Voz da Beira nº41 17-10-1914
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REDATOR PRINCIPAL:
Fructuoso Pires
ADMINISTRADOR:
A. Pedro Ramalhosa ,
EDITOR: +
SJ. Santos e Silva
Redação e dministração:
Bur Br. Santos Balente
CERTÃ
CERTÃ, 1? DE OUTUBRO DE 1914
Assinaturas
Anno, 15200 réis; Semestre, 600 réis
razil, (Íracos) 55000 rs. Avulso, 30 rs,
Propriedade da Emprezada Voz da Beira
ADIAMENTO :
à sovELEITORAL
– Foram adiadas sine die as elei- |
ções de deputados que estavam
“ marcadas para o primeiro domin-
go de novembro. y
|O pretexto para este adiamento
. Toi, no dizer das gazetas, o confli-
“to europen. «
Não compreendemos que in-
* flmencia possam ter na iconvoca-
“ ção dos colegios eleitoraes as gra-
nadas sobre os fortes belgas ou a
luta sangrenta que se trava em
Augostow. Não estamos, felizmen-
te, em guerra com nenhuma das
“potencias beligerantes; e assim po-
– deriam fazer-se as eleições em no-
vembro, como se para alem das
. fronteiras nada. houvesse de anor=
mal.
Mas podemos, de um momento
para o outro, entrar no conflito —
objetarão alguns. Se tal facto vies-
se a dar-se antes de novembro,
compreendia-se o adiamento; mas,
se não estamos em erro, não tomá-
mos parte ainda na guerra, sendo
portanto extemporaneo esse com-
passo de espera.
| Estas camaras, as primeiras do
regimen, teem sido d’uma elastici-
dade extraordinaria. Começaram
por se dividirem amigavelmente
em senadores e deputados, reuni-
ram quando já. todos supunham
terminado o seu mandato e agora,
segundo a letra do decreto que
adia as eleições, vão resuscitay em
2 de dezembro. Vão continuar a
»ma obra de tres anos e nada nos
devemos admirar se as bancadas
de S. Bento ativarem sobe este tor-
rão abençoado de Portigal com
uma lei declarando vitalicio o seu |
mandato, E E
A eleição presidencial vealisar-
se-ha em agosto de 1915 o nósas-
sistiremos ao espetaculo interessan-
te duma camara que, de direito,
já não existe, elegendo um novo
presidente. o 4.
Com franqueza, em politica tem
‘* de contar-se sempre com o absnr-
* do. Este cavalheiro é, sem duvida,
— uma pessoa muito importante, me-
xecendo, de facto, as honras de ca-
cique. Sem o absurdo, impossivel
seria explicar muitos fenomenos.
politicos e só ele nos poderá dar
a razão d’esta, elasticidade parla-
mentar. j ne
| Não se julgue que estamos aqui |
fazendo o jogo de algum agrupar:
mento politico. Nada nos interessa
a vitoria de A contra B. oa vice-:
e %
“= DEFEZA DOS INTERESSES DA COMARCA DA CERTA |,
PUBLICA-SE AOS SABADOS
“ COMPOSTO E INPRESSO NA mrxgnvA ceLixDa DE RAMALHOSA & VALENTE — CERTA!
ss.
“afastados d’esse campo de luta on-
de os loiros tantas vezes custam a
perda de amisades que nos são ca-
“ras ou o resfriamento de dedica-
ções que vêm desde a infancia.
Conhecemos bastante a nossa
pequenez para não termos a ve-
leidade de querer impedir a terra
de girar no seu eixo; mas nem por
isso abdicamos do direito de ma-
nifestar o que sentimos, embora
| não nos julguemos infalíveis.
– O adiamento das eleições é, em
| nosso entender, uma gafe politica.
Tres anos chegaram bem para
pôr á prova as faculdades legisla-
tivas do grande maioria dos ho-
mens que ocupam as cadeiras par-
lamentares. Era justo que o paiz
fosse chamado a renovar o manda-
to aos seus representantes, ou a
substitui-los por outros se, como
supômos, considera a sua. obra
mais despendiosa do que util.
mio
Cruz Vermelha
Na assembleia geral d’esta asso-
ciação filantropica, para a eleição
dos corpos gerentes, no futuro ano,
ficaram eleitos, alem d’outras pes-
soas, estes nossos conterraneos:
Presidente: — Almirante Domin-
gos Tasso de Figueiredo, Vogaes:
—Carlos Pinto Passo de Piguei-
redo, seu filho, e José Antunes
Pinto.
2 D————
Gremio e teatro
Estão quasi em via de conclu-
são as obras do Gremio-Teatro.
Por agora está-se fazendo o re-
boco e pintura exterior do edificio.
Interiormente continuam as pin-
turas e alguns trabalhos de carpin-
taria. E a
A comissão tem sido incansavel
e não só tem. procurado ativar os
trabalhos para: dotar a Certã com
esta importante obea, o mais breve
possivel, como se não tem ponpa-
do a esforços para que o edifício
tenha a solides e as comodidades
indispensaveis.
Penna é que se tenha exgotado a
verba em poder do sr. tesoureiro,
o que a obrigou a contrair um em-
prestimo para não suspender os
trabalhos.
À todos os srs. subscritores que
ainda não tenham entrado no co-
fre com a sua subscrição e áqueles
filhos da Certã e amigos d’ela, que
queiram deixar o seu nome ligado
a tão importante obra, rogamos se
habilitar a ilustre comissão a con-
versa, porque estamos, felizmente,
à 2 me
e o RR ça Vis
clui-la e fazer à sua cutiegas
apressem a faze lo, de maneira a
Es
SEMANARIO INDEPENDENTE
—
Coisas % loisas…
Os balões
+ –
Não se lrata dos balões de ensaio
nem dos dirigiv que ultimamente
teem feito a admiração das gentes.
Trata-se dos balões que se elevam ao
som dos acordes musicaes nas romarias
do nosso povo. No domingo passado na
festa da Senhora da Graça ergueu-se
d’entre um semicirculo de romeiros
boquiabertos um balão que à quatro ou
cinco metros acima do solo deixava ca-
hir um enorme tiro de dynamite. Depois
d’este outro e um terceiro ainda, que
ao cahirem sobre um terreno de cultu-
ra projectavâm a terra a certa distan-
cia. Os outros, mais de meia duzia, re-
bentavam no ar à medida que o balão
se elevava. – é
Ora suponham que o balão em vez
de seguir uma direção oposta ao arraial,
se lembrava de dar um passeio sobre a
capela! Quantos desastres poderia ter
causado a inconsciência d’esta gente que
faz elevar um balão carregado de tiros
de dynamite! :
Nós somos contrarios aos taes balões
pelos prejuizos que muitas vezes caâu-
sam, caindo sobre uma seára ou sobre
um terreno de mato; e muito menos
toleramos halões dynamilistas tuja utili-
dade só reconhecemos em caso de guer-
Vad.
O lago do Adro
Lá continua na mesma inmundicie pa-
ra admiração dos visitantes e gloria do
vereador do pelouro.
Muito edificante Ludo isto!…
Se teem prazer em nos ouvir tocar a
aria da limpeza, continuem, porque
nós tambem prometemos continuar.
A torre Eiffel
Esta famosa torre de ferro, com 300
metros de altura, e que domina Pariz,
que tão alvejada tem sido dos acropla-
nos alemães, os quaes a (cem tentado
destruir, foi inaugurada, como se sabe,
por ocasião da exposição universal ue
1889. ;
O primeiro golpe de picareta. foi da-
do a 28 de janeiro de 1887, os alicer-
ces concluiran-se em 30 de junho do
mesmo ano, à montagem da parte me-
talica a 31 de março de 4889 e a de-
coração a 17 de maio seguinte. Gastas
vam-se dois anos, quatro mezes e nove
dias em levar a cabo essa empreza.
A primeira platalórma encontra-se à
57,70 metros do solo, mede 70,70 me-
tros de lado e 4:200 metros quadrados
de superficie; a segunda está a 115,73
metros de altura; a terceira, à 276,13,
sendo o pento mais elevado em que o
publico tem acesso. D’esta platafórma,
e com um bom oculo, póde abranger-
se a distancia de 90 quilometros. A tor-
re é rematada por um fátol, cujd luz
álcança a 127 quilometros. Sobre o fa-
rol existe uma ultima platafórma, cheia
de páraraios e instrumentos de meterco-
logia. –
Hoje, a torve Eiffel, eriçada de canhões
é metralhadoras, é uma vigia constante
e uma ameaça para os dirigiveis e ae:
roplanos inimigos.
AVENÇA
Anuncios
Na 3.º e 4.º paginas cada linha, 30 réi.
Noutro jogar, preco convencional
Amnúrciam-se publicações de que se
receba um exemplar
Não se resliluem os originaes
| | Couto
Começou no dia 15 o encerramento
ido Couto que até ao dia 15 de janeiro
estará fechado aos gados emquanto não
terrninar a colheita da azeitona. Egual-
menteé proibido durante este prazo a
apanha la azeitona, castanha, lande, etc,
a gente | extranha à propriedede, sendo
punidos os’transgressores com muitas
rigorosas E
Ao sr. comandante da guarda repu-
blicana recomendamc3s O Caso, em que
devera haver todo o rigipr, para defeza |
dos interesses dos lavraapres. *
Bom exemplo 1
Afirma-so que o sr. dr. bixilo Camá-
cho acompanhará o corpo expgulicionas
rio que se prepara para o can APO da
guerra. a Ne
Nestas. alturas de brios mavorficos,
seria para desejar uma expedição de
politicos comandada pelo sr.
dos Santos: da
À apostar em como não se arranjava
numero suficiente para carregar uma
peça Cannett.
Ponte da Gtaleguia
Assim é chamada à ponté que o se-
nado municipal aprovou pára fazer à liga-
ção da freguezia de SanAna com Serna-
che peloNesperal. Todosesperavamos que
ássim [osse, visto ser lânto o enterne-
cimento com que se falava dos povos de
SanvAna, a quem por todos os motivos
e mais um eta preeiso ligar com Nes=
peral. Porém, eis senão quando comes
cada a ponte, vê-se que esta levantou
| vôo das terras de Sant’Ana lã mais
para baixo, para os confins da fregueziá
de Palhaes que já estava servida com à
ponte do Valle dos Gavalos.
Surprehendidos na sua bôa fé os de
Sant’Ana clamam que a ponte aquele
Sião de niida lhos sokyrs fabio Hb ot
a direcção é sem caminho; e Quigiro sb
Galvos mostram o seu descontentamento:
desde que se não escolheu pari pass
sagem qualquer ponto maisa montante
da ribeira por oúde tambem podessem
servir-se Nas suas relações com à mars
surpreende desde
que é sabido se atendeu misto mais ao
interesse particular do que ad beneficio
“do poxo: ‘
”
Tiuminação
façam favor deem mais um hocadi
nho de luz ás lampadas petroliferas
cá do burgo. ,
Nós bem sabemos que: 0 petroleo
tambem está a lrepar; mas, com a lj
que para ahi costuma aver tão se
vêem dois palmos adiante do nariz
Paz ou guerra?
Reuniú o parlamento para decidir sos
bre a atitude de Portugal na guor
Morriam de parto sem. confissão se
não lhes reeitassem os ofetetiménttos e
agora, que começam os apertos pela pros
babilidade da aceitação do generoso am
xilio, tratam já de teparit tesponsabi-
dades.
Estamos mesmo a veta tação dese-
josa de dar o salto do Rhenio, acenar
com a cabeça que sims. que siivaa
Machagloo a veta tação dese-
josa de dar o salto do Rhenio, acenar
com a cabeça que sims. que siivaa
Machaglo
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«ursos, em harmonia com as ins-
erre
re
r
Ciara regionaes
de agricultura
“Sem «duvida 08 municipes “do
«e oncelho-da/Certã e bem vassim os
sdos«concelhossque constituem esta
* soomarca-sedevem lembrar “de “ha
“tempos sé ter instalado nos paços
“do concelho «a Camara Regional |
“de Agricultura.
A lei N.º 26 de’9 de julho de
918; que creou estas corporações
«diz entre varias consas:
sArtigo 145.º Com o objectivo
ia estimular e anxiliar:o fomen-
to da agricaliara e: pecuaria:ro-
“sgionais,cemar-se ha em cada re-
srãoagricola uma Camara re-
sgional: ide agricultura.
Art. 146.04” Câ.cara regio-
nal de Agricultura compete, em,
especial:
«a) Promover a instrução – “das
populações rurais;
-b) Estudar todos os inrébiio-
«mas de fomento-tural-e «pecuá-
“eriosreeonhevidos“úteis qu-neces-
=sÉrios’ao. progresso da região;
c) Congregar-todas -as ‘boas
wontades-é; patrocinar todas as
iniciativas-oú empreendimentos
0 que “possam “concorrer para a
propriedade agrícola e peouá-
cria regional; ”
a) Propôr – ao Govêmo, por
“intertúédio das direcções dos di-
* — “vexsos serviços, as providencias
«que Tavoura-ou «o “comércio
– srígricóla -reclamem «dos poderes
í “públicos; e que;julgue dignas de
“É vconsideração;
e)Orientar a opinião pública
epara a melhor aceitação de quais- |
“quer medidas, sempre que so re-
“sconheça-a – necessidade de-a es-
«clarecer;
“«F) Prestar os : sadlaitimentos
“que, pelas direcções dos diver-
sos serviços, lhe forem -golicita-
z Ueda fsronção assuntos que’res-
-peitem à agricultura ou ao’co-
mércio agrícola regionais;
&) Auxiliar a elaboração “da
“estatística «agricóla »e pecuaria
»e-ocestudloseconômico, agricola,
lorestál’e: Peas RR ren
tes regiões; A
“ JA) Promover a realisação o «de
*00nCUrsos “6- exposições . igrico-
: e E
Pd AneMiar AR direcenes. «dos
“diversos serviços no coleciona-
mento de. produtos dignos “de
“figuram nas exposições e «con-
itruções que lhe forem dadas.
da face da lei o que fez a ‘Ca-
egional, agora que: foi sup-
E a a exposição annual deca-
ptinos, passando -a ser de «dois “em
dois annos?
Como tem sido da as
fmo nações Jegues do, jortigo 146 6
“suas alineas? | ia
Conhece a aa del O inivi
a letra do’ artigo 155-no que res-
peita ás suas atribuições? e-que diz:
Art. 155.º Pura ocorrer, às
despesas de expediente e outras
das câmaras regionais de agri-
cultura, as câmaras municipais
contribuirão com wma cota, va-
riável come ordem de cada con-
– celho na classificação industrial,
— que inscreverão nos seus orça-
mentos.
Admira-nos que uma entidade
oficial creada por lei ignore os seus
deveres e as- suas atribuições, co-
mo egualmente nos admira que en-
TOZ DA BEA
Secção literaria
SONETO
Hão de alembrar-me sempre, com -saudade,
Estes breves momentos de-ventura
Da minha descuidada mocidade,
Que vae fugindo -com bem «curta dura.
*] tre-os’próceres’do senado ‘munici-
pal-não houvesse ‘um’unico’que in-.
dicasse aos seus cdlegas’o caminho
bon gré mal gré.
Mas ao mesmo “tempo não ‘nog
deviamos-admirar-se nos recordes-
semos do <isvelo -e cuidado com
que são tratados assuntos de ‘im-
portancia-taes como, limpesas, ilu-
minações, -cemiterio, jardins, ruas,
etc.
Desejavamos que a Camara Re-
gional “de. Agricnltura constitui-
da porhomens sinceramente aman-
tes da sun terra “pugnassem pelo
cumprimento da lei, que bustante
póde beneficiar esta região essen-
cialmente agricola e que tão des-
protegida tem sido,
“E se na sua consciencia -se ;jul-
garem incompetentes para o strito
cumprimento dos seus deveres, só
teem um caminho a seguir: não
continuarem no aistematico syste-
ma do. empúta tão-caracteristico do
povo portuguez e..
“Os “interesses de «uma região,
que outra-cousa não :póde ser se-
jeitos áquele sistema.
e.
ig meme
eira
“Realizou-se na quinta feira, dia 15, a
tradicional feira das varas, assim cha-
mada pelo importante consumo -que
nela teem estes objectos para a derru-
ba da castanha e azeitona.
Antigamente era conhecida pelo no-
me do feira de santa Thereza «em -home-
nagem ás virtudes da insigoe carmelita
que -o kalendario christão «comemora
m’esto dia.
O-dia agradavel e-o bom ano-cereali-
fero, alem da perpectiva d’uma colheita
importante do azeitona, contribuiram
vantajusamente para que a feira tivesse
grande concorrencia de povo. .
Realizaram-se importantes transações
em gado suino para engorda, bastante
procurado em vista da abundancia de
montado. .
Nos outros. gêneros, principalmente
no ramo das fazendas de lã, tambem o
| movimento de negocio foi notavel.
“Por-ser feita na entrada “do inverno,
| quando mais necessaria é a prevenção
de agasalhos’para a quadra invernosa e
por ser feita-em seguida nos Tecolhi
mentos, gosou sempre esta feira de at-
ta importancia, podendo “com razão ser
considerada uma das melhores ta pro-
vincia.
Na Africa Oriental
“* ‘Por telegrama de Londres sabe-
se que um oficial alemão passon a
frontéira portugueza na Africa Ori-
ental-e matou am sargento coman-
dante do posto ‘e quatro soldados
|indigenas
“O governo alemão apresentou ao
“governo portuguez desculpas d’es-
te incidente que se diz baseado na
suspeita de que fossem as nossas
“autoridades as instigadoras duma
sublevação local em territorio ale-
mão. j
O caso estã afeto às estações su-
periores que saberão manter com
energia o prestigio da bandeira:
portugueza, H à
RR gr eat
Cosamento
Está combinado o casamento do
nosso amigo e assinante sr. Joa-
quim Pestana dos Santos com a fi-
lha mais velha do sr. Inacio Fer-
nandes. abastado proprietario na
Selada, freguesia do Castelo.
a seguir norcumprimento “da Jei:e:
com o intuito-dezelar’os interesses |
dos municipes que representam”
não: agricola, não devem “estar su-:
E quando eu fór velhinho, ainda me ade
A lembrança, que na dor se aviva, apura,
Minorar o sofrer dessa idade…
Lembrar um bem a tel-o-se afigura
E embora ocoração já quasi morto
Se-não anime ao lume de um conforto
“Que a tantoo leva a dôr e q desengano,
Bade ainda ter extranhas pulsações
‘Como um velho castelo, todo ufano,
«Ao recordar as suas tradições.
L. Silva Dias
AEREAS AEE
NOTAS À LAXYIS
««Qual é a esposa Ideal? «
Sr. Victor
CA esposa ídeal é a que deposita
em nós absuluta confiança, não dá
guarida a esse verme terrivel que
se chama ciume nem a certas ami-
gas muito habeis em tecer meadas
das quaes raras vezes se encontra
o fio.
Proença Nova :
cá. R.
Sr. Victor:
E’ ideal a esposa
Queimes abre o coração
-Ão amor puro, sincero,
Sem sombras duma traição.
Que perdôa com meiguice,
Qne ordena com um sorriso,
Que sofre quando sofremos,
E é forte quando preciso.
Que presente o que na vida
Nos magõa, nos tortura.
E” ideal à esposa
Que ama na desventura!…
Avlis
Sar. Victor:
”
Esposas ideg es são toda às mr
lheres antes de casar. das, de-
pois… sówas pode aturar a pacien-
cia dum
Jób
-epRattse-
DEPANEANDO
Noite caliginosa 6 fria de outubro. No
torisonlo nem uma estrela a iluminar a
escuridão trágica e profunda que envol-
via, como manto Intuoso, toda a nature-
za, é ao longe ouvia-se o canto funebre
e agoirento da coruja carpindo talvez
na sua toada dolente e melancolica a
magua de um amor que não chegou a
atingir à alvorada brilhante das suas es-
peranças e dos seus sonhos ridentes. E
cu caminhava tristemente, chorando tam-
bem as ilnzões douradas da minh’alma,
ídeaes benditos de suprema ventura, em
que concentrava todo o meu, porvir, é
|
que brilhantes echeias da viço, como as
rozas quando Dejjadas pelo sol fecan-
dante das manhãs esplendorosas «de
maio, murcharam ao “cair da noite. Evo-
cando a recordação pungente d’essa mu-
lher querida que amei com o amor fer-
foroso e ideal senti «como “que um ‘ani-
quilamento coa de todo o meu ser,
Era já maito tarda eeu passeava po-
lo adro da matriz quando no campana-
rio da vetusta egreja soavam lentas é
compassadas as dose badaladas da meia
noite, horade socego em todas as al-
deias e por isso higubres como as pala-
vras de um espectro que surgisse da
campa e cujo eco so repercutisse pelas
quebradas dos montes. Fatigado pelas
comoções d’aqueia moite recolhi a casa
e deitei-me,
erarestepuanersseanenasass
Bela como uma estrela. graciosa é
gentil como uma figura da Renascença,
vestída de roxo como os goivos doridos
e macerados que esmaltam a campa on-
de dormem o sono final os nossos entes
mais queridos essa mulher de deslum-
brante belesa, surgira ante mim como
balsamo bendito para as dores, a san-
grarem calvarios de infinita amargura
que dilaceravam a minha alma.
Dos seus-olhos meigos como uma ca-
ricia de noiva. desprendiam-se lagrimas
cristalinas como gotas de orvalho que
lhe inundavam as suas faces frescas e
assetinadas.
Inclinando-se docemente sobre o meu
leito, essa mulher de uma helêza e do-
cura angelica entoou então um cantico
repassado de dor e sentimento. E como
eu, vivamente impressionado pela do-
FU NDA A oito UA PEsbRaBarSun-
—bu sou a Saudade, a palavra mais
bela da lingua portugueza, a companhei-
ra inseparavel d’aqueles que são feri-
dos pelos espinhos pungentes e crueis
de todos os tormenios e de todas as
dores; sou a irmã dileta da Esperança,
e quando esse peregrino sem repouzo
chamado homem, chora as suas iluzões
perdidas ou a mulher querida que nãu
quer acreditar nos seus vehgmentes
juramentos, eu mitigo-lhe as’suas ma-
guas, animando-o com a Esperança…
Arrebatado pela encanto indifini-
vel das suas palavras, pedi-lhe que me
deixasse reclinar a minha cabeça febril
no seu selo, ao que ela retorquiu:
—Impossivoll. .
E, mais veloz que o pensamento, essa,
visão: sumiu-se na amplidão infinita do
espaço, dizendo-mo mais uma vez:
—lisperança… Esperança sempre…
Sensivel
Delivrance
Teve a sua delivrance a esposa
do nosso prezado assignante sr.
José Antonio do Vale, comercian=
te na cidade de Coimbra. “Tanto a
parturiente como a recemmascida
estão de perfeita Saude.
DR. GASTÃO C. MENDES
Por confusão da nossa parte dis-
semos no nosso penultimo ntmero
que o sr. dr. Gastão Corréa Men-
des era o diretor da Patria Nova,
quando deviamos dizer que o er
do Noticias da Beira. Regficamon,
DR. GASTÃO C. MENDES
Por confusão da nossa parte dis-
semos no nosso penultimo ntmero
que o sr. dr. Gastão Corréa Men-
des era o diretor da Patria Nova,
quando deviamos dizer que o er
do Noticias da Beira. Regficamon
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17-10-914
A . 7
Oito dias no Cabeçudo
(Continuação)
— Assim explica-se a aua per-
manencia aqui, exclamei eu. Vive
em propriedade-sua, tem meios ‘dé
vida, ri-se dos politicos e da co-
media social que, no palco das
ambições se representa. Está livre
do Affonso Costa e da lei da sepa-
ração e das baboseiras parlâmen-
tares e dos carbonarios e da For-
miga Branca. Nem o assusta a ty-
rania, nem o desalenta o tedio,
nem o ridiculo o faz estoirar de
riso. Esta é a verdadeira vida, sim
senhor. Remonta 4 epocha patriar-
chal. Faltam só os rebanhos e as
tendasidabrigo.Mas a capoeira sub-
stitue uns e o chalet dispensa as
outras. Parabens. Eis onde está a
felicidade. Se Camilo Castelo
Branco tivesse estado aqui, não
descobriria a mesma como o fez,
n’um-romance, debaixo d’umas ta-
boas. Vale a pena ser missionario
e eu lamento não o ter sido…
— Devagar, devagar, exclamou
o meú sympathico colega, desde
então habitual cavaqueador, em
repetidas visitas á Villa Mathilde.
Sabe muito bem que a vida do
missionario, em Portugal, é uma
vida de penuria. Ao fim de 6, 8 ou
mais annos e, quantas vezes inu-
– tilisado para outros trabalhos, ar-
ruinado. na sua saude, o missio-
nario recebe sete mil e quinhentos
reis mensaes; mercê da generosi-
dade com que à patria recompensa
tantos annos de estudo e de servi-
– ço. Algumas pequenas farturas que
por ahi vir não provéem das mis-
sões, mas de heranças ou d’outra
origem. Habituamo-nos a viver
para aqui…
—Teem tempo para tudo, go-
sam saude, sofrem menos cuida-
dos… Optimos logares para pen-
sar, ler, escrever… .
— Deixe-se d’isso, respondeu elle
“ gindo. O sr. se pará aqui viesse,
deixar-se-hia de tantas leituras, os
“ trabalhos do campo com a vigi-
lancia que deriandam e o interesse
que despertam, absorver-lhe-hiam
todo o témvo, A’s nove da noite,
dormir. A’s-cinco da manhã, le-.
— vantar. z S
“ —A’s cinco??? Ahl sim. Dor-
me 8 horas. E” demais. Tudo ha-
bitos, questão de habitos.
—t que q st. agui tem feita,
* exclamei eu; representa muito tra-
balho. Eva brava a terta, segundo
“me dizem. : Inte
Então regressando nos meus
“aposentos pensei como seria util a
propagação de novos systemas de
cultura agricola feita pelos paro-
vips nos seus passats, e com o au-
xilio directo dos proprios gover-
nos, iriam industriando. os peque-
nos agricultores, no conhecimento
“dos progressos da “lavoira.. Alem
das vantagens materiaes, facilirien-
te vísiveis uma bem disposta cul-
tura do solo, outras vantagens ad-
viriam para a disciplina, para a
ordem publica, d’esse contacto com
a alma popular. Mas o sectarismo
tôrpe acha mais ntil combater o
– clero e manter o povo tia ignoran-
cia e na desordem. E
Naturalmennte, tanto nas. pa-
Jestras-em casa de Monsenhor Fer-
* reira, como nos passeios dados, in-
teressava-me o estado dos espiritos
* quanto a sentimentos religiosos.
Aa (Continua)
ea Pu doão Vacondeus
AGENDA
Da Curía regressou já a esta vi-
la, o sr. Firmino José David.
Acompanhava-o O seu filho Fer-
nandes. 4
— Suíu já para Lisboa afim de
continuar o curso colonial, o nos-
so colega de redação sr. José dos
Santos e Silva.
— Está na Certã o nossó presa-
do amigo sr. Carlos d’Ascenção,
digno diretor de distrito da Com-
panhia dos Tabacos. :
— Regressou a Sernache o sr.
dr. Abilio Marçal, dirétor do Cole-
gio das Missões.
— Em serviço dos impostos es-
teve n’esta vila o sr. Vasconcelos
e Ornélas, chefe de distrito dos
mesmos serviços no distrito da
Guarda.
— Em serviço da sua especiali-
dade esteve n’esta vila o sr. dr.
Eduardo Caetano Nunes, distinto
advogado na comarca de Figueiró
dos Vinhos.
—De visita a sua familia tem
estado em N. 8. dos Remedios, com
sua esposa, 0 sr. Braulio de Lemos
— Estiveram em Castelo Bran-
co, a esposa e filha do sr. João
Joaquim Branco.
— Foi promovido a chefe de es-
tação de 4.º classe dos caminhos
de ferro o nosso prezado assinante
sr. João Albino.
— Tem passado incomodada de
saude a mãe do nosso assinante sr.
Olimpio Craveiro,.
—Pambem tem agitardado o lei-
to com um ataque de gripe, o m
nino Eurico Cezar Pires. :
»— Está na Certã o nosso assi-
nante sr. Luiz da Cruz.
— Está na Certã, o Sr. Francisco
Guilherme de Castro, chefe da sec-
ção de obras idraulicas pluviaes e
maritimas n’este distríto,
—Durante a semana tivemos o
prazer de ver n’esta vila os nossos
prezados assinantes srs. Joaquim
Pestana dos Santos, David Men-
des, Afonso Lima, Manoel Fari-
nha Martins, Adelino Marinha, An-
tonio Farinha Loureriço, Monse-
nhor José Maria Ferreira, Antonio
Martins dos Santos, Olimpio do
Amaral, Alfredo Pires, padre Ma-
noel d’Oliveira Pires, Francisco
Farinha Portela, João Crisostomo,
Mangel Rephandos Juntar dasguia
“Fehx, padre Antonio Fernandes
da Silva Martins, Antonio Henri-
quer Neves, Verissimo da Silva,
Manoel Autunes Clemente, Dontiri-
gos Alves, José Antonio Pires, Ma-
noel Barata Henriques Pirão, An-
tonio Pedro da-Silva Junior, dr.
Silva Faia, Simeão Lopes Tavares
e Joaquim Vicerite Farinhas
ani ão pa eee
Guarda Republicana
Com à cheguda do novo contin=
gente ficou esta secção composta
de 12 unidades assim distribuidas:
Um alferes comandante, um
súngento, im cabo de cavalaria,
quatro praças de cavalaria e cinco
de infantaria. : –
“Para maior urgencia é rapi-
dez nas averiguações a procceder,
em logaes afastados, estão au ser-
viço da secção 6 cavalos:
Oxalá à guarda com este alar-
| gamento de faculdades de trabalho
| possa cumprir ficlmente o seu re-
gulamento:
Festividaiê
Realisou-se no passado domingo a fes-
tia de N.S. da Graça na capela de N. S.
dos Remedios, subúrbios d’esta Vila,
Foi enorme a contórrehcia de povo
que de varias freguezias Visinhas ali
acorreu para lucrar O jubileu anexo à
festa, preparando-se para issó Com os sa-
cramentos.
O arraial esteve concorrilissimo du-
rante lodo o dia, para o que contribuiu
grandemente a amenidade do dia.
Deu a nota da festa, como de costu-
me, O aparecimento «das fogaças, algu-
mas de feitios caprichosos e tão Carre-
gadas de ofertas ([rútos é primícias das
colheitas) que eram précisos quatro ho-
mens para as transportar.
A seguir à missa houve a procissão
que términou com a ladáibha por musi-
ca. Ao evangelho prógom b rev? padre
Izidro Farinha, de Sant’Ana. Agradou,
tendo um rasgo feliz quaido, dirigindo-
se à imagem, pediu a proteção divina”
contra os horrores da guerra.
Assístiu a «Filarmonica Patriota», sob
à regencia do sr. Carlos dos Santos.
Terminado o serviço religioso, o rév.
capelão padre Guilherme ofereceu aos
seus amigos e clero assistente um bém
escolhido jantar. Lembra-nos ter visto
os srs.: Firmino José David, esposa e
filho Antonio, Adelino Nunes Marinha
esposa e filhos, Braulio de Lemos, esposa
e filhos, Adrião David é esposa, D. Ina-
cia Vidigal. D. Angela Ferreira Vidigal,
D. Izabel Marinha. dr. Ermano Mariúha,
Ignacio Vidigal. Jayme Marinha, padre
Moura, padre Izidro, padre Marques,
padre Sequeira, padrê Ramalhosa é pa-
dre Francisco Marinha. á
Era noute quando nos despédimos de tão
amavel companhia. Eútretaúto pelo ar-
raial ouviam-se os ultiinos rumores dos
forasteiros que se preparavam para re-
tirar.
ES
Estudantes
Saíram para Castelo Branco, a
frequentar o respetivo liceu os srs.
Inacio Vidigal, Joaquim das Ne-
ves Barata, e Joaquim Branco.
Para Lisboa os srs. Fernando
David, aluno de Belas Artes e Jo-
sé Santos Silva, do curso colonial.
do des E Fa ga 164 TS
Repressão do jogo
Pelo ministerio do interior foi
expedida a seguinte circular aos
governadores civis
«O ex. ministro do interior encar-
rega-me de lembrar a v: ex.º a doutri-
na da circular de 27 de julho último; na-
qual foi racomendada à mais rigorosa
observancia das leis que probibem o jo-
go. Devo, portanto, v. ex. pôr em ac-
ção todos os meios preventivos e re-
pressivos para que as leis sejam cum-
pridas. no intuito moralisador de evitar
que a população procure réceitas no vi-
elo Ma duo Em nepiniza do trabalho
metodico, que só ele engrandece os po-
VOS:
Correspondencias
Vila de Itei, 13—4Ao que
nos constá vie passar para à camara
municipal; por iniciativa do seú presi-
dente, a superitendencia do cémiterio
paroquial d’esta freguesia. E” uma me-
dida acertadissima que de ha muito se
impunha pois não podia por mais tem-
po consenititese no abandono a que os
dois Cemiterios foram votados pela juri-
ta-de pároquia. . ; EE
O centiterio velho, onde atuálmente
se fazem enterramentos; estã de porta
aberta, – à mercê: de quantos animides
ali querem entrar.
— Vimos aqui os grs: Jos6. Henriques
d’Oliveira, padre José d’Oliveira Coelho
e José Aritonio Prior:
—isteve na Ponte de Sor; tendo já
rógressado 4 sua aprazivel vivenda do
Cabecito o sr. José Henriques Alves Fro-
es; importante capitalista e proprietario.
—legressiram a esta vila Os srs.
Bertiardo Heiror de Deos, padre João Pi-
tes Neves, Antonio Henriques Nevés é
José Joaquim de Moura Neves.
No dia 8 do corrente atisóu-sé ua
egreja malriz desta freguesia uma À-
lhinha dosr, Joaquim Lourenço, cmpre-
gado dos carinhos de ferro “do Estado,
que recebeu o nome de Natalia. Foram
padiinhos ós srs, padre Josó d’IOiveira
Coalho é Manõel Martins Aparício.
—Ha dias, manifestou-se incei dio na
casa dé residencia dó’sr. Joaquim Ro-
drignes, d’esta vila, sendo quas insigai-
ficântes os prejuízos cansados.
—Pará sua casa do Porto sait od em
acompanhado dê sia esposa e centis
filhas 0 nos30 patricio sr. Joaquim Lou-
renço. ?
—Bstóve entre nós, com pouca de-
mora, O osso patrició sr. Vicente José
de Moura, acréditado comerciante na
cldade de Castélo Branéo, Vith acom-
panhado de sua êsposa.
—Termihou o conenrso do escolá
fixta do lógar da Boafarinha, constau-
donos quê fóram apênaás duas as con-
correntes. Oxalá que em brêve se faça
à nomeação.
— Estão feitas as vibdimas n’esta Tê-
gião; à cólheita fói éste ano mais di-
minúta em conséquencia dós ataques dé
mildio é oidio que as videiras sofreram.
A colheita, porem, foi maior qué nó
ano anteriór pará Os proprietarios que
êmpregaram o tratamento aconselhado
pelos cientificos. *
—Encuntra-se gravemente doente à
éx.º sr.º |. Emiliá – Tavarês Câmé-
jo, virtuosa ésposa dó -sr. Sebastiãó
Camejo, habil tesoureiro dê finanças
d’este concelho. Sinceramente lhe ‘dese-
jamos as melhoras.
=Causoú n’esta vila prolúnda impres:
são o desastré na travessia do Tejo;
proximo de Rio dé Moinhos, que. vitimou
o sr. Manoel Francisco dos Santos, suá
esposa e sobrinho, o o barqueiro. Aque-
lo senhor éra natúral d’esta Méguesiá
onde contava muitás simpatiás pelas
suas boas qualidades. —(X.)
Proença à Nova Havia já anos qué
na cadeia deste concelho se encon
trava um preso ideal, pois que erá
carcereiro de si proprio; e não sei
mesmo se tambem dalgitin compa-
nheiro, se por acaso aparebia, Es-
te desgraçado (eú chamo-lhe ús=
sim) encontrava-se preso porque;
não sé tonformatido coni a ven
em hastã publica dalgumas das
suas propriedades, venda que, rê-
sultou por falta de pagamento dé
contribuições á Fazenda Pubica,
invadiazas, diserido que às ditas
propriedades eram suas; por quan-
to ele Tião tihha assinaflo à verida;
Pobres de espirito! É geito pos
réem giie o homem estava hã td-
deia (quando queria e quando lhê
apetecia vinha até cá fórá tomar
ar ou aqnecer-se dojsoalheiro, muis
tom seu belo prazer: Foi nestá or-
dem -de ideias. que o nosso preso
um dia destes, no dia 12 se não
nas engandtuos, sau à verancãr
até nma das povoações visinlas.
No tegiresso porém, a alguna me
tros desta vila, o desgraçado foi
atacado duima sincope, qtie lho deii
morte quasi inatitanea, -pondo-lhe
terno à existencli. A vida deste
homem é uma historia muito longa,
mas que nos falta o témpo pará
historiat,
— Tem experimentado algumas –
melhoras. o ridsso querido amigo
José Lopes“Tavares, distinto estn-
dante que ge ericontrava, na Belgi-
ca, quando rebentoú d guerra bu=
ropea,
Que ás rrielhoras coritinuem é o
que do coração desejamos.
==Jncontra-se em Lisboa o nos-
so amigo Batista Diniz a tratur
dos seus negocios:
—Oliegou a esta vila o estudar
te em Lisboa; sr. Elias Cravo.
—Saixam para Castelo Brarico
a grº D. Legpoldiná Rocha ahini
da Escola de Ensino Normal e Aus
relio Rocha aluno do Liceu Gen=
tral daquela cidade. ) :
Dosejamos-lhes felicidades:-(S.)s-lhes felicidades
@@@ 1 @@@
| “Agua da Foz da Certã É
A Agua cnineromedicinal da. Foz
“da Certã apresenta uma «composição
ca que -a distingue de todas -as -ou-
até hoje usadas na therapeulica.
“o empregada -com segura vaultagem
POR a Diabetes—Dyspepsias —Catarros
k à. gde aro idos -ou parasilarios;—-
tas poversões digestivas -derivadas
“das des niças mfeociosas;-=na. «convales-
“<censa mas febres graves;—nas atonias
“gastricas dos-díabeticos, “luberculosos,
«bridlticos, elci,-=-no .gastricismo dos
«exgotados; pelos feia “on pr: ivações,
etc, etc.
Moslra à adnalyse didtefedlogica que a
Aguada Foz da Certã, “4al como se-
encontramas garrafas, deve ser consi-
jevadacamo anierobicamente
pura não contendo -colibaci=
tto, nem nenbuma-das-especies patho-
as que podem existir em aguas.
Ale osa de uma «certa -accão
Merobicida. “O JB. “Vhyphico,
Einhter- ico, e Vibrão
rolerico, em pouco tempo nella
«der tudos a sua vitalidade, outros
“bios apreseritam porém resistencia
VOZ Dá
”
Fructuoso Pires .
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