Voz da Beira nº154 04-03-1917
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«REDATOR PRINCIPAL:
“Frmotuoso Pires +
É, “ADMINISTRADOR E EDITOR:
& A. Pedro Rasa
Redução e dEdministração:
Bu Br. Santos Balento
+ CERTÃ
nz:
SEMANÁRIO INDEPENDENTE
Assinaturas
Amro, 19200 réis; Semestre, 600 réis
Brazil, (Iracos) apito r8. Avulso, 30 rs.
a
Pela leitura do extracto parlamentar
vê-se que já não é uma questão de
segredo a falta dos principais generos
de subsistencia com que o país vem
lutando ha tempos.
Não ha já tergiversações nem am-
bages capazes de ocultar a gravidade
do momento presente que a todos,
– independenfemente do seu credo poli-
tico, se antolha assustadora e oheia de
responsabilidades.
– Hoje a questão suprema que afeta
os interesses de 6 milhões de portu-
gueses é a fome. Esta palavra lugubre
e tragica encontra já eco no seio da
nossa representação parlamentar, e de
“lá vem até aos extremos confins da
provincia, por entre, quebradas de
montes e atravez cas camuinas da pla-
nicie, a indicar à população dos cam-
pos quanto é angustiosa a sustentação
“nacional. H
“Faliam os cereais para a farinação,
“ mas uma nova industria surgiu já a
“ganhar terreno para entreter a debeli-
“dade do: consumidor. As falsificações
“pululam.=. E
Pela. alfandega de Dishoa tem sido
“feitas numerosas apreenções de saca-
ia “contendo algumas toneladas de
casca de arroz moido,
“Esgotadas as reservas de semea e
farelo existentes nos armazens das fa-
* bricas, a benemerita industria panifica-
“dora entendeu por bem substituir a
farinha e seus derivados por casca de
“arroz. À isto chegamos.
Entretanto é sabido que ha quem
faça fortunas verttginosas emquanto
a “outros definham fisicamente, empolga-
pela nhcipaloss por excesso de
só se pude fer o no lar ao ou na-
— queles que por sua natureza não ad-
mitam ser manipulados pelo comercio.
maneira que a crise se fem vindo
evi denciar, pela falta dos generos de
primeira necessidade, o falsificador vai
procurando no seu laboratorio de in-
famias novos especificos com que lo-
gre a ingenuidade alvar do Rua fa-
No nosso concelho, onde felizmente
o não. teem sentido as reações pro-
adas por este mal estar geral, urge
pão pôr de parte as providencias que
E Eninlstratitaente teem sido toma-
as para este efeito.
” “Entrados na epoca da
mê batata é do
7 E
randes se-
ilho dever-
nos importancia para a alimentação.
e RS conjuntura dum ano de fo-
Roi de transportes para a im-|
a ão de generos alimentícios, todo
d esforço do lavrador deveria consis-
tir mas sementeiras de produtos ali-
mentares com. exclusão doutras cultu-
ras que, apezar de ricas são dispen-
saveis.
— Continuar a “permitir o plantio de
ia sem consideração pelas culturas
da batata, do. milho, e doutras especies
ER DOS INTERÉSSES
DM OMAÇA JA ER
PUBLICA-SE AOS DOMINGOS
horticolas será querer complicar a ques-
tão dos salarios pela falta de braços
para fazerem em tempo proprio o ama-
nho que aquelas especies requerem.
O queo país reclama presentemente
é muita abundancia de viveres, ainda | |
que para “isso haja de se saerifricar al. |
guns ramos da industria agricola mais
dispensaveis. Assim se faz na Ingla-
terra, na França e na propria Alema-
nha onde até os jardins publicos foram
transformados em hortas.
Prejudicar a cultura da batata e do
milho, seja tomando-lhe o terreno seja
roubando-lhe os braços, é querer avo-
Jumar o desastre a que podemos estar
sujeitos emquanto durar o presente
estado de cousas.
O país tem de procurar abastecer-se
pelos seus proprios recursos, e neste
intuito os nossos lavradores teem de
encaminhar as suas operações agrico-
las para o que possa ser mais util é
necessario, e não mais comodo ou
rendoso. e
Comenta-se já o excesso dos sala- |.
rios quasi proibitivos, oraibom: será
que por falta de orientação não andem
alguns dos nossos lavradores a pro+
ceder erradamente.
Faé da Caryalha
SN Patria de Celinda no seu ultimo
numero, refere-se a uma proposta apre-
sentada há dois anos na Camara Mu-
nicipal, pelo seu director sr. dr Ernes-
to Marinha, para que fosse ampliado o
largo aonde se realizam a» feiras tri
mestrais e os mercados de gado. Em
devido tempo apuiamos esta proposta
que muito vinha beneficiar c embele-
zar a alameda da Carvalha, e agora que
aquele nosso colega vem tocar no as
Entes seja-nos licito tambem reprovar
9 ME da Ra que ten
FU tada as! com NÇÕEs Pagu Phi
do municipio não tem; pela sua comis-
são executiva, dado execução áquela
proposta, tanto mais que sabemos ;&S-
tar negociado o terreno a expropriar,
com a sua respectiva próprietaria, que |;
para não contrariar uma deliberação
da Camara, acedeu aos desejos dela
itnediatamente, talvez com grave, pres
uizo da sua propriedade. vim
ES a
A Companhia dos Caminhos. de Fer-
To Portug eses, até aviso em contrario,
só aceitará remessas em pequena ve-
locidade das suas estações com reser-
va pelos prasos de transportes. Des-
de a mesma data não recebeiá remes-
sas constituídas por mais dum vagon,|
excepto as mercadorias que pelo seu
comprimento exijam o emprego de mais
de um vagon, constituindo cada grupo
de vagons uma só remessa.
Refractarios
Foi prorrogado até 30 de Abril pro-
ximo, como aproveitamento do decre
to de amnistia de 17 de Abril de 1915,
o prazo para a apresentação dos re-
fractarios que já o cram em 10 de Mar-
ço do mesmo ano, –
Nitrato de sodio | f==””*”3
DD. dmenoes
Previnem-se os intéressados na com-
pra de nitrato de sodio, de que na
secção de subsistencias publicas, junto
da Manutenção Militar, em PRC se-
rão atendidas as requisições de nitrato
a 120800 a tonelada sobre cais, deven-
do os compradores autenticarem a sua
requisição com o visto do respectivo
administrador do concelho.,
A venda é feita por toneladas so
mente, mas como nem todos os lavra;
dores estão em condições de requisitar
uma tal quantidade lembramos a con:
veniencia de se constituirem em gre-
mio os pequenos , lavradores e faze
rem, as suas: requisições em nome de
um somente.
Assim. terão, alquirido por preço
bastante modico, uma das composições
ind’spensaveis ao adubo que pode efec;
tivar se com cinzas, “estrumes fracos,
residuos, BIC) É que tão uteis são aos
nossos terrenos, e de que eles tanto
carecem,
E
A ortiga contra a anemia
A oriiga vulgar, que muitas pessoas
desprezam, quando podia ser aprovei
tada pira diversos usos, principalmen-
te cume forragem para aumentar à se
creção lactea das vácas leiteiras, cons-
titue um vício muito éficaz para com-
bater as alterações do sangue que le-
vam bs adolescentes a Sofrer as per-
EMDAROSS Ati AM Mega praça a
de Stockolmo. que obteve na cura pides:
ta doença excelentes resultados com o
emprego, desta planta.
“A ortiga pode empregar-se fresca ou ;
seza, sendo mais agradavel emprega la |
fresca e preparar conrela, como se faz
na Suecia, um prato de mesa, uma so-
pa. Depois de ter limpo as súmidades
dos caules, escaldam se em agua a
ferver e cortam-se finamente para fa-|.
| zer uma sopa, como qualquer sopa or-
dinaria de hortaliça.
No estado seco faz-se com ela um
cosimento, que se bebe’ como tisana.
Este meio, que, segundo os facios
‘conhecidos, parece ser muito eficaz
para combater a anemia, é bem mais
simples e menos custoso de que os
remedios classicos ferro é quina que se
“aplicam sop as inuméras formas, acon-
Sélhados para Combiter esta doença.
Folha de Flandres
A Mglttrea autorisou a exportação
de folha de Flandres para Portugal,
mas sómente para ser aplicada à indus:
tria das conservas,
A comissão de abastecimentos so-
licitou “da Associação Industrial Por
tuguesa que lhe fornecesse os elemen
tos necessarios para se fazer o rateio
pelos interessados, lembrando a pos-
Anuncios
Na 3.º e 4.º paginas cada linha, 50 réis
Noutro logar, preço convencional
Annunciam-se publicações de que se
preceba um exemplar
Não se restiluam os originaes
sibilidade de serem convidados. pela
referida Associação a enviarem dele-
gados a Lisboa para tratar da distri-
buição de folha de Flandres.
A nossa cooperação na
guerra
O corpo: expedicionario português
que no fina deste mês deve encontrar-
sena sua tótalidade-na frênte da bata-
lha’ de Flandres, «está. difinitivamente
organisado, devendo partir em breve
o que falta para computo do efectivo
numerico com que o nosso pais tem
de contribuir desde já.
Na sua constituição EUENciEa aostipo
tennario francês.
Consta; ‘ao todo, incluindo serviços
auxiliares co deetapes, 32 mil homens.
Vai reforçado em artilharia. Ao que
se diz, o seuefectivo! corresponde a
mais de duas divisões do-exercito in-
glês. Calculando em mais de 180 por
cento: deibomens los reforços a enviar
durante um aho-para manutenção dos
efectivos desta grande:»unidade; não
andará longé- de 100/mil o numero de
soldados ique o esforço portuguêe leva
a combater em França.
O carvão de pedra e ale-
nha :
Dizem de Lisboa que o carvão? de
pedra atingiu ali, por tonelada, o pre-
ço fabuloso de 45%oó a Bopvo estudos.
deste UUBABUSCE Dbidlá sê TOU
subindo depois a 13485 ENA R
| vendendo se ha precisamente umano,
| a 22:m00 escudos.
[A lenha! subiu tambem de: preço,
|aproverando. se os tespeculadores da
| situação sctual do mercado de carvão.
Entre: nós o carvão vegetal subiu
tambem consideravelmente de preço
devido à grande procura que tem tido
para fóra do concelho,
Vemos passar constantemente car-
radas deste carvão que seguem por
via Tomar,
Minas
O nosso, patpício sr. João da Cruz
David da Silva requereu o diploma de
descobridor legal da mina de estanho,
volframio e outros metais, do sitio do
Moinho, sita na, freguesia de Meixedo,
concelho de Viana do Castelo,
” i
A firma comercial Cruz, Sobrinho &
C.* Limitada com sede em Lisboa de
que aquele nosso pamicio é socio, re-
quereu tambem/ na secretaria da ca
mara deste concelho, o registo de des-
cobridores de uma mina de chumbo é
outros minerais, no sitio do Vale Ma-
deiro Chupado, freguesia da Varzea
dos Cavaleiros,os
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Paços do Concelho
Continuam divergindo as opiniões
sobre a es.olha do local para edifica-
ção dos novos Paços do Concelho.
Todos alvitram locais, uns ao sabor
dos seus interess s, outros ao do bom
desejo que teem de ver progredir a
sua-terra natal. Nós, que pertencemos
a este ultimo numero, continuamos
mantendo e defendendo como util para
a vida e progresso da vila, a testa da,
Praça do Comerco.
Que é dispendiosa a construção nes-
te local, mais do que se fôr efectuada
em trreno razo, todos o compreende-
mos. Além disso nem nós nem os que
julgam impraticavel a construção no
citado. local, temos competencia para
apreciar da viabilidade ou não viabili-
« dade dum tal projecto; aos tecnicos,
que a Camara nesessariamente terá
que contratar para esse fim. compete
dizer “da sua justiça, visto tratar-se
dum assunto que constitui uma espe-
“cialidade. Depois o projecto a elaborar
ha-de amoidar-se às necessidades das
repartições a instalar, à verba a dis-
pender e à situação topografica do ter-
reno onde se pretende construir, Para
evitar maior corte na barreira e para
melhor aproveitamento – do espaço a
preencher com a serventia publica nas
“trazeiras do edificio, po teria este ocu
par a rua já al’ existente é despejar di-
rectamente sobre’ a praça, sobre um
lanço de alguns degraus, no qu-‘se
pouparia rebaixamento de nivel e se
tornaria à construção mais magestosa
sem grande sacrificio para’o municipio,
Ha dias já, antes de termos publi-
cado a’ nossa ultima local sobre este
1 assunto, recebiamos de um velho ami-
go, o sr:Gomes da Costa, de Pedro-
gam Pequeno, uma carta na’ qual, de:
“pois de tratar de varios assuntos de
caracter particular, e sabendo quanto
nos: interessavamos | pelo: desenvolvi-
mento da nossuterra, sob a rubrica de
Paços da Concelho, nos dizia:
«Quando aqui soube do incendio
dos Paços do Concelho; disse para FP,
“que comigo estava, que se as paredes
ficassem jnaprove taveis, o que era de
* supor, não: deviam mais pensar em
edificar «no mesmo local e que o me:
dhor que a: Gertã tinhaera: 0: Sólheiro.
“Agora: vejo pela Voz da Beira que à
«minha opinião era pertilhada pela maior
»parte da Certã, como que muito fol-
– go; porque com tal local tornar-se hia
mais imponente o edificio, alêm de que
, é mais banhado pelo sol e desafogado
de outros edificios, etc. etc.»
‘O sr. Gomes da Costa não é um
leigo em construções, como todos sa-
bem, e por isso muito folgamos em
deixar agu: manifestada a sua opinião,
que ficará já consrituindo uma respos-
Tão WarRitB: Scito aberto no: nosso vlt
Bogas
“CARVÃO DE PEDRA
O nosso amigo sr. L, da Silva Dias,
“com cusa de comissões e consignações
em Lisboa acaba de receber uma: pro-
— posta duma: dusimais «importantes ca
“sas exportadoras da America. que se
propõe fornecer ao nosso país 300:)00
toneladas mensais: “descarvão de pedra
“para o que dispõe de navios precisos
“para a sua condução.
CASAMENTO
a
Na ultina terça feira realizou-se na
freguesia do Cabeçudo’o enlace ima-
trmonial do sr. José Ventura, sócio da
“firma comercial desta praça Martins
“Cardoso & (º Lim tada, com a me
nina Adelaide da Costa Mar ques |
‘*Serviram de padrinhos por parte da
noiva o sr. Max mo Pires Franco sua
. + esposa e por parte do noivo, o sr. Er
nesto Martins: Cardoso esta esposa.
Vinda a, cerimonia religiosa os noi:
vos vieram para a sua casa dosta vila
aonde ofereceram aos seus convidados
um opiparo jantar. f
“Desejamos lhes uma, preloogada lua
de mel, g
DO MEU RETIRO
CARTAS
IDALINA
Dizes-—na tua ultima carta—que de-
ve ser triste, doloroso mesmo. o vi-
ver-se neste árido retiro onde me
encontro ,—isolado das turbilhonancias
da vida,—quasi ignorado do mundo!
— cresc ntas que estou na forca
da juventude, —no. periodo das gratas
ilusões, e que por isso mesmo devo
sentir a necessidade absoluta de soltar
amplo vôo-em demanda de horizon-
tes mais latos, onde a vid, possa sor-
rir-me duma maneira mais agradavel, —
mais consoladora e feliz!
—« Nesse retiro desolador deves pas
sar uma vida tristonha, desagradavel,
esterilizante»—dizes tu.
—Enpganas-te, minha terna e grata
amiga. Não me punge o grilhão « do de-
salento, da tortura, neste logar onde
vivo.
—«<E’ que já estás habituado a esse
viver de isol«mento, quasi monastico,»
— irás dizer-me talvez! Não é por is-
so minha amiga.
—Não faço sacrificio algum vivendo
aqui, nem tão pouco esta vida se me
apresenta tristonha, pesada e aborre
cida, como talvez julgues,
Encontro ternura e prazer, —suayvi.
dade e poesia neste retiro donde te es-
crevo,—crê!— A qui tenho comungado,
desde a minha infancia, no sacrario
sublime do estudo !—Desabrocharam
aqui as pétalas da minha alma, orva-
lhadas pelo rocio delicioso da Esperan.
ca,—fecundadas pelo calor vivificante
da Instrução.
Neste Instituto que eu prezo —que
eu amo tanto, fortaleceu se a minha
alma, —desanuviaram- se os horizontes
da minha imaginação, e desenvolveu-
se o meu espirito sob a açção bencefica
do g-rmen sublime da Sciencia!
Aqui se formou o meu caracter, —a
minha pesonalidade;—aqui tenho rece
bido, desde a infancia, as noções de
educação, —aprendi a respeitar o pro-
ximo, a de icar me à familia, a amar
a Patria!
Neste Instituto de que sempre me
lembrarei com terno reconhecimento e
indelevel saudade, aprendi a conhecer
os segredos intimos da Sciencia,—o
sublime ideal da arte,—a utilida ie do
saber,
Foi aqui—neste retiro tranquilo, so-
litario e plácido, que a harpa da mi-
nha, alma ensaio os primeiros acor
des, vibrantes de emoção, de ternura e
lirismo!
— Aqui nasceram os primeiros arre-
| batamentos, os primeiros vôos da mi
nha fantazia ardente, —as minhas do-
ces. quimeras, minhas sonhadas espe
Eisdho US Pal Viet dir LAN ForndaP ih
dolorosa decepção!
Neste edificio que eu amo tanto co
mo se fosse o meu lar paterno, pas;
sei parte di minha infancia, —experi
mentei todas as emoções da alma–a
dor de acerba saudade —quando em
horas de nostalgia, —de inconsolavel
tristeza, espraiava a minha vista—s-r-
ras, alem, horizontes em fora—recor-
dando os que me são, queridos, —os
campos da minha terra,—a minha sau
dosa aldeia! i
—Aqui aprendi a conhecer o mun-
do,—a amar a vida,—a admirar a Na-
tureza, e a exteriorisar—em notas re-
passadas, de, lirismo as emoções da
minha alma!
Devo mu tissimo à este estabuleci
mento «le ensino, onde se formou o
meu carscter ese fortaleceu o meu
espinito!—é por isso mesmo que sem-
re me hei-de lembrar dele com inde-
evel saudade, )
Crê que não vivo aqui no desespero
como. julgaste:-—Vivo satisfeito e con-
sidero-me feliz!
Alem de ter em vista o cumprimen:
to dum curso para a aquisição dum
futuro risonho, vou sempre adquirindo
conhecimentos, enriquecendo assim o
meu espirito.
| O saber é mais precioso que o ouro,
crêl—Nada ha mais util, mais valioso,
mais nobre e dignificante do que a:
scentelha auroral da Sciencia,—o fa-
cho sublime e augusto da Instrução.
Adeus.
Saudades do que respeito a nente te –
cumprimenta.
Correia da Silva
Camara Municipal
Sessão da comissão executiva, de 26
de Fevereiro
Presidencia do sr. Herminio Quin-
tão.
— Aprova a proposta da presidencia
que; se refere á organização de um li
vro onde se registem todas as delibe
rações da camara de que haja copias,
jencarregando o chefe da secretaria de
obrer o maior numero possivel para
serem registadas e produzirem os seus
legais efeitos
—Aprova uria outra proposta da
presidencia que se refere á prorroga-
ção até fins de Julho do prazo já assi-
nado para se dar cumprimento ao
Reg. de Policia Urbana « je 25 de No-
vembro de 1915, na prim, ira das 6
zonas em que fui dividida a* povoação
de Sernache.
—Ratifica o coniracto sobre o Mer-
cado Bittencourt, de Sernache
-—Nomeou Manuel Vitorino, da Ro-
da, para fiscalizar os impostos de ex-
portacão.
— Concede autorização á firma To-
más da Cruz & Filhos para depositar
na Alameda da Carvalha, proximo do
matadoiro municipal, madeira enc pran-
chas, pagando preatamEnte a devida
taxa.
— Autoriza o pagamento dos venci-
mentos aos funcionarios municipais.
—Ratifica a deliberação já tomada
sobre as reparações a fazer na Ponte
do Porto dos Cavalos.
»BBDGqee
Explosão na «Tete»
A. bordo da nossa canhoneira Tete
que se achava fundeada em servico no
ro Zambeze, deu-se há dias uma ex-
plosão de que resultou a morte de va-
rias pessoas e entre elas a do seu co-
mandante sr. Barcelos Nascimento, e
de um seu filho, ficando gravemente
ferida sua esposa e tendo desapareci-
do um outro seu filho.
O sr. Nascimento e sua esposa eram
conhecidos no nosso meio e por isso
mais foi de lamentar entre nós este
desastre.
O sr. Nascimento era filho do sr.
Major Cesar Augusto do Nascimento
que por alguns anos administrou a Ca
sa Relvas nesta vila. é sua esposa é fi
lha do sv. Major Castro tendo uns €
quero fé fardo STA varias, vezes na Ger
Zades,
Lamentando este grande desastre
acompanhamos os srs. Majores Nas-
cimento e Castro no grande desgosto
porque acabam de passar.
Providencias
Pedimos, a quem o possa fizer, que
ponha cobro áquele estado de imun
dice em que se encontra o largo da
Misericordia, ao fundo das escadas do
Adro
Temo-nos referido bastas vezes a
este local sem que até hoje tenhamos
sido ouvidos,
Lembrem-se ao menos, se quizerem
pôr o templo de parte, que está ali a es-
cola do sexo feminino e que diariamen-
passam ali, umas dezenas de crian
ças que a frequentam,
Está definitivamente assente a vinda
do sr. P.º José Das Junior, actual pá-
roco na freguesia do Troviscal, deste
concelho. para coadjutor e futuro su-
cessor, do vigario desta vila.
Dizem-nos que para substituir o sr.
PD. José Dias na paróquia do Trovis
cal irá o sr. cónego Joaquim Mendes,
que ora paroqueia a freguesia do Nes-
peral.
Com pequena demora esteve nos
Ramuslhos, de visita a sua familia, o sr.
Antonio da Costa Lima. »
—Na Passaria esteve tambem por
igual motivo com pouca demora, o sr.
if Marques Pires, socio da firma Mr-
ques Pires & C*, de Benguela. X
—A despedir-se de sua familia es-
teve na Ceriã, o sr. Daniel Eugenio
Rodrigues, escrivão e tabe ião em Ben
guela para onde vai partir brevemente,
= Sail para a capital o sr, Antonio
Pedro da Silva Junior:
—Retirou já para Lisboa, o sr. dr.
Antonio Dias da Silva, tenente medi-
co ganga 1 cidade,
Sai brevemente parsfadedp tal o
Sp NES rique Pires de Moura,
—Estevé na Certã, o sr. Luís da
Cruz: ;
—Re egressa á Certa, por estes dias, ã
o sr. losé Pedro Franco.
— Parte brevemente para Benguela,
aond» vai tratar dos seus negocios co-
merciais, o sr. João Lopes da Silva.
—Regressou já a Lisboa o sr. João
Nem=zio da Silva.
* esperado por estes dias em
Oleiros o sr. dr. Francisco Rebelo. de
Albuquerque.
—Tem sentido ligeiras melhoras,
tendo já saído algumas vezes a pas-
seio, o sr. Gustavo Bartolo, secretario
da administração do concelho”
=— Tem aguardado o leito; grave-
mente enferma, a esposa do sr: João
Joaquim B anco.
*
Durante a semana vimos na Certa,
Os nossos presados assinantes SIS.
P.e Munuel Alves Pereira, José An-
tonio, Antonio Barata de Almeida, Jo
sé Gonçalves Rei, Joaquin Ribeiro de by
Andrade, Adelino Nunes Marinha, P’
sidonio Branco, Manuel Marçal, Ma
nuel Nunes, Joagium Fernandes da
Silva, Antonio Agrepino da, Silva,
Julio Serra. p
Aniversarios
Fizeram anos no dia 25 de Feverei-
ro o sr, Antonio J. Ferreira de Andra-
de e seus filhos sr,º D, Leopoldina
Isaurae Antonio Rodrigues de Andrade.
Parabens.
CORETO
O nosso colega: local—Pútria”‘de
Celinda-—sabe que algumas senhoras
c=itaginenses se interessam pela cons-
trução dum coreto: uu dos muios q
Ra asim DORES qi CEnhks df Bl
lhes dirigiu. Até nós ainda não chego u
tão grata notícia mas folgamas podê-la 4
transmitir aos nossos-Jeitores visto vir
de tão bou fonte,
Oxalá que as ilustres damas! Certo
ginenses com a aproximação da prima- À
vera senão esqueçam do coreto para x:
só se embrarem das fores.
Sermões Quaresmais
Abriu este ano a serie da confer
cias quaresmais, na, egreja matriz, O
Ro P. José Francisco, da Varzea,
pregador já conhecido no nosso meio.
Todo o seu discurso versou sobre
a excelencia do sacramento da euca-
ristia e pureza da confi-são como con-
dição para o receber, de forma a sa-
tisfazer ao preceito envang ico:
Servindo-se duma linguagem cha,
conforme convinha à maioria gaudi-
torio, o orador conseguiu faderse com-
preender de todos os que o escuta vam
com atenção, no me o dos quais nos
lembra ter visto tambem bastantes pes-
soas da nossa primeira sociedade,
No final do sermão, que durou três
quartos de hora, foram executados, ao
côro por um grupo musical, sob a re-
gencis do sr. Ferreira de Andrade, al-
guns versículos do miserere.culos do miserere.
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» Correspondencia de Lisboa
Espirito Gentil,
| “Sobe “que vou todas as 2.º feiras à Estação
Central, na mala-posta deitar esta minha cor-
respondência ? .. k
um vinco de amizade para me agradecer.
Lisboa soturnamente asfixia numa escuridão
temível e cada vez soa mais alto o seu estor-
tor de agonisante capital da opulência, arte e
bom gosto.
Raramente vemos as ruas centrais animadas
daquele requinte de purismo, formosura e gra-
ça que em outros tempos nos elevava e sedu-
tai. O
Teem-se extremado-com notoridade flagran-
te ambos os postos dos arraiais inímizos.
– As conferências da Liga Naval não são des-
merecidas pelos artigos doutrinários, discipli-
nadores e conscientes do brilhantissimo órgão
do Integralismo Lusitano.
que êles afirmam o Querer da moderna
geração.
Se a não move a ideia dum assalto ao Po-
der, ela pelo menos propõe-se uma obra de
construção cujas bases principais são a Fa-
mília e a Pátria dignificadas pela Autorida-
de superior heriditária consciente é responsá-
vel, e pela obediência firme e confiada nos
destinos prósperos duma verdadeira Nação.
+ Ex. não recusará a sua assimatura’e creio
que até mesmo recomendará como necessário
€ imprescindível a quem pensa no Futuro da
sua terra natal a leitura proficua de tão inte-
ressante jornal… )
* Como fazem falta aos meus olhos de Esteta
profundissimo outros olhos cheios de Luz que
vicsssem so encontro dos meus e nêles derra-
massem a essência única do Bem ou da Arte
sublime e perfeita que me aureolasse para
Cc sempret… .
E a minha confidente longamente afastada
de mim !.,. É
Cumpra se a vontade suprema dz quem tu-
do pode, manda e quer sópre os destinos hu-
e manos !… ”
– Há-de ser lhe imensamente agradável o fac-
to de atravessar agora um período de calma
tranquilidade de ventura superior…
Em tão pouco se resumem as mjnhas am-
* bições… um pouco de felicidade interior as
reatiza;—a Paz da consciência ante o mais…
pasa 3 Amato sis aa
bo ; A senhora das armadas, rainha dos mares,
] á cidade de mármore e do granito continua a
“evidenciar-se, como nr’ncêsa encantada, nas
Me mil e uma noites Ja minha Infância perdida.
A Os soldados portugueses vão atestando lá
fóra as maravilhas do seu épico valor nobre-
“mente, como Heróis antigos, êles e os bravos
oficiais milicianos escrevem a Página do Por-
tugal futuro pelos mais altos feitos do his-
torico Passado!…
Que as noivas, irmãs ou esposas por êles
deh creed as mãos qos ceus nas mais
picdosas orações. Ê ;
Que nenhum pai recuse ao filho nesta hora
solene e decisiva a benção, o baptismo da
confiança na vitória 1…
Segredam-me aqui ao ouvido algumas en-
graçadas e imprevistas observações sob a côr
dos seus olhos azuis e o tom dos seus cabelos
“louros .. –
Como êles desconhecem os matizes sur-
preendentes dos olhos verdes da Quimera, e
os afogueados esbatidos das tranças diáfanas
da Fantasia…
Desconhecem a beleza dos contrastes e fin-
gem ignorar o extraordinário encanto da Har-
monia… A
ar — Mas eu divago e arquitecio novos proces;
= sos de composição artística e elaboração es-
“tática. caminhando a passos largos contra O
Indefinidae- a consolaçã de que V. Ex. exis-
te, lê’as minhas Ear invocará, com elás, nas
suas horas nostálgicas o coração de Pueta que
as ditou, o espírito de artista que as elaborou,
na ancia de estreitar nas suas a mão estreita
e longa que as escreveu !… e
“Tudo mais nada é ; é estou mesmo capaci
tado que nesse pouco sómente está resumido
tudo quanto de mars elevado poderia anhelar…
“ z
Lisboa evoca dolorídamenteo passado fazen-
do representar no antigo Teatro Normal ou
| de Maria Il o fino rendilhado da comedia a
“Madrugada de Fernando Caldeira. Já este
“ano me lez regressar ao tempo de Garrett e
de Camilo,—os insignes artistas do verbo lu-
sitaníssimo do amargo sofrimento, e do amor
fatal, —represntando se respectivamente o Frei
Luis de Sousa e O Amor de perdição.
Brevemente irãoialiá scena três actos meus
que, sob o titulo de Mal entendidos escrevi o
a o: passado os meus alunos na sua festa,
“querem empenl tan representar,
el negar ts ut nba O se me
da poderia recusar a uma criança ..
— Adeus!… Esta já vai longa a noite adian-
tada tambêm… Suspendo por hoje vagamen-
“Te a nossa comunhão espiritual,
, E |… Curva respeitossmente a fronte
pár ia receber o ósculo sagrado que lhe
prometeis.
Ny | Manuel Ferreira David
| A Festa da Arvore
“Segundo lemos algures deve reali
sar-se em tado o pais no proximo do-
indo. r1 de Março, esta educativa
esta das escolas.
“ VOZ DA BEIRA
* BE
FE
E” do nosso presado colega—O. Po-
(vo de Itanha–a local que vamos trans-
crever e com a que] concordamos plena-
| rasta se bem que, em nosso ver, o
periodo do defeso deveria começar da-
lda a crise excepcional que atravessa-
“mos, em 30 de Março.
A comissão venatoria do nosso con-
celho, no vso dos direitos que a lei lhe
concede, deliberou estender até 28 do
corrente, a permissão de caçar.
Diz aquele nosso colega :
«Perante a temerosa crise de subsis
tencias que ameça o pais, parece nos
acertada medida, senão a extinção com-
pleta do defeso, pelo menos a sua re-
dução.
Que inconvenicnte havia para ore-
povoamento o permitir-se a caça este
ano até 15 dias depois do prazo nor
mal?
Quinze dias de caca no nosso pais
equivale a muitos milhares de cabecas
que vão al mentar muitos milhares de
pessoa
A criação esta atrazadissima devido
ás constantes chuvas e frios do presen-
te inverno, e por isso o prejuizo para
o repovoamento seria quasi nulo.
Mas, ainda mesmo que algum pre-
juizo houvesse, não se atravessa um
momento excepcional?
O nosso alvitre é, como facilmente
se depreende, de caracter transitorio.
Haverá no Parlamento quem o quei
ra aproveitar ?»
Benemerencia
Só pelo nosso colega local — Pátria
de Celinda —soubemos da oferta feita
à escola do sexo masculino desta vila,
pelo sr. Luís Dômingues da Silva, de
uma colecção de quadros historicos,
devidamente emoldurados, no valor de
225500 réis.
Queremos deixar arquivado nas pa-
ginas do nosso semanario, mais este
acto de ben-merencia do sr. Luis
mingues da Silva e por isso damos es-
ta noticia ainda que tardiamente,”
GREMIO CERTAGINENSE
A direcção dêste premio, na sua ul-
tima reunião, deliberou propor à as
semblea geral a emissão de 360 obri-
gações do valor de tomoo, sujeitas ao
juro de 5 no maximo e garantidas
pelo respectivo edifício e mobiliario,
para com o seu produto distratar o
emprestimo realizado quando da sua
construção. ‘
E” muito louvavel esta iniciativa,
pois com a pretendisa emissão de obri-
Epp Lorpa peceaaed anne epi de:
nuição da verba de juros a pagar.
Os capitalistas teem aqui uma boa
mancira de empregar os s us capitais,
porque o juro já razoavel e o valor
das obrigações estão perfeitamente ga-
rantidos pelo edificio Gremio-teatro e
pelos seus seguros que presentemente
com as respectivas mobilias montam a
doze contos.
* Campo de Giprestes
Após prolongado sofrimento faleceu
no dia 22 em Santo Estevam, a sr.*
D. Carolina de Jesus Ferreira que já
contava 71 anos de idade. Rad
A falecida senhora era irmã do Mon-
senhor José Maria Ferreira, Cap:lão
Naval, e tia da sr.* D. Matilde Ferrei-
ra e do R.º P.º Antonio Maria Fer-
reira, missionario português em Timor,
No enterro, que se realisou no dia
seguinte, incorporaram se varios sacer
dotes das relações de Monsenhôr Fer-
reira. ;
Não havendo tempo para exequias
solenes foi apenas celebrada missa so-
lene de corpo presente, e a seguir Li-
bera Me com os respectivos respon
sos e absolvições.
Celebrou o R,*º paroco, P.º Domin-
gos acolitado pelos K 4º Marques e
Ramalkosa. A” estante fizeram a parte
de côro os R.ºº Conegs Benjamim,
P.e Guilherme, P.º Ferreira e P.º José
Martins.
Ao nosso amigo Monsenhor Ferrei-
ra enviamos a «xpressão dos nossos
sentimentos pelo infausto aconteci
mento. E
É CORREIO
Dignaram-se pagar a sua assinatura
os srs :’ Demétrio da Silva Carvalho,
D. Delfina da Silva Carvalho, Francis-
co Alves dos Santos, P. Joaquim Lou-
renço Serrano, Carlos Matias, Antonio
Mendes Barata, José David e Silva,
Manuel Milheiro Duarte, Luís Domin
gues. José Farinha Tavares, Emidio
Magalhães, D. Conceição Baptista,
Carlos Ribeiro, Dr. Bernardo de Ma-
tos, Antonio Barata, Anibal Diniz Car-
valho, Manuel Antunes Clemente, P.
Manuel Alyes Pereira, João dos San
tos
CORRESPONDENCIAS
Oleiros, 26-2
Tem sido muito comentada a nossa
última correspondência para êste jor-
nal, Os enigmas, que apresentávamos à
curiosidade dos oleirenses, foram mor-
tos à primeira leitura, e provocaram o:
riso nos próprios visados, que não en-
contraram, nem podiam encontrar, nas
nossas pobres palavr as, outraintenção
que não fosse a de brincar semofender,
ainda mesmo, os mais sensiveis. Como
os rapazes são bonitos, e não dão à
casca, aqui lhes prometemos para o
próximo ano, se. até lá nos chegar a
vida, uma surpresa,
—Consta-nos, de fonte segura, que vai
ser entregue à Misericórdia desta vila
a quantia de 100%, que a Assistência
Pública mandou para êste concelho, a
fim de socorrer os individuos mais ne-
cessitados, a quem as-últimas cheias
prejudicaram. Desde que aquela im-
portância em nada melhorava as con-
dições dos desgraçados, que ficaram
quase reduzidos à misésia por aquela
grande catástrofe, achamos bem, que
à Misericórdia seja entregue; é uma
»instituição de beneficência, que aos po-
bres socorre na’ medida dos seus re-
cursos, e em breve poderá abrir-lhe
as portas do seu hospital,
— Regressou de Castelo Branco no
dia 24 do corrente o nosso presado
amigo sr. dr. Rebelo de Albuquerque.
=Faleceu no dia 20 do corrente o
sr. Manuel Mendes, abastado proprie-
tário do Vale das Ovelhas. À ilia
enlutada as nossas condolências. )
Sernache dó Eomjardim,
23º 917 !
Promovida por uma comissão de in-
dicação do Párocho realiza-se este ano
em Sernache a função da Semana Sau-
ta, que se espera revista o brilho de
outros tempos, para o que não-faltam
elementos nem a boa vontade do pu-
blico que recebeu a noticia com mani-
festo entusiasmo,
€.
(8) —
Vila de Rei, 27-2-917
Trabalha-se, com grande azafama
nas sementeiras de batata e milho nos
terrenos mais enxutos,
E! muito possivel que a carestia dos
adubos e o receio de que sejam falsi-
ficados contribua para serem mais re-
duzidas as sementeiras no corrente
ano, o que se nos afigura ser um pro-
blema que deve ser convenientemente
estudado para evitar consequencias fu-
turas. “
—Regressou á Boafarinha a ex,”a
sr? D. Rosa Neves Xavier, virtuosa
esposa do do sr. dr. José de Oliveira
Xavier. , 1 ,
— Tambem regressaram a esta vila
as sv.ºs D. Rosalina de Moura Neves e
D. Maria Amalia Neves Marques, não
tendo esta sido operada,
—Amanhã e depois realizam-se nes-
ta vila as reinspecções de todos os in-
dividuos até á idade de 45 anos que
tinham sido isentos.
—Regressaram á Boafarinha e a es-
ta vila os srs. dr. José de Oliveira
Xavier e José Antonio Marques.
DESPEDIDA
Ivo de Abreu Barata dos Reis e sua
familia tendo-se auzentado precipitada-
mente da Certã, de todos se despedem
por êste meio e a todos com-os seus
maiores agradecimentos pelo- bem que
sempre os trataram, oferecem o seu
limitadíssimo préstimo em Belmonte.
ANUNCIO
1.º publicação
Pelo Juizo de Dircito da comarca da
Certã e cartorio do quarto ofício, es-
crivão David, correm éditos de trinta
dias a contar da segunda e ultima pu-
blicação deste no «Diario do Governo»,
citando o interessado Manuel Luís,
solteiro, maior, auzente em parte in-
certa fóra da nação, para assistir a to-
dos os termos até final do inventario
orfanologico por óbito de seu avô
Manuel Luís, morador que foi no
lugar do Vale do Souto, freguesia do
Mosteiro, e em que é cabeça de casal
o seu tio João Luis, residente no mes-
mo lugar.
Certã, 12 de Fevereiro de 1917.
escrivão
Adrião Morais David
Verifiquei a exactidão
O Juiz de Direitó
Matoso.
ANUNCIO
Comarca da Cerjã
2.* publicação +»
Pelo Juizo de Direto da Comarca
da Certã e cartorio do escrivão do ter-
ceiro oficio nos autos de inventario or-
fanologico a que se procede por fale;
cimento de José Maria de Lemos, mo;
rador que foi no lugar do Pampilhal,
freguesia de Sernache, desta comarca,
corr:m éditos de trinta dias a citar og
co-herdeiros Jasé Maria Marques, ca-
sado, auzente em parte incerta no Es-
tado do Pará, da Republica dos Esta-
dos Unidos do Brazil e Antonio da
Silva Lémos, casado, auzente em par-
te incerta em Africa Ocidental, para
todos os termos até fina] do mesmo
inventario sem prejuizo do seu anda-
mento. g
Certã, 16 de Fevereiro de 1917,
Escrivão, ‘
Eduardo Barata Correia e Silva
— Venfiqueir |
O Tuigndgureito
ATODOS INTERESSA SABER
que o melhor café torrado ou moído
assim como todos os demais artigos de
mercearia se vende em Lisboa, na Vi. 2
la Noya Estefania F, F- A. )
Pedir tabela de preços a
“JT. MARTINS
TRAPO DE LAN
Compra-se-a 180 réis desforrado e
ja 140 réis forrado, 7
Pracana –
R. Candido Reis, — CERTA,
CAIXEIRO OU SOGIO
| Ainda empregado e com algum ca-
pital. Carta a esta redação A, B, C.
ALEMÃS AGRIGULAS
DA
Fabrica do Tramagal
PREÇOS DA FABRICA
Vende:
Martins Candoso & Comp.” Limit,”
CERTALAN
Compra-se-a 180 réis desforrado e
ja 140 réis forrado, 7
Pracana –
R. Candido Reis, — CERTA,
CAIXEIRO OU SOGIO
| Ainda empregado e com algum ca-
pital. Carta a esta redação A, B, C.
ALEMÃS AGRIGULAS
DA
Fabrica do Tramagal
PREÇOS DA FABRICA
Vende:
Martins Candoso & Comp.” Limit,”
CERTA
@@@ 1 @@@
Agua DA Foz DA CERTA
4; Água minero-medicinal da Fox
da Certã apresenta uma composição
quimica que a distingue de todas as
outras até hoje usadas na terapeutica.
E” cmpregada com segura vantagem
na: Diabeles—Dyspepsias —Catarros
gastricos, putridos ou parasitários;—
atas preversões digestivas derivadas
das doenças infecciosas ;—na convales
censa das febres graves;—nas atonias
gastricas dos diabelicos, tuberculosos,
brighticos, etc. —no paslr icinismo dos
exgotados pelos excessos ou privações
ele ele.
Mostra a analise batereologica que a
Agua da Foz da Certá, tal como se
“encontra nas garrafas, deve ser consi-
– derada como microbicamente pu-
ra não contendo colibacitlo, nem | d
nenhuma -das-especies – pathogencas
que podem existir em águas. Alem
disso,.g A A a de uma certw acção micro-
bicida. OB. Thyphico, Diphterico
é Vibrãô cholerico, em pouco tem-
po nela perdem todos a sua vitalidade,
ouiros microbios apresentam . porem
– resistencia maior.
A Aguada Fox da Certã não tem
“gazes livres; é limpida, de sabor leve-
mente acido, muito agradavel quer be-
Rica Hã quer misturada com vinho.
– DEPOSITO: GERAL
vos BANQUEIROS; Bg-La
, | TELEFONE 2168
GA RDOSO
sisteinas. Operações sem dor.
O dota artificiais em todos os
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Acabamos de receber o Manual ;
Box francês e inglês
Hustrado com 40 gravuras
A activa e conhecidissima caca edi-
tora Gonçalves, da Rúa do Mundo, 12
Lisboa, sempre laboriosa e procuran-
do difundir-a instrução e a educação,
abordando todas as formas dos conhe-
cimentos humanos, acaba de tomar
uma esplendida iniciativa, publicando
uma série de Manuais Desportivos e de
“Recreio, destinados a desenvolver en-
tre nós o gosto pela cultura fisica, o
culto da beleza plastica, o amor pelo
exercício ginastico.
Numa edição popular, ao preço dê
15 centavos cada manual, condensan
o em poucas paginas toda a materia
referente do desporto, em volumes de
64 paginas é destinado á descrição de
uma-especialidade, separadamente, co,
mo: Defesa Individual. —Foot-Ball. —
Box francês e inglês. —Luta Greco-ro-
mana.— Atletismo, — Esgrima e vara-
pau, — Ciclismo. — Bilhar. —Desportos
pedestres;— Automobilismo.=- Etc, etc.
Resumos elucidativos é intuitivos es-
critos para todas as camadas sociais,
são no seu caracter compendial e for-
mato portatil como que O vade mecum
do amador de desportos e de todos os
que se interessam pela cultura fisica.
A doutrira expendida nesta biblioteca
é coordenada dos mais perfeitos tra-
balhos no: genero que existem em inz
glês, francês, etc.
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E” realmente digna de ser recomen-
dada esta publicação, não só por estar |
habilmente elaborada mas tâmbem pe-
lo relativo luxo da edição. O tomo que
temos presente, insere o Diário da’Guer-
ra, de 1 a 31 de Março de 1916 e as
seguintes gravuras;
Vista panoramica da cidade de Bag-.
dad; Orfãos servios chegados a Mcr-
selha e dirigindo-se do cais do desem-
barque para o local do seu alojamento
provisorio. Destroços causados pelas
bombas dos zeppelins em Londres;
Uma casa que ao derruir fez 10 vitimas.
Não se pode exigir mais, e é muito
de louvar a iniciativa desta casa edito-
ra, pondo assim,ao alcance de todas ||
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sante,- educauva é de flagrante actua-
lidade,
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