Voz da Beira nº144 24-12-1916

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Ano 3.º

REDATOR PRINCIPAL :

Eructuoso ires y
ADMINISTRADOR E EDITOR;

A. Pedro EBamalhosa

 

Redução é dEdministração:
o Rua Dr. Santos Balente
“sm DEREPA

 

anã

=) se Assinaturas

Anno, 19200 réis; Semestre, 600 réis
Brazil, (fracos) 56000 rs. Avulso, 30 rs.

neinstã
eBinaril

Propriedade da

+12 5

-—==— ;

Empreza da Voz da Beira

E À
utiss F ou cui a
– 24-12-916
VA todos os nossós presa-
dos assinantes, coluboradores

e amigos, « «Voz du Beira»
envia o seu cartão de

‘ Boas-<Fostas.

Natal!

Eis para qualquer espirito culto
uma pagina de meliflua poesia, pa-
ra o crente, una lição preciosa do
dogma mais encantador do catoli-
cismo, e para-o poeta cristão um
mixto de poesiá € religião, de terra
e céu, de coração e inteligencia. O
luar algido duma meia-noite fria de
Dezembro, os vagidos do recem-
=hado, mais belo que as lindas flo-
res de Jericó, reclinado sob’as pa-
lhas duma mangedoura, as baladas
campestres dos pastores, os canti-
cos dos Anjos—das pombas do Pa-

218

“raiso—que descem em “musicos

bandos a poisar-se no berço do
Deus menino, a gruta estabulo on-
de animais remoem compassada-
mente, céu onde um Deus é corte-
jado por uma Mãe Virgem e um
Esposo casto e louvado por Anjos
e por homens, templo onde res-
soam, hinos celestes, a gruta con-
(smBlada assim, deva sErsIBUIZAR O
coração que tiver um pouco de sen-
timento natural, por incredulo que
seja. Da
Para o espirito reflexivo dum

cristão ha aí mais que incitamen-|.

tos do belo natural. O ‘poeta cren-
te sente as vivas comoções da be-

leza sobrenatural, o Verbo eterno, |

por quem tudo recebeu ser e vida,
o Filho Unigenito do Padre, o Deus

“dos seculos, o Rei do universo, re-

clinado nas palhas duma-mange-
MO Senhor dos Anjos e dos
homens reduzido às condições de
escravo, e tudo para resgatar uma

“criatura maldita que recusara ser-
vilo. O sublime contraste entre os

resplendores do Paraiso e as pa-
lhas duifivsarral;yntre Deus Eter-
no:e homem mortal, espanta as in-
teligencias; o-coração elevado des-
faz-se em sentimentos de humilda-

“de, reconhecimento e amor. +

Feliz o cristão que abraçado com
os membros da sua familia na tra-
dicional consoada, e na solenidade

“da meia-noite de este divino dia,
“sente este misterioso e santo rego-

A

GSSEMANARIO INDEPE DENTES
DEFEZA DOS INTERESSES

Certã, 24 de Dezembro de 1916 |

DA COMARCA DK CERTA

PUBLICA-SE AOS DOMINGOS

sijo, prenuncio da eternidade. Infe-
licissimo o incredulo que não per-
cebe estas doces comoções de que
tanto carece o coração humano pa-
ra se desenfastiar das preocupa-
ções terrenas.

o

O Presepio não é sómente a in-
carnação sensivel do dogma augus-
to da nossa Redenção. O Presepio
é a verdadeira escola onde deve-
mos aprender os solidos principios
para a orientação -da sociedade ho-
dierna, tão desencaminhada do seu
verdadeiro rumo. ,

Três grandes feridas abriwo dra-
gão infernal no coração do homem
com o pecado original:—O amor
das riquezas, o amor dos homens e
o amor dos prazeres. A humanida-
de recebeu com o sangue benefico
dos nossos primeiros pais o conta-
gio maligno, que se alastrou por
toda a familia de Adão. A tardan-
ça’ do remedio exacerbava o mal,
e esse grande enfermo delirante
como a febre daqueles amores, ar-
dente como os tições que o acen-
deram, lança mão sedenta das cria-
turas’ para matar a sêde da felici-
dade que o consome.

Amontoa riquezas fabulosas, con-
quista honras e venerações, à car-
ne não faltam ocasiões do prazer,
tudo porêm é lenha para lhe ali-
mentar a febre, que, se afrouxa, é
para levantar novas lavaredas. E o

“inferno, no auge febril do seu deli-

io, exclama pela boca do, mais-fe-
ita dos mundanos: Buidade, meri-
ira, aflição de animo, tudo é
só engano; melhor é o dia da
morte que o do nascimento.

; P. B. Ribeiro,
Bispo de Caho Verde

No dia 11 bastante clero deste ar-
ciprestado, dentre o qual nos lembra!
ter visto os Rv.º” Arciprestes P.º Fran-
cisco dos Santos Silva, P.º Jose Dias.!
do Troviscal; P.º José Francisco, da
Varzew ‘P.º Izodro Farinha, de San.
t’Ana; P.º Guilherme Marinha, da Se-
nhora dos Remedios, P.º José Marques
de Macedo e P.º António Pedro Ra
malhosa, esteve no Vergão, de visita a;
S. Exº Ry.“s o Sr D. José Alves
Martins, venerando Bispo de Cabo
rerceas 01H! A tiny 3 F

‘ Bispo de Portalegre

Passou na quarta-feira dia 13, o ani-
versário natalício de ‘S. Ex.* Rv.”! o
Sr. D. Manuel da Conceição Mendes
dos Santos, virtuoso e inteligente pre-
lado “desta: diocese, por cujo motivo

endereçamos a S. Ex.“as nossas mais
sinceras felicitações. k

pendres,, o que tambêm. não vai fóra
do eixo. E –
Aos srs. vereadores fica a escolha

sobre, o, que mais convier; se alpon-
dras para vasear o charco, se alpendres
para abrigo dos transeuntes enquanto
o aguaceiro não passa.
Correios Í

‘Ultimamente tem chegado. mais á
hora o carro da condução de malas de
Tomar.

Bem. haja a companhia arrematante
por modificar o serviço dos carros nes-
se sentido, pois é óbvio que o subsidio
de 8 escudos pagos pelo governo, diá-
riamente, se entende para a condução
de malas e não para passageiros.

Para esses deve a companhia pôr
outro carro em serviço separado.

Gruz de Guerra

Por decreto de 30 de Novembro foi
criada a Cruz de Guerra destinada a
galardoar os actos e feitos praticados
er «campanha Po ilitares ou civis.
pera dnátio eásdes: pra dim Sia Gidras
correspondendo o maior merecimento
à 1.º, e o menor á ultima. É

O condecorado com a Cruz de Guer-
ra terá direito a honras militares.

Se o condecorado com qualquer
classe da Cruz de Guerra, nãowiver
meios de subsistencia, ser-lhe há con-
cedida uma pensão diaria.

Na concessão da Cruz de Guerra de
qualquer classe, a militares; ter-se há
apenas em atenção a qualidade e à
grandeza do acto ou feito práticado em
campanha e nunca a graduação do mi-
litar a galardoar,

Recenseamento militar

Os mancebos que até 31 do corren
te, completarem 16 e 19 anos, devem
participá-lo por si, seus pais e tutores,
á Comissão do Recenseamento Militar
(Câmara, Municipal) a fim de não caí.
rem. na aplicação das penas e multas
estabelecidas na Lei, . :

|Envernia

Tem continuado a invernia. As ri
beiras teem tomado grande volume de
agua, Em virtude do mau temp», tem
estado suspensa a apanha da azeitona
o que bastante prejudica o lavrador
porque muita tem caído e tem sido le-

vada na enxurrada,

AVENÇA .

Quando no ultimo numero falamos !
do Adro, reclamamos para ali a colo-
cação de alpondras, ás entradas para se
poder transpôr o lago formado pela chu-
va, porêm, como a.nossa caligrafia tem
por vezes alguma coisa de hieroglífica,
os srs. compositores interpretaram: al-

Anuncios
Na 3.ºe 4.º paginas cada linha, 50 réis
Noutro logar, preço convencional
Annunciam-se publicações de que se
” receba um exemplar
Não se restituem os originaes

Já se está pagando por 39200 réis
o decalitro de azeite, nos lagares des-
ta vila.

Dizem-nos que em virtude da sua
excelente qualidade, tende ainda a su-
bir o seu preço.

Nova casa comercial

No próximo dia 1 de .janeiro, deve
abrit-se ao-publico, na”rua do Vale,
desta vila; uma nova” casa’comercial,
de que é proprietario, o sr. |Antonio
da Silva Lourenço, conforme o anuncio
que adiante vai inserto.

Ponte sôbre o Zezere

Foi difinitivamente adjudicada ao sr. :
José Mendes de Oliveira, de Figueiró
dos Vinhos, a empreitada da ponte sô
bre o Zezere, no sitio da Boiçã, tendo –
já principrado os respectivos’trabalhos.

Findas as obras agora ‘ajudicadas,
fica a ponte quasi-concluida.

E” um melhoramento de alta impor-
tancia para a nossa região e muito fol-
gamos dar esta noticia aos nossos lei-
tores, pois a conclusão da Ponte em
questão vem beneficiar os interesses
materias do nosso concelho que assim
fica ligado com o distrito de Leiria.

Casamento

Na freguesia de Monte Pedral, em
Lisboa, realizou-se no passado domin-
go o enlace matrimonial do nosso as-
sinante g patricio st. Alfredo Morciras
comerciante e industrial, coma sr.* D.
Januaria Ferreira Marques, proprietá-
ria, ambos residentes na capital.

Senviram de padrinhos por parte do
noivo o sr. David Moreira, seu irmão,
ea Sr” D. Maria Carolina de Men-
donça, e por parte da noiva, o sr. Au-
gusto Fernandes Garcia, industrial, e,
as. D. Laura Fernandes Garcia.

| Aos noivos, desejamos uma prolon-
gada lua de mel. !

Juntas de reinspecção,

Terminaram já neste concelho os
serviços de reinspeção dos individuos
compreendidos entre os 25 e 45 anos.

Por esta razão regressa hoje a To-
mar a respectiva lunta mas seja-nos
Jicito deixar aqui consignada a re:
tidão, imparcialidade e justiça como
procedeu neste concelho.

Todos os individuos eram recebidos
duma forma extremamente delicada,
sem ménos atenção por quem quer
que fosse, pobre ou rico, e com a jus:
tica que presidia às suas decisões, vi-
mos que saíam dos Paços do Concelho
verdadeiramente satisfeitos os inspecio-
nados, Te |nspecio-

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Teatro “Tasso,,

 

Deve realizar-s- no proximo dia 31
a recita infantil a que nos temos refe-
rido nos nossos anteriores numeros,

O especraculo dividir-se ha’ em.
partes e terá a seguinte ordem:

1.2 PARTE

N.º 1— Funiculi-Funiculá, letra do sr.
Carlos Ascensão. Coro cantado pe-
las meninas Fernanda Monteiro, Ofe-
lia. Pires, Maria Constança Lopes,
Maria do Carmo Magalhães, Ruth
Valente, Isaura Ascensão, Lourdes
Branco, Ema Martins e Mimi Pires,
e pelos meninos Antonio Andrade,

“Jorge Ascensão e Nuno Ascensão.

N.º 2— Os fantasmas, comedia desem-

– penhada pelas meninas Ofelia Pires,
Constança Lopes, Isaura Ascensão e
Mimi Pires, e pelos meninos Anto-
nio Andrade e Jorge Ascensão.

N.º 3—0s patos, dueto cantado por
Fernanda Montero e Antonio An-
drade.

N.º 4—0 guloso, monologo por Jorge

Ascensão.

Rs A 2.* PARTE

N.º 1—Velhacarias infantis, comedia
desempenhada por Fernanda Mon-
teiro e Antonio Andrade.

N.º 2— Vou recitar, monologo por Mi
mi Pires. |

N.º 3-—Ai! Ai! Titi, cançoneta por
Fernanda Monteiro.

N.º 4—Com dor de dentes, monologo
“por Constança Lopes. –

34 PARTE

N.º 1—1Ideas do Bébé, comedia desem-
penhada por Fernanda Monteiro,
Isaura Ascensão e Jorge Ascensão.

N.º 2—Casamento da Boneca, mono-
logo por Fernanda Monteiro.

N.º 3-Babá, “Bebi, Bibi, terceto co
mico por Fernanda Monteiro, Anto-
nio Andrade e Jorge Ascensão.

ia

*
O espectaculo começará ás 20 ho-
ras prefixas e terminará ás 23,

 

– O General Comandante da 5.º e
7.º Divisões do Exército fez
afixar neste concelho, edi-
tais que conteem as seguin-
tes prescrições a que todos
Os cidadãos deverão obede-.,
cer, E

Ninguem poderá transitar nas ruas
desde as 23 horas às 6, devendo tam-
bem as casas de espectaculos, clubs e
estabelecimentos conservai-se fecha-
dos durante esse tempo.

As tabernas, lojas de bebidas e quais-

— gRAT Quiras E AP
RAD plRtATdS Fes” Retiro fe balE éisas
ninguem, alem dos p oprietários.

São proibidos ajuntamentos nas ruas,
lojas de bebidas, catés e outros cesta-
belecimentos publicos. f

“Todos os jornais e impressos não
poderão circular sem ser submetidos
ao visto do chefe do estado-maior da
Divisão. sendo desde já proibida a pu-
biicação de quaisquer deles adversos

ao regimen. a

Contra os que desobedeceremm será
movida repressão energica é imediata,
alem da punição que hajam de sofrer
nos termos da Jei, ;

Estão, pois, suspensas as. garantias
e estabelecido o estado de sitio.

EscoLas MovEIS

“E’o titulo dum livro a que já aqui
nos referimos, com merecido louvor
ao seu autor, 0 ex Ҽ sr, Abilio David,
nosso patrício de Pedrogam Pequeno,
hoje residente em Lisboa. y

Aos que prezam a instrução do
povo e por ela trabalham, quer com
o ensino quer com o auxilio monetario,

fará bem ler aquelas cento e tantas
páginas, repassadas de vigor literario,

“onde há muita sinceridade e verdade.

São elas um grande desabafo dalma

VOZ DA

do seu autor, a quem campunge tanta
treva ainda hoje dominante -no pais,
mesmo apezar dos esforços que aque-
la instituição tem posto em. pratica
para a debelar.

O sr. Abilio David que fala por
sclencia propria, depois duma longa
experiencia consagrada ao labor das
escolas moveis, tem bem o direito de
vingar a justiça que lhes assiste como
um dos principais elementos de pro-
paganda instrutiva no pais.

Agradecemos o volume que nos foi
enviado e recomendamos a sua aqui-
sição aos que se interessam pela causa

popular.
Monte-pio Certaginense

Reuniu no passado domingo na sede
desta associação, a Assemblea Geral
afim de apreciar uma proposta apre-
sentada pelo socio sr. l’rutuoso Pires,
sobre o aumento de vencimento elobri
gações do respectivo cartorario, e, ain-
da para proceder a eleição dos corpos
gerentes que hão-de funcionar no. pro-
ximo ano.

A assembleia tomando conhecimen-
to da proposta deliberou enviala á
direcção para dela conhecer e dar a
sua informação e elegeu os seguintes

socios:
DIRECÇÃO

Presidente— José Dias Bernardo Junior
Vice-presidente— Adrião, Morais David
Tesoureiro—Antonio Nunes de Fi-
» gueiredo É

Secretário— Anibal D’niz Carvalho
Vogal-—Joaquim Afonso Junior

“ASSEMBLEIA GERAL,

Presidente— Augusto Justino Rossi

1.º secretário — Francisco Pires de
Moura

2.º secretário — Zeferino
Moura

“CONSELHO FISCAL

Presidente—Dr. Antonio Nunes de Fi-
gueiredo Guimarães

“Relator—Demetrio da Silva Carvalho

Secretário—Jacinto Augusto da Cunha
Valente

Lucas de

 

Dr. Rebelo

Tem passado gravemente enfermo,
na sua casa em Oleiros, o Sr. Dr.
Francisco Rebelo de Albuquerque.

Desejamos-lhe rapidas melhoras.

Delivrance
eve a sua delivrance dando 4 juz
uma creança! do’S:xo [emenino, à espo-
sa do Sr. Manuel Milheiro Duarte, as-
pirante de finanças neste concelho,
Os nossos parabens.

Inspectores escolares

“A convite dos inspectores escolares
dos circulos deste distrito, devem reu-
nir-se em Lisboa,.no próximo dia 20,
os. inspectores escolares do país afim
de reclamarem do governo melhoria de
situação. ‘

; Novo imposto?

A comissão executiva da Camara
Muncipal, deliberou na sua sessão,
propor a Camara deliberativa a crea-
cão de um imposto directo sobre a ex-
portação de madeiras, lenhas e carvão,

Casamento

Em Benguela (Africa) realizou-se em
Agosto último o casamento do nosso
patricio sr. Virgilio José Alves com a
sr* D, Maria Benedita da Conceição
Pires, R

Desejamos-lhe uma prolongada lua

de mel.

BEIRA

SECÇÃO LITERARIA
EEE

Perdão, Senhor, mas eu não posso mais;
“Dilacera-me o peito uma agonia…
Dai-me a Vida na Paz duma utopia

Ou a Morte a turturar meus ais !

Não pode ser !… Conheço quanto amais
Nos mundos que criastes num só dia

Os vossos filhos ver com alegria
Bemdizendo-vos naquilo que criais !

Não pode ser !… Nem uma lei tolera
Esta dôr infernal que dilacera
Um espirito crente idealista…

Como o vento imporiuno e sibilante,
Num roído plangente e soluçante
A dúvida cruel dum fatalista..,

Mm. Forraira David.

; pastos
NATAL,!

Noite de Natal da minha terra !

Noite de Natal de saudades! Um luar
lindo: a desenhar na tela dos caminhos
troncos de arvores despidas de folha-
gem. Bandos de raparigas e rapa-
zes que descem os montes cantân-
do alegremente ao som dum har-
monium ou duma simples flauta pas
toril aquelas canções tão genuinamen-
te portuguesas, aquelas quadras nasci
das pelos campos entre o soluçar dos
arroios e o loirejar das espigas e o si-
no num tanger festivo a convidar os
fieis para a missa do galo!

“Velhos que passam com sombras do
Alêm envoltos nos seus capotes de bo-
rel, enquanto a mocidade desdenha do
frio cortante, dançando descuidada no
adro da Igrsja!

Meia noite. E o padre numa voz ca-
denciada faz resoar pela nave do tem-
plo o’Gloria in excelsis Deo.

Repica o sino alegremente e pelas
quebradas dos outeiros parece ouvir-se
em sons extranhos :— Natal! Natal!

Fumegam os telhados das aldeias que
se perdem pela orla dos montes e en-
quanto a lenha crepita na lareira e as
filhós | refervem na certã, a avósinha
conta á pequenada irriqueta um pou-
co da historia do pequenino Jesus.

«+. Foi numa noite fria como aque-
la’que na manjadoura dum huinido es-
tabulo, entre dois animais nasceu o Me-
nino Jesus…

 

Noite de Natal da minha terra! Co-
mo eu te recordo com ;saudade !

Como: me faz falta aquele luar cheio
de poesia, aquelas canções campezi-
nas, o repicar do velho sino, o crepi-
tar da lenha na lareira junto da qual
se reunia a minha familia ao voltar da
DIaaRadO Bale = 40s meus ouvidos
parece” chegar o éco duma carição di-
vina que a briza fresca da manhã rou-
ba aos cardos silvestres, aos lirios dos
vales e aos crisântemos dos jardins,
ajoelhados ante o trôno de Deus, sau-
dando ‘a aurora que fulge:—a aurora
de Jesus!

Para tantos o Natal é um dia de fes-
ta! Para mm que-vivo longe da fami-
lia o Natal é apenas um dia de sauda-
des uma”

Lisboa, 1916. Santos e Silva.

Campo de ciprestes

No lugar do Bailão, freguesia do
Cabeçudo, faleceu no dia 18, confortado
«com todos os socorros espirituais O sr,
Rafael: Baptista, de 80 anos de idade.

Era pai do Sr. José Rafael Baptista,
tenente reformado do exercito de Á fri-
ca, residente em Abrantes e irmão
dos Srs. António Rafael Baptista, ca-
pitalista, residente em Lisboa, e João
Rafael Baptista, desta vila e tio do
nosso amigo P.º Maximiano Rafael
Baprista, missionario da provincia de
Moçambique.

A. todos estes nossos amigos bem
como às demais pessoas da sua fami-
lia enviamos a expressão sincera dos
nossos pezumes )

—De Proença-a Nova, estiveram na
Certã na passada segunda-feira, ossrs.
José Alves Catarino, Simeão Lopes
Tavares, João Lopes Manso, José An-
tonio da Silva e Antero R. Gonçalves.

— Esteve na Certã, de visita a sua
familia a sr.* D. Clotilde Brandão Lo-
pes. aa

—Regressou de Coimbra o sr, Car-
los Santos.

—Tivemos’o prazer de ver nesta
vila, já melhor dos seus padecimentos
o sr. Antonio Pedro Ferreira Biscaia,
de Sernache.

—Está na Certã, o prestigitador sr.
José Albino da Silva, que tem apre-
sentado os seus trabalhos no Teatro
Tasso. :

—Chegaram ontem a esta vila em
automovel directamente de Lisboa, os
srs. Manuel Martins Cardoso, ilustre
deputado por este circulo e José An-
tunes Pinto, lente do Instituto de Agro
nomia e Veterinaria.

—Com sua esposa regressou á Cer-
tã osr. Dr. José Carlos Eharhrardt,
facultativo municipal nesta vila.

—Com. sua esposa e filhos retirou
ontem para Lisboa, onde vai fixar re-
sidencia por algum tempo o sr. José
Lopes dos Santos.

—A passar as ferias está na Certã,
o menino Marcos Vinicio, aluno do Li-
ceu “de Sentarem e-filho do nosso ca-
marada sr. Frutuoso Pires,

—Voltou a Lisboa o sr. José Pedro
Franco;

—São esparados hoje nesta vila os
srs. Henrique Pires de Moura e Anto-
tono Costa e sua esposa, vindos da
capital.

— Esteve na Certã de visita a sua
familia, 0,sr. José Dias Lourenço, 2.º
sargento de cavalaria n.º 2.

—Das suas propriedades da Amiei-
ra, regressou á Certã a sr.* D. Inácia
Tavares de Moura,

— Esteve novamente na Certã em
serviço judicial o sr. Dr; João Antonio
de Souto Brandão.

— Passou na Certã para Oleiros, o
sr. Dr. Francisco de Albuquerque Mes-
quita e Castro, de Casteio Branco.

*

Durante a semana vimos na Certã,
os nossos assinantes srs.: José dos San-
tos Junior, Padre Candido da Silva Tei-
xeira, Conego Benjamin da Silva, Joa-
quim da Silva Ladeiras, Manuel dos
Santos Antunes, José Joaquim de Bri-
to, João. Carlos de Almeida e Silva,
José Antonio, Padre José Martins da
Silva, Antonio Pedro da Silva, Jaime
BE dtontsnio Marto Rios da doi Mou-

“— Foi eleiro presidente dos alunos da
escola movel de Lastelo Branco, o nos-
so amigo e patrício sr. Abilio Nunes
Marques,

Felicitamo-lo.

Aniversarios

Fizeram anos: , 1
No dia 22, a sr.* D. Georgina Bar-
tolo de Matos e omenino Rogerio Ma-
vinha Lucas,
Parabens

AGRICULTURA,

Sementeira das ervilhas

Ninguem desconhece ‘a’ dificuldade
enorme que ha em salvar a sementei-
ra; das ervilhas. 1 ni; spo botas

Lançadas à terça isa terminar
a estação inverhósa, lógo Que” princi-
piam à germinar, os terrivelmente ra-
ps pardais falhos de’ mimosos e sa
orosos pastos, | destroem-nas com o
seu bico duninho, ajudados tambem
como auxilio das lesmas, que tanto se
desenvolvem com as humidades da
estação. é RM

Acabo de saber de uma receita infa-
livel, que em Nine aprendeo de um
caseiro o destinto e inteligente floricul-ricul-

 

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tor amador e meu presado amigo, sr.
Alberto de Fguciredo, e que é de uma
facilidade extrema ec economica. Jun
taram-se os dois proveitos num saco:
bom.e barato e para ajuda vai agora a
receita tambem pelo preço da chuva.

Consiste apenas no seguinte: antes
de semear; enfarinha-se primeiramente
em flôr de enxofre o grão da ervilha,
e logo que principiarem os primeiros
vestígios da germinação, faz-se no lo-
cal a aplicação do enxofre e os alados
vorazes nunca mais tentarão destruir
o ervilhal,

Que pena eu não ter tido mais cêdo

conhecimento da receita! Desisti do er
viihal porque de duas sementeiras que
fiz de ervilha de grão na minha horta,
deixaram-me escapar apenas meia du-
zia de pés. Na primeira sementeira de
ervilhas de cheiro, a mesma má sorte
me perseguiu…
— Mas alegrci-me tanto ao conhecer es-
ta recita que, embora fóra da estação
(guardem na para o ano), para provei-
par to geral desde logo protestei dála à
luz’da publicidade, o que cumpro.

Julio de Morais.
=

A adubação das oliveiras

A colheita da azeitona, como em ge-

ral é feita, estraga muito as arvores,

mas a pobreza dos terrenos em que a

oliveira é plantada, tambem não lhe

permite uma grande produtividade.

Assim sucede que mu tos olivais pro-

duzem pouca azeitona, e esta limitada

produção só aparece de dois em dois

“A anos, € às vezes entre periodos maiores.

‘E’, porem, possivrl fazer do chão
mais pobre um terreno em condições
de fazer produzir as oliveiras grandes
colheitas anuais, recorrendo por isso
ás adubações.

Os adubos organicos misturados ao
fosfato Tomás, nos terrenos pobres
em cal, e ao superfosfaio nos ierrenos
calcareos, fconveem a esta arvore, de-
vendo ser enterrados com uma lavoi-
ra que chegue às raizes.

A oliveira agradece a adubação azo-
tada, o acido fosforico, a cal ea po-
tassa, sendo-lhe impossivel a vida se
alguns destes elementos: ‘

As folhas de oliveira teem 0,50 de
azote, 0,29 de acido fosforico, 0,74 de
potassa e 1.95 de cal, & os frutos teem
0,27 de azote, 0,13 de acido fosforico
e 0,36 de potassa, por cento. E

Comparada a composição da azeito
na coma do vinho, que contem só
0,02 de azote, 0,03 de acido fosforico,
o,1 de potassa e 0,02 de cal, verifica-
se que a oliveira esgota muito mais «
terra ‘do que a vinha; contudo, todos
pensam em adubar as vinhas e despre-
zam essa pratica quando se trata das
; oliveiras,

— SEDRAD REGREAFIA

“I-Logogrifo

Meu amigo, sai do jogo—5, 4, 8,8, 7
Que ralha a tua senhora—g, 8, 2,3, 4
Pega no teu gabinardo—3, 7, 5, 7

E cobre teu filho agora—q, 8, 2, 5, 2,9

Se tu o tens na cabe a—3,6,7,5,4,9
Aí o quero E tbRa x Rá o 8, 8, g
Porque é mesmo da cabeça —3, 7, 3, 9
Que meu logogrifo vem–3,4,5,6,7.8 9

“Só quem tem boa cabeça

Pode o todo encontrar,

Porque eu, inda tendo duas,
= Já ‘stou farto de scismar,

Tiago José da Costa.
» Novissimas
PEA j
ES Ho meu quarto
de vestir!=a—1.
– —Busca que é rija na aparencia—s

+ Cercadura em zig zag é lima em
pu — rebanho—z—a.
o x Stélla.

Decifrações do numero

anterior
“Amalia–Amarelo— Carapau. à

te os. aros ha muito lha não tivessem

CORREIO

Dignaram-se pagar a sua assinatura
os nossos presados assinantes Srs.:

José Farinha Junior, Rafael Lopes
da Mata, José dos Santos Junior, João
Baprista, P. Mario da Silva Baptista,
Bento Felipe, Benjamim da Silva, Ma-
nuel “os Santos Antunes, k

— CORRESPONDÊNCIAS

Oleiros, 18-X11-916

No dia 14 do corrente foi vitima de
um lamentavel desastre o nosso preza-
dissimo amigo sr. dr, Rebelo de Albu-
querque.

O cavalo em que s. ex.* montava
precipitou-se de grande altura, arras-
tando consigo o cavaleiro, que, com a
violencia do choque, ficou prostrado, e
com sinais manifestos de graves lesões
internas. Transportado o grande ami-
go de Oleiros, em braços de pessoas
queridas, até à sua residencia nesta vi-
la, e entregue aos cuidados do ilustre
facultativo municipal, sr. dr. Peixoto,
por este lhe foram prestados os pri-
meiros socorros. Reconhecida, porêm,
a gravidade do caso, e não querendo o
ilustre clinico assumir por si só a res-
ponsabilidade do tratamento, ordenou
Ique se telegrafasse 4 familia do doen-
te prevenindo-a do desastre, com a re-
comendação de que outro medico com-
parecesse e se fizesse acompanhar dos
instrumentos cirurgicos ‘que para o ca-
so indicava. 7: f

Horas depois chegava de Castelo
Branco um automovel com o sr. con-
selheiro Albuquerque, pai do enfermo,
e sua ex.” familia, sr. dr. Russo, aba-
lisado clinico, e sr. Figueira, enfermei-
ro dos hospitais. À gravidade do caso
continuava preocupando seriamente to-
das as pessoas que rodeavam o doen-
te, especialmente seu ex.mº Pai, em cu
jo rosto transparecia a angustia que
lhe torturava o coração, e seria bas-
tante para lhe cobrir de neves eternas
a formosissima cabeça se os desgostos

embranquecido.

Encheu-se o nobre solar da ilustre
família Albuquerque de pessoas de to-
das as classes, na ansia de saberem
noticias do infeliz doente; choviam os
telegramas pedindo informações. Feliz
mente, depois dos primeiros tratamen-
tos, a gravidade dcsaparecia e dava a
esperança de cura, se não tão rapida
quanto todos desejam, pelo menos com-
pleta.

Apresentamos á ilustre familia Al
buguerque, a quem devemos os cari-
nhos que Só a nesspas muito, queridas
parabens PalaS nrAniuras “hoje seem:
tuadas, do seu estremecido enfermo, e
a este damos um abraço muito afec-
tuoso, como só sabem dá-lo amigos,
por ter escapado miraculosamente dês-
te desastre,

De visita a s. ex,” vimos nesta vila
os srs. dr. Mendonça David, de Alva-
ro, José Olaia Lopes Montova, de Cas-
telo Branco, Joaquim Pedroso Barata
dos Reis e seu irmão Teotonio, do Ro.
queiro. ? j

—hHa quasi oito dias que estamos no
regimen de uma verdadeira tempesta-
de, A ribeira trasborda do seu leito
ameaçando arrasar e destruir as pro-
priedades marginais; os caminhos es-
tão quasi intransitaveis e transforma-
dos em verdadeiros caudais -Emtim,
uma desgraça identica á que o ano pas-
sado nos flugelou, deixando no espirito
de todos uma desoladora lembrança.

— Só aqui chegaram muito apagados
os ecos dos ultimos acontecimentos po-
líticos. Formosissima paz da aldeia, tão
belamente descrita pelo saudoso Eça:

—(—
Vila de Rei, 18 — A questão
das subsistencias está ocupando o es-

pinito dos que pouco teem neste con-
celho. :

| VOZ DA BEIRA

* Numa região como esta onde se im»

porta quasi tudo que se consome é
conveniente tomar médidas tendentes
a atenuar o que mais tarde exigirá
remedio. O gado caprino e lanigero
está sendo vendido para fora do con-
celho quando os talhos locais não ven-
dem carne por não a haver. Esta re;
gião consome muitissimo queijo impor-
tado tambem na sua quasi totalidade
e todavia deste concelho sai a maior
parte do queijo que aqui se produz.

A autoridade administrativa. que na
aquisição de milho para abastecimento
dos povos deste concelho, tem sido
duma inexcedivel actividade, não pode
deixar de providenciar quanto a car-
nes verdes e queijo, para que a explo-
ração do pobre não vá até mais longe.
Assim O esperamos.

—Regressou a Lisboa o sr, Germa-
no da Silva.

—Tambem regressou a esta vila o
sr. Manuel Martins Aparício,

— Esteve em Coirnbra o sr. dr. José
de Oliveira Xavier, distinto medico e
rico proprietário neste concelho.

— Esteve em Lisboa, onde foi tratar
da aquisição de milho para este con-
celho, o sr. dr. Eduardo de Castro,
distnto medico municipal,

—Tambem esteve em Lisboa a tratar
dos negocios di sua importante casa.
o sr. Antonio Henriques Neves, bem-
quisto comerciante nesta vila

—Com sua ilustre familia esteve na
sua importante casa do Souto o sr.
José Rodrigues de Matos e Silva.

—Tem chovido abundante e cons-
tantemente ha uma semana e feito tro-
voada. A semana passada caiu grani-
so e nevou.

Estante da VOZ DA BEIRA

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1.º—Um lagar de azeite com olival
e testada de mato denominado o lagar
da Calvaria, limite de Alcobia.

— 2º-—Um olival denominado o Esta-
cal Novo limite de Alcobia,
3.º—Uma propriedade composta de
oliveiras, terra de cultura com a
vinha, matos, Casas etc. denômina
Canto das Bolaranas, limite de Alcobia.
4.º—Um fôro de 6 alqueires de pão
meado e uma galinha. *
5.*—Um fôro de 2!/ alqueires.
6.—Uma propriedade de casas com
1.º andar e lojas e quintal, arvores de
f uto e boas dependencias, na Rua D.
Nuno Alvares Pereira, conhecida por
a casa do Inácio, em Sernache do B.
Jardim.

E” encarregada da venda a sr.” D.
Olinda Tavares da Silva, fia residen-
cia que foi de D. Emilia A. Goncalves
Flores, em Sernache do Bom Jardim.
3 A

ANUNCIO

2º publicação

 

Pelo Juizo de Direito da comarca
da Certã e cartorio do quarto oficio a
cargo do escrvão David, correm seus
termos uns de inventário orfanológico
por obito de Ana de Jesus, moradora
que foi no lugar do Ninho do Corvo,
freguesia do Sobral, desta comarca, e
em que é inventariante cabeça de ca-
sal o seu filho Manuel Fernandes, re-
sidente no mesmo lugar; e nos mes-
mos autos correm éditos de 30 dias, a
contar da segunda e última publicação
deste no Diário do Governo, . citando
pô, Bistor qiSraLRte Em porte Sim Sa rth
na Africa ocidental, e João Jorge Dias
da Silva, solteiro, maior, residente na
cidade do Pará, dos Estudos Unidos
do Brazil, para assistirem a todos os
termos do mesmo inventario, deduzin-
do nele todos os seu direitos, querendo.

Certã, 15 de dezembro de 1916,

O Escrivão,
Adrião Morais David
Venfiquei,

O Juiz de Direito
Matoso

ANUNCIO

2.* publicação
Pelo Juizo de Direito da comarca da
Certã e cartorio do escrivão do tercei-
ro ofício, foi por sentença de dois do
corrente mês, decretada a interdição
por prodigalidade de Dona Adelaide
Marçal Correia Leonor, viuva, proprie-
taria, de Sernache do Bom Jardim,
quanto á alienação de mobiliarios e
imobiliarios, ao corte de arvores e a ar-
rendamentos por mais de cinco anos,

Certã, 7 de Dezembro de 1916,
O Escrivão

Eduardo Barata Corréa e Silva
Verifiquei a exactidão
O Juiz de Direito
Matoso,Juiz de Direito
Matoso,

 

@@@ 1 @@@

 

Agua DA Foz DA CERTA

A Água minero-medicinal da Fox
da Certã apresenta uma composição
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gastricos, putr idos ou parasitários;—
nas preversões digestivas derivadas
das doenças infecciosas ;—na convales
censa das febres praves;—nas atonias
pogiricas dos diabeticos, tuberculosos,
bn ticos, etc.,—no gastricinismo dos
otados pelos excessos ou privações
e etc.

Mostra a analise batercologica que a
Agua da Foz da Certã, tal como se
encontra nas garrafas, deve ser consi-
derada como microbicamente pu-
ra não contendo colibacitlo, nem
nenhuma das especies pathogencas
que podem existir em águas. Alem
disso, gosa de uma certa acção micro-
bicida. O B. Thyphico, Biniaies

& Vibrão cholerico, em pouco tem-!

po nela perdem todos a sua vitalidade,
* Outros microbios pppeseAtam porem
resistencia maior.

À Agua da Foz da Ger tã não tem
gazes livres, é limpida, de sabor leve-
mente acido, muito agradavel quer be-
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rapau. — Ciclismo. — Bilhar. — Despor-
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E” realmente digna de ser recomen-
dada esta publicação, não só por estsr
habilmente elaborada mas tambem pe-
lo relativo-luxo da edição. O tomo que
temos presente, insere o Diárioda Guer-
ra, de 1 a 31 de Março de 1916 e as
seguintes gravuras:

Vista panoramica da cidade de Bag- |
dad; Orfãos servios chegados a Mer-
selha e dirigindo-se do cais do desem-
barque para o local do seu alojamento
provisorio. Destroços causados-pelas
bombas dos zeppelins em Londres;
Uma casa que ao derruir fez 10 vitimas.

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de louvar a iniciativa desta casa edito-
ra, pondo assim ao alcance de todas
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