Voz da Beira nº142 10-12-1916

@@@ 1 @@@

 

A. Pedro Fesanalhona”
ti Redação o dbdmininiração:
AR O Rua Br, Sintos Dalente,

– – Assinaturas .
a 19200 réis; Semestre, 600 réis
Brazil,

–=—

Propriedade da Empreza da Voz da Beira

so

(fracos) 52000 1 rs. Avulso, 30 rs. b

Certã, 10. de: Dezembro .de-1916

ara, o DEN

DEFEZA DOS INTERESSES

DA GOMARÇA DA cemth

E: QUESTÃO PRESENTE

 

“E e um ponto. iniludivel pa-
ra o ‘país e em que todos estão con-
cordes, desde o’simples proletário
de” aldeia até aos magistrados su-
periores da, nação, ja crise econo-
mica.»

Apezar de todas as providencias
tomadas para remediar tão grande
mal sabe-se por experiencia pro-
pria, sem que seja preciso consul- |
tar ninguem, que os preços dos ge-
neros mais necessarios à vida au-
mentam dia” a dia num crescendo
desolador, é e, quando tal fenomeno

. se produz, todos sabem que a con-
fusão e o pavor não tardam a pro-
duzir’os seus resultados:

Somos um país agricola, ‘não ha
duvida, mas, conquanto esta seja a
nossa caracteristica especial, muito

Y anados andam os que-julgam |
nos em abundancia todos os ge-
api os de “primeira necessidade, pois
provado está que apenas | chegam
para minguados meses á sustenta-
ção nacional. Não produzimos o
suficiente ao nosso consumo e, a
não, zo azeite e o vinho, tudo o
mais precisa de ‘ser reforçado com
quantiosos estoques vindos de fora

nossas colonias quer da America.
+ Encarec ida como anda a nave-
gação | por falta de vapores e pelo
TESRiM Aa purah Asa OM vidas Ss
trangeiras: que arrumaram os seus
barcos por não: conseguirem alis-
tar marinheiros, é de presumir a
grande dificuldade que haverá pa-
ra obter de fora os generos neces-
sarios, já de si subidos de preço ||
pela maior procura em face das
contingencias da guerra,

Vai mal, na hora presente, aos
povos que vivem da importação,

todo-o-seu-rigor um mal que ainda

agora se co a boçar. k
paes Ay ido E Os se com ver-

dade fã JauDs dos possga danca

* dores Ras Saca dos estão na dis-

pos, cor n

gpresalia a quaisquer
medidas

Iministrativas; mas se
assim , é. o pgs do. que era

adAniv gol 01203 1

ioga + 71 PR
Re ig a di. ed Nosso

e Eos el a ú mar, para vários

g a ação o qui cep a. Por esta razão o,

e seu | preço. tem da “consideravel: |
me

a

por via maritima, quer seja das|

porque não tardará a sentirem em |

posição de ando os seus came |

des « “quantidades |

de esperar no presente momento
historico da dedicação de todos pa-
ra a maior soma de bem comum,
ao governo cumpre providenciar
urgentemente para que tal não su-
ceda, por meio de garantias firmes
‘que deem confiança aos lavrado-
res: Um:só palmo de terra-que fique
isem a semente. que lhe é propria
representa um alto crime nacional.
Não. se deve diminuir, pelo contra-
rio deve-se procurar aumentar por
meio-de todos:os recursos a nossa
produção cerealifera. Não basta
que sé semeie, qualquer semente in-
diferentemente; é preciso que se te-
nhaem: vista as, necessidades da,
panificação, ‘ aproveitando. as me-
lhores terras.

O grande preço por qué nos mer-
cados, se está vendendo o trigo, cen-
teior e-milho-é sinal. de que todos
‘devemos fazer um grande esforço
para aumentar as nossas sementei-
ras, uns com mira nos lucros da
venda, Qutros:com intuitós de eco-
‘nomia: Mal: de quem não semeia
por ‘caresa das sementes porque
ERR remediar o mal aumen-
ta-0..o

ERRO podemos esperar dos re-
cursos, de fora enquanto durar O
tremendo Conflito europeu; só nas
‘nossas forças, podemos Fegion e
delgo SEVEN Gt RTAE AO como
tantas vezes se tem dito em, prosa
é verso, é preciso “justificarmos es-
|sa qualidade, por um melhor apro-,
‘veitamento dos nossos terrenos, al-
gua: “ainda sem amanho.

“Tantas vezes’ temos ouvido fa- |
lar na barragem do Tejo para irri-
gação e ainda hoje, o que já devia,
ser uma pa EnaenE é FREDas um so-
jnheoo); ..jo=du

“Não bastam o data eo azé e
á, nossa sustentação. Estes generos,|
| que teem muito valor para o, dater- |)
cambio comercial com-o estrangei-
| ro, estão! prestes a desvalorizar-se ||
| por falta de transportes maritimos.

| meira necessidade essa é no actual
| momento a questão presente,

Tasso de. Piblairado

A passar a estação de, vinverno saíu
“ontem para Lisboa com sua filha sr.*
‘D. Judit, o sn. Almirante Domingos
Tasso, de Figueiredo,

Providenciar à nossa sustentação |
com generos de «consumo de pri-

PUBLICA-SE AOS DOMINGOS

Moedas de 500 réis

Até ao fim «do corrente ano devem
ser “trocadas as moedas de 500 réis
com a efigie de D. Pedro V.

A partir do primeiro de: janeiro-es-
sas:moedas deixam de ter curso legal.

Notas

«Foram tambem. mandadas, retirar
da circulação as notas de vinte mil
réis, que só poderão: ser trocadas pe-
las de novo tipo, nas Agencias, Filial
ou-séde; do Banco de Bopmgalm

Libras

Tem baixado consideravelmente nes
tes ultimos-dias o agio das libras ster-
liDas e
O exodo da moeda de co-

bre

k L

Diz a «Plebe», de Valença, que vá-
rios açambarcadores espanhoes estão
tratando de IÊvar do nosso país todas
as moedas de cobre que poderem ob-
ter aquis,

Segundo esse jornal, as vantagens
que resultam, desssa. compra são as se-
guintes :

Um quilo de cobre, mesmo em moe-
das custa-lhes 1170 e vendem essas
moedas por 2m5o, Fazendo a conta ao
cambio, isto é, sabendo qua cada du-

Eos valE PRC ERMPRA UR ASS, esa VAl el;
dinheiro 5 par, nada menos de 250,
ganhando por conseguinte 12740 em
cada quilo!

» Retirou se da circulação, ha tempos,
a «moeda de meio centavo, Pois, agora,
já não é o nosso governo que retira o,
resto das moedas de cobre que possui-
‘mos. São estrangeiros, que as veem
buscar: a Porwgal, paraas uantlerem
como; qualquer cereal.

|Ovos,

Teem a ngido nestes ultimos mer-
‘cados um consideravel preço. No ulti-
mo sabado houve verdadeira. escacez
e o seu | preço Rena por, 280€ 300
réis a duzia.

(Cruz de PEER h sitio

O governo instituiu a ai da Cruz
de Guerra destinada a galardoar feitos
militares em campanha, praticados quer ||
por militares quer-por civis. Compõe
se de quatro classes é é distribuida se-
gundo a classificação do merecimento.

A sua concessão é isenta de qual-
quer contribuição,

Assistencia róligiosa

Para providenciar ás; necessidades
religiosas dos soldados portugueses em

AVENÇA

N.º 142

Anuncios

Na 3.º e 4.º paginas cada linha, 50 Féis
Noutro logar, preço “convencional :
Annunciam-se publicações de que, se!
receba um exemplar

Não se restituém os originaes

campanha foi pubiicado o ceguimte des
creto :

Artigo 1.º Os generais comandan-
tes das forças militares em Operações
de guerra permitirão que seja dada às-
sistencia, religiosa aos militares, que
assim o desejém, com intervenção de
ministrôs portugueses das respectivas
Ichigo

$ úrico: As condições destã assis-
tencia serão fixadas em regulamento
especial.

Arrematação é E

A Camara Municipal põe embarre-
matação no proximo dias16, 0-forneci-
mento de carne de chibatos esvaca aos:
talhos municipais doconçcelhospara-ser
entregue a quem/por menor; preço o
fizer: – No mesmoídia põe tambem; em
arramatação o imposto. do peixe que
será entregue;a quem melhores varita:,
gens ofereça aos interesses do mus,
nicipio, a

av

Malas do correio,

Afim de poder ser distribuido às 2
horas da tarde o correio procedente de
Tomar, parte desta vila para o Ponto
do “Vale da Ursa. às 5 e meia horas
da. manhã, um carro de parelha, que,
ali, vai ao encontro do carro que da-
quela cidade conduz as malas, o qual
dali até esta vila passa a fazer sômen-
te O serviço de passageiros, Ainda não,
é PEnCIR a Raiá Os lúeresses regionais

Cab! pole BMais con vin; de! colo dat
tes as malas fossem aqui recebidas an-
tes, de expedida à correspondencia por
via Tomar, porque assim poder-se-ia!
responder na volta do correio a AMA,
quer negocio urgente.

Entretanto, do mal o menor, e por
isso. felicitemo nos por este melhora-
mento. que, alguma cojsa representa,
pelo menos o de térmos as, noticias da
capital três horas antes do que se tinha.

Escolas Moveis

Do nosso amigo e atrício SF., AME
lio David, distinto proféssor’de en ino
livre na capitál, recebemos, com
idédicatoria muito amavel, a sui
ima publicação— Escolas Moveis,
lelegante Volume ‘dé 122 paginas, na Ta
do “pela Sociedade Editora José Bas”
tos, na Rúa dá Emenda, n.ºttr, 1.º
andar, que o expoz à vetida Had as
livrarias do país do preço ‘de’ “400 réis.

Não nos permitiram ainda os muitos
(afazeres a sua leitura, mas; brevemen-
te daremos aos leitores a nossa, “mo-
desta opinião, sobre é a obra de tão inte-
Ngente patricio já “sobejamente conhe-
(cido no meio literario. Entretanto agra-
‘decemos-lhe a sua oferta e felicitamo-

“lo pelo seu novo trabalho a que cer=.

tamente estará ne seryado um largou
(turos, ú ‘ |

Sulaula

 

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Teatro “Tasso,

Com as engraçadissimas comédias
Ao calçar das luvas e A bisbilhoteira,
de Schwalbach, teve no dia três o nos-
so teatro mais uma noite de esprcta-
-culo, onde predominoua graça e a arte
m representar.

‘ Dia a dia vem-se realizando eviden-

tes pro ssos no nosso grupo drama-
tico, € Bei) registar ter desapareci-
do muito daquela hesitação que carac-
terizava as primeiras representações,
principalmente -nos- que ainda ha-um
ano faziam a sua estreia no palco.

Se duvidas houvesse a tal respeito
era facil desvanecê-las depois do que
vimos na ultima representação. Assim
D. Judith Figueiredo e dr. Bernardo
de Matos na comédia Ao calçar das
luvas souberam haver-se com uma na
turalidade admiravel e frizaram com
rigor todo o efeito comico da peça.

Com a “Bisbilhoteira, peça de cos
tumes, em três actos, onde maior é a
acção e por isso mais variado o enre-
do, tiveram os debutantes maior espa-
ço para pôr em jogo os seus recursos
e tirar partido dos pequenos inciden-
tes que a cada passo surgem no de-
senrolar das scenas.

A peça, verdadeiro estudo critico que

se pode aplicar a todas as sociedades
e a todos os meios, prestava-se eviden-
temente, desde o titulo ao nome do
autor, a atrair a atenção da plateia e
dominá-la pela curiosidade de ver até
onde chegavam as intrigas dessa D.
Quiteria em quem Schwalbach perso-
nalizou o anjo da má iingua no meio
das familias. Só faltava encontrar uma
criatura capaz de incarnar em si esse
tipo de maldade e que, dando cunho
de distinção ao vicio doentio da bisbi-
lhotice, fosse pouco a pouco criar na
plateia uma forte dose de aversão: por
tão ingrata personagem.
“>A dificuldade, porêm, resultou em
vitoria, porque D. Judith, escolhida pa-
ra fazer esse papel ingrato, soube tão
bem adaptar-se à sua personagem, tal
desenvoltura de modos, de palavras e
de gestos soube distribuir pelos 3 actos,
caprichando por’ vezes numa mistura
de hipocrisia, conforme as exigencias
do-seu’ papel, que conseguiu hipnotizar
a plateia em fremitos de odio. Foi hor-
rivel de monstruosidade, pelo que á
surdina a ouvimos mimosear com os
titulos de serpente, vibora e outros que
para aqui não vem registar.

Igualmente apreciados foram os ou-
tros compéres da peça. D. Fausta, pa-
ra quem o palco já não tem misterios
fez muito bem o papel de sogra cir-
cunspecta e aprumada, bem como D.
Edwig:s Ascenção que muito agradou
na sua apresentação de senhora grave
Das outras senhoras D. Branca Ascen
fio E Judith Serrano, D. Maria Ra-

BEBA? dobheciask” por sua?! compétenicia
artística, ainda qe desta vez em pa
peis de menos relevo é justo destacar
mos a menina Maria J, Serrano, que,
debutando pela primeira vez, se reve-
lou um elemento esperançoso. Mostra
competencia no que diz, pisa com fir-
mesa € encara O salão a sangue frio.
Dos cavalheiros Bernardo, Moura,
Ascenção, A. Barata, Frutuoso, Milhei
ró e Serrano, confirmaram os creditos
de que veem precedidos como amado-
ee inteligentes, cheios de estudo e von-.
tade. I
, Cabelhes, essa honra: interpretaram
com, escrupulosa, atenção o sentir do
autor para nos darem a realidade dos
us personagens, Hi
+ Quiseramos ser justos nestas notas
mas, tânto É o nosso receio de ferir
susceptibilidades quanto é a dificulda
de de distribuir louros onde todos jun
tamente os ganharam. :
COMI lr *

“De fora da Certã lembrasnos terem
assistido Jo espectaculo :

A
NE

e Sernache, os srs. Padre Antonio |

Luis Ferreira, Joaquim Pedro da Sil-

va, Libanio Girão, José Maria dAlco- |

bia, Padre Leitão Serra e professor do
Liceu Colonial Simões.

“De Pedrogam, as sr.“ D. Inacia Vi-
digal, D. Angela Ferreira Vidigal, D.

 

VOZ DA

Clotilde Brandão Lopes, e os srs. dr.
Domingos Lopes, Julio Leitão e Anto-
nio Ventura dos Santos.

Do Outeiro da Lagoa: Sr. Joaquim
Ciríaco Santos e esposa.

Do Cabeçudo: Sr.“ D. Amelia e D.
Ana Correia Lima, Di Virginia e D.
D. Laura Baptista, e o sr. Francisco
da Costa Mouga.

De Proença a Nova: o sr. dr. José
Pinto da Silva Faria.

ppDDSGee
Estrada da Várzea

Está já concluido .o trôço de estrada
municipal que, partindo da Portela dos
Bezerrins, conduz até à Várzea dos
Cavaleiros.

Ultimamente foi construido o lanço
final que vai do cruzeiro até ao adro
daquela localidade, podendo os carros
já entrar na povoação e facilitar os
transportes de comercio, sem necessi-
dade de transbordo ou de ir dar lar-
gas voltas para ganharem o nivel da
rua.

Felicitamos os povos da Várzea por
verem satisfeita esta sua aspiração,
grandemente reclamada pelo desenvol-
vimento que a agricultura e o comer-
cio ali estão tomando, e não deixare-
mos de lhes lembrar a conveniencia
de envidarem novos esforços juntamen-
te com as freguesias do Figueiredo e
Ermida para que a estrada possa con-
tinuar pela’ serra fora a distribuir os
seus benefícios.

Está dado o primeiro: passo para
acabar com o encantamento dos poros
engertados de além da ribeira, e bom
é que não haja esmorecimentos para
poderem “alcançar esse melhoramento

completo.

Na repartição do registo civil desta
vila realizou-se, no dia 30 de Novem-
bro ultimo, o registo de nascimento da
menina Zelia Noemia Fernandes Pes-
tana, filha do sr. Joaquim Pestana dos
Santos e de sua esposa sr.” D. Maria
da Silva Fernandes Pestana, que havia
nascido em 21 de Agosto na cidade de
Benguela (Africa).

Foram padrinhos o sr. Inacio’Fer-
nandes e a sr.º D. Margarida David e
Silva, avô e tia da registada,

Campo de ciprestes

Em Lisboa faleceu no sabado, 2 do
corrente, o sr. António Culmieiro da
Silveira, despachante oficial da alfan-
dega,

ra casado com a sr.2 D. Alice Ame-
lia David Leitão da Silveira, filna mais
velha, do nossa, patricia éra Álheçto
erivão “do “2.º oficio da 2: vara civel
daquela cidade.

A toda a familia do extinto, e espe-
cialmenie às familias Simões David e
Carvalho Leitão, a Voz da Beira en-
via o seu cartão de sentidos pesames.

o ;

No lugar de Aldeia Cimeira, fregue-‘
sia do Amparo, faleceu há dias a es-
posa do nosso assinante sr. Joaquim
Fernandes da Silva a quem endereçar
mos as nossas sinceras condolencias,

“PERROADAS |

 

No dia doze d’este mês
se não houver alteração,
sou inspeccionado outra vez
volto de novo á inspecção,
E com esta’são já três. –

Mas que querem de mim
tão grandissimos maduros ?
Uma teimosia assim,
só por questão d apuros ;
nem encontro outro fim, “04
Como não tenho padrinho,
nem n’esta terra parentes, – 2 A
e sou um pobre farroupinho, a
estão me arregalar os dentes
p’ra borrego de quartinho,

 

BEIRA

 

SECÇÃO LITERARIA
AO VENTO…

De esp’ranças tenho vivido,
Ai de mim se é ilusão

O amor que ha tanto tempo
Me inebria o coração !

Jurei-te amor e sorriste
“De me veres apaixonado.
Já vejo que é minha sina
“Amar e não ser amado.

Nunca digas a-ninguem
Que namoras a brincar,
Com fogo—diz o ditado —
E” perigoso brincar.

Pedi-te um beijo, côraste!
De pedir me arrependi.

Os que depois tu me deste
Não fui eu quê os pedi…

Quando penso que um dia
Eu posso vir a perder-te,
«Não sei se amar-te deva
Ou se deva esquecer-te.

Para que ninguem suspeite

Que mo a soluçar,

Vou cantando e o mundo ignora
Que choro sempre a cantar !

Santos e Silva,
(ep !
A Juventude, esperança

do futuro

O activo mais valioso de um país é
a sua juventude, os cidadãos’de ama-
nhã, os futuros conservadores das tra-
dições do passado, os obreiros que
formam a grandeza do futuro,

Mas este activo, cheio de força, ha-
-de ser cuidadosamente utilizado. O
joven deve ser ‘a constante preocupa-
ção dos adultos; tendo sempre presen-
te que; dele depende o futuro da nação.

Deve tratar-se de o fazer um cida-
dão util, um homem consciente das
suas obrigações, capaz de as assumir e
prepará-lo para que possa participar
no desenvolvimento e na prosperidade
da sua Patria, !

A base de tudo isto é a educação.

E tanto é assim que a potencia de
uma nação, 0 seu valor é a influencia
no mundo, dependem dá cultura’geral

que, se -poderjulgar da prosperidade e
do. progresso. de. um país pelas-suas,
escolas, ,
Trad, J. Fontana da Silveira,
“(>
Um ninho de passarinhos

Amarílis rogava úm’ diá’a Lereno
que, lhe trouxesse um ninho; de implu-
BRS passarmos ane AUDI S GARE
gas asas da mãe piavam sobre, o cume
dum olmeiro. Sobe Lereno; e a mãe,
que vê o roubo proximo de seus filhi-

nhos, estremece, bate as trementes asas

goa: enternece-se O pastor, não toca
mo ninho como cousa sagrada e desce
com as mãos vasias, mas inocentes.
—Amarilis, diz êlé à sua amada,
‘não me atrévo. Quê? Quando nós ti
‘vermos, como, ela, nossos filhos sofre-

grande seria aj nossa angustia e amar:
igura!

|Amarilis em doces lagrimas de terna
ira, Reconheceu então a imprudencia
ide seus desejos e a virtude doiseu Les
reno, ty
; A, Ribeiro dos Santos.
a DD e

| A Lêsbia

Assim uma aérea mosca om
Cai, em vôos d’insensata,

Na teia, onde a aranha tósca
D’um salto a subjuga’e mata.

Assim eu caí na rede

Que me teceste, vampiro !
Corre, vôa, apaga a sêde,
Que eu por tal morte suspiro.

Dr, Sabido.

“ Jeão Penha,

dos seus cidadãos e é poriisso mesmo!|,

e pipila tão ‘aflitivamente que taz más ||

remos que no-los roubem? ; Quão|

Arrazaram-sé os: lindos olhos! de |

—Com sua esposa regressou já a es-
ta vila, vindo’da’ capital o sri José ‘da
Gloria Lopes Barata, amanuense da
Administração deste concelho.

—bDe pass-gem para o Cavalo, ter-
ra da sua naturalidade, tendo já re-
gressado a Lisboa, estiveram na Cer-
tã, Os nossos dedicados assinantes srs.
Manuel Alves dos Suntos’e João Alves
dos Santos

—De visita a sua familia está nesta
vila com sua esposa e filha, o sr. Ama-
deu Barreiros Saraiva, digno aspirante
de’ finanças em Vimioso,

—Está–na. Certã, o sr. Mario-Au-.
gusto da Costa, aspirante a medico ve-
terinario do exercito.

—Foi nomeado ajudante do escrivão-
notario do 3.º oficio do, Juizo de Direi-
to desta comarca, tendo já tomado pos-
seo sr. Carlos Augusto Ascenção.

— Saiu para Coimbra com demora
de alguns dias, o sr. Carlos Santos.

—Esteve na Certã, 0; sr. José de
Gastro,filho mais velho dosr- Dr. Eduar-
do d: Castro, facultativo municipal em
Vila de Rei. É

— Tem passado incomodado dê sau-
de o sr. Gustavo Bartolo, secretario
da administração: deste concelho;

-m Com suas gentis filhas, saiu para
a Figueira da Foz, aonde conta demo-
rar-se algum tempo, a sr,” D. Adelaide
Marçal Correia Leonor. q

— Coor sua esposa soíu’para;Pedro-
gam Grande, o sr, Adrião: MoraisDa-
vid. 1 ;
— Está já funcionando neste conce-
lho a junta de reinspecção militar.

> Esteve na Certã’ o’sr.’Pe José
Dias Junior, pároco ‘do-Troviscals

— Vimos tambem nesta-vila o sn..P;º
Francisco de Sá Marinha.

*

Durante a semana vimos na Certã
os nossos presados assinantes trs Afon-
so Correia’ Lima, Joaquim Guimarães
Lima; Antonio Cristovam Gaspar Mas;
nuel, José | da Silva, João Crisostomo,
Santos Lima, Joaquim Pestana dos
Santos, Inácio Fe nandes, José Antonioa

»Aniversarios
Faz anos : E) E
No dia 7,.a sr.2 D. Delvira da Silva
Frade. : E
Fazem anos ; ;
Amanhã a-sr.* D. Lucia Magalhães
e a menina Maria Ofelia Cesar Pires.
No dia 120 sr. Artur Caldeira Ri-
beiro. Et

MARIA 5. D. Maria Olimpia

v Parabens *

| SERVIÇOS DE DEZEMBRO |

Searas :- S menteiras; de trigo; Prados :)Pre«
paração, sementeiras e conservação dos pra-
dos.— Hortas: Plantações fds durépo-
ca. Arvores: platação, póda é limpesa das
arvores de fruto—Viohas : Encaldeiramen-

“to das cêpas, plantação de americanas, adu-
bações, tratamento -da- chicorose da Videl-
ra.—Vinhos: Trasfega e-atesto dos vinhos
novos—Guados > Elias com os animais,

Searas:—Continua-se a sementeira
de. Trigo de outono, estendendo-se O
mais possivel esta cultura, para se tor-
nar Menos sensivel a carestia do pão.

Prados :—Trate se da preparação de
prados novos e da conservação dos jáção dos já

 

@@@ 1 @@@

 

‘ obsequio

existentes; semeiem-se boas varieda-
des de’Leguminosas, como Lrzerna-
Sanfeno, Trevo, Servadela e Ervilha-
ca ntas e um grande poder nutri-
tivopela-sua riqueza em azote, sendo
alimento especial para, auxilio da -en-
gorda dos animais. Limpem-se os pra-
dos de Gramineas e das hervas ruins,

 

Hortas:–Planta-se: Repolho, Con-

ve galega, Alcachofras, Espargos e
Morairgueiros’; dispôem-se’ ha terra os
dentes de alhos, preferindo-se para is-
sb OS mais exteriores, e reservando-se
os’ mais centrais para usos culinarios.
A respeito das culturas horticulas po-
dem colher:se muito bons conselhos no
livrinho «Hortas» da’ livraria dô La-
vrador.
Pomares: — Plantam-se arvores,
abrindo para isso covas tanto m ais pro-
n37 E largas quanto mais duro e
impermeavel: for o terreno. A terra
superficial; primeiro tirada da cova,
deverá »depqis ser lançada no fundo,
rabo apa mais depressa utilisa
á w’ ficando ao de cima a tirada
mais do fundo. Consulte-se sôbre o as-
sunto o livrinho «Pomares», da livra-
ria do Lavrador. Pódani-se é limpam-
se convenientemente as fruteiras, para
que elas poem boa saude e possam
produzir abundantes e-bons frutos; pa-
ra estas operações colhem-se bons en-
sinamentos nos livros «Póda da frutei-
ra» € «Doenças das fruteiras, cereais €
deseo publicados pelo Lapra-
dor. Quando se podam as Oliveiras
aproveitam se as estacas para plafita-
ção, que se conservam em covas feitas
no chão, onde se acamam revestidas
de palha, até á ocasião de serem dis-
postas no viveiro ou plantadas definiti
vamente. -— )
unhas :;—Faz-se ainda o encaldeira-
mento, das, cêpas. Plantam-se cavalos
americanos, sendo indispensavel a es-|
colha da variedade conforme a sua adap-
tação no terreno ‘a que são destinados.
Aplam-se/ auubações ás vinhas, bem
como o sulfato de ferro ás raizes das
Vi “que se apresentaram cloroti-
cas no verão, isto é,-com as folhas
amareladas, para o que se diluem 10
quilos.-de -sulfato . de ferro em. 100 li
tros) de Ja a, aplicando 5 litros desta
diluição por cada cêpa.
Vinhos = Trasfeguem-se os vinhos
da ultima colheita, passando.os para
vasilhas bem limpas e sulforadas. A
conservação dos vinhos sôbre as bor-
ras é um gravissimo perigo, Atestem-
se as vasilhas, ati£o
“ Gados’:—Preservem’se os gados dos
frios da estação; não se deixem pastar
enquanto pela manhã as hervas se en-
contram com geada ou| excessivamente
molhada peló orvalho.

| CORREIO

TY f ;
dpuaram-Se pagar
os Tibi edu

sua asimal í
Pois

José da Glória L. Barata, Joaquim
Vasco (Alferes), Dr. Carlos Dias Lou-
renço, P. João da Cruz Prata, Adeli-
no Lourenço FarinhayP. Vicente Mens
des da Silva, João Marçal Nunes, José
Lopes dos Santos. RENA E
CS > Fo fe il

“Bymidhpsio fsaigante recebemos à
seguinte carta a que gostosamente da-
pro de 1916. o
cidadão redactor

or da Beira:

, f à
o do seu mi
do jornal, dar publicidade ao seguin-
te oo a se o julgar oportuno,

esde já agradeço,

Agradecimento à Ex.m: Vereação
da Camara Municipal da Certã

Um habitante da Várzea dos Cava-
leiros, pretendendo agradecer à Ex ma
Vereação da Camara Municipal da
Certã, em seu nome, e simultanea-
mente crê ter interpretado o regosijo
da unanimidade do povo desta fregue-

| da mobilisação do exercito. Percorrem
[as suas da vila centenas de homens,

‘salento nos julgamos inuteis para tudo

| Re extremecemos, e a dedicação 4os

gratidão dêste povo à Ex.m*

o valioso auxilio de seus ilustres cole-
gas da respectiva Vereação, e haverem
proporcionado, sem desorganização dos
multiplos” serviços municipais, a con-
clusão da estrada de ligação da Várzea
dos Cavaleiros, que hoje é um facto
incontestavel, a cuja comodidade os
povos desta freguesia tinham jus.

Muito resta ainda fazer em prol dês-
te povo ha tantas dezenas de anos des-
protegido, encontrando naquele homem
de bem a verdadeira tenacidade desin-
teressada, o que é raro nos homens
publicos do nosso país.

Aos povos desta freguesia é indife-
rente a sua. politica; sómente teem em
consideração a acção proficua que vem
desenvolvendo nesta freguesia, junto
de seus conterraneos e amigos, em fa-
vor do bem comum.

Por isso que a todos os cidadãos ve-
readores «da actual Camara, sem dis-
tinção “alguma, igualmente agradecem
reconhecidamente o delegante Carlos
da Silva Brizio e o delegado

“Manuel Lourenço Brizio.

 

| SECÇÃO RECREATIVA

Inauguramos hoje, a pedido de uma

distinta charadista do nosso meio, que
se oculta com pseudonimo de Stélla e
por quem fica dirig da, uma secção re.
creativa como passatempo destas fas-
tidiosas noites de inverno.
Aceitamos a colaboração dos nossos
‘presados assinantes e leitoras, mas en-
carregamos Mademoiselle Stélla, de so-
licitar dos srs. colaboradores a fineza
de enviarem com os originais, a deci-
fração dos seus passatempos para po:
der apreciar da sua estrutura é dar-lhe
‘ounão publicidade, conforme o seu me-
recimento.

 

CHARADAS.
(novissimas)

— Esta mulher tem honras de outra
mulher—2, 2.

-,—Cria-nos num barco com um teci-
‘do de côr—2, 1, 1.

| — Tenho um cacete e um peixe—.2, 1
| Stélla.

 

— DORRESPONDÊNCAS

piciros, 443-. =Wesde ontem
quPRÊ E RBie dad ção edificio dos
paços do concelho, as reinspecções dos
individuos abrangidos pelos decretos

 

arrancados á tranquilidade dos lares,
para apresentarem à junta os seus acha-
ues,- que motivaram a isenção ante-
rior, ouos seus cabelos: brancos, qué
estão já.a pedir o descanço a que as-
pira a velhice. ; x

Por isso os apurados difinitivamente
“teem sido poucos. 4 E

Tambem nós, que nas horas do de-

o que não seja o amor da familia, que
igos, que mito presamos, tivemos |
solação de ver, em um documen-
to oficial, reconhecida a.nossa aptidão
para os serviços das secretarias mili-
tares. o
Sentimos no coração uma picadinha
da vaidade, que se converteria em or-
gulho, se não soubessemos que Deus
o condena e a sociedade o repele.
Tem sido muito favoravelmente co-
mentada a atitude correctissima da
junta, tanto pela justiça que preside às
duas decisões, como pela forma extre-
mamente delicada como recebe os ins-
pecionados.

Pela nossa parte, aqui deixamos aos

 

sia, ou pelo menos na sua maioria,

VOZ DA BEIRA

vem por este meio tornar publica a
ereação
da Camara Municipal da Certã, e mui-
to principalmente à conduta do ilustre
cidadão vereador Antonio Nunes: de
Figueiredo, do lugar da Póvoa, fregue-
sia da Várzea dos Cavaleiros, por ter
sido escolhido por este povo ao de-
sempenho daquele cargo, e tão digna-
mente se houve que logrou conseguir

agradecimentos pelas atenções de que
fomos objecto. Souberam cumprir de
tal modo a lei, que nós, que para SS.
Ex. eramos um) desconhecido, nos es-
quecemos de que estavamos perante
juizes, para só vermos am gos que nos
estendiam as suas mãos leais.

— Tem-se notado nos ultimos dias
uma diferença extraordinária na quali-
dade do pão, fornecido pela padaria
desta vila, Reconhecida a habilidade
do manipulador, que até aqui nos dis-
tribuia pão de primeira ordem, onde
só havia a extranhar a deficiencia no
pezo, temos que atribuir agora a sua
pessima qualidade às farinhas, filhas
legitimas ou espurias, para O caso não
importa, do ultimo decreto sobre moa

gens.
X.

Vila de Rei, 5-12– No dia 20
do mês de Novembro findo foram re-
zadas na egreja da Misericordia desta
vila quatro missas por alma de Bernardo
Heitor de Deus, nosso saudoso amigo,
estando o templo repleto d: pessoas
de todas as camadas sociais E’ que
não esquece facilmente o bem que dis-
pensava a todos os pobres e as quali-
dades primrosas que o tornaram cre-
dor da estima e consideração de todos.

—Realisou se hontem nesta vila a
reinspecção dos individuos que tinham
sido isentos este ano do serviço militar.

—Deve realisar se brevemente o ca-
samento dasr,* D. Maria do Ceu da
Mata com o sr. João Nunes de Souza.

— Tem estado na sua propriedade
da Conheira a sr.* D. Maria Amelia
Neves Heitor.

— Está entre nós o sr. Germano da
Silva.
—Saiu para Abrantes, onde foi em
serviço, o sr. Manucl Martins Aparício.
—Com sua esposa, esteve aqui o sr.
José Maria Alves, inteligente professor
oficial na Fundada,

—Tambem aqui esteve, a semana
passada, o sr. aferes Joaquim Vasco.

“DESPEDIDA

Adelaide Marçal Correia Leonor e
filhos não podendo despedir-se pessoul-
mente das pessoas das suas relações e
amizade fazem-no por este meio, ofe-
recendo a sua nova residencia na Rua
da Liberdade, 69—Figueira da Foz.

DESPEDIDA

O alferes Joaquim Vasco É sua espo
sa, . tendo-se, retirado, desta vila sem
Byas Alo Sis “Felações É oro hão po-
derem ter feito, pela rapidez da saída,
veem fazê-lo por este meio, oferecen-
do-lhes a sua casa’na Covilhã. Ao mes-
mo tempo agradecem ás pessoas que
tiveram a amabilidade de assistir á sua
partida, uma tal prova de considera-
ção e amizade e a todos oferecem,
alêm da sua casa, os seus limitados
prestimos naquela cidade,

Aviso convocatorio

São por este meio avisados todos os
socios do Monte Pio Certaginense da
Rainha Santa Isabel, desta vila, para
‘comparecerem na sala das sessões do.
mesmo Monte Pio no proximo dia 10.
‘de Dezembro, por 12 horas, a fim de
em assemblêa geral, se proceder á
eleição ‘dos corpos gerentes, para o
proximo ano de 1917 e apreciarem é
discutirem uma proposta “apresentada
pelo socio Frutuoso Augusto Cesar Pi-
res, sobre alteração nos. serviços a gar-
‘go do cartorario. É q
Sala das Sessões.do Monte Pio Ger-
‘taginense da Rainha Santa Isabel,-20
de Novembro de 1916,

O Presidente da Assembleia Geral,

ilustres oficiais os nossos mais sinceros

Estante da voz DA BEIRA

Acabamos de receber o Manual:

Defeza Individual

Processos de selfidafenee por meio do box e do Jlu-
jitsue risco português

A activa e conhecidissima casa edi-
tora Gonçalves, da Rua do Mundo, 12,
Lisboa, sempre laboriosa e procurando
difundir a instrução e » educação, abor-
dando todas as formas dos conhecimen-
tos humanos, acaba de tomar uma es-
plendida inicitiva, publicando uma ‘sé-
rie de Manuais Desprotivos e-de-Re-
creto, destinados a desenvolver entre
nós o gosto pela cultura fisica, o’ culto
da beleza plastica, o amor pelo exer-
cicio ginastico. E

Numa edição popular, ao preço de 15
centavos cadamanual, condensando em
poucas psginas toda a materia referen-
te ao desporto, em volumes de 64 pagi-
nas é destinado á descrição de uma es-
pecialidad=, separadamente, como : De-
feza Individual, —Foot Ball. —Box fran-
cês e inglês. —Luta Greco-romana.—
Atletismo —Esgrima e varapau,—Ci-
ciismo.—Bilhar. —Desportos pedestres.
— Automobilismo —Etc., etc.

Resumos elucidativos e intuitivos,
escritos para todas as camadas-sociais,
são no seu caracter compendial e for-
mato portatil como que o vade mecum
do amador de desportos e de todos os,
que se interessam pela-cultura fisicas
A doutriva expendida nesta biblioteca:
é coordenada dos msis perfeitos tra-
balhos no genero que existem em in;
glês, francês, etc. »

 

Pedidos à CASA GONÇALVES”

12, Rua do Mundo, 14—LISBOA –
Remessa franco de porte

ADUBOS

Para cereais, vinha e batata.
Vendas pelo preço da factura.
Loja nova de Silva Carvalho
Certã

BRINCO |,“

No estabelecimento Silva Carvalho
(Loja nova) entrega se aquem apresen-
tar o zompanheiro, um brinco de.ouro
com pedras.

Achado em santo Antonio,

ANUNCIO

1.º publicação

 

Pelo Juizo de Direito da comarca da
Certa, cartorio do 1.º oficio, nos autos
de inventario orfanologico por óbito
de Marie Rosa, que residia no lugar
dos Cervalhos, freguesia de Sernache
do Bom Jarjim, desta comarca, em
que é inventariante o seu viuvo João
da Silva, alt residente, correm éditos
de 30 dias, a contar da 2.º e ultima
publitação do anuncio, citando a co-
herdeira Carolina Rosa e seu marido
Francisco, cujo sobrenome se ignora,
Casimira da Silva, viuva de Rufino da
Silva, como legitima representante de
seus filhos menores impubres José e
Manuel, e ainda o interessado Manuel
da Silva, solteiro, maior, todos ausen-
tes em parte incerta, para assistirem a
todos os termos, até final, do referido
inventario, deduzindo nele todos os
seus direitos, querendo,

Certa, 18 de Novembro de 1916.

O Escrivão, pelo competente,
Adrião Morais David
Verifiquei,
O Juiz de Direito

 

Augusto Justino Pixes,

EMaloso

 

@@@ 1 @@@

 

“Reus Da Foz va CERTA

A Água minero-medicinal da Fox
da Certã apresenta uma composição
quimica que a distingue de todas as
outras até hoje usadas na terapeutica.

E” empregada com segura vantagem
na: Diabetes—Dyspepsias —Catarros
gastricos, putridos ou parasitários;—
nas preversões digestivas derivadas
das doenças infecciosas ;—na convales
censa das febres graves;—nas atontas
gastricas dos diabeticos, tuberculosos,
brighticos, etc. —no gastricinismo dos
exgotados pelos excessos ou privações
etc., etc.

Mostra a analise batereologica que a
Agua da Foz da Certá, tal como se
encóntra nas garrafas, deve cer consi-
derada como microbicamente pu-
ra não contendo colibacitlo, nem
nenhuma das especies pathoge neas
que podem existir em águas. Alem
disso, gosa de uma certa acção micro
bicida. O B. Thyphico, Diphterico
€ Vibrão cholerico, em pouco tem-
po nela perdem todos a sua vitalidade,
outros microbios apresentam porsm
resistencia maior.

A Agua da Foz da Certã não tem
gazes livres, é limpida, de sabor leve-
mente acido, muito agradavel quer be-
– bida pura, quer misturada com v nho.

DEPOSITO GERAL
R. DOS FANQUEIROS, 84-Lx.
TELEFONE 2168

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FOOT-BALL

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«Soccer:

Ilustrado com 9 gravuras

A activa e conhecidissima casa edi-
tora Gonçalves, da Rua do Mundo,
12; Lisboa, sempre laboriosa e proct-
rando difundir a instrução e a educa-
ção, abordando todas as formas dos
conhecimentos humanos, acaba de to-
mar uma explendida: iniciativa, publi
cando uma série de Manuais Desporti-
vos e de Recreio, destinados a desen-
volver entre nós o gosto pela cultura
fisica, o culto da beleza plastica, o
amor pelo exercicio ginastico.

Numa edição popular, ao preço de
15 centavos cada manual, condensan-
do em poucas páginas toda a materia
referente ao desporto, em volumes de
64 paginas é destinado à descrição de
uma especialidade, separadamente, co-
mo: Defeza Individual —Foot-Ball. —
Box francês e inglês.—Lucta Greco-
-romana, — Atletismo. — Esgrima e va
rapau, — Ciclismo. —Bilhsr.— Despor-
tos pedestres. — Automobilismo. — Etc.

Resumos elucidativos e jotuitivos,
escritos para todas as camadas sociais,
| são no seu caracter compendial e for-
| mato portatil como que o vade mecum
do amador de desportos e de todos os

| que se interessam pela cultura fisica, A
doutrina expendida nesta biblioteca é,
coordenada dos meis perfe’tos trabalhos,

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e orfanológicos, cobrança de dividas e SRPORnstAçÃO:
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Pedidos à TIPOGRAPIA GONÇALVES o:
12, Rua do Mundo, 14-LISBOA |

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AZEITE DA CERTA.

 

E” realmente digna de-ser-recomen-
dada esta publicação, não só por estar
habilmente elaborada mas tambem pe-
lo relativo luxo da edição. O tomo-que
temos presente, insere o Diário da Guer-

ra, de 1 a 31 de Março de igr6 e.as

seguintes gravuras: | FINISSIMO
Vista panoramica/da’cidade de Bag- |

dad; Orfãos servios chegados a Mer- Em todas as graduações. Vendas por

selha e dirigindo-se do cais do desem- — ATACADO – 5

barque para o local do seu alojamento
provisorio. Destroços causados pelas Enviam se amostras €

bombas dos zeppelins em Londres; garante se a qualidade
Uma casa que ao derruir fez 10 vitimas. PEDIDOS “A

Não se pode exigir mais, e é muito
MANUEL: CARDOZO

de louvar a iniciativa desta casa edito-|.
ra,–pondo. assim ao alcance de todas
R. Candido. dos Reis— CERTÁ.

as bolsas uma obra ilustrada, -interes-

z « ” Je » E!
ee = Bilfaiataria Militar e Civil
= DE=-—

Sd SLVES

DOS SANTOS

Ex-contramesto da Cooperativa Militar

E «Executa-se toda a qualidade de obra de marinha,
exercita, e civil, para o que tem um variado sortimeênto

de fazendas nacionais e estranjerras
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