Gazeta das Províncias nº64 23-08-1900
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ÊNNO 2.º
CERTA — Quinta-feira 23 de Agosto de 1909
Ee terem
ASSIGNATURA.
CERTA, mez, 460 rs. FÓRA DA CERPÊ, trimestre, AJ0 rs. AFRICA, semestre, 4S000 rs. BRAZIL, semescre, 2850015, Numero arulão, dO rs,
“Toda a corverpondencia dimgida à Administeação, R. Sertorio, 17. Os originaes recebidos não se devolvem
Ernesto Marinha — Director
SEMANARIO INDEPENDENTE.
PUBLICAÇÕES
No corpo do jornal, cada linha 8018. Anmuncios, 4015. a linha-Mepalição, 20 rs, a linha, Permanentes, preço contensional; os srs, assigganto
|
lêmio desconto de 250/g. Esta folha é impressa na Typ. da Gazeta das Provincias, Certã,
Ernesto Marinha— Editor
Err Ra
Expediente
TODA a correspondencia relas=
tiva a esto jornul, dove ser diris
gida a Ernesto de Sande Maris
nha.
ma eme O 55 GS a e mi
ELEIÇÕES
Combinada a engrenagem da machi-
na, dispostos os motores que hão de por
em movimento todas as peças, começa a
agitação dos influentes politicos na an-
cia de reunir, por lodas as formas, os
elementos possiveis para a Incla, na es-
colha dos novos representantes d’esla
nação malfadada. Vae pois repelir-se a
comedia ridicula de que e paiz é espe-
clador e o lucro é exclusivo dos actores
que na arena vão exhibir os seus papeis,
com mais ou menos lino, gosto e pro-
pensão.
“O povo desinferessa-se, inteiramente,
da representação d’essas scenas, mas
arrasta-o a estrategia dos beneficiados e
lá vao contribuindo para o luzimento da
festa.
O eleitor começa a sentir a affabili-
dade fingida dos caciques que diligen-
ceiam ennevoar as ingralidões e vilanias
praticadas, para adquirirem, ainda que
por pouco tempo, a sua sympalhia, sob
a negaça de seductoras promessas. Bre-
ve se desmascara O cynismo; é uma vez
guindados à tribunasdo poder, os que
ora se rojam, arremessam à ponta da
bota aquelles de quem fizeram escudo
para allingirem o grau da sua ousada
ambição. Desprezam-nos os vencidos na
sede da vingança e ainda os vencedores
no seu ingrato esquecimento,
*
– Vae chegar a occasião propicia em que
nós, os humildes, obedecendo ao arbilrio
da nossa consciencia, empunhando a
bandeira nacional com toda a serenida-
de de animo, uzando da faculdade que |
uma lei diz conceder-nos ou que nós
tomariamos, no pleno goso dos nos-
sos direitos, nos poderiamos erguer do
Jodagal immundo em que nos traz cha-
furdados a nossa propria indefferença.
Portugal tem homens de talento é co-
ração; escolhamol-os pela pureza dos
seus sentimentos e não pelo que pezem
na balança partidariaMas não; é á som-
bra do «laisser faire», é em virtude da
nossa abstenção em tudo que se liga
com o bem da patria, que os indignos
se levantam e as dignidades se abatem,
que os talentos ficam ociosos e as in-
capacidades com o mando—no dizer au-
ctorisado do grande mestre portuguez.
*
Que o voto não traduz a vontade dos
cidadãos, sabem-n’o os votados,sem que
por isso sintam o menor rubor.
O eleitor-—o que algo vê-—não re-
corre ao sullragio na convicção de que
o8 seus patrocinados sejam mais ntois |
ao paiz ou possuam maior capacidade do
que os homens da legião adversa, mas
no proposito de:ser util a siou em obe-
diencia à amisade pessoal; 0 povo—esse
cego infeliz —escava por si mesmo a
propria ruina, sob a ameaça do senho-
rio ou a exigencia do mercieiro.
O grande motor d’esta machina é e
será o interesse individual, com grave
prejuizo do bem geral. Os trabalhos in-
sanos, as diligencias, os preparativos
afanosos para a batalha que vae [erir-
se, em ambos os arraiaes politicos. co-
meçaram e proseguem numa elferves-
vencia espantosa: os chefes velam e me-
ditam na melhor forma de entregarem a
palma aos seus candidatos; os galopins
desfazem-se em carlezanias e dobram-se
numa genuflexão desuzada, ante o ple-
beu andrajoso e faminto. Querem os
primeiros actos da camedia mais engra-
çados? O entrecho é facil de prever: im-
molar no altar da politica eleitoral as
vitimas que não acceilaram as revol-
“tantes imposições do mais reles com-
parsa.
Repugnante!
—
ECHOS DA SEMANA
4— Tomou já posse do cargo de sdministra-
dor d’este concelho o sr. dr. Guilherme Nunes
Marinha.
4» –Sendo conveniente obstar aos embara-
cos que dificultam a concessão das licenças
mencionadas nas verbas 1604 e 465 das ta-
bellas approvadas pela carta de lei do 29 de
julho de 1899, assim como esclarecer duvi-
das sobre a obrigação de se solicitar a desi-
gnada na primeira das citadas verbas,o a«Dia-
rio» publicou uma portaria determinando, pe-
la direcção geral das contribuições directas,
que as referidas licenças para caçar ou para
uso e porta de armas de legitima deleza po-
dem ser conferidas, tanto por anno como por
periodos mensaes ou lrimestraes, com tanto
que o tempo da sua validade não excedaio nl-
timo dia do anno civil em que forem concedi-
das,
E
Auvensto Rossi
Por motivos especises, cahiu da redacção
d’este jornal este nosso amigo. Sentimos,
—————cIrR es Sife sryso ———
Declaração
Augusto Rossi, vem declarar que dei-
xou de fazer parte da redacção deste
jornal, e que de futuro se considera ex-
tranho à sua administração.
Approveila a opportunidade de agra-
decer a todos os seus amigos a coadju-
vação que lhe dispensaram durante o
periodo da sua limitada gerencia, espe-
cialisando os companheiros de redacção
e collaboradores..
*
Ernesto de Sande Marinha, declara
para tudos os effeitos, que é > unico pro-
prielario da «Gazeta das Provincias,»
“vamente as
VILLA DE REI
Foi motivo de grande regosijo para estes
povos sem distineção de classes a nomeação
de administrador d’este concelho o nosso ami-
go José Rodrigues Baptista dos Santos, cuja
nomeação não podia ser mais acertada.
Ao saber-se aqui de tal noticia pelo «Diario do
Governo», subiram ao ar grande quantidade
de foguetes havendo vivas ao partido regene-
rador ao ministro do reino, conselheiros Baima
de Bastos, Adelino Gambõa, dr. Guilherme
Marinha e Jose Tavares, João Henriques Ne-
ves, Eduardo Neves, ao nomeado etc. vtec.
Nesse mesmo dia à noite (dia 14) chegando
aqui a philarmonica de Oleiros para assistir á
festevidade de N. Senhora do Pranto, foi con-
vidada para percorrer as ruas d’esta villa ao
que ella amavelmente cedeu continuando no-
manifestações anteriores, mas
cheias de maior enthusiasmo, ao som do Hym-
no da Carta.
Por isto se vê quantas sympalhias o novo
administrador conta n’esto povo e quão profi-
cua deve ser a sua administração.
Oxalá que assim seja, pois é preciso que
aqui se faça alguma coisa e que esta malfada-
da terra desperte do letargo em que jaz ha tan-
to Lompo, e para isso conta o vovo adminis-
“trador com a boa vontadé de todos e com os
principaes elementos politicos d’este concelho,
meg
Declaração
Thomaz Namorado declara que lhe não diz res-
“peito o annuncio publicado na «Gazeta» sob o e-
pigraphe–Professor normalista–e que na Escola
Conde Ferreira, d’esta villa, de que o declarante
é ojunico professer e proprietario, se não prestam
esclarecimentos da natureza a que allude o refe-
rido annuncio.,
-—— ipa —
ASSASSINA TO
Na quarta feira 15, teve logar em
Dornes a lrudiccional festa de Nossa Se-
nhora do Pranto; foi muito concorrida,
por romeiros, cirios, elo,
A festa correu regularmente, porem
das 3 para es 4 horas da tarde travon-
se uma desordem em que Lomaram par-
te varios iudividuos lodos de fora da
Ireguesia, de que resultou Joaquim Gon-
galves, solteiro, pedreiro, do logar da
Ereira, ficar gravemente ferido, não lor-
nando a lailar, perdendo as faculdades
intellectuaes e hontem pelas nove horas
e 20 minulos da noite falleceu. Já se a-
“cham presos dois dos desordeiros, porem
o actor do crime evadiu-se.
O actual administrador d’este concelho
deu logo todas as providencias e está in-
vestigando, bem como as auctoridades
judiciaes. Cumpre-nos tambem aqui lou-
var o serviço da polícia feito pelo illus-
tre regedor d’esta freguesia, sr. Jacin-
lho Nunes Cotrim.
No domingo 12 houve tambem uma
outra desordem de que resultou ficarem
“dois homens gravemente feridos, e que
se acham de cama, no sitio do Casal da
Matta, desta freguesia; ainda no sabba-
do houve uma outra dasordem no logar
do Carril, tambem d’esta Ireguesia,
Parece que os povos deste concelho
estão desaforados em provocar desor-
dens e consta que todas ellas [oram cau-
sadas por antigas rixas. Sãodignos de
severa punição us seus auclores.
MARCO POSTAL
(Correspondencias particulares)
Fedrogam Pequeno, 2*&
A illustre junta de parochia desta
freguezia, Lendo conhecimento de que
a estrada que desta villa conduz á villa
WO!eiros, e principalmente alé ás pro-
ximidades da freguezia da Madeirã se-
gue uma directriz em que se podem en-
curtar 6 Kilometros, seguindo outra, isto
é, quasi sempre pelo caminho velho que
conduz áquella povoação representou ao
Governo de S. Magestade no sentido de
mandar proceder a um novo estado d’-
uma variante, de Forma a evitar aquella
distancia; e tanto mais, que tal variante
trava uma grande economica para q Es-
tado, e commodidade para os povos que
tenham de transitar por ella. Oxalá a re-
presentação seja altendida, como é de
Justiça.
—No ultimo numero da «Gazeta das
Provincias», vimos a lista dos alumnos
que o exm.º sr. professor official da
Cerlã propoz -a exame de inslrucção
primaria, e qual o exito obtido.
Realmente” tal resultado faz muita
honra a lão benemerito da iislrucção, e
representa muito zeio e competencia,
D’aqui enviamos sinceros parabens ao
ilustrado professor e aos habitantes da
Certã, por terem quem desveladamente
cuide da Instrucção dos seus filhos.
O professor official d’esta villa lambera
propoz ao mesmo exame dois dos seus
alumnos, e ambos obliveram tambem
bom resultado.
—Sobre a regencia do sr. José Igna-
cio Gomes, a philarmonica desta villa
foi abrilhantar a festevidade que ha
poucos dias se celebrou na freguesia da
Amoreira, concelho da Pampilhosa; cons- |
ta-nos que a philarmonica se houve di-
guamente, já desempenhando com pro-
ficiencia o seu vasto reportorio, e já por-
tando-se dum modo cavalheiroso. E
assim era de esperar, por que o seu di-
rector o sr. Adelino Duarte Pessoa dos
Santos e o regente sr José Ignacio Go-
mes são dois rapazes muito dignos.
— Sahiu para a Varzea dos Cavallei-
ros, de visita à sua lamilia, o rev.” sr.
padre Izidro Farinha, muito digno paro-
cho d’esta [reguesia. Que faça boa jor-
nada, que encontre os seus com saude,
e que em breve regresse a esta villa, é
o que lhe appelecemos. Acompanha-o o
Diacono sr. Guilherme Farinha, do Pe-
so, que aqui veio de visita ao mesmo sr.
padre Izidro,@@@ 1 @@@
PRO cade
TER e ça
AGRICULTURA
— 4p—
Na technolvgia agricola entende-se
elo termo «retaneha» a substiluição do
pe de videira que morreu, no alinha-
mento competente. ;
Pelos antigos processos da plantação
da videira a pé franco, oblinha-se tacil-
mente, por meio da mergulhia, 0 repo-
voamento completo da vinha em que
tivessem falhado alguns ou muitos bas
cullos. Agora, porem, com a enxertia 80-
bre cávallos americanos, succede que,
quanto mais vigorosos se apresentam 05
enxortos pegados maior dificuldade -e-
giste em encontrar condicções de. vida
para as plantas a repór nas respeclivas
covas das que falharam.
As plantas circundantes assenhorei-
am-so de ta] modo dos elementos da
terra, que a planta que chega depois não
encontra condições de desenvolvimento,
e expõe uma vegetação rachilica e esti-
olaila.
Assim em vinhas enxertadas segundo
o methodo que anecessidade nos ensi-
nou:a adoptar, appatece a notavel, feia,
e prejudicial desegualdade exposta pe-
Jas plantas «retanchadas»..
O sr. Joaquim Belford, querendo cor-
rigir este defeito nas suas replantações |
mais vigórosas: da Quinta-de. Charnixe,
tem ensaiado diversos meios, sem resul-
tado. Boa e funda mobilisação do terreno |
destinado 4 planta: recem-vinda, fortes
estrumações, regas, ele., ludo isso apro-
veita mais às plantas circumyisinhas, Já
estabelecidas, doque á planta novas Às
raizes Já feitas mvadem o chão em lodas |
as direcções, e-atrophiamia:.vida do pé
retanchado ou substituido.
Por isso intelligento, xiticultor comes
cou uma nova experiencia, cujos resul-
tados desconhece, mas que nós sem
mesmo ter préxia auctorsação, ineulca-
mos à diligencia de outros, viticultores
que estejam empenhados em igual solu-
ção.
Referimos apenas o que vimos praticar
em Charnixe.
Consiste em cortar o chão em quadra-
do do tamanho da praça que pertence ao
pé retonchado, O córle opera-se com ur
ma lamina larga-de «ferro, com: bordo
GAZETA BAS PROVINCIAS— CERTA 25 DE AGOSTO. DE 1900
cortante, tendo um: cabo- comprido que
entra pelo solo, na lundura de um mel:
po. :
Este corte quadrangular inulilisa as
relações das raizes visinhas, com 0 solo
devido à planta retanchada, € pratica se
repetidas vezes a operação, com os tutor
vallos que se julguem precisos pata as
raizos cortadas terem encabeçado de no-
vo e sustado o curso das sttas funcides
no solo alheio.
Se esta pratica der os resultados pre-
sumidos, tratando bem o terreno e pon-
do-lhe um enxerto soldado, breve elle se
desenvolverá, attingindo a forma. dos
seus congeneres. x
(Da Semana)
VARIAS NOTICIAS
Exames –
Fez exame na escola Districta!, de. Castelle
Branco, obtendo plena approvação, a sr.* D.
Maria de Jesus Baptisla.
Parabens.
a Xe
Por lapso não incluímos no numero passado
“na relação dos a’umnos da escola d’esta villa
que fizeram exame em Thomar, o nome do
menino Alberto Pereira da Silva, que obteve
uma distinção,
Incendio
Na segunda feira pelas 8 horas da manhã,
houve incendio na oficina do acreditado pyro-
ibechnico d’esta villa sr. Jose Nanes e Silva.
Feiizmente apenas duas pessoas ficaram ligei-
ramente queimadas nas mãos, escapando os
restantes manipuladores da horrivel explo-
são, s
Os prejuizos materiaes são calculados em
8004000 reis.
Aviso
Em comprimento do artigo 93 do” Regula:
mento para o serviço de requisições militares
publicado na ordem do exercito n.º 136 no
“Diario do Governo,. n.º 244 de 27 de outu
bro de 1899, vae proceder-se ao recenceamento
“dos solipedes e vehículos existenler na area d”-
este concelho,
Profusamente [oram alfisados editaes avisan-
do todos os proprietaries que. devem apre-
sentar ua administração: do concelho, até ao
fim do corrente mez, as declarações: dos vehi-
culos e solipedes que possuem, com a irdica-
ção da edade d’estes, editaes que a aucio,
ridade competente, enviou tambem aos
parochos das diferentes freguezias pevindo a
sua leitura às missas dominicaes.
As declarações serão feitas, em: triplicado,
nos impressos fornecidos por aquella secretaria
Os proprietarios de solipedes ou de vehicu-
les que deixarem dé entregar essas declara-
ções serão pusides com a multa de 1:000 a
cia com prisão correccional até 15 dias.
CHRÔNICA LOCAL
esm.? esposa o nosso bom amigo sr, dr. José
Carlos Elinhardt, diguo facultativo municipal
“deste concelho.
4+*—De passagem para Lisboa. esteve n’-
“esta villa com sua exm.> familia, o gr. dr.
Antonio de Mendonça, de Alvaro. Cumprimen-
tamos.
4 +—Esteve nesta villa o nosso amigo sr.
Jose Maria Pereira, de Dornes.
4x—Regressaram de Castello Branco, as
sr. D. Conceição da Silva Baptista e D.
Maria de Jesus Baplista,
4«—Sahiram para Pedrogam Grande, as
“er D, Amelia Moraes David, D.Maria do
“David,
4>*>Sahin para Figueiró dos Vinhos re.
gressando já a esta villa O nosso amigo sr,
“Antonio Eugenio de Carvalho Leitão.
Chronica Religiosa:
| CO AMiago
| Teve logar ne domingo, no. logar da Codi-
coira, d’esta [reguezia, a festovidade de 5.
“Thiago, havendo missa cantada.
Coração de Jesus
‘ No mesmo dia realisqu-se com toda a pom-
– pa, em Cordigos a festa do Sagrado Coração de
Jesus. Ee
Jerdim. Ea )
‘Senhora do Livramento.
Realisou-ge no domingo nas Bairradas,con=
celho de Figueiró dos Vinhos, aquela, festevi
dade, Houve arraial e fogo d’artificio do habi
pyrothechnico desta villas sr. David
Nunes e Silva. A missa foi celebrada pelo
sr. parocho da Graça. Assistiram as philarmo-
nicas Certaginense é Figueirense, indo à psi-
meira visitar Figueiró que hospitaleiramente a
recebeu. E e
pel dp
MUSA. POPULAR
Quem me vê andar, alegre.
Pensará que estou contente
Abram meu peito e verão –
As penas que tenho dentro!
10:000 reis sggravada no caso de reinciden-.
Ge —s ahiu para Paris, acompanhado de sua
“Ceu Aguiar € o nosso amigo Adrião Moraes;
Assistiu a philarmonica de Sernache Bom ‘
Seciencias & Letras
Contos brancos
Desfallecera a aurora em gargalhadas
brancas. es
Nascente de logo.
Estalava o sol em granadas «oiro.
Louco, surgia alem, arremeçando fulgen-
cias pelo espaço em fóra.
Lá em baixo, maquelle fio de prata
que-serpeia na campina, entregavas-te
— 4 minha Esperança—aos prazeres do
banho. — ca
Cobria-te-mansamente um salgueiro
em flor, lançando te ao seio de gelo pe-
rolas, muitas perolas,
– A agua, pura como a lua alma, azul
como o ceu azul dos teus olhoa, em a-
longados beijos soluçava espergnicando-
se no jaspe do teu collo. Peus cabellos
loiros, -perolados por-inissimas cotas df
agua, brincavam-to. pelos. hombros de
alva espuma,
Nas margens, as boquinhas das ro-
|zas enviavamLe, à qual mais, pertuma-
“idos balejos.
«E a Natureza almirava-se enton-
quecida, espreitando por sob a gase le-
nuissima de odoranto lrescura quo so-
bre ti lançára,
Caliam-me n’alma harmonias de rou-
-xinoes-distantes suspirando meigas, bas
ladas; avesinhas doidas, envoltas em
“mantos de candida innocencia vinham
incensar-se na agua do leu banho. Eu,
inconciente, ignorando me, olhava-te e
não te via,
ua co ou o uno. va aa * cc… sa
Desparto ao. leve ruido do lombar de
“uma folha que despendida do salgueiro,
“doudejando pelo ar, se lançou n’agua.
Espirrou me dos labios um vermelho
“sangue de ciume, baleu-me o coração
«eruel inveja; desejo mordente me afo-
gueou as faces; e numa tontura selva-
gem, numa agonia dilacerante (que me
suffocava, vi-a, em deslisar suave, pro-
curar abrigo nas curvaluras dos teus
SBIOB po
(pda sara Alexandre de Mattos
| aa ema ED (Ed Ganretmm
PENSAMENTOS
A infancia é o sonho em que se cahe
| ignorante e de que se deve sahir sabio.
— = —
CR
EPE
Folhetim da «Gazeta das Provincias» —6
CAMILLO CASTILLO BRANCO
emma
SUCIDA
ELISA LO. VE WEIMAR
NE verdadeiramento desfazer al:
gum tanto na sentimentalidade com que;
em alguns perindicos, se lastimou, a miseria de
Elisa Weimar. Vi escripto que a suicida expe-
rimentára as agonias da feme, da casa sem a-
conchego, do desamparo dos indigentes. Não
é exato isto. Ha de báver quetorze annos que
ella foi a Paris instaurar: um pleito sobre. a
herançade’seu irmão Aacção intentada terminou
por conciliação, lucrando a irmã de Losve-Wei
mar uma pensão annual e vilalicia de 3:000
franncos. Alem disso, recebia 188000 reis ‘
mensaes que lhe dava o marido. 750,5000 reis
bastariam ao – decente: passadio de; umasa-
nhora com regular entendimento. para gouer-
nar-se; porém, se 08 propritarios dos predios
que ella | habitava recorriam ao expediente
das penhoras, é porque M. Elisa Weimar não
pelisava normalmente Acerca dossenhorios; ou,
wo estado informe das suas idéas embaralhadas
“não podia conciliar as
obrigações impostas
pelo Codigo civil, no artigo 1608, que resa:
«O orrendatario é obrigado a salisfazer a ren-
da, etc.
De mais a mais, esta senhora presumia se
muito rica e muito perseguida pelos jesuitas—
talvez reminiscencias delirantes da familia da
familia do general Simon de &. Sue. Á volta
do-Porto, reputava propriedades suas, rusticas
e urbanas, as campinas mais ferteis e Os
«chalets» mais imbrincados. Afóra isto, dava-
se como directa senhora e emphyteuta de Ler-
renos na Foz e outros [pontos convidativos à
edificação. Do modo-que, se la: no «Primeiro.
de Janeiro ouComme.cio do Porto» o annúncio
d’uma propriedade à venda, no dia seguinte
contra-annunciava que a propriedade era sua,
“ainda mesmo que a pão tivesse arrolado no
tombo imaginario dos seus haveres litigiosos,
Aqui ba mezes, um padre que se dizia, procu
rador do meu amigo: Custodio Teixeira, Pinto
Basto, replicando a um desses contraannun-
cios, allegou, na imprensa, que a sr. D Elisa
Loewe-VVeimar estava enganada; pois que os
predios, quintas e chãos que ela reputava seus
errm indisputavelmente do seu constituinte 0
sr. Pinto Basto. Em resultado d’este desmen-
tido, «assignado por fum padre», me escreveu
mM. Elisa confirmando-me na guerra qne Os je-
cuitas lhe moviam, confederados em espolial-a
porque era protestante a estrangeira desprote-
gida das authoridades portuguezas. Em virtu-
de do que me rogava que sahisse-em sua defe-
za e lhe communicasse os alvi res “a seguir
mediante cartas que a uma hora determinada
nellas ao rez do chão, visto que a sua corres-
pondencia lhe era subtrabida no: correio. pela
Companhia de Jesus. E
Ás vezes, parava na rua, e-delinha-se a
examinar a fronteira d’um predio, À final, re-
cordava-se que era um. dos seus, entrava no
| pateo, sacudia; rijameute a campainha,-e. fazia
“saber ao morador que. estava alli a -senhoria
para ver se eram precisas obras para casa. Kro
“inofensiva; mas não deixava de ser incommo
| da esta maneira dé doudice.
Ha quatro annos ainda vestia-se singularmen-
te. Quando arsáia: era azul com requifes encar-
chapeu. Gostava muito do vestido de velludo
preto e botinas brancas. Os transeuntes para-
vam descaridosamente a rir, e ella passavá.
triste é solemne. como o symbolo da” desgraça
n’um baie de carnaval. N’estes dous annos
derradeiros, trajava menos que modesta, po-
bremente, um capotilho côr de castanha, apre-
silhado na cintura, e um chapeo campestre de
palha côr de bronze. Não erguia 0s olhos,nem
correspondia aos cortejos, quando algum raro
encontradiço com memoria € coração reconhe-
cia, n’aquella mulher escarnecida e trópega, a
ay
op
eu devia introduzir pela fresta d’uma-das ja–
nados, o corpete era branco, 6 verde o filó do
eshelta e irrequieta franceza de ha trinta an-
nos, e machinalmente se descobria como se
faz a um esquilo coberto de crepe e assigna-
“lado por uma cruz amarelta.
ud
José Joaquim Gonçalves Basto, no fim do
anno passado, alegron à minha mesa com a
sua jovialidade, com as suasiépicas fuculdades
digestivas – Estava; comnosco Placido de Freir,
tas Costa, um: galhardo espirito com todas as
– graças petulentes dos rapazes de 1850. Não
tem ainda trinta nhnvs, e protesta contra O
marasmo “dos homens ida sua geração -—-uma
gente que Lento coração em madôrra e a alma
anhelante no dominio de quatro inscripções. ‘
Triste o que espera; tristeo que confia. .
Não havia ahi distinguir entre os dous na, |
competencia de festivas rapazices. Alta noite
“sahiram de braço dado, percorreram os, thica-
tros’e passearam as ruas atédo romper da
aurora. “Gonçalves Basto perfizera setenta am-:
nos n/esso mez. Ao outro dia; Placido de Frei-
“tas dava um jantar ao decano da imprensa por-
tuense no «Hotel do Louvre.» Os commensaes
eram todos os rapazes e alguns estrangeir-
ros.
(Conclug no proximo n umero)
te,
Le a,
Le a@@@ 1 @@@
Ê
Kad
“GAZETA DAS PROVÍNCIAS CERTA 23 DI AGÓSTO DE 1900
— da nos respectivos aucos
* no cartorio do escrivão-que: este assi-
“serve para cullura; parte do.
eat aê mo
TRIBUNAES’
Criminal
Em sudiencia de segunda feira passada, res-
ponderam em policia. correccional nesta villa
Menoc] Matheus Buxo e mulher, do Alvito, So-
breira Formosa, aceusados do furto de castanha
e azeitona.
Por felta de provas, foram os reus manda-
dos em paz.
ppa sro do
SERVIÇO DE DILIGENCIAS
Da CERTA a THOMAR (via Sernache de
Bomjardim, Valles e Ferreira do Zezere). Sae
h da Certãas 2horas da tarde e chega as
Thomnar as 9 da noite. Sabe de Thomar as B
da manhã e chega à Hera 19 e meih da tar-
de.
Da CERTA a PROENÇA A NOVA. Sahe da
Certã a 1 e meia da tarde e chega Proença”
as 6 da torde; Sabe de Proençaas Bda Ps
nhã e chega a Certãas 9. e meia da manhã.
Esta ciiigencia communica-com. a de Proençá:
a Castello Branco
Da CERTA a PEDROGAM PEQUI NO. Se
be da-Certã a’2 da tarde Se chega a Pedr
gamas Be meia da“tarde; ahe de Pedrop
gam às 7 da manhã e chega a Certa as 1-
da manhã:
ei a RARE irma
MERCADO da CERTA.
Milho nacional, alyeiro peste !
»= GalAlz o cd o na DON
CENACIO ss iria bas ca da da RD
Covadarao oe a cmodneiarae ctaas >
Enigonsos «o onhiiigor ab mio anotg e ROM
Balata, 15 kilos E anna ER 200
Vinhos a
Tinto da terra, 20 litros – – … 7400
Tinio de Almeirim, . ….. 1100
Bico dE RSS gas 1200 | M
Carnes frescas –
Carne de vacça, kilo. 4 0,5. 1 200
Chibato Re east OE ao
CHOHrerreASAAAAHAAA
— ANNUNCIOS
ARREMATAÇÃO
1.º publicação
‘O dia vinte e tres do proximo
mez de setembro, ao meio dia à
porta: do Tribunal Judicial: desta” Co-
marca, se hade proceder à venda e ar-
rematação em hasta publica pelo maior.
lanço que st oferecer sobre os dois
terços do mesmo seu valor, a requeri- |
mento de Maria José da Silva,” casada
com Antonio Domingues, do Casal! dos
Gaftos, freguesia de SanV Anna,” achan-
do-se este
Estados Confederados da Republica do
Brazil, os bens abaixo designados per-
tencentes ao Cazal da” requerente e
do auzénte, para pagamento de dividas
passivas, com que foi/onexado o mesmo
casal, cuja auclonisação . foi «concedi-
precedentes ||
gna.
E’ a a praça.
Uma terra de cultura sita ao Valle,
limites da Ereira, junto à ladeira, com
” duas testadas de sobreiros para o la- |.
do do poente, tendo a testada cimeira
dose: sobreiros. e à fundeira nove, no-
vos, e bem assim oliveiras na lerra que
nascente
com com bens do praso, norte’e- ul
com Joanna Maria, avaliada pelos: ar-
| bitradores em 65: 000 reis.
es
seu marido auzente nos
– Vae á praça com a dedneção dum
terço do seu valor em 1705666 reis.
Um praso [oreiro aos herdeiros de,
Frederico d’Albuquerque, da Cerlã em.
cento quarenta e oito litros novecentos |
e oitenta e quatro mililitros de pão me-
ado trigo e centeio e uma galinha, é
“a Luiz Farinha Tavares, do Pinhal de
Baixo, em cento vinte é um litros oito
“centos noventa e seis mililitros de pão
tambem meado, trigo e centeio com
laudemio- de vintena, sito, no, Jogar da
Ercirae seus limites, que consta das
seguinços glebas:
a Í
oa courella de maito com. gota
ras, sila à, Eicalheido po e
Tina tevra de matto com
veira à Cascalheira.
na
Uma terra: com duas
e Uliveira das Lombas..
Ra age
Tma propriedade a
E rnalá rua, quintaes’ com arvores costa
ao Valls é Valle-dos Sobreiros.sc sis gdei
Ra
ser tdo ação,
& Uma courella com oliveiras, ao Co.
vão do Curral. e
4 É pise quis E?
Uia terra de cultura com
sila á Lameira e Fundo do Vallo,
Sobreiras. Er
pai *—
o courella comum seastanheiro 6:
“estada; sila à Lameira;
H paras RES À
Uma terra de cultura com testada. de
malto é sobreiros, sila à Cara
a
das
E ria É com oliveivas: sia ao
le do Garrascal,
Me
dear a
Uma terra de matlo com oliveiras,
sila ao Fundo da Vinha “e Covãosiiiho..
AQE
Uma-terra de cultura, com, oliveiras,
sobreiros e malto sitaiá Valdeina e Ei |
ra Velha,
ars
Uma terra com oliveiras e testada
de maito, sila à Horta Grande.
RA oo h
Uma terra de cultura, horlae testa-
da de matto, no sitio do Ribeiro da E-
reira, na parte de baixo «aponte.
Seios
– Horta é terra de cultura com testada,
sita da parte de cima da Fonte, no Ri-
beiro da Ereira. ã
—46.º—
Uma cerrada com oliveiras & arvór: na
de fruto, casa de habitação. e curracs
palheiros e testadas de ruas. com su; 8
Erentas asi no a das!
Ereira. SUVITAO à
Aa es
* Uma courélla de matto grande, sita
ão Valle da Porta,
ma Bt
na terra de, matto, sita á. Gosta da
Moura.
92
Uma terra. de. malto. sila NA Ponte dos
Chareos.
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“mão, ** Chapas, 2
“de papel, 1 frasco revelador, e 1 frasco de vi-..
Propriedade VENDE SE uma propriedade de
terra de cultura e de Tepa,no sitio denomina-
do Nanmcrado, Conto da Certa, Ê
a José Jorquim de Carvilho, d’esta villa; por!
do nascente com Jose Serra, do: “Tojal; potnte
cem herdeiros de Francisco Serrano; da Certa
e sul com a crsa da Borralha.
Quem pretender comprar dirija-se ao seu
per tence
proprietario
DE LEITE— Precisa-se em casa de E
Joaquim J. Bastos—R. Nova, Certa ‘
BM
RN ILHO, trigo e centeio da proxima colheita,
Compra-se, adiantendo-se o preço desde já.
Nºesta Fengarho se indica o comprador,
Aviçaras. pao se a quem entregar nº-
esta redacção um varapau de junco ama-.,
rello sarapintado, e [ermado na parte in-
fevior, ou quem indicar a pessoa que 0.
possue actualmente.
VENDO opina
eerreecon dr raso
ENADE OR
CERTA:
Abel da Concalição Ramalhos
sa, com oficina de encaderna-
dor, encarrega-so de todos os
gerviços concernentes a esta ar=
te, por preços modicos tanto nº=,
esta villa como fóra, para o que
tem material apropriado.
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HISTORIA
DOS JUIZES ORDINARIOS D DE PAZ
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Instituto de Coimbra –
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DESCRIPTIVO E UNIVERSAL
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Contendo 40 mappas expresamenre
gravados é impresssos a cores, 170 pagi-
nas de texto de duas columnas e perto de
300 grâvuras representando vistas das
“principaes cidades monumentos do mun-
do, paisagens. retratos de homens cele-
bres, figuras, diagramas, ele
Ea primeira publicação que neste ge-
nero se faz no nosso paiz, Todos os mezes
será distribuido um fasciculo contendo u-
ma carta geograhica cuidadosamente
gravada e impresa a cores, uma folha de
48 paginas de lexto 2 columnas e 7 ou
gavuras, e uma capa pelo preço de 150
reis pagos no acto da entrega,
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LISBOA
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Maximo Pin ES franco
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e Seda, Clhapeus, Ferragens, Quingui-
herias, Papel, vellas de Cêra, Drogas,
Tintas, Solla, Cabedaes e Cimento etc.
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Lisboa, Porto, Pará e da Companhia de
Seguros «Probidade»—e da Casa Ban-
caria de Silva Beirão, Pinto & C.* de
Lisboa.
ANTONIO LINO NETTO
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IMPRENSA DA UNIVERSIDADE
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CENTRO COMMERCIAL
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Luiz da Silva Dias
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Completo sortimento de fazendas de
algodão, là linho e seda, mercearia, fer-
ragens e quinquilhertas, chapeus, guarda
achuvas e sombrinhas, leços, papel, gar-
rafões, relogios do sala, camas do ferro
e lavatorios, folha de Flandres, estanho,
chumbo, drogas, vidro em chapa e obje-
etos do mesmo, vinho do Porto, licores e
“cognac; livros de estudo e literarios, la-
bacos, ele, Preços extraordinariamente
baratos e sem competencia,
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David Nunes e Silva, com officina de
pyrothechuia, encarrega-se de [fornecer
para qual ponto do paiz fogo d’arlificio,
com promplidão e garantido acabamento.
Ná sua officina encontra-se sempre um
grande e variado sorlimento de fogo de
ostoiros, é foi della que sabin o fogo
queimado nos centenarios:-ANTONINO
-GUALDIM PAES-e da INDIA, (neste
sómente de estoiros e balões). cujo effei-
to tem sido applaudido pelo publico é
imprensa,
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O AMANTE DA LUA
Traducção de Silva Moniz
Decimo quinto volume da collecção, illus-
sado com magníficas gravuras, fo réis por
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rs. de lres em Wes semanas.
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Arsano Srmoes é FerREIRA
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GAZETA DAS PROVINCIAS
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CERTÃ
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FOR preços diminutos acceita encommendas de ims
pressos ofliciaes, facturas, bilhetes de visita, partici=
a “ pações de casamento,
circulares, prospecios,cartazes,
etc, etc. etc.
“arestos de interesse para à boa interpretação BR
quisição mais de um exemplar, enviando a sua
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Branco e linto, qualidades es-
pecies, por preços, resumidos.
João Rara EL Da PTISTA
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CERTÃ |
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Dins— Certa.
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Vende o seguinte: arroz, bacalhau, |
assucar,calé,chá, manteigamassas | |
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50—Largo do Conde Barão—50
od. LISBOA
Os MYSTERIOS E
| DA INQUISIÇÃO
A distribuição d’este bello e commovedos
IMPOSTO DO SELLO
Carta de Lei da 29 de julho de 1899 com E
as respectivas tabella e PORTARIA de 5 de
agosto carrente, esclarecendo-as, PP PARTI facaha Rea into ás oa-
Edição em bom papel, cuidadosamente re- fã o PaRANABG IDAS pr
zista é impressa sob a direcção de um Íuccio- NUR RR iria Fenda
ário prático. Je pa, em que se reconstituirão os factos
– E mai is ri
Recummenda-se, porque a sua clareza é ni-B] “º!S notaveis descriptos no texto da obra.
tidez a torna superior a muitas outras, facili-hã q, E a lilteraria, devida a penna – de um
tando a procura de qualquer verba referente a go brilhantes (o Lernos escriptores do fios
determinado objects e contendo no final umas f TR garota hua naração atua
E à EE icade 7
paginas em branco para referencias e annota- Rã E asa na ani raio ui a E as
ões E que Guineiro um attractivo singular, por
Promeite-se publicar é distcibuir no fim do asso que as illustrações são compostasem face
anno corrente um SUPPLEMENTO com todos À qe a Rd : EE tudo fara
os diplomas que sobre o imposto do sello fo-fE Penna ME AS VerCaLS a cana
– á sr 0 I a
rem publicados até al, duvidas que a pratica f ce EE que sa angadrán a fora
suscitar, opiniões auctorisadas e quaesquer fl |. mance mas que Lecm a mais fidedign-
E origem historica.
Preço da caderneta-SO reis
“PARA LISBOA E PORTO
Todos cs srs. assignantes receberão
com o ultimo fasciculo,
: Um primoroso brinde
feito espressumente pelos srs.
do lei.
Será enviada a quem remmetter em vale ou
carta a quantia de 200 réis.
O SUPPLEMETO, porém, sú será remmet-a E
tido a quem envir 40 réis para elle. Em troc
mandaremos uma senha que dará direito re-
quisital-a se no principio do anno de 1900 E] MANUEL DE MACEDO E ROQUE GAMEIRO
o dois GR regia E para esta obra. O brinde representa u-
É OS MA DOI E “pa DÁ COSTA ne | madas scenas mais brilhantes da histo-
crivão e Tabellião=EVORA. a portugueza.
P. 8.— Muito conviria reunir na mesma re-P
OS USIADAS
L. de Camões
Crande edição popular e illustrada
sob a direcção dos insignes
artistas Roque Gameiro
e Manoel de Macedo
importancia em valle uo carta registada para Bê
evitar extravios. “RB
Satisfaz a qualquer requisição d’exemplaros
Augusto Ressi==CERTA
nO
ERAS
e Ma. | ]
theus F’erreira
| Esta edição de «Us Lusiadas», q
à mais monumental e mais economica de
RE quantas se Leem publicado até hoje, Lem
É como compete ao maior monumento dz
nossa literatura e esta empreza impri.
me a todas as suas publicações, «um cu
E nho verdadeiramente nacional,» pois «
N , à papel é sahido de fabrica portugueza, «
ESTE estabelecimento encontra-se um BB Lypo fundido na Imprensa Nacional, il
completo sortimento de generos alimentícios, AB Ilustrada por artistas genuinamente por:
essim como uma grande variedade em pannos E ponezes, cas phologravuras feitas egu
crús. chitas, baetas, riscados, cotins, colchas, À
à gualmente por arlislas portuguezes
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tas etc, etc. PREÇOS DA ASSIGNATURA
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Agente da Companhia de seguros 1! a flo,
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E Cada tomo contendo 5 fasciculos o)
80 paginas, inserindo cada tomo 10 ma
gnificas gravuras originacs— 300 reh
Emprezada Historia de Portu
gal
GOES
DICICLLIL
Vende-se uma quasi nova systema «Rover
neumatica. :
N’esta redação se dão relerencias
CAPSULAS TOENIFUGAS
Prepradas por Manoel Simões Castanheira
Pharmaceutica–Pedrogam Grande.
Estas capsulas, de preparas
ção inteiramente vegetal, são
dum effleito seguro e in=
faudivel para expulsar a toe-
nia (bicha solitaria), como
so prova por alguns at-
testados medicos |,
PREÇO DO FRASCO 300 REIS
Desconto aos srs. pharmacenticoscos