotismo lhes impõem, isto é: dan-
do “alento, coragem e Pa aos
eus finos ueridos é esposos 1 ido-
airados, para que eles lá jonge
na, comunhão intima o levas
tado ideal, pelejem com ‘ enterneci-
do afecto pela integridade da Patria
escarnecida, pela conquista do Di-
reito afrontado, pela. restauração
da Liberdade menosprezada.
* E”’verdade que é muito triste
lho e segui. -lo com o olhar turvo
de lagrimas a até ao vago c da estrada
i| onde vai desaparecer, “e tambem
não é menos verdadeiro e crucian-
te para uma esposa dar ao marido
| querido o -abraço-da despedida e
‘ficar num vacuo de escuridão, ro-
deada de, It rasa
mas O que de t
os que amam o torrão abençoado
que lhes: serviu de berço é que,
por esse filho e esse ‘marido não
[terem ido cumprir a sua divida de
fidelidade . e honra, a nossa, auto-
|nomia; perigasse e vivessemos de-
pois «como ‘refens debaixo do jugo
estrangeiro! –
Antes a morte que idas
na eroicidad, que tem entreposto,
afronta! |
porcionar, e comnosco estarão sem-.
para uma mãe ver partir um seu fi=|
Serviços industriais
A repartição tecnica da diretção ge
ral do trabalho vai organisar uma es-
taristica dos serviços industriais do
pis, em que figurará, além do nume
ro de caldeiras e maquinas, ‘com as
suas caracteristicas, o numero de ope-
raros, respectivos salarios, condições
higiênicas das oficinas, etc.
Para aquele fim estão sendo distri-
buidos boletins a todas as fabricas,
oficinas e estabelecimentos que pos-
suem ma uinas, quer do Estado quer
de particulares.
Com aa anos?
Segundo vemos’na secção das «No-
ticias tocaiss da Alvorada, da sema
pá passada, faleceu em Taunton. Mass.
no dia zg-do mês findo, o português
José S. de Andrade, contando a boni-
ta idade “de 207 anos!
A cousa é úm’tanto fortesinha’!
Não seria engano do nosso ilustre
colega? . 5
Lá os 97, vamosse já não é mau.
O 2 foi! RG das IAEAEDTO erro de com-
posição.
Ainda se’o’morto assa Americano,
E dA mas português: Tó
rola.
Considerações
hxppid td ab st
O nosso presado colega — Brado
iG ele ANE o foreblica gm Fonta de
rações, fazenio-nos esta peferendia :
Artigo principal
«E! do nosso esclarecido colega Voz
da Beira, semanario independente e
orgão defensor dos interesses, locais
“| da comarca de Certã, o bem pondera-
do artigo—Considerações– que com a
devida Ver pubteaodas hojá em fun
do:»
Agradecemos-lhe.
|
Paços do Goncelho
“Constituo assunto nos centros de ca:
vaco do meio certaginense, a escolha
do: lótal aonde devem ser edificados
Os novos Paços do Concelho.
São varias as opiniões: o) antigo lo;
cal, a testa da |’raça do! Comercio ou
Republica, o Quteirinho abrindo se
reviamente a Avenida segundo o pro-
jecto do sr. Almirante Tasso de Fi-
gueiredo, etc., etc.
E preciso, pois, reflectir é sacri-
A testada Praça, é, porem, o local
para onde convergem quasi todas as
atenções. 9
Alguem, que muito se interessa pela
nossa terra pediu-nos para abrirmos
na Voz um: plebiscito sobre este as-
sunto, por ser palpitante e de interes-
se geral.
Acedemos gostosamente, e, ao dis-
por: de quem quizer manifestar a sua
opinião, sobre tudo os nossos patrícios
que residindo, fóra: do ‘meio alguma
coisa se interessam pelo torrão que
lhes serviu de berço, pomos asrcolu-
nas deste semanario.
Pela instrução
Por acordão do Supremo Tribunal
Administrativo. foi negado provimento
! no recurso, interposto pelo. Inspector
escolar deste circulo, da sentença da
auditoria deste districto que desaten-
deu a reclamação do mesmo Inspector
contra a nomeção de Francisco Alves
Catarino para professor da escola do
Alvito, freguesia de Sobreira Formosa.
Um decreto… sobre jor-
nais
Uma medida que vai ser adoptada
pelo; governo; diz respeito aos jornais
e é moldada na ultima lei francesa;
congenere. :
Vamos ter portanto jornais mais pe-
quenos e, o que é mais extraordinario
> sep D 01 ] rs
fu po) RS aeeiaão PrúnEBlea db ejneS
com o noticiario Padbrido:
Petroleo e milho
Q governo acaba de decretar que o
petroleo. seja vendido ao preço de 169
réis o litro, e o milho a 950 cada 15
quilos ou 20 litros.
Resta saber se os produtores e de-
tentores estão pelo ajuste.
Dr. Antonio Silva
Tivemos o prazer de abraçar nesta
vila o nosso velho migo sr, Dr. An-
tonio Dias, da Silva, distinto tenente
medico, na capital.
Dr. matos Rosa
Regressou à metropoles tendo já vi-
sitado sua familia em Sobreira Formo
sa, o sr, Dr. Matos Rosa, tenente me
dico que fez parte da expedição agora
chegada de Moçambique.
Que todos se compenetrem dos
ficarmos no altar veneravel da Pa- seus deveres, porque o momento
tria todos os meios: ao nosso alcan-:
ce para que ela continue a ter o
merecido conceito entre as 5 nações
livres,
supremo que breve se aproxima
exige a maxima ponderação, calma
e patriotismo!..
Francisco feria de Carvalho.rancisco feria de Carvalho.
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TEATRO «TASSO»
Com as duas noites de Carnaval
coincidiram os dois ultimos espectacu-
los realizados no. nosso teatro, onde
mais uma vez os amadores que neles
“tomaram. parte nos deleitáram com a
“sua boa apresentação,
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Sem receio de favoritismo podemos
afirmar ter sido mais um pretexto pa-
ra se evidenciarem, na plenitude da
arte, amadores ha muito consagrados
como verdadeiros artistas.
Assim, a comedia Siluação compli-
cada, que nos dois dias fez o encanto
da plateia, teve por parte dos seus in-
terpretes um de-empenho completo,
atingindo por vezes a situação comica
o seu mais alto grau.
D. Hedviges Ascensão parece ter
confirmado no papel de Rita as nossas
apreciações, quando ha tempos aqui a
admirámos nos seus papeis de centro,
onde se -requere gravidade«e circuns
pecção. Harmoniza se aquele genero
. com a sua voz fraca e cansada, ainda
que uma ou outra vez o farol da proa
lhe desminta o peso dos anos. D. Bran-
ca encontrou-se à vontade no seu ge-
nero predilecto e deu nos uma Gabrie-
la elegante, cheia de vivacijade e mi-
mo. Tem a desenvoltura propria da
sua idade, o que ajudado já pelo seu
jogo fis’onomico, amoldavel às circuns-
tancias da sua personagem, lhe come
ça a dar maior relevo dearte. Bernar-
do de Matos sempre correcto no seu
papel de galan. Ajula-o a apresenta-
ção distinta e o metal de voz sonoro e
pausado. k
Frutuoso Pires, apesar de só à ulti-
ma hora tomar conta do papel de Ar-
naldo por impedimento de Henrique
Moura, bem como Carlos Ascensão,
encarregado. de substituir Francisco
Moura, logram iludir a perspicacia da
plateia sem que uma unica gafe os
comprometa ou eles: comprometam o
«desempenho geral da peça. Frutuoso é
bem um poseur e Ascensão dá-nos a
ideia dum velho lobo do mar onde na-
da é postiço, desde a côr torrada pelo
sol dos tropicos até à inflexão de voz
com que caracteriza as varias expres-
sões da faina de bordo. Em ambos
houve a compreensão nitida dos seus
personagens. Augusto Rossi, como um
velho padre mestre da scena, logrou
com O seu alter ego; Antonio Barata,
as honras ‘de desp:rtar no salão a hi-
laridade completa. Rossi, como criado
tanso, e Barata, como provinciano.
amoroso, tiveram lances admiraveis
onde o comico subiu ao rubro. Com
preenderam a situação e com agrado
do publico a souberam explorar à’von-
tade.
Admiravel de bom desempenho foi
a cançoneta A Rir por Antonio Bara-
ta, Temse a impressão de estar na
BSS SERPRo IM ANA Gatorade BapAue
mente à rir, sem que se percebesse
quasi nada do sentido da letra, por
vezes escabrosa, soube elevar a pla
teia á meior tensão da gargalhada. As
risadas salam-lhe naturais, exponta
neas e nervosas num afloram nto de
perfeição tal que não duy damos dizer
ser esta a sua melhor coroa de canço-
netista consumado. Simplesmente um
primor. :
No dueto comico Zé da Horta os mes
ninos Fernanda Seabra e Antonio An-
drade viveram ensejo de mais uma vez
nos revela;em a sua competencia mu-
sical e scenica. Fernanda Seabra bem
-caracterisada de minhota e Andrade de
aldeão constituiram um par interessan
te a que coube a honra de pôr o fecho
no espectaculo de domingo.
Não menos interessante foi a recita
de terça-feira que abriu com a come-
dia Situação Complicada que acima
apreciamos e que neste dia não teve
desempenho interior. j
“Com agrado do salão voltou a ter
as honras do aplauso, em substituição
de 4 Boneca o dueto A Passa e o Fi
go que ha um mês fizera já as delicias
dos mais exigentes no genero. Mimi
Pires e Nuno Ascensão são bem dois
velhos pigmeus. Ele microscopico a
sumir-se nos ultimos assomos da ve:
lhice e ela não menos alcançada dos
1
VOZ DY BEIRA
anos, mas mais garrida e presumida
dão-nos à impressão real dum namoro
de anões.
Dão hon’a ao ensaiador que deve
estar satisfeito na partilha que teve
nos aplausos. o Ê
A pedido, Mimi Pires, a precoce
actriz de 6 anos, faz ainda o monologo,
da autoria paterna, Em segredo…
no que foi consumada de graça. O pu-
blico exigiu-lhe varias repetições que
serão por muito tempo o melhor lau-
rel do seu trabalho;
No Namoro Engraçado Hedviges e
Branca Ascenção voltam a econtrar o
seu lugar em papeis que lhes ficam a
caracter. Hedviges é bem uma avosi
nha onde ainda ha umas reliquias de
amor prestes a incendiarem lhe as pai-
xões, e Branca é a desenvoltura em
pessoa, como convem a uma menina
enamorada, farta de aturar as rabugi
ces duma avó surda
Bernardo de Matos foi bem um ga-
lan atrevido que salta janelas para se
encontrar com a sua noiva e que sabe
disfarçadamente iludir as pesquisas
paternas Barata e Rossi sempre os
mesmos. Se um é miope e sabe im-
por os seus direitos de pai para que
se lhe restitua o filho, O outro é um
surdo aborrecido que com seus troca-
dilhos de palavras faz um belo pendant
com D. Hedviges.
Tanto a primeira comedia como cs-
ta agradaram e pode-se dizer foram
escolhidas á justa para a ocasião pro
pria.
Belo de efeito e criteriosamente es-
Colhido para final do espectaculo foi o
dueto Amor e Guarda. D. Bianca As,
cenção e Royssi teem ali a sua coroa
de gloria. Foi um triunfo onde os ama
dores. excederam os maiores artistas.
Simplesmente um encanto e quasi na-
da. um prodígio, um assombro, um
arroubamento! Foram bem a alma
consumada de dois artistas“de raça e
ambos iguais no valor e na graça que
se mediram em. extasis de perfeição,
sem que houvesse uma gafe, um des-
falecimento, uma sombra !
Simplesmente admiravel. Não nos
cansartamos de ali estar por muito
tempo naquele alheamento das cousas
e do mundo, aplaudindo e reclamando
o prolongamento dum tal espectaculo.
E” assim a verdadeira arte; arrasta e
fascina os que a contemplam. Para ela
não ha ideia de tempo nem de lugar;
é o momento, é o extase arrebatador.
Do frenesi com que o salão aplaudiu
o desempenho são prova as varias re-
petições a que obrigaram os dcbutan
tes. Ele um. soldado esfusianie e es-
queletico e ela donairosa e ladina, com
todo o requebro duma sopeira amoro-
sa; bem mereceram tudo que se lhes
fez para seu triunfo c glor’a da arte no
nosso teatro.
tadsNQU pm CNAS Are POP aPRE:
zes se venha a repetir o encantador
dueto que, em nosso fraco entender,
ficará sendo a verdadeira coroa de dois
artistas.
*
De fora da Certã lembra-hos terem
vindo ás duas récitas os srs. Joaquim
Ferreira Guimarães Lima, esposa e fi-
lha; Joaquim Pestana dos Santos, es-
posa e filho. Inacio Fernandes, esposa
e filha, Acacio Macedo, esposa e fi-
lhos, D. Virginia Baprsta e D. Laura
Baptista, Joaquim Pedro da Silva,
Francisco da Costa Mouga, José Alves
Correia, P.º Izidro Farinha, Braulio de
Lemos, esposa e filhos, José Antonio
Fiel e esposa, P.º Guilherme Nunes
Marinha, J. Ribeiro Gomes, Viriato
David e Silva. José David e Silva e ir-
mã, Simões Junior, Alfredo Vitorino e
esposa, Hermínio Quintão, dr. Womin-
gos Lopes e esposa.
»BoDSEc |
Campo de Giprestes
Em Oleiros faleceu a semana pas-
sada, a sogra do nosso prezado assi-
nante e-amigo sr. Antonio Alves, mui-
to habil S-cretario de Finanças, pelo
que lhe apresentamos as nossas since-
ras condolencias,
DO MEU RETIRO
CARTAS
IRENE
Escusado será dizer-te que me sur-
preendeu bastante a demora das tuas
noticias.
Julguei que estivesses incomodada,
mas tal não aconteceu, felizmente. —
Antes assim,
Dizes que nestes últimos dias tens
tido frequentes visitas, não podendo,
por isso, dispor de tempo para escre-
ver-me. Acho muito razoável a descul-
pa, e por consequência não posso nem
mesmo devo recriminar-te. Bom. — Va-
mos ao que mais interessa.
—Na tua ultima carta deste-me a
tua opinião sobre as ideias, o modo de
ser intimo e a forma de escrever de
vários autores que tens lido,—tanto
portuguezes como estrangeiros.
Entre muitos citaste-me Paulo Man-
tcgázza, acêrca do qual me deste im-
pressões um pouco desagradáveis. *
Dizes que não simpatizas com tal
autur;—que pouca admiração te mere-
ce, porque vê e analiza as coisas por
um prisma muito especial! — Franca-
mente, Irene!’—não sei que razão te-
nhas para fazeres de Mantegizza um
tão desagradavel conceito :
Por ventura, dentre todos os auto-
res?que tens lido, já encontraste algum
mais positivo, mais prático, mais rea-
lista do que este?—Como todos os au-
tores, Mantegazza é um produto do
seu tempo, —é um reflexo nitido da
época em que viveu.
—E’ um fisiologo, um optimista, um
crente, um observador prático.
— Descreve-nos desassombradamen-
te, com uma precisão irr-preensivel,
todos os vicios do seu tempo, todos
os defeitos do século em que viveu, —
as táras, a hipocrizia e requintados
costumes duma sociedade que tão ad-
mirávelmente obervou e estudou. —
Numa palavra: —descreve nos o luxo, a
leviandade e o modo de ser intimo da
raça latina.
Mantegazza concebeu a vida como
nem todos a concebem.
Era extremamente prático, metodi-
co, positiva.
Animado pelo ideal sublime do tra
balho, —acalentado pelos efluvios sua-
vissimos do amor, e iluminado pelo
fanal augusto da esperança, —pela scen-
telha da felicidade, Mantegazza encon
trou na vida, prazer, ternura, suavida-
de e encanto!
Todavia soube reconhecer, estudar
e recriminar todos os vicios e defeitos
duma sociedade corrupta e degencrada.
—Tratando da mulher, por exemplo,
Mantegazza sabe reconhecer-ihe todos
PU E b É
contudo, dê apontar lhe” a fraquezas a
leviandade, os defeitos e costumes que
a desdoiram e pervertem!
— Seria por isso que me disseste’não
simpatizares com ele?!—talvez, Porem,
se relectires um pouco e penetrares
com critério na verdadeira importancia
das coisas, acabarás por concordar
que Mantegazza foi um excelente es-
critor. li 1
Adeus,
Cumprimenta-te respeitosamente o
que te dedica sincera amizade
M. Correia da Silva
CARNAVAL
Passaram, como era de esperar, sem
alteração na ordem: publica, os três
dias de carnaval.
Cumpriram-se á risca as determina-
ções administrativas; o carnaval foi
marcado apenas no calendario, De res-
to foram três dias consagrados a… a
nada. Nem ao menos, por parte dos
irmãos do S. Martinho, se marcou a
passagem do carnaval por esta vila.
Nunca vimos, desde que nos conhe-
cemos, coisa tão chouxa !
— Está nesta vila de passagem para
a sua nova comarca, O sr. dr. Nunes
Correia, ultimamente colocado Juiz em
Benavente.
—Regressou a Oleiros, o sr. Adrião
Madeira Gonçalves.
—Com sua esposa regressou a sua
casa nesta vila, o sr. Antonio Joaquim–
Simões David.
— Esteve em Lisboa, tendo já re-
gressado ao Mosteiro de Oleiros, O sr.
José Martins dos Santos.
— Passou o Carnaval com sua fami-
lia nesta vila, a sr.” D. Clotilde Bran-
dão Lopes, esposa do sr. dr. Domin-
gos Lopes, facultativo em Pedrogam
Pequeno.
—kegressou a Lisboa esta semana,
o sr, Viriato David e Silva. |
—Está já na sua casa na Celada, O
sr. Joaquim Pestana dos Santos.
— Esteve em Coimbra com sua es-
posa e filha, o sr. João de Albuquer-
que.
—A passar o Carnaval em compa-
nhia de seu filho Higino, esteve tam-
bem em Coimbra o sr. dr. Gualdim
de Queirós e esposa.
—Com seus filhos, passou o carna-
val em Alvaro, o sr. Eduardo Barata
Correia e Silva, escrivão-notario nesta
comarca,
—A passar os dias de carnaval com
sua familia, o sr. Joaquim Barata Cor-
reia, aluno do liceu de Castelo Branco,
— Tem passado incomodado de sau-
de o sr. Joaquim Afonso Junior.
— Partiu para a Figueira da Foz, a
assumr O seu novo cargo, o sr. P.ºJo-
sé Farinha Martins. ns
—O nosso assinante sr. José dos,
Santos, da Guarda Nacional Republi-
cana (Olhão) foi submetido-4 exaine
para’ 1.0: cabo, ficando aprovado com
distinção. ]
Parabens,
Durante a semana vimos na Certã,
os nossos assinantes srs.: Antonio João,
Joaquim Vicente Farinha; Manuel Nu-
nes, Antonio Cristovam Gaspar, An-
tonio Pedro» da Silva, Jaime Pedro da
Silva, Antonio da Costa Mouga, P.º
Antonio Fernandes Martins, P.º Fran-
cisco Matos, P.º Alves Pereira, José
de Oliveira Tavares Junior, Í
Aniversarios
Fazem anos; í 2
No dia 22 a sr.*’D. Maria Madalena
Correia e Silva e o sr. Eduardo’dos:
Santos Campino. q
No dia, L de Março, a sr.º D. Isaura:
Nunes
Parabens.
,
«A BEIRA BAIXA. |
Visitou-nos o primeiro numero dês;
te. prezadísssimo colega que iniciou a
sua publicação em Castelo Branco,
Apresenta-se, como era de esperar,
dada a competência do seu corpo: de:
redacção, belamente redigido:
E’ um jornal de carácter monárqui–
co, como: em tempo noticiámos, e, a!
bem da sua causa mostra-se destinado:
a ser um instrumento de valor na óbra!
de propaganda que os seus correligio-
nários pensam efectivar no nosso: dis+
trito, j 1 ud
Parece ser, com efeito, e assim fo’,;
noticiádo o seu aparecimento, um je F-
nal popular que pelos seus merecin cn-
tos próprios deve ser bem aceite cm
todos’os lares a que presidam DO”‘mens
de bem que ainda tenham fé x, | redén-
ção da Pátria, E 1d
Cumprimentamos 6 nojo ,olega na
pessoa de toda D seu corpo . redatorial
e nomeadamente na dos nosá .os velhos
amigos srs, drs. Silva Faia e Ribeiro
Cardoso, vral
«A VOZ DA BEIRA» procurará
manter com o novo colega as mais
francas relações de boa c ar iaradagem,
desejando-lhe’ uma longa ida,
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“Correspondencia de lisboa”
E q | simina
infra Senhora, |
dis :
; 64 3
Prestavel, sempre, a quem lhe peça acolhi-
mento, a dignissima redacção deste jornal cor
responde fidalgamente aos nossos elevados de-
| EM signios. .
Ê Muitos) agradecimentos. |
I
E
Ê
F
Os nossos amigos da Tipografia é que, de-
bruçados |sobre estes hicrogufos satanicos,
sobre estes arabescos infernais, me fizeram
diabruras sem conto, na carta da semana finda,
4 Mas… que quer!… eu já fiz exame de Ins-
< trução primaria há tanto tempo |… depois, o
liceu, a Faculdade, o Magisterio, tudo se com-
binou para me fazer esquecer a boa caligrafia…
De ortografia, não digo nada… Hoje quem
Conhecimentos uteis
Para limpar as pipas
Se algum. casco tiver azeite e qui-
zermos limpa-lo, basta deitarmos den-
tro dele, por cada hectolitro da sua ca-
pacidade, 500 gramas de cristais de
soda dissolvidos em: 5 litros de agua
a ferver. Agita-se a vasilha com esta
mistura rolando a e voltândo a ‘ora so-
bre um ora sobre outro dos seus dois
tampos: o sal da soda forma com os.
residuos do azeite um sabão soluvel
que algumas horas depois se deita fóra,
bastando que depois se lave com agua
me dá lições é a minha cozinheira ; e se visse
a maneira doutoral, catedratica, com que ela –
me diz que cu não sei escrever… á moder-
DAR SRA iu
l umaverdadeirá calamidade CC”
E ‘O-que-vele é-que ela tem muita paciencia: |
Com tempo-e algum geito;—que é neste ca-
so à minha boa vontade, —hei de chegar à es-
Gistas somo E er e segundo a taboleta
a merceafi à da esquina qu o quadro do
de mitabh E Tedopão da Rua Saraiva de
Carvaiho. É ç
Perdão; estava agora julgando que a tinha
ao Pé de mim dada dhe a finel V, Ex.
está longe é e gi içado sobre alguns
quartos de ERA EO sau oito FAS
do assunto, com tanto que tinha-para lhe di
zérrar aa AR A í
Emfim, V. Ex.: desculpará:= “0 =
Apesar de me encontrar há 4 dias em poder
da mais assoladora grippe, eu memorava com-
Ppgiianente o mumero: infinitorjde | pensa:
ntos escolhidos, para uma senhora distinta,
por um verdadeiro Poeta um sensibilissimo
Aa quem apenas falta o gênio evocador
de Antonio Nobre ou a graça fluentissima de
Júlio Diniz, para ser considerado Eleito entre
os maiores… im
“Pelolmenos o Gerio da Desgraça não me
falta, ígual ou maior do que desses grandes
mica: cê dê –
eixemos, porên, ma] ag-sem idas para in-
timas confidenciade = PETER
screvo-lhe, mui alta senhora, em pleno
-2A feira! gorda. (o à
– — Não quero apresentar-me de travesti porque
o governo proibiu quaisquer manifestações fo-
lesddstias C-asG!yo Le ; 2 E br)
Sou mesmo, ta) vez, demasiado tristonho para
conste prio pla igtacejo de. for
A Reis emtúsidamo! os outros “Quanto a
mim, tarde virão se não passaram já as horas
| vividas de alegres entúsiasmos…
a Lisboa adormece ao som do Fado do Ganga
co MEDIA, bath | AM
– conti s ! 1
aê dear eo aa bh E o
Ê – deixam docmic ninguem: salvo. elizes a
quem a ofensa do plesent não
* dei rdoados.. E Ei
y. rd tada imith
festa-se agora, directamente, para todo o país,
jum jornal da tarde, belamente orientado, bri-
antemente dirigido:— 4 Monarquia. r.
mais uma prova frisante do esforço per
tinaz, dá consciência altiva; dum prupo de no-
‘os, que pensam conforme as lições da Histo-
ria que é preciso formar caracteres, orientar
“vontad despertar energias, Pa que a ener-
ia da desperte, é Portugal possa acor-
taro proximo ou distante; (para o
é Os seus redactores io sem vista o
factor tempo é indispensavel)… ;
! ho Rocio “isto e pelo muito que V. Ex.
con, ser este um facto da civilização lis.
É :
merece; registo. +11 Ê
poodienaea
Ssbegemo, gd etodiea E
fendesse sm bm p Sá Edy
“Não extranhará porta tes ad relerir-
órgão brilhantissimo do Integralismo Lu-
fano que hóje não são já apenas os seis dis
“tintos cerebros que o representam, na presen-
ca de tal facto, eu regonde a isua obra lvastis-
ima e valiosa desde a Nação Hortuguesa às
uito conhece pelo volume da Questão Ibe-
ica que me pedig-s eu, ha, muito, devidas]
nente re,
ado lhe reimeti. r
; cia “factos, estaicarta deve agradar-lhe.
Davi
q
B
ousa deu-nos hontem mais uma im-
maravilha musical com o seu festival
elho- tenciona encantar-nos com a
cana de 200 executantes,
pio gsnuida,
nto a, faz o seu Rei
o Corrente ano, ‘nd sálão
[if pol
ul dm
1 e
Que saudades da voz mericulosa desse gran-
le. genio mus.cal; discipuia da insigne profes-
sora,a joven Emilia Rodrigues! ..
Como o Rope passal… Como ele trans-
forma as coisas c as pessoas, mudando os tem-
pos e os ventos! ‘
Tão longe, no Rio de Janeiro, ao trato das
ro) coisas humanas, na ardua luta pela vida quem
era um anjo para viver nas delícias dum. ver-
dadeiro Paraizo!… ;
Adeus, minha querida amiga; a dor cega-me;
transfigura-me a saudade; temo dizer ue mais
o que seria extraordinário para. mim se -po-
desse dizer menos…
Adeus, Beija vos na fronte, religiosamente,
“Conferencias da Liga-NavabquesVu Ex. já há po;
fria comum e uma corrente de ferro
dentro, repetidas vezes. Tudo o que o
casco tiver de oleoso desaparéce assim.
“Se se tratar dum” pipo que tenha
contido aguardente -de–anis ou – qual-
quer outro licor de gosto penetrânte e
perfumado, como as essências com
que | esses liquidos são prepárados se
apgarram’á madeira, impregnando-a’por
forma que as lavagens ordinarias não
conseguem eviiar que sempre esse
gosto apareça nas outras bebidas que
ali se envasilhem, é preciso fazer en-
-trar dentro do pipo um jacto de vapor
de agua a ferver durante uns 40 minu-
tos. A agua que resulta da condensa
ção do vapor vai escorrendo para fóra
é basta, depois lavar com agua cumum,|
repetidas vezes, o barril.
dd | BB.
“Por ter sido mandado regressar ao
seu regimento de infantaria 21, para O!
efeito de mobilização, deixou o coman-
do-da secção da Guarda Nacional Re-
publicâva desta vilas o!st. tenente Bar-
gão, -que-partiu-já-para Castelo Bran-
co; aifim de fazerra: suaapresentação,
uh fts ho njmaisi
ISINHEIROS
| Pela secretaria da guerra foi expe-
idida” uma | circular, mandando” fazer
convite aos cabos e soldados das tró-
ipas activas e de reserva e territoriais
‘que sejam cosinheiros e ajulames de
icosinheiro, desde que paru issó se en-
icontrémdevidamente habilitados, para
com tal fim irem servir junto dos quar-
teis generais do corpo expediciónario
português, tendo direito à subvenção
de campanha fixada para ós’sárgentos
122 pagos à familia é 40 francos em
França). Dos “oferecidos deverão sér
enviadas áquela secretaria relações em
separado pata cad4 uma das referidas
tropas, ficando expressamente proibi-
do mencionar has relações praças que
façam parte das unidadas pertencentes
Os ORNE ARE 4 ‘
“As relações das praças pertencentes
ás tropas activas devem ser, enviadas
à secretaria da guerra tom ‘á maior
brevidade; x 1d
ê (1 passe
– Serviço de incendios
+,» Na sua cronica certaginense inserta
no nosso presado colega—A Beira Bai-
RA cu proposito do incehdio dos Pa-
igos “do Concelho plebe O cronista
Ig erfer fici, “dado o espirito de de-
dicação e de sacrificio de queos filhos
da Certã repetidas vezes teem dado
rovas, à montagem de um serviço -de
incendio, e, lembra-.tambem que se a
imprensa local tomasse uma tão util
iniciativa, certamente lhe não faltaria
aut dadeD os generos —
Quanto à nós, temos a dizer qué o
gire, ronista não é por certo nosso |
| porque se o fôza havia de ter
lido varias locdis e até alguns artigos
i is que temos dedicado ao as |
sunto,
Até já por iniciativa dum bom filho
da Certã, se abriu nas colunas da Voz
uma subscrição que rendeu 3211000
réis e com os quais o mesmo iniciador
adquiriu uma magnifica boraba em be
lissimas condições, que por sinal acaba
de chegar á estação de Paialvo, onde
aguarda que possa ser transportada
para esta vila.
Uma coisa de que a imprensa local |
DV voZDA BEIRA
ER Manuel Ferreira David
deve tratar, € que O ilustre cronista tam: |
bem lembra é de chamar a atenção á Ca-
mara Muncipal, visto estar-se tratando
da edificação dos Paços do Concelho,
para adjunto ser edificado ‘o quartel de
bombeiros pois que esta corporação
vai constituir-se estando já disso en-
carregada: uma comissão eleita numa
reunião que teve lugar há meses no
Teatro desta vila.
SECÇÃO RECREATIVA
Novissimas
A parenta tem apelido de estação
—a—2. “js sá
Nota: vio animaln sta valeta—i—a.
a Bravo.
A nesga dos vestidos oferece uma
porção de cousas enfiada—2—r.
Concluzão: o grito forte é agaloa-
do—i—a.
; “Rei-Luar.
Electricas
O animal está no cume—a.
Para, deante, para traz sempre ves-
tuarios—3.
” Bravo.
Recebcr as visitas nos flancos—2.
Ás direitas eás avessas pancadas—3.
Maria Lina.
Decifrações do ultimo mo
Aroma —amora. — Lina —anil. —Via-
na.— Ilhavo,—Cascata—Despota.
‘ Vila de Rei, 13-2-917
Andam os “agricultores deste cónce-
iho algo preocupados: com a’devasta-
ção encontrada nas suas propriedades
cultivadas, originada pela abúndancia
da caça de todas as raças.
Nem os pequenos: quintais à dentro
das pavoaçõ:s são poupados’ á devas-
tação, pois até aí chegam os animais
roedores.
“Sabido como é “de todos que este
concelho tem uma percentagem de ter-
vas de cultura inferior a noventa por
cento relativa à área do concelho, por-
is não. se presta a cultura, são
“as preocupações e justificados
até 08 | protestos: que vemos: esboçar
um pouco encobertamente, por em
quanto. k
E indispensável e inadiável que al
guem pense remediar o mal que está
fazendo a esta região a lei da caça.
Exigem No,9s. interesses do, concelho
on cult à Cima Municip? UTepre
sentar os povos € a Administração do
Concélho a representar-o governo, a
cujas entidades apresentamos esta re-
clamação. W
Voltaremos ao assunto que merece a
nossa especial atenção. »
— Tem passado incomod do nos seus
padecimentos, não saindo ha muito de
casa, o sr. José Joaquim da Silva Ne-
ves, rico proprietário, da – Boafarinha,
por cujas melhoras fazemos sinceros
votos..
—São esperados nesta vila, amanhã,
asr.* D. Rosalina de Moura Neves eo
sr. José Antonio Marques que foram a
Lisboa assistir á operação a que foi
sujeitar se sua sobrinha e filha a sr.
D: Maria Amália Neves Marques:
* —Voltou o inverno e o frio que tem
sido dy gelar as veias. Não há lenha
que supra a falta de gordura,
ATODOS INTERESSA SABER
que o melhor café torrado ou moído
assim como todos os demais artigos de
mercearia se vende em Lisboa, na Vi-
la Nova Estefania F. F- A.
Pedir tabela de preços a
JIJ. MARTINS
– ANUNCIO
Comarca da Ceriã
t.* publicação
Pelo Juizo de Direito da Comarca
da Certã e cartorio do escrivão do ter-
ceiro oficio nos autos de inventario or-
fanologico a que se procede por fale-
cimento de José Maria de-Lemos, mo-
rador que foi no lugar do Pampilhal,
freguesia de Sernache, desta comarca,
correm éditos de trinta dias a citar os
co-herdeiros Jasé Maria Marques, ca-
sado, auzente em parte incerta no Es-
tado do Pará, da Republica dos Esta-
dos Unidos do Brazil e Antonio da
Silva Lemos, casado, auzente em-par-
te incerta em Africa Ocidental, para
todos os termos até final do mesmo
inventario sem prejuizo do seu anda-
mento.
Certã, 16 de Fevereiro de 1917.
O Escrivão,
Eduardo Barata Correia e Silva
Verifiquei
O Juiz de Direito
Matoso:
ANUNCIO
2.* publicação –
Pelo Juizo de Direito da comarca da
Certã e cartorio do 4.º ofício a cargo
do escrivão David, correm seus ter-
mos uns autos de inventario orfanolo-
gico por óbito de José Farinha, mora-
dor que foi no lugar das Sesmarias,
freguesia do Pezo, desta comarca,-e
em que é inventariante cabeça de ca-
sal a sua viuva Justina Pires, tambem
conhecida. por Justina Maria, residea-
te no mesmo lugar; e nos mesmos antos
correm éditos de trinta dias a-contar
da segunda e ultima publicação deste
no «Diarioido Governo», citando os
interessados Manucl Farinha e sua’mu:
lher Maria José, auzentes em parte in:
certa na America do: Norte, para as
sistirem a todos os termos do mesmo
inventário, deduzindo nele todos“os
seus direitos, querendo. ;
Certã, 7 de Fevereiro de 1917.
O escrivão.
Adrião Morais Darid
Verifiquei
O Juiz de Direito”
Matoso
ANUNCIO
2.º publicação
Pelo juizo de Direito da comarca’da
Certã, no inventaz’y orfanologico de
Joaquina Maria da Mata do Vergão Ci-
meiro, freguesia de Próença-a’Nova,
desta comarca, correm éditos de’trin-
ta dias, a contar da segunda publica-
ção no «Diario do Governo», citando
o interessado Padre João Antonio Fi-
E Ban fr BUG BR Toi rate dE:
do inventario. i
Certa, 3 de Agosto de 1910.
O Escrivão do 2.º oficio
Francisco Pires de Moura
Verifiquei:
“O Juiz de Direito
Matoso
TRAPO DE LAN
Compra-se a 180 réis desforrado e
a 140 réis forrado.
Pracana E
R. Candido Reis,— CERTA.
CAIXEIRO OU SOCIO
Ainda empregado e com algum ca-
»pital. Carta a esta redação A. B. €.
moema ini pi rme
ALTAS, ABAILULAS
DA
Fabrica do Tramagal
PREÇOS DA FABRICA
Vende:
Martins Cardoso & Comp. Limit,”
GERTÁ
GERTÁ
@@@ 1 @@@
Agua DA Foz DA CERTA
A Água minero-medicinal da Foz
da Ceriã apresenta uma composição
quimica que a distingue de todas as
outras até hoje usadas na terapeutica.
E” empregada com segura vantagem
na: Diabeles—Dyspepsias —Catarros
gastricos, putr; idos ou parasitár 105;—
nas preversões digestivas derivadas
das doenças infecciosas ;—na convales-
censa das febres graves;—nas atomas
gastricas dos diabeticos, tuberculosos,
brighticos, etc.;—no pastr icinismo dos
exgotados pelos excessos ou privações
etc.; etc.
Mostra a análise batereologica que a
Agua da Foz da Certã, tal como se
encontra nas garrafas, deve ser consi-
derada como microbicamente pu-
ra não contendo colibacitlo, vem
nenhuma das especies pathogeneas
que” podem existir em águas. Alem
disso, gosa de uma certa acção micro-
bicida, O B. Thyphico, Diphterico
é Vibrão cholerico, em pouco tem-
pe nela perdem todos a-sua vitalidade,
outros microbios apresentam porem
resistencia maior.
A Agua da Foz da Certã não tem
gazes livres, é limpida, de sabor leve-
mente acido, muito agradavel quer be-
bida pura, quer misturada com vinho,
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abordando todas as formas dos conhe-
cimentos humanos, acaba de tomar
uma, esplendida iniciativa, publicando
uma série de Manuais Desportivos e de
“Recreio, destinados a desenvolver en-
tre nós o gosto pela cultura fisica, o
culto da beleza plastica, o amor pelo
exercicio ginastico.
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do em poucas paginas toda a materia
referente ao desporto, em volumes de
64 paginas é destinado á descrição de
uma especialidade, separadamente, co-
mo: Defesa Individual. — Foot-Ball. —
Box francês e inglês. —Luta Greco-ro-
mana, — Atletismo. —Esgrima e vara-
pau, — Ciclismo. — Bilhar. — Desportos
pedestres, — Automobilismo, — Etc. etc.
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critos para. todas as camadas sociais,
são no seu caracter compendial e for-
mato portatil como que o vade mecum
do amador de desportos e de todos os
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temos presente, insere o Diário da Guer-
ra, de 1 a 31 de Março de 1916 e as
seguintes gravuras:
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dad; Orfãos servios chegados a Mer-
selha e dirigindo-se do cais do desem-
barque para o local do seu alojamento
provisorio. Destroços causados pelas
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Urna casa que ao derruir fez 10 vitimas.
Não se pode exigir mais, e é muito
de louvar a iniciativa desta casa edito-
ra, pondo assim ao alcance de todas
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