Voz da Beira nº152 18-02-1917

@@@ 1 @@@

 

AT, DS pç

 

bem.

Ano 3º.

 

onemar amem eres me

Rr na PRINCIPAL.

—Eipatono Pim Pires

ADMINISTRADOR E EDITOR:
aê Pedro Ramalhosa

Ródução o dedministração:
+ Qua Br, Santos Bulente

 

CERTÃ SEMANIARIO INDEPENDENTE
ano into Some ie | DEFEZA DOS INTERESSES DA COMAREA DA CERTA 72 | sas 4 Co Ta ao

Brazil, (fracos) 58000 rs. Avulso, 30 rs.

 

Propriedade da Empreza da Voz da Beira

PUBLICA-SE AOS DOMINGOS |

Noutro logar, preço convencional
Annunciam-se publicações de que se
receba um exemplar ?
Não se restituém os originaes

PAÇOS DO CONCELHO

Discute-se já largamente nos
pontos de reunião qual o local que
mais “convenha à construção do
novo edificio.

Sobre O assunto ha já duas cor-
rentes de opinião definidas: uma
guen que se aproveite o antigo lo-
cal; outra preconisa a sua transfe-
rência para ponto mais central Je
de mais importancia na topografia
da-vila, onde o novo edificio pos-
sa realçar e impor-se como séde
do municipio.

* Para este efeito aponta-se a tes-
ta da Praça, no sitio do Sólheiro
por ser hoje aquele local o maior lar-
godavila e onde coincide todo o seu
movimento. Para ele converge a
maioria das opiniões dos que se
interessam por esta questão, que
é justo seja decidida com criterio,
visto tratar-se do principal edificio
publico do concelho ali represen-

tado.

“Por nossa parte assim o enten-
demos tambem, pois tratando-se
duma construção moderna que se-
rã a materialisação de todo o mu-
nicipio e à que, por certo, presidi-
rá um ‘projectó artístico, é justo
consagrar-lhe o logar de honra da
ida )

– Assim O pede: a grandeza da ideia
he representa; porventurao maior
esteio sobre que se estriba o nos-
so grislho de Certaginenses.

as Sire an c as 49 EIS
são to “outras “do que eram ha
5o anos: Com o novo rumo que
as! coisas teem levado, a vila orien=
tou-se noutra direcção, marcando a
nova. praça o centro de actividade
da syila, e o seu ponto de maior
atractivos É ali o seu ponto de
maior consideração, Ali se operam

‘as mais variadas transacções co-

merciais, ali confluem as arterias
de comunicação com os concelhos
visinhos, ali convergem as ruas
principais, ali se reunem todos os
ajuntamentos populares, ali se exi-
Os divertimentos ao ar livre,
ali passam todos os cortejos civis
e religiosos, ali se glorificou o no-

vo regime, ali consagramos a me-
moria dum dos nossos benemeritos.

E? pois em nosso conceito o lu-
gar de honra da vila e por isso o
mais naturalmente indicado para
receber a honra maxima de possuir
os Paços do Concelho.

Não basta que uma dama pos-
sua e ostente joias de subido va-
lor; é preciso que as saiba dispor
por forma a ostentarem o brilho e
realçarem-lhe a beleza, Ora nós
não sabemos de joia de mais su-
bido quilate com que se envaide-
çam as nossas aspirações do que
este padrão sete vezes secular, fon-
te e origem de todas as nossas re-
galias entre os povos que nos cir-
cundam.

Não a tratar com esmero ou
amesquinhál-a na honra que ela
merece, como macial factor do
nosso engrandecimento, será que-
rer desmerecer no conceito de es-
rentes:

A. Certã, que deve em grande
parte o que é o ser séde munici-
pal, não pode nem deve na ocasião
presente orientar-se por outro/cri-
terio sob pena de cometer uma
monstruosidade que’ os vindouros
acerbamente condenariam.

Esqueçamo-nos dos interesses
que uma tal escolha vai deslocar,
para’ nos lembrarmos sómente de

dis pisso vai a suprema honra da
vita € e u Beleza mer a]

E “tempo de deixarmos de an-
dar a reboque das conveniencias
pessoais como infelizmente tantas
vezes tem sucedido.

A questão não representa bair-
rismo nem como tal deve ser tra-
tada, e praza a Deus que esses con-
denaveis processos de entravar os
melhoramentos locais ficassem pa-
ra sempre sepultados nos escom-
bros do velho edifício. ]

A nova construção deverá ser o
começo duma vida nova em tudo
digna, não só da alta instituição |,
ali representada, mas ainda dos
povos que comnosco ali hão de
ter representação,

PER Predios devoluto

“Os pisca que tiverem os seus
predios devoluto durante um ou mais

“meses do ultimo ano, devem apresen:

tar as suas reciamações até 31 de Mar-
ço proximo, na-secretaria de finanças,
requerendo: que lhes sejam passados

“titulos de anulação pela contribuição

predial respeitante ao tempo em que

“os predos «stiveram devoluto.

Ficam assim avisados os contribuin-

tes para que não de xem de fazer as
reclamações,

Foi exenorado de secretario do dis-
trito de recrutamento n.º 17 em Beja,
e colocado sub chefe do distrito de re-
erutamento n.º 28 em Figueira da Foz
o nosso amigo sr. capitão José Farinha
Martins.

Felicitamo-lo, .

Onde mais se vive

Está em adiantada organisação a es-
tatistica de longevidade, trabalho-cu-
rioso que’pela primeira “vez se executa
no nosso país. :

Por “ele se ficará sabendo que havia
em Portugal, á data do ultimo recen
seamento, com mais de 80 anos, 52.783
individuos, sendo de 80 a! 85 anos,
a5:410; de 85 à 95, 10:941; de go 95
4:545; de 95 à 100, t:492, e’de mais
de 100, 38

Prova-se por-estes numeros que: Por-
tugal é um dos! piises ‘onde mais se
vive, € averigua- -se pela estatistica em
questão quais são os pontos onde mais
velhos se encontrar:

Encomendas postais entre ame-
tropole e as ilhas

Em consequenca das dificuldades de
transportes entre a metropole e as ilhas
adjacentes, ou entre as mesmas ilhas,
vai ser publicado pelo ministerio do
trabalho. um decreto acrescentando ao
artigo 38º do regulamento para o ser
viço de encumendas postais e interna,
cionais ap: gov ado por decreto de 22 de
agosto de 1911, 0 seguinte: a

Ess- praso será de ‘go dias’ iquáfido
se tratar de encomendas trocadas *en-
tre O contin nte e as ilhas adjacentes,

ou entreas mesmas ilhas,
Azeite

Tem continuado a vender-se “por
3:100 réis o alqueire de solo uzei

te até um grau de acidez, *

Aos capitalistas e ládus-
triais 8

As pessoas que-tinham, os seus ca-
pitais mutuados e manifesta ‘os na se-
cretaria: de finanças déste concelho,
devem apresentar, ao respectivo secre
tario os seus titulos para ser confeccio-
nada uma nova matriz de decima de
juros.

Os «industriais, que durante o ano
de 1910, cessaram com as suas res-

ectivas industrias elique; haviam já
à toa devida! participação naquela:se
cretaria, devem voltar-de novo-a fazel-a
para- evitar que venham-a sercoleta,
dos! no corrente ano e não possam
uzar dos meios de Roda GH)

Industria sidorurgica

Na camara dos deputados! foi apro-
vado o. projéto que estabelece a indus-
tria siderurgica em Portugal.

Desta iniciativa pódem resultar im-
portantissimas vantagens para o nosso

ais e é de louvar que esta c outras
industrias se desenvolvam. Portugal
carece de tornar-se um pais de traba-

lho, de muito trabalho. Ele possue to-

das, as, condições para. o ser, tendo-lhe
até Hera faltado as iniciativas. Mo-
vam-se!

Milho

Não tem por emquanto faltado nós
mercados desta vila, este cereal que
continua à’ vender-se por 1000 réis’o
alqueire de 131544. !

Portugal na guerra

Por noticias – telegraficas recebidas
em Lisboa – pelas estações oficiais sa=
be-se que a viagem das.tropas que se
encontram já em França, conquanto
fosse cbastênte | rormentósas por; cáusa
do temporal, correu todavia, sem inci-
dentes de maior.

Os destroyer. $ inglezes quê comboia-
ram os transportes softeram grandes
avarias, motivadas pela agitação do
mar, tendo 2 que sofrer reparações.
Por isso não poderão regressar a Lise
boa tão, depressa como era! desejo” do
governo,

As praças e oficiais que se encon-
tram ‘a” bordo dos transportes que ‘es-
tão ainda no Tejo, vão por este mo-
tivo ser licenciadas por alguns dias.

Medalhas Pg

| + Vão ser’concedidas medalhas come-

! morativas das: campanhas do exercito

E aos cidadãos quetomarem

ou venham, a FograR Rerie em guerga
À

Os aà portugueses

no Brazil.

Satisfazendo ‘a um pedido «da Cama-

| ra: Portuguesa” do Comercio e Indus-

tria do Rio de Janeiro, a secção de co-
mercio Externo da Direcção Geral do
Comercio e Industria expediu uma cir-
cular ás associações comerciais e in-
dustriais do pais, recomendando que,
no interesse do comercio: e da indus-
tria nacionais, não de’xem de usar nos
produtos portugueses marcas, portu-
guesas porque O uso de marcas estran-
geiras desacredita o pro Laid e depre-
cia o trabalho: nacional;

Pela Guarda Republicana

(Constsinos que o motivo da retira-
da ida; Sobreira Formosa do. posto da
Guarda Nacional Republicana, que, ali
até-há poueo se conservou, foi devido
anão «lhe ser fornecida por) parte. da
respectiva “Camara, Municipal, casa je
o mais que segundo a lei constitui des-
pesa obrigatoria. das Camaras para a
manutenção “de qualquer posto.

Este posto que-foi colocado no nos-
so concelho, parece estar destinado a
Sernache do Bom: Jardim, como já dis-
semos, áonde se está preparando o de-
vido alojamento.

Br Olaby

 

@@@ 1 @@@

 

– Semana Santa

E’já um facto certo a realização
das cerimonias da Semana Santa na
vila, que com grande magua dos cato
licos 3e não tnham celebrado no pas-
sado ano.

Daqui louvamos os iniciadores dessa
festa puls boa vontade posta ao servi-
ço da causa religiosa.

“Como nos outros ancs haverá tam-
bem a procissão dos Passos e os Ser-
mões de Quaresma, para o que já es-
tão convidados alguns prégadores que
alternadamente se -encarregarão dêsse
serviço, !

«A comissão espera que a solenida-
de revestirá o costumado brilho e con-
fa, na gen rosidade de toda a fregue-

– Zia para juntar as esmo’as correspon-
dentes á grande despeza que vae fazer.

ESTRADAS

Pela camara municipal de Tomar
for. pedido no governo se digne man-
dar proceder ás devidas reparações de
que carece a estrada que daquela ci
dade conduz a Ferreira do Zezere.

Mu to folgariamos de ver tambem o
nosso municipio interessado naquele
pedido, porquanto send» esta estrada
a que nos dá ligação com Paialvo, é
pór alí que se vpera todo o nosso tra-
fego comercial e de passageiros, tanto
com o sul como com o norte do país.

Ultimamente os carros teem deir
dar uma grande volta por estradas de
rumo diferente, nº circuito de alguns
quilometros, só para se desviarem dos
perigosos atoleiros que constituem o
troço que vac de Lixebra ao Pintado

As diferenças sente-as o comercio
do concelho: e mais ainda o consumi:
dor, pois cada arroba de carga, que
dantes custava Bo réis, custa agora 150,
com-tendencias: para subir. i

se 9 ; j
smoupos PDDE
«Capela de Santo Amaro
“Chamamos á atenção de quem com
per, para O estado de ruina em que
se, encontra o alpendre deste templo

o Se em breve não fôr arriada a telha
teremos que assistir a mais um des-
perdicio na, importancia de algumas
dezenas, de, mil réis, porquanto os vi
gamentos do telhado estão alguns já
podres «da, chuva, outros partidos e o
au, de fileira e-tá prestes a escapar-se
Ma sopende Jateraisse o

“amos! Não seja tudo incuria; apro
veitemos o que ainda é prestavel, para

que depois nãosTiaja recriminações a
fazer e prejuizos a lamentar.

“UA comissão que ha tempos se for-
mou para tratar dos reparos que ali
urge lazer e para o que conta já com
uma avultada importancia, depois de
epneultada q dunta de Paroguigopara;

“acha razoavel ir fazer ali despesas sem
que se lhe garanta a continuação do
templo para o culto

que ali está. alem de ser uma
vergonha c um desacato constante,
constitue; um verdadeiro perigo.e pre-

Juizo. à para

»F6co de infeção
* Comvios; detritos acarretados pelas!

“ultimas chuvas ficou obstruido o uque-
duto; que ao fundo da rua do Vale con.
duz as uguas para a ribeira, o que dá
lugar a que junto á sárgets se conser
ve a agua depositada em quanto o sol
não faz o seu serv ço de énxugo.

2 Por ser ali um dos pontos de mais
co ncorrencia da vila e estarem aquelas
aguas em decomposição na frente dum

“estabelecimento que tambem tem ser-

“viço de hospedes, onde por vezes já

“incomoda o mau cheiro, lembramos a

“necessidade de proceder aos devidos

“trabalhos para que cesse este estado

‘ Dr. Acácio Marinha
» + Com, posica demora e de visita a
sua familia esteve na Certã, o nosso
patrício sr. dr. Acacio Mar nha, adyo-
gado na capital, BR:

 

voz DvY BEIRA

TEATRO «TASSO»

Como já dissemos o grupo dramá-
tico certaginense, dá hoj: e na terça
feira de carnaval recita no nosso ele-
gante teatro, subindo á scena o seguin-
te programa.

Situação complicada—Comédia em
3 actos.

A rir—Cançoneta.

Aninhas e Zé da Horta—dueto.
:- Namoro engraçado — Comédia em
I acto.

Pobreza, Miséria & C*-—rerceto.

Num dos espectaculos alguns ama-
dores apresentarão uma serie de sur-
prezas proprias de carnaval.

à *

O espetaculo em qualquer dos dias

começa às 21 horas prcfixas.

Ainda o incendio nos
Paços do Concelho

 

Começaram já os trabalhos de re-
moção de entulhos e demolição do edi-
fício. ‘

—A companhia de seguros Tagus,
mandou verificar o sinistro pelo seu
mestre de obras sr. Joaquim Francis-
co Tojal, que deu o seguro como ven-
cido na totalidade pelo que está já à
ordem da (Camara a sua importancia
ou sejam sete contos e quinhentos mil
réis.

—Consta-nos. que a Camara, requi-
sitou já um teorico para levantar a
planta do edificio a fazer, e que conta
com um auxilio do Estado.

—O sr. Presidente da Camara tem
recebido telegramas de varias pessoas,
manifestando o seu pezar pela catas-
tnofe. Os deputados e senadores por
este circulo, foram os primeiros a ma-
nifestarem-se,

— A Camara Municipal na sua ses:
são extraordinaria de q do corrente,
aprovou; e mandou. consignar na acta
um voto de louvor a todas as pessoas
que contribuiram e estão contribuindo
para a normalisação da-vida do muni-
cipio, salientando, a maneira como a
Direcção do Grémio Certaginense pro-
cedeu pondo logo as suas salas à dis-
posição da Camara para as necessa-
rias reuniões.- ,

—Consta-nos ter aparecido já nos
entulhos algum dinheiro, prata e cobre,

Movimento do Hospital de Pe-
drogam Pequeno, a cargo da
; Misericordia, no 2.º semestre
de 1916.

existindo |

Ficaram

e
1916) Julho.”
Agosto…
Setembro…
Outubro. s
Novembro .
Dezembro 7 :

ve – — ww -| Existiam

= Or = ws

[o vs [| vz») Entraram

fina

1
iEStAS
Pedrogam Pequeno, 31 de Dezem-
bro d: 1916 !

O Provedor
Adelino Marinha

– BB E<e

3 1

Um emprestimo

A Camara Municipal deste concelho
em sua sessão extraord naria de q do
corrente, deliberou contrair um em
prestimo de trinta contos de réis para
pagamento por antecip«ção das pres-
tações em d.vida á Companhia do Cré-
dito Predial Português e para a cons-
trução do novo edificio dos Pagos do
Concelho, das cadeias comarcãs, do
quartel da Guarda, Nacional, do mer-
cado e de um posto no Troviscal,

Na mesma sessão nomcou uma co-
missão composta dos vereadores sis.
Dr. Virgilio Nunes da Si’va. José Dias
Bernardo Junior e Luís Domingues da
Silva, para com à comissão executiva
superintender nos trabalhos destas cons»
truções, :

É Correspondencia de Lisboa

Curiosa e sedenta de noticias palpitantes do
Ermo Saudade, pede-me V. Ex.” um pouco mais
de frequencia na minha correspondencia.

Como não posso dispor todos os dias de uma
ou duas horas para lhe escrever, embora essa
fôsse a unica aspiração que me era dado formu-
Ixr, resolvi, minha querida amiga, para lhe ser
agradavel, aproveitar as colunas deste brilhante
jornal, onde o meu nome não é o de um ingru-
so desconhecido, mas antes dum amigo… tal-
vez impertinênte.

assim, nelas terá V. Ex.º semanalmente
apontados os factos mais impressivos da civili-
zação lisboeta em comentarios suaves, longe dos
incidentes revoltantes da politica, unica senhora
ante a qual não ha gentileza que me obrigue a
dobrar…

Só o feio mas bem aplicado nome que ela
mereceu a Bordalo !… ,

 

Sabe que faleceu em Lisboa, em principios do
mês anterior, no seu grande e artistico predio
da Praça Marquês de Pombal, (a antiga Rotun-
da ao cimo da Avenida, —V. Ex.” não sabe?)
um dos grandes e raros benemeritos de Pedro-
gam Pequeno, o activo e empreendedor capita-
lista João da Cruz Silva?…

Desapareceu desta praça uma das mais im-
portantes figuras. Apenas fica nos seus anais O
nome honrado que ela personalizava.

” tarde talvez para vir falár dele nas colunas
dum jornal, em meio dum panegirico funebre ;
mas a todo o tempo é tempo de comunicar im-
pressões, por muito dolorosas sangrentas, com
alguem que de perto conheceu a notavel fami-
lia à que 0 saudoso morto pertencia.

João da Cruz Silva era natural de Pedrogam,
concelho da Certã.

Dêsse lindo jardim onde a minha confidente
se encontra eram tambem Eduardo Conceição
Silva e Francisco Cruz Silva, que num impulso
de generosidade e altruismo e numa espiritual
unção de Patriotas verdadeiros legaram à sua
terra, alêm duma Escola, a graciosissima capela
da Senhora da Confiança—onde a entrevejo
orando=, e a estrada que a Ela conduz.

Num mesmo gesto aliaram aquelas três almas
do mais puro quilate o muito amor que Pedro-
gam lhes merecia pelas infinitas belezas naturais
de que a Providencia e cingiu, e ao mesmo
tempo a expressão indiscutivel da sua Fé,

Agora, este, prevendo a-sua morte, não es-
quece ainda a sua naturalidade e para ela feli-
giosamente aparta uma consideravel soma, que
muito prestavel será à pitoresca aldeia, outrora
vila, mas ‘sempre de inolvidaveis recordações,
onde V. Ex.” espera, longe do bulicio pernicio-
so da multidão EEN o momento de -su-
prema. alegria e incfavel paz em que, saturado
da civilização capitalinta, regresse eu ao convivio
da sua amisade. cristã, ao trato piedosamente
santo das coisas divinas que raramente os ho-
mens sabem encontrar na singela Poesia da Na-
tureza.

Calcule, minha santa amiga, o Jacerante mar-
tírio, a espinhosa tortura desta Familia que no
curto espaço de cinco anos vê partir para a Eter-
na Viagem de que se não volta 4 dos seus en-
tes mais queridos.

Em 1911, Francisco Conceição Silva, poucos
anos depois a Ex.m» Sr: D. Conceição Silva;
no ano findo a Ex.» Sr D. Margarida Con-
ceição David Silva, mãe do grande proprietario
e comerciante desta praça, ainda meu parente, o

q sr. João da Cruz David e Silva, e do Sr. Veriato

David e Silva, socio deste; e por ultimo, já este
ano o sr. João da Cruz e Silva.

* Prometi tratar em verso as paisagens e as bo-
nitas: lendas. dêsse. torrão delicado de luz e so-
nho; tenho entre mãos um trabalho em que
mais largamente e com o’relevo merecido his-
intáriaggnealogicamente esta familia de altas
“Excepcionais fadigas e profundissimos des-
gostos a quem por mim V. Ex.” já terá apre-
sentado a expressão veeraentemente sincera das
minhas condolehcias: ,

Como surgem no meu espirito, numa aureola
mistica c suave, ao falar de Pedrogam e dos
seus pntpe benêmeritos, as figuras saudosis-
simas de Eduardo Queiroz, Angelo Henriques
Vidigal e Joaquim Henriques Vidigal.

D. Maria Amalia já morreu tambem,—ha
quanto tempo meu Deus!., —mas ás bondosas
senhoras D, Maria da Conceição Henriques Vi-
digal e D. Inacia Henriques Vidigal, desoladas
exemplarissimas virtudes que-a Providencia tão
espessamente enlutou peça a minha querida
santa que perdõem a minha invocação que foi
acordar no ‘seu entorpecimento fictício uma
Dôr-que ainda hoje sangra.

Deixemos os mortos no socego dó tumulo e
os vivos no vago psalmodeio das suas inauditas
tristezas… Em

Ha mortos, porêm, que não nos pertencem…
Mas à Humanidade. ,.

Adeus, minha amiga. Beija-vos as pontas dos
dedos,

Manuel Ferreira David,
.
Dr. Nunes Correia

,
Foi transferido da comarca de Mi-

randa do Douro para a de Benavente,

o sr, dr. Francisco Nunes Correia, juiz

de direito que por muitos anos exer-

ceu na nossa comarca o cargo de de-

legado do procurador da Republica,
“As nossas felicitações,

— Esteve com sua esposa em Pedro-
gam Grande, com pouca demora, O srs
Adrião Morais David.

— Assumiu já o cargo de comandan-
te da secção da Guarda Nacional Re-
publicana, nesta vila, para que foi ul-
timamente nomeado o sr. tenente Bra-
gão.

— Teem estado neste concelho, com

licença, algumas praças de artilharia 8
das que foram mobilizadas.

— Tem estado doente, aguardando
por isso o leito, há-já 8 dias, a sr.* D.
Conceição Maria Branço.

—Tem sentdo ligeiras melhoras o
monserhor José Maria Ferreira.

—Regressou da capital a Oleiros, o
sr. Adrião Madeira Gonçalves

— Retira na proxima 5.*feira para
Lisboa o sr. Viriato David e Silva.

—Saiu para a capital com demora
de alguns dias o sr. José Pedro Franco.

— Volta amanhã a Tomar o sr. Car-
| ‘s David, notario nesta comarca.

—Regressou a Alvaro, o sr; dr. An-
tonio A. de Mendonça David.

— São esperados por estes dias em
Oleiros os srs. dr. Francisco Rebelo de
Albuquerque e conego Augusto komão.

+

Durante a semana vimos.na Certa,
os nossos presados assinantes srs. An-
tenio Dias Barata Salgueiro, Antonio
Varinba Lourenço, José Gonçalves Reis
Antonio Barata de Almeida, José Gui-
lherme, Manuel Martins de . Almeida,
Domingos Vidigal, Antonio Pedro da
Silva, J. Ciriaco Santos. é

—De passagem para a Madeirã aon-
de foi de vsita a sua familia, vimos
na Certã, o nosso assignante Sr. An>
tonio Mendes Barata. a

—pDeve realiar-se esta semana o en-
lace matrimonial do Sr. José Ventura,
socio cia firma Martins Cardoso & CC!
desta praça. y

Aniversarios.
Fazem anos:

No dia 22, a sr.* D. Arminda Gon-

alves Leitão, D. Branca Branco e o
sr. Manuel: Milheiro: Duarte. À
Parabens,

* mpBDÉGee
Arrematação

No proximo dia 3 de Março à por-
ta da “ecrvtaria da Carsara Municipal
ha de proceder-se “à arrematação do
fornecimento de carnes verdes nos ta-
lhos deste concelho,

CASAMENTOS

Em S. Braz d Alportel (Algarve) re-
g’ston se o casamento do nosso patri-
cio sr. José dos Sentos, natu-al do lu-
gar dos Calvos, soltado da. Guarda
Nacional: Republicana em serviço no
posto de Olhão, com a s’.* D. Custo-
dia Martins dos Santos, natural” da-
quela vila de’S. Braz d’Alportel,

Desejamos-lhe uma prolongada lua
de mel.

A »

—Em Lisboa e na sua residencia —
R. do Conselheiro Morais Soares n.º
157—3.º D. realisou se; no: dia qu do
corrente;o enlace matrimonial do nos-
so patrício e amigo sr. Amadeu Au-
gusto da Cunha Valente, proprietario
naquela cidade, AE

O nosso ‘pr:sado colega da «capital
Diario de Noticias relata assim o acto:

— «No ultimo domingo efectuou-se O
casamento da sr.* D. Piana Amelia
Correia com’o sr. Amadeu/da Cunha
Valente, proprietár o.

A noiva, muito gentil, ostentavaum
lindo vestido dz seda clara com finas
aplicações, tendo na cintura um sober-
bo ramo de flores de laranjeira,

Foram testemunhas do acto, : por
parte da noiva, seu irmão sr, Carlos

Augusto Correia, funcionario da com-,

panhia de Moçambique, e sua esposa

!esposa

 

@@@ 1 @@@

 

É ú
E. Marti

a sr. D, Maria Clara Roque Correia,
e por parte do noivo o sr. Carlos Au-

gusto de Oliveira, capitão de cavalaria,
e qa

‘“D. Leopoldina Silva.

seguida à cerimónia foi servido –

“em crsa dos noivos um delicado. copo
de água.» a
As nossas sinceras felicitrções e uma
prolongada lua de mel, aos simpaticos
noivos, são os nossos. mais ardentes
votos. ,
Carnavalescas

É —s

Musa em tamancos

On9MR

O ceu abriu-se em tres tempos,
Minha adorada Jaquina.. —
=E tu-dançavas nas nuvens
Prós lados-da- C-chinchina.

Pelo ár corriam fitas ‘
Rôxas; branças, dimarelas;—
E tu andaste dez dias.
A dár coices nas estrêlas!

Depois a lua caiu
“sfarrapada fem scie postastm.
E eu vi-te a correr as ruas

– C’uma -dorna- d’agua ás costas.

Por fim a terra tremed,—
Deu um urro dos diabos !..
E Wide à lareira»
Sósinha, a descasçár nabos,

Saltami mercêgos nas traves. .,
—aju-te em cima um chouriço :; —
E ur ficaste—ç’o susto

E errada num cortiço.

Andavam gatos em festa, =
Erguendo-os.r. asa gen
E tw pegaste num bombo

E começaste a tocár !

Um cáracol engeitado
Fez nos astros descob:
Ea —meia aparvalha :

te de bôcacabeita! 0) cu

stod 3 Dei r

Deu-te a venêta e fugiste,—
—Foste p’ró már guardár patas…
P 5] avas O fado ‘
Ni o tatas.
Depois, senundo saudades! É
Do amor ‘que hojetérescreves”
Dexas tudo e váis falar-lhe ;
Num burrico’d’almocréve.

y et3t :
Senta afinal corsei mundo ..
Ó encontraste arrelias,
Porque levavas ás costas)
Trinta mil almotolias.

mt mo nb

O chegares a casa—

do transformado !..

“Stava o telhado p’rá terra

E o rés-do-chão p’ró telhado,
EnfoRetIe Dé ARMA.

Bi ato bar%

Sósinha—a catar as pulgas.
4 t Manéle.
sa) 01 í
Coisas-que se vendem:
—Oyaparelhó-digestivo de Frei To:

ruas :
£ Eio palito (sem ser metrico) do José

Ventura. asi
—O gesto e a vocação musical do
Xico Moi o Omo dear mic
—O0s tordo:
a 6 so

ardoso. ]
ade de. cartas; (prosa)
ãi F ;

ão de Albuquerque.
e ia

mortos este ano pelo

a com ADO WA
“—A coroa deglonia do;Fructuoso
atca na opereta, =——— =
—O chapeu de chuva e sol do Car

los Asgenção.
Pedidos a esta redscção.

A e)
À ultima hora

Segundo telegrama recebido na nos-
sa redacção, deve pairar hoje pelas 6
horas da tarde sobre esta vila, um fa-
moso aeroplano, que traz a bordo o
nosso amigo Carlos Caldeira, enge-
nheiro, ENA

Quem não tenha ainda admirado
este genero de aviação, póde fazé lo
na Alameda do Carvalho á horain
dicada. | í .

— CORRESPONDENCIAS

Oleiros, 5-2-917,
Insistem comnosco os amigos d’Olei-

caçadores, para que retifiquemos as
nossas noticias a respeito da sua im-
perícia no tiro aos javalis. O motivo
“que apresentam para justificar a sua
reclamação é que nas ultimas caçadas,
um magnifico exemplar, d’aqueles que
só de tarde aparecem, caíu fulminado
pela bala certeira do nosso amigo: sr.
dr. Rebelo d’Albuquerque. Não teem
justiça os reclamantes, As nossas in-
formações ficam de pé, porque visam
aqueles que, ou tranzidos de medo,
| procuram, azilo seguro nos ramos das
arvores que; lhe ficam ,proximas, ou
disparam a arma, mais para afugentar

“o animal do que para roubar ás selvas

um dos’seus habitantes,

Nunca foiintentão nossa passar di-
ploma de marteleiros a mestres há
muito consagrados, — –

Por isso, meus caros pechotes, apu-
rae a vista, arranjae firmesa nas mãos,
mostrae com factos qu: sois caçado»
res, de verdade, e vereis que apanhões,
aqui um elogio de deixar baboso o
mais rtefractario á vaidade. Valeu?

—Retirou para Castelo Branco onde
conta demorar se alguns dias em com
panhia de sua ex.m” familia, o nosso
presado amigo sr. dr. Rebelo d’Albu
quetgne, Cl ;

—Partiu para Vizeu, onde foi cha
mado a depor no. tribunal militar, o

‘| digno secrétario da administração d’es-

te concelho sr. Francisco’Pinheiro.

— Tivemos o prazer de abraçar em
Oleiros o directór d’este jornal, e’nos-
so velho amigo, Fructuoso Pires.

=E’ esperado niesta vila, de regres
so’ do Porto: onde fai chamado para
receber instrucção militar, o zeloso fa,
cultativo ‘ municipal sr. “dr. Peixoto.
Ainda bem. O «concelho muito carece
dos seus ‘sefviços, mormente agora em
que o estado sanitario deixa muito
desejar. o)

“Na visinha’freguezia de Mo-teiro

faleceram, no espaço de dez dias, trez
filhinas do nosso amigo Isidro Afonso,
Ao pae’ e a seu irmão que ás pobres
crianças! dispensava, uma dedicação
sem limites, as nossas condolencias.

x
“Oleiros, 12-2-947

Estamos no carnaval, eporissohão-

de permitir-nos os nossos leitores que
nos deixemos hoje de coisas sérias,
Resttradia e AUSURda a BaPisnÃe 8
rosto com uma: &a dorriso, que pou-
cas vezes nos alegra as faces e agora
mesmo sairá amargo,
+ Vão a, premio uns enigmas que ofe-
reçemos á curiosidade dos oleirenses,
| Aquele que-até ao fim do mês nos en-
jviar a decifração, completa receberá co-
mo prem’o um perú, que desde o Na-
tal conservamos de escabeche. ]

Quem é:. ú k

O cavalheiro a quem salta o pé quan-
do lhe falam numa-viagem,-e apesar
de surdo ouve lindamente “um toma
lá ainda que seja pronunciado em voz
tão baixa, que só possam ouvi lo os
que cstão em graça ? y

–O empregado publico, que topa a
tudo, e não corta a pera para não per»
der à alcunha Com que-o crismou um
CARO TD

—O comerciante capaz de levar-nos
os olhos da cara por 100 gramas de
açúcar, e assim assim vai levando a vi-
da com o vizinho do lado?

—O caçador que dança o sapateado
sôbre os coelhos que por acaso mata,
e procura nos ramos das arvores um
aslo contra a ferocidade dos javalis,
que lhe passam ao alcance da arma?

—OQ pedagogo tão feliz que passa
em Janeiro as calmarias de Agosto, e

ros, que nas horas vagas armam em:

BEIRA

cia, nas vesperas de feriado para rece-
ber os cumprimentos dos amigos que
muito o estimam ?

—O homem (chamo-lhe assim, por-
que já fez os 25 anos; êle me perdoa
rá à indiscrição) que mais martela em
Oleiros, e ultimamente ia dando um
ltivo nos miolos (o que não fez para
| não estragar o penteado) porque o che-
fe lh: negou a miséria de 30 diis de
licença ?

—O assassino que envenena meio
mundo com as suas drogas engarrafa-
das, gastou os dentes naturais em com-
bates ‘gastronómicos, e deixa cair os
postiços em momentos de crise?

—Conhecem êste? caçador enragé ;
antes queria dar um tiro fulminante
num javali do que ter Soypoo escudos
na algibeira, ou possuir uma prenda,
que só nós sabemos, e pela qual mui-
tos dariam sem hesitar, 100200. Nas
horas vagas assina ofícios e mantêm a
ordem publica, i
* —O outro, o tal; não sei se o co-
nhece’n. Baixou no hospital e dá fundo
na secretaria onde pratica finanças, E’
natural de uma terra que tinha outrora
um nome muito feio, quasi indecente.

Damos-lhe aqui um conselho de ami-
go: Cuidado com os paus que ás ve-

-| zes estão à porta do vizinho.

—Este é uma reliquia, porqu= pos-
sui o diploma de decâno dos empre-
gados publicos. Falta-lhs já o cabelo
que êle semeou pelas varias matrizes.
Não o acrediteis, quando êle disser
que’ tem 63 anos. Engana-vos. Lede-
lhe a idade no seu rosto de rapaz. Tema
preocupação da caligrafia, que êle pra-
tica comó poucos, e rende culto á ‘ami-
zade, ainda que lhe custe sacraficios.

=Vede-o junto ao cofre, vnde arre-
caday por ‘virtude’ da lei, as migalhas
do povo. Põe os oculhos, pigarreia em
sordiná Se ainda assim’o leitor o não
conhece, é porque, relaxado! não pa-
ga’as suas contribuições.

»—E para fechar lá vai outro. Não é
de’ Oleiros, mas aqui-tem tradições e
assentou arraiais. (Os pobres conhecem:
no;*porque dêles é a sua bolsa. Os
amigos “chaletam-no’ com as suas im
pertipencias. que êle atende com uma
paciencia que espanta: As’ perdizes
tremem’ e caem do detonar da sua ar-
ma! Tem! os defeitosdas suas formo-
sissimas ‘ qualidades.” A condescenden-
cia’ é o seuifraco. Vou aliem cima à
casa! grandec Se; lá não estiver, pro
curá-lo-c em C. B entre’os sorrisos
do pai, que o estremece, e os carinhos
da familia, que o adora. Lá o encon-
tr9,/e porque vejo estendidos para mim
braços aímig’s por aqui fico.

s cÁdeus. meus amigos, não tenham
pena do

( A.
ATODOS INTERESSA SABER
BMSmP cRAlDESaSafEs aErAda Pm pagido
mercearia se vende em Lisboa, na Vi
la Nova Estefania FL F- A, o,
Pedir tabela Ge preços a | a
TJ MARTINS

Compra-se’ a 180 réis desforrado e
a 140 réis forrado, . /

! Pracana E
R. Candido Reis,—CERTA.

CAIXEIRO OU?SOCIO

Ainda empregado e com algum ca-
pital, Carta a esta redação A, B. C,

Anuncio

a publicação

 

No dia 18 do corrente ás 12 horas
á porta do tribunal deste juizo em
virtude dos: autos cíveis, de execução
que o Ministerio Publico move contra
António Mendes, viavo, do casal da
Magdalena, volta pela 2.” vez á praça
por metade da avaliação, visto que nã
1.º não obtiveram lançador, para se-

aparece, grave como a imagem da scien- !

rem agora arrematados à quem maio

res lanços oferecer acima dos valores
que lhes vão designados, os s-guintes
bens; ;
1.º—Uma casa de habitação, situa-
da no casal da Madalena, alodial, no
valor de 120;p00. é
2.º-—Um bocado de terra de cultu-
ra, em mau estado, no sitio do Porto
do Cairo, limite do casal da Madalena,
Pelo presente, são citados os cre-
dores incertos, para deduzirem os
seus direitos, querendo, no prazo legal.
Certa, 5 de Fevereiro de 1917. –

O Escrivão-ajudante,
José da Gloria Lopes Barata.
Verifiquei.

O Juiz de Direito,
Matoso.

ANUNCIO

Tendo, por motivo de doença, de
retirar da Certã Albano Ricardo Ma-
teus Ferreira, vende os prédios se-
guintes :

Uma morada de casas com quintal,
na rua do Vale de S. Pedro—Certã.

Uma morada de casas e estabeleci-
mento, ma-rua do Vale, e Serpa Pin-
to—Certã. E

Uma morada de.casas e quintal, na
Passaria.

Vendem-se tódas estas propriedades
em globo ou em separado. Aceitam-se
papeis de crédito em pagamento, ao
cambio do dia. :

ANUNCIO

1.º publicação

Pelo Juizo de Direito da comarca da
Certã e cartorio do 4.º ofício a cargo
do escrivão David, correm seus ter-
mos uns sutos de inventario orfanolo-
gico por óbito de José Farinha, mora-
dor que foi no lugar das Sesmarias,
freguesia do Pezo, desta comaréa, é
em que é inventariante cabeça dé ca-
sal a sua viuva Justina Pires, tambem
conhecida por Justina Maria, residen-
te no mesme-lugar; e nos mesmos autos
correm éditos de trinta dias a contar
da segunda.e ultima publicação deste
no «Diario do Governo», citando os
interessados Manuel Farinha e sua mu
lher Maria José, auzentes em parte in-
certa na America do Norte, para as-
sistirem a todos Os termos do mesmo
inventario, deduzindo nelê todos os

seus direitos, querendo.

Certã, 7 de Fevereiro de 1917.
– escrivão
Adrião Morais David
Verifiquei
O Juiz de Direito

Matoso

ANUNCIO

‘ 1.º publicação

Pelo Juizo de Direito da comarca da
Certã, no inventario orfanologico de
Joaquina Maria da Mata, do Vergão Ci-
meiro, freguesia de Proença-a Nova,
desta comarca, correm éditos de trin-
ta dias, a contar da segunda publica-
ção no «Diario do Governo», citando
o interessado Padre João Antonio Fi-
dalgo, solteiro, auzente em parte incer-
ta, sem prejuizo dos termos do referi=
do inventario.

Certã, 3 de Agosto de 1916.

O Escrivão do 2.º oficio
Francisco Pires de Moura
Verifiquei:

O Juiz de Direito
EMatoso

ALMAS LBRICOLAS

N DA
Fabrica do Tramagal
PREÇOS DA FABRICA
Vende ;

Martins Cardoso & Comp.” Limit,”
: CERTÃ

 

@@@ 1 @@@

 

pa

MINERVA,

9

– XE —

Ramalhosa & Valente

TIPOGRAFIA; PAPELARIA E ELARIA E ENCADERNAÇÃO
Rua: Candido dos Rgis—Certã

– CELINDASO
Ad Da Foz-or CERTA

A Água minero-medicinal da Foz
da Certã upresenta uma composição
quimica que à distingue de todas às
outras até hoje usadas na terapeutica.

E” empregada com segura vantagem
na: Diabetes—Dyspepstas —Catarros
gastricos, pútridos ou parasilários;—

das doenças infecciosas ;—na’convales

censa das febres graves;—nas’atomas
ar gastricas | dos diabeticos, tuberculosos,
brighuicos, etc. —no gastr ieinismo dos
exgotadus pelos excessos ou pr: ivações
Birner:

Mostra-a-analise batereologica-que a
Agua da Fozda Gertã, tal como se
encontr Ni] as garrafas, deye st? consi-
derada como microbicamente pu-
ra não contenda! colibacitlo, nem
nenhuuia, das especies pathogentas
pe “podem existir, em águas, Alem,

isso, gosa de uma-cer ta acção micro;
bicida. O B. Thyphico, Diphterico
e Vibrão cholerico, em pouco teim-
po nela perdem todos a sua vitalidade,
outros microbios apresentam. porem
í resistencia maior.

A Agua da Foz da Certã não tem
gazes livres, é limpida, de sabor leve-
mente acido, muito agradave] quer be-
ida, pura, quer misturada, com vinho.

“ DEPOSITO: GERAL.

& dos FANQUEIROS, Sg- La

JF

TELEFONE RP

d. Cc ARDOS O

ENTES antificiais em todos os

Es ‘ os isterrias. Operações sem dor.
; R. da Palma,1152.º-Lisboa

AM LVES DOS

“Wo exercito, e (civil, paravo ques

UI33

MEME

nas preversões digestivas derivadas

“| glês, francês, etc.

Acabamos de receber o Manual:

“Box francês e inglês.

Ilustrado com 40 gravuras

A activa e conhecidissima cava edi-
tora Gonçalves, da Rua do Mundo, 12
Lisboa, sempre laboriosa e procuran-
do difundir a instrução e a educação,
abordando todas as formas dos conhe
cimentos: humanos, acaba. de tomar
uma’ esplendida iniciativa, publicando
uma série de Manuais Desportivos e-de
“Recreio, destinados a desenvolver en
tre -nós-o gosto pela cultura fisica, O
cuito da beleza plastica, o amor pelo
exercicio ginastico.

Numa: edição popular, ao preço de.
15 centavos cada manual, condensen

do em poucas paginas tods a muteria

eferente ao desporto, em volumes de |.

64: paginas é destinado á descrição de
uma especialidade, separadamente, co-
mo: Defesa Individual. —Foot-Ball—
Box francês e inglês.—Luta Greco-ro-
mand.— Atletismo, —E-grima e vara-
pau, —Giclismo. — Bilhar, — Desportos
pedestres;—Automobilismo.;– Etc., etc,

Resumos elucidativos e intuitivos es-
critos; para” todas as camadas sociais,
são no seu caracter compendial e for-
mato portatil como que 0 vade mecum
do amador de desportos e de todos os
que se interessam pela cultura fisica.
A doutrina expendida nesta biblioteca
é coordenada dos mais; perfeitos tra-
balhos: no genero que existem em in-

Pedidos à CASA GOMALVES

12, Rua do Mundo, 14—LISBOA

4 —Malatario Militar e Civil!
NES pE =

, Ex-contramesto E Cooporativa Militar
a
fi Imucuth- se todu aqualidade de obra-de marinha,

Ad ade Pg fazendas macionais e sbtaiag, |
DL SINA To +
o Hestuc Aee,

| Rua do Telhal, 10 e 12 BRR à Rua das Pretas,

isa ROB A CNO

E, E 7 a

ENGICLOPEDIA. DAS FAMILIAS

REVISTA ILUSTRADA

| Sa A — eniçe |
y Dog! “Pomitação say ão preço de 800 réis anualmente í

Remessa franco de porte

SANDS

tem um variado sortimento

No

EPULUDS E, Pires

1 Solicitador encartado
Es»

Trata de processos civeis, fiscais, administrativos
e orfanológicos, cobrança
de bens.

EroritoniomRUA SANTOS VALENTE

de dividas-e- administração

TA COMERCIAL INDUSTRIAL

| antóhio-da Silva Lourenço
CERTA

Misa da berra e

dada esta publicação, não:só por estar
habilmente elaborada mas tambem: pe-
loirelativo luxo da edição. O tomo que
temos presente, insere o Diárioda Guer-
ray der a 31 de Março de 1916 e as
seguintes gravuras:

Vista panoramica da cidade de Bag-
dad; Orfãos servios chegados a Mer-
selha e dirigindo-se do cais do desem»
barque para o local do seu alojamento
provisorio.- Destroços causados pelas
bombas dos: zeppelins em Londres;
Uma casa que ao derruir fez 10 vitimas.
Não se pode exigir mais, e é muito
de louvar a iniciativa desta casa edito-
ra, pondo: assim,ao alcançe de todas
as bolsas uma obra ilustrada, interes-

O QUE TODOS

E” realmente digna de ser recomen-

escasso
Etevista semanal ilastrada
PEDDOS A : Almeida, Miranda & Sousa |)

“Rua Poiais de S. Bento 135 LISBOA

apesar pção

Alfaiataria, fazendas de lã e algodão, gravataria e retrozeiro
SORPIDO COMPLETO DE MERCEARIA
Estabelecimento inaugurado no 1.º’de Janeiro de 1917

RUA DO VALE, 48 — CERTA

sante, educativa e de flagrante actua-
lidade.

Cada tomo de 32 paginas —5 centavos

Peúidos à TIPOGRAFIA GONÇALVES

12, Rua do Mundo, 14—LISBOA
Rue franco de porte

AZEITE DA CERTA

| FINISSIMO
Em todas as graduações. Vendas por,
— ATACADO —

Enviam se amostras e
gavante-se a qualidade

PEDIDOS A

MANUEL CARDOZO

R. Candido dos Reis— CERTÃ

DEVE SABER

REDATOR PRINÇUPAE 7
“Frustuoso Pires
ADATMISTRADOR:

A. Pedro Romalhosa
AMOR:

“5: Buntos Siva

O Rotação o iftalnltração

+ Bum Br fartos Brlenty
OERTAÃ

VOZ DA DERA

aERRANIS INDEPENDENTE |

ui

ssiga-se na casa editora M. LUCAS TORRES,
mes, TSBO A |

eba im dis

VE Lá “SEE SO SU OU

Composto e Imprasso nãos
Tipografia Leiriensopografia Leirienso