Voz do Povo nº9 29-01-1911

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1.º Anno E Certã, 29 de Janeiro de’1911 N.’9
DIRECTOR E
Auvgusto Etodrignes E
Administrador E | g
ZEPHERINO LUCAS 8
Editor ;
Lulz Bomingues da Silva Dias
Assignaturas
Anno…… Ijzoo. Semestre…
Para o Brazil, ,.v…
Pago adiantadamente
cam
– Não) se ‘restituem os originaes
BE —
No magnifico artigo que no
n.º anterior deste jornal tivemos
a honra de publicar, com a as-
. signatura prestigiosa do illustre
lente da escola normal, sr. José
Nunes da Matta, defendia-se
scientificamente a ideia de que
uma das linhas ferreas, cuja
construcção se torna mais neces-
saria e mais urgente é a de:
Thomar, Ferreira do Zezere a
Miranda do Corvo. e
Com esta linha aproveitava a
Certã: dahi o enthusiasmo com
que foi lido aquelle artigo. E”
preciso porém que alguma cousa
se faça para obter tão grande
como justo melhoramento.
– Sabemos quanto a commissão
municipal deste concelho, pode-
rosamente auxiliada pela presti-
mosa commissão. de defeza dos –
interesses da Certã com séde
em Lisboa, se interessa por este
assumpto, no. qual põe toda a
sua-boa vontade e todas as suas
melhores e mais caras esperan-
ças. É
Não poderão, talvez, por si
só, essas duas entidades levar a
cabo o conseguimento de tão
importante aspiração: carecem,
sem duvida, de ser auxiliadas,
e sobretudo, fortemente appoia–
das por todo o concelho.
– Confiamos no bom senso dos
certaginenses e estamos certos
de que todos, como um só ho-
mem, saberão no momento op-
portuno usar dos-meios que es-
tão. ao seu alcance para obter o
que todos pretendem.
Nas democracias bem organi-
sadas é ao interesse geral que se
deve attender, e por isso nós
folgamos que a maior aspiração
da comarca da Certã seja reco-
nhecida pelos homens com aucto-
ridade como sendo uma necessi-
dade. publica, de grande vanta-
gem para o paiz.
Todas as terras teem as. suas
velhas pretensões que se exfor-
çam para levar á pratica: porém
poucas estarão nas condições da
Certã, em que se dá a circums-
tancia feliz do melhoramento que
deseja ser ainda de maior con-
veniencia geral que sua propria.
Torna-se pois necessario que
todos, cada um na medida: das
suas forças, contribua para fa-
zer valer o direito que nos assis-
te, e para isso não ha nada como
uma sincera e honesta união de
– – Bwooo réis (fracos)
REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
Travessa do Serrano, 8
CERTA –
Typographia Leiriense- LEIRIA
Propriedade da EMPREZA DE PROPAGANDA LIBERAL
Boo rs.
todas as vontades, n’um genero-
so impulso de beneficiar a terra
onde exercemos a nossa actívi=
dade. é ;
Aproveitemos as circumstan-
cias do momento, e com o nos-
so bom censo e com a nossa se-
com tanto entrechocar de pai-
xões, provemos aos poderes su-
periores a justiça que nos assis-
te nesta nossa antiga pretensão,
e com o nosso civismo, prove-
mos-lhes ainda mais que somos
dignos de ser considerados e at-
tendidos.
Estamos certos de. que algu-
ma coisa se conseguirá.
| FACTOS E BOATOS
Linha ferrea do Zezere
Como: delegados das cammissões
de defeza dos interesses dos conce-
lhos da Certãe Oleiros, os cidadãos
José Antunes Pinto, Manuel Fernan-
des Pereira, Antonio Baptista Ribei-
ro, dr. Antonio Dias da Silva, lgna-
cio da Costa « Manuel Martins Car-
doso apresentaram ha dias: ao sr.
Ministro do Fomento uma represen-
tação em que as commissões muni-
cipaes republicanas desses conce-
lhos’ solicitam que se proceda aos
estudos definitivos de uma via fer:
rea que ligando as cidades de Tho-
maré Covilhã” atravesse aquelles
concelhos. Esta linha viria valorizar
uma região rica e susceptivel de
grande augmento nas suas já hoje
importantes producções agricolas,
mas desprovida completamente de
viação acelerada-e’ em grande parte
sem estradas ordinarias como succe-
de no concelho de Oleiros; e unin-
do dois importantes centros fabris
como são Thomar e Covilhã, muito
contribuiria para o’ seu progresso
economico e, portanto, para a rique-
za publica. Encurtaria consideravel.
mente a distancia entre essas duas
cidades e sendo uma linha de’ com-
municação interna trazia tambem
grande utilidade sob o ponto de vis-
ta militar. “Tal foi o parecer dado
pela associação dos: engenheiros ci-
o portuguezes ao occupar-se do
plano da rede complementar de ca-
minhos de ferro entre’o Mondego e
o Tejo, em março de 1904. Por es
tes motivos, de incontestavel inte-
resse publico, as commissões citadas
foram solicitar que se procedesse ao
estudo de uma linha que, no seu
entender, deverá prevalecer sobre a
do traçado da commissão technica
nomeada em setembro de 1899 e
por essa commissão apresentado.em
1 de junho de 1905.
CA SE
Aurora Xavierda Matta Pereira
Falleceu: em’ Castello Branco a fi-
lha mais nova do nosso amigo Fran-
cisco Xavier Pereira, professor da
Escola Districtal e vereador da Ca
mara Municipal.
A infeliz menina era uma. encan-
renidade, em contraste frisante.
a
tadora creança de treze annos, mui-
to intclligente e bondosa. Era alum-
na da segunda classe do lyceu, sen-
do estimada por todos, condiscipu-
los e professores; que sentiram pro-
fundamente o seu passamento,
A seu pae, os nossos sentimentos.
— ISSA
Alguns dos nossos estimados as-
signantes das freguesias ruraes d’es-
te concelho queixam-se-nos de que
não recebem regularmente: o nosso
jornal, que lhes é entregue ou com
um grande atraso, ou dois e tres:
n’uma só remessa. ; :
Temos todo o cuidado com a ex-
pedição, podemos pois garantir que
a falta não é nossa. Vamos porém
tomar providencias especiacs para
fiscalisar este serviço, e pedimos
com toda a: instancia aos nossos
leitores a fineza de nos participarem
directamente as faltas e irregulari-
dades que notarem na distribuição
deste jornal, X
a A A
Falleceu nas Caldas da Rainha, a
sr.* D. Ritta Julia de Moraes Sotto-
Mayor, estremosa mãe do nosso pre-
sado assignante, sr. Accacio de Sou-
to Mayor, a quem e a sua cx.º* fa-
milia, enviamos os nossos pezames,
> SOGÇOG-————
Acha-se-de lucto o nosso assignan-
te sr. conego Joaquim Maria Quin:
tão, reitor do Collegio das Missões
Ultramarinas, pelo fallecimento:-de
seu irmão: o sr. Manuel Quintão.
A’quelle nosso amigo, os nossos
sentimentos.
—— (TRL IA CI ESSO
Contrabandista
Pela ronda volante da Companhia
dos: Tabacos foi capturado no dia
2t, Adelino Costa do logar dos Ver-
-delhos, da freguesia da Certã, sen-
do lhe encontradas no acto da car
ptura, algumas cintas e tabaco de
origem hespanhola.
Foi enviado para a séde do dis-
tricto fiscal.
— — oco.
No dia 23 foi encontrada morta
Antonia de Jesus, no logar da Pon-
te da Ribeirinha.
Averiguou-se que não houve cri-
me.
— oco ——
Casamento. civil,
Deve realisar-se em breve o de,
Joaquim de Freitas, de Thomar, com
Sophia das Dores, de Sernache do
Bom Jardim.
— — oco c——….
Dr. Mendonça David
Esteve n’esta villa, de passagem
para Lisboa, onde conta demorar se
alguns dias, aquelle nosso illustre
amigo.
Ogoc—— —
Descanço semanal
Realisou-se no dia 23, na sala das
sessões da Camara Municipal, a reu-
n:ão dos presidentes das, juntas de
parochia resolvendo-se, por maioria,
qua o descanço; fosse estabelecido:
para o commercio, desde as 3 ho:
ras da tarde dos domingos até ás
Annuncios
Na 3.º e 4.º paginas, cada linha,…. 3078,
N’outro logar, preço convencional
Annunciam-se publicações de que se receba
um exemplar j
trez da tarde de segunda-feira, e
para a industria, aos domingos.
Acha-se de luto, pelo fallecimen-
to de sua filhinha Arminda, o nosso
presado assignante José Farinha
Leitão, commerciante em Loanda.
Sabemos quanto este nosso amigo
é estimado e pelos jornaes vemos
que todas as classes lhe demonstra-
ram o seu pezar, ao qual nos asso-
ciamos bem sinceramente.
Re Rc
José Nunes da Matta
A assignatura d’este nosso illustre
assignante que firmava o explendido
artigo que sob a epigraphe Às linhas
ferreas que servem Lisboa, tivemos
a”honra* de publicar no numero
anterior, vinha alterada, do que ‘pe-
dimos desculpa aquelle distincto-of-:
ficial de marinha; que tanto honra:
este concelho e a corporação de que
é uma das principaes figuras: .
————— optam —
E Gralhas’
a: Mais uma vez temos de pedir des-
culpa aos nossos leitores por-algu-
mas erratas no magnifico artigo da
secção Chronicas. Tripeiras, publica-
do no n.º 7. XEy À
As principaes são as seguintes:
necessidades sociaes ausentes, por
urgentes; uma especie de seducção
se faz sentir por (sedação; é o da
ruina, o de odio de morte, por é o
da raiva. E
a
Passou no dia 25 do corrente o
anniversario natalício do nosso que-
rido amigo, sr. dr. Virgilio Nunes
da Silva, digno sub-delegado do pro-
curador da Republica n’esta comar-
ca. ;
= page
Esteve n’esta villa, inspeccionan-
do a officina pyrotechnica do nosso
assignante, sr. David Nunes e Silva,
o sr. tenente-coronel, Decio da Ro-
cha d’Antas, inspector da arma de
artilharia,
——— e
Escolas moveis
* Recebemos o relatorio e contas
d’esta prestante associação, referen-
te ao periodo decorrido desde 15 de
maio de 1909 a egual data de IgIo.
E’ um documento cuja leitura re-
commendamos aos nossos leitores.
Por elle se demonstra quanto póde
a iniciativa particular, quando intel-
ligentemente posta em prática é ho-
nestamente dirigida.
Se em todos os concelhos hou-
vesse como felizmente ha na Certã
um grupo de homens tão sincera-
mente devotdos á instrucção, esta-
mos certos de que o analphabetismo
levaria em poucos annos um golpe
formidavel.
= e a o
Em Proença-a-Nova, consorciou-
se a sr.* D, Clotilde da Silva Car-
valho, irmã dos nossos assignantes
srs. Demetrio, e Annibal Diniz Car-
valho, com o sr. Manuel dos Santos:
Serviram de padrinhos os srs.
Annibal Diniz Carvalho, e Domingos
Farinha Tavares.ngos
Farinha Tavares.@@@ 1 @@@
/
Pelo mundo litterario
NA FLORESTA
Era umatarde-de inverno. A tem- |
pestade approximava-se rapidamen-
te e com ella a noute com todo o
seu manto de sombras!
Nuvens gigantescas, percorrendo
o espaço, formavam blocos enormes
de fórmas phantasticas, d’onde, de
quando em quando sahiam em zig-
zags compridas fitas de fogo.
O vento, soprando rijo, arranca-
va-das arvores-as folhas-amarelleci-
das que as guarneciam e arremessa-
va-as em turbilhão: sobre o humido
tapete de relva.
As avesitas, espavoridas, voando
em mil direcções, procuravam um
abrigo onde facilmente podessem re-
sistir ao impeto do furacão.
. vAs arvores, vergando impellidas
por uma corrente forte, fustigavam-
se mutuamente n’uma lucta cons-
tante.
Pelas quebradas rollavam em ca-
tadupas torrentes caudalosas que,
despenhando-se de grande altura de-
balde tentavam, apezar da sua im-
petuosidade; vencer a inabalavel in-
diferença. granitica das rochas.
«Descendo a tortuosa verêda que
a- meia encosta divide a serra, um
joven montanhez e a sua gentilcom-
panheira, quasi duas creanças, ten-
tavam a passos rapidos, e antes que
a tempestade se avisinhasse, alcan-
car a aldeia que, a duas leguas d’al-
li está situada na orla direita-da flo-
resta. Mas.,. era tarde de mais !
A chuva começava a cahir em
grossos. cordões € a dez passos de
distancia já mal se distinguia o con-
fuso massiço do’arvoredo. Contudo,
o“jovenil par ia avançando cautelio-
samente | É
“Mais um quarto d’hora e a escu-
ridão era. profunda.
“Tropeçando “a cada“ passo com
obstaculos’ de toda a ordem, esbar-
rando a“cada momento com arvores.
e arbustos dificilmente searrasta-
vam por entre o emaranhado da sel
vas e É
A chuva e as.lagrimas humede-
ciam o rosto da pobre menina que,
tiritando de frio e com os pés e
o fato em mil partes rasgsdos pelas
urzes, se agarrava, nervosa, apople-
tica, tranzida de medo ao braço do
seu joven companheiro,
No entanto, à tempestade redo-
brava de furor! –
O vento embravecido, deitava por
terra tudo o que servia de obstaculo
– á sua carreira vertiginosa,
“Os relampagos, fuzilando em to-
das as direcções seguidos por ri
bombos prolongados de trovão, illu-
minavam momentaneamente as cla-
reiras com uma luz-azulada.
– Arvores colossaes, quebradas pe-,
la furia do vendaval, tombavam com
fragor, arrastando na queda tudo o
que encontravam.
Os elementos empenhavam se fu-
riosos numa lucta de Titans!
“Todavia era preciso avançar!
Quebradas de terreno abertas pe-
la natureza, riachos impetuosos ali-
mentados pelas chuvas, troncos der-
ribados, a escuridão da noute e a
furia da tempestade tornavam quasi
impossivel a marcha já de si penosa.
Agora, era difficil saber a direc-
ção que levavam.
Desalentados, já não procuravam
a aldeia que devia ainda ficar dis-
tante, buscavam encontrar um abri-
go oade podessem mais livremente
precaver-se dos elementos.
O montanhez, incutindo coragem
á debil menina que o acompanhava,
ja-a guiando com cuidado, interpon-.
do o seu corpo robusto entre ella e
os Obstaculos
A breve trecho porem, foi preci-
so parar!
VOZ DO POVO
Um amontoado de rochas impe-
dia por este lado a marcha!
Era necessario torneal-as !
Iam pôr em pratica esta ideia
quando uma facha de fogo seguida |
d’um estampido enorme rasgou o
manto negro das trevas e uma ar-
vore colossal que, perto: d’alli, resis-
tira durante muitos-seculos á furia
de mil tempestades, voou; feita em
estilhas pela força potente da eletri-
cidade.
Um grito de susto e pavor reper-
cutiu-se pelos recantos do bosque e
a gentil creança cahiu «desfallecida
nos braços do companheiro.
O momento foi terrivel mas rapi-
do! E
O contacto d’aquelle debil corpi-
to fez renascer no montanhez a. co-
ragem dos seus dezeseis annos e
apertando ao peito a desventurada
companheira, embrenhou-se, com
ella nos braços, na profunda cscuri-
dão da noute.
Inclinado para a frente, diligen-
ciando com os olhos muito abertos
rasgar a tenebrosidade intensa” que
o cercava, corria ao acaso, semi-
louco, sob a chuva: torrencial que
de continuo cahia.
Mas a lucta’era desegual!
“Mais dois passos, e; vencido pelo
cançaso, com o fato roto e o rosto
ensanguentado cahiu quasi exanime
ao lado do seu preciso fardo!
A morte, essa terrivel mensagei-
ra de Deus que não escolhe edades
nem gerarchias, que não respeita
leis nem convicções, ia talvez envol-
ver no seu funebre véo o desditoso
ar, quando um silvo estridente co-
rio o ribombo do trovão“e a vinte
passos de distancia voava a todo o
vapor O expresso de Pariz, |.
A esperança voltou e com ella a
coragem !
O nosso heroe, chamando em seu
auxilio toda a energia que lhe resta-
va, pegou na desfallecida compa-
nheira e seguindo a direcção onde
tinham passado as carruagens illu-
minadas em breve encontrou a-via
ferrea.
Momentos depois, passado um co-
tovello da estrada e avistando uma
debil luzita que se escoava pelas
frinchas mal unidas d’um pobre ca-
sebre, encaminhou-se para allia pas:
sos seguros.
Tinha decorrido uma hora, Devi-
do não só ao calor benefico d’uma
ateada fogueira, mas tambem ás cha-
ropadas e cuidados que uma boa
matrona, mulher do guarda da linha
lhe ministrava, a nossa heroina vol-
tava á vida, lançando um olhar-de
carinho e agradecimento ao seusal-o
vador que ajoelhado a seus pés’e
beijando-lhe freneticamente as deli-
cadas mãositas, «conhecia pela pri-
meira, vez que o amor não é uma
utopia.
Estavam salvos e… amavam-se !
Certã, 1git.
Roo Zé Pinto.
——— om — —
Carteira semanal
Fizeram annos:
No dia 20, os srs. José Farinha
Leitão e Joaquim Marques da -Cos-
ta.
No dia 21,0 sr. dr. Antonio Vi-
ctorino da Silva Coelho. !
Estiveram n’esta villa os srs. João
d’Assumpção Costa e Libanio da
Silva Girão.
Estão n’esta villa os nossos assi-
gnantes, srs. Antonio Augusto Rosa
Mello, e Abilio Marques,
Retiraram para Lisboa os srs.
Antonio e Vicente do Valle.
—Sahiu para o Quissol, Africa
Occidental, o nosso assignante, sr.
José Martins da Silva, d’Alvo-o.
De passagem para Lisboa, ‘ende
vae tomar conta da pharmacia Ba-
gorro, que tomou: de trespasse, es-
teve n’esta villa com sua familia, o
nosso assignante sr. Alfredo Cardo-
so, proprietario da pharmacia de
Oleiros.
Teve a sua delivrance a esposa
do nosso presado assignante, sr.
Antonio Augusto Rosa Mello.
Esteve n’esta villa o nosso esti-
“mado -assignante sr. Alberto ‘Tasso
de Figueiredo.
No dia 25 do corrente, na igreja
parochial d’esta villa, realisou-se o
casamento da sr.* D. Maria dos
Anjos Nunes e Silva; filha do nosso
resadissimo assignante sr. Joaquim
unes e Silva, com o sr. Francisco
Martins Fernandes.
Serviram de padrinhos os srs.
João da Silva Carvalho e Edusrdo
Barata Correia e Silva.
Em seguida ao acto. religioso,
realisou-se em casa dos paes da
noiva um lauto jantar por elles of-
ferecido, a que assistiu um grande
numero ‘de convidados.
Fizeram-se varios: brindes, ‘com
enthusiasmo correspondidos, mani-
festando todos o apreço em que é
tido o dono da casa e sua familia,
a consideração pela noiva e a sym-
pathia pelos noivos. :
“Passou–no -dia.-25 -do corrente
mais um anniversario sobre a fun-
dação do Gremio Certaginense, im-
portante agremiação que tantos ser- |
viços tem prestado a esta villa.:
A sua e
data com um interessante: festival
que decorreu animadissimo. ê
Alguns dos: socios que:o gr
conta em Sernache-de Bom.
e do Cabeçudo tiveram a gel
de vir com-suas ex.” famil
tir áquella festa, o
brilhantismo -desusado. |
tantes; terminando-o baile ás.7 ho-
ras da manhã. s0bns
Differentes cavalhéiros, e ainda a
sr.“ D. Maria do Ceu. Carvalho. re-
citaram alguns monologos:e poesias,
e dizendo uma: cançoneta, sendo to-
dos com justiça vivamente applaudi-
os. ;
Algumas das-senhoras: gentilmen-
te accederam a tocar ao: piano, al-
guns escolhidos: trechos, do mais
apurado gosto artistico, sendo calo-
rosamente festejadas, com . prolon-
gadas salvas de palmas,
O serviço de bufete, não obstan-
te a extraordinaria aglomeração,
foi magnificamente servido e, abun-
dantissimo, e: discursando fez o di-
gno presidente da direcção, sr. al-
mirante “Tasso: de . Figueiredo, um
brinde aque: respondeu o sr. dr.
Abilio Marçal, digno presidente da
direcção do Club Bomjardim, de
Sernache, ) k ho!
O cotilon foi intelligente e distin-
ctamente marcado pela sr,* D. Judith
Tasso de Figueiredo e. pelo sr.
Adrião David. ;
Foi uma festa que deve ter -dei-
xado as mais gratas impressões, e.
por ella felicitamos a illustre dire-
cção do Gremio. y
No seu; giro commercial, tem es-
tado ausente d’esta villa, o sr, Luiz
da Silva Dias.
ET SIDIDICC-—————
Conselhos,aos lavradores
A cal azotada
Este producto é como o seu “no-
me indica um producto azotado.
O azote é um dos elementos in-
irecção -solemnisou essa
dispensaveis á vida das plantas por
ser um factor que contribue” para
o desenvolvimento. das folhas das
plantas que são como que os pul-
mões dis mesmas.
Convem notar que ha plantas que
possuem a propriedade de tirarem
do ar atmospherico o azote, essas
plantas são as leguminosas, taes co-
mo as favas, ‘o tremoço, o feijão,
etc.
O azote é um dos elementos no-
bres que mais caro custa e para ”o
fornecer ás plantas a industria col-
loca á disposição dos lavradores os
Apoca conhecidos com o nome
e: nitrato de sodio, sulfato amonia-
co e a cal azotada.
Este producto em que a industria
conseguio reunir dois vlementos in-
dispensaveis aos terrenos da região;
a saber: o azote ea cal que falta
em absoluto.
Os efeitos da cal azotada em tu-
do identicos aos do sulfato de amo
niaco e sobre: este producto e o ni-
trato de sodio tem ainda a vantagem
do seu custo ser inferior ao dos ou:
tros dois elementos azotados que
no decurso do actual anno agricola
teem tido um preço excessivamente
elevado o que n’uma affloração agri-
cola se deve ter em vista, mormen-
te onde a agricultura lucta com falta
de capitaes. :
A cal azotada tem conseguente-
mente a vantagem de ser mais eco-
nomico e de fornecer pelo mesmo
preço “dois elementos: importantes.
As doses:a-empregar nos terrenos
oncelho devem ser de 150 a 200
junta com 400 Kilogrammas
Thomaz e 600 kilogram-
ainite por cada hectare de
ou sejam: 15 a 20 grammas
azotada, 20 a 40 grammas de
osphato Thomaz e 60. grame
nas de Mainite. por cada quadrado
ue tenha um 1” de comprimento
je 1” de largo.
! ? Cardoso Guedes
CHRONICAS TRIPEIRAS.
6 D’OUTUBRO
(Notas soltas) RE
(A Eurico Magalhães) .
(Continuação)
Na peugada de toda a gente, tam
‘bem ev me encaminhei para a Pra-
ça.
Perto dos Loyos, encontro o pru-
dente sr. Januario que, de mãos
nos bolsos; seguia, attenta «e demo-
radamente, com o olhar, a todos os
que seguiam em direcção á Cama-
Ta.
Este sr. Januario era um velho
conhecimento da minha ‘adolescen-
cia, porque-—assevero-lhes é peço-
lhes que me acreditem—eu já fui
novo.
Ficáramos com relações desde es-
se saudoso tempo em que ambos
frequentavamos-salsifrés particula-
res. Lembro-me, até, muito bem
que, por esse tempo, um unico de-
sejo, um unico ideal—infelizmente,
para elle, nunca attingido—domi-
nava por completo o, então joven,
sr. Januario: cazar rico. f
Ora, nesta. improfiqua caça ao
dote, deram se com Januario inci-
dentes interessantes, como esse que
aconteceu em caza d’um commen-
dador, cuja filha, a menina Celesti-
na, elle andava requestando.
Na caza d’esse commendador, em
noite de festa rija, Januario preen-
chêra um dos intervallos das dansas,
recitando um soneto da sua lavra,
dedicado—já se vê!-—ao anjo dos
seus sonhos.
E, não contente com. recitar a
sua producção poetica, quiz ainda
ter a gentileza de a distribuir im-
pressa por toda a assistencia.
Isto deu em resultado, dentro emdentro em@@@ 1 @@@
pouco, a que uma hilariedade geral,
a custo rprimida, agitasse toda a
sala,
Era simples a explicação do facto.
O sr. Januario revira com muito
cuidado, com muito amôr, as pro-
vasde impressão du sua poesia. Mas,
ou porquei não tivesse tido egual
cuidado para com o titulo d’esta,
ou porque impressor trocista quizes-
se pregar partida ao pobre do Ja-.
nuario, o soneto sahira assim epi-
graphado:
Aos anus da Ex.m* Sr. *D), Celestina!
«Então por aqui?» perguntou-me
o sr. Januario. :
«E? verdade, Sigo o exemplo dos
bons patriotas, como o meu amigo.» |
«Sim… Isso é verdade. ..-—Sr.
Nubcou Januario—, Eu sou effecti
vamente amante da minha patria.
Mas deixe-me dizer-lhe, aqui, bai-
xinho, uma cousa; palpita-me, mal,
muito mal, de tudo isto…»
E, baixando muito a voz, quasi
que segredando, acccrescentou, tre-
geitando numa expressiva arrebita-
dela de nariz:
«A coisacheira me a mostarda…!»
«?»
« E’o que lhe digo! Ora vá o!
sr, até perto d’aquelle esquadrão da
unicipal, que acolá está em frente
da Camara, e repare nas caras de
poucos amigos: d’esses soldados, .
Depois, volte cá a dizer-me, se, sim:
ou não, lhe não parecerá que a toda
aquella tropa só falta ordem de dar
para: baixo para vermos tudo em
frangalhos…!» * :
«Isso é receio infundado do sr.
Januario—Objectei eu—. Pois se a
coisa pegou lá por Lisboa, porque é.
que não hade pegar por cá?»
«Homem. ..! Espere-lhe pela vol-
ta!
Vá, vá vêr a cara dos municipaes
e depois venha-cá para conversar-:
mos…» ,
E, depois de curta pausa, prose-
uiu: É é
«Quando foi do 31 de janeiro, em
momento em que todos julgavam
que a Republica já estava de pedra
e cal, eu, que. ainda estava desem-
pregado, tambem fui dos malucos
que enrouqueceram a dar vivas por
essa, praça. Que tambem—e aqui
Januario baixou prudentemente a
voz—não seria de admirar que eu o
fizesse, porque fui sempre republi-
cano, Se votava com os monarchi-
cosera por gratidão, porque, emfim,
foram elles que me arranjaram’o
logar, que tenho.
Ora, como lhe ia dizendo, nesse
dia gritei pela Republica até não
poder mais, Pois, meu amigo, se
eu ‘me não valho da minha finura,
marchando logo direitinho, para o
Governo Civil à declarar-me monar-
chico até aos ossos, se eu me não
presto; até, a servir de testemunha
de accusação contra os que foram
a conselho de guerra, se eu não de-
sato a dar vivas ao rei e à familia
real, sabe o que é que me tinha
acontecido? Era que, em logar de
arranjar o emprego, que abichei,
tinha mas era, a estas horas, já es-
ticado lá por essas Costas d’Africa.»
E, depois de rodar sobre os pés,
circumvagando, ao mesmo tempo,
um rapido olhar por toda a multi-
dão, que enchia a praça, concluiu
adhesivamente: :
«Se a coisa fôr por deante, tenha
a certeza de que tambem lá vou
dar o meu viva, Mas, emquanto não
vir a Republica pegada, não me pi.
lham lá! :
Você, se quer arriscar os ossos,
vá, que eu fico por aqui… !«
E, piscando: um olho, concluiu fi-
noriamente : ;
«Não que o seguro morreu de
velho!»
A meio da praça, encontro o Eu-
VOZ DO POVO
rico, esse explendido rapaz, tão bem
dotado de qualidades moraes e cuja
companhia me causa sempre o pra-
zer d’uma especie de banho espiri-
tual de frescura.
Ao vel o, por umafacil associação
de ideias, avulta-se me, de repente,
na minha memoria, mais intensa
que nunca, a recordação d’esse ho-
mem modelar, d’esse exemplarissi-
mo amigo, que fôra o Antonio Emi-
lio, pae de Eurico,
Para mais, a relembral-o: teimo-
samente, tinhamos a festa cívica,
que se preparava: para esse dia…
Só, ajudado simplesmente pela
sua excepcional força de vontade e
pela sua intelligencia ultra-lucida,
“ Antonio: Emilio soubéra sahir do
nada, por onde começara para se
guindar ás culminancias de respeito
é consideração, em que todo o Por-
to o tinha.
Como chefe de família, fôra exem-
plarissimo. Como cidadão, votára
sempre uma adoração profunda á
sua patria. Em política, nunca co-
nhecera outro campo senão o repu-
blicano.
é Que alegria seria a sua se, viven-
do mais uma meia duzia de mezes,
podesse, n’este dia; assistir ao trium-
pho do seu ideal politico!
Não o qu’zera a Providencia!
O Fevereiro gelado despira sobre
elle o seu habito mortifero, pros-
trando esse homem, que era um
santo, que era um-gigante: gigante
na bondade, no amor á familia, no
amor ao trabalho, no amor, á sua
patria!
Poucos mezes separavam o 6
d’Qutubro do dia em que elle, para
sempre, partira a descançar na paz
suprema dos tumulos! Por pou-
co, não lhe permittira Deus a louca
alegria de ver implantada a Repu-
blica na sua patria.!
aa
Ideias, despontando, ao mesmo
tempo em dois cerebros, subordi-
nação psychica de duas almas que,
n’esse momento identificadas, vibras-
sem isochronemente, eu eo Eurico
apertamo-nos silenciosamente as
mãos,
Mas comprehenderamo-nos
Nas nossas boccas fechadas, nos
nosssos labios cerrados, estavarnos
lendo: claramente a phrase; bem sen-
tida, que nos accudira do espirito,
E assim surprehendiamos-nos a pen-
sar; :
«Se o Antonio Emilio fosse: hoje
vivol»
Rhuy Pires.
TP
Pequena correspondencia
(Continta.)
Dignaram-se pagar “as suas assignaturas,
os srs. José Felix dos Santos, Manuel An-
tunes, dr. Bernardo de Mattos, Adelino No-
gueira Godinho, João Baptista, Jeronymo
Albino, Antonio | Manuel da Silva, Conego
Joaquim Quintão, João Nemesio, dr. An-
tonio Dias da Silva, Adolpho Nunes Cardo-
soe José Diogo Saraiva Proença.
Agradecemos
– ANNUNCIOS
Comarca da Certá
2 Tribunal do commercio 1
No dia 5 do proximo mez de fe-
vereiro, pelas 11 horas da manhã,
á porta do Tribunal d’este juiso, em
virtude dos autos d’execução que o
Ministerio Publico move contra Au-
gusto Farinha Tavares, do Peso,
volta pela 2.º vez á. praça, por me-
tade da avaliação, por isso que na
1.º não obteve lançador, para ser
agora arrematedo a Quem maior lan-
ço offerecer acima do valor que ago:
ra lhe vae designado, o direito e ac-
ção que o executado tem á legitima
por obito de seu fallecido pae Fran-
cisco Farinha Tavares, correspon-
dendo em direito e acção á decima
oitava parte do casal d’aquelle e da;
agora, sua viuva, no valor de réis
662666.
A herança compõe-se dos seguin-
tes bens: uma casa d’habitação com
suas servidões e mais logradouros,
no logar do Peso, uma casa d’arre-
cadação e patco, no logar do Peso,
uma casa d’arrecadação com quin-
tal e oliveiras, no logar do Peso;
uma terra com videiras, no sitio da
Videira da Maia, limite do Peso;
duas casas d’arrecadação e dois
chões de terra de cultura com. oli-
veiras, no sítio dos Lameiros, limite
do Peso; uma horta com videiras
e sobreiros, no sitio do Valle de
Maria Donna, limite do Peso; uma
terra de cultura com oliveiras e um
sobreiro, no sitio da Lameira do Al-
gar; uma terra de cultura, uma oli-
veira e quatro sobreiros, no sitio da
Vinha dos Eiros, limite das Sesma-
rias; uma terra com: sobreiros, oli-
veiras e videiras e terra de cultu
ra, no sitio do Chão do Cortiço; uma
terra com oliveiras, no sitio do Val-
le do Madeiro, limite do Peso; e
uma terra com oliveiras e carvalho,
no sitio da Lobateira, limite do Pe-
so,
Pelo presente são citados os cre-
dores incertos para deduzirem seus
direitos, querendo, no praso legal.
Certã, 19 de Janeiro de 19r1
O Escrivão ‘
Antonio Augusto Rodrigues
RENDA * Verifiquei:
O Juiz substituto, do Tribunal do
Commercio à
Erhardt
Annúncio
Pelo Juizo: de Paz do Districto de
Oleiros e cartorio do escrivão res-
pectivo, nosautos Civeis de acção nos
termos do Decreto de 29 de maio
de 1907 que José Pires, casado, ne-
gociunte, d’Aldeia dos Couces, fre-
guesia de Villa de Rei, move con-
tra José Jorge e mulher Rozaria
Joaquina, do logar das Sardeiras de
Baixo, se-hão-de arrematar em has-
ta publica no dia 19 do proximo
mez de fevereiro, pelas onse horas
da manhã, á porta da casa que ser.
ve de tribunal n’este Juiz de Paz,
os bens abaixo relacionados, penho-
rados na mesma execução, pelo
maior preço offerecido acima do
valor da avaliação:
N.º 1—Duas moradas de casas,
de lojas e sobrado, com quintal con-
tiguo, videiras e estrumeira, sitas ao
fundo d’Aldeia, na povoação das
Sardeiras de Baixo, avaliadas em
trinta e cinco mil réis (358000).
N.º 2—Metade d’uma terra de
cultura e de hortas, onde chamam
o Pontão, limite das Sardeiras de
Baixo, para o lado do poente, ava-
liada em quarenta mil réis (408000).
N.º 3—Metade da mesma teria
com oliveiras, no mesmo. sítio e li-
mite, para o lado do nascente, ava-
liada em sessenta mil réis (60$000).
Pelo presente são citados os cre-
dores incertos para deduzirem os
seus direitos, no prazo legal, que-
rendo,
Oleiros, 24 de Janeiro de 19ir. –
O escrivão
Antonio Martins Salgueiro
Veriquei:
O Juiz de Paz
2 João Martins I
de gallinhas de raças estran-
geiras, afiançados: por preços
modicos, vendem-se. Informa-se
nesta redacção.
E
Dies postas Mislrads
Com vistas de Sernache do
Bomjardim, (clichés de J. M.Al-
cobia).
Collecção de 21…. 500rs.
A” venda: em Sernache do Bom-
jardim, J. Maria. Alcobia. —Na Cer-
tã, Pharmacia Z. Lucas.
“Almanach dos
PALCOS E SALAS
para 1911
LIVRARIA BORDALLO — Rua
da Victoria, 42—LISBOA.
AOS LAVRADORES
Cardoso Guedes, agricultor diplo-
mado, encarrega-se do tratamento
de arvores e plantas doentes, com-
pras de adubos adequados ás cultu –
ras, os melhores em qualquer caso
pelos bons resultados, não co
o lavrador o perigo de perder o di-
nheiro e as sementes. pela ‘acquisi-
ção de formulas feitas sem criterio.
Comarca da Certã
2 2º’offico q
Pelo Juizo de Direito da Comar-
ca da Certã e cartorio do segundo
officio no inventario orphanologico
de Antonio Joaquim, morador’que
foi no logar das Cercadas, fregue-
sia de Villa de Rei, d’esta Comarca,
-em que é cabeça de casal Maria da
Piedade, correm editos de trinta
dias,-a contar da segunda e ultima
publicação do annuncio no «Diario
do Governo», citando o interessado
Antonio da Silva, viuvo, ausente
em parte inserta, para assistir a to-
dos os termos do mesmo, sem pre-
juizo do seu andamento.
Certã, 4 de janeiro de 1git.
O Escrivão,
Francisco Pereira de Moura
Verifiquei:
O Juiz de Direito substituto.
Ehrhardt
Srs. Lavradores
Um nosso freguez do concelho de
Marco de Canavezes, escreve nos
em 26 de outubro de Igio o. se-
guinte: E
«Devo dizer a V. S.º que todas as’
vinhas que receberam directamen-
te-ou indirectamente adubações chi-
micas, especialmente adubações
potassicas, resistiram mara-
vilhosamente ás diversas epi-
demias cryptogamicas que este
anno flagelaram os vinhedos. A pro-
ducção que obtive foi optima e:
bastante superior á do anno findo e
de qualidade incomparavel-
mente superior.»
Este freguez costuma empregar
Phosphato Thomaz, cal azota-
da, chloreto e sulfato de po=
tassio, etc. ;
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tylene desde 5 a 100 luzes; variado sortimento de candieiros, lus-
tres é lampadas para gaz; candieiros de petroleo; lanternas de
| diversos ‘typos em folha é em cobre; fogões para sala e cosinha;
| tnas, lavatorios é retretes; tubos de borracha, latão e ferro; tu-
bo de chumbo de todas as dimensões, torneiras de metal de di-
BI Versos typos e dimensões; grande sortimento de tulipas, bacias
| para gaz, mangas dé incandescencia, bicos simples e de incandes-
ES Cencia ; esquentadores para gaz e petroleo; pára-raios; artigos de
| electricidade, etc. ê cê
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informações, remessas de
vincias, ilhas e colonias.
Eder
É LEITÃO & ALBUQUERQUE É
Red EM COMMANDITA
Rua do Ouro, 170, 2.º=ESCRIPTORIO FORENSE Teleg*=LEQUE-LISBOA
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encommendas para as pro-
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quaesquer casas productoras tanto nacionaes como estranjei-
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Ciaes de toda a natureza, estando estes assumptos a cargo do
socio gerente Armando de Albuquerque, solicitador
encartaão.ão.