Voz do Povo nº86 21-07-1912

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2.º Anno

DIRECTOR
Augusto Fodrignes

Administrador
ZEPHERINO LUCAS

Editor

Luiz Domingues da Silva Dias

 

 

Certã, 21 de julho de 1912

 

 

N.º 86

VOZ DO POVO

 

 

Assignaturas
Anno…… 1200. Semestre…

Para o Brazil.
Pago adiantadamente

Não se restituem os originaes

boo rs,
5ubooo réis (fracos)

 

 

REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO

Travessa do Serrano, 8
CERTA
Typographia Leiriense — LEIRIA

Propriedade da EMPREZA DE PROPAGANDA LIBERAL

 

Na 3.º e 4.º paginas, cada linha…
N’outro logar, preco convencional

Annuncios
AO ORUSs

 

 

Annunciam-se publicações de que se receba

um exemplar

 

ORDEM PUBLICA

Pode, felizmente dizer-se que
a ordem publica se acha restabe-
lecida em todo o paiz, dando-
nos a todos a mais fundada es-
perança de que, finalmente, se
vae entrar n’um periodo cons-
tructivo, que faça esquecer, den-
tro em pouco, os sobresaltos dos
ultimos tempos.

Não ha ninguem que não re-
conheça que sem socego e tran-
quilidade as-forças vivas do paiz
não podem progredir. Esta ver-
dade, preexistente no espirito de
todos, foi certamente um dos
factores, que mais contribuiu pa-
raa rapida derrota das incur-
sões e para a manifesta hostili-‘
dade com que foram recebidos,
até mesmo por muitos indiferen-
tes. :
E na verdade, se a incursão,
na sua primeira investida, tives-
se obtido alguma vantagem, por
fugaz que ella fosse, a nossa
situação economica resentir-se-
hia, com o provavel aniquila-
mento de todas as industrias,
dado que os republicanos não
crusassem os braços e aceitas-
sem a lucta em todos os campos,
como tudo faz prever.

Que a incursão não tinha pro-
babilidades algumas de exito,
prova-se pelo simples facto de
que o nosso grande mundo de
negocios se não resentiu cousa
alguma, não se tendo observado
nas altas transações a mais leve
preocupação pela sorte das ar-
mas.

Queremos acreditar que o ra-
pido e completo malôgro dos dif-
ferentes movimentos que se pro-
duziram, de carater mais ou me-
nos revolucionario, tivesse aber-
to de vez os olhos ao povo, pa-
ra que não se deixe explorar pe-
las intrigas de certos cavalheiros
que, pondo o corpo no seguro,
não. trepidam muitas vezes em
arrastar o pobre povo, ignoran-
te e ingenuo, para as violencias
que, depois, o levam á desgraça
e á miseria.

Não se illuda o povo: aquel-
les que muitas vezes, com pala-‘
vrinhas mansas e falando-lhe ao
coração, pretendem explorar as
suas queixas e os seus males, in-
citando-o a desobedecer ás leis
e a desrespeitar a auctorida-
de constituida, são os primeiros
a negar-lhe a sua protecção

 

 

quando O peso terrivel das res-.

ponsabilidades, lhe bate à porta.
g

Nos ultimos acontecimentos
um facto nos encheu de prazer.
Em muitos districtos houve alte-
ração da ordem publica, e n’al-
guns tão grave ella foi, que se
tornou necessario recorrer á ex-
tremidade da suspensão das ga-
rantias.

Pois, n’esté nosso districto de
Castello Branco—tido e havido
por tanta gente como um dos
mais desafectos á Republica, não
se esboçou o mais leve movi-
mento, nem mesmo d’essas vul-
gares alterações da ordem, que
tantas vezes costumam caracte-
risar as nossas romarias,

Bem consolador é esse facto
para nós, que, não ignorando
que a feição do nosso districto,
não é, no geral, accentuadamen-

“ te liberal, comtudo, tem nucleos

importantes onde de ha muito
se professam ideias livres.

Não podemos, porem, deixar
de confessar, e bem grato nos é
fazêlio, que se o nosso districto
se conservou e, estamos certos,
conservará em completo soce-
go, essa gloria pertence, em gran-
dissima, parte, ao illustre gover-
nador civil, que, pelos dotes pri-
morosos do seu bello caracter,
pela delicadesa e affabilidade do
seu trato, tem, por assim dizer,
conquistado toda a gente.

Temos ouvido a opinião de
algumas pessoas do districto: to-
das se referem ao illustre magis-
trado, com palavras do maior
affecto e dedicação, e de tudo
quanto temos ouvido, podemos
concluir que presentemente, não

“ha ninguem no nosso districto

que tenha a força moral para
provocar qualquer alteração da
ordem publica, de caracter po-
litico. Tem s. ex.* conquistado
para a Republica, innumeras
dedicações e boas vontades, e
até mesmo o respeito absoluto e
incondicional dos que não sen-
tem affeição: pelas instituições.
Folgamos em poder dar este
testemunho, em homenagem sim-
ples da verdade, tão insuspeito
que não conhecemos o illustre
governador civil, nunca o vi-
mos, nunca lhe falámos, nem
nunca nos correspondemos.
—— SC00€C>—–——

Antonio Raphael Baptista

Tem estado na sua casa do Bai-
lão, e temos tido o prazer de o ver
n’esta villa, o sr Antonio Raphael
Baptista, importante capitalista.

 

União Republicana

Sob a presidencia do sr, Luiz Do-
mingues da Silva Dias, reuniram no
“dia 12 do corrente, diferentes cava-
lheiros d’esta villa, que resolveram
organisar n’este concelho o partido
da União Republicana, sendo, por
proposta do sr. Joaquim Nunes e
Silva, constituida a commissão mu-
nicipal que ficou formada dos se-
guintes cavalheiros:

Presidente
João da Silva Carvalho.
Thesoureiro
Luiz Domingues da Silva Dias.
Vogaes

Eduardo. Barata Correia e Silva
e João Martins.
Secretario

Zepherino Lucas de Moura,
Substitutos

Albano Ricardo Matheus Ferrei-
ra, José Dias Bernardo Junior, Jo-
sé Farinha Tavares, Manuel Antu-
nes é João Antonio Martins.

Na mesma vccasião toi tambem
eleita a commissão parochial d’esta
freguezia, que ficou composta dos
seguintes cavalheiros:

Presidente
Joaquim Nunes e Silva.
Secretario
Annibal da Silva Carvalho.
Vogal
Eusebio do Rosario.
Substitutos

José da Gloria Lopes Barata, Car-
los dos Santos e Jeronymo Albano.

= eppreige————

N’este concelho, como, aliaz, no
resto da comarca, não tem havido
a mais leve alteração da ordem pu-
blica.:

O digno administrador do conce-
lho, com aquella correcção, que lhe
tem marcado um logar distincto,
tomou as diversas medidas d’ordem
que as circumstancias aconselharam,
sem que a mais ligeira violencia, o
mais insignificante vexame, se pro-
duzisse.

O fatigante trabalho com ques,
ex. se tem visto a braços, desde
que tomou posse, só pode ser com-
pensado pelas apreciações, cheias
de justiça, que todos fazem ao cri-
terio e bom senso, firme e genero-
so, com que tem procedido.

 

Tasso de Figueiredo

Acompanhado de suas ex, es-
posa e filha, chegou na passada
quarta feira a esta villa, o nosso il-
lustre amigo, sr. almirante Tasso
de Figueiredo, que aqui, na sua ter-

«ra natal, vem repousar das pesadas
fadigas da ultima legislatura.

Quem, como aquelle ilustre se-

nador, põe todo o seu valimento,,

toda a sua boa vontade, toda a sua
dedicação, ao serviço da Patria e

 

da sua terra, n’um trabalho exte-
nuante de muitos mezes, deve sen-
tir-se fatigado bastante, mas com a
consciencia tranquila pelo rigoroso
cumprimento d’um dever patriotico.

Teremos, pois, o grande prazer
de, por alguns mezes, termos, en-
tre nós, o nosso illustre ‘ patricio, o
que é caso para nos felicitarmos.

D’aqui lhe apresentamos as nos-
sas boas vindas.

 

ERR

Como foi annunciado por editaes
affixados em differentes locaes, rea-
lisou-se n’esta villa, no dia 11 do
corrente, previamente fixado pela
Commissão Districtal, a eleição da
Commissão Municipal Republicana,
política.

Ao acto, que foi bastante concor-
rido, presidiu o sr. dr. Virgilio Nu-
nes da Silva, presidente do Centro
Republicano da Certã, com assis
tencia dos corpos gerentes do mes-
mo centro, e deu o seguinte resul-
tado :

Etfectivos

Dr. Abilio Correia da Silva Mar-
cal, advogado; Joaquim Cyriaco
antos, proprietario; Augusto Jus-
tino Rossi, solicitador e proprieta-
rio; Joaquim Nunes da Silva, pro-.
prietario; Alberto Correia Ribeiro,’

professor official.

Substitutos
José » Ventura, João Diogo. Cor-
reia, José Mendes Nunes da Silva
e João Lopes.

 

FACTOS E BOATOS
Guarda Republicana

De Castello Branco foi requisita-
do ao Ministerio da Guerra para
assumir o commando da companhia
da Guarda Republicana deste dis-
tricto, com séde n’aquella cidade,
o capitão sr. José Sande Lemos,
actualmente em serviço de vigilan-
cia na fronteira, onde commanda
uma bateria de metralhadoras. A
nomeação seria optimamente recebi-
da, pois, além de official distincto e
muito dedicado ao regimen, é tam-
bem um espirito ilustrado e disci-
plinador.

—-No dia 31 do corrente, será
instalado n’esta villa o posto da
Guarda Republicana. Muito ha a
esperar da acção disciplinadora d’es-
te corpo, e bem necessario se torna
n’esta villa,

— — aco

Commissão avaliadora

Foi nomeada para a parte sul do
districto de Castello Branco, a com-
missão effectiva para a’ avaliação
dos predios rusticos, que é compos-
ta dos srs. Alexandre Paiva Faria
Leite Brandão, tenente d’infantaria;
Antonio d’Almeida Castello Branco,
regente agricola; e Emilio Candido
Martins da Paz Malato, funcionario
de finanças.nças.

 

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Dr. Mendonça David

– Tivémos o prazer de ver n’esta

villa, de passagem para Lisboa,

aquelle nosso illustre amigo.
Correio

Sempre que as malas do correio
cheguem a esta villa antes da 1 e
meia horas da tarde, hayerá distri-,
buição domiciliaria; chegando de-
pois, a entrega da correspondencia
será feita na estação, aos destinata-
rios, :

—— seçgoc— —
“Muito importante

D’harmonia com as leis ultima-
mente votadas no parlamento, e com
as instrucções dadas superiormente,
os; acusados dos crimes de traição,
espionagem, cobardia, sedição, rebel
lião, saque, devastação, gritos sub-
versivos, serão imediatamente pre-
sos e conduzidos á presença do com:
petente general da divisão, a fim de
serem submetidos a conselho de
guerra.

Desnecessario é chamar a atten-
ção dos povos da nossa comarca pa-
ra estas gravissimas disposições, por:
que, – estamos disso absolutamente
certos, ninguem commetnerá ne-
nhum “dos attentados ali incrimina-
dos, ainda mesmo que a sua repres-
são não fosse tão rigorosa.

PAR IHe=>
Incendio

Na noute de 14 do corrente lan-
caram fogo a um rnilheiro de trigo
que se achava na eira de José Vi-
cente Nunes, do logar da Lameira,
freguesia de Cabeçudo. O prejuizo
é calculado em 30000 réis.

A auctoridade investiga.

Autopsia

Realizou-se no dia 13 do corrente
na casa mortuaria do cemiterio pu-
blico d’esta villa, a autopsia de um
feto do sexo feminino, filho de Luiz

sJoão Garcia e de Luiza Marianna,

residentes no logar de Pisão Cimei-
ro, da freguesia e concelho de Villa
de Rei, por se desconfiar que hou-
vesse crime.

Desconhecemos as conclusões do
relatorio medico.

—— MpLEDIAE>———

Já foi descoberto o auctor do
furto praticado na officina de pyro-
technia do nosso assignante sr. Da-
vid Nunes e Silva; caso que relatá-
mos no nosso numero de 14 do
corrente.

e ——
Conselhos de guerra

Ja se acham constituídos os tri
bunaes marciaes para instrucção e
julgamento dos processos de natu-
reza politica.

Gremio Certaginense

A subscripção para o edificio do
club e theatro, d’esta villa, continua
tendo o melhor acolhimento entre
os nossos patricios e amigos. Muitos
dos que residem fóra da Certã, teem-
se dirigido espontaneamente á com-
missão fazendo os seus offerecimen-
tos, acompanhados .de palavras de
incitamento e louvor.

— OCO c— — —.

Em outubro ou novembro devem
voltar a funccionar n’este concelho
novas missões d’instrucção popular,
pelo methodo João de Deus.

———4D0C»— — —

Registo Civil

“O movimento de registos n’esta
Repartição, de 10 a 17 do corrente
foi:
Nascimentos. .
O DILO SE rr siendo
CORRA ONLOS o iu origanil O

 

VOZ”DO POVO

 

PELA CAMARA. |

 

Sessão de 17

Sob a presidencia do sr. Zeferino
Lucas de Moura e assistencia dos

vereadores srs. Luiz Domingues,

Ciriaco Santos e Antonio Nunes de
Figueiredo, teve logar a reunião d
Commissão Administrativa. À

Foi lida e approvada a acta da
sessão. anterior e foi presente o se-
guinte expediente: :

Um telegramma do ex.Ӽ Ministro
do Interior, agradecendo as felicita-
ções d’esta Camara pela victoria
das tropas republicanas. Archivado.

— Um telegramma do ex.?º Gover-
nador, Civil communicando que a
guarda republicana vem para esta
villa no dia 31 do corrente.

— Mandou satisfazer a quota ao
Instituto Branco Rodrigues.

— Oficio n.º 37 da Camara de Vil-
la de Rei. Satisfeito.

— Oficio da Junta de Paroquia de
Pedrogam Pequeno, dando parte
de que Thomaz d’Aquino Alves,
ter feito um pateo em terreno pu-
blico na villa de Pedrogam Peque-
no. A Camara resolveu enviar copia
ao cidadão administrador para os
fins convenientes,

—Um requerimento de Joaquim
Affonso Junior, residente n’esta villa,
pedindo para lhe serem vendidos
2m2 de terreno no cemiterio publico
d’esta villa. Deferido, devendo o re-
querente provar que pagou a con-
tribuição de registo e a quantia de
tojpooo réis pela cedencia do ter-
reno.

—Achando-se concluídos os re-
paros da estrada de S, João de Can-
to, a camara mandou expedir um
precatorio de:78560: para: pagamen-
to, e egualmente mandou satisfazer
os reparos: dos caminhos da: Fonte
da Pinta e Regoriços.

Mandou: pagar aos empregados
as folhas de limpeza, reparação das
calçadas e do pessoal da secretaria
da camara e administração, no pro-
ximo dia 2 de agosto.

— Auctorisou a acquisição de seis
toalhas de mão.

—Um requerimento de Maria Mar-
tins, do Sipote, freguezia da Ermi-
da, pedindo um subsidio de latação,
deferido com o subsidio de 18200
mensaes.

Carteira semanal

Fez annos:

No dia
vira Gonçalves Marinha.

Fazem annos:

Nodia 24—a sr.* D. Maria Ama-
lia de Sande Marinha.

No dia 25-—-o sr. Adrião Moraes
David.

Estão n’esta villa, os nossos assi-
gnantes, srs. Celestino Pires Men-
des, José Martins, Joaquim Nunes
Campino, Antonio Costa; e em Lis-
boa o sr, Antonio Nunes de Figuei-
redo.

Teem passado incommodados de
saude, a sr.* D. Delphina da Silva
Carvalho eo sr. Luiz da Silva Dias,
d’esta villa, e o sr. dr. Eduardo de
Castro e sua filhinha, de Villa de
Rei.

Regressou a Lisboa, o nosso as-
signante, sr. João Barata Dias.

Sahiu para a Suissa, a sr? D.Ju-
lia Elisa, de Castro Ferreira, vinva

do nosso patrício, sr. José de Castro,

Ferreira, que tantos actos de bene-
merencia tem praticado em favor
d’associações d’esta villa.

Estiveram n’esta villa, os srs. Fran-

18-—a meniha Maria El

 

cisco Alves Matheus, e A, Pires, de
Alcains; e em Lisboa, o nosso assi-
gnante, sr. Adelino Duarte de Fi-
gueiredo..

A passar alguns dias em Ferreira
do Zezere, a familia do sr. Ramiro
Bizarro. * ‘

Estão restabelecidos a sr.“ D. Ma-
ria, da, Piedade Garcia; a menina
Fernanda Carvalho Tasso de Figuei
redo e o sr. Alfredo Alves de Mou-
ra.

Hoje, nos salões do Gremio Cer-
tagimense, realisa-se a costumada re-
união quinzenal.

Nas ultimas noites, já se tem no-.

tado alguma animação na Praça da
Republica. Mas, este anno, o tem-
po parece resolvido a não permíttir
essa agradavel reunião.

 

——remee

Conselhos aos lavradores |

Está por assim dizer terminada a
campanha cerealifera do corrente
anno-—foi pouco remuneradora em
todo o paiz este anno esta cultura,
as chuvas intensas que, vieram na
epoca das sementeiras impediram
estas de se fazer na quadra propria,
depois -sobrevieram’ os mezes de
março e abril seccos contribuindo
assim para que o anno cerealifero
fosse um desastre.

Pode-se dizer que no anno de
1913 trigos, centeios, batata, azeite
e milhos serão: em quantidade
diminuta nos mercados:

Devemos porêm desanimar?

Não! :

Com satisfação constatámos qué
os lavradores a quem indicamos for-
mulas para trigos colheram bons
resultados com essas formulas.

A escolha acertada de um adubo
adequado a um determinado terreno
e cultura é a chave do segredo das
boas prodúcções.

Assim lavradores d’este concelho
aquemindicâmos adubos parattrigaes
obtiveram 12 e 15 sementes, como
facil nos é proval-o com o seu teste-
munho

Vae começar em breve a nova
campanha cerealifera de 1912-1913,
por mais de uma vez temos dito, e
hoje repetimol-o, as adubações ante-
cipadas têem toda a vantagem para
os lavradores.

Liberto o terreno que deve levar
a nova sementeira convém fazêr-lhe
á superficie a espalhagem dos adu-
bos adequados ao terreno e cultura
e não de esta ou aquella marca
apresentada como boa para tudo
porque não ha adubos bons para tu-
do, ha sim adubos mais ou menos
adquados a este ou aquelle terreno,
a esta ou aquella cultura.

As exigencias culturaes do trigo
são diferentes das da batata, da vi-
nha, da oliveira, etc.

Assim elle exige acido fosforico
e potassa em quantidades elevadas.

Este ultimo elemento tem uma
acção: importantissima sobre a gra-
nação dos cereaes. Tem-se verifica-
do em numerosissimias experiencias
que sempre que se empregue um
sal potassico n’uma cultura de trigo,
este não só tem colmos mais fesis-
tantes 4 acama, terrivel flagelo que
tanto prejudica as colheitas, como
tambem que os-grãos do trigo são
mais volumosos, bem conformados
e de maior peso.

Pelos trabalhos de Garola, sabe-
se que as materias fertilisantes não
são absorvidas por egual com a
mesma avidez em todos os periodos
do desenvolvimento da planta, sen-
do principalmente nos primeiros pe-
riodos que a absorção é mais intensa
e n’este momento teem necessidade
as. plantas de encontrar alimentos
no terreno em estado de serem im-

 

mediatamente assimilados, podemos
por isso dizer, antes de concluir, e
de um modo peremtorio que a po-
tassa é precisa atodos os vegetaes
em condições d= solubilidade sendo
sómente nos adubos potassicos que
ela se encontra n’estas condições.

Na atual época é facil obter car-
reiros que vindo de retorno da es-
tação onde terão ido levar qualquer
carreto de cortiça ou de cereaes,
trarão por metade do preço usual
os adubos de que o lavrador neces-
sita. :

Acresce a esta economia ainda
as vantagens da applicação antecipa-
da dos adubos que com as aguas
são melhor encorporados no terre-
no, porque a espalhagem feita à
mão nunca pode ser bem uniforme.

Concluindo, devemos: dizer «que
convém escolher formulas adequadas
ao terreno e cultura estando nós
promptos a indicar a fórma de fazer
o levantamento das amostras do ter- |
reno ou airlevantal-as pessoalmente
porque entendemos que só conhe-
cendo-se as exigencias culturaes das
plantas e as necessidades do terre-
no não se correio risco de perder
os capitaes dispendidos.

Cardoso Guedes.

EAN CaRQI Gi ——-
Vosé Silbestre Ribeiro

Na sala onde a Sotiedade Prote-
ctora dos Animaes de Lisboa efé-
tuou ha pouco a distribuição de pre-
mios aos alunos: das escolas prima-
rias que mais distintamente respon-
deram em um concurso relativo á
protéção dos seres inferiores, estava
exposto o retrato de um homem, de
um portuguez, que mau grado haver
sido um dos nossos mais ilustres es-
critores. e estadistas, . é conhecido
escassamente pelos homens de hoje
e de certo ignorado pelas creanças
que d’esses homens nasceram.

Referimo-nos a José Silvestre Ri-
beiro, o autor da Historia dos esta-
belecimentos literarios, científicos e
artísticos de Portugal, de um Es-
tudo moral e político sobre os Lu-
qiadas, do’ Dante e a Devina Co-
media, de Os Luziadas e o Cosmos
e de outros livrosporegual eruditos,
e ainda principalmente de Alguns
frutos da leitura e da experiencia,
que um biografo classifica de supe-
rior à de sir John Lubbock, aliás
traduzida em todas as linguas da Eu-
ropa e reputada a mais esplendida
compilação de sãos e belos precei-
tos de moral e educação.

E? muito, mas não é tudo, visto
que o mesmo biografo ainda escre-
vêr 8
«José Silvestre tinha, como Fran-
klin, esse bom senso pratico e essa
energia inquebrantavel, que faz com
que não fiquem em projeto as be-
las cousas que se pensam; por isso
foi de tão visiveis e abençoados re-
sultados a sua sementeira, e por is-
so. tambem não nos parece muito
exigir que no coração de cada um
dos seus concidadaos, tenha este
modelar espirito um culto de amor
e de gratidão pelo muito que ele
fez a tavôr da sua educação e do
seu aperfeiçoamento moral».

A invocação do nome e a presen-
ça do retrato de José Silvestre Ri-
a na festa a que nos estamos
réferindo esplica-se desde que sai-
bamos ter sido ele quem fundou a
“Sociedade Protétora dos Animaes
de Lisboa, d’esses entes que no dizer
d’ele «estão sujeitos ao dominio do
homem, e não só merecem a nossa
compaixão e benevolencia, senão
tambem teem direito a que os am-
pare a justiça»,

Creanças de Portugal, descubram-
se respeitosamente em face d’esse
retrato, e peçam a seus paes que
lhes comprem o livro Alguns frutoslguns frutos

 

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. VOZ. DO POVO

 

da leitura e da experiencia a que
antes nos referimos. ço
Lendo essas paginas, afinem a
vossa sensibilidade, jurem a si mes-
mas que vão ser bôas para todos e
para tudo que as cerca, e creiam
que fazendo assim terão assentado
em bazes solidas a pedra angular
da propria felicidade.
À Luiz Leitão.
= cats g e –

PELA INSTRUCÇÃO

Exames do 1.º grau
Resultado

Escola de Proença-a-Nova—(sexo
feminino) Maria do Ceu Silva Cava-
lheiro, distincta; Joaquina do Carmo
Costa e: Maria Rosa Sequeira, ap-
provadas.

Escola de Proença-a-Nova-—(sexo
masculino) Antonio Cardoso, Carlos
Lopes Tavares, Floreano Eusebio
da Silva, Honorio Augusto da Cos-
ta, Antonio Domingos, Antonio Lou-
renço Serrano, Antonio Luiz da Mat-
ta d Almeida, David Barata, José Ma-
ria Barata; José Maria Branco e Luiz
Pereira, approvados.

Foi reprovado um alumno do en-
sino domestico.

Escola do Esteval–Antonio Mar-
tins, approvado. ,

Escola do Alvito — Americo Ribei-
ro da Cruz, Manuel Dias Affonso,
José Ribeiro, Luiz Delgado, Manuel
Delgado Pereira e Martinho Cardo-
so Dias, approvados. |. 4

Ensino particular—Jacintho da Na-
zareth Cardoso Martins, distincto.

Escola do Monte de Baixo—Ber-
nardino Cardoso, Eusebio Ribeiro e

Manuel. Gonçalves, distinctos; Luiz.

Ribeira Mendonça, approvado.

Escola da Sobreira Formosa (se-
xo feminino)—Maria do Rosario Ri-
beiro, distincta; Cecilia Lopes Man-
so, Florinda do Rosario Ribeiro, ap-
provadas.

Escola da Sobreira Formosa—(se-
xo masculino) — Abilio Cardoso Gri-
lo, Joaquim Ribeiro Martins e Nas-
cimento Vaz, distinctos; Antonio
Cardoso, Jayme Ribeiro, Luiz Alves
da Cruz e Luiz Martins, approva-
dos.

Está a concurso a escola do sexo
feminino da Varzea dos Cavalleiros,
d’este concelho.

Escolas Moveis, pelo methodo
João de Deus

Como haviamos noticiado realisou-
se no passado: dia 14, no logar do
Amioso, a sessão de aproveitamento
dos alumnos d’aquella missão.

OE TI IME

 

Ruy Pires
MORS- VITA
SETA
Como se deu e como se não deu o suici-
dio do Sr. Verissimo

(Num album da Clorinda)

(Continuação)

«Ao fugir, acompanhava-me a
desesperada ideia de não tornar a
ver o anjo dos meus sonhos.

E, já que o azango, o eterno azan-
go, vinha impedir a união de duas
almas, que voavam uma para a ou-
tra, não havia senão uma resolução
a tomar. Mais que nunca, me sorriu,
então, a ideia de morrer,

Luctei, comtudo. Mas —estava es-
cripto!-—-tinha de acabar violenta-
mente com a vida.

E, n’um arranque subito de ener-
gia, exclamei: Ao suicidio!

, *
«A minha primeira ideia foi, como
é moda, precipitar-me do alto da

– ponte D. Luiz 1.º

Pagar rapidamente a portagem,
correr, como um doido, até ao meio

 

Presidiu ao acto o nosso amigo e
collega de redacção sr. Luiz Domin-
gues que convidou para constituir o
jury os nossos collegas srs, Augusto
Rodrigues e Cardoso Guedes.

Prestaram provas 60 alumnos que
mostraram bem à evidencia a dedi-
cação, boa vontade e proficiencia da
distincta professora, que tem regido
aquella missão a sr.” D. Beatriz Ca-
macho.

Concluidas as provas, fizeram uso .

da palavra o nosso collega Cardoso
Guedes, que em nome da Commis-
são Auxiliar felicitou a professora
pelos resultados obtidos e os alumnos
por terem conseguido deixar de ser
analphabetos. Disse contar a Com-
missão repetir ali no proximo anno
escolar a missão, )
Seguiu-se no uso da palavra o nos.
so collega Augusto Rodrigues que
n’um enthusiastico discurso mostra
as desvantagens do analphabetismo
e que, não- obstaate a descrença de
alguns, o facto incontestavel é que
não é impossivel aprender-se a ler
e a escrever em cinco mezes. Que,
em contrario do que, com más in-
tenções, certamente, se faz espalhar,
n’estas escolas nada se ensina que
seja contrario á religião e á moral,
no seu mais elevado sentimento.
Com o mais vivo enthusjasmo, faz
em seguida a descripção do que é a
Patria e do que ella representa pa-
ra todos, proferindo uma sentida al-
locução patriotica. Termina offcre-
cendo a cada alumno um livro que

| deverão requisitar em sua casa.

É ainda usou da palavra o sr. An-
tonio Costa e o pequenito Henrique
Nunes, proferindo a distincta pro-
fessora uma bella allocução.

Em seguida procedeu-se à dis-
tribuição dos premios aos alumnos
que, sendo completamente analpha-
betos, mais aproveitaram com a mis-
são e que foram:

Maria Pedro, Maria Martins, Ma-
ria Antunes, Maria Julia, Maria da
Silva, Maria do Ceu, Adelino dos
Santos, Joaquim. Antonio, Henrique
Nunes, José da Silva, Joaquim Nu-
nes, José Ferreira, Carlos Barata.

A todos os outros alumnos foram
distribuidas pequenas lembranças
commemorativas da sua frequencia e
os respectivos diplomas,

Findo o acto os alumnos entoaram
a «Portugueza.»

machina de
costura de
sr mão, sem
: defeitos,

preço convidativo; quem pretender
dirija-se a Carlota Nunes Bastos—
Certa. 1

da’ponte, trepar ao varandim e ati-
rar-me para ‘o espaço, seria tudo
obra d’um abrir. e fechar d’olhos.

Mas, em todos os transes da mi-
nha vida, mesmo nos mais amargos,
tive sempre — prézo-me d’isso —o
bom costume de reflectir e ponderar.

Por isso, comecei a pensar sobre
a maneira como ia pôr termo á vi-
da. E fiz bem, porque só então—
como ia desorientado!–é que co-
mecei a perceber a asneira, em que
ia cahindo.

E que aquelia fórma de suicidio
representava um disparate de mar-
ca maior!»

*

«Explicar-me-hei melhor.

Dizem os entendidos na materia
que o violentissimo baque do corpo,
d’encontro à agua, já é mais que
suficiente para matar.

Mas supponhamos que assim não
seja.

Ora diga-me o meu amigo: Não
lhe parece que a velocidade, sem-
pre crescente, com que o suicida
cahe no espaço, deve fazer com que
o corpo do desgraçado só suspenda
a carreira vertiginosa, que o arras-

 

| Theatro Avenida, de Lisboa.
| À revista (6-Ló-Ró-lé, é

, ali, o graude
successo da actualidade

O mais attrahente e sensacional
espectaculo que, na presente-occa-
stão, possue Lisboa, é, sem duvida

alguma, a revista, Có-Có-Ró-Có,

em scena no Avenida, com o mais .

brilhante e justificadissimo exito.
No Có-Có-Ró-Có encontram-se
reunidos todos os attractivos que nma
peça d’aquelle genero póde conter:
é graciosa, aprecia os factos com es-
pirito e malícia, sem descambar na

incorrecção; tem uma musica lindis-
* sima, um conjuncto de desempenho

admiravel, um guarda-roupa riquis
simo e elegante, c um scenario ma-
ravilhoso, sendo d’um effeito impre-
visto e surprehendente, o final do
2.º acto, allusivo á implantação da
Eepabica na China.
ontam-se já por milhares as pes-
soas que tem ido assistir ao Aveni-
da às recitas do Có-Có-Ró-Có.
Quem áquella cidade vae, mesmo
n’uma passagem rapida, não deixa
d’assistir a uma representação da
famosa revista, e sae do theatro di-
zendo maravilhas da peça. Está n’is-
so a sua melhor recommendação.

 

 

Bar-Loch
A mais pratica das machiras de escrever

Agente na Certã, Zeferino Lucas
Vendas a prestações

— ANNUNCIOS

Novo dralamento do cant)
METHODO DE GERS

Na casa de saude de Bemfica
LISBOA

PROPRIEDADE IMPORTANTE

Vende se a do Valle da Urça, jun-
to á ponte do rio Zezere; tem bella
casa de habitação, importantes na-
teiros á margem do rio, grandes oli-
vaes, muitas arvores de fructo e gran-
des extensões de matos é pinhaes,
é de muito futuro, porque deve ficar
perto da linha ferrea do Entronca-
mento á Certã, quando se explorar
convenientemente as aguas da Foz

 

 

ta, depois de enterrado e bem en-
terrado no lôdo?. ‘

E mais do que certo.

De maneira que, se se désse o
caso de haver quem presenceasse o
meu suicidio, accudindo-me imme-
diatamente, posso quasi jurar que
tal soccorro resultaria inutil, – Era
morrer sem appellação nem agravo.

E, ainda que, yindo com fateixas,

“conseguissem pescar-me, trazendo-

me ao lume d’agua, nem um mila-
gre seria capaz de me restituir á
vida.

Ora veja, meu caro, como eu ia
allucinado!

Nada! Tal maneira de suicidio só
serve para quem perdeu de todo o
juizo, E eu—graças a Deus!—inaba-
lavelmente resolvido a matar-me,
poderia ser acoimado de desespera-
do, mas de tolo é que não,

Mudei, portanto, de processo, já
que este não servia para gente de
juizo,

*

«E se eu confiasse a minha triste
sorte aos cuidados d’um revolver?
Tenho ouvido dizer que, não se
encostando o cano da arma ao bu-

 

 

da Certã e outros mineraes da mes-
ma zona,

Dão informações, o sr. Jasé Nu-
nes da Matta, linha de Cascaes—Pa-
rede-Lisboa e o proprietario Manuel
Pestana dos Santos —-Sernache do
Bonjardim— Bailão.

ESTABELECIMENTO |

Trespassa-se por motivo do seu
proprietario não poder estar á testa
d’elle.

Trata-se com Albano Ricardo.
M. Ferreira — Certã.

Arrenda-se, n’esta villa, uma
loja com tanques de folha de Flan-
dres para recolher azeite. Para tra-
ctar :

Albano Ricardo M. Ferreira

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[ ! tres-
Padaria Progresso,
boas condições.

Para tratar José Queiroz —Rua
dr. Santos Valente, Certã.

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Rua Serpa Pinto—Certã

Nºesta officina executa-se, por me-
dida, calçado para homem; senho-
ra e criança. O proprietario: d’esta
officina desejando manter e até am-
pliar o seu credito, afirma aos seus
estimaveis freguezes que empregará
todo o escrupulo é attenção na exe-
cução de todos os trabalhos que lhe
forem confiados.

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SULILITADOR FORENDE

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dos os negocios judiciaes e cobran-
ça de dividas.

 

 

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a digestão

Deposito na Certã: — Pharmacia
Z. Lucas.

raco do ouvido, mas por detraz d’es-
te, onde o osso é muito rijo, a bala,
ao sahir, não podendo furar o tal
osso, escorrega entre este e o couro
cabelludo, abrindo sahida pelo lado
opposto. A bala não chegaria, pois,
ao cerebro.

Ora isto sim! Isto é’que seriaum
suicídio de primeira classe! Que ex-
plendida maneira de morrer!

E, depois, como o cerebro ficava
illezo, não estava eu impossibilita-
do de ler, no dia seguinte, nos “jor-
naes, os pormenores d’aquelle meu
acto de desespero. Com que inte-
resse eu faria essa leitura? E, quan-
do eu chegasse á enumeração dos

| objectos, que me haviam ‘sido ‘en-

contrados no bolso do cazaco–o
retrato da Guida, uma flôr, já sec-
ca; de abobora e uma carta para o
commissario de policia, pedindo-lhe
que a ninguem, nem ao pae da Gui-
da, culpassem da minha morte—
como eu me havia de sentir com-
movido!

Só a lembrança de’ coisas! tão
pungentes me faz, como vê, derra-
mar copiosas lagrimas |p

Continua|p

Continua

 

@@@ 4 @@@

 

PEDRO ESTEVES

 

 

VOZ DO POVO

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Fatos, para homens e rapazes, em todos os igeneros

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Vaz Ferreira.

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sumptos Commerciaes.

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rante a Junta do Credito Publi-
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outras fúrmas de garantia,

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dação de direitos de mercê, encar-
tes.

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Publicação de annuncios no Dia-

rio do Governo e jornaes nacio-
naes estrangeiros.

Registo de propriedade litteraria,
artistica e industrial; registo de no-
— mes, marcas, titulos e patentes de
invenção..

Habilitação de pensionistas. no
Monte Pio Geral e outros.

Diligericia sobre serviços depen-
dentes de todas as repartições pu-
blicas, secretarias d’estado, minis
terios, consulados, e de todos os
bancos é companhias.

E) esta a primeira publicação no
genero, mais util, completa e eco-
‘nomica, até hoje apresentada no nos-
o-meio, representando sem. duvidas
o maior auziliador de todos os cida-
dãos. Ê

Correspondencia etraducções
a Francez, Inglez e Alle-
mão. –

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POR
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Commissões e consignações, despachos nas alfandegas»
informações, remessas de encommendas para as pro-
vincias, ilhas e colonias. Acceita representações de
quaesquer casas productoras tanto nacionaes como estranjei- .
ras. Trata de liquidações de heranças e de processos commer-
ciaes de toda a natureza, estando estes, assumptos a cargo do
socio gerente Armando de Albuquerque, solicitador
encartado.

 

 

 

 

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ODICA ALUMIN

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(a q NAS EXPOSIÇÕES NACIDNAES E EXTRANGEIRAS

605 é 867 NOTAVEL wa CURA m DIABETES,
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tylene desde 5 a’100 luzes; variado sortimento de candieiros, lus-
tres é lampadas para gaz; candieiros de petroleo; lanternas de
diversos typos em folha e em cobre; fogões para sala e cosinha ;
tinas, lavatorios e retretes; tubos de borracha, latão e ferro; tu- Hi
bo de chumbo de todas as dimensões, torneiras de metal de di- os
versos typos e dimensões; grande sortimento de tulipas, bacias
para gaz, mangas de incandescencia, bicos simples e de incandes-
cencia; esquentadores para gaz e petroleo; pára-raios; artigos de
electricidade, etc. 7e, etc. 7