A Boa Nova nº4 18-10-1914

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“Administrador
José FraNcISCO
“E DE FEET Ea TO E TS SS A
Dos AR de Certa. Oleirós e Proença-a-Nova
Directo r-proprietari
P.º Fraxcisco. Dos SANTOS SILVA
ng e ad Rua de Santo Antonio — Com. e imp 7
é Tavares & Morgado, Rua À
Antonio PEDRO RAMALHOSA
“ 7 €
“Editor
“EVANGELHO |
Dominga AA o do Pente-
costês
S. LUCAS; IVA 16-53
N’aquelle tempo, havia
“um reguto, cujo filho esta-
va doente em Capharnaum.
Tendo este ouvido que Je-
sus vinha de Judéa para
Gallileia, foi ter com Elle e
rogou-lhe que descesse ,a
sua casa e sarasse a seu fi-
“ho, porque estava a mor-
“er. Disse pois Jesus «Vós
se não vêdes prodigios e
“se-lhe o regulo: «Senhor,
vem antes que meu filho
morra». Disse-lhe Jesus:
“«Vae, que teu filho vive».
“Deu o homem credito ao
“quelhe disseraJesusefoi-se.
E quando já ia descendo,
vieram os creados sair-lhe
ao encontro, e deram-lhe
novas de que seu filho vi-
via. E como lhes perguntas-
se a que horas se tinha o
“doente achado melhor, lhe
responderam : — « Hontem
“ás sete horas o deixou a fe-
bre». Então conheceu o pae
ser aquella a hora em que
Jesus lhe dissera: «O teu fi-
da a sua familia. é
O Evangelho da missa
d hoje ailoreca e-nos uma pro-
va clara e evidente da Di-
vindade de Jesus, A” sua
voz as tempestades serenam,
as enfermidades fogem, à
morté restitue as victimas
ue fizera. Para realisar es-
— Sua) teórica, mas de
milagres, não credes». Dis-.
ho vive», e ereu elle e to-.
tes actos que assombram e
maravilham os maiores en- |
genhos não é necessaria à.
to]
como no Evangelho d’hoje
manda e os elementos obe-
decem, a efficacia do seu po-
der e virtude é exercida.
Actos são estes só pro-
prios da Divindade e com
os quaes podemos abrir os
olhos d’aquelles que não
querem ver em Jesus mais
que um simples mortale…
que digo eu! levam a sua
audacia e cinismo a verem
em Jesus um perturbador
da ordem, um desordeiro!!!…
Pois não foi dito, ha pouco,
entre nós, por um cidadão
de elevada cathegoria que,
| se Jesus hoje vivesse, O se-
questraria da sociedade e o
faria passar a vida numa
prisão? E depois admiram-
se que a sociedade viva n’u-
ma lucta fratricida, n’uma
lneta de morte, depois de
chamarem ás bellas doutri-
nas de Jesus 0 que bem que-
rem! Mas, deixemo-los na
sua cegueira, porque não ha
| peiores cegos que os que não
querem ver e para os quaes
não ha remedio de especie
alguma, e vamos nós estu-
dando e meditando a bella
vida de Jesus para a fazer-
mos norma dos nossos actos.
Diz-nos o Evangelho que
um pae, com o coração re- |
“talhado pela. dór, vae em
procura de Jesus e lançar-
se-lhe aos pés pedindo-lhe
à cura dum seu filho mori-
bundo. São assim os paes.
Não se poupam a sacrifícios
Ce especie alguma para o
bem estar de seus filhos. E.
“correspondem os filhos, de
egual modo, a tantos sacri-
Bea a tanto amor e dedi-
Ê cação?
— Quantas vezes não: env
“chem elles de PERABgEO, fel
o coração e a existencia de
seus paes, pagando assim
com a mais negra e maior
das ingratidões tantos be-
neficios!… Mas… na maior
parte dos casos, culpem-se
os paes a si proprios. Olham
mais para o lado material,
quero dizer, procuram para
seus filhos riquezas, bem es-
tar, altos empregos, não cui-
dam nem querem saber da
sua formação moral e o re-
sultado esses vergonhosos
espectaculos gue todos os
dias se desenrolam aos nos-
sos olhos e o desmoronar
d’uma sociedade que a to-
dos traz inquietos e absor-
tos.
Jesus acode promptamen-
te a este pae afilicto e diz-
lhe: «Vae, que teu filho vi-
ve». Sim, teu filho vive, co-
mo dizendo-lhe que até uli
estivera morto e só desde
entiio começara a viver, por-
que só vive o que se não
afasta do recto caminho e
procura a verdadeira vida—
a Vida Eterna.
«Creu elle e toda a sua
familia» — Tambem nós, to-
cados da divina graça, não
nos deixemos ficar surdos
aos seus chamamentos e,
como esta feliz familia, pas-
semos uma esponja sobre o
passado e seja a doutrina
do Divino Jesus a bussola
“que norteie o nosso viver.
remmcnio 4p CD
Congregação da Doutrina Cristã
Para o regular funciona-
mento d’esta Associação é
preciso. que todos os fieis,
com especialidade os chefes
de familia, comprehendam
as obrigações queteem, con-
tribuindo como seu traba:
lho, assistencia e esmolas.
e AR pa
Sd
“o mais poderoso factor
“dizia:
Aos parochos e outros sa-
cerdotes, que e officio fa:
tar-se os leigos, a que ur
vezes são bn por)
O parocho por si só, sem
o devido auxilio é pouco
para conseguir tão elevado
fim. É : FE
E indisponsadal por aa
to que todos conheçam a
utilidade d’esta Santa Ins
tituição eo grave dever
têm de a auxiliar.
E’ fóra de toda a duvida
que a insfrucção religiosa é
a formação educativa dos
homens de caracter, sen
de toda a cagada cult
val-a de tenra edade, por
que assim como umá a
re se torna formosa cuidan-
do-a quando os seus talos
são mais tenros e flext
assim a educação psicologi
ca dos homens do. futuro,
deve começar nos primeiros
a da infancia.
christanism o ba
« e
contrei boas escolas p pa
lares. sem o espírito chris-
tão.» dia
«Com à abolição do ins:
trucção religiosa, dizia
Conde de Palalis, tem:
confundido as edeias do bem
e do mal; os meninos fazem-
ae So AGA e ladrões e o seu:
caracter. torna-se feroz
>
E x Boa Rn
sos, tem notado que os
res d’elles são os que
uem certos conhecimen-
, mas carecem de educa-
anjo: filhos,
ação para a vida
“a Deus, manites-
im tudo indícios de
d e
na
a universidade
“doutoraúdo-sé
pafgélo de Me-
trend ir g
até que o chamóti o
o Pontifice quê o fez
va dunas!
õ pipas ds
É iqundota certa
vidade de costumes, en.
ppa -Se à oração mais
castigava |
qo
esmolas em Roma e nos lus
| seu pas o conde Gil
que, casado duas ves;
dois
ueno: deu grandes d
de piedade, e muie,
“com : aprovéita- |
seu tio o cai-
cal e 9 Sp n aih |
[lose
té do seu à governo, Com”
efor-
ds com jejuus e dis.
as, visitara muitas ve:
rea ejas, fazia muita-
dante.
“outros aceidentes,
do e á a de uma
moc odestia ecclesiastica exem-
RE
Dendi-se fbonfitujão ar-
c bispo “e suecessor dos
Apostolos-e: portanto pas-
-torsde almas, começou a fa-;
zer praticas espirituaes em.
conventos de freiras, com.
assombro de, todos os, OU-,
MES
ter visto ardoats n “este mi-
nisterio e motim deise-op- |
pôr à falsa doutrina dos he-
1ejes, entregou-se tambem +
ao estudo. de “Pheologia,
sendo. coisa de | admiração (|
| ver um. ljomem de tão alta
digni fade estar euinindos “08
como. um, Ea estu-
Comoao Arcebispado: de”
| Milão faltasse por quasi oi
“tenta annos a presença do”
– seu arcebispo, governando
se por um sóvigario, homem
ás vezes de poucas prendas,
| é certorque por este desam-=’
paro e calamidade dos tem
poss. infelizmente, gusto em
varias guerras, revolução
de estados; fómes, pestes €
a-vinha
do “Senhor estáva neste
iempo reduzida a lastima-‘
vel estrago. A vida e trato
“dos ecclestasticos-não podia
ser rag maior escandalo’e
permycioso exemplo aos fieis,
-vestindo á secular, tinbendo
armas em publico, viverido
as mais velhas e escandá-
m-amisares que’podiam
nãorvendiam’ nos seus”
beneficios; às egrejas e coi-
sasosagradas estavam na
mator indecencia.” Carlos
tudo-zemediou, soimeçando
Tor
a reforma por sua propria”
pessoa é familia, pondo-se
em maior austeridade e
exemplo de vida. Edificou
tres sem inarios- na-cidade de
Milão , e em diversas partes.
“do arce- bispado outros tres,
no sim de n’ellesse crearem
em virtude e lettras bons
sacerdotes e curas de al-
“mas, resultando grande bem
para toda a diocese. Visita-
va Os seminarios, informan- |
do-se da virtude de cada
um, comia no refeitorio a
porção commum como qual-
quer d’elles, sendo o seu
maior regalo orações, ladai-
nhas, sermões e actos de let-
tras no tempo-da refeição. –
« Conhecendo pelas visitas
que. fazia a falta de, conhe-
cimento “dos mysterios da
“nossa fé, motivo, porque em
“muitas partes se introduziu
a heresia e no fim de lhe.
pôr um remedio efficaz, in-
ventouumasescolas de-dou-
trina, christã constando a
maior parte de seculares,
| homéns. de virtude, dividi-
das em diferentes par tes da
cidade é da. diocese, “onde
aos domingos é dias santifi-
-cados ospass mandavam os,
filhos ecreados é se juntava
muita gonté | desejosa de
; aprender.
Exerceu sempre “Rima
maneira admirável : A misé-
ricotdia. espiritual. é corpo-
val com O seu povo, princi-
palmente” em “tempos de fo-
me mostrando em todas as
* occasides suma, caridade
que foi o, que nais “distin-
guia, principalmentena las-
timósa peste que como, elle
prophetisára, cahira nã ei-
“dade dê Milã io em que elle
próprio visitáva os empesta-
dos, administrando lhe os
sacramentos, dando avulta-
das“ esmolas e distribuindo,
além de dinheiro, parté dos
moveis de sua casa, até à
propria cama em que dor-
mia, Soifreú algumas per-
seguições com a grande re-
forma da disciplina sele
siastica e teve grandes pe-
igos de vida de que Deus o
livrou, bem como operou al-
“guns milagres e que o limi-.
tado espaço dá Boa Nova
não permitte desenvolver. |
Eis um perfeito modelo
de Bispos e que os Sacerdo-
tes” támibem dever Re
2 EA
der:
Foi Esonifado por Pau-
lo V no anno de 1610, or-
denando que a sua festa se
celebrasse no dia 4 de no-
vembro. .
Risodi.
caio é rim
– O Rosario é um antidoto
contra os males deste seculo.
A
Acto heroico dum bom menino
Historia dedicada
aos meninose meninas
da catechese
Um pobre operario, cha-
mado Pedro, tinha cinco f-
lhos, todos rapazes, o mais
velho dos quaes apenas con-
tava oito annos. Havia já
alguns mezes que o preço”
de todos os objectos neces-
sarios (4 vida tinha subido
-consideravelmente.
Pedro trabalhava dia ne
-noite e só com grande difhi-
culdade ganhava os meios
para obter, no fim do Gia,
um bocado de pão, que par-
tia em seis partes, uma pa-
ra cada um de seus filhos e
uma para elle.
Um dia; o’mais velho jo
seus filhos, que se chamava.
José, não, quiz acceitar se-
não um quarto do seu qui-
nhão, isto. é, tanto quanto.
era preciso: para não morrer
de fome. «Eu não me sinto .
| muito/bem, disse elle a seu.
pae; coma o resto, ou par-
ta-o por meus irmãos».
Pedro—Pu estás doente,
meu pobre filho? Ah! que:
tens tu?
José—Não- seránadamas
eu não posso comer, é me-
lhor que me-vá deitar.
Seu pas o metteu na ca-
ma, e, no dia seguinte de
manhã, foi pedir a um me-
dico que viesse, por carida-
de, visitar o seu filho. O
medico, que era um homem
compassivo-e bom foi logo
visitar José e, tendo-lhe to-
mado o pulso, não achou
outro syimptoma de doença
mais do que uma grande, Ê
fraqueza. E
— Senhor. Donos; disse
“José, não me pe tomár
| da posso tomar.
O medico—Tu não que-
res tomar nada, men ami-
go?… porque?..
José—Não me pergunte ;
porque, pois não o direi.
O medico–Nada, tu não .
fatãe essa maldade; obede-.
cerás á vontade de teu pae
le á minha, Não queremos
masinto teimosos.
pena algum porque na- na-@@@ 1 @@@
tor, olhe que não é teima.
O medico—Vamos lá; eu
não quero obrigar-te a di-‘
zer-me o teu segredo; mas
“hei-de perguntar a teu’pae |
“remedio algum,
José—Peço-lhe que não
diga similhante eoisa,
o medico— Então expli-
ca te ou lhto direi com cer-
teza.
José —Ora.. antes.
sim, antes quero dizer- a o,
Mas. tenha a bondade de
mandar retir ar meus irmãos
primeiro.
O medico mandou sair os
lou da imaneira Seguiite: *
Se o senhor doutor sou-
bessel…
carestia, meu pobre pagtem
bastante dificuldade em ga
nharíum pedaço de pio: Eu
sinto um grande pesar,
quando vejo esse bom pae
e méns pequenos irmãos sof-
“frerém falta de alimênio.
Sou o-mais velho, tenho |
mais força que essysicrian-
ças. e quero deixal’asco-‘
mer 0 mea quinhão, é por
isso é que-eu fingi estar
doente enão poder comer.
O medico. limpbwvasla–
grimas que lhs borbulha-
“vam nos olhos é disse:
E tu não tens fome?…
José -— Oh! sim,
fome; luas av MENOS Ear xa
prazer dever que’os oniros
não soffceia tanto,
O medico-Mas
“sabes que. areia
não comeres?.
— Joré= Eu bem oséizmas
morrerei com Done
Meu pas terá um. di ho de.
“menos a sustentar, e eu, no
“Cgo, pedirei a Deiis que va
“ha a men pat ea meus po-
“bres irmãos.
O que eu queria era que
tivesse a Dandade de me
trazer um
Vala
se:
va doente, e não queria mor-
ter recebido a absolvição.
O caridoso doutor, com-
o que significa essa obsti- |
nação de não querer tomar,
rapazinhos, é José lhe fal.
neste tempo de
e multa;
E meçessid; ER de
rer sem me confessar e sem.
Toaé E oh! senhor ER |
F
|
movido. pela generosidade
e piedade d’esta criança, |
apertou-a em seus braços,
dizendo-lhe: .
—Não, meu amigo, tm
não morrerás. Deus, que é
o pae de todas as Suas crea-.
turas, olha por quem soffre, |
por quem trabalha e por:
quem resa e supplica. Teu
pae é bom e laborioso; tu
‘“vezas e te sacrificas, Deus:
não te abandonará; —De-
“pois. de lhe: ter falladocas-
| sim; correu a sua câsie não:
tardow que não voltasse sé- |:
guido d’um criado carrega
do de toda a sorte de pro-
visões. Fez assentar a uma
mesa” o vittãoso rapazito
comá seus irmãos e
pae, que, naquell
ai da sua offiii “ina,, Rito
gae
sou este honrado: beim-fez-
aquelia família, e as cores
que reapareciam a pouco e
pouco, nas faces de José.
Mas não se limitou só a
istovo soceorro: muitas tt
“soas caridosas, tendo noti-
cias da dedicação filial e
fraternal de da se apres-
saram a mandar;
mestiveis, outros ER ê
alguas Nanaio ‘
A familia dé Pedro Es
tirada da miseria; mas elle
não acceltonvos beneficios
da caridade, sendo durantê
O tempo da car estia, e não
Quis nais recebel-os, desde
ás coma produgto do-seu
trabalho, pode supprir as
e seus filhos.
|” Estes tinham adquirito pros
padrê. Tenho |.
“medo de ter pregado uma |
mentira, dizendo que esta- |:
– tecções, que e lhes proporcio-
amaram uma educação, com
a qual. ficaram | em estado
“de, mais tarde, ajudarem
seu pae e de prosperarem
Com sé
stants, .
«qual o prazer, que. gor
UNS CO -:
por -meio de suas honestas
profissões. Respeitae e amae
OS vossos paes, soccorren-
do-os em suas necessidades,
que Deus vos abençoará.
Proença a Nova—Julho.
0 O vosso amigo.
Ociosidade femenil
E” no dizer d’um eserip- |
tor inglez, o verme que róe-
a raiz da vida das mulheres.
x
O Ceia Maior iu sua tm.
“lidade Pio X
1.ºP; Sois christão ?
R.—Sim, sou christão pela ti
ei de Deus. :
2º—P, Porque, dizeis pela
sa de graça de Deus?
R. — Digo: Pela graça de
Deus, porque ser christão é
um dom de Deus, inteiramen-
te gratuito, que nós não po-.
demos merecer.
Be DGCI. verdadeio
christão?
R. — Verdadeiro. Faro é |
aquelle que é baptizado, que
«crê e professa a doutrina chris-
Pastores da Egr eja.
= P. Que ca doutrina
Ari /
RSA doutrina christa é a
que Jesus Christo, Nosso Se-
“nhor. nos ensinou, para nos
mostrar O “caminho da salva–
ção.
DP E. necessario apren-
Er do. “doutr
tor, vendo a Alegria de toda
tina ensinada por
ess Christo?
Ri-—Certamente, é necessa-
Tio aprender à doutrina ensi-
nada por Jesus Christo, e com-
metem falta grave aquelles é que
sé descuidam de o lazer.
6.º—P..Os paes e pat des são
obrigados a mandar à doutri-.
na os seus fi na e dependon-
emp.
R—Os paes é patrões são
obrigados a procurar que seus
filhos é dependentes apren-
dam a doutrina christã, e são
culpados diante de Deus sé
despresarem esta obrigação.
7º—P) De quem devemos |
nos “Feceber Pa aprende 7a dou-
age christá?
— Devemos receber e
A, a doútrina Christã
da Santa Egreja Catholica.
8º—P, Como é que, temos à
reertoza de que a doutrina ghris-
Id, que recebemos, da Santa
Eereja: Cabholica: é verda-
deirã?
R.–Temos a certeza de que
a doutrina “christã que recebe-
mos da Egreja Catholica é ver- |
dadeira, porque Jesus Christo,
auctor divino d’esta doutrina,
a confiou por meio dos seus
Apostolos à Egreja por elle
fundada e constituida mestra
infativel de todos os homens,
prometendo-lhe a sua divina
assistencia até à conservação
dos seculos,
9.º—P. Ha ainda outras pro-
vas da verdade da doutrina
CHAPAS MES
R—A verdade da doutrina
“christã é demonstrada ainda
“pela santidade eminente de
tantos que a professavam e |
a professam, pela heroica for-
| taleza dos martyres, pela su:
“Como a rosa
: Por esses campos alem.
tã, e obedece aos, legitimos “Vai errante elta tambem. À
“Navida em vez de carinhos *
* Encobre sempre o seu coy
: Que ninguem jumuis notou É
: Ao implumie passarinho
A uriste já para o ceu.
ia do desprezo et
rapida e admiravel propaga
ção no mundo, pela sua plena
po atravez de tanto
Foi: a pobre criar
apatia dal ge
Da-haste debil que a sustii
E P la cortante nortada * :
sprastála
Assim sem materno seio.
“Para esteio
Por brinquedos innocentes
Só pungentes
Amárguras ha soffrido.
+v Só espinhos
A misera tem colhido.
«Negro ven:
Prazeres nunca gosou, E
Mis penosos sofrimentos ;
E tormentos
O seu ninho
E seus pais lia de invejar
Pois não tem nem veles c
Onde possa
Um “agasalho encontrar
Nem da-mãe terna; ext
– E selos:
Doce colo) para abri
Nem seus “conselhos ma
E seguros =
Que a desviem do perigo.
Pois a féra que à gerou —
“A expulsou:
Fez 0 que faz toda aqueila
Que perde sua candura,
“E procura,
Inda passar por donzela.
e
Pobre criança infeliz e só
Sem o do
Do munido que ri e passa,
Sempre altaneiro, insolente
E indiferente
Sem olhar sua desgraça.
Entregue aos vaivens daí sor
Sem um norte
Que’será da debil for,
Se vós, O Deus provido nte :
E clemente.
Não-lordes sen protector
Melhor .s’ ria vir a
Pôr termo i
E levasseis por piedade.
E bondade –
“Mas Quem vig’a a bonina
Da campina,
A avesinha descuidada.
E os peixes que andam no
Ka de olhar .
Tambem p’la pobre Engeitad |
O” mães far: tam crvei
ç Que fazeis
Tal crime horroroso e none: Y
E do inferno,azeis
Tal crime horroroso e none: Y
E do inferno,@@@ 1 @@@
10 pede o a or-
anças, que-para esse fim
estaram da melhor von-
ue se venera, na sua ca-
“n’uma das mais altas e .
pitorescas inontanhas do rio
ere. Apesar de, na vespe-
tempo estar um tanto
oso, a concorrencia . foi
vendo-se continua-
egar de todos os la-
E EnfasteTros das freguezias
nvisinhas, e de algumas
distantes, que vinham
seus votos, prestar a
“e agradecimentos pe-
neficios recebidos. No
á noite, foi queimado
lindo fogo de artifício,
do nas ofíicinas do
ado pyrotechnico, Jo-
unes e Silva, da Certa,
S principaes do paiz, fa-
vir alternadamen-
tervallos as duas phi-
«Recreio Artístico
a» sob a habil regencia
Al ano Ricardo Ferrei-
chense» sob a ba-
ovel e distincto ar-
dido da S.* Teixeira,
m variadas peças do
Tepertorio, que mui-
à 8, de manhã, da
dos por estrondosos
tros, e d’ahi a pouco
po o povo continuava a.
ir, parecendo pequeno o
aial para Ene
1 horas, deu-se prin
amissa, a grande ai
tal, p ia philarmonica Ser-
nse. Celebrou o revd.º
re Antonio Alves Pereira,
Abra posentado do “SOU
van deb à ao pul-
º padre Mattos,
e proferiu um | longo e sub-
cioso sermão. Tomando
hema as palavras «In-me
nnis spes vitae et salutis»
encimam o altar de nos-.
E sobre ellas,
trandogque é a fé, a rê-
pn uma palavra, consti-
ão só a à felicidade na vi-
anteriores e precedido de.
ii
I sente, porque ela é a gerado-
ra dos grandes feitos, a ala-
vanca do progresso é da civi-
lisação; e n’uma evocação his-
torica, fala de Portugal, conta
as suas glorias, quando os
portugueses, cheios de fé, por
toda a parte venciam os seus
inimigos, e, passando os ma-
res, conquistavam novos mun-
do para a patria e para Deus.
Demonstrou mais: que a fé é
o balsamo consolador nos in-
fortunios, o farol. brilhante
| que nos. ilumina nos naufra-
gios d’esta vida.
E para attestal-o, ahi se en- |
“paz do Valle do Laço, de no-
contravam hoje fieis sem nu-
mero, a quem os revezes da
sorte fizeram acolher-se sob a
proteção .de Nossa Senhora
da Confiança. Foi um sermão,
como todos devem ser, e que
decerto fructificou.. Os revd.º
padres, Thomé, da Madeira, e
Marinha pregaram, e bem, ser-
mões de voto. A’s 5 horas te-
ve lugar a procissão, que foi
‘abrilhantada pelas duas ban-
das acima referidas, e na qual
se incorporaram a irmandade
do SS. e muito povo, para ci-
ma de 3:000 pessoas, que se
portaram em boa ordem e res-
peito.
Tinha um aspecto attrahen-
te o andor de Nossa Senhora
| da Confiança, lindamente or-
namentado pelas Ex.” Sr.ºº
D. Ignacia Maria da Concei-
ção Vidigal e sua gentil so-
brinha D. Angela Ferreira Vi-
digal, que não se pouparam a
trabalhos, e cujos sentimen-
tos religiosos tantas vezes se
têm revelado, nã egreja ma-
triz, na constante e primorosa
ornamentação do altar de Nos-
sa Senhora do Rosario, a quem
prestam especial devoção.
A’vante! Quem nos premeia
não é o homem: é Deus.
— Todos os dias d’este mez
se faz, na egreja matriz, pelas
6 horas da tarde, a devoção
do Rosario, acompanhada a
orgão e canto pelas creanças,
a que assiste bastante povo.
6—KX-—1914.
“Um pt telica
18
E — Trovisca Eis
cais Agosto—Nu dia
9 celebrou esta f eguezia a sua ,
festa em honra do Sagrado.
‘ Coração de Jesus. Constou de.
| missa solemne, tendo antes
havido a ce-imonia da 1.º com-.
-munhão, com pratica pelo Re-
verendo Prior do Sobral, re-
cebendo o Pão. dos Anjos, pe-
la 1.º vez, 28 creanças do:se-
xo masculino e 24 do femini-
“no. Tambem comm ungaram .
muitos fieis e em numero mui-.
to maior ana A nos annos ante-
riores. A’ tarde houve terço,
desagravo ao Sagrado Cora-
ção e sermão pelo parecho,
que no final de tudo distribuiu
medalhas e registos a todas as
creanças, incitando-as ao amôr
ao Sagrado Coração, a nunca
esquecerem este grande dia e
a muitas vezes procurarem O
Pão dos Anjos. Esta festa foi
precedida de exercicios ás
creanças, sexta’e sabbado, com
a recitação do terço, canticos,
praticas de preparação para a
primeira communhão e ben-
ção do Santissimo.
—No dia 15, um pobre ra-
me Manuel João, ha-pouco
chegado da vida militar, foi
“banhar-se à ribeira, no sitio
do Pégo Negro e ahi encon-
trou a morte, não lhe poden-
do valer os companheiros que
estavam presentes. Foram avi-
sados todos os bons mergu-
lhadores e, só passadas 24 ho-
ras, poderam encontrar o in-
feliz rapaz e trazelo para fóra
d’agua. Mal sabia nadar e sir-
va isto de lição a muitos, por-
que, lá diz o povo na sua sa-
bedoria, a agua não tem ca-
“bellos.
OLEIROS
-No dia 19 do corrente de-
vem celebrar-se na freguezia
de Oleiros, suffragios por al-
ma-ds Sua Santidade Pio X.
—O movimento parochial
d’esta freguezia de Oleiros no
-mez de agosto foi o seguinte:
Baptismos 5. Obitos 4.
-—No dia 11 contrahiram o
Santo Sacramento do matri-
monio José Antunes, dos Es-
torneiros de Baixo e Luiza da
Conceição, da Lontreira.
—No dia 14 João Matheus,
dos Rabaças com Maria da
Conceição, do Valle Redondo.
-—No dia 18 João Lourenço,
de Vernaldo com Emilia de
Jesus, do Barbado.
creed ei,
Uma auctoridade qualquer
no tempo de Henrique IV, em
Paris, pediu para se lançar
um tributo nos chafarizes,
afim de conseguir dinheiro
E
para offerecer um festim aos
| deputados suissos. .
E re outro. expedien- |
te, que. seria esse uma irreve- |
acudiu o “monarcha;
— Pro
rencia,
mudar agua em’vinho só Je-
sus Christo, o fez nas bodas
de Caná..
Pois eia Portugal mudou-se
o vinhó em agua. O real d’a-
gua, que é lançade no vinho,
| é um dos tributos que se le-
vantaram. para a -construcção.
do aqueducto das BB tas li-
NTEs 95
Boa ou má companhia |
Dize-me com quem an-
das dir-te-hei os costumes
que tens—é anexim portu-
guez, que ninguem de cer-
to ignora. Quereis vel-o ele-
gantemente expressado num
apologo antigo? Léde:
«E’s ambar? dizia um sa-.
bio a um pedaço de terra
“odorifera que tinha apanha-
do num banho; deleitas-me
com o teu perfume.
—Eu não sou senão um
pedaço de terra grosseira,
respondeu-lhe ella, mas es-
tive por algum tempo no.
meio de rosas.
er > dsrimenm E:
O que é, o que é—em
casa está calado e no matto
está fallando? É
emo > Aimee
Maximas e comparações
O vulcão propaga a lava, a .
descrença propaga o crime.
*
A. educação religiesa das
creanças é a coisa mais im-
portante e recomendavel para
a regeneração da sociedade; |
ninguem poderá contestar que
entra na ordem das primeiras
causas que influem no bem do
individuo, da família e da so-
ciedade; qualquer d’ellas será
mais ou menos feliz à propor-
ção do cuidado que houver
em formar os tenros corações
da mocidade. Semeie-se bom
grão n’essa terra ainda fresca
e mimosa, cultive-se com zelo
e industria, e não a requeime
o ar empestado dos maus
exemplos; e logo a sociedade
virá a ser como um ameno.
jardim povoado de arvores.
vistosas e fructiferas, isto é de.
individuos que pelas suas boas
acções, pelas suas virtudes, |
pela nobreza do seu caract
contribuam para a alegria
paz do lar domestico, para :
honra e gloria da patria e bem
“solido ga humanidade.
O homem vaidoso é menti as
roso é o mais pestilento sér.
da sociedade.
Na sua vaidade porque es- e
queceu a suma sabedoria: ca-.
minhar para a suprema felici-
| dade — o céu—pelo despreso
do mundo; pela mentira por-
que não duvida espesinhar
ed
a verdade contanto que pri, ;
ja contanto que pri, ;
ja
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