Voz do Povo nº8 22-01-1911

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A Nie
DIRECTOR
Augusto Kodrigues
Administrador –
ZEPHERINO LUCAS
Editor
Luiz PoRUGaSo da is Dias
ER
hssignaturas
Anno…. «é Tizoo.. Semestre…
Para o Brazil, ..v….
“Pago adiantadamente:
600 rs.
5jpooo réis (fracos)
Não se restituem es originaes
REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
Travessa do Serrano, 8
CERTÃ
Typographia Leiriense — LEIRIA
gas as
Propricdaie da EMPREZA DE PROPAGANDA LIBERAL
Na 34e 4: paginas, cada linha…
Annuncios
“Bots.
Nº outro logar, preço convencional
Abntnciam- -sé publicações de que se receba
um exemplar” :
dd
Linhas ferreas que
m Lisboa
Se não houvessem” provas de
todos os quilates a demonstrar
a incúria e malversação dos go-
vernos:-da -Monarchia, bastava
um facto para fazer essa prova:
o modo como foram construidas
as linhas ferréas de todo o paiz.
O. traçado: geral de quasi todas
é pessimo, é a construcção. ain-
da é peor. Apénas nós “referire-
mos à Linha do Norte e à de
Cascaes, por ligar aquella Lisboa
com o Porto e estrangeiro e es-
ta ligar Lisboa a Cascaes, onde
devia éstar já O seu ante-porto.
Tambem nós referiremos á linha
da Beira Baixa; pór ser por esta
que deviam ir os comboios in-
ternacionaes.
Sem fallarmos no traçado ge
ral da linha’ de Cascaes de que
utis dizem bem’ por servir á5 po-
voações maritimas é estações
balneares, e de que outros dizem
mal pela rasão de se encontrar a
descoberto para as balas dos na-
vios inimigos, se algum, dia os
houver, apenas nos referiremos
ao modo como foi construida es-
tá’linhas fazendo curvas» de pe-
queno raio onde podia seguir a
linha recta. Se alguem tiver pa-
ncia dé ler o’que aqui escre-
vemos, pedimos a esse impro-
vavel alguem que, em um dia bo-
nitoi do inverno ou do verão, se
metta-no comboio de Cascaes, e
julgue de visu da justiça da’nos=
sa critica. Se não quizer dobrar
o pescoço é “cançar à a vista du-
rante-toda a linha, dê-se ao me-
nos ao incommodo de observar.
a curva forçada que a linha des-
creve’ao’sair da estação de Pa-
rede e antes de. chegar ao apea-.
deiro do Cae Agua. Esta curva
é uma vergonha em si, e mais
vergonha sestorna pela razão do:
terreno dos’lados ser quasi: ho-
risontal e-de. facil. corte. em uma
zona coma largura de mais de
quinhentos metros. Desde” ‘a’es-
tação de Parede á de Santo An-
tonio do Estoril, a linha ferrea
podia ter “seguido em linha re-
cta, e isto com grande economia
de despeza; enotavel diminuição
de metros de extensão.
A linha’da Beira Baixa é uma”
outra vergonha flagrante e bra-;
mante, e as terras aridas que
atravessa, se fossem sêres’ com:
raciocinios, de: certo soltariam
gargalhadas de ironia, ao ouvi-
rem o silvo da machiná pertur-
bar o silencio do seu eterno iso-
lamento. Esta linha nunca devia
ter ido a – Castello “Branco; mas
do Entroncamento devia ter se-
guido à Thomar, concelho de
Ferreira do Zezere, concelho da
Certã, a passar entre. Oleiros: e
Sarzedas em direcção ao Fun-
dão, ou, o maximo, Alpedrinha:
Para bem, devia ir “directamente
ao, Fundão. Então sim, então era
a linha internacional por excel-
lencia para Lisboa é uma das li-
nhas mais rendosas do paiz pela
riqueza das regiões qué devia
atravessar, notavelmente abun-
dantes em generos de exporta-
ção; taes. como cortiça, azeite,
fructas, madeira de castânho é
pinho, éte. Quando se construiu
essa vergonhosa linha da Beira
Baixa, demonstrámos na impren-
sa o inconveniente dé tão absur-
da directriz e a vantagem da di-
Fectriz unica a seguir.
Ninguem nos acompanhou no
nosso protesto; ninguem fez ca-
so das nossas sinceras e serisa-
tas observações. O mal está fei-
to, e já não tem remedio, tendo
o paiz de o roer, com vontade
‘ou-sem ella. E o machinista, ao
passar com a sua machina: ofe-
‘ gante por essas aridas solidões,
que tape os ouvidos, para não
| ter a impressão de que ellas, as
aridas solidões, o estãotroçando
‘ da sua louca” impertinencia.
A Linha do norte, esta tem si-
do criticada em todos os tempos, .
não só no seu traçado de Coim-
bra’ao Porto, quasi’á beira-mar,
mas tambem no seu traçado de
Lisboa ao Entroncamento e do
Entroncamento a Coimbra. Pela
nossa parte, – parece-nos entre-
tanto que’os traçados de Lisboa
ao Entroncamento ao lado do
“Tejo, e de Coimbra ao. Porto,
quasi sempre á beira-mar, tinham
no tempo emquealinha foicons-. |
truida uma certa desculpa, pela
facilidade da sua construcção se-
gundo a directriz seguida; mas.
do Entroncamento a Coimbra é
que não se pode encontrar uma
unica razão que justifique o tra=
| çado absurdo “que se adoptou,
muito mais longo do que podia
e devia ser, de construcção difi-
cil: e cara: por’ causa: dos dois
grandes tuneis de Chão de Ma-
çãs e Caixarias com muitas cur-
vas e grandes rampas, e para |
mais atravessando uma: região
em geral, po e pouco habi-
tada,
Como nos Cotistásse, “durante
o governo Ferreira do Amaral,
que a Companhia do Norte en:
contrava serias difficuldades em
assentar a segunda via da linha
ferrea entre o – Entroncamento é
Alfarellos, por causa do tunel
de Caixarias que ficou baixo de
mais, tomámos a resolução de
apresentar um-memorial áquelle
governo; demonstrando a: con-
veniencia de se entabolarem ne-
gociações com a Companhia do
Norte, conducentes a esta ser
dispensada de assentar a segun-
da via do Entroncamento a Al-
farellos, sendo; porém obrigada,
como-compensação, a construir
uma nova linha ferrea segundo
a directriz que se devia ter se-
guido desde o principio, isto é,
por Thomar, – concelho. de, Fer-
reira-do Zezere, concelho de Al-
vaiazere, etc.; a ir ter a: Miranda
do Corvo, e entrando portanto
em Coimbra pelo lado do sueste.
Este nosso memorial foi caloro-
samente secundado pelas repre-
sentações de muitas:camaras mu-
nicipaes, e; segundo nos constou,
no governo Beirão foi dado prin-
cipio ao estudo da nova linha
com duas secções de pessoal te-
chnico, e no ultimo. governo da
Monarchia, no governo Teixeira
“de Sousa, foi nomeada mais uma
secção de estudos da linha, afim
do seutraçado ser concluido com
“a maior rapidez.
Este traçado, por nós recom-
mendado no nosso memorial,
além de ser de mui facil execu-
ção, em razão de seguir. quasi
sempre no. pouco. accidentado
planato que separa as bacias hy-
drographicas do rio Zezere e do
rio Nabão;, e não exigir “a cons-
trucção de qualquer obra de ar-
te importante, pois a ponte so-
bre o Mondego está feita e a do
Nabão deve ser insignificante,
apresentava mais as seguintes
importantes vantagens: diminuia
de algumas dezenas de kilome-
tros a distanciaentre o Entronca-
mento e Coimbra e evitava o ser-
viço do actual ramal desta ci-
dade; apresentava a immensa
vantagem de ser mais central do
que alinha actual; finalmente
atravessava uma: das regiões
mais ferteis, ricas e pittorescas
do paiz, e que é ao mesmo tem-
po notavelmente abundante em
generos de exportação, taes co-
mo cortiça, azeite, fructas, ma-
gnifico minerio de ferro, madei-
ra de castanho e de pinho, “etc.
Será porém esta a melhor so-
fgaa sob o ponto de vista inter-
nacional? Conveniente « é, sem du-
vida, e é tambem a “mais facil .e
menos dispendiosa, tendo a;grán-
de vantagem de-diminuir a dis-
tancia ao estrangeiro; mas, ‘sob
o Ponto de vista internacional,
não é, de certo, a melhor. Ame-
lhor, sob este ponto de vista, Se-
ria a linha ferrea que, partindo
do Entroncamento, se dirigisse
quasi em linha recta para o Fun-
dão ou Covilhã, devendo neste
caso, como: complemento, :’ser
melhorada alinha ferrea da Bei-
ra Baixa a partir do terminus
| P’aquella até á Guarda. Tambem
já se tem pensado. no projecto
de a’dirigir por Gouveia ou pro-
ximidades, mas este projecto tem
o grande inconveniente deir pro-
«curar a linha da, Beira Alta an-
tes da enorme curva quasi sem-
pre em rampa, desde Fornos de
Algodres á estação da Guarda.
Tanto porém o traçado por Goú-
veia como pelo Fundão ou Co-
vilhã deve ser muito difficile mui-
to caro; tendo para-mais o incon-
veniente de ficar muito proxima,
esta linha projectada, da mal ali-
nhavada linha ferrea da Beira
Baixa: Se porém: um dia fosse
posto em pratica qualquer dºes-
tes traçados, valeria então a pe-
na de, nas proximidades de Ave-
lás:ou Figueiró dos Vinhos, cons-
| truir Um: outro ramal-até Miran-
da do Corvo, ficando, por este
| modo, tambem encurtado é faci-
litado. o trajecto de. Lisboa ao
Porto.
Qualquer que seja o traçado
da linha ferrea’a adoptar, o que
não offerece a menor duvida é
que alguma coisa convém que
seja resolvido a este respeito e
com a possivel urgencia. E seos
governos da Monarchia,” apesar
da-sua enercia para o bem pu-
blico, se haviam dedicado ao as-
sumpto, ha tudo a esperar que a
Republica que, para o seu esta-
vel, deve ser liberal e progressi-
va, e Os,seus governos, com vis-
tas largas e intuitos vastos e pa-
trioticos, tomem a respeito de tão
importante assumpto uma pro-
fiqua e rasgada resolução.
José Nunes da Motta.
TT aa De] ma o
Commissão de saude
Realisou-se a Teunião desta com:
missão no dia 12, resolvendo se que
« de futuro a suasreunião -se effectue
na segunda quinta feira de cada
mez.
Discutiram algumas das fontes pu-
blicas j e vistoriadas,toriadas,@@@ 1 @@@
PELA CAMARA
Sessão de 18 ,
Sob a presidencia do sr. Zeferino
Lucas, e assistencia dos-srs. verea
dores Nunes de Figueiredo e Cyria-
co Santos teve logar a reunião da
commissão municipai.
Resolveu-se:
– Officiar aos presidentes das juntas
de parochia convocando-as para
uma reunião, na sala das sessões da
Camara Municipal, no dia 23 do
corrente, pelas 11 horas, afim de
resolverem sobre o dia de descanço
semanal em conformidade com o
decreto de 10 do corrente. E
Passar attestados de pobresa a Jo
sé Simões, dajfAlgueidã “e Adelino
Antunes, da Paparia.
Foi presentefocorçamento ordina-
Fiolpara o actual anno devidamente
Appfo sado sem alterações,
– Mendou se passar ordem -de pa-
gamento para a assignatura do Dia
rio do Governo.
Autorisou-se a realisaçãosde uns
reparos na estrada da Varsea,
Concederam-se 30 diasj de licença
ao vereador sr. Floriano Bernardo de
Brito, officiando-se ao 3-º substituto
sr. Filppe da Silva Leonor.
Officiar ao cidadão José Nunes da
Motta agradecendo a sua offerta de
um exemplar do Futurodo Porto de
Lisboa.
FACTOS E BOATOS
Gremio Certaginense
Teve logar no dia 15 a reunião
da assembleia geral deste Gremio
sob a presidenciajido ex.mº sr. Do-
mingos Tasso de Figueiredo para
apresentação do relatorio da geren-
cia anterior e parecer da commis-
são revisora de contas sendo ambos
approvados por unanimidade.
TENDE PRE Ma a
Conferencias agricolas
Realisou-se no domingo 15 do
corrente, uma conferencia agricola
na escola official do sexo masculi-
no desta villa, sendo conferente o
nosso collega de redacção Cardoso
Guedes.
Hoje deve realisar-se uma ouíra
conferencia na escola official do se-
xo masculino na freguesia do Cabe:
gudo, no proximo dia 29 realisa-se
uma outra na freguesia da Varzea.
No dia 15 em seguida á conferen-
cia do nosso collega o digno presi-
dente da commissão municipal rea
lisou uma palestra ilucidativa do
que cra a republica e as suas leis,
desfaz:ndo com uma bem. conduzi-
da arsumentação algumas atoardas
io à esse proposito se teem espa-
lhado.
Ambos os conferentes foram mui-
to applaudidos.
SENTAR
O Futuro do Porto de Lisboa
O distincto lente da: Escola Na-
val e um dos. mais ilustres filhos
d’este concelho, sr. José Nunes da
Motta, teve a gentilesa de nos offer-
tar o seu notavel trabalho subordi
nado ao titulo que nos serve de epi-
graphe, que constitue mais uma pro-
va do seu grande, talento e patrio.
tismo,
Todo o livro é como não podia
deixar de ser, digno de ser lido e de
ser meditado. E
– D’elle, porem destacamos um ca-
pitulo que, por versar um assumpto
de capital importancia para esta re-
Bião, pedimos venia ao seu ilustre
autor para o darmos aos nossos lei
tores no logar que lhe compete.
TD oaMeBIee=— —.
Gremio Certaginense
. No proximo dia 25 passa o viges-
simo terceiro anniversario da funda-
ção d’aquella sympathica collectivi-
dade, actualmente presidida pelo nos:
so ilustre amigo, sr. almirante Tasso
de Figueiredo.
A direcção fsolemnisa essalidata
com uma festa que promette estar
encantadora.
—Para jesscídia consta-nos3 que
| já terátchegado o magnifico piano, –
ha pouco adquirido para aquelle
Gremio.
E Se
Uma ‘commissão de habitantes das
povoações da Passaria, Herdade e
Malpica, procuraram no dia 16 do
corrente, o digno presidente da com-
missão auxiliar das Escolas Moveis,
sr. dr. José Carlos Ebrhardt, a fim
de lhe solicitar a prorogação do pra-
zo da permanencia da missão d’a-
quellas escolas:
E” altamente consolador para to-
dos que se teem interessado pela
difusão da instrucção, n’este con-
celho, ver como os povos a desejam
e como já a apreciam.
Confiamos que a representação se-
rá attendida,
== pHaMGE=——
Varzea dos Cavalleiros
O distincto professor d’esta fre-
guezia acaba de praticar um acto
que muito o honra: pediu superior-
mente auctorisação para abrir gra-
tuitamente na sua escola um curso
noturno para adultos.
Assim, com esta boa vontade no
desenvolvimento da iastrucção é mo-
tivo para manter justas esperanças
nºum proximo resurgimento da edu-
cação do nosso povo, é actos como
este são extremamente para louvar.
Consta-nos que já foi concedida a
solicitada ouctorisação, e que em
breve vae ser aberto o referido cur-
so.
DME —
Para as festas com que a cidade
de Castello Branco se vae honrar,
recebendo o illustre’ ministro do in-
terior, sr. dr. Antonio José d’ Almei-
da, fornecerá o fogo d’artificio—pa-
ra o que já foi contractado, o nosso
conterraneo, sr. David Nunes e Sil.
va, O mesmo que já o forneceu para
os centenarios de Santo Antonio, da
India, Gualdim Paes, e para as fes.
tas a Loubet.
E” uma industria que muito tem
progredido, devido aos esforços d’a-
quelle pyrotéchnico e de seu irmão
sr. José Nunes e Silva.
Estamos certos que mais uma vez
agradará a exhibição do fogo pro-
duzido nas officinas d’aquelle nosso
amigo, acreditando-se mais ainda a
industria exercida por aquelles dois
apreciados industriaes.
SIR
A falta de espaço obriga-nos á ul.
tima hora a interromper o artigo da
secção Chronicas tripeiras, que con-
cluirá no numero seguinte. Pedimos
desculpa ao seu auctor e aos nossos
leitores.
=” en
Gréves
Tem-se levantado em todo o paiz
um movimento du reprovação pela
interminavel série de gréves que ul-
timamente teem surgido. Não são
pequenas as difficuldades naturaes
com que tem de lutar o governo
provisoro; não é rasoavel que as
classes trabalhadoras vão ainda au-
gmentar essas dificuldades com suas
| Feclamações que, podendo ser jus.
tas e em grande parte o são, não
deixam de ser n’este dificil momen-
to para a vida nacional prejudiciaes
e inopportunas,
SLI ACI SO
Tem estado doente o nosso esti-
mado assignante de Lisboa, sr. Aj-
tonio Baptista Ribeiro.
Fazemos votos pelo seu prompto
restabelecimento.
Pelo mundo litterario
Reminiscencias tristes
Dlão… dlim… dlão…
Ouves? Os sinos tocam a finados!
quem morreria?
Estas palavras eram-me dirigidas-
por um amigo com quem ia a cami-
nho da nossa aldeia, que ainda fica-
va a distancia,
Elfectivamente chegava até nós e
Plangente dobre dos sinos, indican-
do, que mais um fôra riscado do
numero dos vivos! j
Tornei-me palido, triste; pensati-
vo e assim me consetvei por segun-
dos. Depois, como que despertando,
disse a meis voz: Sim, foi elle, não
ha que duvidar.
Nem as preces ferverosas d’uma
esposa angustiada, nem as sublimes
lagrimas . d’inocentes, conseguiram
suster a marcha lenta da tua morte.
Como te fica bem, ó morte, o
epitheto de—cruel.
Só praduzes lucto e tristeza, la-
grimas e gemidos, angustias e dores
supremas!
Como te consolas em flagelar des-
apiedadamente os corações huma
nos, abrindo-lhes feridas que jámais
“se cicatrisam!
E, voltandoime para o companhei
Fo, continuei!
Ante-hontem, á tardinha, fui ver
o Antonio da Emilia, que, como sa-
bes, já ha mezes estava doente com
a febre typhoide.
Entrei no seu quarto, Era peque |
no, de tecto baixo e de pouca juz-
Ah! meu amigo, que lugubre sce-
na lá se passava!!
Elle, de meia idade, de rosto des-
figurado, de olhar amortecido, de-
vorado pela febre, tendo já nas fa-
ces o palor da morte, estava pros-
trado em humilde cama.
Era um esposo que, no meio da
sua agonia, contemplava a esposa,
a sua fiel companheira, -que tanta
vez lhe dirigiu um meigo. sorriso,
quando elle voltava á noite ao lar,
fatigado pelo trabalho; que lhe in-
cutia coragem e dava novas forças
para arrostar contra o infortunio ;
que derramava nas chagas profun-
das da sua alma o balsamo dulcissi-
mo da resignação; que compartilha-
va das suas felicidades > das suas
amarguras, dos seus risos e do seu
pranto.
Era um pae, que, no ultimo tran:
ze da sua vida, dava o derradeiro
adeus aos estremecidos filhinhos,
sua ventura e seu orgulho de pae,
os quaes dentro em pouco, iam ficar
sem elle eo peior-—sem amparo,
sem o pão quotidiano que era ganho
à viva força do seu braço,
Junto a elle velava uma mulher,
a esposa, debulhada. em lagrimas,
de faces resequidas pela febre do
sofrimento e pelas vigilias prolonga:
das; com o coração trespassado de
dôr, presentindo já o roçar das ne-
gras azas da morte, pela cama do
moribundo.
Em’ frente d’esta, de’ pé, uma
creança, que, aterrada, ora encaran-
do o pse que se debatia nas vascas
da agonia, ora olhando a mãe, que
chorava e soluçava fortemente, dv-
vidosa, sem saber que fazer, se re-
solve por ultimo a chorar unica e
simplesmente por ver borbulhar nos
maguados olhos da mãe grossas e
abundantes lagrimas. e
Ao seu collo, de cabecita loura;
lindo e mimoso como um botão de
rosa que desabrocha em manhãs pri-
mavcris, um bebé ria e brincava no
meio das dôres e dos gemidos, das
lagrimas e da tristesa, n’pma incons-
ciencia, propria da sua tenra idade,
sem ter a menor ideia de que n’a-
quelia hora o pae estava prestes a
pagar o fatal tributo que a todos é
imposto e que todos nós temos de
satisfazer mais cedo ou mais tarde.
A suavisar um pouco à aspecto
triste d’este quadro vivo, via-se so-
bre uma rude e pequena mesa de
pinho o bom Jesus crucificado, pa-
recendo responder com sua posição
soffredora á dôr immensa da esposa
ainda joven,
“Mais alto, suspensa da arede,
uma linda oleographia da Virgem
que parecia fixar.o seu filho, cober-
to de feridas, pendente da cruz, dan-
do assim um exemplo de resignação
áquella mulher que ia ficar na viu-
vez.
Não pude por muito tempo con-
templar a agonia do enfermo, nem
a dôr d’aquella esposa e mãe. .
Proferidas algumas palavras de
consolação; sahi profundamente: im-
pressionado, commovido, enxugan-
do lagrimas que irrompiam de meus
olhos. Eae
Olha lá na encosta passa o fune-
bre prestito.
A sepultura já está cavado, prom-
ptaa receber o seu corpo que vaé
ser pasto de vermes e depois pó,
cinza e… nada! ‘
A sua alma, essa já lá vae nas
regiões ethereas, mysteriosas em
busca do repouso eterno.
E agora, meu amigo, como cren-
tes fervorosos, descubramo-nos: e
oremos ao Deus de Misericordia que
se. digne franquear a mansão dos
Justos á alma de quem na terra fez
por cumprir os seus deveres.
Marmeleiro, 1 de janeiro de gu.
Arthur M. de Moura,
IG
Carteira semanal:
Estiveram n’esta villa os nossos
assignantes de Villa de Rei, Bento
Filippe, Bernardo Heitor de Deus,
CEA TEC 8 do AO OSSO PS
: Francisco d’Oliveira, Isidro d’Oli-
veira Braz, Padre Manuel d’Qlivei-
ra Pires, e Joaquim: Nunes Campi-
no, :
Regressou a esta villa o nosso
presado amigo, sr. João Pinto d’Al-
buquerque. :
Esteve aqui, de visita a sua ex ma
familia, o sr. Alberto Tasso de Fi-
gueiredo.
Veio passar alguns dias a sua
casa da Certã, o sr. José d’Azeve-
do Bartholo.
Passou alguns dias n’esta villa o
sr. Accacio Ribeiro, 2.º sargento de
infantaria 15,
Regressaram de Lisboa os nossos
assignantes, srs. Henrique Pires de
Moura, Vicente e Antero do Valle.
cuca
O nosso amigo, sr. Carlos Cal-
deira Ribeiro, acha-se n’esta villa,
de visita a sua ex.” mãe,
Já se acham restabelecidos os srs-
Joaquim Pedroso dos Reis, Ivo d’A.
breu e Francisco Barata.
Conselhos aos lavradores
Os ratos
São terriveis inimigos das colhei-
tas armazenadas nos celleiros dos
proprietarios agricolas.
Ha quem considere os ratos me-
nos prejudiciaes do que as rataza-
nas o que não tem razão de ser.
Embora os estragos causados pe-
los ratos sejam menos visíveis não
são menos importantes do que os
causados pelas ratazanas.
Os ratos dos campos podem tam-dos campos podem tam-@@@ 1 @@@
VOZ DO POVO
bem causar grandes prejuizos nas
plantações de arvores roendo a cas-
ca -das mesmas, nos armazens de
cereaes é outros productos agrico-
las os-prejuizos. são tambem consi-.
deraveis.
Muitos são os tratamentos empre-
gados, alguns delles porem são per-
niciosos e até muito arriscados alem
do inconveniente da putrefação dos
ratos mortos.
Como meio de combater tal pra-
ga empregase com vantagem o
Ratin este preparado ingerido pelos
ratos causa-lhes uma doença em vir-
tude das bacterias que contem.
O Ratin mata os ratos em bre-
ves dias, as bactérias espalham-se-
lhe em todo. o organismo oque oc-
casiona O serem Os outros atacados
pelo facto de roerem os corpos dos
companheiros mortos o que dá lo-
gar a que ellis tambem morram
“immolados.
A epidemia causada pelo Ratin
nos ratos só cessa quando. elles to-
dos tenhara morrido.”
Accresce que o Ratin não é per-
nicioso € os ratos mortos não exha-
lam mau cheiro, rasão esta porque
aconselhamos o seu emprego como
meio eficaz de combater uma pra-
ga tão prejudicial pois podem tam-
bem ser os transmissores de doen-
ças. :
Cardoso Guedes
CANTOS DALMA
(A’ guitarra)
Evo
O meu amor e tão bello
Que o não posso descrever:
==Que o bello não póde ser
Descripto em canto singello!…
AL-SIFER
CHRONICAS TRIPEIRAS
6 D’OUTUBRO
(Notas soltas)
(4 Eurico Magalhães)
Amanhecera claro e risonho o dia
6 de outubro,
Entre as noticias escassamente
escapadas de Lisboa, para onde
guasi que não havia communicações,
uma, verdadeiramente sensacional,
estalára na madrugada d’esse dia:
que a Republica já fôra, na vespera,
proclamada, na capital e que, a re-
ger-lhe a menoridade, lá estava um
governo formado de tudo o que de
mais auctorisado havia a dentro do
partido republicano.
“O Porto que, depois do mallogro
do 31 de janeiro, se havia recolhido
a uma apparente quictação, sentira-
se envolvido n’uma onda de enthu-
siasmo á chegada de tão feliz nova.
Pois seria verdade que aquele
punhado de valentes lisboetas tives-
se conseguido, duma maneira tão
completa, aquillo que desenove an-
nos antes fôra uma tentativa gene-
rosa, mas frustre, da audaz capital
do norte? 2 :
Sim, era certo, A ninguem-era
já licito duvidal-o.
Por (isso, toda a | população por-
tuens:, delirante de alegria, ia con
vergindo pata a sua praça principal
para assistir á proclamação da Re-
publica na cidade invicta.
A Praça de D. Pedro, coulhada
de povo, apresentava um aspecto
extráordinario de animação e pitto-
resco:
Dominada pela impaáciencia aquel-
la mole de gente, comtudo, espera-
va, tranquila e o:deira, pelo mo-
mento solemne da proclamação.
De grupo em grupo, dizia-se que
o General da Divisão, convidado a
adherir, auctorisando a acclamação
da nova fórma de governo, aconse-
lhára a que todos se conservassem
tranquilos, pois que, logo que rece-
besse a confirmação official da mu
dança de instituições, elle mesmo,
respeitando a vontade da nação, se-
ria O primeiro a saudar a Republica
nascente. E, assim, se poderia evitar
a cffusão escuzada de mais sangue
portuguez.
Por entre toda aquella turba cor-
ria tambem a informação de que,
para o Quartel General, partira um
trem, conduzindo dois vereadores,
os srs. Candido de Pinho e Nunes
da Ponte, que deveriam ser os por-
tadores da almejada licença para,
sem opposição da parte da força
publica, se fazer a proclamação.
Por isso, ao ouvir-se o mais leve
rodar de trem, todos sé voltavam,
impacientes por saberem se, sim ou
não, os seus camaristas já viriam de
volta. E
(Conclue no proximo numero.)
Rhuy Pires.
== ye—e——
Chronicas tripeiras
No n:º 6 do nosso semanario al-
gumas crratas alteraram o sentido
da magnifica chronica que devemos
á amabilidade d’um obsequioso col-
laborador. É
Assim la-se tenebrosa por teme-
rosa; estira por estua; materialmen-
te por matinalmente; e subia um jor
ro por sahia um jorro.
e e e *
equena correspondencia
Recebemos a importancia das suas assi-
naturas dos nossos presados assignantes
adre Antonio Fernandes da Silva Martins,
Joaquim Henriques Vidigal, José Augusto
d’Oliveira Pires, Francisco d’Oliveira, Pa-
dre Arthur de Moura, Bento Filipe, José
Farinha d’Araujo, Padre José Baptista Da-
vid Nunes e Silva, José Nunes da Matta, D.
Adelina Barros, João Moreira, João Santos,
Antonio Joaguim do Valle, Anthero do
Valle José Antonio do Valle, Vicente do
Valle.
Os nossos agradecimentos,
Ce
REVISTA BIBLIOGRAPHICA
A educação na futura demo-
cracia portuguêsa —Intcressan-
te folheto contendo a conferencia
que, sobordinada áquella epigraphe,
realisou o distincto professor, sr.
Fidelino de Figueiredo.
A edição é da moderna livraria
Cernodos & C.?, aos quaes o dire-
ctor deste semanario agradece a
sua captivante offerta.
Os seis primeiros capitulos de Ge
nesis—Folheto de E. Carvalho, de
critica ao primeiro livro do Penta-
tenco. Edição do sympathico editor
Gomes de Carvalho.
O Poder dos humildes— Recebe-
mos o 2.º tomo d’este empolgante
romance de A, Contreras, cujo an-
nuncio publicamos na secção com-
petente.
Ruy.
“eee
CORRESPONDÊNCIAS |
Villa de Rei, 10.–Esteve entre
nós e regressou já para Lisboa, o
nosso correlegionarioe amigo, o Ci-
dadão Alfredo Rodrigues Baptista
dos Santos. Que tenha feito boa
viagem é o que estimamos.
— Regressou de Lisboa 4 sua ca-
sa do Cabecito, o nosso dedicado
amigo e correlegionario o Cidadão
José Henriques Alves Fróes, illus
tre presidente da camara e adminis-
trador d’este concelho.
—Não sabemos o que ha de ver-
dade acerca d’uma correspondencia
d’esta localidade, publicada ha dias
em O éMundo, que noticia jxistirem
grandes divergências entre a junta
de parochia e o parocho da fregue-
sia da Fundada, por este não que-
rer abrir as portas da sachristia na
occasião da missa. Suppomos o il-
lustre parocho, de quem somos am:-
go, incapaz de tal praticar, mes-
mo porque a ser verdede a noticia
duvidariamos até de nós mesmo e
ficaria abalada a reputação consilia
dora de que gosa o Padre José d’O-
liveira Coelho. +
=lnfcrmam-nos de que vue ser
requerida uma revisão ao processo
que aposentou o escrivão de fazei
da dºeste conclho, Antonio da Cos
ta Ilharco, e uma sindicancia aos
seus actos, que foram muitissimo
perniciosos aos: interesses do the-
souro, segundo nos consta,
A. camara municipal d’este con-
celho officiou ás. camaras munici-
paes do Sardoale Abrantes, pedindo
a sua cooperação, junto do gover-
no, para que seja concluida a estra-
dae a ponte do Codes, que nos li-
ga com Abrantes.
R
Sernarche Bom Jardim. —Na
escola do sexo masculino d’esta fre
guesia realisaram-se no ultimo: do
imingo duss conferencias, uma pelo
sr. Cardoso Guedes, sobre materia ‘
d’agricultura, e outra de propagan
da politica, pelo sr. Vice-Almirante
Domingos Tasso de Figueiredo.
Bem approveitaram os que a ellas
tiveram à fortuna de assistir. A do
sr. Tasso de Figueiredo, principal-
mente, deixou em todos uma profun-
da e agradavel impressão.
—Já regressou de Manaus e’ en-
contra-se actualmente em Coimbra,
junto de seus, filhos, o nosso amigo
sr. Libanio da Silva Girão.
—Está em Sernache com sua ex, a
esposa o sr João Moreira da Silva,
cavalheiro que é sinceramente esti-
mado.
—Pelo falecimento de seu irmão
Manuel Quintão, está de lucto o
ilustrado reitor do Collegio das
missões e nosso, presado amigo sr.
Conego Joaquim Maria Quintão.
Os nossos pezames,
C.
Vilia de Rei, 17.—Chegou lon-
tem a esta villa e toinou posse do
seu cargo o sr. Arthur José da Sil-
va, escrivão de fazenda d’este con-
celho. Não obstante ser desconheci-
da a hora da posse nem por isso ella:
deixou de ser concorrida e de re.
vestir uma alta prova de sympathia
pelo novo funccionario.
Assistiram entre outras pessoas os
srs. Christiano José da Silva e José
d’Ordaz e Caldeira Lucas, que de
Castello Branco: o vieram acompa-
nhar; dr. José d’Olveira Xavier,
José Henriques Alves Froes, Joa-
quim Nunes Campino, Manuel Mar-
tins Apparício, Sebastião Canejo e
Guilhermino Carrilho
O novo escrivão de fazenda agra-
deceu muito comovido à prova de
consideração que lhe dispensaram e
declarou que exerceria o seu cargo
com honestidade, fazendo sempre
justiça como está nos seus habitos
de funccionario: Folgamos immenso
com as suas declarações, que regis-
tamos, :
CG;
— ANNUNCIOS
OVOS
de gallinhas de raças estran-
geiras, afiançados: por preçus
modicos, vendem se. Informa se
n’esta redacção. &
bias postaes usados
Com vistas de Sernache do
Bomjardim, (clichés de JM. AL
cobia).
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jardim, J. Maria Alcobia.—Na Cer-
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mado, encarrega-se do tratamento
de arvores e plantas doentes, com:
pras dz adubos adequados ás cultu
ras, os melhores em. qualquer caso,
p-los bons resultados, não correndo
o lavrador o perigo de perder o di-
nheiro eas sementes pela acquisi-
ção de formulas feitas -sem criterio,
: é
Lomarca da Certã
; sa
125 2:ofiício “5.2.
Pelo Juizo-de Direito da Comar- |
ca da Certá e cartorio do: segundo
officio no: inventario orphanologico
de Antonio Joaquim, morador que
foi no logar das Cercadas, fregue-
sia de Villa de Rei, d’esta Comarca,
em que é cabeça de casal Maria da
Piedade, correm editos de trinta
dias, a contar da segunda é ultima
publicação do annuncio no «Diario
do Governo», citando o interessado
Antonio da Silva, viuvo, ausente
em parte inserta, para assistir a to-
dos os termos do mesmo, sem pre-
juizo do-seu andamento.
Certã, 4 de janeiro de 1grr.
O Escrivão,
Francisco Pereira de Moura
: Verifiquei:
O Juiz de Direito substituto
Ehrhardt
Srs. Lavradores
Um nosso freguez do concelho de
Marco de Canavezes, escreve-nos
em 26 de outubro de igto o se-
guinte:
«Devo dizer a V. S.* que todas as
vinhas que receberam directamen-
te.ou indirectamente adubações chi-
micas, especialmente adubações
* potassicas, resistiram mara-
Vilhosamente ás diversas epi-
demias cryptogamicas que este
anno flagelaram os vinhedos. A pro-
ducção que obtive foi optima e
bastante superior á do anno findo e
de qualidade incomparavel-
mente superior.»
Este freguez costuma empregar
Phosphato Thomaz, cal azota-
da, chloreto e sulfato de po-
tassio, etc.
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